4ª edição - magazine emkont@cto (abril a junho 2014)

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A Magazine da Juventude! Trabalho de Equipa Edição Nº 04 Abril a Junho 2014 | Lançamento Julho 2014 | emkontactomagazine@gmail.

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A Magazine da Juventude!

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Page 1: 4ª Edição - Magazine emKont@cto (Abril a  Junho 2014)

A Magazine da Juventude!

Trabalho de Equipa

Edição Nº 04 Abril a Junho 2014 | Lançamento Julho 2014 | emkontactomagazine@gmail.

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Editorial

Através deste projeto, da Magazine emKont@cto, conseguimos nestes dois últimos anos noticiar as atividades da JSD Odivelas, emitir vários textos, artigos de opinião, fotografias, rúbricas, etc. Nesta altura não poderia deixar de agradecer, em meu nome e em nome da JSD Odivelas, a todos os que contribuíram para a mesma, e que desta forma permitiram que esta se tornasse numa referência no concelho de Odivelas, e também fora do mesmo. Este facto deve-se ao excelente trabalho realizado, durante estes 2 últimos anos, pela comissão política da Juventude Social Democrata de Odivelas. Como referido aquando do lançamento da 1ª edição desta revista, pretendíamos que rapidamente a Magazine, pela sua ambição e irreverência naturais, vincasse a sua imagem e identidade próprias, cativando a leitura dos jovens e menos jovens. Hoje, sabemos que isto já é uma realidade e continuamos a defender que, o mais importante para nós é levar os leitores a inspirarem-se e a descobrirem, também eles, quais as suas convicções!Nesta 4ª edição noticiamos as nossas últimas atividades, que são referentes aos meses de Abril, Maio e Junho de 2014. Faço votos para que a futura equipa da JSD Odivelas seja capaz de continuar a defender os interesses da juventude e a garantir a autonomia da Juventude Social Democrata e que mantenha a capacidade de ser a voz dos jovens junto do partido, e não a voz do partido junto dos jovens! Como todos os bons projetos, há sempre um início e um fim. Eu tive a honra de encabeçar este projeto, e espero que daqui em diante, quem o assuma continue a contribuir para a juventude da mesma forma que foi feita até ao momento.Termino enaltecendo toda a equipa da JSD que, de uma forma direta ou indireta, contribuiu para o sucesso da Magazine!E já sabem, podem sempre revisitar as edições da Magazine emKont@cto, através do link abaixo:h t t p : / / i s s u u . c o m / e m k o n t a c t o

Texto: Rodolfo Cardoso

i n d i c EEntrEvistaB r u n o d u a r t e 1 2

Em foco

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car la ma rce l i no

visita ao coraco 19

BLoG 7c o L u n a s

EsP Ek t ro 1 1i s s u E 3

d icas utE issaude 21

financas 20

Educacao 21

direito 20

Ficha Técnica

PropriedadeJSD Odivelas

EditorialDiretor: Rodolfo CardosoDiretor Adjunto: Hugo Alves

Planeamento EstratégicoBruno DuarteRodolfo Cardoso

RedaçãoCarla MarcelinoCatarina SilvaDaniela DuarteFilipe MoreiraFilipe SanchesGuilherme DuarteInês FonsecaJoão CorreiaLiliane MoraisPaulo PinheiroRodrigo Pereira

Comunicação ExternaPaulo Pinheiro

FotografiaDiogo Godinho

DesignHugo AlvesRodolfo Cardoso

Sede de RedaçãoRua Alfredo Roque Gameiro11 CV Dta. 2675-279 [email protected]

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3No Brasil, por causa do voto obrigatório aos 17 anos, a generalidade dos cidadãos têm

consciência política. Discutem, opinam desde cedo. Todos são obrigados – por força da obrigatoriedade do voto – em fazer uma escolha. E já que são obrigados, a escolha fá-los colocar a política na vida do dia-a-dia.Mas a questão do voto obrigatório é mais complexa do que a simples criação de sanções para quem não se quer deslocar à urna. Impede-nos de resolver o problema de raiz. Se os cidadãos forem obrigados a votar, irão 50% continuar a fazê-lo por convicção, e os restantes 50% para evitar serem sancionados. Não porque percebem necessariamente a importância do seu voto.Todos reconhecemos que, sinal dos tempos, o voto é em Portugal um paradigma revolucionário e um direito tradicional democrático, que já não move montanhas. Quase como uma moda dos anos 70 que já não se usa. Foi em tempos uma conquista de algumas personagens combativas, mas que hoje se traduz num sinal de continuidade do sistema, uma espécie de presente caro que se entende a classe política merecer cada vez menos. Porque, se o voto fosse ainda o símbolo da representação democrática, teríamos uma autêntica supressão do sistema, pois o silêncio da abstenção ruiria com quase todos os órgãos eleitos diretamente.

Simplesmente, não colhe a vontade da maioria dos portugueses que continuem sequer a existir – ou não fosse o seu silêncio a total ausência de soluções.A democracia que vivemos hoje é muito diferente da que viveram as personagens combativas dos anos 70. Os jovens alinham-se por causas como o desemprego, a qualificação profissional, a emancipação. Mas não as expressam através do voto. Participam em associações e manifestações, leem,

comentam, reclamam. Mas não votam. Ou quando votam, escolhem opções anti-regime, anti-integração europeia, anti-governo.Há por isso os que se abstêm, e os que se abstêm votando, por preferirem opções anti, que não trazem suporte para

construir depois de destruir.São essas formas de votar contra o sistema que explicam a dispersão do voto e o fraccionamento da identificação com ideologias políticas. Que ideologia é a do anti? Partidos políticos históricos como o Partido Comunista beneficiam com a ideologia anti, mas será que os seus votantes conhecem de facto a ideologia comunista, que é aquela pela qual o seu voto se manifesta?Os vários veículos utilizados para o decretamento do fim da política partidária e representativa são meras designações teóricas: abstenção, voto em branco, voto-protesto, etc. Todas elas representam uma espécie de silêncio reprovador, um misto de conformismo com inconformismo, que ninguém consegue ainda classificar. No final do dia, um silêncio que não traz nada de novo, que impede o desígnio do sistema democrático real, e o inverte no voto de alguns, na escolha de poucos. A análise seria outra caso o voto fosse obrigatório. Já não discutiríamos a razão da omissão, mas a razão da ação inconsciente. O problema de fundo, como de resto é transversal para as preocupações que assolam o povo português, talvez se mantivesse, que é o da apatia na participação das instituições que aceitámos como as melhores, que designámos como as que representam os nossos interesses. E que até voto expresso em contrário, não são substituíveis.

Novas formas de abstençãoCarla

Marcelino

issuE

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EM FOCO

Na tua opinião, qual foi o melhor momento deste mandato?CM - O mandato que agora terminamos é rico em bons momentos. Desde o primeiro dia quisemos dar continuidade aos bons projetos que já eram património da JSD Odivelas e, ao mesmo tempo, conseguimos criar e renovar iniciativas que são a marca deste mandato. Destaco o nível de formação que empreendemos, porque para nós preparar os militantes e os jovens foi a principal prioridade. Destaco também o Roteiro do Associativismo, que nos permitiu um conhecimento aprofundado e direto do tecido associativo e das coletividades do nosso concelho. Este trabalho é a nossa fonte de inspiração para propor mudanças e influenciar a decisão política, no sentido de promover o que de melhor se faz em Odivelas.Para mim, o melhor momento do mandato é agora que terminamos. Porque terminamos com a total consciência de dever cumprido, com entusiasmo e com a convicção de que tudo fizemos para que a política seja uma forma de expressão digna e honrosa, e sabemos que mais jovens partilham agora dessa ideia.

Na tua opinião, qual foi o momento mais difícil deste mandato?CM - É difícil identificar o momento mais difícil do mandato, mas poderei destacar um momento que tem um carácter também pessoal: o resultado das eleições autárquicas e o facto de o mesmo ter significado não ser autarca em Odivelas neste mandato. A experiência de ter sido autarca nos 4 anos anteriores permitiu-me crescer politicamente e assumir funções públicas com todo o entusiasmo e motivação. Estou convicta do excelente esforço e trabalho da bancada do PSD na assembleia de freguesia da Ramada nesses 4 anos, e deixei com saudades essa função.O resultado eleitoral do PSD nas autárquicas de 2013 não

me permitiu assumir funções como membro da assembleia municipal, órgão pelo qual me candidatei. O PSD teve um resultado que não corresponde às expectativas que a JSD tinha, nem ao trabalho que temos realizado em Odivelas. Todavia, tal facto compensa-se em parte por termos conseguido eleger outros autarcas, em outros órgãos, o que permite potenciar a voz ativa da JSD junto da população.

Qual é o balanço que fazes deste mandato?CM - O mandato que agora terminamos foi um grande mandato, um mandato intenso, de trabalho, de presença, de participação. O balanço é sem dúvida muito positivo. Visitámos inúmeras associações e coletividades, como mais nenhuma organização partidária em Odivelas. Dissemos sempre presente nos debates com outras juventudes partidárias, porque para nós é fundamental que os nossos eleitores percebam as diferenças e as convicções de cada um, no momento de decidirem. Promovemos a informação e o conhecimento, fizemos formações, criámos projetos de proximidade aos militantes, para que possam conhecer melhor o nosso trabalho - destaco a JSD Odivelas TV e a Maganize emKont@cto, projetos que nos ajudaram a crescer e a divulgar as nossas ideias e iniciativas. Soubemos defender o Instituto de Odivelas, mesmo contra uma medida do governo do PSD, porque é isto a JSD, a autonomia e a firmeza na defesa dos jovens e da comunidade. Soubemos defender com coragem a reorganização administrativa das freguesias, e lutámos pela não agregação da Ramada, quando mais ninguém o fez. Criticámos o partido socialista, fizemos política de oposição, não tivemos medo de comparar e nos distinguir do socialismo, do prejuízos das políticas socialistas para o país, e de defender muitas medidas difíceis que o governo do nosso partido empreendeu. Porque acreditamos nelas. Não deixámos de ser sociais-democratas por força das

Carla Marcelino, Vice-Presidente da JSD Odivelas (mandato 2012-2014)

Carla Marcelino

Nome: Carla Sofia Geiroto MarcelinoData de nascimento: 1 de Julho de 1986Freguesia: União das freguesias de Ramada e Caneças (Ramada)Formação/Profissão: Advogada e mestranda em direito da concorrência e regulação financeiraHobbies: Cinema, leitura (especialmente literatura, história e atualidade), visitas culturais, viagens, estudo de línguas estrangeiras, natação e pilatesEnquanto autarca: Membro da assembleia de freguesia da Ramada (2009-2013)Enquanto militante da JSD: Não tenho presente a data exata da minha admissão como militante da JSD, mas sou militante ativa há cerca de 10 anos. Desempenhei na concelhia de Odivelas o cargo de vogal e de vice-presidente da comissão política. Atualmente, desempenho funções como vice-presidente da comissão política de Odivelas, e de vogal da comissão política regional Lisboa AM.

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EM FOCOcircunstâncias ou de interesses eleitoralistas. Participámos nas campanhas eleitorais, vestindo a camisola do PSD e elegemos autarcas, para que sejam a voz da juventude no momento da decisão. Elaborámos e entregámos ao PSD o nosso programa eleitoral jovem para as eleições autárquicas, que condensou algumas das ideias que queremos ver implementadas no concelho, trabalho esse desta comissão política. Mobilizámos para a campanha sempre e a todo o momento que nos foi pedido, e convictamente, apoiámos os nossos candidatos. Acredito que fomos sempre capazes de estar à altura de todas as exigências, e com a visão focada naquilo em que acreditamos, fazendo política pela positiva. Tudo isso se deve aos militantes da JSD, não só a quem formalmente pertenceu aos órgãos, mas também e sobretudo àqueles que se juntaram a nós e que de forma totalmente desprendida trouxeram novas ideias e muita vivacidade. Aproveito para a todos, sem excepção, agradecer o excelente e muito produtivo mandato que fizemos e a forma

abnegada, destemida e positiva com que se dedicaram nestes 2 anos à JSD Odivelas. Agradecimento esse que personalizo no Bruno Duarte, que liderou de forma exemplar e personificou todos esses valores por que nos batemos, e que sem eles, não seríamos da JSD.

Que futuro para a JSD Odivelas?CM - A JSD Odivelas tem um imenso património e um legado, marcados pelo mérito, pelo trabalho num terreno difícil, pela convicção de quem se tem dedicado nos últimos anos de corpo e alma a esta estrutura. O futuro da secção espero que passe pela renovação da estrutura, pela capacidade de dar continuidade às boas iniciativas e de criar novos projetos e novas formas de cativar os jovens para as nossas causas. É fundamental que a JSD Odivelas mantenha a coesão, o trabalho, o espírito forte e positivo e tenha a capacidade de liderar os jovens em Odivelas, como o tem vindo a fazer.

Filipe Sanches

Nome: Filipe Manuel Mateus SanchesData de nascimento: 8 de Novembro de 1986Freguesia: OdivelasFormação/Profissão: Estudante de Eng. Civil; Explicador; Produtor e Organizador de EventosHobbies: Cinema, Desporto e MúsicaEnquanto autarca: Eleito pelo PSD (Líder de bancada) na Assembleia de Freguesia de Odivelas, no mandato 2013/17Enquanto militante da JSD: Admissão a 01 de Setembro de 2008, vogal da comissão política da concelhia de Odivelas da JSD e conselheiro regional no mandato 2010/12, vice-presidente da comissão política da concelhia de Odivelas da JSD e conselheiro regional no mandato 2012/14.

Filipe Sanches, Vice-Presidente da JSD Odivelas (mandato 2012-2014)

Na tua opinião, qual foi o melhor momento deste mandato?FS - Não consigo distinguir um só. Este mandato teve vários grandes momentos, a nível de formação, como o Saber +, organizado por nós, as universidades de verão do PSD, as universidades europa, o Poder + Local, as formações autárquicas, a nível de pensamento e de trabalho político, como a proposta da reforma administrativa para Odivelas, o programa eleitoral jovem para as eleições autárquicas, os inúmeros roteiros do associativismo, que culminaram no I fórum do associativismo, a nível de iniciativas solidárias, em que conseguimos fazer doações de livros, roupa, brinquedos e alimentos a IPSSs em todas as freguesias do concelho de Odivelas, em que organizámos jantares de angariação de fundos para ajudar clubes do concelho, em que

nos associámos à campanha de recolha de tampas para ajudar o Martim dando o nosso contributo. Ao nível da proximidade com os jovens, através do apoio às listas concorrentes às AEs das várias escolas secundárias do concelho, com a organização de formações sub-18, festas, torneios desportivos, visitas à assembleia da república, a nível de confraternização, como o jantar de 1º ano de mandato, os jantares de natal, a nível de comunicação com a criação e elaboração das várias edições da JSD TV e da Magazine emKont@cto... Todos estes momentos foram muito bons e deram-nos uma grande satisfação e orgulho. Foi sem dúvida um mandato de muito trabalho, mas que no fim nos deixa a sensação de dever cumprido!

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EM FOCO

Na tua opinião, qual foi o momento mais difícil deste mandato?FS - Também não consigo definir o momento mais difícil do mandato, houve vários e sempre pelo mesmo motivo. Acima de tudo foi difícil ver o nosso trabalho reconhecido e elogiado por toda a gente, menos por aqueles que o deveriam ter aproveitado e capitalizado. É a desvantagem de lidar com a incompetência, que não faz nem deixa fazer.

Qual é o balanço que fazes deste mandato?FS - Este foi um mandato que exigiu uma grande disponibilidade temporal, física e mental a todos os que nele participaram, não só devido ao extenso rol de atividades e projetos em que participámos e que organizámos, mas também devido aos vários processos eleitorais e respetivas campanhas em que estivemos envolvidos. Neste mandato crescemos com as adversidades, que uniram muito a equipa em torno de valores fundamentais

como a seriedade, a lealdade, o trabalho e o espírito de sacrifício. No final destes dois anos, sinto-me orgulhoso do trabalho que fizemos e da postura pela qual sempre nos pautámos e nesse sentido faço um balanço muito positivo deste mandato que agora termina.

Que futuro para a JSD Odivelas?FS - A JSD Odivelas, acima de tudo, tem de dar continuidade à forma como tem estado na política, séria, trabalhadora, próxima da população jovem e menos jovem, desinteressada de politiquices e benefícios pessoais, pautada pelo sentido de serviço à população e defesa do bem comum. Só assim faz sentido dar continuidade a um projeto que tem trabalhado para mudar o atual paradigma político e dar esperança a todos os que estão desiludidos com aqueles que se esquecem de representar quem os elege.

Na tua opinião, qual foi o melhor momento deste mandato?JC - Não é possível eleger apenas um momento deste mandato. Foram dois anos de união, esforço, dedicação e companheirismo. Desde a mais pequena reunião de comissão política, à participação na universidade de verão e organização da formação Saber +, tudo contribuiu para um excelente mandato. Mesmo nos momentos menos bons a equipa, da qual tive o prazer de fazer parte, conseguiu ganhar experiência e conhecimento para atingirmos os nossos objetivos. Não defino um momento contudo tenho que eleger a equipa da JSD Odivelas como “o melhor” do mandato de 2012/2014.

Na tua opinião, qual foi o momento mais difícil deste mandato?JC - O momento mais difícil deste mandato foram, para mim, sem dúvida alguma as eleições autárquicas. Foram meses intensos onde a JSD Odivelas foi muitas vezes o pilar de uma campanha num contexto nacional difícil. Contudo, todo o trabalho que este grupo desenvolveu no conhecimento da sua população durante os anos passados mostraram que o trabalho cívico é deveras importante e que a população conhece a JSD Odivelas e o trabalho por esta realizado.

João Correia, Secretário Geral da JSD Odivelas (mandato 2012-2014)

João Correia

Nome: João Alexandre Fazenda CorreiaData de nascimento: 23 de Outubro de 1987Freguesia: Póvoa de Santo AdriãoFormação/Profissão: Licenciatura em Gestão de EmpresasHobbies: Ver futebol, filmes e séries. Ouvir músicasEnquanto autarca: Autarca na bancada do PSD na Póvoa de Santo Adrião no mandato de 2009/2013Enquanto militante da JSD: Secretário Geral da JSD Odivelas (mandato 2012/2014) e vice-presidente da mesa regional de Lisboa AM da JSD (mandato 2012/2014)

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Qual é o balanço que fazes deste mandato?JC - Positivo. muito positivo. Um mandato repleto de iniciativas para os jovens, com principal foco no concelho de Odivelas e de muita formação interna e externa. Um mandato que teve uma campanha autárquica pelo meio e que nos fez perceber o quão importante é o trabalho que a JSD Odivelas realiza. Um mandato também com muitas iniciativas solidárias ajudando quem mais precisa e de grande união de um grupo extenso e multidisciplinar. Uma das grandes apostas para este mandato e completamente conseguido foram todos os meios de comunicação desenvolvidos (JSD Odivelas TV, Magazine, Blog, Twitter, Youtube, Facebook). Todos estes meios dão maior visibilidade ao nome e trabalho da JSD Odivelas.

Que futuro para a JSD Odivelas?JC - O futuro da JSD Odivelas deve ser, não só de continuidade do trabalho até aqui realizado, mas também de inovação e desenvolvimento do trabalho já efetuado. Manter as iniciativas pelas quais somos muito reconhecidos (JSD Solidária, Odiveliadas entre outras) e continuar com formação direcionada para os jovens. Estes jovens são o futuro, não de amanhã, mas de hoje e a aposta na formação tem de ser uma das bandeiras da JSD Odivelas. Temos de estar preparados para as nossas responsabilidades como juventude partidária. Assim, o futuro da JSD Odivelas passa muito pela maior participação dos jovens do concelho, podendo desta forma conseguir fazer a diferença.

Dia 12 – A JSD Odivelas esteve representada no II Congresso dos JASDA JSD Odivelas esteve representada no II Congresso dos JASD, que decorreu no passado sábado dia 12 de abril em Tomar, através da presença dos seus Autarcas (Daniela Duarte, Filipe Sanches e Rodolfo Cardoso) e do seu Presidente de Mesa Paulo Pinheiro. A concelhia de Odivelas acredita na importância desta estrutura (JASD) e a comprová-lo é o facto de os seus autarcas terem marcado presença neste II Congresso, bem como já havia acontecido no I Congresso deste orgão. Ao João Leite e à restante equipa que cessou funções nos JASD, damos os Parabéns e reconhecemos o mérito de terem sido pioneiros e de terem criado um legado, o que certamente a futura equipa irá aproveitar e continuar! Ao José Alfredo Oliveira e aos restantes eleitos que tomaram posse, fazemos votos de um excelente mandato e de um bom trabalho!

Dia 14 – JSD Odivelas reuniu com jovem da Síria!No passado dia 14 de abril, a JSD Odivelas esteve reunida com Samer Hamati - um jovem Sírio, a frequentar o doutoramento de economia no nosso país, e que estava no seu país na altura do início da guerra civil. Foi com grande disponibilidade do Samer que pudemos conversar, fazer perguntas e discutir história, sem tabus, e perceber a sua visão e experiência vivida durante este conflito. Conversámos também acerca da visão que existe fora da Europa acerca dos jovens europeus.

A b r i l

- BLOG -

EM FOCO

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Dia 28 – «Cartão do Freguês» aprovado por unanimidade, na assembleia da união das freguesias de Ramada e CaneçasO Cartão do Freguês foi proposto pela bancada do PSD junto desta assembleia de freguesia, e aprovado por unanimidade por todos os eleitos na mesma representados na última reunião da mesma, no passado dia 28 de abril.Apresentado pelo líder de bancada do PSD, também militante da JSD, Rodolfo Cardoso, este instrumento irá permitir criar um conjunto de vantagens para os fregueses que junto de determinadas entidades da freguesia poderão obter descontos e outras vantagens. Nomeadamente, segundo a proposta apresentada, poderão ser adquiridos, mediante a exibição do cartão, produtos e serviços com descontos no comércio local de ambas as freguesias, o que configura uma vantagem para o comércio tradicional.Por outro lado, da parte dos comerciantes, permite um aumento da sua possível carteira de clientes, sendo um incentivo para o comércio local, que tanto tem perecido perante as grandes superfícies comerciais que cada vez são mais abundantes.

Dia 29 – JSD Odivelas reuniu com vereador do PSD na câmara municipal de OdivelasNo dia 29 de abril de 2014 a comissão política da JSD Odivelas, recebeu na sua secção, o vereador do PSD na câmara municipal de Odivelas, Dr. Carlos Bodião, para falar do seu já longo e prestável trabalho no nosso concelho.Durante as suas intervenções, o vereador enalteceu o trabalho que a JSD Odivelas tem vindo a desenvolver no terreno e a capacidade de superação de algumas dificuldades, nomeadamente não ter o merecido reconhecimento e o real aproveitamento do seu trabalho. Disse o vereador: “Não faz sentido o PSD não estar ao lado dos jovens, não ter atualmente um representante dos jovens nos orgãos municipais!”

M A I O

Dia 6 – 40º aniversário do PSDFoi com orgulho que a JSD Odivelas assinalou nesta data o 40º aniversário do PSD!

Dia 12 – JSD ODIVELAS no regresso do VOXX XXI!Cerca de 2 anos depois, a rubrica “VOXX XXI” da tvL (único canal online do concelho de Odivelas) regressou! E a JSD Odivelas, como sempre fez no passado, esteve presente! Recordamos que entre fevereiro de 2010 e abril de 2012 foram realizados 30 debates VOXX XXI e a JSD Odivelas esteve presente em todos!O debate realizado foi sobre o “25 de abril - 40 anos depois”, onde fomos representados pelo companheiro Rodolfo Cardoso. A JSD Odivelas congratula a tvL pela decisão de “reativar” este programa, que muito diz aos jovens e que representa a importância que a juventude Odivelense, efetivamente, tem! Desejamos o maior sucesso no regresso deste programa e que muitos mais debates se realizem nos próximos meses!

BLOG

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BLOG

Dia 24 – JSD Odivelas organizou churrasco-convívioNo sábado, dia 24 de maio de 2014, a JSD Odivelas organizou um jantar convívio e convidou a população a juntar-se à festa. O objetivo do convívio era regressar ao contacto com as força-vivas e com os Odivelenses, na sede do concelho, aproveitando a ocasião da realização da final da liga dos campeões europeus em Lisboa para tal. Como é habitual, houve muita emoção, devido ao jogo, e muita camaradagem entre todos os presentes!

Dia 25 – Eleições EuropeiasDecorreram no dia 25 de maio as eleições europeias tendo sido ganhas, pela margem mínima, pelo PS (com 31,47% dos votos, onde elegeu 8 eurodeputados), tendo-se seguido a Aliança Portugal –PSD/CDS- (com 27,71% dos votos, onde elegeu 7 eurodeputados), a CDU (com 12,67% dos votos, onde elegeu 3 eurodeputados), o MPT (com 7,14% dos votos, onde elegeu 2 eurodeputados) e o BE (com 4,56% dos votos, onde elegeu 1 eurodeputado).

J U N H ODia 5 – JSD Odivelas reuniu com deputada à assembleia da república, Hermínia AzenhaNo passado dia 5 de junho, recebemos na nossa secção Hermínia Azenha, a primeira deputada eleita na assembleia da república por Odivelas. A sua passagem pela assembleia da república foi, nas suas palavras, uma experiência positiva mas também difícil e muito desgastante. Membro efetivo da comissão de ética e membro suplente da comissão da agricultura e mar, contou com várias intervenções estando 4 delas disponíveis na ARTV. Como a própria disse: quem acredita no projeto Odivelas nunca sairá a perder. Um bem haja a alguém que preza e acredita em Odivelas!

Dia 7 – JSD Odivelas visitou o Centro Oficial de Recolha Animal do Concelho de Odivelas (CORACO)No dia 7 de junho, acompanhados pelo Sr. vereador da câmara municipal de Odivelas, Carlos Bodião, a JSD Odivelas visitou o “Parque dos Bichos” (CORACO). O Sr. vereador Carlos Bodião e responsável pelo gabinete do médico veterinário municipal foi um dos responsáveis pela criação e desenvolvimento do Parque dos Bichos (Centro Oficial de Recolha Animal do Concelho de Odivelas) preparando-o para o acolhimento e receção dos animais errantes do nosso concelho.

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BLOG

Dia 8 – JSD Odivelas discute situação do Instituto de OdivelasComo é do conhecimento público, a JSD Odivelas tem-se manifestado sempre contra a decisão do governo, no início de 2013, de fundir o Instituto de Odivelas com o Colégio Militar. Tendo existido um convite por parte da TvL para um debate sobre o tema, não fugimos às nossas responsabilidades com os jovens Odivelenses e dissemos “presente”, ao contrário de outros que vociferam na rua, mas no momento da verdade não têm coragem!Neste debate fomos (muito bem) representados pelo companheiro e vogal da comissão política, Filipe Moreira, que expôs a posição da JSD Odivelas.

Dia 19 – Oitavo (e último) plenário deste mandato da JSD Odivelas Realizou-se na passada quinta-feira, dia 19 de junho, o último plenário de militantes do mandato 2012-2014.No 3º ponto foi feita uma descrição pormenorizada de todas as atividades desenvolvidas ao longo do mandato, com destaque para o desafio que foi gerir a campanha para as eleições autárquicas. Todas as intervenções foram unânimes em valores como a liberdade, organização, empenho na formação e caráter político que sem dúvida caracterizou este mandato. Tudo isto se reflete no reconhecimento por parte de estruturas e instituições dentro e fora do concelho. Foi também apresentada como candidata à liderança da comissão política no próximo mandato, a atual Vice-presidente Carla Marcelino, numa perspetiva de continuidade com os valores e convicções do mandato que foi desenvolvido. A generalidade dos militantes não conteve os rasgados elogios à única candidatura apresentada, neste que foi o último plenário de militantes do mandato. A inteligência e responsabilidade bem como os valores pelos quais esta candidatura se rege dignificam a JSD e a Social-democracia.

Dia 21– Jantar de final de mandato realizou-se na Pontinha Foi num ambiente acolhedor que no sábado passado, dia 21 de junho, nos reunimos naquele que foi o último jantar do mandato. Curiosamente, (ou não), o jantar decorreu na freguesia da Pontinha, no restaurante Taskinha dos Sabores, local de origem do nosso presidente Bruno Duarte. A refeição foi recheada de boa disposição e tornou-se num ambiente de partilha e recordações entre as dezenas de militantes presentes. O jantar terminou com alguma nostalgia, dada a despedida dos companheiros que, por motivos de idade, sairão da JSD pela porta grande!

Dia 14 – JSD Odivelas não esquece Martim!!!No dia 14 de junho, no âmbito do projeto JSD Odivelas “juventude solidária” entregámos vários garrafões de plástico com várias centenas de tampas que foram recolhidas nos últimos meses entre os membros da comissão política, com o objetivo de ajudar o Martim. Um jovem do nosso concelho que sofre de uma doença rara.É com muito orgulho que terminamos o mandato 2012-2014 ajudando outros jovens. Afinal, a solidariedade é um dos nossos princípios!

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11No dia 6 de junho deste ano relembrámos que foi há 70 anos que se propiciou o início do fim da segunda guerra mundial. O “dia D” em que as forças aliadas desembarcaram na Normandia e começou a recuperação

do território francês, ocupado pelos nazis. São recordados os mortos, a extensa destruição material e as dificuldades da recuperação em cerimónias em que chefes de estado e de governo, cinicamente, agem e interagem como se vivêssemos a primavera das nossas vidas, o auge da paz mundial. Essas realidades não estão assim tão distantes de nós…Se o sonho de uma europa, e até de um mundo, em paz continuam nas nossas mentes, o presságio e a sombra de conflitos que a sociedade já viveu parecem espreitar a cada esquina. Não se trata de ser pessimista, trata-se, sim, de observar o clima de cada vez mais crescente desunião interna, entre povos, entre nações, entre irmãos. Mas um tratado escrito sobre esse tema, não é o que me move para esta coluna que iniciei em janeiro do passado ano. Prefiro antes debruçar-me sobre o que de bom pode ressurgir dos tempos de maior escuridão: a vontade renovada de fazer melhor ou, pelo menos, diferente, e a distinção clara das “vontades”.

Há quem acredite que a política é a arte do possível (Otto von Bísmarck ) e que a mesma é, por outro lado, tornar possível o necessário (Braga da Cruz). Eu, arrogantemente, tentarei formular algo melhor: a política é a arte da honestidade. Neste sentido, permito-me, em jeito de balanço do final de um mandato da JSD Odivelas, afirmar: fomos exemplares. Mantermo-nos fiéis ao estrito e altruísta objetivo de defender os

nossos compatriotas é algo difícil para alguns, principalmente quando é necessário enfrentar inimigos entre nós próprios que o encaram de forma diferente. Apesar disso, ao sermos chamados para assumir responsabilidades ou posições, para agir construtivamente e pensar criticamente, dissemos sempre presente, não nos escondemos! Foi uma honra poder acompanhar e aprender com a equipa que se destacou no concelho, na luta pelas novas gerações e pela verdade na política. O único pedido que posso fazer é que não baixemos os braços, que não nos rendamos, tal como exortado por Winston Churchill no seu famoso discurso “We Shall Fight on the Beaches”, pois o caminho, apesar de tortuoso, terá sempre como desfecho a vitória da verdade. Estaremos prontos para isso!

Semper ParatusRodrigo Pereira

EsPEktro

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ENTREVISTA

Bruno, tendo em linha de conta que estamos a chegar ao final deste mandato, gostariamos que descrevesses estes dois anos da JSD Odivelas e, quais os momentos mais marcantes?BD - Esta não é uma pergunta muito fácil de responder porque foram muitos. Foram dois anos de mandato, o que ainda é algum tempo, mas tenho a certeza que pareceu a muita gente, como a mim, obviamente, que se calhar foram dez, pois este mandato consumiu-nos imenso tempo a nível pessoal, o que nos exigiu muito. Eu diria que o primeiro momento marcante

Bruno Duarte

Nome: Bruno Ricardo Moreira Espírito Santo Duarte Data de nascimento: 21 de Julho 1983Freguesia: PontinhaFormação/Profissão: Licenciatura (pré-Bolonha) em gestão de empresas no ISCTE / Consultor fiscalHobbies: Blogging, cinema, leituraEnquanto autarca: Líder de bancada do PSD na assembleia de freguesia da Pontinha 2005-2009, deputado Municipal em Odivelas 2009-2013 Enquanto militante da JSD: Filiou-se na JSD em 2002, tendo sido convidado a integrar a comissão politica no mandato 2006-2008 como vogal, e vice-presidente nos mandatos 2008-2010 e 2010-2012. Em 2012 candidatou-se a Presidente e foi eleito para o mandato 2012-2014. É conselheiro distrital de Lisboa da JSD desde 2006.

Bruno Duarte, Presidente da JSD Odivelas (mandato 2012-2014)

foi a eleição, que provavelmente muita gente, incluindo eu, há muito tempo que não via uma eleição da JSD Odivelas tão participada e com tanta gente a votar e, com um resultado tão renhido. Na minha opinião isto foi bom, pois a JSD Odivelas saiu a ganhar com isso! E de facto começou bem o mandato, nessa perspetiva, em termos de participação democrática. Para terem uma ideia, votaram mais de cento e cinquenta pessoas. Não tenho memória que isso alguma vez tenha acontecido. Isso é uma promoção da JSD Odivelas, porque alguns militantes se calhar não conheciam bem a JSD Odivelas e aí tiveram a oportunidade, e acho que aí as duas listas deram um bom contributo. Foi logo aí, que começou um mandato de uma forma muito democrática, mas também muito consumida. E depois tivemos muitas atividades, ações de solidariedade e muita formação. Durante o mandato também tivemos o processo autárquico, o que para uma secção da JSD é sempre determinante, porque é a altura que exige mais de uma secção, no apoio ao partido. E também tivemos muitos momentos de convívio e da própria remodelação da JSD Odivelas, e portanto acho que houveram muitos momentos marcantes. A JSD Odivelas tv tem isso documentado, aproveitava até para dizer a todos para consultarem as outras edições que estão lá, que documentam grande parte do nosso trabalho. Portanto, acho que há muitos momentos marcantes, mas estes que falei acho que, são muito importantes. Acho que houveram muitos, muitos, muitos momentos marcantes neste mandato e isso, é de destacar, porque é difícil de referir apenas um.

Sabemos que o programa eleitoral proposto por ti foi adequadamente cumprido, existe algum detalhe que alterasses agora?BD - Eu continuo a acreditar que fizemos o melhor caminho! Não foi o caminho mais fácil, não foi um programa fácil de cumprir, porque era um programa exigente e ambicioso, mas cumprimos. Provavelmente não foi a cem porcento, mas foi muito próximo

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ENTREVISTAdisso. Podíamos ter copiado o programa eleitoral de há dois anos atrás, podíamos ter escrito metade. Mas foi exigente e confesso que eu ao longo do mandato fui fazendo questão de seguir o meu próprio programa eleitoral, o que exigiu mais de todos nós. Pode não ter sido o caminho mais fácil, mas foi certamente o mais correto para chegarmos ao final do mandato e estarmos de consciência tranquila.

Sabemos que no final deste mandato deixarás de ser militante da JSD, o que recomendas aos jovens que iniciam agora o seu percurso na JSD?BD - O que eu recomendo é que valorizem a aprendizagem, valorizem os princípios, os valores, que tenham respeito e que sejam humildes, é o melhor que posso recomendar aos jovens. A política é um mundo difícil, mas também é um mundo onde se nós tivermos por bem e bem intencionados, conseguimos fazer coisas boas. Eu disse isto no último plenário da JSD Odivelas, que a JSD Odivelas me deu a possibilidade de ter uma sensação incrível, que foi sonhar acordado fazendo aquilo em que acredito. E isso de facto é uma sensação indescritível. Portanto não poderia recomendar mais do que aquilo que eu próprio senti, de que JSD uma vez, JSD para sempre.

Qual a importância da formação na JSD? E a ti em particular, o que é que a JSD acrescentou na tua vida, na tua formação enquanto cidadão e munícipe de Odivelas?BD - A formação é fundamental, a nossa formação pessoal, a nossa formação política, a nossa formação académica, obviamente, e não necessariamente por esta ordem, são todas fundamentais. Portanto, eu diria que a formação na JSD é algo essencial, sendo que eu sou um bocado suspeito, pois o meu mandato insistiu muito na formação, logo desde o início. Nós em 2013, na 11ª edição da universidade de verão, tivemos a maior participação de sempre da JSD Odivelas, que contou com cinco participantes. Bom, isto pode não parecer muito, mas para uma secção como a de Odivelas é muito, e acho que isso é histórico, na medida em que nunca tínhamos conseguido isso até hoje. Ao longo do meu mandato tivemos formação sobre assembleias de freguesia, sobre juntas de freguesia, formação na universidade europa, formação Saber +, que foi realizada por nós, formação do poder local + e várias outras formações com autarcas da JSD na nossa secção. Fizemos muita formação, e acho que isso é a prova que dou muita importância. A JSD aposta muito na formação dos seus quadros, e Odivelas insiste se calhar mais, porque nós acreditamos mesmo que as pessoas quanto mais souberem, mais formadas tiverem, melhor preparadas estão politicamente e para a vida. Isso pode dificultar o trabalho dos líderes, mas, na minha opinião, um líder não seca a estrutura, não faz com que os outros saibam menos do que ele. Pelo contrário, deve tentar que os que hoje não são, que amanhã sejam líderes. E por isso deve prepará-los de outra forma, devendo dar o máximo de formação possível. Enquanto cidadão e enquanto munícipe, exatamente o mesmo, acho que, deve haver o máximo de formação possível e, não só para os jovens, pois todas as pessoas devem estar informadas.

Tens um longo percurso na JSD, e nós sabemos disso, gostávamos que nos falasses dos momentos mais marcantes no teu percurso da JSD.BD - Os momentos mais marcantes no meu percurso da JSD… Bom, eu não estava à espera de perguntas fáceis, mas de facto as respostas também não são nada, nada fáceis. Bem, eu vivi muitos bons momentos na JSD, à pouco disse que a JSD me deu a possibilidade de ter uma sensação incrível, que foi realizar os meus sonhos, sonhando acordado, e portanto de facto eu tive muitos bons momentos na JSD. Obviamente que, os bons e os melhores momentos, são os momentos em que nós nos divertimos, nos rimos e convivemos, mas eu também destaco as pessoas que eu conheci na JSD Odivelas. A JSD Odivelas e também a JSD a nível nacional, permitiram-me conhecer muitas pessoas, e a criação de uma rede que eu provavelmente não teria, senão tivesse feito parte da J. Isso permitiu-me viver todo o tipo de momentos, desde eleições, disputas politicas, disputas de ideias, até à possibilidade de ver pessoas a crescerem, tanto pessoalmente como politicamente. Eu próprio cresci na JSD, enquanto pessoa e em termos políticos. Mas eu sempre vi a política não como o meu principal objetivo, mas como uma vertente na minha vida. Nunca me esqueci de apostar na minha formação, de ter a minha profissão e de estudar, sendo esta também uma mensagem que de facto gostava de passar. E eu tive tudo isso, felizmente. Foi de facto muito bom estar na JSD e vou levar estes momentos para sempre!

Durante este ultimo mandato, enquanto presidente da JSD Odivelas, qual foi o momento mais desafiante para ti?BD - Bom, o que me marcou mais foi a dificuldade na motivação das pessoas, pois não foi fácil ao longo deste mandato. Não foi fácil porque, as pessoas têm cada uma o seu feitio, as pessoas lidam melhor ou pior com algumas situações, e ao longo deste mandato nós tivemos muitos desafios. Desafios esses que vencemos! Vencemos todos os desafios a que nos propusemos. Mas, muitas vezes não foram goleadas, e, ou então, foram batalhas onde houveram algumas baixas. Mas a história, da história só rezam os mais fortes, e nós fomos os mais fortes. Portanto, foi de facto muito difícil gerir a campanha autárquica, por exemplo, porque a JSD Odivelas tinha razões para não fazer parte, para não participar na campanha eleitoral. E, até houveram vários órgãos de comunicação social local que disseram que isso era uma possibilidade, o que nunca foi uma possibilidade pois a JSD Odivelas nunca faria isso, por uma questão de responsabilidade! Mas razões não faltaram... E portanto, foi muito difícil explicar à minha equipa que eram mais importantes os valores do partido e da social-democracia, do que ligar ao que algumas pessoas tentaram fazer à JSD Odivelas. E de facto, nós não permitimos isso! E portanto foi muito difícil, e foi um momento desafiante, mas que vencemos. E isso também me orgulha. E tenho a certeza que as pessoas que não saíram nesse processo, e que hoje continuam na JSD Odivelas, estão muito mais fortes pessoalmente e politicamente, e preparadas para vencer mais desafios. Portanto, motivar pessoas foi um desafio, mas acabou por ser vencido!

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ENTREVISTA

Atualmente a JSD Odivelas tem várias formas de comunicação, fala-nos de como surgiram e qual o impacto positivo que as mesmas tiveram na JSD Odivelas.BD - A comunicação da JSD Odivelas neste mandato evoluiu muito e esta foi uma evolução natural. Uma juventude partidária ou uma outra associação qualquer, por muito que queira publicitar o trabalho que faz, hoje em dia senão tiver bons meios de comunicação é como se não existisse. Por isso, nós tínhamos de apostar nisso. De qualquer forma há que dar o mérito, de facto a quem o merece e houveram pessoas dentro da minha equipa, nomeadamente o meu vice-presidente Filipe Sanches na JSD Odivelas tv, o Rodolfo Cardoso, vogal da comissão política, na Magazine emKont@cto e o Guilherme Duarte no Twitter, que foi uma inovação mais recente. Foram os grandes responsáveis, com a ajuda de outros obviamente, mas foram os grandes responsáveis por implementar estas ideias. E de facto, tem tido um impacto positivo e eu destacaria nesse impacto positivo a quantidade de pessoas que sabe que nós existimos, sendo que era muito difícil antigamente chegar até elas. E não só, também o reconhecimento que temos fora do concelho, e de outras forças políticas. Vivemos, infelizmente um momento difícil, dentro do PSD local, em que não é valorizado o trabalho dos jovens, bem pelo contrário, é visto como uma ameaça. Mas nós lidamos bem com isso, porque nós não trabalhamos para ter palmadinhas nas costas, nós trabalhamos para os jovens de Odivelas. A JSD Odivelas continuará a crescer e a ser mais forte, quanto mais autónoma for, e quanto menos pensar no que o partido acha da JSD, portanto isso não é um problema mas às vezes, era bom ter algum reconhecimento. Ainda que às pessoas lhes custe a darem esse reconhecimento, ficava-lhes bem! Mas pronto, temos o reconhecimento da nossa oposição, e portanto quando os nossos adversários políticos nos valorizam é porque nós temos valor.

Como pensas que a JSD Odivelas poderá continuar a intervir junto do Município?BD - Hoje em dia, pelo afastamento que a política em si tem das pessoas, dado que o eleito continua muito afastado do eleitor, a

comunicação torna-se fundamental. Nós tentamos ir de encontro a isso, mas é verdade que muitas das vezes chegamos até quase à porta do eleitor e o eleitor não tem uma reação, no nosso caso o eleitor jovem. Como é que eu penso que podemos fazer? Através da comunicação, o que já se conseguiu neste mandato. Eu acho que a JSD Odivelas tem de continuar a inovar, a trabalhar nas assembleias de freguesia, a apresentar propostas, sempre que possível, porque isso nos dá o reconhecimento dos outros autarcas, das pessoas, e permite-nos ter consciência tranquila e daqui a quatro anos, em 2017, quando terminar o mandato, através dos atuais autarcas, dizer com toda a propriedade que, nos momentos certos e nos sítios certos propusemos algo que poderia melhorar o concelho e as freguesias. Depois, obviamente, junto dos jovens, das associações juvenis, junto das associações de estudantes, porque é onde estão os jovens, principalmente no nosso concelho. Enfim, pelo menos nestas duas terá de ser feito. Penso que a JSD Odivelas deverá continuar a associar-se aos movimentos associativos, como foi feito no nosso fórum do associativismo, através de reuniões com associações, na nossa sede, ou noutros locais, onde nos aproximamos dos jovens, de outras organizações. Reconheço que cada vez é mais difícil intervir no município e junto dos jovens. Mas esta é uma luta da qual a JSD Odivelas nunca se demitiu e acho que nunca se deverá demitir.

Ao longo dos últimos anos ouvimos muitas vezes dizer que a JSD é a voz do PSD em Odivelas. Agora que vais deixar de militar na JSD para passar a militar exclusivamente no PSD, o que é que gostavas que mudasse no PSD Odivelas?BD - Essa é uma pergunta com rasteira, mas eu vou responder. Se ouvimos muitas vezes dizer que a JSD é a voz do PSD em Odivelas é porque o PSD Odivelas não tem voz. Mas o que eu gostava era que o PSD Odivelas tivesse voz, mas isso implica que haja uma coisa fundamental em política que é a coragem e, quando falta a coragem é complicado. O PSD Odivelas deveria ter a coragem de falar sobre os assuntos e de voltar a ser um partido virado para as pessoas. Muitas das vezes o PSD Odivelas chefia e não lidera e é muito diferente liderar em vez de chefiar, pois chefiar

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provoca nas pessoas afastamento, dado que as pessoas não se sentem integradas nem parte da solução e sentem-se mais um número, sendo que algumas vezes são tratadas como tal. Portanto, virar o partido para as pessoas e para as causas não pode ficar apenas nas palavras, deve passar aos atos e quando nós temos um partido que é de alguns, que é de um grupo fechado, quem perde é o partido. Política é discórdia, é concórdia, mas é essencialmente consenso, o que significa cedências e portanto o PSD Odivelas tem que voltar a aprender a ceder, quando tiver que ceder, e a falar quando tiver que falar com coragem. O PSD é um partido que defende interesses, mas defende os interesses de muita gente, não defende os interesses de apenas um, dois ou três. Esta é uma questão fundamental que eu gostava que mudasse no PSD Odivelas.

Neste final de mandato que mensagem gostarias de deixar aos militantes da JSD Odivelas?BD - Nunca deixem de acreditar, é esta a mensagem que eu gostava de deixar! Eu passei, ao longo deste mandato, situações que não foram fáceis para mim nem para a minha equipa, sendo que a posição de líder acarreta a dificuldade de muitas vezes ter de se estar sozinho, sendo que eu nunca me senti sozinho em termos de equipa, mas há momentos de solidão porque de facto um líder tem que decidir e eu fui eleito para decidir, nunca duvidei disso. Portanto aquilo que eu acho é que os militantes da JSD nunca devem deixar de acreditar, nem de lutar por aquilo em que acreditam, pelos seus valores e pelos seus princípios, custe a quem custar. Se isso significar divergências ou menos simpatia pelo partido, então que seja, pois isso significa que não estamos a trair os jovens, nem a nossa equipa, nem a juventude. A JSD foi, é e deverá continuar a ser, a voz dos jovens junto do PSD e nunca o contrário. A Juventude Social Democrata não deve ir para junto dos jovens defender aquilo que dá jeito ao PSD, ou o que fica bem ao partido, ou até o que alguém do PSD gostaria… Isso é errado, pois não é para isso que a JSD serve, pois a mesma serve para defender os interesses da juventude. Se o PSD muitas das vezes não está em concordância, ou não se consegue um consenso, isso faz parte da política. Deve-se tentar chegar a um consenso se possível, se não, defender sempre os princípios e valores da juventude. Esta é até a mensagem mais importante que gostaria de deixar aos nossos militantes, que serão o futuro. Eu acredito muito no futuro, tive oportunidade de o dizer no plenário e na última reunião da comissão política da JSD Odivelas, que acredito muito nos militantes da JSD Odivelas e sei que fiz tudo o que podia, e tenho esse merecido reconhecimento, para que a JSD Odivelas crescesse e ficasse mais forte e, felizmente hoje em dia pode-se dizer que a JSD Odivelas está cada vez mais forte, mais coesa e com mais militantes. Sei que a JSD Odivelas tem muito futuro e se se mantiver fiel aos seus princípios, vai de certeza continuar a ser muito importante para o PSD e para o concelho! Termino com uma sugestão, que é a de darem sempre o máximo, pois é isso que a juventude, os militantes e o concelho merecem!

Entrevista realizada por: Inês Fonseca

ENTREVISTA

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16O Município de Odivelas é um dos municípios de Portugal continental recentemente criados em 1998, surgindo da desagregação do município de Loures e constituindo-se por sete freguesias: Famões, Povoa de Santo Adrião, Ramada, Caneças, Odivelas, Pontinha e Olival de Basto. Não obstante, o território possui uma história singular contendo inclusivé vestígios que remontam ao paleolitíco. Porém, é consensual que a força motriz do desenvolvimento do núcleo antigo de Odivelas foi o rei D. Dinis (séc. XIII) que determinou a construção do mosteiro São Dinis e São Bernardo em 1925. Este facto conduziu à dinamização e expansão da região, não só pelos familiares das freiras que adquiriram propriedades contíguas mas também pela população local que obteve trabalho, o que está intrinsecamente associado à fixação de população e construção de habitações. O prestígio do mosteiro foi tal que trouxe à região uma classe social de nobres, escritores e artistas e acolheu no próprio mosteiro figuras conceituadas como rainhas, princesas ou familiares associados à época dos descobrimentos. Foi também no mosteiro que se representou pela primeira vez (1534), o Auto da Cananeia, de Gil Vicente, que terá sido encomendado pela abadessa Violante, irmã de Pedro Alvares Cabral. Comcomitantemente, a fertilidade das terras conduziu ao

incremento de quintas nas várias freguesias, em especial na Pontinha, Caneças e Povoa de Santo Adrião, pelo que o desenvolvimento do concelho também se encontra associado ao sector primário (produção de hortículas e cultura cerealifera para Lisboa) e atividades ligadas à exploração da água. A fertilidade das terras e a proximidade à capital, com a correspondente boa acessibilidade, também levou famílias da nobreza e burguesia a adquirirem propriedades. Por conseguinte, foram

criadas estruturas agrícolas de relevância, possibilitando emprego à população local, os designados de saloios. Estes, já tinham sido identificados mas somente em finais do século XVIII, é que o saloio é reconhecido enquanto tipo social. O argumento mais verossimil sobre o saloio é de David Lopes (especialista em estudos portugueses e árabes) mencionando que o termo evoluiu do árabe çahroi, habitante do campo em antítese ao citadino. Torna-se assim patente a forte relação entre Lisboa e a periferia, Odivelas, não só pelo fornecimento

de bens alimentares frescos como também pela água e o próprio uso do terrtitório para veraneio. Caneças era muito popular pela qualidade das suas águas, pelo que o aqueduto das águas livres, construido para o abastecimento de Lisboa no século XVIII, foi prolongado até Caneças precisamente com o objetivo de captar a qualidade

Odivelas ontem

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de excelência das águas por meio de aquedutos subsidiários. Em 1842 a sociedade farmacêutica lusitana declarou que as águas de Caneças eram “límpidas, incolores, inodoras, de sabor férreo”. No final do século XIX até à primeira metade do século XX, várias foram as sociedades de exploração das águas de Caneças, que se formaram em torno das diversas fontes e de onde partiam os aguadeiros que transportavam a água fresca em bilhas de barro até Lisboa. Associada à água está igualmente a tradição das lavadeiras de Caneças que recolhiam a roupa na capital para a lavarem nos rios. Esta tradição ficou imortalizada no filme “Aldeia da Roupa Branca” por Biatriz Costa. No que concerne ao uso de Odivelas para férias, destaca-se mais uma vez Caneças que constituiu um verdadeiro pólo de veraneio dos lisboetas (pequena e média burguesia), especialmente nos finais do século XVIII, pela beleza das paisagens. Acresce ainda o ar puro de Caneças, pois o terramoto de 1755 deixou a capital até ao século XIX (fase industrial), muito insalubre e com epidemias. Personalidades como o escritor Cesário Verde e o ator Estêvão Amarante são apenas alguns exemplos de quem nesta região procurou melhorar a sua saúde. Em meados do século XIX assistiu-se, em algumas freguesias,

ao aumento da construção de bairros sociais, fomentado pela ligação a Lisboa por estrada. Este facto levou a aquisição de propriedades por parte de grupos económicos e de terrenos para a construção de quintas pela burguesia. Porém, a tendência nacional da crescente perda de importância do setor agrícola em prol dos setores secundário e terciário, levou muitas pessoas a deslocaram-se para a urbe e para a sua periferia, onde residir era economicamente mais vantajoso. O crescimento urbano de Odivelas deve-se a esta migração interna, após a década de 50, com o consequente crescimento populacional. É desta forma que os solos de Odivelas outrora ferteis dão lugar a fins como o da construção e a indústria, subjacente um desenvolvimento que já não o agricola. Este facto acarretou profundas alterações em Odivelas ao nível económico, social e urbanistico. Todas estas razões estão diretamente relacionadas com o facto de em Odivelas já não habitarem, ou apenas, os “saloios” mas sim uma pluralidade de culturas. Foi na freguesia da Pontinha, do regimento de engenharia nº1 que a 24 de Abril de 1974, se instalou o posto de comando

do movimento das forças armadas, que instaurou o regime democrático em Portugal. A partir deste marco, o processo de loteamento dos terrenos modificou por completo o território, implantando-se alguns bairros de genese clandestina. Em analogia com ou outros tempos, é na periferia que a residência é mais acessivel economicamente pelo que existiu um incremento colossal da construção civil em todas as freguesias (naturalmente numas de forma mais notória), bem como o número de habitantes.

Dada a localização geográfica atrás mencionada, Odivelas possui uma posição estratégica na medida em que integra a área metropolitana de Lisboa, tendo sido considerado, junto com Loures, pelo plano regional de ordenamento do território da área metropolitana de Lisboa (PROT - AML) como “Espaço emergente”. O Concelho desempenha assim um papel de charneira na constituição de condições para a criação de novas centralidades através, por exemplo, de um conjunto de infraestruturas rodoviárias. Com efeito, Odivelas tem-se distanciado, em especial na última década, da imagem de “concelho dormitório” por diversas razões, mas principalmente pelas infraestruturas viárias como a CRIL, CREL, IC 16 e IC 22. Ao nível dos transportes públicos, a linha amarela da rede do metropolitano tem hoje (desde 2004) continuidade desde o Campo Grande até Odivelas com duas estações (Sr. Roubado e Odivelas), o que reforça a mobilidade dos seus cidadãos e a importância de Odivelas na área metropolitana. A ligação com a capital também é possibilitada pela rodoviária de Lisboa (principal operador de transportes públicos no concelho) através de uma rede de carreiras que abrangem quase todo o território. Pode-se afirmar que a mobilidade tem vindo a aumentar no concelho. A posição estratégica e as consequentes melhorias registadas na mobilidade levam a um crescente incremento da população residente no concelho. De acordo com os últimos censos (2011, dados ainda provisórios) existem já 144549 pessoas, o que corresponde a uma densidade populacional de 5484 hab/Km2. A estrutura etária da população residente é relativamente jovem. Quanto aos diferentes setores de atividade é evidenciado um predominio inelutável do sector terciário, seguido do setor secundário. O peso do setor terciário é compreensível, tendo em conta que Odivelas é um concelho limitrofe da capital, sendo uma ocorrência típica das áreas urbanas e suburbanas. O setor primário já não tem a representação dos “tempos idos”, seguindo a tendência da grande Lisboa e de âmbito nacional. Quanto à estrutura setorial do concelho, os setores com maior representatividade são o comércio, a restauração e as atividades de serviços. Não obstante, denota-se em Odivelas uma tendência, já inequivoca, que é capacidade de atrair agentes económicos. Algumas empresas sediadas em Oeiras, TagusPark, estão a deslocar-se para Odivelas porque vêm no nosso concelho uma mais valia, como a já mencionada significativa melhoria das acessibilidades, a posição geoestratégica e a aquisição de um espaço a custo bem mais competitivo. Tomemos como exemplo a empresa POLINFOR, do ramo das comunicações e eletricidade,

Odivelas hoje

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Texto: Liliane Morais

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cuja componente central é a fibra óptica especializada e da qual detém o monopólio da mesma, uma vez que são os únicos a produzir em Portugal. Esta empresa, anteriormente sediada em Oeiras possui agora sede em Odivelas (urbanização da Ribeirada), vende para a Portugal Telecom e exporta para países como Espanha, França, Suiça ou Brasil. Naturalmente que estamos a “falar” de uma empresa de grande dimensão. Acrescem como pontos fortes de Odivelas a capacidade de proporcionar aos seus habitantes uma diversidade de atividades relacionadas com o lazer como: um belo passeio no jardim botânico de Famões; assistir a uma agradável peça de teatro no centro cultural da Malaposta (de elevada importância no passado) e para uma atualização da indumentária ou para a visualização de um filme no centro comercial Strada. No que concerne à área educacional, o concelho também possui escolas p r o f i s s i o n a i s como a escola p r o f i s s i o n a l agrícola D. Dinis e o centro de formação profissional do setor alimentar (que produz todo o chocolate necessário para a feira de chocolate r e a l i z a d a a n u a l m e n t e em Óbidos). Na educação c o n v e n c i o n a l existe o instituto s u p e r i o r de ciências educativas, composto ainda pela universidade sénior. Odivelas tornou-se uma cidade cosmopolita na medida em que exerce capacidade atrativa sobre empresas multinacionais, que por sua vez auxiliam o tecido económico local, ofereçe uma pluralidade de experiencias aos Odivelenses e funciona como uma interface para a capital e outros concelhos contiguos dada as boas acessibilidades. E como qualquer cidade cosmopolita que se preze, Odivelas possui ainda tradição gastronómica exclusiva, a marmelada branca de Odivelas. Trata-se de um doce conventual, que era produzido no Mosteiro de São Dinis pelas freiras Bernardas. É apenas algo mais de que todos nos podemos orgulhar, uma vez que obteve Medalha de Ouro, no Concurso Nacional de Doces de Fruta Tradicionais Portugueses, na categoria de marmelada. Uma nota apenas para o facto de Odivelas, possuir atualmente 4 freguesias: Odivelas (única freguesia imutável) e a união das freguesias de Caneças e Ramada, Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival

de Basto. Esta situação tem na base a reforma administrativa de que os municípios foram alvoOdivel.as, possuir actualmente 4 freguesias: Odivelas (única freguesia imutável) e a união das freguesias de Caneças e Ramada, Pontinha e Famões, Póvoa de Santo Adrião e Olival de Basto. Esta situação tem na base a reforma administrativa de que os municípios foram alvo.

Odivelas está longe da importância que já ocupou no passado, pelo que muito ainda há a fazer e em várias componentes. No entanto, existe uma área que se destaca e pode ser a “rampa de lançamento” – o Turismo. Este, se bem explorado poderia dar um forte contributo na melhoria da imagem do concelho e principalmente ser o motor económico local, uma vez que se regista em todo o território a ausência de qualquer tipo de infra-estrutura turística, seja um hotel, pensão, pousada, entre outros (contráriamente ao passado, pois Caneças possuiu um hotel). Trata-se de uma condição singular, pois todos os municipios vizinhos dispõem de algum tipo de infra-estrutura turistica. Odivelas dispõe de uma posição geoestratégica e tem vindo a melhorar consideravelmente a sua acessibilidade, pelo que qualquer tipo de infraestrutura turistica pode ser interpretado como uma opção mais competitiva ao nível do custo por parte dos turistas. Acresceriam como pontos fortes o património histório local (essencialmente Odivelas com o convento de D. Dinis e em Caneças as diversas fontes); o interesse gastronómico local da marmelada branca (ainda a necessitar de um maior marketing e onde é espectável que os restantes doces conventuais sejam igualmente recuperados); uma paisagem natural (principalmente Caneças que é a freguesia com maiores características rurais) e com as várias quintas, denunciando um potencial turistico enorme mas ainda subaproveitado e a simpatia dos Odivelenses (à semelhança do que acontecia com os “saloios”). Motivos não faltam para colocar novamente Odivelas nas “bocas do mundo” e os tempos de crise da atualidade só aguçarão a arte e o engenho para que tal aconteça. Eu acredito que é possível reviver o passado, que nem é tão longinquo assim. Um passado perfeitamente adaptado aos dias de hoje e aos respetivos desafios, assim haja vontade para tal. E tu, também acreditas?

Odivelas amanhã

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DICAS ÚTEIS

Os cartões de débito, habitualmente chamados de cartões multibanco, são meios de pagamento associados a uma conta de depósitos à ordem, ou seja, uma conta no banco onde podes guardar o teu dinheiro e utilizá-lo sempre que entenderes. Estes cartões permitem-te fazer levantamentos nas caixas automáticas (designadas também por caixas “multibanco”), ver o dinheiro que a tua conta tem em determinado momento (o saldo), fazer transferências, pagamentos, carregar telemóveis, além de muitas outras coisas. Podem, em muitos casos, ser utilizados no estrangeiro e agora, com a moeda única em vários países da União Europeia, sem qualquer custo desde que o país que estejas a visitar utilize o euro (€).Os cartões de débito também permitem efetuar pagamentos em terminais de pagamento automático isto é, em lojas de comércio, hotéis, restaurantes, cafés e similares, entre outros. Hoje em dia é possível encontrar terminais de pagamento em táxis ou até em feiras e mercados.Cuidados importantes a ter:Guarda o cartão num local seguro e não o entregues a outras pessoas para o utilizarem em compras ou outras

operações. O cartão e o código não devem, em caso algum, ser cedidos a terceiros, como em restaurantes, para evitar teres que te deslocar ao local de pagamento.O cartão de débito é enviado pelo banco com um código PIN composto por 4 algarismos. Este deve ser alterado na primeira

utilização para um outro código que não deve estar relacionado com nenhuma data importante como por exemplo a tua data de aniversário. O código PIN nunca deve estar escrito em qualquer local mas caso tenhas dificuldade em memorizar nunca deves escrever no próprio cartão nem colocar essa informaçao junto ao cartão. Confirma, de forma periódica, os movimentos da tua conta, para te assegurares de que ninguém está a usar o cartão sem o saberes.

E se perderes o cartão, o que deves fazer?Se perderes ou se te roubarem o cartão deves avisar o teu banco ou a SIBS (responsável pela marca multibanco) . Procura ter sempre, num sítio seguro, o número do cartão e os números de telefone do teu banco.

Texto: João Correia

Vemos muitas vezes nos filmes policiais a célebre frase dita pelo polícia ao criminoso “tem o direito de se manter em silêncio, tudo o que disser agora pode ser usado contra si no futuro” mas nem sempre temos consciência do alcance e verdade desta deixa cinematográfica. Muitos de nós apenas têm contacto com esta realidade se viverem na primeira pessoa um episódio como este. Quando existe uma detenção, a pessoa detida dispõe de um prazo máximo de 48h para ser apresentado a julgamento, para o primeiro interrogatorio judicial ou para a aplicação ou execução de uma medida de coação. Sempre que existe uma detenção, a pessoa visada deve ser obrigatoriamente constituída arguida. Esta designação traz consigo direitos e deveres que devem ser tidos em conta. A primeira coisa a saber é que as autoridades judiciárias ou os órgãos de policia criminal, devem sempre informar o arguido de todos os direitos que lhe assistem: -O arguido goza do direito a silêncio sem que este o prejudique ou tenha algum valor probatório, não tendo que responder a perguntas feitas, por qualquer entidade, sobre os factos que lhe forem imputados; -Tem direito a estar presente nos atos processuais, a ser

ouvido pelo tribunal sempre que eles tomem qualquer decisão que pessoalmente o afete, ser informado dos factos que lhe são imputados antes de prestar declarações;-Tem o direito a constituir um advogado ou a solicitar um defensor oficioso, no caso de não dispor de condições financeiras;

-Pode, e deve, requerer diligências que se afigurem necessarias para a descoberta da verdade.Existem também deveres:-O arguido deve comparecer perante o juiz ou órgãos de polícia criminal sempre que a lei o exigir e estiver bem convocado para tal;-Deve responder com verdade às perguntas feitas pelas entidades competentes;-Deve sujeitar-se às diligências de prova e às medidas de coação aplicadas pelo juiz de direito ou magistrado público.Todos estes direitos e deveres devem ser cumpridos à letra, garantindo assim a eficaz administração da justiça.

Devemos sempre respeitar as autoridades, exercendo os direitos e deveres de modo livre e consciente!

Texto: Catarina Silva

Cartões de débito

Detenção - direitos e deveres

FINANÇAS

DIREITO

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Durante os exames nacionais muito provavelmente sentes que o mundo pode acabar a qualquer momento. As expectativas dos teus pais e da família, as médias, o peso que os exames têm na nota de admissão para aquela faculdade que tu tanto queres, a falta de tempo e eterna pergunta “E se eu não consigo entrar no curso que quero, o que vai ser de mim?”

Não te preocupes, a JSD Odivelas preparou umas dicas para que possas ultrapassar esta etapa da tua vida sem grandes traumas e, dependendo de ti, com os resultados que tanto queres.

1º Força de vontade! És tu quem tem que querer estudar, mais ninguém. Lembra-te que estás a trabalhar para ti e para o teu futuro, por muito que os teus pais gostem que tenhas boas notas, é a ti que elas vão dar jeito.2º Ambiente! Depois de encontrares essa força que te vai fazer estudar, tem a certeza que o fazes num local apropriado, uma mesa grande e limpa, com um candeeiro posicionado para que a luz incida nos teus apontamentos pelo lado esquerdo, e sem grandes fontes de distração.3º Usa todos os sentidos! Estudar não é apenas decorar a matéria. Estudar implica aprendê-la, retendo a informação. Para isto não te deves socorrer apenas da tua memória,

verás em pouco tempo que não te servirá de muito. Tenta usar todos os teus sentidos ao longo do estudo. Escreve, lê, desenha, sublinha e verás que o teu estudo será mais eficiente.4º Faz pausas! A tua concentração diminui ao longo do estudo consecutivo, por isso recomendamos-te que faças pausas de 15 minutos de 40 em 40 minutos de estudo para poderes otimizar o estudo e reteres melhor informação. Podes

beber água, comer um snack, ler o jornal ou eventualmente dares uma espreitadela nos mais recentes artigos do nosso blog [email protected]º Diverte-te! O estudo não tem que ser o martírio nem a “seca” que toda a gente te faz acreditar, experimenta estudar em grupo com pessoas tão ou mais motivadas do que tu, e verás que as pausas serão mais engraçadas e o estudo mais enriquecedor. Estabelece metas e cumpre os objetivos a que te propões mas fá-lo da forma mais divertida que conseguires encontrar.

São estas as dicas que temos para ti, e esperamos que depois de encontrares o 1º passo estas te sejam uteis e te ajudem a encontrar o sucesso nos exames.

Texto: Filipe Moreira

EDUCAÇÃOExames nacionais! O que fazer?

O néctar é melhor do que um refrigerante com gás?

O néctar é também o refrigerante. Ao contrário do que se possa pensar, o néctar tem apenas uma mínima percentagem de fruta. Um sumo poderá conter até 4 pacotes de açúcar por uma garrafa pequena. Assim, prefiram sempre consumir a fruta ao natural.

O azeite é uma boa gordura por isso posso abusar!?

O azeite é a gordura de eleição para se utilizar na confecção, por tolerar altas temperaturas. Contudo, 1 colher de sopa tem cerca de 90kcal. Ou seja, é importante moderar e dosear a quantidade aquando da sua utilização.

SAúDEMitos à mesa

DICAS ÚTEIS

Texto: Daniela Duarte

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DICAS ÚTEIS

Estás doente, já te questionaste se o que sentes é suficiente para ir ao hospital ou centro de saúde? A tua avó sente-se mal e tu não sabes para onde te dirigir ou o que fazer? Existe - à distância de uma chamada - o aconselhamento necessário para nos momentos que mais precisas, saberes exatamente como proceder.

O serviço saúde 24 existe para responder às necessidades manifestadas pelos cidadãos em matéria de saúde, contribuindo para ampliar e melhorar a acessibilidade aos serviços e racionalizar a utilização dos recursos existentes através do encaminhamento dos utentes para as instituições integradas no serviço nacional de saúde mais adequadas.

O saúde 24 incorpora os serviços de atendimento saúde 24 pediatria, conhecido por “Dói, dói? Trim, trim!” e a “Linha de saúde pública”, encontrando-se acessível a todos os beneficiários do SNS. O atendimento é efetuado por enfermeiros qualificados e devidamente formados para dar o melhor aconselhamento/encaminhamento ou ajudar o cidadão a resolver a situação por si próprio.A plataforma de atendimento multicanal presta os seguintes serviços: •Triagem,aconselhamentoeencaminhamento(TAE):Atendimento de teor clínico, em que um profissional de saúde avalia o nível de risco sobre os sintomas descritos pelo utente, presta aconselhamento, incluindo o auto-tratamento e, caso haja necessidade, encaminha o doente para a instituição da rede de prestação de cuidados de saúde mais apropriada à sua condição, naquele momento;Nota: Os contactos com o saúde 24 para o módulo TAE serão realizados mediante disponibilização do número de utente do SNS. •Assistênciaemsaúdepública:Atendimento de teor clínico, no qual um profissional de saúde presta esclarecimento de questões e apoio em matéria de saúde pública; •Informaçãogeraldesaúde:Atendimento de teor não clínico, em que um assistente de atendimento presta informação geral sobre temáticas e recursos de saúde.

Da próxima vez que tiveres dúvidas, já sabes: liga, informa-te e age responsavelmente!

Serviço Saúde 24

Texto: Guilherme Duarte

Disponível 24 horas por dia, compreende os seguintes canais de acesso:•Telefone: através de um número único nacional (808 24 24 24), com o custo de chamada local•Web (www.saude24.pt)•Fax: 210 126 946•Correio eletrónico: acessível através do website

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Celebra-se este ano o 40.º aniversário do 25 de abril. Mas as “coincidências”, desta vez, não são sobre situações passadas em Portugal. No mesmo ano - 1974 -, na Etiópia, o imperador Haile Selassie foi derrubado por um golpe militar por um grupo marxista de oficiais do exército, denominado Derg. O imperador Haile Selassie fazia lembrar o Rei-Sol Luis XIV de França. Começava o dia chegando ao pátio do grande palácio, sendo sempre recebido por uma multidão de dignitários que o esperavam, fazendo vénias e esforçando-se desesperadamente para atrair a sua atenção, dispondo até de um portador de almofadas para certificar-se que ficaria com a altura adequada. Governava o país como se fosse sua propriedade pessoal, distribuindo favores e patrocínios e punindo implacavelmente a falta de lealdade. A Etiópia, durante a sua regência, não soube o que era desenvolvimento. Quando Derg derrubou Selassie começaram prontamente as execuções políticas daqueles que eram o cerne do antigo regime, tendo o imperador sido, certamente, assassinado. O Derg começou a nacionalizar bens, nomeadamente todos os terrenos urbanos e rurais e a maior parte das propriedades privadas. O comportamento do novo regime crescia de autoridade. Mais tarde, foi o major Mengistu, eliminando os seus principais adversários dentro do Derg, que veio a tomar as rédeas do regime (ajudado por um influxo de armas e soldados da União Soviética e de Cuba). Como residência, Mengistu escolheu o grande palácio de Selassie, sentava-se no seu trono, utilizava os seus automóveis, deveria ser tratado na terceira pessoa do plural, na verdade, voltou a recuperar para si tudo aquilo que o tinha motivado (e aos seus camaradas) anos antes para executar o golpe militar que depôs o imperador.Esta situação não foi singular na Etiópia. Zimbabwe, África do Sul, Zaire, Serra Leoa, Guatemala, entre outros países e outras regiões, seja no século passado seja anteriormente, são exemplos deste círculo vicioso. Como Marx observou sobre o facto da história se repetir - na primeira vez, como tragédia e, na segunda, como farsa. Foi realmente uma farsa que o oficial marxista Mengistu tivesse começado a viver num palácio, considerando-se um imperador que tenha utilizado a fome como instrumento político para minar a força dos seus opositores, e enriquecendo-se a si próprio e à sua camarilha precisamente da mesma forma como tinham feito Haile Selassie e outros imperadores antes

dele. Novos líderes que derrubam os antigos com promessas de mudança radical de atitude se limitam a trazer mais do mesmo ou pior. Podem-se identificar 3 fatores que levam a este círculo vicioso:•aniquilação da democracia, renunciar o debate, medo deopiniões diferentes;•mudançaapoiadaporumrestritogrupooudemeroscomparsasde favores;•uso de poder (considerado) excessivo interno e/ou externopara condicionar a vida de terceiros.Com as devidas adaptações, esta poderia ter sido uma realidade nacional alternativa. Numa escala menor, e também com a ressalva das devidas adaptações, isso hoje acontece, infelizmente, no nosso quotidiano (político). Quantos não erguem a bandeira de um

passado de orgulho, mas que depois o renegam com todas as suas forças?Quantos não erguem o estandarte de uma atitude diferente, e que com essa promessa conseguem chegar ao poder, e acabam por se fazer o mesmo ou pior?Não é uma mera questão (oca) de atitude, é uma questão de responsabilidade, de trabalho e democracia.Nas últimas eleições europeias vimos uma das “cabeças” do BE, ao início da noite eleitoral, dizer que tinha conseguido o objetivo - ao eleger um eurodeputado -, assumindo sucesso, quando afinal tinham perdido dois eurodeputados face às eleições anteriores. Vimos também, com

igual tendência, o líder do PS e o cabeça-de-lista clamarem por vitória “estrondosa” contra a coligação PSD/CDS. A despeito da vitória, claramente esta não foi estrondosa - aumentou um eurodeputado, e ficou a 3,75% da coligação. Estas duas reações, que posteriormente foram (necessariamente) revistas, demonstram o receio inicial do debate interno que poderia causar. Num acabou por acontecer, no outro não.Não há que haver receio do debate interno. Só provoca naqueles que detêm o poder a necessidade de fazer mais e melhor. E com isso ganham os militantes e os eleitores. E os próprios militantes e eleitores devem ser exigentes com os seus representantes. Há programas a cumprir, metas a alcançar, desafios a ultrapassar. Assim, em vez de um círculo vicioso, podemos ter um ciclo virtuoso!

Sátira das coincidências Os círculos viciosos

Paulo Pinheiro

accidit

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