49504879 direitos humanos

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Direitos Humanos Edited by Foxit PDF Editor Copyright (c) by Foxit Software Company, 2004 - 2007 For Evaluation Only. APOSTILA DEDireitos Humanos 1. Direitos Humanos: noo, significado, finalidades e histria. 2. A dignidade da pes soa humana e os valores da liberdade,da igualdade e da solidariedade. 3. Cidadan ia: noo, significado e histria. 4. Direitos e deveres da cidadania. 5. Democracia: noo, significado e valores. 6. Estado Democrtico de Direito: noo e significado. 7. Es tado Democrtico de Direito brasileiro: fundamentos e objetivos. 8. Os Direitos Hu manos fundamentais na vigente Constituio da Repblica: direitos vida e preservao da i tegridade fsica e moral (honra, imagem, nome, intimidade e vida privada), liberda de em todas as suas formas, igualdade, propriedade e segurana, os direitos sociai s, a nacionalidade e os direitos polticos. 9. A Polcia Civil e a defesa das instit uies democrticas. A polcia judiciria e a promoo dos direitos fundamentais. 10. O direi o de receber servios pblicos adequados. 11. Os sistemas global e americano de prot eo dos direitos humanos fundamentais: a Declarao Universal dos Direitos do Homem e a Conveno Americana de Direitos Humanos (Pacto de San Jos da Costa Rica). 12. Cdigo de Conduta da Organizao das Naes Unidas para os Funcionrios Responsveis pela Aplicao da .DIREITOS HUMANOS: NOO, SIGNIFICADO, FINALIDADE E HISTRIA A DIGNIDADE DA PESSOA HUMA NA E OS VALORES DA LIBERDADE, DA IGUALDADE E DA SOLIDARIEDADE NOES SOBRE DIREITOS HUMANOS Direitos Humanos so os direitos fundamentais da pessoa humana. No regime democrtico, toda pessoa deve ter a sua dignidade respeitada e a sua integridade protegida, independentemente da origem, raa, etnia, gnero, idade, condio econmica e social, orientao ou identidade sexual, credo religioso ou convico p ltica. Toda pessoa deve ter garantidos seus direitos civis (como o direito vida, segurana, justia, liberdade e igualdade), polticos (como o direito participao nas dec ises polticas), econmicos (como o direito ao trabalho), sociais (como o direito edu cao, sade e bem-estar), culturais (como o direito participao na vida cultural) e ambi entais (como o direito a um meio ambiente saudvel). A EVOLUO DOS DIREITOS HUMANOS A pesar da falta de historicidade inerente a esses direitos, com a histria e seus g randes pensadores que se observa a "evoluo" da humanidade, no sentido de ampliar o conhecimento da essncia humana, a fim de assegurar a cada pessoa seus direitos f undamentais. Podemos destacar que a noo de direitos humanos foi cunhada ao longo d os ltimos trs milnios da civilizao. O Prof. Fbio Konder Comparato, fazendo uma anlise istrica dessa evoluo, aponta que foi no perodo axial que os grandes princpios, os enu nciados e as diretrizes fundamentais da vida, at hoje considerados em vigor, fora m estabelecidos. Informa que nesse perodo, especialmente entre 600 e 480 a.C., co existiram, sem se comunicarem entre si, alguns dos maiores doutrinadores de todo s os tempos (entre eles, Buda, na ndia; Confcio, na China; Pitgoras, na Grcia e o pr ofeta Isaas, em Israel) e, a partir da, o curso da Histria passou a constituir o de sdobramento das idias e princpios estabelecidos nesse perodo. Inclusive, foi nesse perodo que surgiu a filosofia, tanto na sia como na Grcia, quando ento substituiu-se , "pela primeira vez na Histria, o saber mitolgico da tradio pelo saber lgico da razo" . Em resumo, assinala que foi nesse perodo que nasceu a idia de igualdade entre o s seres humanos: " a partir do perodo axial que o ser humano passa a ser considera do, pela primeira vez na Histria, em sua igualdade essencial, como ser dotado de liberdade e razo, no obstante as mltiplas diferenas de sexo, raa, religio ou costumes sociais. Lanavam-se, assim, os fundamentos intelectuais para a compreenso da pesso a humana e para a afirmao de direitos universais, porque a ela inerentes". Na seqnci a, podemos destacar o Cristianismo, que em muito contribuiu para o estabelecimen to da igualdade entre os homens. O Cristianismo, sem dvida, no plano divino, preg ava a igualdade de todos os seres humanos, considerando-os filhos de Deus, apesa r de, na prtica, admitir desigualdades em contradio com a mensagem evanglica (admiti u a legitimidade da escravido, a inferioridade da mulher em relao ao homem). sujeit ar-se, devem ser elaboradas pelos membros da associao". Sua viso, complementando, d e que o ser humano no existe como meio para uma finalidade, mas existe como um fi m em si mesmo, ou seja, todo homem tem como fim natural a realizao de sua prpria fe licidade, da resultando que todo homem tem dignidade. Isso implica, na sua concepo, que no basta ao homem o dever negativo de no prejudicar algum, mas, tambm, e essenc ialmente, o dever positivo de trabalhar para a felicidade alheia. Essa concepo foi fundamental para o reconhecimento dos direitos necessrios formulao de polticas pblic as de contedo econmico e social. Pode-se falar em trs pices da evoluo dos direitos hum anos: o Iluminismo, a Revoluo Francesa e o trmino da Segunda Guerra Mundial. Com o primeiro foi ressaltada a razo, o esprito crtico e a f na cincia. Esse movimento proc urou chegar s origens da humanidade, compreender a essncia das coisas e das pessoa s, observar o homem natural. A Revoluo Francesa deu origem aos ideais representati vos dos direitos humanos, a liberdade, a igualdade e a fraternidade. Estes inspi raram os tericos e transformaram todo o modo de pensar ocidental. Os homens tinha m plena liberdade (apesar de empecilhos de ordem econmica,destacados, posteriormente, pelo Socialismo), eram iguais, ao menos em relao lei, e deveriam ser fraternos, auxiliando uns aos outros. Por fim, com a barbrie da Se gunda Grande Guerra, os homens se conscientizaram da necessidade de no se permiti r que aquelas monstruosidades ocorressem novamente, de se prevenir os arbtrios do s Estados. Isto culminou na criao da Organizao das Naes Unidas e na declarao de inme ratados Internacionais de Direitos Humanos, como "A Declarao Universal dos Direito s do Homem", como ideal comum de todos os povos. Os documentos de proteo aos direi tos humanos foram surgindo progressivamente. O antecedente mais remoto pode ser a Magna Carta, que submetia o governante a um corpo escrito de normas, que ressa ltava a inexistncia de arbitrariedades na cobrana de impostos. A execuo de uma multa ou um aprisionamento ficavam submetidos imperiosa necessidade de um julgamento justo. A Petition of Rights tentou incorporar novamente os direitos estabelecido s pela Magna Carta, por meio da necessidade de consentimento do Parlamento para a realizao de inmeros atos. O Habeas Corpus Act instituiu um dos mais importantes i nstrumentos de garantia de direitos criados. Bastante utilizado at os nossos dias , destaca o direito liberdade de locomoo a todos os indivduos. A Bill of Rights vei o para assegurar a supremacia do Parlamento sobre a vontade do rei. A Declarao de Direitos do estado da Virgnia declara que "todos os homens so por natureza igualme nte livres e independentes e tm certos direitos inatos de que, quando entram no e stado de sociedade, no podem, por nenhuma forma, privar ou despojar de sua poster idade, nomeadamente o gozo da vida e da liberdade, com os meios de adquirir e po ssuir propriedade e procurar e obter felicidade e segurana". Assegura, tambm, todo poder ao povo e o devido processo legal (julgamento justo para todos). A Declar ao de Independncia dos Estados Unidos da Amrica, assim como a Constituio Federal de 17 87, consolidam barreiras contra o Estado, como tripartio do poder e a alegao que tod o poder vem do povo; asseguram, ainda, alguns direitos fundamentais, como a igua ldade entre os homens, a vida, a liberdade, a propriedade. As dez Emendas Consti tucionais americanas permanecem em vigor at hoje, demonstrando o carter atemporal desses direitos fundamentais. Essas Emendas tm carter apenas exemplificativo, j que , constantemente, novos direitos fundamentais podem ser declarados e incorporado s Lei Fundamental Americana. Com a Revoluo Francesa, foi aprovada a "Declarao dos Di reitos do Homem e do Cidado", que garante os direitos referentes liberdade, propr iedade, segurana e resistncia opresso. Destaca os princpios da legalidade e da igual dade de todos perante a lei, e da soberania popular. Aqui, o pressuposto o valor absoluto da dignidade humana, a elaborao do conceito de pessoa abarcou a descober ta do mundo dos valores, sob o prisma de que a pessoa d preferncia, em sua vida, a valores que elege, que passam a ser fundamentais, da porque os direitos humanos ho de ser identificados como os valores mais importantes eleitos pelos homens. A partir do sculo XX, a regulao dos direitos econmicos e sociais passaram a incorporar as Constituies Nacionais. A primeira Carta Magna, a revolucionar a positivao de tai s direitos, foi a Constituio Mexicana de 1917, que versava, inclusive, sobre a funo social da propriedade. A Constituio de Weimar de 1919, pelo seu captulo sobre os di reitos econmicos e sociais, foi o grande modelo seguido pelas novas Constituies Oci dentais. A partir da segunda metade do sculo XX, iniciou-se a real positivao dos di reitos humanos, que cresceram em importncia e em nmero, devido, principalmente, ao s inmeros acordos internacionais. O pensamento formulado nesse perodo acentua o ca rter nico e singular da personalidade de cada indivduo, derivando da que todo homem tem dignidade individual e, com isto, a Declarao Universal dos Direitos Humanos, e m seu art. 6., afirma: "Todo homem tem direito de ser, em todos os lugares, recon hecido como pessoa perante a lei". Atualmente no se pode discutir a existncia dess es direitos, j que, alm de amplamente consagrados pela doutrina, esto presentes tam bm na lei fundamental brasileira: A Constituio Federal. Mesmo os mais pessimistas, que alegam a falta de eficcia dos direitos fundamentais, no podem negar a rpida evo luo, tanto no sentido normativo, como no sentido executivo, desses direitos, que j adquiriram um papel essencial na doutrina jurdica, apesar de apenas serem realmen te reconhecidos por meio da Declarao Universal dos Direitos do Homem de 1948. Pode -se constatar, por estes apontamentos, que a evoluo dos direitos humanos foi gradu al; todavia, o pensamento moderno " a convico generalizada de que o verdadeiro fund amento da validade do Direito em geral e dos direitos humanos em particular j no d eve ser procurado naesfera sobrenatural da revelao religiosa, nem tampouco numa abstrao metafsica a natur eza como essncia imutvel de todos os entes do mundo. Se o direito uma criao humana, o seu valor deriva, justamente, daquele que o criou. O que significa que esse fu ndamento no outro, seno o prprio homem, considerado em sua dignidade substancial de pessoa...". A adoo, pela Assemblia Geral da Organizao das Naes Unidas, da Declarao rsal de Direitos Humanos, em 1948, constitui o principal marco no desenvolviment o do direito internacional dos direitos humanos. A Declarao Universal de Direitos Humanos contm um conjunto indissocivel e interdependente de direitos individuais e coletivos, civis, polticos, econmicos, sociais e culturais, sem os quais a dignid ade da pessoa humana no se realiza por completo. Esta Declarao tornou-se uma fonte de inspirao para a elaborao de cartas constitucionais e tratados internacionais volt ados proteo dos direitos humanos e um autntico paradigma tico a partir do qual se po de medir e contestar ou afirmar a legitimidade de regimes e governos. Os direito s ali inscritos constituem hoje um dos mais importantes instrumentos de nossa ci vilizao visando assegurar um convvio social digno, justo e pacfico. A Declarao Univers al dos Direitos Humanos no apenas um conjunto de preceitos morais que devem infor mar a organizao da sociedade e a criao do direito. Inscritos em diversos tratados in ternacionais e constituies, os direitos contidos na Declarao Universal estabelecem o brigaes jurdicas concretas aos estados nacionais. So normas jurdicas claras e precisa s, voltadas para a proteo e promoo dos interesses mais fundamentais da pessoa humana . So normas que obrigam os Estados nacionais no plano interno e externo. Com a cr iao da Organizao das Naes Unidas em 1945 e a adoo de declaraes, convenes e tratad ionais para a proteo da pessoa humana, os direitos humanos deixaram de ser uma que sto exclusiva dos Estados nacionais, passando a ser matria de interesse de toda a comunidade internacional. A criao de mecanismos judiciais internacionais de proteo d os direitos humanos, como a Corte Interamericana e a Corte Europia de Direitos Hu manos ou quasejudiciais como a Comisso Interamericana de Direitos Humanos ou o Co mit de Direitos Humanos das Naes Unidas, deixam clara esta mudana na antiga formulao d o conceito de soberania. Mas a obrigao primria de assegurar os Direitos Humanos con tinua a ser responsabilidade interna dos Estados Nacional. No Brasil, a Constitu io Federal de 1988 estabeleceu a mais precisa e detalhada carta de direitos de nos sa histria, que inclui uma vasta identificao de direitos civis, polticos, econmicos, sociais e culturais, alm de um conjunto preciso de garantias constitucionais. A C onstituio imps ao Estado brasileiro a obrigao de reger-se, em suas relaes internaciona s, pelo princpio da "prevalncia dos direitos humanos"(artigo 4, inciso II). Resulta do desta nova diretriz constitucional foi o Brasil, no incio dos anos noventa, ra tificar a adeso aos Pactos Internacionais de Direitos Civis e Polticos e de Direit os Econmicos, Sociais e Culturais e s Convenes contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruis, Desumanos ou Degradantes e Americana de Direitos Humanos, que se encontram entre os mais relevantes instrumentos internacionais de proteo aos dire itos humanos. Em 1993, o Brasil presidiu o comit de redao e desempenhou papel decis ivo na elaborao e aprovao da Declarao e do programa da Conferncia Mundial dos Direitos Humanos de Viena, que recomendou aos Estados Nacionais a elaborao de planos nacion ais para a proteo e promoo dos direitos humanos. O governo brasileiro considera as n ormas constitucionais e a adeso a tratados internacionais passos essenciais para a promoo dos direitos humanos, mas est consciente de que a proteo efetiva destes dire itos depende da atuao constante do Estado e da sociedade. Com este objetivo, o gov erno federal tem se empenhado na proteo de promoo dos direitos humanos no pas, a comea r pela elaborao da Agenda de Direitos Humanos, que resultou em um elenco de propos tas e projetos de lei contra a violncia. No dia 13 de maio de 1996, o Presidente Fernando Henrique Cardoso lanou oficialmente o Programa Nacional de Direitos Huma nos (PNDH), tornando o Brasil o terceiro pas, depois da Austrlia e das Filipinas, a atender a recomendao da Conferncia Mundial de Direitos Humanos de Viena de prepar ar um plano de ao para proteo e promoo dos direitos humanos. O PNDH uma declarao in a do compromisso do Brasil com a proteo e promoo dos direitos humanos de todas as pe ssoas que residem no, e transitam pelo, territrio brasileiro. Com a colaborao da Un iversidade de So Paulo, atravs do Ncleo de Estudos da Violncia, o PNDH tornou-se doc umento de referncia obrigatria para o governo e a sociedade na luta pela consolidao da democracia e do estado de direito e pela construo de uma sociedade mais justa. Num estado federal como o Brasil, os Estados da Federao tm um papel fundamental naimplementao do programa Nacional de Direitos Humanos e na luta contra a violncia, d iscriminao impunidade e pela efetiva proteo dos direitos humanos no pas. O PNDH prope aesgovernamentais que devem ser implementadas nos Estados da Federao, pelos governos estaduais ou atravs de parcerias entre o governo federal, governos estaduais, gov ernos municipais e sociedade civil. Princpios e Prioridades da Poltica Nacional de Direitos Humanos Na elaborao de uma poltica e um programa de direitos humanos exeqve l, deve-se reconhecer que no possvel resolver imediatamente problemas que foram ge rados ao longo de dcadas de desrespeito aos mais elementares direitos da pessoa h umana. Princpios Bsicos: Primeiro, a consolidao da democracia exige a garantia dos d ireitos humanos de todas pessoas, independentemente de origem, idade, sexo, etni a, raa, condio econmica e social, orientao ou identidade sexual, credo religioso e con vico poltica. Segundo, os direitos civis, polticos, econmicos, sociais e culturais so indissociveis. Terceiro, as violaes dos direitos humanos tm muitas causas, de ordem internacional, poltica, econmica, social, cultural e psicolgica. Quarto, o estudo e pesquisa da natureza e das causas das violaes de direitos humanos so indispensveis para formulao e implementao de polticas e programas de combate violncia e discrimina de proteo e promoo dos direitos humanos. Quinto, a proteo dos direitos humanos e a con solidao da democracia depende da cooperao de todos, entre o governo federal e o gove rno estadual, com os governos municipais e a sociedade civil, tanto na fase de f ormulao quanto na fase de implementao, monitoramento e avaliao das polticas e programa de direitos humanos. Reconhecendo a indissociabilidade dos direitos civis, polti cos, sociais, econmicos e culturais, individuais e coletivos, procura-se definir propostas para proteo de todos os direitos humanos. Numa sociedade injusta como a brasileira, com grave desigualdade de renda, impossvel promover os direitos human os sem que os problemas estruturais do desemprego, do acesso terra, da educao, da sade e do meio ambiente sejam objeto de polticas e programas governamentais. Mas, para que a populao possa assumir que os direitos humanos so direitos de todos e as entidades da sociedade civil possam lutar por esses direitos e atuar em parceria com os Estados, fundamental que seus direitos civis e polticos sejam garantidos. Promoo dos Direitos Humanos Introduzir noes de direitos humanos no currculo escolar, no ensino de primeiro, segundo e terceiro graus, pela abordagem de temas transv ersais. Promover cursos de capacitao de professores para ministrar disciplinas ou desenvolver programas interdisciplinares na rea de direitos humanos, em parceria com entidades governamentais. Desenvolver programas de informao e formao para profis sionais do direito, policiais civis e militares, agentes penitencirios e lideranas comunitrias, orientados pela concepo dos direitos humanos segundo a qual o respeit o igualdade supe tambm o reconhecimento e valorizao das diferenas entre indivduos e c letividades. Criar comisso para elaborar e sugerir material didtico e metodologia educacional e de comunicao para a implementao dos itens imediatamente anteriores (n. 1,2,3). Conceder anualmente prmios a entidades e pessoas que se destacaram na def esa dos direitos humanos. Apoiar iniciativas de premiao de programas e reportagens que ampliem a compreenso da sociedade sobre a importncia do respeito aos direitos humanos. Promover e apoiar a promoo, nos municpios e regies dos estados, de debates , encontros, seminrios e fruns sobre polticas e programas de direitos humanos. Prom over campanhas de divulgao das normas internacionais de proteo dos direitos humanos para operadores do direito, organizaes no governamentais, igrejas, movimentos socia is e sindicais. Fomentar aes de divulgao e conscientizao da importncia da legislao n al pertinente spolticas de proteo e promoo dos direitos humanos. Desenvolver campanhas estaduais per manentes que ampliem a compreenso da sociedade brasileira sobre o valor da vida h umana e a importncia do respeito aos direitos humanos. Desenvolver campanha publi citria dirigida escola sobre o valor da diferena em uma sociedade democrtica. Promo ver concursos entre as escolas por meio de cartazes, redaes e manifestaes artsticas s obre o tema da diferena. Participao Poltica Desenvolver programas estaduais e apoiar programas municipais, para assegurar a todos os grupos sociais o direito de par ticipar na formulao e implementao de polticas pblicas nas reas de sade, educao, hab o ambiente, segurana social, trabalho, economia, cultura, segurana e justia. Apoiar campanhas que incentivem a participao poltica dos vrios grupos sociais, nos municpio s e nos estados. Criar banco de dados sobre entidades, partidos polticos, empresa s, sindicatos, escolas e outras associaes comprometidas com a promoo e proteo dos dire itos humanos. Direitos Econmicos, Sociais, Culturais e Ambientais Direitos ao Des envolvimento humano Formular e implementar polticas e programas de governo para r eduo das desigualdades regionais, econmicas, sociais e culturais, definindo recurso s em cada secretaria estadual para o alcance dessa meta. Promover, em escala mun icipal e regional, a integrao das aes direcionadas s comunidades e grupos mais carent es, pelas prefeituras municipais, governos estadual e federal e sociedade civil. Criar um banco de dados que possibilite o direcionamento das polticas e programa s de governo e a realizao de parcerias entre os Estados e a sociedade para a reduo d e desigualdades regionais, econmicas, sociais e culturais. Incentivar as empresas a publicar em seus balanos informaes sobre realizaes na rea de promoo e defesa dos d itos econmicos, sociais, culturais e ambientais. Emprego e Gerao de Renda Criar frum , com participao de representantes do Executivo, Legislativo e Judicirio e da socie dade civil, para a realizao de estudos visando a reduo da jornada de trabalho e o fi m das horas extras. Estabelecer polticas e programas estaduais de desenvolvimento e apoiar polticas e programas municipais, visando reduzir a pobreza em reas urban as e rurais por meio da proviso de infraestrutura e servios bsicos e da gerao de empr egos e/ou renda para as populaes carentes, redirecionando a poltica oramentria para a realizao destes objetivos. Incentivar nos municpios a criao de programas de renda co mplementar. Incentivar a criao de organizaes sem fins lucrativos capazes de gerar em prego e/ou renda, nas reas urbanas e rurais, por meio de projetos de prestao de ser vios comunidade. Incentivar a criao de centros de aprendizagem em que grupos carent es e pessoas desempregadas possam desenvolver projetos de sobrevivncia. Incentiva r a criao de micro e pequenas empresas e cooperativas capazes de gerar emprego e/o u renda, nas reas urbana e rural, com medidas e/ou propostas para simplificao, elim inao ou reduo de suas obrigaes administrativas, tributrias e crediticias. Criar progra as de financiamento para micro e pequenas empresas e cooperativas, associados fo rmao e reciclagem profissional. Apoiar programas de regularizao e legalizao das ativid ades da economia informal, com instituio de tributos condizentes com sua atividade . Ampliar o atendimento ao trabalhador, multiplicando os postos para obteno de car teira de trabalho,formao profissional, orientao jurdica e acompanhamento das condies de sade, higiene e gurana no trabalho. Incentivar a criao e o funcionamento de comisses municipais de e mprego. Poltica agrria e fundiria Apoiar formas negociadas e no violentas de resoluo d e conflitos fundirios. Apoiar os assentamentos rurais existentes, dotando-os de i nfra-estrutura e promovendo treinamento adequado produo agrcola, alm de incentivar a tividades econmicas compatveis com a defesa do meio ambiente e a criao de canais de escoamento da produo. Propor lei estadual definindo a legitimao da posse de terras d evolutas com at 500 hectares aos ocupantes que atendam aos princpios da legislao agrr ia. Dar continuidade polticas de reivindicao e utilizao de terras devolutas para asse ntamento de trabalhadores sem terra. Apoiar a identificao de reas rurais improdutiv as ou que no atendam funo social da propriedade, para fins de reforma agrria. Promov er polticas e programas de abastecimento, apoiando a criao e o funcionamento de coo perativas para aproximar os produtores rurais dos consumidores urbanos. Expandir o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Educao Pr omover a melhoria do ensino pblico, por meio de programas de educao continuada dos professores, elevao dos nveis salariais e melhoria das condies de trabalho. Incentiva r a participao de pais, professores e estudantes e fortalecer os conselhos de esco la, as associaes de pais e mestres, os grmio estudantis e outras entidades comunitri as. Garantir o acesso, o reingresso, a permanncia e o sucesso de todas as crianas e adolescentes nos ensinos fundamental e mdio, por meio de aes como a implementao de classes de acelerao, a recuperao paralela e outras medidas, entre as quais a concesso de incentivo s famlias carentes que mantiverem os filhos na escola. Apoiar progra mas de monitoramento e eliminao da evaso escolar. Valorizar as associaes de pais e me stres, incentivando sua participao no gerenciamento dos recursos pblicos destinados escola. Promover cursos de alfabetizao de adultos. Comunicao Estabelecer programas de integrao intersecretarias e organizaes no governamentais, visando prevenir e reduz ir a incidncia do uso indevido de drogas e de doenas transmissveis. Promover aes de d ivulgao sobre o valor da educao, da sade, do meio ambiente, da habitao, do transporte da cultura como direitos da cidadania e fatores essenciais melhoria da qualidad e de vida das pessoas, bem-estar social e desenvolvimento econmico. Desenvolver aes para proteger o direito preservao da imagem dos cidado. Criar uma comisso de educao mdia, com a participao de representantes do Estado, da sociedade e dos meios de co municao social, para apoiar o desenvolvimento de uma perspectiva positiva no trata mento das questes de direitos humanos na mdia e monitorar os programas radiofnicos e televisivos, identificando os que contenham incitao ao crime ou sua apologia. Cu ltura e Cincia Promover a punio dos responsveis pela transmisso de programas de rdio e televiso que contenham incitao ao crime ou sua apologia, com a aplicao das sanes cab s s concessionrias, na forma da lei. Criar centro de referncia de cidadania e direi tos humanos, com biblioteca especializada, para desenvolvimento de estudos e pro jetos sobre os temas da cidadania e direitos humanos.Apoiar programas de revalorizao e criao de bibliotecas pblicas, casas de cultura e of icinas culturais, estimulando intercmbio entre grupos das Capitais e do interior dos estados. Elaborar indicadores de desenvolvimento humano nos Estados. Promove r a realizao de estudos e pesquisas sobre violncia, custos da violncia, discriminao, v itimizao e direitos humanos. Criar banco de dados sobre as violaes dos direitos huma nos e o perfil dos autores e das vtimas da violao a esses direitos. Sade Incentivar, com ampla divulgao nos meios de comunicao de massa, a participao da comunidade na for mulao e implementao de polticas pblicas de sade, por meio de Conselhos Estaduais de Sa , dos Conselhos Municipais de Sade e de outras formas de organizao da populao como os Conselhos de Bairros e as Comunidades de Sade. Apoiar programas de medicina prev entiva, com equipes multidisciplinares, identificando e minimizando os fatores d e risco aos quais a populao est exposta, dando prioridade ao atendimento em reas per ifricas. Promover campanhas para divulgar informaes sobre os fatores que afetam a s ade pblica, particularmente os que aumentam o risco de morte violenta, como o uso de armas de fogo, uso indevido de drogas, acidentes de trnsito e acidentes de tra balho. Apoiar campanhas de conscientizao contra os riscos do uso do fumo e do lcool . Promover aes que contribuam para aumentar a integrao entre as reas sade, da educao a segurana pblica, com o objetivo de limitar a incidncia e o impacto da violncia con tra a pessoa. Desenvolver programas com o objetivo de melhorar a qualidade do am biente de trabalho e aumentar a segurana e a sade do trabalhador urbano e rural, i ntegrando aes das reas de sade, emprego e relaes de trabalho, justia e defesa da cidad nia e agricultura, tendo em vista este objetivo. Fortalecer a atuao das comisses de tica e fiscalizao das atividades dos profissionais da sade. Formular polticas e dese nvolver campanhas pblicas para incentivar a doao de sangue. Desenvolver e divulgar programas, assistncia e tratamento para os portadores de anemia falciforme. Adota r programas que contribuam para a melhoria do atendimento s pessoas portadoras de patologias crnicas. Apoiar programas de preveno, assistncia e tratamento dependncia de drogas. Desenvolver campanhas de informao e preveno sobre doenas sexualmente trans missveis e HIV/Aids. Apoiar estudos, pesquisas e programas para reduzir a incidnci a, morbidade e mortalidade causadas por HIV/Aids. Apoiar a implantao de um cadastr o tcnico de receptores de rgos, a cargo das Secretarias de Sade dos estados, que vis e assegurar o princpio da igualdade nas aes de sade e ordem cronolgica de atendimento de pacientes que necessitem de transplante. Bem-Estar, Habilitao e Transporte Imp lantar os Conselhos e Fundos Municipais da Assistncia Social e elaborar planos mu nicipais de assistncia social com programas destinados s crianas, adolescentes, faml ia, maternidade, idosos, portadores de deficincia, insero no mercado de trabalho e gerao de renda, incentivando a formao de parcerias entre organizaes governamentais e d a sociedade civil e redes municipais, regionais e estaduais. Implantar polticas d e complementao de renda familiar, integradas com polticas educacionais, de sade, de habitao, de insero no mercado de trabalho e de gerao de renda. Incentivar em parceria com a entidade civil programas municipais de orientao e apoio famlia, para capacit-I as a resolver seus conflitos de forma no violenta e a cumprir sua responsabilidad e de proteger e educar as crianas.Criar, manter e apoiar programas de proteo populao em situao de rua, incluindo abrigo qualificao e requalificao profissional, orientao scio-educativa, como o objetivo de s a reinsero social. Incentivar, nos programas de atendimento pr-natal, a incluso de o rientao preventiva de maustratos na infncia. Reativar convnio entre a Secretaria da Segurana Pblica e Secretaria da Criana, Famlia e Bem Estar Social com o objetivo de oferecer atendimento nas delegacias de polcia, por assistentes sociais. Implantar Conselhos e Fundos Municipais de Desenvolvimento Urbano, com o objetivo de demo cratizar a discusso de polticas e programas de desenvolvimento urbano. Apoiar medi das no mbito municipal que visem o aumento de impostos sobre imveis desocupados, d estinando os recursos para programas de construo e melhoria de moradias populares. Apoiar medidas no mbito estadual e municipal que visem a remunerao da cesso de prpri os pblicos para clubes e entidades sem fins lucrativos, destinando os recursos pa ra programas de assistncia social. Incentivar projetos de construo e melhoria das c ondies das moradias populares, particularmente por meio do sistema de mutiro, inclu sive com programas de capacitao tcnica, organizacional e jurdica dos integrantes dos movimentos de moradias. Promover a melhoria e expanso dos servios de transporte c oletivo. Implantar programa de controle de poluio do sistema integrado de transpor tes no Estado. Criar programa estadual e apoiar a criao de programas municipais de educao para a segurana no trnsito e de preveno de acidentes de trnsito. Consumo e Mei Ambiente Ampliar o programa de municipalizao da defesa do consumidor por meio da criao e fortalecimento de Procons municipais. Apoiar o Poder Judicirio na instalao de juizados especiais para questes de direito do consumidor. Aperfeioar a defesa de direitos dos consumidores, inclusive estabelecendo convnio entre a Fundao Procon e a Procuradoria Geral do Estado para a propositura de aes individuais, coletivas e aes civis pblicas. Implementar aes de educao para o consumo por meio de parcerias entr a escola e rgos de defesa do consumidor. Propor lei de defesa do usurio do servio pb lico. Desenvolver e implementar programas permanentes de qualidade no servio pblic o. Implantar conselhos das unidades de proteo ambiental, com representantes do Est ado, prefeituras e sociedade civil, para formulao, implementao e monitoramento de po lticas e programas de proteo ambiental. Apoiar projetos de preservao, recuperao e melh ria do meio ambiente. Desenvolver aes integradas entre os Governo Federal, os esta duais, os municipais, empresrios e organizaes da sociedade civil para projetos de e ducao ambiental e de turismo ecolgico, na rede escolar. Promover a melhoria e garan tir a qualidade do meio ambiente, por meio de programas de coleta e reciclagem d e lixo, em associao com projetos de gerao de emprego e renda. Direitos Civis e Poltic os Acesso Justia e Luta Contra a Impunidade Criar centros de lazer, leitura e apr endizado ambiental em unidades de proteo ambiental. Criar ouvidorias nas Secretari as dos Estados, em especial nas reas da Educao e Sade e na Procuradoria Geral do Est ado, bem como estimular sua criao pelo Ministrio Pblico, pelo Poder Judicirio e pelo Poder Legislativo, garantindo aos ouvidores mandato com prazo certo. Instalar e divulgar canais especiais de comunicao para denncias, orientao e sugestes, especialmen te nas reas de segurana, justia, sade e educao, garantindo o anonimato dosusurios. Agilizar a apurao e a responsabilizao administrativa e judicial de agentes pb licos acusados de atos de violncia e corrupo, respeitados o devido processo legal e a ampla defesa. Fortalecer a ampliar a atuao das corregedorias administrativas do Poder Executivo, notadamente da Polcia Civil e Polcia Militar, do Ministrio Pblico e do Poder Judicirio. Consolidar e fortalecer o controle externo da atividade pol icial pelo Ministrio Pblico, de acordo com o artigo 127, VII, da Constituio Federal. Criar programa estadual de proteo a vtimas e testemunhas, bem como a seus familiar es, ameaados em razo de envolvimento em inqurito policial e/ou processo judicial, e m parceria com a sociedade civil. Garantir indenizao s vtimas de violncia praticada p or agentes pblicos. Criar programa de assistncia aos herdeiros e dependentes caren tes de pessoas vitimadas por crimes dolosos, nos termos do artigo 245 da Constit uio Federal. Estimular a soluo pacfica de conflitos, criando e fortalecendo, na perif eria das grandes cidades, centros de integrao da cidadania, com a participao do Pode r Judicirio, Ministrio Pblico, Procuradoria de Assistncia Judiciria, Polcia Civil, Pol ia Militar, Procon, outros rgos governamentais de atendimento social, de gerao de re nda, de preveno de doenas e com ampla participao da sociedade civil. Promover cursos de capacitao na defesa dos direitos humanos e cidadania, para lideranas populares. Estimular a criao de ncleos municipais de defesa da cidadania, incluindo a prestao de servios gratuitos de assistncia jurdica, mediao de conflitos coletivos e requisio de ocumentos bsicos para a populao carente, com a participao de advogados, professores e estudantes, em integrao com rgo pblicos. Expandir, modernizar e informatizar os serv ios de distribuio de justia para melhorar o sistema de proteo e promoo dos direitos h nos. Realizar gestes junto aos Poderes Legislativo e Judicirio para aprovao de lei e stadual regulamentando os juizados especiais cveis e criminais, a fim de que seja m efetivamente implantados no Estado. Apoiar o estabelecimento e funcionamento d e plantes permanentes do Poder Judicirio, Ministrio Pblico, Procuradoria de Assistnci a Judiciria e Delegacias de Polcia. Estimular o debate sobre a reorganizao do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico, para melhor atender s demandas da populao. Estimular a criao e o funcionamento, no Ministrio Pblico, de promotorias especializadas na def esa da cidadania e dos direitos humanos. Estimular a criao e o funcionamento de me canismos para agilizar o julgamento de casos de graves violaes de direitos humanos . Expandir e melhorar o atendimento s pessoas necessitadas de assistncia judiciria. Apoiar iniciativa de extino da Justia Militar dos Estados, com atribuio Justia comum da competncia para julgamento de todos os crimes cometidos por policiais militare s. Apoiar o projeto de lei que tipifica crime contra os direitos humanos. Pugnar em favor do reconhecimento, pelo Brasil, da competncia da Corte Interamericana d e Direitos Humanos, nos termos do artigo 62 da Declarao Americana de Direitos Huma nos. Segurana do Cidado e Medidas Contra a Violncia Apoiar programas e campanhas de preveno violncia contra pessoas e grupos em situao de alto risco, particularmente cr ianas e adolescentes, idosos, mulheres, negros, indgenas, migrantes, homossexuais, transexuais, trabalhadores sem-terra, trabalhadores sem-teto, da populao em situao de rua, incluindo policiais e seus familiares ameaados em razo da natureza da sua atividade. Criar programa especfico para preveno e represso violncia domstica e imple entao do Estatuto da Criana e do Adolescente, na parte de assistncia a famlias, criana s e adolescentes em situao de risco, com a participao de organizaes da sociedade civil e do Governo, particularmentedas delegacias de defesa da mulher, ampliando e fortalecendo servios de atendimen to e investigao de casos de violncia domstica. Integrar os sistemas de informao e comu nicao das polcias civil e militar. Coordenar e integrar as aes das polcias civil e mil itar. Criar cursos regulares para capacitao em gerenciamento de crise e negociao em conflitos coletivos, dedicados a profissionais ligados s reas de segurana e justia. Desenvolver programas e campanhas para impedir o trabalho forado, sobretudo de cr ianas, adolescentes e migrantes, particularmente por meio da criao, nas secretarias de Emprego e Relaes do Trabalho, da Criana, Famlia e Bem Estar Social e da Segurana Pblica, de reas especializadas na preveno e represso ao trabalho forado. Valorizar os conselhos comunitrios de segurana, dotando-os de maior autonomia e representativid ade, para que eles possam servir efetivamente como centros de acompanhamento e m onitoramento das atividades das polcias civil e militar pela comunidade e como me canismos para melhorar a sua integrao e cooperao. Incentivar experincias de polcia com unitria, definindo no apenas a manuteno da ordem pblica e a incolumidade das pessoas e do patrimnio mas tambm e principalmente a defesa dos direitos da cidadania e da dignidade da pessoa humana como misses prioritrias das polcias civil e militar. Amp liar a atuao das polcias, orientando-as principalmente para as reas de maior risco d e violncia, por meio do aumento e redistribuio do efetivo policial. Incentivar a cr iao de fundo da polcia, para obteno de recursos e realizao de investimentos na rea de gurana pblica. Aperfeioar critrios para seleo e promoo de policiais, de forma a valor r e incentivar o respeito lei, o uso limitado da fora, a defesa dos direitos dos cidados e da dignidade humana no exerccio da atividade policial. Apoiar programas de aperfeioamento profissional de policiais militares e civis por meio da concesso de bolsas de estudo e intercmbio com polcias de outros pases para fortalecer estra tgias de policiamento condizentes com o respeito lei, uso limitado da fora, defesa dos direitos dos cidados e da dignidade humana. Apoiar a realizao de cursos de dir eitos humanos para policiais em todos os nveis da hierarquia policial. Dar contin uidade ao programa de seguro de vida especial para policiais. Apoiar projeto de lei federal, agravando as penas para crimes dolosos, praticados por policiais ou contra policiais, no exerccio de suas funes. Regulamentar e aumentar o controle so bre o uso de armas e munies por policiais em servio e nos horrios de folga, exigindo a elaborao de relatrio sobre cada ocorrncia de disparo de arma de fogo. Desenvolver e apoiar programas e campanhas de desarmamento, com apreenso de armas ilegais, a fim de implementar no Estado a lei federal que criminaliza a posse e o porte il egal de armas. Apoiar o aperfeioamento da legislao que regulamenta os servios privad os de segurana. Elaborar indicadores bsicos para o monitoramento e a avaliao de polti cas de segurana pblica e do funcionamento do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico. R ever os regulamentos disciplinares das polcias, notadamente o da Polcia Militar, c ompatibilizandoos ordem constitucional vigente. Organizar seminrio estadual para policiais sobre educao em direitos humanos. Sistema prisional e ressocializao Desenv olver parcerias entre os estados e entidades da sociedade civil para o aperfeioam ento do sistema penitencirio e para a proteo dos direitos de cidadania e da dignida de do preso. Incentivar a aplicao de penas alternativas pelo Poder Judicirio, contr ibuindo para a melhor reintegrao dos condenados sociedade. Desenvolver programas d e identificao de postos de trabalho para cumprimento de pena de prestao de servios co munidade, por meio de parcerias entre rgos pblicos e sociedade civil.Apoiar o Projeto de Lei 2.684/96, em tramitao no Congresso Nacional, que trata das penas alternativas. Incentivar a criao dos conselhos comunitrios para supervisiona r o funcionamento das prises, nos termos da Lei de Execuo Penal e exigir visitas me nsais de juzes e promotores para verificar as condies do sistema penitencirio. Const ruir novas unidades para o regime semi-aberto, incentivando o cumprimento de pen as nesse sistema e no regime aberto, nos termos da Lei de Execuo Penal. Criar grup o de trabalho, destinado a propor aes urgentes para melhorar o funcionamento da Va ra de Execues Criminais, com a participao de representantes do Poder Judicirio, Minis trio Pblico, Procuradoria Geral do Estado, Secretarias de Administrao Penitenciria e da Segurana Pblica, OAB e organizaes da sociedade civil. Criar as condies necessrias a cumprimento da Lei de Execuo Penal, no que toca classificao de presos para individu alizao da execuo da pena, com a contratao e a capacitao de profissionais para elabora acompanhar programas de ressocializao e reeducao de presos, em parceria com entidad es no governamentais. Aperfeioar o tratamento prisional da mulher, garantindo prog ressivamente a alocao de agentes femininas para vistoria e guarda dos pavilhes e a realizao de visitas ntimas e familiares. Instituir a Ouvidorias nos Sistemas Penite ncirios. Expandir e fortalecer a assistncia judiciria ao preso. Desenvolver program as de informatizao do sistema penitencirio e integrao com o Ministrio Pblico e o Poder Judicirio, para agilizar a execuo penal. Garantir acesso aos mapas da populao de pres os no sistema penitencirio, nas cadeias pblicas e nos distritos policiais, a fim d e permitir o monitoramento da relao entre nmero de vagas e nmero de presos no sistem a. Garantir a separao dos presos por tipo de delito e entre os presos condenados e provisrios. Prever mecanismos de defesa tcnica para presos acusados em processos disciplinares. Agilizar o exame de corpo de delito nos casos de denncia de violao i ntegridade fsica do preso. Aperfeioar a formao e reciclagem dos diretores e agentes do sistema penitencirio, de acordo com as normas para seleo e formao de pessoal penit encirio da ONU e OEA. Criar Escolas Estaduais Penitencirias. Implementar os proced imentos de Manuais de Segurana Fsica das Unidades Prisionais em todo o sistema pri sional. Apoiar o trabalho do grupo de negociadores que tem por objetivo a resoluo pacfica de incidentes prisionais e elaborar manual com regras mnimas para tratamen to de rebelies no sistema penitencirio. Criar condies para a absoro pelo sistema penit encirio dos presos condenados e recolhidos nos distritos policiais e cadeias pblic as. Facilitar o acesso dos presos educao, ao esporte e cultura, fortalecendo proje tos como Educao Bsica, Educao pela Informtica, Telecurso 2000, Teatro nas Prises e Ofi inas Culturais, privilegiando parcerias com organizaes no governamentais e universi dades. Promover programas de capacitao tcnico-profissionalizante para os presos, po ssibilitando sua reinsero profissional nas reas urbanas e rurais, privilegiando par cerias com organizaes no governamentais e universidades. Desenvolver programas visa ndo a absoro pelo mercado de trabalho de egressos do sistema penitencirio e de pres os em regime aberto e semi-aberto, privilegiando parcerias com organizaes no govern amentais. Apoiar propostas legislativas para estender ao trabalhador preso os di reitos do trabalhador livre, incluindo a sua integrao Previdncia Social, ressalvada s apenas as restries inerentes sua condio. Aperfeioar o atendimento da sade no sistem penitencirio, inclusive estabelecendo convnios entre Governos Estaduais e governo s municipais para garantir assistncia mdica e hospitalar aos presos. Realizar o mo nitoramento epidemiolgico da populao carcerria.Promoo da Cidadania e Medidas contra a Discriminao Apoiar propostas legislativas coi bindo todo tipo de discriminao, com base em origem, raa, etnia, sexo, idade, credo religioso, convico poltica, orientao ou identidade sexual, deficincia fsica ou mental doenas e revogar normas discriminatrias na legislao infraconstitucional, para refora r e consolidar a proibio de prticas discriminatrias previstas na Constituio Federal. F ormular e implementar polticas, programas e campanhas para eliminao da discriminao, e m particular na educao, sade, trabalho e meios de comunicao social. Desenvolver progr amas permanentes de treinamento do servidor pblico, para habilit-lo a tratar adequ adamente a diversidade social e a identificar e combater prticas discriminatrias. Criar canais de acesso direto e regular da populao a informaes e documentos governam entais. Lanar campanhas estaduais, envolvendo todos os municpios, com o objetivo d e dotar gratuitamente a populao carente dos documentos bsicos de cidadania, tais co mo certido de nascimento, carteira de identidade, carteira de trabalho, ttulo de e leitor e certificado de alistamento militar (ou certificado de reservista ou de dispensa da incorporao). Instalar, no mbito das Secretarias de Emprego e Relaes do Tr abalho, uma Cmara Permanente de Promoo da Igualdade, para elaborao de diagnsticos e fo rmulao de polticas, programas e campanhas de promoo da igualdade no trabalho. Crianas e Adolescentes Implementar campanhas de proteo e promoo dos direitos da criana e do a dolescente, com base em diretrizes estaduais e nacionais, priorizando os temas d a violncia, abuso e assdio sexual, prostituio infanto-juvenil, erradicao do trabalho i nfantil, proteo do adolescente trabalhador, violncia domstica e uso indevido de drog as. Manter e incrementar infra-estrutura para o adequado funcionamento dos Conse lhos Estaduais dos Direitos da Criana e do Adolescente e incentivar a criao e funci onamento dos Conselhos Municipais de Direitos, Conselhos Tutelares e Fundos dos Direitos da Criana e do Adolescente. Incentivar a captao de recursos provados para os Fundos dos Direitos da Criana e do Adolescente. Elaborar plano estadual e ince ntivar a elaborao de planos municipais de proteo dos direitos da criana e do adolesce nte, por meio de parcerias entre organizaes governamentais e da sociedade civil. M anter programas de capacitao de profissionais encarregados da execuo da poltica de pr omoo e defesa de direitos da criana e do adolescente. Divulgar amplamente o Estatut o da Criana e do Adolescente nas escolas estaduais. Erradicar o trabalho infantil nos Estados e proteger os direitos do adolescente trabalhador, adotando normas que incentivem o cumprimento dos termos do artigo 7, inciso XXXIII, da Constituio F ederal. Desenvolver programa de combate explorao sexual infanto-juvenil. Ampliar p rogramas de preveno gravidez precoce e de atendimento a adolescentes grvidas. Desen volver programa de capacitao tcnico-profissional dirigido a adolescentes e jovens d e 14 a 21 anos, prioritariamente para aqueles em situao de risco social, de acordo com os princpios do Estatuto da Criana e do Adolescente. Desenvolver oficinas cul turais e cursos de msica, teatro e artes plsticas, dirigidos para crianas e adolesc entes, particularmente aqueles internados em unidades de ressocializao. Garantir o rientao jurdica e assistncia judiciria para famlias de adolescentes autores de ato inf racional. Criar programas de orientao jurdica e assistncia judiciria para famlias de a dolescentes autores de ato infracional. Apoiar a criao e funcionamento de varas, p romotorias e delegacias especializadas em infraes penais envolvendo crianas e adole scentes. Incentivar programas de integrao da criana e do adolescente famlia e comuni dade e de guarda, tutela e adoo de crianas e adolescentes, rfos ou abandonados.Reorganizar e regionalizar os estabelecimentos destinados internao de adolescentes autores de ato infracional, de acordo com as regras previstas no Estatuto da Cr iana e do Adolescente, com participao da comunidade. Desenvolver ao integrada do Pode r Executivo com o Poder Judicirio e Ministrio Pblico, aperfeioando o sistema de apli cao de medidas scio-educativas aos adolescentes autores de ato infracional. Prioriz ar programas que privilegiem a aplicao de medidas scio-educativas no privativas de l iberdade para adolescentes autores de ato infracional. Estabelecer um sistema de monitoramento da situao da criana e do adolescente, com ateno particular para a iden tificao e localizao de crianas, adolescentes e familiares desaparecidos, combate viol cia contra a criana e o adolescente e atendimento aos autores de ato infracional. Criar e manter programas de nutrio e preveno mortalidade de crianas e adolescentes. Manter programas scio-educativos de atendimento criana e ao adolescente em meio ab erto, como creches, centros de juventude, em apoio famlia e escola. Manter progra mas de atendimento a crianas e adolescentes em situao de rua, oferecendo condies de s ocializao, reintegrao famlia, educao, lazer, cultura, profissionalizao e trabalho te integral da cidadania. Mulheres Apoiar os Conselhos Estaduais da Condio Feminin a e incentivar a criao de conselhos municipais de defesa dos direitos da mulher. I ncrementar parcerias com organizaes da sociedade civil, com a participao dos conselh os estadual e municipais, para formular a monitorar polticas e programas de gover no para a defesa dos direitos da mulher. Incentivar a participao das mulheres na p oltica e na administrao pblica em todos os nveis. Criar, manter e apoiar programas de combate violncia contra a mulher, priorizando as casasabrigo e os centros integr ados de atendimento s mulheres vtimas ou sob risco de violncia, por meio de parceri as entre os Governos Estaduais, os governos municipais e organizaes da sociedade c ivil, em observncia Conveno Interamericana para Erradicar, Prevenir e Combater a Vi olncia Contra a Mulher. Aprimorar o funcionamento e a expanso da rede de delegacia s da mulher. Apoiar o aperfeioamento de normas de preveno da violncia e discriminao co ntra a mulher, incluindo a questo do assdio sexual. Apoiar a revogao de normas discr iminatrias ainda existentes na legislao infraconstitucional, em particular as do Cdi go Civil brasileiro. Apoiar a regulamentao do artigo 7, inciso XX, da Constituio Fede ral, por meio da formulao e implementao de leis e programas estaduais para proteo da m ulher no mercado de trabalho, nas reas urbana e rural. Assegurar a implementao da L ei 9.029/95, que protege as mulheres contra a discriminao em razo de gravidez. Divu lgar na esfera estadual os documentos internacionais de proteo dos direitos das mu lheres ratificados pelo Brasil. Desenvolver pesquisas e divulgar informaes sobre a violncia e a discriminao contra a mulher e sobre as formas de proteo e promoo de seus direitos. Populao Negra Promover o acesso da populao negra ao mercado de trabalho e ao servio pblico, por meio da adoo de aes afirmativas e programas para profissionaliza treinamento e reciclagem dirigidos populao negra. Divulgar as convenes internaciona is, os dispositivos da Constituio Federal e a legislao infraconstitucional que trata m da discriminao racial. Revogar normas discriminatrias ainda existentes na legislao infraconstitucional e aperfeioarnormas de combate discriminao racial. Apoiar polticas que promovam a comunidade neg ra econmica, social e politicamente. Desenvolver aes afirmativas para ampliar o ace sso e a permanncia da populao negra na rede pblica e particular de ensino, notadamen te em cursos profissionalizantes e universidades. Desenvolver campanhas de comba te discriminao racial e valorizao da pluralidade tnica no Brasil. Implementar a Conve no sobre a Eliminao da Discriminao Racial no Ensino. Incluir no currculo de 1 e 2 gr histria e a cultura da comunidade negra no Brasil. Desenvolver programas que ass egurem a igualdade de oportunidade e tratamento nas polticas culturais dos Estado s, particularmente na rede pblica e privada de ensino, no que se refere ao foment o produo cultural e preservao da memria da comunidade negra no Brasil. Mapear e prom ver os atos necessrios ao tombamento de stios e documentos de importncia histrica pa ra a comunidade negra. Promover a titulao definitiva das terras das comunidades re manescentes de quilombos, nos termos do artigo 68 do Ato das Disposies Constitucio nais Transitrias, bem como apoiar programas que propiciem o desenvolvimento econmi co e social das comunidades. Desenvolver pesquisas e divulgar informaes sobre violn cia e discriminao contra a populao negra e sobre formas de proteo e promoo de seus di tos. Incluir o quesito "cor" em todos os sistemas de informao e registro sobre a p opulao e banco de dados pblicos. Apoiar polticas de proteo e promoo dos direitos dos os indgenas que, ao mesmo tempo, respeitem os princpios da Conveno sobre Diversidade Biolgica. Garantir aos povos indgenas assistncia de sade por meio de programas dife renciados, com ateno especificidade de cada povo. Garantir aos povos indgenas educao escolar diferenciada, respeitando seu universo sciocultural. Promover a divulgao de informaes sobre os indgenas e seus direitos, principalmente nos meios de comunicao e escolas, como medida de combate discriminao e violncia contra os povos indgenas e s uas culturas. Apoiar as comunidades indgenas no desenvolvimento de projetos autosustentveis do ponto de vista econmico, ambiental e cultural. Apoiar os servios de orientao jurdica e assistncia judiciria aos povos indgenas. Apoiar a demarcao de terr das comunidades indgenas do Estado. Organizar levantamento da situao atual da sade d os povos indgenas nos Estados e desenvolver aes emergenciais nesta rea, em colaborao c om o Governo Federal. Colaborar com o Governo Federal na assistncia emergencial s comunidades indgenas mais vulnerveis nos Estados. Refugiados, Migrantes Brasileiro s e Estrangeiros Apoiar o aperfeioamento da Lei de Estrangeiros, de forma a garan tir os direitos dos estrangeiros que vivem no Brasil, incluindo os direitos de t rabalho, educao, sade e moradia. Apoiar propostas para anistiar e/ou regularizar a situao dos estrangeiros clandestinos e irregulares, dando-lhes plenas condies de exe rccio dos seus direitos. Apoiar a ratificao da Conveno Internacional sobre a Proteo do Direitos dos Trabalhadores Migrantes e suas Famlias. Aprofundar o debate sobre o s direitos dos migrantes no Mercosul e apoiar acordos bilaterais para proteo e pro moo dos direitos dos migrantes. Apoiar os servios gratuitos de orientao jurdica e assi stncia judiciria aos refugiados e migrantes. Apoiar estudos, pesquisas e discusso d os problemas dos trabalhadores migrantes e suas famlias.Criar e incentivar projetos de assistncia e de qualificao profissional e fixao territ orial da populao migrante. Apoiar a formulao e implementao da Poltica Nacional do Idos . Formular Polticas Estaduais do Idoso, em conformidade com a Poltica Nacional, pa ra garantir aos cidados com mais de 60 anos as condies necessrias para o pleno exercc io dos direitos de cidadania. Apoiar a criao e o fortalecimento de conselhos munic ipais e associaes de defesa dos direitos do idoso. Desenvolver e apoiar programas de escolarizao e atividades laborativas para pessoas idosas, de eliminao da discrimi nao nos locais de trabalho e de insero dessas pessoas no mercado de trabalho. Apoiar programas de preparo das pessoas idosas para a aposentadoria. Garantir atendime nto prioritrio s pessoas idosas em todas as reparties pblicas. Apoiar programas de ca pacitao de profissionais que trabalham com os idosos. Apoiar programas de orientao d e servidores pblicos civis e militares no atendimento aos idosos. Facilitar o ace sso das pessoas idosas a cinemas, teatros, e a outros espaos de lazer pblico. Conc eder passe livre e precedncia de acesso aos idosos em todos os sistemas de transp orte pblico urbano e interurbano. Incentivar a modificao dos degraus dos nibus para facilitar o acesso das pessoas idosas. Apoiar programas de assistncia aos idosos visando sua integrao famlia e sociedade e incentivando o atendimento no seu prprio a mbiente. Apoiar a criao e o funcionamento de centros de convivncia para pessoas ido sas. Estudar formas de garantir moradia aos idosos desabrigados, ou que moram de forma precria e no tm condies de pagar aluguel. Garantir o atendimento preferencial ao idoso no sistema pblico de sade. Garantir assistncia preferencial mdica e odontolg ica e fornecimento de remdios aos idosos carentes e internados em residncias para idosos. Pugnar pela humanizao dos asilos, inclusive promovendo visitas regulares d os Conselho Estaduais do Idoso s residncias para idosos, para verificar as condies d e funcionamento. Apoiar programas de estudo e pesquisa sobre a situao dos idosos c om vistas ao mapeamento da situao dos idosos nos Estados. Incentivar a criao de coop erativas, microempresas e outras formas de gerao de rendas para o idoso. Criar e i ncentivar a criao de ncleos de atendimento-dia terceira idade, com atividades fsicas , laborativas, recreativas e associativas. Criar e incentivar programas de lazer e turismo para a populao idosa. Apoiar a "Universidade para a Terceira Idade". Cr iar programas especiais de aluguel social para idosos de baixa renda. Pessoas Po rtadoras de Deficincia Apoiar os Conselhos Estaduais para Assuntos da Pessoa Port adora de Deficincia e incentivar a criao de conselhos municipais de defesa dos dire itos das pessoas portadoras de deficincia. Implementar polticas e programas de pro teo dos direitos das pessoas portadoras de deficincia e sua integrao plena vida famil iar e comunitria, priorizar o atendimento pessoa portadora de deficincia em sua re sidncia e em servios comuns de sade, educao, trabalho e servio social e facilitar o ac esso a servios especializados e programas de complementao de renda. Formular e/ou a poiar normas relativas ao acesso do portador de deficincia ao mercado de trabalho e ao servio pblico, bem como incentivar programas de educao e treinamento profissio nal que contribuam para a eliminao da discriminao. Criar incentivos para a aquisio e a daptao de equipamentos que permitam o trabalho dosportadores de deficincia fsica. Promover campanha educativa para a integrao da pesso a portadora de deficincia sociedade, a eliminao de todas as formas de discriminao, di vulgao da legislao sobre os seus direitos. Assegurar aos portadores de deficincia opo rtunidades de educao em ambientes inclusivos. Facilitar o acesso de pessoas portad ora de deficincia aos servios de informao, documentao e comunicao social. Desenvolver ogramas de remoo de barreiras fsicas que impeam ou dificultem a locomoo das pessoas po rtadoras de deficincias, garantindo a observncia das normas tcnicas de acessibilida de (ABNT 9.050/94) por todos os rgos pblicos responsveis pela elaborao e aprovao de p etos de obras. Garantir atendimento prioritrio ao portador de deficincia em todos os servios pblicos. Implementar polticas que contribuam para a melhoria do atendime nto aos portadores de deficincia mental, por meio da regularizao do trabalho abriga do, estmulo ao trabalho em meio aberto e construo de moradias devidamente equipadas e com pessoal capacitado. Apoiar programas de estudo e pesquisa sobre a situao da s pessoas portadoras de deficincia para mapeamento da sua situao nos Estados. Publi car guia de servios pblicos estaduais voltados pessoa portadora de deficincia. Apoi ar programas de lazer, esporte e turismo, artsticos e culturais, voltados pessoa portadora de deficincia. Homossexuais e Transexuais Apoiar campanha pela insero na Constituio Federal e na Constituio Estadual de dispositivo proibindo expressamente a discriminao por orientao e identidade sexual. Apoiar programas de coleta e divulgao d e informaes junto a organizaes governamentais e da sociedade civil sobre a questo da homossexualidade e transexualidade e da violncia e discriminao contra gays, lsbicas, travestis e profissionais do sexo. Pugnar pelo julgamento e punio dos autores de crimes motivados por discriminao centrada na orientao ou identidade sexual. Apoiar a criao e funcionamento de casas abrigo para adolescentes expulsos da famlia por sua orientao ou identidade sexual. Adotar medidas para coibir a discriminao com base em orientao e identidade sexual dentro do servio pblico. Implementao e Monitoramento de Polticas de Direitos Humanos Acompanhar e apoiar as prefeituras municipais no cum primento das obrigaes mnimas de proteo e promoo dos direitos humanos. Estabelecer acor os entre os Governos Estaduais, governos municipais e organizaes da sociedade civi l, para formao e capacitao de agentes da cidadania, para atuar na formulao, implementa e monitoramento de polticas de direitos humanos e em particular do PEDH. Assegura r a ampla divulgao e distribuio dos Programas Estaduais de Direitos Humanos nos Esta dos, por todos os meios de difuso. Apoiar o funcionamento dos Conselhos Estaduais de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e dos Conselhos Estaduais de Defesa da Cidadania. Apoiar a criao e o funcionamento de conselhos municipais de defesa dos direitos humanos e de defesa da cidadania. Incentivar a elaborao de programas muni cipais de direitos humanos. Apoiar o funcionamento da Comisso de Direitos Humanos das Assemblias Legislativas. Apoiar a criao e o funcionamento de comisses de direit os humanos nas cmaras municipais. Incentivar a formao de parcerias entre os Estados e a sociedade na formulao, implementao, monitoramento e avaliao de polticas e program s de direitos humanos. Elaborar indicadores bsicos para monitoramento e avaliao de polticas de direitos humanos e daqualidade de programas/projetos relativos aos direitos humanos. Elaborar indicad ores bsicos para monitoramento e avaliao de polticas de segurana pblica e de funcionam ento do Poder Judicirio e do Ministrio Pblico. Divulgar anualmente as iniciativas d os Governos do Estados no cumprimento dos Programa Estaduais de Direitos Humanos . A PESSOA HUMANA E SUA DIGNIDADE A dignidade humana, na linguagem filosfica, " o princpio moral de que o ser humano deve ser tratado como um fim e nunca como um m eio". , portanto, um direito essencial. longa a caminhada empreendida pela humani dade para o reconhecimento e estabelecimento da dignidade da pessoa humana. De a cordo com o Prof. Fbio Konder Comparato, "todos os seres humanos, apesar das inmer as diferenas biolgicas e culturais que os distinguem entre si, merecem igual respe ito, como nicos entes no mundo capazes de amar, descobrir a verdade e criar a bel eza". Em razo desse reconhecimento universal, conclui: "ningum nenhum indivduo, gner o, etnia, classe social, grupo religioso ou nao pode afirmar-se superior aos demai s". Atualmente, no se discute, h o reconhecimento de que toda pessoa tem direitos fundamentais, decorrendo da a imprescindibilidade da sua proteo para preservao da dig nidade humana. O conceito de Direitos Humanos muito amplo. Para o Prof. Fernando Sorondo, ele pode ser considerado sob dois aspectos: "constituindo um ideal com um para todos os povos e para todas as naes, seria ento um sistema de valores"; e " este sistema de valores, enquanto produto de ao da coletividade humana, acompanha e reflete sua constante evoluo e acolhe o clamor de justia dos povos. Por conseguin te, os Direitos Humanos possuem uma dimenso histrica". A Declarao Universal dos Dire itos Humanos, aprovada em resoluo da Ill Seo Ordinria da Assemblia Geral das Naes Uni proclama: "A presente Declarao Universal dos Direitos Humanos como o ideal comum a ser atingido por todos os povos e todas as naes, com o objetivo de que cada indi vduo e cada rgo da sociedade, tendo sempre em mente esta Declarao, se esforcem, atravs do ensino e da educao, em promover o respeito a esses direitos e liberdades e, pe la adoo de medidas progressivas de carter nacional e internacional, em assegurar o seu reconhecimento e a sua observncia universais e efetivos, tanto entre os povos dos prprios Estados-membros quanto entre os povos dos territrios sob a sua jurisd io. Esta Declarao avalia vrios aspectos dos relacionamentos humanos. O tema dos direi tos humanos de crescente relevncia na caracterizao da mentalidade jurdica do sculo XX I. Possui, ao mesmo tempo, um toque de passado e uma projeo de futuro. Mas o que so esses direitos? Quais seus fundamentos? Como surgiram? Para onde se dirigem? Pe rguntas como estas no so facilmente respondidas, necessitam de uma ampla anlise his tricofilosfica, alm de um profundo conhecimento jurdico. A doutrina apresenta distin tos posicionamentos e ideologias que devem ser observados, visando ao mais compl eto entendimento da matria. Inicialmente, pergunta-se qual o fundamento desses di reitos e qual a sua fonte justificativa? Os tericos se dividem em duas posies antagn icas, j muito trabalhadas pela Teoria Geral do Direito: o Positivismo e o Jusnatu ralismo. A primeira, apresentada por Norberto Bobbio, afirma a inexistncia de um direito absoluto para esses "direitos", j que a dogmtica jurdica se caracteriza pel a historicidade, sendo o Direito passvel de constantes modificaes, advindas da soci edade, cultura, moral, economia, que se alteram dia aps dia. No se pode dar, assim , um fundamento eterno para algo que necessariamente sofrer modificaes. Um preceito s pode ser considerado jurdico quando nele estiver presente o carter repressivo, q ue lhe concede eficcia, como bem ressaltava Hans Kelsen. Se a Ordem Jurdica nada p ode fazer para assegurar o cumprimento desses preceitos, eles no podem ser denomi nados "direito", pois so meras expectativas de conduta, meras expresses de boas in tenes que orientam a ao para um futuro indeterminado, incerto. Atualmente, porm, h uma tendncia a "positivao" dos direitos humanos, de forma a inserilos nas Constituies Es tatais, atravs da criao de novos mecanismos para garanti-los, alm da difuso de sua re gulao por meio de mecanismos internacionais, como os Tratados e ConvenesInternacionais de Direitos Humanos. Com isso, j se pode falar num conceito positi vo de "direitos humanos, que seriam os "direitos fundamentais", assegurados ao i ndivduo atravs da regulamentao e aplicao desses direitos, tanto no campo estatal como no campo supra-estatal. O Jusnaturalismo, amparado por doutrinadores como Dalmo de Abreu Dallari e Fbio Konder Comparato, ressalta a Pessoa Humana como o fundame nto absoluto, atemporal e global desses direitos. A pessoa a mesma em todos os l ugares e, considerando as diversidades culturais, deve ser tratada igualmente, d e forma justa e solidria. Ressalta-se a dignidade inerente a todo e qualquer ser humano como a razo mxima do Direito e da Sociedade, devendo ser resguardada e cult ivada por estes. Os direitos humanos seriam, assim, o conjunto de condies, garanti as e comportamentos, capazes de assegurar a caracterstica essencial do homem, a s ua dignidade, de forma a conceder a todos, sempre, o cumprimento das necessidade s inseridas em sua condio de pessoa humana. Dessa forma, esses direitos no so criado s pelos homens ou pelos Estados, eles so preexistentes ao Direito, restando a est e apenas "declar-lo", nunca constitu-los. O direito no existe sem o homem e nele qu e se fundamenta todo e qualquer direito, na pessoa humana que o Direito encontra o seu valor. H, pois, uma unio dessas duas teorias na caracterizao moderna dos dire itos humanos. Ressalta-se o artigo 1.0, inciso Ill, CF/88, que afirma ser fundam ento da Repblica Federativa do Brasil a "dignidade humana". Diz, em seu artigo 1. 0, a Declarao Universal dos Direitos do Homem: "Todos os homens nascem livres e ig uais em dignidade e direitos. So dotados de razo e conscincia e devem agir em relao u ns aos outros com esprito de fraternidade". "A Declarao afirma que todos os homens nascem livres e iguais em dignidade (art. 1.) e garante a todos eles os mesmos di reitos, sem distino de raa, cor, sexo, lngua, religio, opinio poltica ou de outra natu eza, nascimento ou qualquer outra condio (art. 2., I)". A boa doutrina ressalta alg umas caractersticas prprias desses direitos, sendo: Universalidade: todo e qualque r ser humano sujeito ativo desses direitos, independente de credo, raa, sexo, cor , nacionalidade, convices; Inviolabilidade: esses direitos no podem ser descumprido s por nenhuma pessoa ou autoridade; Indisponibilidade: esses direitos no podem se r renunciados. No cabe ao particular dispor dos direitos conforme a prpria vontade , devem ser sempre seguidos; Imprescribilidade: eles no sofrem alteraes com o decur so do tempo, pois tm carter eterno; Complementaridade: os direitos humanos devem s er interpretados em conjunto, no havendo hierarquia entre eles. Diz o Prof. Soron do: "Os Direitos Humanos julgam a ordem vigente, so um formador de opinio pblica no s mais diversos confins do planeta, e pem a descoberto os condicionamentos econmic os, sociais e polticos que impedem sua completa realizao".CIDADANIA: NOO, SIGNIFICDO E HISTRIA Direitos e deveres da cidadania. Direito de Cidadania = Prerrogativa que tem o i ndivduo de participar da tomada de deciso poltica do Estado (exemplos: direito de v otar, de participar de plebiscito, de ingressar com uma ao popular etc.). No senti do etimolgico da palavra, cidado deriva da palavra civita, que em latim significa cidade, e que tem seu correlato grego na palavra politikos aquele que habita na cidade. No sentido ateniense do termo, cidadania o direito da pessoa em particip ar das decises nos destinos da Cidade atravs da Ekklesia (reunio dos chamados de de ntro para fora) na gora (praa pblica, onde se agonizava para deliberar sobre decises de comum acordo). Dentro desta concepo surge a democracia grega, onde somente 10% da populao determinava os destinos de toda a Cidade (eram excludos os escravos, mu lheres e artesos). A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para indicar a si tuao poltica de uma pessoa e os direitos que essa pessoa tinha ou podia exercer. A idia de cidadania surgiu na Idade Antiga, aps a Roma conquistar a Grcia (sc. V d.C.) , se expandindo para o resto da Europa. Apenas homens (de maior) e proprietrios d e terras (desde que no fossem estrangeiros), eram cidados. Diminuindo assim a idia de cidadania, j que mulheres, crianas, estrangeiros e escravos no eram considerados cidados. Na Idade Mdia (2a era - sc. V at XV d.C.), surgiram na Europa, os feudos ( ou fortalezas particulares). A idia de cidadania se acaba, pois os proprietrios do s feudos passaram a mandar em tudo, e os servos que habitavam os feudos no podiam participar de nada. Aps a Idade Mdia, terminaram-se as invases Brbaras, terminandose tambm os feudos, entrando assim, em uma grande crise. Os feudos se decompem, fo rmando cidades e depois pases (Os Estados Nacionais). Entra a 3a era (Idade Moder na - sc XV ao XVIII d.C). Os pases formados aps o desaparecimento dos feudos foram em conseqncia da unio de dois grupos: o Rei e a Burguesia. O Rei mandava em tudo e tinha um grande poder, graas aos impostos que recebia. Com todo esse dinheiro nas mos, o rei construa exrcitos cada vez mais fortes, alm de dar apoio poltico Burguesi a. Em conseqncia dessa unio, a Burguesia ficava cada vez mais rica e era ela quem d ava apoio econmico aos Reis (atravs dos impostos). Com o tempo, o Rei comeou a atra palhar a Burguesia, pois ele usava o poder para "sacanela". A Burguesia ficava ca da vez mais rica e independente, vendo o Rei como um perigo e um obstculo ao seu progresso. Para acabar com o Absolutismo (poder total do Rei), foram realizadas cinco grandes revolues burguesas: Revoluo Industrial; Iluminismo (Revoluo Filosfica); evoluo Francesa (A maior de todas); Independncia dos Estados Unidos; Revoluo Inglesa. Todas essas cinco revolues tinham o mesmo objetivo: tirar o Rei do poder. Com o f im do Absolutismo, entra a Idade Contempornea (sc. XVIII at os dias de hoje), surgi ndo um novo tipo de Estado, o Estado de Direito, que uma grande caracterstica do modelo atual. A principal caracterstica do Estado de Direito : "Todos tem direitos iguais perante a constituio", percebendo assim, uma grande mudana no conceito de c idadania. Por um lado, trata-se do mais avanado processo que a humanidade j conhec eu, por outro lado, porm, surge o processo de explorao e dominao do capital. A burgue sia precisava do povo e o convencia de que todos estavam contra o Rei e lutando pela igualdade, surgindo assim, as primeiras constituies (Estado feito a servio da Burguesia). Acontece a grande contradio: cidadania X capitalismo. Cidadania a part icipao de todosem busca de benefcios sociais e igualdade. Mas a sociedade capitalista se aliment a da pobreza. No capitalismo, a grande maioria no pode ter muito dinheiro, afinal , ser capitalista ser um grande empresrio (por exemplo). Se todos fossem capitali stas, o capitalismo acabaria, ningum mais ia trabalhar, pois no existiriam mais op errios (por exemplo). Comearam a ocorrer greves (presso) contra os capitalistas por parte dos trabalhadores, que visavam uma vida melhor e sem explorao no trabalho. Da funo de poltico, o homem passa para a funo de consumidor, o que alimentado de form a acentuada pela mdia. O homem que consome satisfaz as necessidades que outros im pem como necessrias para sua sobrevivncia. Isso se mantm at os dias de hoje (idia de c onsumo). Para mudar essas idias, as pessoas devem criar seus prprios conceitos e a escola aparece como um fator fundamental. No Brasil, estamos gestando a nossa c idadania. Damos passos importantes com o processo de redemocratizao e a Constituio d e 1988. Mas, muito temos que andar. Ainda predomina uma viso reducionista da cida dania (votar, e de forma obrigatria, pagar os impostos... ou seja, fazer coisas q ue nos so impostas) e encontramos muitas barreiras culturais e histricas para a vi vncia da cidadania. Somos filhos e filhas de uma nao nascida sob o signo da cruz e da espada, acostumados a apanhar calados, a dizer sempre "sim senhor, a engolir s apos", a achar "normal" as injustias, a termos um "jeitinho' para tudo, a no levar a srio a coisa pblica, a pensar que direitos so privilgios e exigi-los ser boal e me tido, a pensar que Deus brasileiro e se as coisas esto como esto por vontade Dele. Os direitos que temos no nos foram conferidos, mas conquistados. Muitas vezes co mpreendemos os direitos como uma concesso, um favor de quem est em cima para os qu e esto em baixo. Contudo, a cidadania no nos dada, ela construda e conquistada a pa rtir da nossa capacidade de organizao, participao e interveno social. A cidadania no s rge do nada como um toque de mgica, nem to pouco a simples conquista legal de algu ns direitos significa a realizao destes direitos. E necessrio que o cidado participe , seja ativo, faa valer os seus direitos. Simplesmente porque existe o Cdigo do Co nsumidor, automaticamente deixaro de existir os desrespeitos aos direitos do cons umidor ou ento estes direitos se tornaro efetivos? No! Se o cidado no se apropriar de sses direitos fazendo-os valer, esses sero letra morta, ficaro s no papel. Construi r cidadania tambm construir novas relaes e conscincias. A cidadania algo que no se a rende com os livros, mas com a convivncia, na vida social e pblica. E no convvio do dia-adia que exercitamos a nossa cidadania, atravs das relaes que estabelecemos co m os outros, com a coisa pblica e o prprio meio ambiente. A cidadania deve ser per passada por temticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a e cologia, a tica. A cidadania tarefa que no termina. A cidadania no como um dever de casa, onde fao a minha parte, apresento e pronto, acabou. Enquanto seres inacaba dos que somos, sempre estaremos buscando, descobrindo, criando e tomando conscinc ia mais ampla dos direitos. Nunca poderemos chegar e entregar a tarefa pronta, p ois novos desafios na vida social surgiro, demandando novas conquistas e, portant o, mais cidadania. Vejamos neste quadro sinttico como se processa a "evoluo" do Ser Humano at o Ser Cidado. O Ser Humano O Ser Indivduo O Ser Pessoa O Ser Cidado A Dimenso do convvio A dimenso do mercado A Dimenso de encontrar- A dimenso de interv ir na social. de trabalho e Consumo. se no mundo. realidade. O homem tornar-se S er O Ser Humano tornar-se Humano nas relaes de indivduo quando convvio social. desco bre seu papel e funo social. Quem estuda o comportamento do Ser Humano? Seria a an tropologia, a histria, ou a sociologia? Quem estuda o comportamento do individuo ? Seria a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia? O Indivduo torna-se A pessoa t orna-se pessoa quanto toma cidado quando intervm conscincia de si mesmo, na realida de em que vive. do outro e do mundo. Quem estuda o comportamento da pessoa ? Ser ia a Filosofia, a sociologia ou a Psicologia? Quem estuda o comportamento do cid ado? Seria a Sociologia, a Filosofia ou As cincias polticas?Quem garante os direitos Quem garante os Direitos do Ser Humano? A do Consumidor ? O Declarao Universal do Cdigo do Consumidor. Direitos Humanos. Existe realmente u ma natureza humana? Teologicamente, afirmamos que existe a uma natureza humana. Seguindo a corrente existencialista (J.P. Sartre) negamos tal natureza. Que dife rena existe entre o direito do consumidor e o direito do cidado? Ao Consumidor dev e ser dado o direito de propriedade enquanto ao cidado deve ser dado o direito de acesso Quem garante os Direitos da pessoa? A prpria pessoa (amor prprio ou auto-estima). Quem garante os Direitos do cidado? (A Constituio e suas leis regulamentares). O que significa tornar-se Como podemos intervir pessoa no nvel na realidade, modi ficando psicolgico e social? A as estruturas corruptas e injustas? Quando os pess oa o indivduo que toma conscincia direitos do cidado lhe de si mesmo ("Tornar-se so oferecidos, e o Pessoa" de Karl Roger) mesmo passa a exerclo, h modificao de comport amento.Ser cidado respeitar e participar das decises da sociedade para melhorar suas vida s e a de outras pessoas. Ser cidado nunca se esquecer das pessoas que mais necess itam. A cidadania deve ser divulgada atravs de instituies de ensino e meios de comu nicao para o bem estar e desenvolvimento da nao. A cidadania consiste desde o gesto de no jogar papel na rua, no pichar os muros, respeitar os sinais e placas, respei tar os mais velhos (assim como todas s outras pessoas), no destruir telefones pblic os, saber dizer obrigado, desculpe, por favor e bom dia quando necessrio... at sab er lidar com o abandono e a excluso das pessoas necessitadas, o direito das criana s carentes e outros grandes problemas que enfrentamos em nosso pas. "A revolta o l timo dos direitos a que deve um povo livre para garantir os interesses coletivos : mas tambm o mais imperioso dos deveres impostos aos cidados." DIREITOS E DEVERES DO CIDADO 1 - Combater a violncia da injustia, fazendo valer os direitos constituc ionais e denunciando a pior violncia, que a omisso dos governantes em assegurar co ndies legais para o efetivo cumprimento das leis, favorecendo a impunidade que est imula o mau exemplo da prtica generalizada de delitos. A cada direito violado cor responde uma ao que possa e se deve empreender para obrigar o estado a fazer justia . 2 - Resolver problemas pessoais e os da comunidade formando e participando de associaes civis de moradores, de preservao do meio ambiente e de amigos do patrimnio cultural, de proteo s pessoas, minorias e deficientes, bem como de associaes de eleit ores, consumidores, usurios de servios e contribuintes, sempre visando travar uma luta coletiva como forma mais eficaz de exigir dos governantes o cumprimento de seus deveres para com a coletividade. 3 - Participar da vida poltica da comunidad e e do pas, votando e fiscalizando candidatos e partidos comprometidos com o inte resse pblico, a tica na poltica, a reduo das desigualdades sociais e regionais, a eli minao do clientelismo e corporativismo, a reforma do sistema eleitoral e partidrio para tornar o voto um direito de cidadania e compatibilizar a democracia represe ntativa tradicional com os modernos mecanismos de democracia direta e participat iva. 4 - Lutar contra toda sorte de violncia e manifestao de preconceito contra os direitos culturais e de identidade tnica do povo. Sobretudo da parte de elites co lonizadas que pregam e incentivam, sobre qualquer forma que seja, o sentimento d e inferioridade e a baixa auto-estima de povo. 5 - Buscar solues coletivas para co mbater toda forma de violncia, apoiando aqueles que procuram meios eficientes de assegurar a segurana pblica sem desrespeitar os direitos humanos fundamentais, com o a garantia vida, liberdade individual e de expresso, igualdade, dignidade, segu rana e propriedade. 6 - Combater toda forma de discriminao de origem, raa, sexo, cor , idade, especialmente os preconceitos contra mulheres, negros, homossexuais, de ficientes fsicos e pobres, apoiando entidades no governamentais que lutam pelos di reitos de cidadania dos discriminados. 7 - Respeitar os direitos da criana, do ad olescente e do idoso, denunciando aos rgos pblicos competentes e entidades no govern amentais toda forma de negligncia, discriminao, explorao, violncia, crueldade e opress .8 - Lutar pela concretizao de uma ordem econmica democrtica e justa, exigindo a apli cao dos princpios universais da liberdade de iniciativa, do respeito aos contratos, da propriedade, da livre concorrncia contra monoplios e cartis, da defesa do consu midor por meio do cumprimento do Cdigo de Defesa do Consumidor, e da proteo ao meio ambiente, acionando o Ministrio Pblico toda vez que tais princpios forem violados. 9 - Pautar a liberdade pela justia, cumprindo e fazendo cumprir os cdigos civis c oletivos e servindo de exemplo de conduta pacfica, cobrando a cooperao de todos. 10 - Fiscalizar as execues oramentrias e combater a sonegao de impostos, atravs de uma r forma tributria que permita exigir sempre a nota fiscal de todos os produtos e se rvios, pesquisando preos para no pagar mais caro, e fortalecendo as associaes de cont ribuintes e de defesa de consumidores, bem como apoiando e participando de inici ativas que lutam pela transparncia na elaborao e aplicao do oramento pblico. Os 10 Com romissos do Cidado Atuante 1 - No basta ao cidado atuante se recusar a subornar um agente da lei. Tem de denunciar na corregedoria policial para que este mal no se prolifere. 2 - No basta exigir notas fiscais. Tem de colaborar com o combate a pi rataria e ao contrabando denunciando lotes de mercadorias suspeitas polcia federa l. 3 - No basta no consumir drogas. Tem de denunciar os pontos e os agentes do trfi co que aliciam menores para o consumo. 4 - No basta no negociar ou fazer vista gro ssa a enriquecidos ilcitos e repentinos. Tem de denunciar aos rgos de combate aos c rimes financeiros do Ministrio da Justia. 5 - No basta no dar esmolas. Tem de contro lar a boa aplicao dos oramentos pblicos da educao e da assistncia social dos governos ederal, estadual e municipal. 6 - No basta no jogar lixo nas ruas. Tem de constran ger quem joga e propor a implantao de coletas seletivas e de reciclagem em seu con domnio. 7 - No basta se recusar a comprar ingressos de cambistas. Tem de denunciar a conivncia de bilheteiros com cambistas para os administradores culturais. 8 No basta conduzir seu veculo dentro das regras do trnsito. Tem de colaborar com os agentes de trnsito e constranger os que assim no o fazem. 9 - No basta no corromper fiscais. Tem de denunciar ao Ministrio Pblico e mdia que a nica maneira de se livrer em definitivo da chantagem dos mesmos. 10 No basta no votar e divulgar os nomes d os polticos que traram a sua confiana, mas ajudar todos aqueles que foram enganados a exercer maior controle sobre os mandatos e o desempenho de todos os polticos.DEMOCRACIA: NOO, SIGNIFICADO E VALORES Democracia vem da palavra grega "demos" que significa povo. Nas democracias, o p ovo quem detm o poder soberano sobre o poder legislativo e o executivo. Embora ex istam pequenas diferenas nas vrias democracias, certos princpios e prticas distingue m o governo democrtico de outras formas de governo. Democracia o governo no qual o poder e a responsabilidade cvica so exercidos por todos os cidados, diretamente o u atravs dos seus representantes livremente eleitos. Democracia um conjunto de pr incpios e prticas que protegem a liberdade humana; a institucionalizao da liberdade. A democracia baseia-se nos princpios do governo da maioria associados aos direit os individuais e das minorias. Todas as democracias, embora respeitem a vontade da maioria, protegem escrupulosamente os direitos fundamentais dos indivduos e da s minorias. As democracias protegem de governos centrais muito poderosos e fazem a descentralizao do governo a nvel regional e local, entendendo que o governo loca l deve ser to acessvel e receptivo s pessoas quanto possvel. As democracias entendem que uma das suas principais funes proteger direitos humanos fundamentais como a l iberdade de expresso e de religio; o direito a proteo legal igual; e a oportunidade de organizar e participar plenamente na vida poltica, econmica e cultural da socie dade. As democracias conduzem regularmente eleies livres e justas, abertas a todos os cidados. As eleies numa democracia no podem ser fachadas atrs das quais se escond em ditadores ou um partido nico, mas verdadeiras competies pelo apoio do povo. A de mocracia sujeita os governos ao Estado de Direito e assegura que todos os cidados recebam a mesma proteo legal e que os seus direitos sejam protegidos pelo sistema judicirio. As democracias so diversificadas, refletindo a vida poltica, social e c ultural de cada pas. As democracias baseiam-se em princpios fundamentais e no em prt icas uniformes. Os cidados numa democracia no tm apenas direitos, tm o dever de part icipar no sistema poltico que, por seu lado, protege os seus direitos e as suas l iberdades. As sociedades democrticas esto empenhadas nos valores da tolerncia, da c ooperao e do compromisso. As democracias reconhecem que chegar a um consenso reque r compromisso e que isto nem sempre realizvel. Nas palavras de Mahatma Gandhi, "a intolerncia em si uma forma de violncia e um obstculo ao desenvolvimento do verdad eiro esprito democrtico". Superficialmente, os princpios da maioria e a proteo dos di reitos individuais e das minorias podem parecer contraditrios. Na realidade, cont udo, estes princpios so pilares gmeos que sustm a mesma base daquilo que designamos por governo democrtico. Governo da maioria um meio para organizar o governo e dec idir sobre assuntos pblicos; no uma outra via para a opresso. Assim como um grupo a uto-nomeado no tem o direito de oprimir os outros, tambm nenhuma maioria, mesmo nu ma democracia, deve tirar os direitos e as liberdades fundamentais de um grupo m inoritrio ou de um indivduo. As minorias seja devido sua origem tnica, convico relig osa, localizao geogrfica, nvel de renda ou simplesmente por ter perdido as eleies ou o debate poltico desfrutam de direitos humanos fundamentais garantidos que nenhum governo e nenhuma maioria, eleita ou no, podem tirar. As minorias devem acreditar que o governo vai proteger os seus direitos e a sua identidade prpria. Feito ist o, esses grupos podem participar e contribuir para as instituies democrticas do seu pas. Entre os direitos humanos fundamentais que qualquer governo democrtico deve proteger esto a liberdade de expresso; a liberdade de religio e de crena; julgamento justo e igual proteo legal; e liberdade de organizar, denunciar, discordar e part icipar plenamente na vida pblica da sua sociedade. As democracias entendem que pr oteger os direitos das minorias para apoiar a identidade cultural, prticas sociai s, conscincias individuais e atividades religiosas uma de suas tarefas principais . A aceitao de grupos tnicos e culturais, que parecem estranhos e mesmo esquisitos para a maioria, pode ser um dos maiores desafios que um governo democrtico tem qu e enfrentar. Mas as democracias reconhecem que a diversidade pode ser uma vantag em enorme. Tratam estas diferenas na identidade, na cultura e nos valores como um desafio que pode reforar e enriquec-los e no como uma ameaa.Pode no haver uma resposta nica a como so resolvidas as diferenas das minorias em te rmos de opinies e valores apenas a certeza de que s atravs do processo democrtico de tolerncia, debate e disposio para negociar que as sociedades livres podem chegar a acordos que abranjam os pilares gmeos do governo da maioria e dos direitos das m inorias. Estado Democrtico de Direito: noo e significado. Estado Democrtico de Direi to significa que nenhum indivduo, presidente ou cidado comum, est acima da lei. Os governos democrticos exercem a autoridade por meio da lei e esto eles prprios sujei tos aos constrangimentos impostos pela lei. As leis devem expressar a vontade do povo, no os caprichos de reis, ditadores, militares, lderes religiosos ou partido s polticos auto-nomeados. Os cidados nas democracias esto dispostos a obedecer s lei s da sua sociedade, ento, porque estas so as suas prprias regras e regulamentos. A justia melhor alcanada quando as leis so criadas