48. o amor à comodidade

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1 | A p o s t i l a – O A m o r à C o m o d i d a d e

O AMOR À COMODIDADE

Somente aqueles que praticam a santidade nesta vida verão o Rei em Sua beleza. Ponha de lado toda conversa vã e frívola e tudo o que for de natureza fútil e sensacional. Não abarro te sua mente com pensamentos de prazeres e entretenimentos munda nos. Envolva-se na obra de salvar sua alma. Se tivesse de perder sua alma, melhor seria nunca ter nascido. Mas você não precisa perder sua alma. Pode usar cada momento desta vida concedida por Deus para a glória do Seu nome. Fortaleça-se para repelir os poderes das trevas, a fim de que não obtenham a vitória sobre você. Manuscrito 110, 1901 (Sermons and Talks, págs. 174-176). (MM, CT, 198)

Estende-se perante nós a eternidade. A cortina está para ser corrida. Em que estamos pensando, para que assim no s apeguemos ao nosso amor egoísta da comodidade, enqu anto por toda parte ao nosso redor almas estão a perecer?

Muitos ainda são provados como o foi Abraão. Não ouvem a voz de Deus falando diretamente do Céu, mas Ele os chama pelos ensinos de Sua Palavra e acontecimentos de Sua providência. Pode ser-lhes exigido abandonarem uma carreira que prome te riqueza e honra, deixarem associações agradáveis e proveito sas, e separarem-se dos parentes, para entrarem naquilo qu e parece ser apenas uma senda de abnegação, dificuldades e s acrifícios. Deus tem uma obra para eles fazerem; mas uma vida d e comodidade, e a influência de amigos e parentes, em baraçariam o desenvolvimento dos traços essenciais para a sua realização . Ele os chama para fora das influências e auxílio humanos, e os leva a sentirem a necessidade de Seu auxílio, e a confiarem nEle somente, para que Ele possa revelar-Se-lhes. Quem está pronto, ao chamado da Providência, para renunciar planos acariciados e relações familiares? Quem aceitará novos deveres e entrará em campos não experimentados, fazendo a obra de Deus com um coração firme e voluntário, considerando por amor a Cristo suas perdas como ganho? Aquele que deseja fazer isso tem a fé de Abraão. (SC, 181)

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Havendo alcançado um ponto elevado em sua profissão, o Dr. John Cheyne não se esqueceu de suas obrigações para com Deus. Certa vez escreveu a um amigo: "Você talvez deseje saber o estado de minha mente. Estou humilhado até ao pó ao pensam ento de que não há um ato de minha atarefada vida que resis ta ao olhar de um Deus santo . Mas quando medito no convite do Redentor: 'Vinde a Mim', e que aceitei esse convite; e, além disso, minha consciência testifica que desejo ardentemente que minha vontade em todas as coisas se conforme com a vontade de Deus, então tenho paz; tenho o repouso prometido por Aquele em quem não foi encontrado nenhum engano." (MM, nos Lugares Celestiais, 235)

Tem uma consciência livre de ofensas perante Deus e os homens? Suas amizades são de tal natureza a elevar sua mente a Deus e às coisas celestiais, a aumentar em você o respeito por seus pais, e as aspirações puras e santas? Ama a verdade e o que é correto? Ou está se entregando à imaginação criativa, que não tem influência sadia sobre a alma? Pode contemplar com satisfação o últi mo ano de sua vida? Pode perceber crescimento em força espiri tual ? Qualquer satisfação vulgar, qualquer comodismo, dei xa uma cicatriz na alma e as nobres virtudes da mente são corrompidas. Pode haver arrependimento, porém a alma está mutila da e levará sempre consigo sua cicatriz. Jesus pode limpar o pe cado, mas a alma sofre uma perda . (CJN, 43)

Coisa alguma despertará tanto um abnegado zelo e da rá amplitude e resistência ao caráter como empenhar-se em trabalho para benefício de outros. Muitos cristãos professos , ao procurarem as relações da igreja, não pensam senão em si mesmo s. Desejam fruir a comunhão da igreja e os cuidados pastorais . Fazem-se membros de grandes e prósperas igrejas, e ficam satisfeitos com pouco fazer pelos outros. Por esta maneira, estão-se roubando a si mesmos as mais preciosas bênçãos. Muitos seriam beneficiados em sacrificar suas aprazíveis associações, conducentes ao comodismo. Necessitam ir aonde suas energias serão requeridas em trabalho cristão, e aprenderão a assumir as responsabilidades. (CBV 151)

Uma vida passada em trabalho ativo para Deus, é uma vida abençoada. Multidões que estão a desperdiçar a vida em frivolidades, em ociosas lamentações e inúteis queixumes, teriam uma experiência

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inteiramente diversa se apreciassem a luz que Deus lhes tem dado, permitindo que ela irradiasse sobre outros; e muitos tornam a vida miserável por egoísmo e amor ao comodismo. Mediante diligente atividade, sua vida se poderia tornar como brilhant es raios de sol para guiar ao caminho do Céu os que se acham na som bria estrada da morte. Se assim fizerem, seu coração encher-se-á de paz e alegria em Jesus Cristo. Review and Herald, 25 de outubro de 1881. (MJ, 202)

Dirijo-me a vós que residis no grande centro da obra. Não podeis ser formalistas descuidosos e irreverentes exclusivamente para vós mesmos. Muitas testemunhas estão olhando para vós, e muitos pautam a sua conduta pela vossa. Uma vida irreligiosa não só sela a vossa própria condenação, mas arruína também a outros. Vós que viveis onde têm de ser mantidos tão grandes interesses, deveis ser homens expeditos, fiéis sentinelas, que nunca deixem de estar de prontidão. Um momento descuidado passado em comodismo egoísta ou em satisfação própria pode conceder ao inimigo uma van tagem que anos de penoso labor não consigam reparar . Os que escolhem Battle Creek como seu lar devem ser homens e mulheres de fé e oração, leais aos interesses dos que os rodeiam. Sua única segurança está em andar com Deus. (FEC. 52)

Satanás porá em campo todas as artes e artifícios p ara conseguir nossa ruína. Se vos assentardes com os qu e amam o comodismo, tendo nos lábios as palavras: "Estou sal vo", e desrespeitardes os mandamentos de Deus, perder-vos- eis eternamente. Há em Jesus verdades que são terríveis para os comodistas, os indolentes. Há em Jesus verdade plena de suave alegria para os obedientes. É a alegria do Espírito Santo. Persuadi-vos, pois, a abrir a mente e o coração, para que possais ver todo raio de luz que resplandeça do trono de Deus. (I ME, 318)

Será necessária coragem moral para fazer a obra de Deus inabalavelmente. Os que assim procedem não podem da r lugar ao amor-próprio, às considerações egoístas, ao amor e à comodidade, ou ao desejo de evitar a cruz . ... Obedeceremos nós à voz de Deus, ou ouviremos a sussurrante voz do maligno, e estaremos condenados a uma sonolência fatal, justamente às vésperas das realidades eternas? Review and Herald, 7 de fevereiro de 1893. (MM, Minha Consagração Hoje, 320)

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Em toda pessoa realmente convertida haverá genuína, santificada simpatia para com os sofrimentos de Cristo, por Ele suportados para salvar o que era pecaminoso. Hão de, caso sejam colaboradores de Cristo, vencer a comodidade egoísta, a satisfação própria, a condescendência com o próprio eu, e crescerão em nervos e músculos espirituais mediante o exercício das habilidades a eles dadas por Deus para ganhar pessoas para Jesus Cristo. Essa obra designada pelo Céu é calculada a dar largura e profundidade e esta bilidade à experiência cristã e ao caráter, e levar os obreiro s à união com Deus para uma atmosfera mais elevada e pura, onde s eu amor por Cristo cresça sempre mais, e mais aumente seu amor para com os semelhantes. Manuscrito 41, 1890. (MM, Nossa Alta Vocação, 297)

Tenho muitos pensamentos de que não fui enviada a este país (Austrália) pelo Senhor. Sinto às vezes a convicção de que a vontade do Senhor era que eu permanecesse na Califórnia, em meu próprio lar, e escrevesse sobre a vida de Cristo, segundo fosse capaz. De uma coisa estou certa - que as pessoas precisam de ajuda nest e país. E receei que fosse egoísmo ou comodismo de minha parte recus ar ir à Austrália. (MM, Este Dia Com Deus, 59)

Entregavam-se, porém, ao comodismo, sonhando em paz e segurança, enquanto o povo dormia em seus pecados. Jesus viu a Sua igreja, semelhando a figueira estéril, coberta de pretensiosas folhas e no entanto destituída do precioso fruto . Notava-se alardeada observância das formas da religião, enquanto faltava o espírito da verdadeira humildade, arrependimento e fé - o que unicamente poderia tornar aceitável o culto a Deus. Em vez das graças do Espírito, havia manifesto orgulho, formalismo, vanglória, egoísmo, opressão. Uma igreja apóstata fechava os olhos aos sinais dos tempos. Deus não a abandonou, nem permitiu que Sua fidelidade lhe faltasse; dEle, porém, afastara-se, e separara-se de Seu amor. Recusando-se ela a satisfazer às condições, Suas promessas não foram para com ela cumpridas. (GC, 316)

Não mais sejam os filhos expostos às tentações das cidades maduras para a destruição. Tem-nos o Senhor enviado advertência e conselho para que saiamos das cidades. Então, não façamos mais investimentos nas cidades. Pais e mães, como apreciais a alma de vossos filhos? Estais preparando os membros de vossas famílias para a

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trasladação para as cortes celestiais? Vós os estais preparando para se tornarem membros da família real? Filhos do Rei celestial? "Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro se perder a sua alma?" Mar. 8:36. Como se compararão o comodismo, o conforto e a conveniência com o valor da alma de vossos filhos ? Manuscrito 76, 1905. (II ME, 355)

Os pais gostam demais da comodidade e do prazer, para desempenharem na vida do lar a obra que Deus lhes designou. Não veríamos o terrível estado de maldade que existe entre a juventude atual se esta tivesse sido devidamente educada em casa. Se os pais realizassem a obra que lhes foi dada por Deus e ens inassem aos filhos a restrição, abnegação e domínio próprio, ta nto por preceito como pelo exemplo, verificariam que, ao es tarem procurando cumprir o seu dever, de modo a receber a aprovação de Deus, estariam aprendendo preciosas lições na es cola de Cristo . Estariam aprendendo a paciência, a longanimidade, o amor e a mansidão; e essas são as mesmas lições que devem ensinar aos filhos. (Orientação da Criança, 94)

Podeis conjugar as melhores energias da mente, e no senso de vossa responsabilidade para com Deus, podeis fazer o melhor possível, e não deixareis de avançar e vencer as dificuldades. Não vos senteis em indolente comodismo, sem fazer nenhum esforço es pecial para realizar vossa obra . Fazei a escolha em alguma parte da grande vinha do Mestre e fazei uma obra que exija exercício de tato e talento. Review and Herald, 20 de maio de 1890. (MM, Nossa Alta vocação, 280)

O verdadeiro cristão trabalha desinteressada e infatigavelmente pelo Mestre. Não busca comodismo n em satisfação própria, mas põe tudo, até a própria vid a, em sujeição ao chamado de Deus . E a ele são dirigidas as palavras: "Quem perder a sua vida por amor de Mim achá-la-á". Mat. 10:39. The Youth's Instructor, 12 de junho de 1902. (MM, Nossa Alta Vocação, 285)

Com o comodismo e o amor-próprio, por gracejos e chocarrices, e por buscar as honras mundanas. Podem os negá-Lo por nossa aparência exterior, pela conformidade com o mundo, por um ar orgulhoso ou vestes custosas . Unicamente por meio de constante vigilância e perseverante e quase contínua oração, poderemos manifestar em nossa vida o caráter de Cristo ou a

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santificadora influência da verdade. Muitos afugentam a Cristo de sua família por meio de um espírito impaciente e apaixonado. Estes têm alguma coisa a vencer nesse sentido. (I TS, 102)

É o amor do comodismo, o amor do prazer, nosso amor próprio, exaltação, que nos impede de aprender as preciosas lições da vida na escola de Cristo. É dever do cristão não permitir que o ambiente e as circunstâncias o moldem; mas viver acima do ambiente, modelando seu caráter segundo o Modelo divino. Ele deve cumprir seu dever com fidelidade, aproveitando as oportunidades a ele dadas por Deus, fazendo o máximo de suas aptidões. ... (MM, Para conhecê-lo, 93)

O Senhor chama suave ao Seu jugo, e a Seu fardo, le ve. Todavia esse jugo não nos dá uma vida de comodismo e liberdade e condescendências egoístas . A vida de Cristo foi de abnegação e sacrifício a cada passo. E Seu verdadeiro seguidor, possuindo brandura e amor coerente, semelhantes a Ele, seguirá as pegadas de Seu Mestre. Manuscrito 20, 1897. (Idem, 120)

É o amor da comodidade egoísta, o amor do prazer, v osso amor-próprio, a exaltação do próprio eu que vos imp ede de aprender as preciosas lições da vida na escola de C risto. É dever do cristão não se deixar moldar pelo ambiente e as circunstâncias, mas viver acima das circunstâncias, formando o caráter de acordo com o Modelo divino . Ele deve ser fiel em qualquer situação em que se encontre. Deve cumprir seu dever com fidelidade, aproveitando as oportunidades que lhe são dadas por Deus e utilizando suas capacidades da melhor maneira possível. Com o olhar voltado para a glória de Deus, deve trabalhar para Jesus onde quer que se encontre. Devemos entregar a vontade e o coração a Deus, e familiarizar-nos com Cristo. Precisamos negar-nos a nós mesmos, tomar a cruz e seguir a Jesus. Nenhum de nós poderá chegar ao Céu senão pelo caminho estreito e em que é preciso levar a cruz. Quantos, porém, usam a cruz como adorno pessoal, mas não levam a cruz na vida diária e prática! (MM, Exaltai-o, 246)

Diz o Salvador: "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo." Luc. 14:33. Tudo que afaste de Deus o coração, tem de ser renunciado. Ma mom é o ídolo de muitos . O amor do dinheiro, a ambição de fortuna, é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são idolatradas

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por outros. Uma vida de comodidade egoísta, isenta de responsabilidade, constitui o ídolo de outros. Mas estas cadeias escravizadoras têm de ser partidas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente. ... (Fé Pela a Qual Eu Vivo, 154)

Jesus olhou com infinita compaixão para o mundo em sua condição degradada. Assumiu a forma humana para que pudesse pôr-Se em contato com a humanidade e elevá-la. Veio buscar e salvar o perdido. Atingiu a maior profundeza da miséria e aflição humana, a fim de tomar o homem do modo como o encontrou, um ser manchado pela corrupção, degradado pelo vício, depravado pelo pecado e unido a Satanás na apostasia, e elevá-lo a um lugar no Seu trono. Escreveu-se, porém, a Seu respeito que "não falhará nem será quebrantado", e Ele foi avante na senda da abnegação e da renúncia a Si mesmo, dando-nos o exemplo, para que sigamos as Suas pegad as. Devemos trabalhar como Jesus, renegando a nossa pró pria vontade, afastando-nos das seduções de Satanás, des prezando a comodidade e aborrecendo o egoísmo, a fim de salvar e buscar o perdido, conduzindo almas das trevas para a luz, pa ra o brilho do amor de Deus . Fomos encarregados de ir e pregar o evangelho a toda criatura. Devemos transmitir aos perdidos as boas novas de que Cristo pode perdoar o pecado, renovar a natureza, revestir a alma das vestes de Sua justiça, pôr o pecador em conformidade com os Seus planos, e ensiná-lo e habilitá-lo a ser cooperador de Deus. (FEC, 199)

Ele não considerou o fator economia, mas viveu extravagantemente, e em suas viagens aqui e ali pôs dinheiro fora sem nenhuma utilidade. Ele espalhou uma influência maléfica pelo uso indiscriminado do dinheiro do Senhor, e dizia a outros e em seu coração: 'Há recursos bastantes em J______, mais do que pode ser usado antes da vinda do Senhor.' Alguns foram muito prejudicados por semelhante conduta e vieram para a verdade com pontos de vista errôneos, não compreendendo que era o dinheiro do Senhor que estavam usando, não sentindo assim a importância dele.

As pobres almas que apenas acabam de abraçar a terceira mensagem angélica e têm diante de si um exemplo dessa ordem terão muito que aprender para se negarem a si mesmas e sofrerem por amor de Cristo. Terão de aprender a desprezar o comodismo, a não

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considerar as suas conveniências e conforto, tendo sempre em mente o valor das almas. Os que sentem sobre si o ' ai' não farão grandes preparativos para viajar folgada e conforta velmente. Alguns sem vocação têm sido animados a ir para o campo. Outros têm sido afetados por essas coisas e não têm sentido a necessidade de fazer economia, de se negarem, de reforçar o tesouro do Senhor. Eles sentem e dizem: 'Há outros que têm recursos bastante; eles darão para o sustento da revista. Eu não preciso fazer nada. A revista será mantida sem o meu auxílio.'" (PE, 94)

Então, quem de nós ingressou no serviço para esperar as comodidades da vida, para estar de folga quando lhe aprouver, depondo a armadura de soldado e ficando à paisana, dormindo no posto do dever, e expondo assim a causa de Deus ao vitupério? Os que amam o comodismo não praticam a abnegação e pac iente perseverança; e quando há necessidade de homens par a realizarem grandes proezas para Deus, esses não se acham dispostos a responder: "Eis-me aqui; envia-me a mim ." Isa. 6:8. Há trabalho árduo e penoso a ser feito, e felizes os que estiverem dispostos a efetuá-lo quando seus nomes forem chamados. Deus não recompensará homens e mulheres no mundo futuro por procurarem viver comodamente neste mundo (MM, RP, 345)

Em sua incredulidade e amor ao comodismo, congregar am-se nas partes já conquistadas, em vez de avançarem a o cupar novo território. Assim começaram a afastar-se de Deus. P or seu fracasso em executar Seu propósito, tornaram-Lhe impossível cumprir para com eles a promessa de abençoá-los. Não está a igre ja hoje fazendo a mesma coisa? Tendo diante de si o mundo todo em necessidade do evangelho, os professos cristãos congregam-se onde eles mesmos possam desfrutar os privilégios do evangelho. Não sentem a necessidade de ocupar novo território, levando a mensagem da salvação para as regiões de além. Recusam-se a cumprir a ordem de Cristo: "Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura." Mar. 16:15. Serão eles menos culpados do que foi a igreja judaica? (Testimonies, vol. 8, pág. 119.)

Repetidas vezes tenho sido instruída a exortar nosso povo quanto a sua responsabilidade individual de trabalhar, crer, e orar. A recepção da verdade bíblica conduzirá a um contínuo espírito de sacrifício, pois

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o comodismo jamais pode ser encontrado numa experiê ncia cristã. Homens e mulheres verdadeiramente convertidos revel arão a cruz do Calvário em seus atos diários. Há muitos adventistas do sétimo dia que não entendem que aceitar a causa de Cristo significa aceitar Sua cruz. A única evidência de discipulado que provêem em sua vida está no nome que ostentam. Mas o verdadeiro cristão considera sua mordomia como uma coisa sagrada. Ele estuda a Palavra com perseverança, e entrega sua vida ao serviço de Cristo. (MM, Refletindo a Cristo, 279)

Muita coisa está na dependência da incessante atividade dos que são verdadeiros e leais; e por essa razão Satanás põe todo o esforço possível no sentido de impedir o divino propósito a ser levado a efeito por meio do obediente. Ele leva alguns a perderem de vista sua alta e santa missão, e a se tornarem satisfeitos com os prazeres desta vida. Encaminha-os para o comodismo, ou, com o propósito de encontrar maiores vantagens terrenas, a se mudarem dos lugares onde poderiam ser uma força para o bem. Outros ele leva a, desanimados, fugirem do dever, em face de oposição ou perseguição. Mas todos estes são considerados pelo Céu com a mais terna piedade. A cada filho de Deus, cuja voz Satanás tenha conseguido silenciar, é dirigida a pergunta: "Que fazes aqui?" I Reis 19:9. Comissionei-te para que fosses a todo o mundo e pregasses o evangelho, a fim de que o povo fosse preparado para o dia de Deus. Por que estás aqui? Quem te mandou? (PR, 172)

Porventura a separação do mundo, em obediência à ordem divina, nos incapacitará para a obra que o Senhor nos deixou? Estorvar-nos-á de fazer o bem aos que nos rodeiam? - Não; quanto mais firmes estivermos em nosso apego ao Céu, tanto maior será nosso poder de prestatividade. Devemos estudar o Modelo, para que habite em nós o espírito que habitava em Cristo. O Salvador não era encontrado entre os exaltados e honrados do mundo. Não passava Ele o tempo entre os que buscavam sua comodidade e prazer. Trabalhava para ajudar os que careciam de auxílio, para salvar os perdidos e os que estavam prestes a perder-se, para levantar os oprimidos, para despedaçar o jugo dos que se achavam em cativeiro, para curar os doentes, e falar palavras de simpatia e consolação aos tristes e acabrunhados. Somos solicitados a seguir esse exemplo. Quanto mais participarmos do espírito de Cristo, tanto mais procuraremos fazer pelos nossos semelhantes. Havemos de bendizer os necessitados e confortar os entristecidos.

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Possuídos de amor aos que perecem, encontraremos no sso deleite em seguir as pegadas da Majestade do Céu. ... (MM, Nos Lugares Celestiais, 312)

Deus está chamando homens que estejam dispostos a d eixar suas fazendas, negócios , se necessário a família, para se tornarem missionários para Ele. E o chamado será respondido. Tem havido no passado homens que, constrangidos pelo amor de Cristo e pelas necessidades dos perdidos, deixaram os confortos do lar e a sociedade de amigos, inclusive da esposa e filhos, para irem a terras estrangeiras, entre idólatras e selvagens, a fim de proclamar a mensagem de misericórdia. Muitos nessa empreitada perderam a vida, mas outros têm surgido para levar a obra. Assim passo a passo a causa de Cristo tem progredido, e a semente semeada em tristeza tem produzido uma abundante colheita. O conhecimento de Deus tem sido estendido amplamente, e a bandeira da cruz plantada em terras pagãs. (AA, 370)

Meus irmãos, guardai-vos de um coração mau e incrédulo. A Palavra de Deus é clara e escrupulosa nas suas restrições. Vai de encontro às vossas inclinações egoístas, por isso não lhe obedeceis. Os Testemunhos do Espírito dirigem a vossa atenção às Escrituras, assinalam os vossos defeitos de caráter, e reprovam os vossos pecados; por isso não atentais neles. E para justificardes a vossa conduta carnal, amante do comodismo, começais a duv idar de que os Testemunhos sejam de Deus . Se obedecêsseis aos seus ensinos, adquiriríeis a certeza de sua divina origem. Lembrai-vos de que a vossa dúvida não afetará a sua veracidade. Se são de Deus, ficarão de pé. (II, TS, 288 e 289)

Satanás está constantemente procurando introduzir desconfiança, alienação e malícia entre o povo de D eus . Somos muitas vezes tentados a sentir que nossos direitos estão sendo usurpados mesmo quando não há causa real para tais sentimentos. Aqueles cujo amor por si mesmos é mais forte que por Cristo e Sua causa, colocarão seus próprios interesses em primeiro lugar, e valer-se-ão de quase qualquer expediente a fim de guardá-los e mantê-los. Mesmo muitos que parecem ser cristãos conscienciosos são, pelo orgulho e presunção, impedidos de ir particularmente àquele a quem consideram em erro, a fim de falar-lhe no espírito de Cristo e juntos orarem um pelo outro. Quando se consideram ofendidos pelo irmão,

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alguns vão até aos tribunais, em vez de seguirem a regra dada pelo Salvador. (AA, 305)

O apóstolo ordenou aos crentes coríntios a atenderem às lições contidas na experiência de Israel. "Estas coisas foram-nos feitas em figuras, para que não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram." I Cor. 10:6. Ele mostrou como o amor ao conforto e aos prazeres tinha preparado o caminho para os pecados que atraí ram a notável vingança de Deus. Foi quando os filhos de Israel se assentaram a comer e a beber, e se levantaram para folgar, que s e afastaram do temor de Deus, o qual haviam experimentado quando presenciaram a entrega da lei; e, fazendo um bezerr o de ouro para representar a Deus, o adoraram. E foi depois de haverem fruído um banquete licencioso relacionado com a adoração de Baal-Peor, que muitos dos filhos de Israel caíram por causa da licenciosidade. A ira de Deus se levantou e a Seu mando "vinte e três mil" (I Cor. 10:8) foram feridos pela praga num dia. (AA, 316)

Hoje os ministros de Cristo deveriam ter o mesmo testemunho que a igreja de Corinto deu dos trabalhos de Paulo. Mas conquanto neste tempo haja muitos pregadores, há grande escas sez de pastores santos e capazes - homens cheios do amor q ue havia no coração de Cristo. O orgulho, a confiança própria, o amor do mundo, o criticismo, o rancor, a inveja são os frutos que apresentam muitos que professam a religião de Cristo. Sua vida, em evidente contraste com a vida do Salvador, não raro dá mau testemunho do caráter da obra ministerial sob a qual se converteram. (AA, 328)

Entregando-nos a Deus, temos necessariamente de renunciar a tudo que dEle nos separe. Por isso diz o Salvador: "Qualquer de vós que não renuncia a tudo quanto tem não pode ser Meu discípulo." Luc. 14:33. Tudo que afaste de Deus o coração, tem de ser renun ciado. Mamom é o ídolo de muitos. O amor do dinheiro, a am bição de fortuna, é a cadeia de ouro que os liga a Satanás. Fama e honras mundanas são idolatradas por outros. Uma vida de co modidade egoísta, isenta de responsabilidade, constitui o íd olo de outros. Mas estas cadeias escravizadoras têm de ser partidas. Não podemos pertencer metade ao Senhor e metade ao mundo. Não somos filhos de Deus a menos que o sejamos totalmente. (CC, 44)

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Muitas pessoas que, mediante o amor do lucro ou da comodidade, nada quereriam ter no restringir o comé rcio das bebidas, verificaram, demasiado tarde, que esse com ércio tinha que ver com elas . Viu seus próprios filhos embrutecidos e arruinados. A anarquia anda a rédeas soltas. Corre risco a propriedade. A vida não está em segurança. Multiplicam-se os acidentes por terra e mar. Doenças que crescem nos antros da imundícia e da miséria abrem caminho até aos lares senhoriais e luxuosos. Os vícios fomentados pelos filhos da depravação e do crime infectam filhos e filhas de casas distintas e cultas. (CBV, 345)

O Senhor designa que a luz que Ele nos deu sobre as Escrituras resplandeça com raios claros e brilhantes; e é o dever de nossos colportores fazer um esforço forte e unido para que o desígnio de Deus seja cumprido. Uma grande e importante obra está diante de nós. O inimigo das almas reconhece isto, e está empregando todos os meios em seu poder para levar o colportor a buscar algum outro ramo de trabalho. Este estado de coisas deve mudar-se. Deus chama os colportores a voltar à obra. Ele chama voluntários que ponham na obra todas as energias e conhecimentos, ajudando on de quer que haja oportunidade. O Mestre chama a cada um para fa zer a parte que lhe foi dada, segundo sua habilidade. Quem resp onderá ao chamado? Quem sairá para trabalhar na sabedoria, na graça e amor de Cristo pelos que estão perto e longe? Quem quererá sacrificar a comodidade e o prazer, e entrar nos lugares do erro, da superstição e das trevas, trabalhando zelosa e perseverantemente, falando a verdade em simplicidade, orando em fé, fazendo o trabalho de casa em casa? Quem neste tempo quererá sair fora do arraial, imbuído do poder do Espírito Santo, levando o injúria por amor de Cristo, abrindo as Escrituras ao povo e chamando-o ao arrependimento? (Colportor Evangelista, 13)

As igrejas em que se acham estabelecidas escolas, bem podem tremer ao se verem depositárias de responsabilidades morais demasiado grandes para serem expressas por palavras. Há de esta obra, nobremente iniciada, falhar ou enfraquecer po r falta de consagrados obreiros? Hão de os projetos e ambições egoístas achar lugar nesse empreendimento? Hão de os obreiro s permitir que o amor do ganho, o amor da comodidade, a falta de piedade, excluam Cristo de seu coração e O eliminem da escol a? De modo

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nenhum! A obra já está bastante adiantada. No ramo educativo, tudo está arranjado para uma zelosa reforma, para uma educação mais verdadeira, mais eficaz. Há de nosso povo aceitar esse santo legado? Humilhar-se-ão eles ao pé da cruz do Calvário, prontos para todo sacrifício e todo serviço também? (CSE, 190)

"Porque tudo isso é por amor de vós", declarou, "para que a graça, multiplicada por meio de muitos, torne abundante a ação de graças, para glória de Deus." II Cor. 4:15. Não para o engrandecimento próprio pregavam os apóstolos o evangelho. Era a esperança de salvar almas que os levava a devotar a vida a este trabalho. E era esta esperança que os livrara de cessar seus esforços pelo temor d os perigos que os ameaçavam ou do sofrimento real. (AA, 332)

Os homens são tentados a usar seus bens em benefício próprio, na satisfação do apetite, no adorno pessoal ou no embelezamento de seus lares. Para estas coisas muitos membros da igreja não hesitam em gastar livremente, e até extravagantemente. Mas quando solicitados a dar para o tesouro do Senhor, a fim de que se promova Sua obra na Terra, titubeiam. Talvez, sentindo que não podem escapar à conjuntura, dão uma importância tão insignificante que não raro gastam com coisas desnecessárias. Não manifestam nenhum amor real pelo serviço de Cristo, nenhum fervente interesse na salvação de al mas. Não admira que a vida cristã de tais criaturas seja uma existência atrofiada e enfermiça! (AA, 338)

Os escritos de Paulo mostram que o ministro do evangelho deve ser um exemplo das verdades que ensina, "não dando... escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado". De sua própria obra deixou-nos um quadro em sua carta aos crentes coríntios: "Tornando-nos recomendáveis em tudo; na muita paciên cia, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, nos açoi tes, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns, na pureza, na ciência, na longanimidade, na benignidad e, no Espírito Santo, no amor não fingido, na palavra da verdade, no poder de Deus, pelas armas da justiça, à direita e à esquerd a, por honra e por desonra, por infâmia e por boa fama; como engan adores, e sendo verdadeiros; como desconhecidos, mas sendo be m conhecidos; como morrendo, e eis que vivemos; como castigados,

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e não mortos; como contristados, mas sempre alegres ; como pobres, mas enriquecendo a muitos. " II Cor. 6:3 e 4-10. (AA, 369)

As fervorosas palavras de súplica do apóstolo não f icaram sem fruto. O Espírito Santo operou com forte poder, e m uitos cujos pés se haviam desviado para caminhos estranhos, retorna ram a sua primeira fé no evangelho . Daí em diante ficaram firmes na liberdade com que Cristo os havia libertado. Na vida deles foram revelados os frutos do Espírito - "amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio". Gál. 5:22 e 23. O nome de Deus fora glorificado e muitos foram acrescentados ao número dos crentes em toda aquela região. (AA, 388)

Entrementes, seus belicosos vizinhos, os filisteus, estavam em atividade. Depois da derrota em Ebenézer, tinham ainda conservado a posse de algumas fortalezas nas colinas, na terra de Israel; e agora estabeleceram-se no centro mesmo do país. Em recursos, armamentos e aparato militar, os filisteus tinham grande vantagem sobre Israel. Durante o longo período de seu domínio opressivo, esforçaram-se eles por fortalecer o seu poder, proibindo aos israelitas praticar o ofício de ferreiro, com o receio de que fizessem armas de guerra. Depois da conclusão da paz, os hebreus ainda haviam recorrido às guarnições filistéias para obter tais trabalhos conforme eram necessários. Dirigidos pelo amor à comodidade, e pelo espírito vil causado pela longa opressão, os homens de Israel tinham em grande part e negligenciado prover-se de armas de guerra . Arcos e fundas eram usados na guerra e estes podiam os israelitas obter; mas nenhum havia entre eles, com exceção de Saul e seu filho Jônatas, que possuísse lança ou espada. I Sam. 13:22. (PP, 616)

Muitos dos professos seguidores de Cristo não sentem mais preocupação pelas almas do que o faz o mundo. A concupiscência dos olhos e a soberba da vida, o amor à ostentação, o amor à comodidade, separam de Deus os professos cristãos, e o espírito missionário, em realidade, só existe em poucos. Que pode, porém, ser feito para abrir os olhos desses pecadores em S ião, e fazer tremer os hipócritas? General Conference Bulletin, 1893, pág. 132. (SC, 35 e 36)

Os que possuem mente carnal, não podem compreender a sagrada força da verdade vital de que depende sua s alvação,

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devido a nutrirem no coração orgulho, amor do mundo e à comodidade, egoísmo, cobiça, inveja, ciúmes, concup iscência, ódio e todo mal. Caso vencessem essas coisas, poder iam ser participantes da natureza divina . Muitos deixam as positivas verdades da Palavra de Deus, e negligenciam seguir a luz que lhes ilumina claramente o caminho; tentam descobrir segredos não plenamente revelados, conjecturar, falar e discutir acerca de questões que não são chamados a compreender, as quais não têm que ver especialmente com sua salvação. Milhares de pessoas têm sido assim iludidas por Satanás. Negligenciaram a fé e o dever presentes, os quais são claros e compreensíveis para todos quantos se acham na posse de suas faculdades de raciocínio; fixaram-se sobre teorias duvidosas e textos que não podiam compreender, e erraram com relação à fé; têm uma fé confusa. (I TS, 288)

Em nosso convívio na sociedade, em famílias, ou em quaisquer relações da vida em que sejamos colocados, limitadas ou vastas que sejam, há muitas maneiras por que podemos confessar a nosso Senhor, e muitos modos pelos quais O podemos negar. Podemos negá-Lo por nossas palavras, falando mal de outros, por conversas levianas, gracejos e chocarrices, por pal avras ociosas ou cruéis, ou por prevaricar, falando contr ariamente à verdade. Por nossas palavras podemos confessar que Cristo não está em nós . Quanto ao nosso caráter, podemos negá-Lo pelo amor da comodidade, esquivando-nos aos deveres e responsabilidades da vida que devem recair sobre outros, se nós não os assumirmos, e amando os prazeres pecaminosos. Podemos também negar a Cristo pelo orgulho no vestuário e conformidade com o mundo, por uma conduta descortês. Podemos negá-Lo pelo amor às nossas próprias opiniões, buscando sustentar e justificar o próprio eu. Também O podemos negar permitindo a mente girar em torno do sentimentalismo amoroso, e demorando os pensamentos sobre nossa suposta dura sorte, nossas provações. (I TS, 339)

Pessoa alguma, seja rica seja pobre, pode glorifica r a Deus por uma vida de indolência. Todo o capital possuído pel os pobres, é o tempo e as forças físicas; e muitas vezes isto é ga sto no amor da comodidade e em descuidosa indolência, de modo que nada têm para levar a seu Senhor em dízimos e ofertas. Se a homens cristãos falta sabedoria para trabalhar da maneira mais prov eitosa, e fazer

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dedicado emprego de suas faculdades físicas e menta is, deveriam ter humildade e mansidão de espírito para receber c onselhos de seus irmãos, de modo que o melhor discernimento del es lhes possa suprir as deficiências . Muitos pobres agora satisfeitos com não fazer coisa alguma em benefício de seus semelhantes e para o progresso da causa de Deus, muito poderiam fazer, caso o quisessem. São tão responsáveis diante de Deus por seu capital de forças físicas, como é o rico pelo capital em dinheiro. (I TS, 380)

Sua vida nos reprova a indiferença e frieza. Achamo-nos próximo ao fim do tempo, tempo em que Satanás desceu, tendo grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo. Está operando com todo o engano da injustiça naqueles que perecem. Por nosso grande Líder foi deixado em nossas mãos o conflito, para que o levem os avante com vigor . Não estamos fazendo a vigésima parte do que poderíamos fazer se estivéssemos alerta. A obra é retardada pelo amor da comodidade e falta do espírito de abnegação de que nosso Salvador nos deu exemplo em Sua vida . Carecemos de cooperadores de Cristo, de homens que sintam a necessidade de mais extensos esforços. A obra de nossos prelos não deve diminuir, mas duplicar. Devem-se estabelecer escolas em vários lugares a fim de educar nossos jovens em preparo para seu trabalho na divulgação da verdade. (I TS, 388)

Cristo procura reproduzir-Se no coração dos homens; e faz isto por intermédio daqueles que nEle crêem. O objetivo da vida cristã é a frutificação - a reprodução do caráter de Cristo no crente, para que Se possa reproduzir em outros. (MM, Exaltai-o, 275)

Quando Cristo disse ao tentador: "Não só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que procede da boca de D eus" , repetiu as palavras que, mais de mil e quatrocentos anos antes, Ele dissera a Israel. E as mesmas palavras estão escritas para nossa admoestação. Devemos comungar com Aquele que nos dá vida, Aquele que conserva o coração em atividade e o pulso batendo. Deus está concedendo o fôlego de vida a cada membro de Sua grande família aqui em baixo. Ele merece a sua sincera reverência, sua fervorosa devoção. Quando considera o que Ele tem feito em seu favor, como pode você deixar de amá-Lo? Ele lhe deu o Seu Filho como propiciação pelo

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pecado, a fim de que você pudesse colocar-se em terreno firme com Deus. (MM, CT, 192)

Se você confia em sua própria força e sabedoria, certamente falhará. Deus pede inteira e completa consagração, e não aceitará qualquer coisa aquém disso. Quanto mais difícil for a sua posição, tanto mais necessitará de Jesus. O amor e o temor de Deus conservaram a José puro e incontaminado na corte do rei. ... (MM, CT, 93)

Olhar para si mesmo não lhe dará luz, nem esperança, nem paz. Quanto mais você contemplar e ponderar essas coisas, tanto mais triste e desanimado ficará. Você agrada ao inimigo de Deus e da raça humana ao continuar na caverna das trevas, onde não há um raio da Luz da vida . ... (MM, CT, 126)