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Prezado (a) Cidadão e Cidadã, N ós, servidores do Poder Judiciário, decidimos na as- sembleia geral de 6 de junho promover uma paral- isação de 48 horas na quarta e na quinta próximas, para alertar as autoridades sobre o impasse da votação do nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração. Desde 2008 fazemos esforços para aprovar esse plano, que foi enviado ao Congresso no ano seguinte. No entanto, ele está parado desde 2010 na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. Três presidentes já passaram pelo Supremo Tribunal Federal nesse período. Promessas e acordos já foram fei- tos e descumpridos. Perdemos a conta das medidas pro- telatórias adotadas pelo governo. A Comissão de Finanças e Tributação é uma das bar- reiras à viabilização do nosso plano, seguindo a orienta- ção do governo Dilma de conceder reajuste zero para o funcionalismo público. Não dá mais para tolerar a enrolação. Temos pres- sa, pois além da enorme defasagem salarial acumulada desde o último reajuste em 2006, o Congresso Nacional entra em recesso em julho. E, em razão das eleições mu- nicipais, os trabalhos legislativos só serão retomados em novembro. Nosso projeto tem todas as condições legais e téc- nicas para ser aprovado. Falta somente vontade política. Prova disso é que o Executivo ignorou a inclusão do PL 6613 na proposta orçamentária encaminhada pelo Judi- ciário no ano passado. Não queremos causar transtornos a você que pre- cisa dos serviços da Justiça, mas não temos outra escolha senão paralisar as nossas atividades para forçar um acor- do entre os Três Poderes que leve à aprovação do nosso plano de cargos. Durante a paralisação vamos manter os serviços es- senciais em funcionamento, como determina a lei, mas é claro que a rotina dos tribunais será alterada. Contamos com a sua compreensão! Exigir a atual- ização de nossos salários que não são reajustados há seis anos é um direito cristalino de nossa categoria. Servi- dores insatisfeitos e injustiçados não podem oferecer um serviço público de qualidade, como você merece. Não podemos ajudar a fazer Justiça sofrendo ta- manha injustiça. O desrespeito contra nós é tão grande que muitos de nossos colegas estão preferindo se afastar da carreira, atraídos por melhores salários na iniciativa privada. Esperamos que a nossa paralisação contribua para a solução do impasse, que causa transtornos para nós e para você, usuário dos serviços da Justiça. Contamos com a sua solidariedade, e esperamos re- solver essa situação humilhante o mais rápido possível. Servidores do Poder Judiciário (61) 3212-2613 • www.sindjusdf.org.br

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Prezado (a) Cidadão e Cidadã,

Nós, servidores do Poder Judiciário, decidimos na as-sembleia geral de 6 de junho promover uma paral-isação de 48 horas na quarta e na quinta próximas,

para alertar as autoridades sobre o impasse da votação do nosso Plano de Cargos, Carreira e Remuneração.

Desde 2008 fazemos esforços para aprovar esse plano, que foi enviado ao Congresso no ano seguinte. No entanto, ele está parado desde 2010 na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados.

Três presidentes já passaram pelo Supremo Tribunal Federal nesse período. Promessas e acordos já foram fei-tos e descumpridos. Perdemos a conta das medidas pro-telatórias adotadas pelo governo.

A Comissão de Finanças e Tributação é uma das bar-reiras à viabilização do nosso plano, seguindo a orienta-ção do governo Dilma de conceder reajuste zero para o funcionalismo público.

Não dá mais para tolerar a enrolação. Temos pres-sa, pois além da enorme defasagem salarial acumulada desde o último reajuste em 2006, o Congresso Nacional entra em recesso em julho. E, em razão das eleições mu-nicipais, os trabalhos legislativos só serão retomados em novembro.

Nosso projeto tem todas as condições legais e téc-nicas para ser aprovado. Falta somente vontade política. Prova disso é que o Executivo ignorou a inclusão do PL 6613 na proposta orçamentária encaminhada pelo Judi-ciário no ano passado.

Não queremos causar transtornos a você que pre-cisa dos serviços da Justiça, mas não temos outra escolha senão paralisar as nossas atividades para forçar um acor-do entre os Três Poderes que leve à aprovação do nosso plano de cargos.

Durante a paralisação vamos manter os serviços es-senciais em funcionamento, como determina a lei, mas é claro que a rotina dos tribunais será alterada.

Contamos com a sua compreensão! Exigir a atual-ização de nossos salários que não são reajustados há seis anos é um direito cristalino de nossa categoria. Servi-dores insatisfeitos e injustiçados não podem oferecer um serviço público de qualidade, como você merece.

Não podemos ajudar a fazer Justiça sofrendo ta-manha injustiça. O desrespeito contra nós é tão grande que muitos de nossos colegas estão preferindo se afastar da carreira, atraídos por melhores salários na iniciativa privada.

Esperamos que a nossa paralisação contribua para a solução do impasse, que causa transtornos para nós e para você, usuário dos serviços da Justiça.

Contamos com a sua solidariedade, e esperamos re-solver essa situação humilhante o mais rápido possível.

Servidores do Poder Judiciário

(61) 3212-2613 • www.sindjusdf.org.br