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/ número 10 / 2008

NESTE NÚMERO

EDITORIAL

REVISTA-PORTIFOLIO DA AMPLA EDITADA PELA EQUIPE DE CRIAÇÃO

EDIÇÃO 10 – ANO 2007/2008

PROJETO GRÁFICO E DIREÇÃO DE ARTE: MOOZ (WWW.MOOZ.COM.BR)

REDAÇÃO: AGUINALDO VIRIATO, ANDRÉ MUHLE, JULIANA LISBOA, MANUEL CAVALCANTI E

MÁRCIA LIRA

GESTÃO DE CONTEÚDO: MAPPA IDÉIAS E NEGÓCIOS (WWW.MAPPA.ETC.BR)

PRODUÇÃO GRÁFICA: WASHINGTON FREIRE

REVISÃO: CONSULTEXTO (WWW.CONSULTEXTO.COM.BR)

COLABORARAM NESTA EDIÇÃO: ALBINO SERRA, ALEXANDRE FERRER, ALUIZIO FERRER, CHICO

BARROS, DANIEL DA HORA, ELMO CÂNDIDO, IVANILDO SAMPAIO, JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA,

JORGE DU PEIXE, JUSTINO PASSOS, LUCIANA LINS, MAX LEVAY, OLIVIA EDMUNDSON, RAFAEL

ALMEIDA, RICARDO “GORDO” CARVALHO, ROGER SAKAMOTO, SEVERINO QUEIROZ E VALENTINA

TRAJANO

PRESIDENTE: SEVERINO QUEIROZ

DIRETORIA EXECUTIVA: SEVERINO QUEIROZ FILHO, VICE-PRESIDENTE / ANA CRISTINA QUEIROZ,

DIRETORA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA / AGUINALDO VIRIATO, DIRETOR DE OPERAÇÕES /

NILSON SAMICO, DIRETOR DE MÍDIA / MANUEL CAVALCANTI, DIRETOR DE CRIAÇÃO

FOTOLITO E IMPRESSÃO: GRÁFICA SANTA MARTA (WWW.GRAFICASANTAMARTA.COM.BR)

A REVISTA DA AMPLA TAMBÉM PODE SER LIDA NO SITE WWW.REVISTADAAMPLA.COM.BR

O E-MAIL DA REVISTA É [email protected]

O TELEFAX DA AGENCIA É (81) 3227.8700

O ENDEREÇO É RUA JOSÉ BONIFÁCIO, 100, TORRE – RECIFE – PE

CEP: 50710-000

E-MAIL: [email protected]

EXPEDIENTECapa: Ilustração retirada de

um anúncio para a campanha

institucional da Pitú em

2008. (Ilustrador: Humberto

Montenegro)

Nem tudo o que cabe no papel cabe numa publicação impressa. As idéias que surgem a cada edição da Revista da

Ampla são muitas. Não caberiam todas num único número. Ainda mais quando estamos pensando no número 10. Este

exemplar é histórico. É fruto de 10 anos de um trabalho contínuo, sempre em busca do aperfeiçoamento. Muitas idéias

surgiram e sumiram pra produzir cada uma das páginas dessa publicação desde que ela foi lançada em 1998. Muita

coisa ficou de fora. A realização de um projeto como esse é um teste de resistência. O que fica impresso é resultado de

discussões, análises, aprovações, questionamentos. As pautas que sobrevivem seguem o princípio de Darwin: vencem

aquelas que conseguiram se adaptar às necessidades pela pertinência, qualidade e viabilidade de realização. E aqui

estão os exemplos desse processo materializados na entrevista com João Carlos Paes Mendonça, do Grupo JCPM, e

Albino Serra, da Claro, ou nas reportagens especiais sobre os 70 anos da Pitú e os 13 anos de relação entre a Ferreira

Costa e a Ampla. Os personagens dessas pautas são a confirmação de que tudo passa por essa prova de sobrevivência.

São pessoas e marcas que se sobressaíram no seu ramo, apesar de todos os obstáculos. E hoje podemos conferir tudo

nesta revista que também é resultado de uma idéia vencedora.

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COLAGEM DA MOOZ

ILUSTRAÇÃO DA MOOZ

PERFIL João Carlos Paes Mendonça

SHORT LIST Curtas sobre 2007 e 2008

MAKING OF Por dentro do filme da Vitarella

AUTORES André Muhle

COMEMORAÇÃO Pitú faz 70 anos de mania

PORTIFÓLIO A pauta da Ampla estava cheia em 2007 e 2008

AMPLA ESPÍRITO SANTO Conheça mais sobre a vida capixaba

AMPLA PONTO Depoimentos sobre os 5 anos da Ampla Ponto

PORTIFÓLIO AMPLA PONTO Muito trabalho pra mostrar

COMEMORAÇÃO Ampla faz arte em Ferreira Costa

SAC Albino Serra responde

360 GRAUS Acompanhe a Ampla em uma viagem à China

RESPONSABILIDADE SOCIAL Tudo sobre a campanha de construção da biblioteca Josué de Castro

DESAFIO fotógrafos mostram o que é uma comemoração

ESPECIAL Publicitários contam suas vidas paralelas

GALERIA A arteria de Jorge Du Peixe

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João é filho de um comerciante sergipano, dono de um mercadinho, com quem aprendeu a trabalhar

desde cedo. A história do nosso entrevistado começa assim. Terminasse por aqui seria apenas

mais um pequeno empreendedor tocando o seu negócio. Mas esse João foi mais obstinado. O

mercadinho fundado por seu pai virou uma das maiores redes varejistas do Brasil e sua vocação

como administrador permitiu criar o maior grupo de comunicação de Pernambuco. Seu sobrenome é

Paes Mendonça e isso diz muito sobre quem estamos falando. Nascido em Serra do Machado, filho

de Pedro Paes Mendonça, sua família tem tradição na história do comércio e da política de Sergipe.

Personalidade respeitada entre os maiores empresários brasileiros, João Carlos Paes Mendonça está

presente na vida de quem frequenta shoppings (é acionista de 4, sendo um em São Paulo), lê jornais,

assiste TV, ouve rádio, acessa a internet. Enfim, quem mora em algumas cidades da Região Nordeste

tem essa relação diária com os empreendimentos do Grupo que leva as inicias do seu nome. O fato

de ser sergipano e com forte atuação no Estado de Pernambuco motivou um slogan que hoje é

parte da assinatura do JCPM: orgulho de ser nordestino. Inicialmente era usado nas campanhas

publicitárias da sua rede de supermercados, o Bompreço, para fazer frente a chegada de uma

concorrente internacional, o Carrefour. Parece que deu certo. O Bompreço e seu Hipermercado se

impôs como marca líder na Região. Tanto que foi adquirida pelo maior grupo verejista do mundo, o

WalMart, em 2004. “Embora tenha sido uma atitude muito pensada e firme, foi duro despedir-me

da equipe que me acompanhou durante anos e ajudou a construir o Grupo”, revela Paes Mendonça.

Num dos prédios mais novos e modernos do Recife – com uma visão privilegiada da Praia do Pina

– está instalada a sede do JCPM, de onde ele administra atualmente os negócios do Grupo. O setor

imobiliário é o mais recente deles. Mas foi com o Jornal do Commercio que começou a sua entrada

no segmento de comunicação. O tradicional jornal pernambucano – que passava por grandes

dificuldades – foi revitalizado depois que o ex-dono do Bompreço comprou, em 1987. O JC passou

a ser líder em circulação no Norte e Nordeste e deu origem a outros veículos do chamado Sistema

Jornal do Commercio: a TV Jornal, que retransmite o SBT além de ter uma forte produção local; a

Rádio Jornal e a JC/CBN, fora outras rádios no interior de Pernambuco; e o JC Online e Mobile, que

coloca o Grupo na linha de frente entre as empresas de comunicação que não querem perder o bonde

nesses novos tempos de tecnologia e conteúdo digital. Mas essa tendência de criar vários braços a

partir de um único negócio não é de hoje. Paes Mendonça, quando era apenas um empresário do

mercado de varejo, criou o HiperCard, um cartão de crédito que depois foi vendido para o Unibanco

e virou nacional; a concorrida agremiação carnavalesca Bloco da Parceria, a série de seminários do

Encontro Cliente e Bompreço e o programa de fidelização Bomclube, são outros exemplos de idéias

criadas para estimular o relacionamento entre a rede de supermercados e seus consumidores. Entre

uma viagem e outra, fazendo visitas aos seus vários empreendimentos espalhados pelo Nordeste –

algumas vezes surpreendendo diretores e funcionários ao entrar de surpresa nas reuniões de equipe,

segundo pessoas ligadas ao empresário – Paes Mendonça concedeu essa entrevista, por email.

Aqui ele fala um pouco da sua trajetória, das decisões que precisou tomar e de como o Grupo hoje

trabalha para manter a liderança na Região e continuar tendo orgulho de ser nordestino.

É MAIS FÁCIL ATRAIR O CONSUMIDOR PARA UM ShOPPING OU PARA UM SUPERMERCADO?

São características e equipamentos distintos. Nos supermercados atende-se às necessidades básicas

do cliente como alimentação, higiene, limpeza e complementa-se com outros desejos de consumo.

Já os shoppings são instrumentos de atendimento ao consumidor, que é levado até ali pelo conforto,

segurança e glamour do mix de lojas, que vão da mais simples à mais sofisticada marca.

O BOMPREÇO GANhOU NOTORIEDADE COMO UM PODEROSO EMPREENDIMENTO NO

SEGMENTO DE VAREJO. EM QUE MOMENTO VOCê DECIDIU QUE ERA hORA VENDER? PESOU

MAIS O VALOR DA PROPOSTA, A SOBREVIVêNCIA DA MARCA OU A SUA SATURAÇÃO COM O

NEGóCIO?

O Grupo estava numa situação muito boa com perspectivas de novas expansões, portanto num

estágio que todo empresário sonha. Mas algo dentro de mim remetia para uma tomada de posição

que significasse mudanças do foco empresarial. Como bom cristão acredito que nada ocorre por

acaso e que esta iniciativa estava ligada a uma mão divina. Pensei bastante e comuniquei este desejo

à minha mulher e meus irmãos, que me deram irrestrito apoio. O processo transcorreu tranqüilamente.

Passei o controle acionário para a Royal Ahold, que já era nosso sócio na época.

hOJE, AS AQUISIÇõES SÃO UMA CONSTANTE NO MUNDO DOS NEGóCIOS. MUITA GENTE

JÁ ABRE SUA EMPRESA PENSANDO QUANDO VAI VENDê-LA. VOCê ESPERAVA OU PENSAVA

NESSA POSSIBILIDADE? E, COMO CONSELhO, QUAL É A hORA CERTA DISSO ACONTECER?

Não havia, na época, essa psicose de comprar e vender empresa. Hoje a gente tem de reconhecer

que com a globalização e o avanço tecnológico o mundo mudou. Comprar e vender fazem parte das

regras do jogo. A hora certa se apresenta de acordo com as circunstâncias e oportunidades.

O CLIENTE TEM SEMPRE RAZÃO?

Nem sempre tem razão, mas precisamos esclarecer suas dúvidas e reclamações com respeito,

consideração e transparência. Quando o cliente estiver com a razão, o melhor é reconhecer o erro,

pedir desculpas e surpreendê-lo indo além de suas expectativas.

SENDO DONO DE UM SISTEMA DE COMUNICAÇÃO QUE CONGREGA UM CANAL DE TELEVISÃO,

EMISSORAS DE RÁDIO E UM JORNAL IMPRESSO, COMO Vê O CRESCIMENTO DAS MíDIAS

ALTERNATIVAS ANTE AS MíDIAS DE MASSA?

As novas mídias ampliam espaços, multiplicam oportunidades e criam novos conceitos na forma de

fazer publicidade. Já estamos inclusive trabalhando nessa linha com o JC OnLine e com O JC Mobile.

Essa realidade fará com que as denominadas mídias de massa se aprimorem, cada vez mais, em busca

de garantir seu mercado.

VOCê JÁ FOI SONDADO PARA ENTRAR NA POLíTICA, TEMPOS ATRÁS. CONTE SUA VERSÃO

DESSA hISTóRIA.

Isso ocorreu há alguns anos. Recebi o convite do então Governador Jarbas Vasconcelos e, apesar de

me deixar lisonjeado, expliquei que a política partidária nunca esteve nos meus planos. Ele me pediu

para pensar melhor e dar a resposta após alguns dias. Na época comentei apenas com minha mulher

e após o prazo estipulado minha decisão foi a mesma. Nunca falei disso com ninguém, mas o próprio

Governador revelou o fato ao jornalista Magno Martins.

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PERF

IL NORDESTINO, COM ORGULHO. ENTREVISTA FEITA POR EMAIL COM PERGUNTAS FORMULADAS PELA JORNALISTA MÁRCIA LIRA, EQUIPE AMPLA E PELA MAPPA IDÉIAS E NEGóCIO | FOTOS JC IMAGEM

“QUANDO O CLIENTE ESTIVER COM A

RAZÃO, O MELHOR É RECONHECER O ERRO,

PEDIR DESCULPAS E SURPREENDÊ-LO

INDO ALÉM DE SUAS EXPECTATIVAS”

“NA ÉPOCA DE JACH WELCH, ME IDENTIFIQUEI MAIS COM SEU ESTILO”

JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA,

presidente do grupo JCPM.

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Seu Pedro e dona Maria eram católicos praticantes como quase

toda a pequena comunidade do vilarejo – e tendo o primeiro filho

homem nascido no exato dia 24 de junho, consagrado a São João, era

determinante que fosse batizado com este nome. João, porém, parecia

muito pouco para tanta alegria e de consenso decidiu-se que no batizado

acrescentar-se-ia Carlos ao prenome. E assim foi feito, pela vontade dos

pais, a sagração do padre e as bênçãos de Deus. A história de João Carlos

começa na Serra do Machado, começa naquele lugarejo tão pequeno que

quando ele nasceu nem “reclame” de Coca-Cola tinha chegado lá. Mas,

como está escrito, o caminho se faz caminhando. E quem quiser ter idéia

dessa longa caminhada, feita com arrojo, determinação e coragem, que

leia a biografia escrita pelo jornalista Mário Hélio: o título é “João Carlos

Paes Mendonça – Vida, Idéias e Negócios”, lançado pela Editora Ática

no ano da graça de 2004. No livro se conta quase tudo de João Carlos e

muito mais – se fala das muitas vidas deste sergipano que descobriu que

ser nordestino dá orgulho, revela as faces do empresário, do cidadão,do

pai, do avô, mostra principalmente o homem que na sua integridade

sempre se colocou acima das grandezas e das misérias do mundo. Fui

apresentado ao empresário João Carlos Paes Mendonça quando já estava

trabalhando numa empresa dele, ou numa empresa que, por força das

circunstâncias, a metade era dele: essa mesma empresa que hoje atende

pelo nome de Sistema Jornal do Commercio de Comunicação. A conversa

foi rápida e direta, não mais do que cinco minutos – ele me dispensou

e foi, como convinha, cuidar dos muitos problemas das várias outras

empresas que então compunham o antigo Grupo Bompreço. Eu voltei

à Rua do Imperador para tentar editar um jornal que não tinha equipe,

nem equipamentos, nem credibilidade, nem circulação – éramos meia

dúzia de malucos com uma profissão de fé: esse jornal não pode fechar.

Isso já tem mais de 20 anos. Hoje, o mundo é outro, o país pouco tem a

ver com o Brasil de 1987, o Grupo Bompreço desapareceu e deu lugar ao

Grupo JCPM, o SJCC orgulha-se da posição que seus veículos ocupam no

mercado. Creio que João Carlos também não é o mesmo: deixou uma lenda

e o exemplo na história do comércio varejista do país, tornou-se marco

e referência no portfólio do empreendedorismo nacional, é requisitado

para dar palestras ao mundo acadêmico, onde jovens universitários

bebem na fonte a realidade de quem fez. Eu também tenho orgulho de

ser nordestino, pernambucano e sertanejo. Tenho orgulho de trabalhar

sob a liderança e inspiração de João Carlos, muitas vezes luz e porto para

os seus companheiros de jornada, que instigados por ele medem sempre

a dimensão do desafio – mas avançam!

Ivanildo Sampaio é diretor de redação do Jornal do Commercio

hOJE, FALA-SE MUITO EM INOVAÇÃO ATÉ EM DETRIMENTO DO CONCEITO DE GESTÃO.

ADMINISTRADORES COMO JACk WELCh (EX-GE) SÃO VISTOS COMO ULTRAPASSADOS

QUANDO POSTOS AO LADO DE INOVADORES COMO STEVE JOBS (APPLE) OU OS JOVENS

EMPREENDEDORES DO VALE DO SILíCIO. VOCê CONCORDA COM ESSA DISTINÇÃO? E SEU

ESTILO, VOCê SE IDENTIFICARIA MAIS COM QUAL DOS DOIS MODOS DE PENSAR OU ATUAR?

O brasileiro é muito criativo, tem a sua maneira de gerenciar e nem sempre precisa estar ligado a

um único modelo de administração. É bem verdade que todos os nomes citados deram substancial

contribuição para o desenvolvimento de modelos de gestão em grandes empresas. Jack Welch

inovou no top da gerência empresarial descobrindo capacidades empreendedoras na busca de nichos

mercadológicos, reduzindo custos e favorecendo sua inserção num mercado altamente competitivo.

Steve Jobs, principal rival de Bill Gates, é um emulador da criatividade eletrônica e favoreceu o

aprimoramento de novos procedimentos, numa área altamente em expansão. Já o pessoal do Vale do

Silício, como os jovens empreendedores Larry Page e Sergey Brin, que através de um planejamento

corporativo estratégico tornaram o Google a grande empresa que é hoje em todo o mundo. Na época

de Jach Welch, me identifiquei mais com seu estilo.

NOS BASTIDORES, A CONVERSA É QUE VOCê CONCEDE AMPLOS PODERES AOS SEUS

AUXILIARES, MAS QUE NO FINAL QUEM DECIDE “ISSO, AQUILO E ALGO MAIS” É MESMO

JOÃO CARLOS PAES MENDONÇA. ISSO É CONVERSA OU COMANDO CENTRALIZADO É A

ChAVE DO SUCESSO?

Nossos executivos têm facilidade em executar suas tarefas porque seguem fielmente a filosofia e

a missão do Grupo, expressas de maneira muito clara. Sempre contei com auxiliares competentes,

corretos, atuantes, em quem confiamos. Acreditamos também que, por melhores que sejam as idéias

de um empresário, elas devem ser compartilhadas pelos companheiros de trabalho, discutidas e

analisadas. Mas há ocasiões em que as decisões devem ser tomadas pelo principal líder, então não

vacilo e sou pragmático.

ABíLIO DINIZ, ANTôNIO ERMíRIO DE MORAES E OUTROS EMPRESÁRIOS BEM-SUCEDIDOS,

COMO VOCê, hOJE PODERIAM TER UMA VIDA MENOS ATRIBULADA NO DIA-A-DIA DOS

NEGóCIOS. APESAR DISSO, TODOS CONTINUAM NA OPERAÇÃO, NO CONTROLE OU MESMO

NA CRIAÇÃO DE NOVOS PROJETO EMPRESARIAIS. O QUE MOTIVA ALGUÉM A NÃO PARAR O

RITMO OU QUANDO É hORA DE FAZER ISSO?

Paixão pelo que faz. No que se refere a mim, sou movido pelo mesmo sentimento e procuro realizar

com dedicação e entusiasmo tudo aquilo a que me proponho fazer. Quanto ao mais, o tempo dirá a

cada um a hora de parar.

TEM ALGUMA COISA QUE VOCê GOSTE DE FAZER TANTO QUANTO TRABALhAR?

Gosto de, no inverno nordestino, passar os fins de semana nas serras de Pernambuco. O verão, na

praia, ao lado de bons amigos, além de viajar, ler e ouvir música. Sim, também gosto de assistir, pela

televisão, a uma partida de futebol do Náutico.

TEM ALGUM GURU QUE VOCê SEGUE, Lê OU GOSTA DE OUVIR? SEJA BRASILEIRO OU

ESTRANGEIRO, ALGUM JÁ DEIXOU VOCê IMPRESSIONADO OU FEZ VOCê TOMAR ALGUM

TIPO DE DECISÃO EM RAZÃO DOS CONSELhOS?

Cada autor tem sempre uma contribuição a dar. Gosto de ler Peter Drucker, John Noblist, Alvin

Tofler, Michael Porter e biografias de homens que contribuíram para melhorar o bem-estar social.

Na área empresarial recebi inestimável assessoria do americano Michael O’Connor, grande consultor

da área de varejo. Meu tio, Mamede Paes Mendonça, e meu amigo, Antônio Andrade, deram-me

sábios conselhos. No entanto, seu Pedro, meu pai, foi quem mais me inspirou e apoiou nas grandes

decisões.

PARA FINALIZAR, O QUE DÁ MAIS ORGULhO EM SER NORDESTINO?

É fazer parte de um povo bravo, lutador que supera dificuldades e convive com as adversidades e

preconceitos. Ser nordestino é ter orgulho de suas origens e acreditar no potencial da região.

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“HÁ OCASIÕES EM QUE AS DECISÕES DEVEM SER

TOMADAS PELO PRINCIPAL LÍDER, ENTÃO NÃO VACILO E

SOU PRAGMÁTICO”

MEDICINA É MAIS FÁCIL

Estagiar na Ampla é um aprendizado cada vez

mais disputado. Este ano, foram 464 estudantes

inscritos para concorrer a seis vagas. São 77,3

universitários por vaga, mais que o dobro da

concorrência do curso de Medicina. A temporada

na agência é de seis meses e pode ser renovada

por mais seis.

ESTANTE ChEIA

A Ampla preencheu a estante de prêmios em

2007. Só no Colunistas Propaganda, o maior e

mais tradicional do País, foram 19 medalhas e

dois Grandes Prêmios, sendo uma medalha no

Colunistas Brasil. A Ampla já foi considerada

cinco vezes “Agência do Ano” na história do

prêmio. A agência também se destacou com

peças premiadas no Festival Internacional do

Rio e no Prêmio Meio & Mensagem. Um filme

foi selecionado para a Revista Pasta do Clube de

São Paulo. A vitrine está repleta, mas o espaço

para os próximos está garantido.

CRIATIVANDO

Imagine juntar todo os amplianos num espaço

verde para participar de atividades lúdicas?

O evento Criativando realizou essa façanha,

na região de Aldeia, e rendeu muitas histórias

para contar. Os integrantes de todos os

departamentos ficaram juntos desde o café-da-

manhã até o fim do dia, com direito a cerveja.

O objetivo do evento foi alcançado: explorar o

pensar e o agir de forma criativa, integrar a equipe

e fortalecer a confiança entre os departamentos.

Devido ao sucesso, o Criativando deve ter uma

segunda edição.

LOUCOS POR FUTEBOL

Há cerca de um ano, dois publicitários decidiram

criar um blog como extensão das conversas

diárias sobre futebol. Foi quando surgiu o Só

na Canela (www.sonacanela.blogspot.com). O

torcedor do Santa Cruz Humberto Montenegro

e o fã do Sport Igor Gazatti, ambos da Ampla,

convidaram um terceiro publicitário para opinar

sobre o Náutico e democratizar o espaço

com representantes dos três principais times

pernambucanos. O bom humor é a tônica dos

comentários, vídeos e fotos do blog, que recebe

cerca de 1.400 visitas por mês. “Tudo com um

olhar nada imparcial”, frisa Humberto.

REELEIÇõES

Uma vez por mês, representantes dos estados

brasileiros se reúnem para discutir e solucionar

o negócio que é a publicidade. O Fórum de

Propaganda da Associação Brasileira de Agências

de Publicidade (ABAP) começou em 2003 com a

eleição do nosso vice-presidente Queiroz Filho

para o capítulo PE. Eleito pela segunda vez,

ele estará a frente da entidade até 2009, pelo

menos. O desafio também vale para Aguinaldo

Viriato, o diretor de operações da Ampla,

escolhido para mais dois anos de presidência do

capítulo Nordeste da Associação de Marketing

Promocional (Ampro). Viriato comandou a

criação do capítulo em 2005.

O JUMENTO

No dia em que Deus resolveu criar o mundo, as

coisas não saíram como planejado. Então Ele

mandou o jumento Limoeiro para consertar a

humanidade. Pelo menos foi o que aconteceu no

curta de animação de onze minutos O Jumento

Santo e A Cidade que se Acabou Antes de

Começar. O roteiro é do publicitário André Mühle,

junto com o cineasta Léo Falcão, e a animação e

fotografia do curta, dirigido por Léo D e William

Paiva, contou com Sebba Cavalcante, da Ampla

Ponto. Logo na estréia, o filme abocanhou

Melhor Direção, Melhor Roteiro, Melhor vídeo e

Prêmio da Crítica, no Cine PE 2007. O curta foi

escolhido ainda para exibição no Anima Mundi

2008. Para conferir, basta procurar no YouTube

(www.youtube.com.br).

LOUCOS POR FUTEBOL II

A fama de que criação e atendimento vivem

brigando não é verdade. Pelo menos às segundas-

feiras. Toda segunda, das 21h às 22h30, no Clube

Português, os publicitários de Recife se reúnem

pra jogar a pelada organizada pelo redator Pedro

Lazera. Hoje, já são 25 publicitários inscritos.

Dentre eles, 8 da própria Ampla.

OS CLIENTES EM PRIMEIRO LUGAR.

Os clientes da Ampla não saem da cabeça e do

carrinho dos consumidores. Pela décima vez,

Pitú foi a marca mais lembrada entre todas as

categories do JC Recall de Marcas. Vale lembrar

que o prêmio tem dez anos. Já a Cream Cracker

Vitarella foi apontada, segundo pesquisa, como

a mais vendida do Brasil. Para Ampla, essas duas

conquistas também são grandes prêmios.

COLUNISTAS N/NE

Não foram só as campanhas publicitárias da

Ampla e as ações promocionais da Ampla Ponto

que brilharam no Prêmio Colunistas N/NE 2007.

Manuel Cavalcanti, diretor de criação, foi eleito o

Profissional de Propaganda do Ano e Aguinaldo

Viriato, diretor de atendimento, o Publicitário de

Marketing Promocional. É Ampla e Ampla Ponto

juntas até na hora de ganhar prêmio.

LOS DOS AMIGOS

Andre Muhle e Milton Raposo, da Ampla,

foram os grandes vencedores da Maratona

Jóvenes Criativos do Festival Iberoamericano

de Publicidade - Fiap 2008, que aconteceu em

Buenos Aires. A dupla teve 24 horas para fazer

um anúncio para o jornal Clarín que estimulasse

a leitura em geral. Pela primeira vez, o Brasil

venceu a competição que, este ano, contou

com a participação de duplas de 11 países. Entre

eles, Espanha, Estados Unidos, Argentina, Chile,

Colômbia e Uruguai.

PRETO NO BRANCO

A black music comanda a noite no Magia

Negra, uma festa que agita os sábados do bar

Mangá e que tem, no comando da pick-up, o

publicitário da Ampla Justino Passos. O Dj

explora as diversas vertentes da black music,

hora resgatando clássicos e raridades da soul

music, hora tocando sussessos atuais de R&B.

Pelo visto, Justino não foge à regra de que

publicitário adora trabalhar de madrugada.

Mesmo que não seja na agência.

REVISTA

Agora é a própria Revista Portfólio da Ampla que

está sob os holofotes. A edição número 9, que

comemorou os 30 anos da agência, foi selecionada

para o Salão Pernambuco Design 2008, na

categoria projeto editorial. De encher os olhos, a

criatividade da equipe da Ampla e da mooz - que

ainda classificou outros nove trabalhos - merece

o feito e os parabéns. Esse é o evento de design

mais importante de Pernambuco e pode ser

conferido em www.pedesign2008.com.br.

SHORTLISTLUZ E PORTO

JUNhOAmpla faz campanha para São João da Capitá e o evento bate o seu recorde de público, com mais de 130 mil pessoas nos dois dias de festa.Ampla Ponto faz ação promocional para a Natura no São João de Caruaru e Campina Grande.

JULhOAmpla coloca no ar a campanha de revisão para a Fiat.Ampla Ponto cria e produz material de ponto-de-venda para o lançamento dos sabores Fresh Cajá e Graviola.

AGOSTOAmpla é agência com agência tem o maior números de clientes premiados na Pesquisa Marcas que eu Gosto, do Diario de Pernambuco.Ampla Ponto cria e operacionaliza o stand da Pitú na Abad.

SETEMBROAmpla tem o maior número de clientes em primeiro lugar no Prêmio JC Recall de Marcas, do Jornal do Commercio.Ampla Ponto desenvolve ações para Tintas Coral no Festival Pinte o Sete de Ferreira Costa.

OUTUBROAmpla lança a campanha Pinte o Sete para o Home Center Ferreira Costa.Ampla Ponto faz ações de captação de clientes para o Cartão Extra, através do Banco Itaú.

NOVEMBROAmpla desenvolve campanha de arrecadação de vidros para a restauração do Hospital Pedro II do Imip.Ampla Ponto cria a Onda laranja – ação promocional em bares e restaurantes do Recife para a Queiroz Galvão.

DEZEMBRO Ampla e Ampla Ponto, juntas, comemoram o ano de 2007 em uma animada festa de confraternização.

JANEIROAmpla lança a campanha em prol da construção da biblioteca do Centro Josué de Castro.Ampla Ponto cria ação educative para a Celpe nas praias.

FEVEREIROAmpla lança a campanha para o Mundo de Liquidação do Shopping Recife, que atinge recorde de público.Ampla Ponto realiza a ação promocional “Verão de Todas as Cores” para Tintas Coral no Festival Pinte o Sete de Ferreira Costa.

MARÇOAmpla lança a campanha institucional “Pensando em Você” para a Vitarella. Ampla Ponto realiza, em Porto de Galinhas, o Bossa Conference, um encontro internacional de tecnologia do Instituto Nokia.

ABRILAmpla conquista a conta do Supermercado Arco-Iris.Ampla Ponto realiza sessões exclusivas de filmes em lançamento para clientes do Rapidão Cometa em 11 praças do N/NE.

MAIOAmpla lança sua primeira série de filmes que misturam animação com imagens reais. É a campanha institucional para o Shopping Recife.Ampla Ponto produz stand para a Queiroz Galvão Slim no IV Feirão de Imóveis da Caixa Econômica.

JUNhOAmpla comemora o título de Nison Samico como mídia do ano no 1 Prêmio Profissionais de Mídia da revista Propaganda. Ele foi um dos dez mídias eleitos por 300 profissionais de veículos em todo o País.Ampla Ponto promove o almoço Tá na Mesa oferecido pela Queiroz Galvão para os corretores do mercado mobiliário local.

CALENDÁRIO

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PENSANDOEM VOCÊ

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PARINDO UM FILME

Fazer um filme emotivo é sempre um grande desafio. A começar

pela difícil tarefa de apresentar o roteiro e convencer as pessoas

de que aquela sua idéia ali, mal escrita no papel, será capaz de

emocionar alguém. É preciso estar muito seguro em relação aos

recursos de que você dispõe, para que a sua idéia seja executada

da melhor forma possível. Em compensação, com os elementos

certos, qualquer idéia, por mais simples que possa parecer,

é capaz de se tornar um filme memorável que pode ser visto

repetidas vezes sem que você se canse de vê-lo. E assim foi com o

filme da Vitarella. A empresa está completando 15 anos de muito

sucesso. O momento perfeito para fazer o seu primeiro grande

filme institucional. Trabalhando a personalidade da marca, líder no

seguimento de massas, bolachas e biscoitos.

Como se sabe, o público que tem a decisão de compra sobre esses

produtos é essencialmente feminino. Mães, em sua maioria. E para

elas não há nada mais importante no mundo do que a família. A

coincidência é que eu tinha acabado de me tornar pai pela primeira

vez. E de uma menina. A relação da minha mulher com minha

filha sempre foi algo fascinante pra mim. Com todo esse clima de

emoção que preenchia meus dias, não foi difícil chegar ao roteiro.

A idéia era simples: a relação de cumplicidade entre mãe e filha

hAJA PACIêNCIA E TALENTO

Se é um filme publicitário brasileiro com crianças em cenas cativantes é bem provável que tenha o

nome do diretor Ricardo “Gordo” Carvalho por trás. No comercial da Vitarella, a idéia era mostrar a

relação entre mãe e filha em várias fases da vida, desde o nascimento. Para marcar a passagem do

tempo, uma pesquisa de caracterização precisou ser realizada.

“Para dar fidelidade à seqüência das idades, pesquisamos em filmes e estabelecemos as décadas

que iríamos trabalhar”, conta Carvalho. “A escolha da atriz nos ajudou bastante”. O fato de precisar

selecionar um casting cuja aparência física ajudaria a contar a história foi um dos desafios da produção

da campanha. Outra dificuldade, para o diretor, foi conseguir imprimir emoção nos filmes “apesar do

pouco tempo de realização e de duração”.

As crianças são um capítulo à parte. Admirado pelo talento profissional com os pequenos na

publicidade, o diretor costuma dizer que as crianças são indirigíveis. “O segredo é ter muita paciência

e uma boa dose de backup no set de filmagens”, revela precavido.

Com essa experiência, aliada ao roteiro e aos profissionais da Margarida Flores e Filmes, o diretor

conseguiu extrair belas imagens das atuações das atrizes adultas e mirins nas filmagens ocorridas em

São Paulo para a campanha da Vitarella. Para ele, o casamento entre cenas e música é o que mais

pesa no emocional do filme.

Márcia Lira

FOTOS DO ARQUIVO DA AMPLA

em várias etapas da vida. Da infância até a adolescência. Para

dar mais sensibilidade ao filme era preciso uma trilha especial.

No caso uma musica. “Pensando em você”, de Paulinho Moska,

era tudo o que a gente queria dizer naquele momento. Roteiro

na mão, tínhamos outro grande desafio: encontrar um diretor e

uma produtora capazes de por tudo isso em prática. Chamamos

Ricardo “Gordo” Carvalho, considerado um dos melhores diretores

de crianças do Brasil, e a produtora Margarida Flores e Filmes ,

uma das maiores e mais premiadas do país.

Foram mais de 2 meses de pré-produção e dois longos dias de

filmagem. Mas o resultado compensou. O filme ficou redondo,

com emoção na medida certa. E para isso contou bastante a

incrível sensilibidade do diretor, o casting perfeito da produtora

e uma musica que parecia ter sido feita para o comercial. Se ia

funcionar com o público alvo? Fizemos o primeiro teste na própria

agência. E a sensação de ver as meninas do atendimento com os

olhos cheios de lágrimas ao termino da apresentação do filme só

não foi mais emocionante do que a de ser pai pela primeira vez.

Manuel Cavalcanti (Diretor de criação da Ampla)

Elenco com a equipe

de filmagem.

FABIANA STEFANI E MANUEL

CAVALCANTI, da Ampla, com o

GORDO, diretor de cena.

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/ número 10 / 2008Só

PITÚ: MANIA DO BRASIL HÁ 70 ANOSAU

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“O úNICO CULPADO POR

TUDO ISSOSÓ PODIA SER

EU MESMO”

TEXTO DE ANDRÉ MUhLE | ILUSTRAÇõES DE hUMBERTO MONTENEGRO

HUMBERTO MONTENEGRO

Diretor de arte da Ampla e

ilustrador, “Betinho” tem

algumas de suas ilustrações

publicadas em diversos trabalhos,

como o cartões de Natal do IMIP

e a própria revista da Ampla.

[email protected]

ANDRÉ MUHLE

Redator da Ampla e escritor

nas horas vagas, divide, com

mais outros dois redatores

publicitários, a autoria do

blog www.elessabemdemais.

blogspot.com.

[email protected]

A caipirinha nem existia quando surgiu a Pitú, há 70 anos. De 1938 para cá,

muita coisa mudou: a modesta fábrica de vinagre e bebidas à base de maracujá

e jenipapo, que engarrafava aguardente, tornou-se uma das maiores produtoras

de cachaça do país. Hoje, a marca é a mais consumida no Nordeste, além de ser a

segunda mais vendida em todo o Brasil. A Pitú ainda foi a primeira cachaça a ser

exportada, fazendo a alegria da Alemanha. De braços dados com a grande família

que é a empresa desde 1976, a Ampla comemora junto o sucesso do seu primeiro

cliente.

No corredor da sede, localizada na cidade de Vitória de Santo Antão, interior de

Pernambuco, está emoldurada numa placa a primeira fatura emitida pela Ampla,

em nome da Pitú - um presente recente da agência. “O relacionamento começou

quando eu ainda trabalhava na extinta Abaeté Propaganda. Ao decidir criar a

Ampla, a empresa de Elmo Cândido e Aluísio Ferrer foi umas das três que me

acompanharam”, conta o presidente da Ampla, Severino Queiroz. “Hoje a Pitú não

é só uma conta da Ampla. São nossos amigos e temos famílias que se entendem

e se entrelaçam”.

No início dessa parceria, na década de 70, a cachaça ainda tinha uma imagem

pejorativa, associada apenas à classe C. “As pessoas tinham vergonha de tomar

aguardente e nós resolvemos mudar esse conceito”, lembra Queiroz. O trabalho

começou com os festivais, que eram realizados em bairros pobres onde havia

atrações e distribuição de cachaça. “Trouxemos esses eventos para os grandes

clubes do Recife, como o Náutico, Internacional, Clube Português, e eles foram

muito bem aceitos. A Pitú começou a se socializar. E hoje a garrafa enfeita os bares

e serve como cartão de visita de muitas salas”, comemora o fundador da Ampla.

Muitos trabalhos, vários premiados, marcaram a contribuição da Ampla para o

sucesso da empresa septuagenária. “Pura ou na batida, Pitú é a melhor pedida”,

foi um dos slogans da agência inspirados na aguardente. A sacada incentivou o

consumo com frutas, formando a batida, e de onde nasceu, mais tarde, a famosa

caipirinha - “Hum... Que beleza! Quem é?”. “É Pitú, o aperitivo do Brasil”. O diálogo

fazia parte de uma campanha de sucesso veiculada no rádio e que se tornou

comum na boca do povo.

Severino Queiroz ressalta que a Pitú foi uma

das poucas empresas do Estado que nunca

deixou de anunciar na mídia, um ano sequer.

Por quê? “A publicidade é a alma do negócio!”,

quem responde é o diretor Elmo Cândido. “Às

vezes a mídia vende até algo que não presta

ao consumidor. Então, o que tem qualidade

não pode deixar de ser divulgado”, arremata.

Além da divulgação e da qualidade, mais dois

elementos são essenciais para o sucesso da

empresa onde convivem quatro gerações de

famílias entre avôs, pais, filhos e netos. “O

segredo é amizade e amor”, revela, taxativo, o

também diretor, Aluísio Ferrer.

TEXTO DE MÁRCIA LIRA | FOTOS DO ARQUIVO DA AMPLA

Série de anúncios produzidos pela AMPLA para os 70 anos da Pitú.

Foi ainda criança que comecei a gostar de ser só.

Lembro da minha mãe comentanto com as amigas:

“Olha que lindo o hipopótamo que ele fez com garrafas de iogurte.”

E completava: “E fez sozinho, viu?”

Daí em diante, tive a impressão de que reconhecimento

era aquilo que acontecia quando a gente fazia alguma coisa

sem a ajuda de ninguém.

Um coro de tenores, por exemplo, nunca faria o mesmo

sucesso que o Luciano Pavarotti.

A professora me perguntava “O que você quer ser quando crescer?”

Imediatamente eu respondia “Quero ser só.”

Já prestou atenção em comercial de Whiskey?

Tem sempre um cara só, típico executivo de Wall Street,

num apartamento com paredes de vidro.

Por que? Porque é chique ser só.

Imagina um comercial de Whiskey com um cara de 40 anos sentado

com toda sua família na mesa de jantar, comendo o suflê de frango

que sua esposa aprendeu a fazer no programa da Ana Maria Braga.

Impossível. Não rola.

Aos 20 anos, realizei um sonho. Fui morar só.

No início, veio o processo de adaptação.

Entrava em casa reclamando:

“Esqueceram a luz acesa”.

“Tomaram minha Fanta Uva”.

“Deixaram meu chinelo pelo avesso”.

E só então me dava conta.

O único culpado por tudo isso só podia ser eu mesmo.

E nesse mesmo instante minha irritação sumia pelos ares.

É como disse o Erasmo, não o da Jovem Guarda, o de Rotterdam:

“Aquele que conhece a arte de viver consigo próprio, ignora o aborrecimento”.

Morar só é descobrir o prazer das pequenas coisas.

Que o gás da cozinha leva uns cinco anos para acabar.

Que o telefone sempre é pra você.

Que você pode cortar as unhas sem se preocupar pra onde elas vão.

Que as porções para duas pessoas, na realidade só servem para uma.

E que uma panela de pressão não faz falta na vida de ninguém.

Tenho certeza de que a Branca de Neve era mais feliz

antes de conhecer o príncipe e os anões.

O dia inteiro falando sozinha no meio das árvores.

Tem coisa melhor do que falar sozinho?

Tem coisa melhor do que ser sozinho?

Não sei porque essa mania de procurar

ainda mais vidas em outros planetas.

Já não basta as que a gente tem aqui?

Sinceramente.

E se por um acaso você se sentir triste por estar só?

Simples, compra um peixe.

Agora, por favor, compra só um.

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Elmo Cândido Carneiro

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/ número 10 / 2008

2007

AMPLA PONTO

5 ANOSNo calor da interação, do contato com o consumidor, o tempo passa rápido. Já fazem cinco anos que a Ampla Ponto

entrou no mercado, oferecendo uma alternativa para a consolidação da marca dos clientes através do marketing

promocional. Ao longo dessa trajetória, foram se acumulando talentos: a empresa nasceu do esforço de três

profissionais e hoje a equipe acumula mais de 30. A Revista da Ampla convidou alguns deles a falarem dos principais

momentos de cada um desses anos.

2005

2008

2006FERNANDO SILVA

Gerente de Criação

Entrei numa empresa nova com uma equipe afinada e no meio de uma reforma. Meu primeiro job foi uma concorrência da GE

para executivos da América Latina, que aconteceria no Rio de Janeiro. Um trabalho árduo que durou semanas. Depois de aprovado

internamente, no dia que antecedia a viagem, tarde da noite, esperávamos as cópias saírem e faltou energia na agência. O atendimento

pegou o DVD e imprimiu o projeto no Rio de Janeiro, um dia antes da apresentação. O momento que eu mais lembro é, no trânsito, o

celular tocando e o atendimento, aos berros, informando que ganhamos a concorrência. Veio aquela sensação de dever cumprido e, a

partir deste dia, me senti 100% da equipe.

MARIANA DA MATA

Gerente de Negócios

Neste ano, foi produzido inteiramente pela nossa equipe o

Promozoom, seminário de marketing promocional, desde as

inscrições, contato com os palestrantes e decoração do espaço. O

evento reuniu mais de 800 profissionais e estudantes da área, e foi

importante para o Nordeste, trazendo pela primeira vez grandes

nomes do assunto, como Gui Bamberg, Regina Blessa, Yacoff

Sarkovas e João de Simoni. Para mim, o trabalho em promoção é

muito dinâmico e sedutor. Tudo acontece ao vivo e você presencia

a reação do público-alvo. Todo esse clima faz com que o dia-a-dia

da agência seja muito divertido.

MARCOS BAPTISTA

Gerente Geral

O primeiro grande projeto que coordenei foi o da comemoração dos 350 anos de

presença judaica nas Américas, do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco. O

principal produto era uma exposição sobre o tema em Nova Iorque. A mostra seria

aberta a três dias para o terceiro aniversário do 11 de Setembro. No dia anterior, algo

emocionante aconteceu. Estávamos finalizando tudo até sermos surpreendidos

com a ordem para evacuar o edifício. Imaginávamos alguma ameaça de bomba.

Finalmente descobrimos: um edifício vizinho estava querendo desmoronar. Mas

eis que num passe de mágica, chega a notícia de que o prédio estava liberado e

que podíamos retornar. No dia seguinte, a exposição foi aberta numa cerimônia

emocionante que nos encheu de orgulho e a inigualável sensação de dever

cumprido.

DANIELA KOURY

Gerente de Negócios

Foi um ano de consolidação das relações com vários clientes.

Alguns jobs que marcaram foram o Bossa Conference, evento

internacional para o Instituto Nokia de Tecnologia que reuniu

gente de todo o mundo, um stand da Pitú na Abad Recife com o

tema Mercados públicos, um show do pianista Vitor Araújo para

os funcionários de obra da Queiroz Galvão. Também tenho boas

e fortes recordações da convenção da GE no Club Med Itaparica

(BA), pois foi um trabalho onde respeitamos todas as etapas

ideais para um bom planejamento com o desafio de surpreender

e inovar. Hoje trabalho onde os profissionais são respeitados por

sua competência e por seu compromisso em fazer bem mais do

que simplesmente o possível.

AGUINALDO VIRIATO

Presidente

Fazer promoção e eventos é estar ali, no

limite do risco. Risco calculado, é claro. Mas

haja adrenalina para trabalhar de cara com o

consumidor, fazendo as coisas acontecerem

de maneira interativa. Marketing Promocional

é assim. O produto da agência se mostra ao

vivo. A gente tem neura por detalhe, planeja

tudo, prevê o imprevisto. Neste ano, vamos

apresentar novidades que, aqui pra nós, vão

agitar o mercado. Novos serviços, estratégia

ousada, inovação, mudanças. É isso aí: 2008

vai dar o que falar. Não é precipitação. É

confiança numa equipe talentosa, na experiência

que acumulamos nestes cinco anos e no

compromisso que a AmplaPonto tem de não se

acomodar nunca.

2003

FERNANDO AMARAL

Gerente de Operações e Produção

Começamos com apenas três pessoas e, portanto, nossa vida era

uma loucura. Mas nunca esqueço o companheirismo, a vontade

de acertar, a garra que tínhamos para fazer um pouco de tudo.

Foi um ano de gente grande, onde lutamos muito para chegar

aonde chegamos. As ações que fizemos para a Ala, no São João,

marcaram porque abordávamos um público muito humilde e

carente. A alegria das pessoas em nos ver era contagiante. Fizemos

esta ação em quatro estados simultaneamente: Pernambuco,

Bahia, Ceará e Paraíba.

2004

/ número 10 / 2008

VOCÊ jÁ fOI AO ESPíRITO SANTO?

TEXTO DE kLEBER DE BRITO | ILUSTRAÇõES DA MOOZ

TEXTO DE MÁRCIA LIRA | FOTOS DE IVALDO BEZERRA

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“Embora estejamos caminhando irrevogavelmente em direção ao

caos que já se instalou nas grandes cidades, ainda tem muita coisa

chata que não chegou por aqui. Tipo enfrentar uma fila gigantesca

para sentar em um bom restaurante, sair de casa com 2 horas de

antecedência para achar estacionamento e ainda pagar 10 reais

para o flanelinha ou disputar à tapa um lugar na praia. Enfim,

ainda existe uma certa “tranqüilidade” pairando pelo ar que, valha-

me Deus, continuará por muitos anos respirável.”

SILVIA ZANOTTI GOBBO – Redatora

“Uma das maiores belezas do Espírito Santo é o nosso Convento

de Nossa Senhora da Penha, a padroeira do estado. Ele foi erguido

em cima de uma grande pedra dando uma vista maravilhosa

para toda cidade e para o mar. Além dessa vista, podemos ver

também na sua subida uma mata com muita energia positiva e

belos animais. É o melhor lugar pra quem busca paz interior e

tranqüilidade.”

CLARISSA BARROS – Mídia

“Que o Espírito Santo é um estado pequeno, todo mundo sabe.

O que muita gente não sabe é que sua diversidade cultural é

inversamente proporcional ao seu tamanho. Temos um pouco de

tudo, pois podemos ouvir os batuques africanos, com as rodas de

congo do norte, respirar ares europeus na região serrana, desfrutar

de uma culinária rica com influências européias, africanas e

libanesas e ficar encantados com os palacetes mouriscos do sul.”

FAUSTO TRUGILHO - Produtor Gráfico

“Os familiares dos proprietários rurais recepcionam os turistas

e mostram o seu trabalho, tornando o ambiente intimista e

acolhedor. Pode ser um sítio de morangos, onde você experimenta

de tudo do morango: licores, doces, e geléias. Em outro tem os

melhores queijos, iogurtes, ou ainda, tomates secos, cachaças,

e vinhos feitos ali na hora, além do famoso socol, que é um

embutido típico da região. Algumas propriedades oferecem ainda

o serviço de hospedagem. Pena que as agências de turismo ainda

não façam pacotes para divulgar a região, pensando melhor, ainda

bem.”

CARLA CARVALHO – Diretora de arte

“Para mim, o melhor do Espírito Santo é a soma de vários

ingredientes. Junta uma das nossas maravilhosas praias com a

casquinha de siri, que dá diversão na certa. Soma gente bonita

e moqueca capixaba que você vai ter papo pra uma tarde inteira.

Reuna a família e misture sururu, camarão, caranguejo, bacalhau e

palmito que sai a tradicional torta capixaba.”

SILVANA RIBEIRO – Atendimento

Em 2004, a Ampla abriu uma agência em Vitória, no Espírito Santo. Desde então não parou de conhecer o que esse

estado tem de melhor. Seja na propaganda, no turismo e na cultura local. Para saber um pouco mais o que a região

oferece, convidamos nossa equipe da Ampla-ES para serem nossos guias. Como bons anfitriões que são, as dicas

certamente será um convite para quem nunca foi até lá.

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