45redemocratização e populismo - dutra a jk

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    PR-VESTIBULARLIVRO DO PROFESSOR

    HISTRIA

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    2006-2008 IESDE Brasil S.A. proibida a reproduo, mesmo parcial, por qualquer processo, sem autorizao por escrito dos autores e dodetentor dos direitos autorais.

    ProduoProjeto e

    Desenvolvimento Pedaggico

    Disciplinas Autores

    Lngua Portuguesa Francis Madeira da S. Sales Mrcio F. Santiago Calixto Rita de Ftima Bezerra

    Literatura Fbio DvilaDanton Pedro dos Santos

    Matemtica Feres Fares Haroldo Costa Silva Filho Jayme Andrade Neto Renato Caldas Madeira Rodrigo Piracicaba Costa

    Fsica Cleber Ribeiro Marco Antonio Noronha Vitor M. Saquette

    Qumica Edson Costa P. da Cruz Fernanda Barbosa

    Biologia Fernando Pimentel Hlio Apostolo Rogrio Fernandes

    Histria Jefferson dos Santos da SilvaMarcelo PiccininiRafael F. de Menezes

    Rogrio de Sousa Gonalves Vanessa Silva

    Geografa Duarte A. R. Vieira

    Enilson F. Venncio Felipe Silveira de Souza

    Fernando Mousquer

    I229 IESDE Brasil S.A. / Pr-vestibular / IESDE Brasil S.A.

    Curitiba : IESDE Brasil S.A., 2008. [Livro do Professor]

    696p.

    ISBN: 978-85-387-0574-1

    1. Pr-vestibular. 2. Educao. 3. Estudo e Ensino. I. Ttulo.

    CDD 370.71

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    A Revoluode 1930 e

    a Era Vargas

    Os movimentos operrio e tenentista demons-traram que o pacto poltico das oligarquias, no maisconseguia abranger todas as foras sociais maisimportantes do pas.

    As oligarquias no passaram inertes pela crisede 1929 e o desgaste econmico facilitou a derrubadado governo de Washington Luis pela Revoluo de

    1930 que deu origem a Era Vargas. Neste mdulo,analisaremos as duas primeiras fases da Era Var-gas o Governo Provisrio (1930-1934) e o GovernoConstitucional (1934-1937) e como Vargas procuroucontemplar os interesses das principais foras pol-

    ticas do pas.

    A Revoluo de 1930

    Para entendermos a Revoluo de 1930 e seusdesdobramentos, temos que analisar com ateno

    os ltimos momentos da Repblica Oligrquica nogoverno de Washington Lus (1926-1930). A crisede 1929 afetou profundamente a economia brasilei-ra, pois o crdito estrangeiro destinado para a ma-nuteno dos estoques foi cessado, assim como seretraiu o consumo do caf no mercado internacional.O resultado foi a falncia de muitos cafeicultores e odesgaste da poltica de valorizao do caf institudapelo Convnio de Taubat de 1906.

    Diante da crise internacional, Washington Luis,representante da oligarquia paulista, resolveu rom-per com a poltica do caf-com-leite, indicando Jlio

    Prestes, tambm paulista, como seu sucessor aoinvs do governador de Minas Gerais Antnio Carlos

    Ribeiro de Andrada. Washington Luis acreditava quesomente um presidente paulista poderia zelar pelavalorizao do caf aps a crise de 1929.

    Antnio Carlos resolveu articular uma coalizoque contou com o apoio de oligarquias dissidentescomo o Rio Grande do Sul do ento governador Get-lio Vargas que virou candidato presidente da Alian-a Liberal, nome dado coalizo que recebeu aindao apoio da Paraba, do candidato vice-presidnciaJoo Pessoa. A classe mdia tambm se integrou Aliana Liberal por meio do Partido Democrtico edo jornal O Estado de So Paulo.

    Apesar da participao de representantes dasantigas oligarquias, as propostas da Aliana Liberaldefendiam a instituio do voto secreto, anistia pol-

    tica aos presos polticos e leis trabalhistas, fazendocom que a Aliana Liberal recebesse ainda a adesoda massa popular e dos tenentes, com exceo dePrestes. Este, j aproximado aos ideais comunistas,denunciava a presena de vrios membros do go-verno oligrquico na aliana Liberal, a exemplo deEpitcio Pessoa, entre outros.

    Apesar da grande mobilizao, a vitria naseleies foi de Jlio Prestes, deixando indignadospolticos como Getlio Vargas, Lindolfo Collor, Oswal-do Aranha, Gis Monteiro e Borges de Medeiros. Emmeio s insatisfaes, Joo Pessoa, ento governadorda Paraba foi assassinado. Joo Pessoa sofria forteoposio de coronis do interior apoiados pelos pau-listas, mas foi assassinado por Luis Dantas numaconfeitaria em Recife, no dia 26 de julho de 1930.

    O assassinato de Joo Pessoa, frequentementenoticiado nos meios de comunicao, acabou ser-vindo de bandeira de luta do grupo que, no dia 3 deoutubro de 1930, marchou do Rio Grande do Sul em

    direo ao Rio de Janeiro sob o comando do tenente-coronel Gis Monteiro. No dia 24 de outubro, os

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    generais Mena Barreto e Tasso Fragoso derrubaramWashington Luis: era a Revoluo de 1930. GetlioVargas assumia a chefia do Governo Provisrio.

    Vargas chegando ao poder.

    Domniopblico.

    Quem foi Getlio Vargas (1882-1954)?

    Nascido em uma famlia rica de fazendeirosde So Borja (RS), Vargas estudou Direito e, pelasmos de Borges de Medeiros, chefe da oligarquia

    gacha, ingressou na vida poltica em 1909 comodeputado estadual. Depois de seguidos man-datos, foi eleito, em 1922, deputado federal. FoiMinistro da Fazenda no governo Washington Lus(1926-1930), por indicao de Borges Medeiros.Em 1927 elegeu-se governador do Rio Grande doSul. Derrotado nas eleies presidenciais de 1930,deixou o governo federal para dirigir o levante queo conduziria ao poder.

    O governo provisriode Vargas (1930-1934)

    Aps a conjuntura que levou famosa Revoluode 1930, que mudaria o quadro poltico brasileiro,representando a ruptura com a poltica do caf-com--leite, Vargas se viu em um quadro que envolvia vriosgrupos polticos. As oligarquias tradicionais foramalijadas do poder e, por isso, reivindicavam a cons-

    titucionalizao do Brasil e o retorno da democracia,

    ambicionando a vitria nas eleies; os oficiais inte-gralistas, que influenciados pelo fascismo defendiama formao de um governo fortemente centralizador

    com medidas econmicas nacionalistas (nacionaliza-o de bancos estrangeiros e de riquezas minerais)por meio do Clube Trs de Outubro; e os militareslegalistas, que defendiam a manuteno da ordem,dentre outros conflitos ideolgicos surgidos.

    neste contexto que Vargas se destaca como oconciliador, tomando atitudes que procuraram dealguma maneira conciliar todas as classes envolvidasnessa problemtica como a nomeao de intervento-res em diversos estados em substituio aos antigosgovernadores, vinculados poltica oligrquica. Osinterventores, na maioria, eram nomeados entre os

    tenentes, os quais j tinham promovido movimentosde questionamento Repblica Velha - os chamadosMovimentos Tenentistas como a Revolta do Fortede Copacabana de 1922 e a Coluna Prestes.

    A Revoluo Constitucionalistade 1932

    Estes tenentes interventores eram escolhidospor Getlio Vargas e nem sempre eram nativos doestado que lhes eram determinados. Um exemplodisso ocorreu no estado de So Paulo, com a nome-ao do interventor Joo Alberto que era tenentepernambucano. Os paulistas exigiam um interventorcivil e paulista para o estado.

    Aliado a esta conjuntura, temos a perda da he-

    gemonia poltica de So Paulo, antes garantida pelapoltica do caf-com-leite, a cobrana dos paulistaspelo direito de nomear seus prprios representantese ainda as reivindicaes devido ausncia de Cons-

    tituio, pois ao assumir o poder, uma das medidastomadas por Vargas foi a suspenso da Constituiode 1891. Dessa forma passou a governar atravs dedecretos-leis o que no agradou as lideranas pau-listas. Diante desta conjuntura eclodiu no Brasil, aRevolta Constitucionalista de 1932, em So Paulo.

    Domnio

    pblico.

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    Para tentar resolver esta questo provocada porpresses dos paulistas, Vargas fez vrias concessescomo a nomeao de Pedro de Toledo (paulista civil)para interventor, em 1.ode maro de 1932, a publica-o em 24 de fevereiro do mesmo ano do novo Cdigo

    Eleitoral e o anteprojeto de Constituio, marcandoas eleies da Assembleia Constituinte para 3 demaio de 1933. Oswaldo Aranha foi enviado a So Pau-lo para realizar a formao de um novo secretariadopara governo estadual.

    No dia seguinte, 23 de maio, estudantes pro-testaram na rua contra a presena de Aranha e 4deles, Martins, Miragaia, Drusio e Camargo, foramassassinados tornando-se smbolos do movimento.As iniciais de seus nomes foram tomadas como siglapela organizao civil que encabearia a resistnciaao governo central (MMDC). E apesar das conces-

    ses, o Partido Republicano Paulista uniu-se ao Par-tido Democrtico formando a Frente nica Paulista(FUP) iniciando a revoluo em 9 de julho de 1932,sob o comando de Isidoro Dias Lopes. Porm, estapraticamente no contou com a adeso de outrosestados e foi esmagado por Vargas.

    Para tentar pacificar o estado de So Paulo econsolidar as bases de seu poder, Vargas fez am-plas concesses no terreno financeiro, abstendo--se de indicar tenentes para o governo Estaduale, no menos importante, confirmando a data de3 de maio de 1933 para as eleies AssembleiaConstituinte. Apesar da fora que havia adquirido,Vargas no conseguiu fazer com que a AssembleiaConstituinte invertesse a ordem dos trabalhospara realizar logo de incio as eleies presiden-ciais. Uma proposta nesse sentido, em fevereiro de1934, foi interpretada como tentativa de domesti-

    car a Assembleia e devidamente arquivada.

    Diante desta conjuntura foi promulgada, em 16de julho, a Constituio de 1934que tinha as prin-cipais caractersticas:

    manuteno do regime federativo, presi-dencialista e dos trs poderes (Executivo,Legislativo e Judicirio);

    extino do cargo de vice-presidente;

    voto secreto e eleies diretas para os pode-

    res Executivo e Legislativo da Unio, Estadose Municpios;

    deputados classistas (representantes declasses sindicais);

    voto feminino;

    criao do Ministrio do Trabalho;

    presena de leis trabalhistas (proibio dediferenas salariais de acordo com o sexo,idade, nacionalidade ou estado civil; salriomnimo; jornada de trabalho de oito horasdirias; descanso semanal; indenizaodo trabalhador demitido sem justa causa,proibio para o trabalho de menores de 14anos etc.);

    ensino primrio obrigatrio e gratuito;

    previa nacionalizao dos bancos e empresasde seguro.

    No dia seguinte, a promulgao da Constituiorealizou-se uma eleio na qual Vargas foi eleito pelovoto indireto da Cmara para um mandato at 3 demaio de 1938, sem direito a reeleio.

    O governo constitucionalde Vargas (1934-1937)

    Faz-se necessria, neste momento, uma refern-cia Histria Geral, no tocante conjuntura europeia,

    palco do fervilho de ideologias que acabaram por dis-putar seus espaos de influncia tambm no Brasil.

    Em 1933 chega ao poder na Alemanha AdolfHitler criador de uma ideologia que se difundiu pelomundo o Nazismo. Alm de Hitler, temos BenitoMussolini na Itlia, um dos grandes responsveis pelacriao e difuso do Fascismo, j na dcada de 1920.Ao lado destes governos, temos em 1917 a realizaoda Revoluo Russa um exemplo de nao com ogoverno de orientao comunista. Essas ideologias

    tiveram grande campo aps a 1.oGuerra Mundial, poisa Europa se encontrava em grande parte destruda

    aps o conflito e qualquer ideologia que inflamasse onacionalismo e reformas sociais nestas naes, teriaagora um bom campo para se desenvolver.

    No Brasil, vemos estas ideologias traduzidas eadaptadas em duas frentes conhecidas como a AoIntegralista Brasileira (AIB), de inspirao fascista,que foi organizada em 1932, por Plnio Salgado e tevegrande apoio dos setores conservadores (oligarquias

    tradicionais, empresrios, membros do alto clero eda alta hierarquia militar). Era anticomunista e de-fendia noManifesto Nao Brasileira, a formaode um regime ditatorial nacionalista e unipartidrio,

    alm da manuteno da propriedade privada (Deus,Ptria e Famlia).

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    Plnio Salgado: lder do IntegralismoBrasileiro.

    Domniopblico.

    J a Aliana Nacional Libertadora (ANL), soba liderana do Partido Comunista Brasileiro e de LuisCarlos Prestes, foi fundada como oposio ao inte-gralismo e tinha como base de apoio o movimentocomunista, operrios, membros da classe mdia eliberais-democratas. Defendia a reforma agrria,cancelamento da dvida externa, nacionalizao deempresas estrangeiras e a formao de um gover-no popular-democrtico. Porm, esta foi declarada

    ilegal em 1935.

    Temos como grande destaque do movimentode base comunista no Brasil, a Intentona Comunis-

    ta (1935), que tinha em sua composio militarese elementos populares em Natal, Recife e Rio deJaneiro que se insurgiram sob a liderana de Luis

    Carlos Prestes, mas foram rapidamente sufocadospelo governo federal, que decretou estado de stiono Brasil.

    Vargas procurou tirar proveito diante destaradicalizao ideolgica. Segundo a eleio queVargas se submeteu, no poderia mais se reeleger.A manuteno do poder s poderia vir a partir deum golpe, mas para que se justificasse tal atitudeo Brasil teria que estar passando por uma situaode ameaa na qual, para sua conteno, seria ne-cessrio um lder de punho forte. Neste momento,um dos grandes viles se encontrava personalizado

    na figura do comunismo, pois tinha como ideologiao fim da propriedade privada, o que no agradavanem os latifundirios, nem os burgueses. Alm distoo comunismo contrrio s religies, sendo a Igrejaoutro adversrio que tinha pela frente. Enfim, a con-

    juntura era perfeita para a realizao de um golpe namanuteno dos interesses dos grupos diretamenteafetados pelo comunismo.

    Diante da Intentona Comunista, a ameaa co-munista se tornou muito clara. Diante desta conjuntu-ra, Vargas simulou um suposto plano comunista para

    tomar o poder no Brasil, isto , seria um plano feitopela ANL para dominar o Brasil, que na verdade foiredigido por Olmpio Mouro (integralista) a mandode Vargas, plano este que prolongaria o estado destio devido ameaa socialista.

    Seria necessrio um lder capaz de sufocar tal

    ameaa, um lder personalizado na figura de GetlioVargas. Este fator facilitou a formao do Golpe de1937, que prolongou o poder nas mos de Vargas.Este plano ficou conhecido como Plano Cohen (1937).O novo ou o prolongamento do Governo de Vargasficou conhecido como Estado Novo.

    A descoberta do Plano Cohen foi divulgadapela Hora do Brasil , tal descoberta provocouuma torrente de apoio a Getlio Vargas, com ma-nifestaes do clero, empresariado, intelectuias eestudantes. No dia 1.ode novembro, Plnio Salgadopromoveu no Rio de Janeiro um enorme desfileintegralista em homenagem ao chefe do governoe retirou sua candidatura a presidncia. Logoem seguida, a imprensa noticiou uma estranhamisso que acabava de ser cumprida pelo depu-

    tado Negro de Lima junto aos governadores doNorte e do Nordeste (menos os de Pernambuco e

    da Bahia). Esse emissrio fora incumbido de darcincia do que preparava os governadores, e deobter a colaborao dos mesmos.

    Estado Novo (1937-1945)

    Aps o Plano Cohen e o golpe de 1937, Vargasgovernou o pas num sistema ditatorial, extrema-mente repressivo e restritivo quanto s liberdades

    individuais. Estado de stio e censura aos meios decomunicao eram meios de silenciar a oposio demaneira violenta, vitimando figuras importantes,

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    como a judia Olga Benrio, esposa de Luis CarlosPrestes, presa pela polcia secreta de Vargas e envia-da para um campo de concentrao europeu.

    Neste perodo a industrializao brasileiraavanou a passos largos por meio de uma poltica

    estatal de gerao de indstrias de base. A eclosoda Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e o estmuloa substituio de importaes tambm contribuirampara a industrializao, mas lanaram a sociedadebrasileira numa campanha em prol da redemocrati-zao do Brasil, desgastando o Estado Novo e con-

    tribuindo para o fim da Era Vargas.

    Frente conjuntura do Plano Cohen e com apoiode vrios setores sociais brasileiros, assim comodos generais Eurico Gaspar Dutra e Gis Monteiro,e de vrios governadores, Vargas determinou o fe-chamento do Congresso Nacional e dos legislativos

    estaduais e municipais. Ogolpe de 1937suspendeuas eleies presidenciais, extinguiu os partidos pol-

    ticos, revogou a Constituio de 1934 e implantou aConstituio de 1937, baseada na carta fascista daPolnia (Constituio Polaca) e redigida por FranciscoCampos. Entre os princpios da Constituio de 1937podemos citar:

    controle do Executivo sobre os demais pode-res e sobre os estados;

    criao do estado de emergncia o pre-sidente poderia suspender as imunidades

    parlamentares, prender e exilar;instalao da pena de morte;

    proibio de greves;

    instalao da censura aos meios de comu-nicao;

    criao do Conselho de Economia Nacional,composto por representantes das classes sin-dicais e patronais, determinando a racionali-zao econmica e desenvolvimento tcnico(interveno do estado na economia).

    Diante das atitudes de Vargas em relao ameaa comunista, como a colocao da ANL na ile-galidade aps a supresso daIntentona Comunistae a elaborao de uma Constituio de base fascista,os integrantes da AIB(Ao Integralista Brasileira)acreditavam que o governo de Vargas apoiava suasreivindicaes. Porm, em 1937, Vargas, pouco dis-posto a compartilhar o poder, declarou o fechamentoda AIB, gerando um movimento conhecido comoIntentona Integralistade 1938, onde os integralis-

    tas invadiram o Palcio do Catete, sede do governono Rio de Janeiro, tentando derrubar o presidente

    Vargas. Entretanto, foram reprimidos pelas tropasgovernamentais.

    Esse perodo do governo de Vargas identifica-do por muitos como um perodo ditatorial, pois nelese encontram as atitudes caractersticas de umaditadura como a atuao da censura, como a cria-o do Departamento de Imprensa e Propaganda

    (DIP), responsvel pela fiscalizao das matriase notcias que iriam ser divulgadas, exercendo umcontrole ideolgico a partir de restries aos meiosde comunicao. Atravs da censura e da criaode programas, Vargas se utilizou dos veculos decomunicao em massa para construir sua prpriaimagem, por intermdio da difuso de uma ideiasempre positiva de seu governo, promovida pelacampanha radiofnica obrigatria (A Hora do Brasil).Um dos elementos da cultura brasileira mais perse-guidos foram os malandros e muitas msicas quefalavam sobre a malandragem, principalmente no

    Rio de Janeiro, eram censuradas. As msicas deve-riam exaltar o Brasil e valorizar o trabalho.

    O Bonde So Janurio

    (Samba\Carnaval)

    Quem trabalha quem no tem razoEu digo e no tenho medo de errar

    O bonde So Janurio

    Leva mais um operrio

    Sou eu quem vou trabalhar

    Antigamente eu no tinha juzo

    Mas resolvi garantir meu futuro

    Vejam vocs:

    Sou feliz, vivo muito bem

    A boemia no d camisa a ningum

    , digo bem

    (Wilson Batista e Ataufo Alves, 1941.)

    Encontra-se ainda situada neste momento aPolcia Secreta liderada por Filinto Mller que se

    especializou em torturas e assassinatos de indiv-duos considerados nocivos ordem pblica. Outra

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    caracterstica das Polcias Secretas criar medo entrea populao, tornando-a, indiretamente, agente dogoverno quando as pessoas passam a se denunciarmutuamente.

    O controle dostrabalhadores e a CLT

    Uma frase que definiria bem Vargas e seu gover-no seria: Vargas foi pai dos pobres e me dos ricos,pois conseguiu trazer para junto de si o apoio dasmais variadas classes sociais devido s suas aes.Entre elas, a que mais se destacou foi aConsolidaodas Leis Trabalhistas (CLT) inspirada na Carta delLavoro(fascismo italiano), a qual contou com a com-pilao de leis trabalhistas presentes na Constituio

    de 1934. A CLT regula as relaes entre patres eempregados, alm de permitir o controle do Estadosobre os sindicatos por meio de normas como:

    os sindicatos tornaram-se apenas assisten-cialistas (assistncia mdica, jurdica);

    somente o Ministrio do Trabalho poderiareconhecer oficialmente um sindicato;

    os funcionrios pblicos no poderiam sefiliar a sindicatos;

    o governo poderia intervir nos sindicatos,sempre que achassem conveniente.

    O controle dos sindicatos trabalhistas (inspira-o do Estado Corporativista do fascismo italiano)vai na contra-mo do ideal socialista de luta declasses, sendo que nos sindicatos eram infiltradosagentes do governo conhecidos como pelegos,que procuravam defender os interesses do Estado

    tentando desarticular as tentativas de greve e le-vantes trabalhistas.

    No pode ser noticiada a morte de um oper-rio no restaurante do SAPS quando almoava.

    Proibida quaisquer aluses ao regime bra-sileiro anterior a 10 de novembro de 1937, semprejuzo de referncias democracia, pois o regimeatual tambm uma democracia.

    Nada sobre a Unio Nacional dos Estudantes.

    No divulgar nenhuma nota do servio desegurana da polcia sobre grave incidente entre

    civis e militares em Marechal Hermes (subrbiodo Rio).

    Nenhuma notcia sobre escassez de peixeno pas.

    Proibida a divulgao das aspiraes dasclasses trabalhista de Porto Alegre, enviadas aochefe do governo.

    Nada sobre passeatas de estudantes pau-listas.

    No podem ser divulgadas notcias sobre osdesfalques na Caixa Econmica de Niteri.

    (Lista de temas proibidos pelo DIP.

    Citado porNosso Sculo, 1930-1945.

    So Paulo; Abril Cultura, 1980. v. 3, p. 196.)

    Por meio do discurso, Vargas procurava construirsua imagem como aquele que defendeu os interessesdos trabalhadores humildes por intermdio da CLTe, portanto os trabalhadores no precisariam realizargreves nem agitaes, pois o presidente cuidava deseus interesses. Esta prtica procurava controlar omovimento sindical brasileiro, reduzindo as mani-festaes contrrias aos patres, que continuavammultiplicando seus lucros sem maiores incmodos.Da a explicao da frase que afirmava que Vargasfoi pai dos pobres e me dos ricos. Apesar da aoideolgica, as greves que haviam eram reprimidascom extrema violncia durante o Estado Novo.

    A industrializao e ainterveno do Estadona economia

    caracterstica desta fase do governo de Var-gas a economia sob interveno estatal, exemplifi-cada com a criao doConselho Nacional do Caf(CNC).A reedio da poltica de valorizao do caf,implantada inicialmente na Repblica Oligrquica,

    gerou divisas para o Estado brasileiro, que passoua ser o responsvel pela venda do caf no mercadointernacional. Com estas divisas, o Estado pderealizar alguns de seus projetos na rea industrial.Se no incio o CNC conseguiu resultados positivos,com o tempo, os estoque de caf chegaram a nveissuperiores capacidade de consumo mundial, fa-zendo com que o Estado tivesse que queimar grandequantidade do produto.

    Outra caracterstica da poltica varguista ainterveno no processo de industrializao, polticaestimulada pelasubstituio de importaescom

    a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). A produoeuropeia estava voltada manuteno do conflito

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    e produo blica, fazendo com que empresriosbrasileiros se dedicassem produo industrial comreduzida concorrncia internacional. Alm disso, oEstado Novo acumulou divisas por meio da venda deprodutos para a Europa em guerra, principalmente

    minerais e bens primrios.O Estado Novo promoveu a instalao de inds-

    trias de base estatais, fundamentais ao desenvol-vimento econmico brasileiro. Temos abaixo algunsexemplos destas indstrias:

    Companhia Siderrgica Nacional (CSN-

    1941), instalada com auxlio do capital norte--americano.

    Companhia Vale do Rio Doce (1942) , criadacom o objetivo de obter matria-prima des-

    tinada indstria pesada.

    Conselho Nacional do Petrleo (1938) - cria-do para controlar a explorao e fornecimentode petrleo e derivados. O CNP foi respon-svel pela perfurao do primeiro poo depetrleo no Brasil, em 1939.

    Modernizao da estrada de ferro Central

    do Brasil.

    Vargas criou ainda oDepartamento de Admi-nistrao do Servio Pblico (DASP),em 1938, pararacionalizar a administrao pblica modernizandoa burocracia estatal.

    A participao do Brasilna Segunda Guerra Mundial

    Apesar da aparente simpatia de Vargas pelosgovernos de base fascista, este entrou na SegundaGuerra ao lado dos Aliados, diante das pressesamericanas, em 1942. Aps dezembro de 1930, oafundamento de navios brasileiros, supostamenterealizado pelos Alemes, o Brasil declarou guerra aAlemanha de Adolf Hitler. Neste momento da guer-

    ra, Vargas enviou uma esquadrilha da Fora AreaBrasileira (FAB) e soldados da Fora ExpedicionriaBrasileira (FEB), integrada ao V Exrcito norte-ame-ricano, valendo ressaltar que os soldados brasileirosalcanaram vitrias considerveis na Itlia, emregies como Monte Castelo, Castelnuevo e Monte-se. Em troca da participao do Brasil na SegundaGuerra Mundial, os Estados Unidos concederam umemprstimo na ordem de 20 milhes de dlares aoBrasil, que foram utilizados para a construo daCSN (Companhia Siderrgica Nacional). Com isso, osEstados Unidos ganharam o direito de estabelecer

    uma base rea em Natal, que ficou conhecida comoTrampolim da Vitria.

    Porm, a participao na Segunda GuerraMundial acabou gerando um grave problema paraa sustentao poltica do Estado Novo. Vargas,governante ditatorial, entrou na Segunda GuerraMundial ao lado da democracia e do liberalismo dos

    Aliados, contrrios s ditaduras nazi-fascistas. Estacontradio foi percebida pela sociedade brasileira,que passou a exigir a redemocratizao do Brasil.A partir desta indisposio criada, devido ao apoiode Vargas ao governo democrtico americano, emoutubro de 1943 polticos e empresrios de MinasGerais lanaram o Manifesto dos Mineiros, exigindoa redemocratizao do Brasil.

    A redemocratizao

    Devido s presses surgidas, Vargas permitiu o

    retorno dos exilados (entre eles Luis Carlos Prestes),libertou os presos polticos, estabeleceu eleiesgerais para 2 de dezembro de 1945 e autorizou aformao de partidos polticos descritos abaixo:

    UDN (Unio Democrtica Nacional) : for-mada por industriais, banqueiros, grandesproprietrios de terra, classe mdia e im-prensa, sob a liderana de Armando Salles eAssis Chateaubriand. Era contrria polticaeconmica intervencionista de Vargas, almdas restries polticas, defendendo umanova constituio. Lanou como candidato presidncia Eduardo Gomes.

    PSD (Partido Social Democrtico) : formadopor industriais, banqueiros e grandes pro-prietrios que apoiavam Vargas.

    PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) : forma-do por setores do movimento sindical ligadoa Getlio Vargas. Uma coligao entre PTB ePSD foi realizada para apoiar a candidaturado Ministro da Guerra do Estado Novo EuricoGaspar Dutra.

    PCB (Partido Comunista Brasileiro)

    : retira-do da ilegalidade, agregava os movimentosde esquerda, apresentando como candidatoYedo Fiza.

    Como no poderia se candidatar, Vargas utili-zou-se do DIP e de sua mquina de propaganda todesenvolvida durante seu governo, e promoveu ummovimento conhecido como Queremismo queapoiava a sua continuidade como lder do Brasil de-mocrtico. A campanha, que tinha como lema Que-remos Getlio Presidente!, contou com a adeso desetores trabalhistas e do Partido Comunista Brasilei-

    ro, que deveria apoiar movimentos anti-imperialistase de frente popular, de acordo com determinaes

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    da Unio Sovitica. Isto explica o apoio de Prestesa Vargas, mesmo aps o presidente ter enviado suaesposa Olga Benrio para um campo de concentraona Europa. O apoio comunista a Getlio Vargas podeser explicado parcialmente pela ideia de etapismo.

    Etapismo a crena de que o Brasil precisava pri-meiro se tornar um estado burgus para possibilitaro comunismo.

    Porm, devido ao temor de um novo golpe deestado em 1945 por Vargas, os udenistas e as ForasArmadas lideradas pelos generais Ges Monteiro eEurico Gaspar Dutra cercaram o Palcio do Catete,exigindo a renncia de Vargas. Com a renncia deVargas, a presidncia foi exercida pelo ministro do Su-premo Tribunal Eleitoral Jos Linhares, que garantiuas eleies vencidas por Eurico Gaspar Dutra, Minis-

    tro da Guerra de Vargas e oficial do Exrcito brasileiro

    que atuou na Segunda Guerra Mundial. Finalizou-seo Estado Novo, mas a figura de Vargas estava longede se desvincular da vida poltica brasileira.

    (Fuvest) Vitoriosa a revoluo, abre-se uma espcie de1.vazio de poder por fora do colapso poltico da burgue-sia do caf e da incapacidade das demais fraes declasse para assum-lo, em carter exclusivo. O Estado deCompromisso a resposta para esta situao. Embora

    os limites da ao do Estado sejam ampliados para almda conscincia e das intenes de seus agentes, sob oimpacto da crise econmica, o novo governo representamais uma transao no interior das classes dominantes,to bem expressa na intocabilidade sagrada das relaessociais no campo.

    (FAUSTO, Boris.A Revoluo de 1930: Historiograa e Histria.)

    Explicite o que o autor apresenta como Estado dea)Compromisso.

    Qual a relao entre O Estado de Compromissob)e a intocabilidade sagrada das relaes sociais nocampo?

    Soluo:`

    Compromisso entre a classe dominante, agregan-a)

    do setores sociais e econmicos e o proletariado

    urbano em torno das propostas populistas de Ge-

    tlio Vargas, para a manuteno dos status quovigente.

    O Estado de compromisso no abrange o homemb)

    do campo no que concerne aos direitos trabalhistas.

    (Unesp) Getlio Vargas, depois de outorgar a Cons-2.tituio de 1934, ampliou sua poltica intervencionistade modo a ter pleno controle sobre a sociedade e,assim, impor seu plano poltico. Discorra sobre trscaractersticas importantes deste governo e indique

    como terminou.

    Soluo:`

    Perodo dito constitucional, polarizado entre AIB e ANL.Teve seu desfecho em 1937, com um golpe de estado,aps o suposto Plano Cohen.

    (Fuvest) Em 10 de novembro de 1937, para justicar o3.golpe que instaurava o Estado Novo, Getlio Vargasdiscursava:

    Colocada entre as ameaas caudilhescas e operigo das formaes partidrias sistematicamenteagressivas, a Nao, embora tenha por si opatriotismo da maioria absoluta dos brasileiros eo amparo decisivo e vigilante das foras armadasno dispe de meios defensivos ecazes dentrodos quadros legais, vendo-se obrigada a lanarmo das medidas excepcionais que caracterizam o

    estado de risco iminente da soberania nacional e daagresso externa.

    Baseando-se no texto anterior, pode-se entenderque:

    Vargas fala em nome da Nao, considerando-sea)o intrprete de seus anseios e necessidades.

    a defesa da Nao est exclusivamente nasb)mos do Exrcito e do patriotismo dos brasilei-ros.

    Vargas delega s foras armadas o poder dec)lanar mo de medidas excepcionais.

    as medidas excepcionais tomadas esto na relaod)direta da falta de formaes polticas atuantes.

    Vargas estabelece uma oposio entre o patriotis-e)mo dos brasileiros e a ao da foras armadas.

    Soluo:` A

    (Unesp) O Estado Novo (1937-1945) foi marcado pelo4.seu carter centralizador, intervencionista e autoritrio.

    As foras opositoras ao regime valiam-se dessas carac-tersticas para denunciar a ao fascista do governo.

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    No processo de crise desse Estado, cujo desfechofoi a deposio de Vargas, avalie a importncia daparticipao do Brasil na Guerra em oposio ao nazi--fascismo.

    Soluo:`

    O Brasil criou a FEB e a FAB, patrulhou o atlntico Sul e

    enviou tropas para a Itlia, ao lado dos aliados.

    (Unicamp) Diferenas signicativas distinguem o sin-5.dicalismo operrio brasileiro das primeiras dcadasdo sculo XX, do sindicalismo criado aps 1930 pelalegislao trabalhista do governo Vargas. Quais soessas diferenas?

    Soluo:`

    Antes o operariado e o sindicalismo era tratado como

    caso de polcia. Com Vargas houve a incorporao dossindicatos ao Estado (corporativismo).

    (Unicamp) Ao estudar o Estado Novo, o historiador Alcir6.Lenharo (1946-1996) destacava o papel desempenhadopelo rdio:

    (...) o rdio servia, ecazmente, para se espalhar aimagem onipresente de Vargas por todo o pas (...). Pelordio, o poder se faz presente e pessoaliza a relaopoltica com cada cidado.

    (Sacralizao da Poltica, Campinas: Papirus/

    Unicamp, 1986, p. 42.)

    Por que era importante para o Estado Novo quea)cada cidado se considerasse prximo de Vargas?

    Cite duas prticas utilizadas pelo Estado Novo, almb)do uso dos meios de comunicao de massa, paraassegurar o poder de Vargas.

    Soluo:`

    Para dar legitimidade ditadura varguista.a)

    O desenvolvimento do nacionalismo e da legislaob)

    trabalhista.(UERJ)7.

    Brasil!

    Benedito Lacerda/Aldo Cabral

    Brasil,

    s o teu bero dourado

    O ndio civilizado

    E abenoado por Deus

    Brasil,

    Gigante de um continente

    s terra de toda gente

    E orgulho dos lhos teus

    O destino que te traz

    Liberdade, amor e pazNo progresso em que te agitas

    Torro de viva beleza

    De fartura e de riqueza

    E de mil coisas bonitas

    E por que tu tens de tudo

    Por que te conservas mudo

    Na tua modstia imerso

    Meu Brasil,

    Eu que te amoNeste samba te proclamo

    Majestade do universo

    A partir da letra deste samba, gravado por FranciscoAlves e Dalva de Oliveira, em agosto de 1939, percebe-mos a construo de uma imagem para o Brasil que nocorrespondia totalmente s caractersticas da sociedadebrasileira nas dcadas de 1930 e 1940.

    Dentre essas caractersticas, aquela que se relaciona conjuntura da poca :

    liberalismo como base da poltica nacional.a)

    reforma agrria como soluo para os problemasb)econmicos.

    poltica assimilacionista como forma de integraoc)do indgena.

    crescimento econmico como decorrncia da pol-d)tica industrialista.

    Soluo:` D

    (Cesgranrio) Com relao Revoluo de 1930, do ponto1.de vista econmico-social, possvel armar que ela:

    assinala o incio da primazia poltica das classesa)mdias sobre o Estado.

    representa a derrota da burguesia mercantil dianteb)das presses conjuntas do campesinato e opera-riado urbano.

    traduz a vitria do tenentismo, das camadas mdiasc)

    e dos segmentos industriais sobre os setores agro-exportadores.

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    identica a passagem para a dominao burguesad)no Brasil, com a vitria dos grupos industriais.

    signica o incio do desenvolvimentismo e a deca-e)dncia da agricultura de exportao.

    (Cesgranrio) A Revoluo de 1930 pode ser relacionada2. s vrias transformaes da sociedade brasileira, entreas quais nopodemos incluir:

    o abandono dos setores agrcolas pelo governo,a)que privilegiou a industrializao.

    a insatisfao dos setores mdios urbanos comb)o domnio do processo poltico pelas oligarquiasagrrias.

    a crescente organizao e mobilizao da classe ope-c)rria, surgida com o processo de industrializao.

    a mobilizao de setores militares, principalmented)dos ociais mais jovens, contra o regime.

    as dissidncias oligrquicas, materializadas na for-e)mao da Aliana Liberal.

    (Unirio) A Revoluo de 1930 marcou o m da Repblica3.Velha e inaugurou uma nova forma de atuao do Estadofrente s transformaes da sociedade brasileira, comoexemplica o:

    atendimento de demandas de diferentes setoresa)

    sociais, como operrios e empresrios.

    afastamento do Estado da gesto da economia.b)

    abandono dos setores produtores agrcolas tradi-c)cionais.

    controle da alta hierarquia militar sobre os princi-d)pais rgos estatais.

    apoio s oligarquias dominantes nos Estados.e)

    (UFRJ) Falo na qualidade de membro e dirigente do4.nico partido verdadeiramente nacional...

    Ns, comunistas, que vivemos sempre na ilegalidade,sentimos bem o quanto difere esta nova poca

    daqueles tempos de antes da guerra, em que vivamosperseguidos, insultados e vilmente caluniados. Mas dezanos de guerra e perseguies contra o comunismozeram do nosso povo o mais comunista da Amrica (...)Comunista para o nosso povo aquele que de maneiramais rme e consequente luta contra o estado de coisasintolerveis e injustas predominantes em nossa terra;comunista o que quer a negao disso que a temos,a negao da misria e da fome, a negao do atraso edo analfabetismo...

    (Discurso de Luiz Carlos Prestes, em 22 de maio de 1945, no

    Estdio do Vasco da Gama, So Janurio, Rio de Janeiro.)

    Aps passar nove anos e trs meses preso e incomunicveldurante a ditadura do Estado Novo, Prestes retoma, coma redemocratizao, as suas atividades polticas.

    Cite dois movimentos polticos de repercusso nacionaldos quais Prestes tenha participado com destacada

    liderana.(UFRJ)5.

    Foi em 1930

    que frente da Revoluo

    Getlio Vargas assumiu

    a Presidncia do Brasil.

    Era um tempo novo que se abria

    o desenvolvimento industrial

    as leis trabalhistas ele cria

    a Previdncia Social

    Era anos de conquista

    e de grande agitao pelo poder

    de 32 a 37,

    aquele estadista

    reprimiu os paulistas

    comunistas e integralistas.

    Mas no h quem esconda

    seu valor de idealista,

    basta falar em Volta Redonda, (...)

    (GOMES, Dias; GULLAR, Ferreira. Dr. Getlio: sua vida e

    sua glria. So Paulo: Civilizao Brasileira, 1968. p.10-11.)

    Indique duas caractersticas do governo de GetlioVargas, no perodo entre 1930 e 1937.

    (Cesgranrio) A crise da dominao oligrquica, que6.culminou com a Revoluo de 1930, resultou de umprocesso crescente de transformaes vividas pelo pasdentre os quais se destaca:

    a lenta politizao dos trabalhadores rurais, aps aa)Abolio, contestando o domnio dos coronis.

    a emergncia de uma classe operria ligada in-b)dustrializao, que assumiu na dcada de 1920formas polticas mais organizadas, como o BOC(Bloco Operrio Campons).

    o Movimento Tenentista, disputa poltica no interior doc)Estado, sem ligao com as classes da sociedade.

    o carter modernizante dos setores oligrquicos,d)cada vez mais ligados aos empreendimentos urba-no-industriais.

    a crescente insatisfao dos Estados mais pobrese)

    contra o domnio do eixo caf-com-leite, expressaem rebelies como as guerras do Cariri e de Prin-cesa, ocorridas no Nordeste.

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    (UERJ) No nos enganemos. Somos governados por7.uma minoria que, proprietria das fazendas e latifn-dios, senhora dos meios de produo e apoiada nosimperialismos estrangeiros que nos exploram e nosdividem, s ser dominada pela verdadeira insurreio

    generalizada, pelo levantamento consciente das maisvastas massas das nossas populaes dos sertes edas cidades (...).

    (Lus Carlos Prestes. Manifesto de Maio - 1930. Citado por

    CARONE. O Tenentismo; So Paulo: Difel, 1975.)

    As palavras de Lus Carlos Prestes referem-se aomovimento que cou conhecido como Revoluo de1930 e tinha o seguinte signicado:

    movimento amplo de carter militar, aliando tenen-a)tes e povo contra o domnio oligrquico.

    ciso na Repblica do caf-com-leite, levando b)unio entre as oligarquias paulista e gacha.

    ruptura parcial dos interesses oligrquicos, acarre-c)tando o m da hegemonia poltica dos cafeicultores.

    vitria dos interesses da burguesia industrial,d)apoiando, o exrcito na luta contra os interessesoligrquicos.

    (PUC-Campinas) Observe a caricatura.8.

    (SANTOS, Joel Runo dos. Histria do Brasil.

    So Paulo: Marco Editorial, 1979. p. 196.)

    A caricatura revela um momento da chamada Era de

    Vargas, quando Getlio preparava-se para:assumir a presidncia da Repblica, aps a suaa)eleio indireta pela Assembleia Constituinte.

    liderar um golpe militar, instaurando um perodob)histrico conhecido por Estado Novo.

    disputar as eleies diretas para a presidncia da Re-c)pblica, no contexto da redemocratizao do pas.

    executar os princpios do Plano Cohen, visando im-d)pedir o avano dos comunistas e dos integralistasao poder.

    comandar uma revoluo constitucionalista, contrae) a oligarquia do setor agroexportador.

    (UERJ) Podemos dizer que o Estado Novo (1937-9.45) apresentou inegveis anidades com o fascismoeuropeu, sem contudo deixar de apresentar algumascaractersticas peculiares ao regime brasileiro. Umadas caractersticas do regime brasileiro que no se

    identicam com o fascismo europeu :limitao da liberdade econmica com intervenoa)do Estado.

    censura dos meios de comunicao, dirigidos parab)o fortalecimento e divulgao do regime.

    represso aos setores de esquerda, vistos comoc)forte ameaa ao regime, com prises e torturas.

    utilizao do estado corporativo no tratamento comd)as entidades prossionais e sindicatos.

    ausncia de um partido poltico forte e coeso quee)

    exprimia a coerncia ideolgica do regime.(UERJ) A Carta de 1937 do Estado Novo representa10.um dos momentos de centralizao autoritria no Brasil.Entre outras medidas caractersticas desse autoritarismo,tem-se a criao do:

    Primeiro Plano Nacional de Desenvolvimento.a)

    Servio Nacional de Aprendizagem Industrial.b)

    Ministrio do Trabalho, Indstria e Comrcio.c)

    Departamento de Imprensa e Propaganda.d)

    Servio Nacional de Informao.e)(Cesgranrio) O regime poltico conhecido como Estado11.Novo implantado por golpe do prprio Presidente Getlio

    Vargas, em 1937, pode ser associado (ao):

    radicalizao poltica do perodo representada pelaa)Aliana Nacional Libertadora, de orientao comu-nista e a Ao Integralista Brasileira, de orientaofascista.

    modernizao econmica do pas e seu conitob)com as principais potncias capitalistas do mundo,

    que tentavam lhe barrar o desenvolvimento.

    ascenso dos militares direo dos principais r-c)gos pblicos, porque j se delineava o quadro daSegunda Guerra Mundial.

    democratizao da sociedade brasileira em decor-d)rncia da ascenso de novos grupos sociais comoos operrios.

    retorno das oligarquias agrrias ao poder, restau-e)rando-se a Federao nos mesmos moldes da Re-pblica Velha.

    (Cesgranrio) A redemocratizao no Brasil, no nal do12.

    Estado Novo, pode ser associada a diferentes transfor-maes internas e externas do perodo, entre as quaisse inclui a(o):

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    aproximao de Getlio Vargas dos setores liberaisa)em torno do projeto queremista.

    resistncia do empresariado implantao da le-b)gislao trabalhista e previdenciria.

    recusa do governo em convocar eleies e permitirc) a recriao dos partidos polticos.

    vitria dos aliados na Segunda Guerra Mundial,d)fortalecendo os ideais democrticos contra os re-gimes totalitrios.

    apoio dos movimentos sociais inspirados no iderioe)nazi-fascista como as Unies dos Escritores e dosEstudantes.

    (UERJ) Quem estiver com o rdio ligado, de segunda a13.sexta-feira das 19 s 20 horas, ouvir acordes da famosapera de Carlos Gomes, O Guarani. a abertura do pro-

    grama ocialA Voz do Brasil, presente obrigatoriamentenas rdios brasileiras desde 1934 obrigatoriedade quehoje questionada por vrios segmentos da sociedade.Este programa simbolizou uma determinada poca darepblica no Brasil, o Estado Novo (1937-1945).

    A armativa que melhor explica a importncia da Voz doBrasil durante o Estado Novo :

    exaltao das aes do presidente da Repblica.a)

    expanso do ensino bsico para as camadas po-b)pulares.

    conscientizao do povo para o exerccio da cida-c) dania.

    elevao da cultura popular estigmatizada na Re-d)pblica Velha.

    (Cesgranrio) O envolvimento do Brasil na Segunda14.Guerra Mundial, a seguir dos pases aliados, guardarelao com questes internas como a(o):

    importncia crescente dos mercados alemes e ja-a)poneses para os produtos brasileiros.

    mobilizao dos grupos de inspirao fascista, comob)os Integralistas, que apoiavam o Estado Novo.

    posio dos partidos majoritrios no Congressoc)Nacional, favorvel aos aliados.

    interesse do Brasil em se colocar como lder hege-d)mnico dos pases americanos.

    apoio dos Estados Unidos ao projeto de industriali-e)zao, simbolizado na construo da usina de VoltaRedonda.

    (UERJ)15.

    (Retrato do Brasil. So Paulo: Trs, 1984.)

    As gravuras acima ressaltam aspectos da propagandaocial sobre as prioridades polticas do primeiro perodo

    Vargas, principalmente do Estado Novo, que simbolizouo coroamento de um ideal de modernizao.

    A caracterstica econmica do perodo que pode seridenticada como predominante nas duas gravuras a nfase na:

    indstria de base.a)

    rede de transportes.b)

    agricultura de exportao.c)

    produo de combustveis.d)

    (Cesgranrio) A respeito da poltica desenvolvida no Brasil de16.1937 a 1945, incorretoarmar que o Estado Novo:

    empreendeu uma poltica modernizadora e indus-a)trializante, que beneciou os setores industriais ecapitalistas, sobretudo atravs do investimento es-tatal na criao de indstrias de base.

    obteve a adeso dos setores agrrios, que se bene-b)ciaram com a interveno reguladora do governo nacriao de organismos de apoio e incentivo agri-cultura e com a manuteno da estrutura agrria.

    exerceu uma poltica paternalista em relao classec)operria, promovendo a legislao trabalhista, en-quanto permitia a representao das classes domi-

    nantes no Congresso atravs dos partidos polticos.reprimiu o pluralismo e a autonomia sindicais dod)

    operariado e criou uma estrutura corporativista decontrole, interveno e atrelamento dos sindicatosociais ao Ministrio do Trabalho.

    centralizou e racionalizou a mquina administrativae)atravs da criao do DASP (Departamento de Ad-ministrao e Servio Pblico) e exerceu forte con-trole e censura aos meios de comunicao atravsdo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda).

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    (Unirio) Um dos deveres do Estado socorrer aqueles1.cidados que se virem vtimas de circunstncias a tal

    ponto adversas que os deixem incapazes de satisfazermesmo as mais simples necessidades sem amparo de

    outros. A esses desafortunados cidados deve-se es-tender o amparo do governo, no como caridade, mascomo uma face do dever social.

    (Pronunciamento do governador Franklin Roosevelt na

    Assembleia Legislativa do Estado de Nova Iorque,

    em 21/08/1931. In: SHERWOOD, Robert E. Roosevelt e Hopkins.

    Traduo de Heitor Aquino Ferreira. Rio de Janeiro:

    Nova Fronteira e Braslia/UNB, 1998, p. 47.)

    A situao do caf a seguinte: a produo maiordo que o consumo. Procuramos iludir a situao,estabelecendo o escoamento de produo por dosesfracionadas.

    (Carta de Francisco Campos a Getlio Vargas,

    23/12/1930. In:A Revoluo de 30: textos e

    documentos. Braslia: UNB, 1982, p. 220.)

    A crise econmica que eclodiu nos Estados Unidos apartir da quebra da bolsa de valores de Nova Iorque,em 24 de outubro de 1929, alcanou proporesmundiais, constituindo uma das mais profundascrises cclicas do capitalismo. Em sua difuso,atingiu as economias capitalistas, provocando umaprofunda recesso econmica, superada atravs deintervenes poltico-econmicas do governo norte--americano.

    Relacione uma ocorrncia da crise de 1929 no Brasil.

    (UFF) Assinale a opo que contm informaes2.corretas acerca da Revoluo de 30 no Brasil de seusantecedentes imediatos.

    Juno de colunas militares originadas no Rioa)

    Grande do Sul e em So Paulo, ataques de tropasfederais ao forte de Copacabana, aliana de Getlio

    Vargas com Jlio Prestes para impedir a eleio deOsvaldo Aranha.

    Formao da Aliana Nacional Libertadora, uniob)de grupos rivais para dar combate Coluna Prestes,ecloso de movimento insurgentes em So Paulo.

    Assassinato de Joo Pessoa, formao de umac)frente nica entre os tenentes e certos polticos,ecloso de insurgncias no Rio Grande do Sul e emMinas Gerais.

    Ecloso da Revoluo Constitucionalista em Sod)Paulo, oposio a um Governo Federal que exerceuo poder, todo o tempo, sob estado de stio, ataqueintegralista ao Palcio do Catete.

    Aliana de Borges de Medeiros com Joo Neves dae)

    Fontoura para eleger Jlio Prestes, recusa de Wa-shington Lus de criar nova poltica de valorizaodo caf diante dos efeitos da crise de 1929, elabo-rao do Plano Cohen.

    (UERJ)3.

    (ApudVICENTINO, C.; DORIGO, G. Histria do Brasil.

    So Paulo: Scipione, 1997.)

    Na caricatura, referente ao perodo 1934 1937, v-seo presidente Getlio Vargas, em frente ao Palcio doCatete, espalhando cascas de banana, que podem serinterpretadas como armadilhas.

    Identique um objetivo poltico de Vargas expressonessa caricatura.

    (UFF) A Revoluo de 1930 ps m hegemonia do4.caf, desenlace inscrito na prpria forma de insero doBrasil no sistema capitalista internacional.

    (FAUSTO, Bris.A Revoluo de 30: Historiograa e

    Histria. So Paulo: Brasiliense, 1972, p.112.)

    Vrios fatores sociais determinaram este processoa)revolucionrio. Cite dois deles.

    Analise os desdobramentos da Revoluo de 1930b)na industrializao brasileira.

    (UERJ) A Grande Depresso eclodiu num mundo5.otimista que parecia caminhar na direo de uma pros-peridade permanente. Ela iniciou-se com o crackdabolsa de Nova Iorque em outubro de 1929, afetandotodas as atividades econmicas dos Estados Unidos ese propagando atravs do mundo.

    Caracterize a Grande Depresso e indique o motivoa)pelo qual seus efeitos foram sentidos em diversasregies do mundo.

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    Indique e analise uma consequncia da Grandeb)Depresso para a economia brasileira.

    (Cesgranrio) A crise social e poltica que abalou a esta-6.bilidade da Repblica Velha (1889-1930) quebrou a he-gemonia das oligarquias no poder e preparou o terreno

    para a Revoluo de 1930 foi motivada pelo(a):

    aprofundamento das cises oligrquicas, pelas re-a)belies tenentistas, pela insatisfao das classesmdias urbanas excludas da representao polticae pela presso reivindicatria das classes operrias.

    aliana poltica entre a burguesia industrial, as clas-b)ses mdias urbanas e o operariado fabril contra osistema liberal e democrtico da Repblica Velha,controlado pelas oligarquias agrrias.

    quebra do compromisso poltico entre as oligar-c)quias agrrias e os trabalhadores rurais, o que, du-rante toda a Repblica Velha, impediu o desenvol-vimento dos setores industriais e a organizao domovimento operrio.

    fortalecimento da unio entre as oligarquias pau-d)listas e mineiras na indicao de Jlio Prestes su-cesso presidencial em 1930, o que desagradou asoposies constitudas pelas classes mdias urba-nas e operariado, defensores de Getlio Vergas.

    descontentamento da burguesia industrial com oe)tratamento dado pelas oligarquias ao movimen-to operrio caso de polcia - e sua deciso deapoiar a Revoluo de 30 e a legislao trabalhista.

    (Unesp) A xao do ano de 1930 como um primeiro7.marco divisor da Histria do Brasil contemporneo tema articialidade implcita em qualquer periodizao, masse justica por razes que se situam alm da histriapoltica ou da simples tradio.

    Sintetize algumas razes dessa periodizao histo-riogrca.

    (UFV-MG) Observe atentamente as guras abaixo. Elas8.reproduzem cartazes utilizados para motivar a participa-o popular na Revoluo Constitucionalista de 1932.

    Aponte os elementos da conjuntura poltica nacional quemotivaram esse processo revolucionrio, ressaltandoalgumas de suas caractersticas.

    (Enem) A gura de Getlio Vargas, como personagem9.histrica, bastante polmica, devido complexidadee magnitude de suas aes como presidente do Brasildurante um longo perodo de quinze anos (1930-1945).Foram anos de grandes e importantes mudanas para

    o pas e para o mundo. Pode-se perceber o destaquedado a Getlio Vargas pelo simples fato de este perodoser conhecido no Brasil como a Era Vargas.

    Entretanto, Vargas no visto de forma favorvel portodos. Se muitos o consideram como um fervorosonacionalista, um progressista ativo e o Pai dos Pobres,existem outros tantos que o denem como ditadoroportunista, um intervencionista e amigo das elites.

    Provavelmente voc percebeu que as duas opiniessobre Vargas so opostas, defendendo valores prati-camente antagnicos. As diferentes interpretaes dopapel de uma personalidade histrica podem ser expli-

    cadas, conforme uma das opes a seguir. Assinale-a.Um dos grupos est totalmente errado, uma veza)que a permanncia no poder depende de ideiascoerentes e de uma poltica contnua.

    O grupo que acusa Vargas de ser ditador est to-b)talmente errado. Ele nunca teve uma orientaoideolgica favorvel aos regimes politicamente fe-chados e s tomou medidas duras forado pelascircunstncias.

    Os dois grupos esto certos. Cada um mostra Var-c)gas da forma que serve melhor aos seus interesses,pois ele foi um governante aptico e fraco um ver-dadeiro marionete nas mos das elites da poca.

    O grupo que defende Vargas como um autnti-d)co nacionalista est totalmente enganado. Poucasmedidas nacionalizantes foram tomadas para iludiros brasileiros, devido poltica populista do var-guismo, e ele fazia tudo para agradar aos gruposestrangeiros.

    Os dois grupos esto errados, por assumirem ca-e)ractersticas parciais, e s vezes conjunturais, comosendo posturas denitivas e absolutas.

    (Unirio) Aps a Revoluo de 1930, no Brasil, os10.tenentes e as oligarquias tradicionais envolveram-senum debate que traduzia suas expectativas quanto aum novo modelo de Estado. A polmica expressavaa defesa, pelos tenentes e pelas oligarquias, respec-tivamente, dos princpios apresentados em uma dasopes. Assinale-a.

    Um Estado democrtico garantidor da vocao na-a)cional identicada agricultura e um Estado centra-lizador e industrializante.

    Um Estado centralizador que promovesse uma liga-b) o direta com os grandes centros do capital inter-nacional e um Estado liberal protecionista.

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    Um Estado centralizador no nvel federal, mas comc)ampla autonomia dos poderes locais estaduais e

    um Estado liberal com participao poltica de basecensitria.

    Uma completa centralizao do poder e a retomadad)

    do modelo liberal, garantindo o retorno ao federa-lismo caracterstico da Repblica Velha.

    Ideais liberais que implicariam o estabelecimentoe)de um Estado democrtico e de direito e um mode-lo centralista que afastasse a participao popular.

    (UFF) O Estado Novo (1937-1945) representou um dos11.regimes ditatoriais destacados pela Histria do BrasilRepublicano. Em alguns aspectos considerado comouma forma brasileira do fascismo europeu.

    Indique uma caracterstica legal que d suporte aa)tal comparao.

    Analise o Estado Novo, tomando como foco princi-b)pal as conquistas efetivadas pelas legislaes tra-balhista e sindical por ele consagradas.

    (UFRJ) A tarefa de governar faz-se, a cada dia,12.mais complexa e difcil. Os clssicos postulados demanuteno e garantia dos pactos sociais sofreramprofundas modicaes. J no basta assegurar a ordeme a continuidade administrativa. preciso controlar asforas econmicas, corrigir as desigualdades de classee obstar, por vigilncia constante, a contaminao doorganismo poltico pelas inltraes ideolgicas queapregoam o dio e fomentam a desordem. Conduziruma nao, em momento de tamanhas apreenses, so pode e deve fazer quem seja capaz de tudo sacricarpela felicidade comum.

    (Discurso de Getlio Vargas, proferido a 7 de setembro de 1938.

    Citado em: Getlio Vargas, as diretrizes da nova poltica

    do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, s/d.)

    Passou a poca dos liberalismos imprevidentes, dasdemocracias estreis, dos personalismos inteis esemeadores da desordem. democracia poltica substituia democracia econmica, em que o poder, emanadodiretamente do povo e institudo para defesa do seuinteresse, organiza o trabalho, fonte do engrandecimentonacional e no meio de fortunas privadas. No h maislugar para regimes fundados em privilgios e distines;subsistem, somente, os que incorporam toda a Naonos mesmos deveres e oferecem, equitativamente,

    justia social e oportunidades na luta pela vida.

    (Discurso de Getlio Vargas, proferido a 11 de junho de 1940.

    Citado em: Getlio Vargas, as diretrizes da nova poltica

    do Brasil. Rio de Janeiro: Jos Olympio, s/d.)

    Os trechos dos documentos acima referem-se sdiretrizes polticas gerais do Estado Novo brasileiro(1937-1945).

    Retire dos documentos duas proposies estadonovis-tas. Explique-as.

    (UFF) Segundo alguns autores, a instaurao no pas, em13.novembro de 1937, do regime conhecido como EstadoNovo representou um redescobrimento do Brasil.

    (MUNAKATA, Kazumi.A Legislao Trabalhista do Brasil.

    So Paulo: Brasiliense, 1981.)

    Assinale a opo que melhor apresenta o aspecto doEstado Novo ilustrado pela charge.

    A denio de uma nova cidadania baseada no tra-a)balho organizado em sindicatos plurais, por catego-ria prossional.

    A denio de uma nova cidadania identicada aob) trabalho organizado nos moldes do corporativismoautoritrio estatal.

    O modo pelo qual o Estado Novo orientou sua pol-c)tica de trabalho, aprisionando os operrios ao Esta-do por meio de um documento formal.

    A subordinao dos trabalhadores ao empresaria-d)do a partir da concesso da Carteira de Trabalho.

    A consolidao da democracia mediante um regis-e)tro formal de cidadania.

    (Unirio) Inegavelmente a viso da indstria como alterna-14.tiva para o desenvolvimento ganhou corpo ao longo dosanos 1930-1940. Esboava-se um projeto de industria-lizao pesada que, a despeito de limitado e inconcluso,foi a tnica de organizao do prprio Estado. Entre 1930e 1945, o Estado brasileiro avanou no seu processo deconstituio enquanto nacional e capitalista, inscrevendona materialidade de sua ossatura pela multiplicao dergos e instituies os diversos interesses sociais em

    jogo, metamorfoseados em interesse nacionais.

    (MENDONA, Snia Regina de. As bases do desenvolvimento

    capitalista dependente: da industrializao restringida

    internacionalizao. In: LINHARES, Maria Yedda (Org.) Histria

    Geral do Brasil. 3 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1990, p. 243.)

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    Cite duas caractersticas desse processo de indus-a)trializao.

    Explique uma das caractersticas citadas.b)

    (UFF) Segundo alguns especialistas, o populismo foi um15.

    fenmeno poltico mpar na histria recente do Brasil,sendo denido como manipulao das massas popularespor lderes carismticos.

    No entanto, h autores que consideram tal viso poucoelucidativa do fenmeno porque, em verdade:

    o populismo teve vida efmera na histria polticaa)do pas no sculo atual.

    o populismo no deve ser visto como a manipula-b)o das massas urbanas e rurais no Brasil recente.

    o populismo um fenmeno poltico que permane-c)ce inalterado no processo eleitoral brasileiro.

    populismo e pacto social so um mesmo fenmenod)poltico.

    o populismo implicou o reconhecimento da presen-e)

    a das massas no cenrio poltico nacional.

    (UERJ) A ilustrao a seguir e a cano composta por16.Ataulfo Alves e Felisberto Martins foram importantesinstrumentos da propaganda do governo Vargas.

    (Nosso Sculo: 1930-1945. So Paulo: Abril Cultural, 1980.)

    O Estado Novo veio

    Para nos orientar

    No Brasil nada falta

    Mas precisa trabalhar

    Tem caf, petrleo e ouro

    Ningum pode duvidar

    E quem for pai de quatro lhos

    O presidente manda premiar

    negcio casar

    (PILETTI, N. Histria do Brasil. So Paulo: tica, 1997.)

    Identique o papel da propaganda no governo dea)Getlio Vargas.

    Indique duas caractersticas econmicas do pero-b)do do Estado Novo.

    (Cesgranrio)17.

    (O Globo, 1. maio 1999, 1. pgina.)

    Durante o Estado Novo, no campo da poltica salarial,foi introduzida via decreto-lei uma importante inovao,que j constava da Constituio de 1934 o salriomnimo que representou um(a):

    ingresso salarial capaz de satisfazer as necessida-a)des mnimas do trabalhador, mas acabou conver-tendo-se em importncia irrisria e muito distante

    de suas nalidades expressas.

    signicativo ganho para o trabalhador nacional,b)

    acompanhando sistematicamente as frequentesmedidas inacionrias decorrentes do processo in-dustrial brasileiro.

    tentativa de eliminar os altos salrios de operriosc)industriais que aderiram aos sindicatos pelegos,vigentes desde incio da Repblica, e que prioriza-vam os interesses da agricultura.

    medida de cooptao poltica, uma vez que o pa-d)dro de vida do operrio e do campons queapoiava o regime ditatorial teve uma extraordinriaelevao e a maioria foi excluda.

    grande perda salarial para o operrio, uma vez quee)seus patamares eram baixssimos e s regulavamos ingressos do trabalhador vinculado indstriapesada.

    (UFRRJ)18.

    Foi em 1930

    que frente da Revoluo

    Getlio Vargas assumiu

    a Presidncia do Brasil.

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    Era um tempo novo que se abria

    o desenvolvimento industrial

    as leis trabalhistas ele cria

    a Previdncia Social

    Era anos de conquistae de grande agitao pelo poder

    de 32 a 37,

    aquele estadista

    reprimiu os paulistas

    comunistas e integralistas.

    Mas no h quem esconda

    seu valor de idealista,

    basta falar em Volta Redonda, (...)

    (GOMES, Dias; GULLAR, Ferreira. Dr. Getlio: sua vida e sua glria.

    So Paulo: Civilizao Brasileira, 1968. p.10-11.)

    Explique uma caracterstica do Estado Novo.

    (UFBA) Na questo adiante escreva, no espao apro-20.priado, a soma dos itens corretos.

    (...) De maro de 1931 a fevereiro de 1940, foramdecretadas mais de 150 leis novas de proteo sociale de regulamentao do trabalho em todos os seussetores.

    No se tratava apenas de realizaes em matria deprevidncia e trabalho, mas a valorizao deliberada dotrabalhador nacional, relacionada s questes jurdicasseus aspectos sociais.

    A Constituio de 34 j reetia essa transformao nopas. Coube, porm, ao Estado Novo resolver os conitosentre o capital e o trabalho.

    O artigo 136 da Carta de 37 determina que o trabalho um dever social, tendo direito proteo especial doEstado. (...)

    (BERCITO, p. 63.)

    Com base no texto anterior e nos conhecimentos sobreo assunto, indique aspectos do trabalhismo getulista.

    (01) Sindicalismo de resultados, em que as conquistaseconmicas prevalecem sobre as polticas e ideo-lgicas.

    (02) Ocialismo, como instrumento de manipulao dasmassas e montagem de um arcabouo institucionalcontrolado pelo Estado.

    (04) Corporativismo, na medida em que propugna a uniodas classes produtoras em categorias prossionais,sob scalizao estatal.

    (UERJ) Se de meus ensinamentos colherdes algum19.fruto, descansarei satisfeito de haver cumprido a

    minha misso. Entre esses ensinamentos, avulta o dopatriotismo. Quero que consagreis sempre ilimitadoamor regio onde nascestes, servindo-a com de-dicao absoluta, destinando- lhe o melhor da vossainteligncia, os primores do vosso sentimento, o maisfecundo da vossa atividade, dispostos a quaisquersacrifcios por ela, inclusive o da vida. (...)

    Que a vossa gerao exceda a minha e as prece-dentes, seno em semelhante amor, ao menos nasocasies de o comprovar. Quando disserdes: Somosbrasileiros! levantai a cabea, transbordantes de no-bre ufania. Convencei-vos de que deveis agradecer

    quotidianamente a Deus o haver Ele vos outorgadopor bero o Brasil.

    (CELSO, Affonso (1900). Porque me Ufano do meu Pas.

    Rio de Janeiro: Briguiet, 1943.)

    Um chefe, um povo, uma nao: um Estado na-cional e popular, isto , um Estado em que o povoreconhece o seu Estado, um Estado em que a Naoidentica o instrumento da sua unidade e da sua so-berania. A est o Novo Estado Brasileiro. Um Estado

    que isto no uma simples mecnica de poder. tambm uma alma ou um esprito, uma atmosfera,uma ambincia, um clima. (...)

    (...) Somos todos fundadores [da Nao]. Fundar dedicar o pensamento, a vontade e o corao (...)No haveria ptria, famlia, igreja, se no renovasse,pelo pensamento ou pelo esprito, o ato de suafundao (...).

    (CAMPOS, Francisco. O Estado Nacional.

    Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1940. Discurso

    proferido em 10 de maio de 1938. Adaptado.)

    A partir dos textos de Affonso Celso no perodode consolidao da Repblica oligrquica e deFrancisco de Campos produzido durante o EstadoNovo, diferencie os conceitos de nao brasileirade cada um dos autores.

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    (08) Assistencialismo, visando despolitizar os sindicatos,retirando-lhes o carter de frum representativo daclasse trabalhadora.

    (16) Sindicalismo pelego, atrelado ao Estado, impedin-do a livre organizao dos trabalhadores na defesados seus interesses e direitos.

    (32) lnternacionalismo, na medida em que enfatiza os in-teresses comuns dos trabalhadores das diferentesnaes.

    Soma ( )

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    C1.

    A2.

    A3.

    Coluna Prestes e Intentona Comunista.4.

    A centralizao do poder, a elaborao da constituio5.de 1934 onde so incorporados os direitos trabalhistas

    e o voto feminino); a promoo da desenvolvimentoindustrial.

    B6.

    C7.

    A8.

    E9.

    D10.

    A11.

    D12.

    A13.

    E14.

    A15.

    C16.

    O estmulo industrializao brasileira decorre da dimi-1.nuio dos ganhos com os produtos agroexportadoresinternos.

    A regulao da produo cafeeira, por meio de polticasde interveno do Estado.

    A interveno do Estado na produo e comrcio dosestoques do caf brasileiro, dentre outras, a queima dosestoques de caf.

    A mudana na pauta de importaes brasileiras, dentrodo modelo de substituio de importaes.

    A Revoluo de 1930 e a ascenso dos setores mdiosurbanos.

    A ruptura do pacto oligrquico.

    C2.

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    Um dentre os objetivos:3.

    obstruir o processo de sucesso presidencial;

    viabilizar sua permanncia no poder.

    4.

    O tenentismo e a Aliana Liberal (Minas Gerais, Rioa)Grande do Sul) criada para combater a oligarquiapaulista.

    Com os efeitos negativos da crise de 29 sobre ob)preo do caf, o que deixou evidente a situaoprecria do pas em manter-se na dependncia es-trita da exportao de um s produto-chave, resul-tando a orientao do governo revolucionrio emestimular o desenvolvimento das indstrias, fossepelo favorecimento do cmbio alto, fosse pelo fatode o prprio Estado passar a investirem em inds-

    trias de base, tais como siderrgica, de lcalis, demotores, hidreltricas etc.

    5.

    A Grande Depresso foi a crise geral da economia,a)iniciada em 1929, possibilitada pelos efeitos daeuforia e da recuperao econmica articial dosEstados Unidos aps a Primeira Grande Guerra,

    provocando o desabamento da produo econ-mica e dos preos, o marasmo na agricultura e odesequilbrio do comrcio mundial.

    Sua propagao pelo mundo deu-se ao fato deestarem as economias capitalistas funcionando de

    forma interdependente, devido importncia dacapital norte-americano no ps-Primeira Guerra

    Mundial.

    Crise da economia cafeeira a Grande Depressob), ao provocar uma crise nos preos internacionaisdo caf, afetou a j combalida economia cafeeira.

    A6.

    Foi o m das velhas oligarquias, m do caf-com-leite,7.incio da Era Vargas e com ele uma srie de mudanas

    como o sistema eleitoral, partidos e industrializao,sindicatos etc.

    A Revoluo de 1930 levou ao poder Getlio Vargas,8.representando o m da hegemonia da oligarquia paulistano poder nacional. Em So Paulo, teve incio o movimentoconstitucionalista questionando o Governo Provisrio de

    Vargas, a convocao de uma Assembleia Constituintee a nomeao de um interventor pernambucano para ogoverno do estado. Em 1932, eclodiu a Revoluo Cons-titucionalista. Apesar da derrota paulista, foi convocadaa Assembleia Constituinte.

    E9.D10.

    11.

    Constituio de 1937, tambm conhecida como aa)Polaca, inspirada na Carta Del Lavorodo fascismoitaliano.

    O Estado Novo representou a consagrao de al-b) guns direitos trabalhistas importantes, tais como ainstituio do salrio-mnimo (1940), o estabeleci-mento da consolidao das Leis de Trabalho (CLT,1943) e a cristalizao das juntas de conciliao e

    julgamento do Ministrio do Trabalho (1939). Tam-bm veio a consagrar o sindicato nico por pros-so (Lei Sindical de 1939), verticalizado, atrelado aoEstado e a ele totalmente subordinado, de modo aimpedir qualquer outra modalidade de organizaodos trabalhadores.

    12.

    Os clssicos postulados de manuteno e garantia dospactos sociais sofreram profundas modicaes.

    J no basta assegurar a ordem e a continuidadeadministrativa.

    Essas proposies assinalam o esgotamento doestado liberal-democrtico.

    preciso controlar as foras econmicas, conduziras desigualdades de classe...

    Essa proposio defende o intervencionismo eco-

    nmico e social.A democracia poltica substitui a democracia econ-mica, em que o poder, emanado diretamente do povoe institudo para defesa do seu interesse, organiza otrabalho, fonte do engrandecimento nacional e nomeio de fortunas privadas.

    Neste trecho do discurso, h a defesa de princpioscorporativistas em que o Estado promove a interven-o direta na organizao social e econmica.

    B13.

    14.

    Forte interveno do Estado no processo de indus-a)trializao e a opo por privilegiar o desenvolvimen-to das indstrias de base (siderurgia/metalurgia).

    Interveno do Estado: procurando superar o im-b)passe, gerado por uma extrema dependncia dopas s exportaes de gneros primrios (agudi-zado com a crise de 29), o Estado no ps-30 agiacomo um verdadeiro empresrio, nanciando dire-tamente o processo de industrializao e criandoposies propcias para o empresariado nacionalcomo, por exemplo, o estabelecimento de um maior

    controle sobre a fora de trabalho, atravs da colo-cao em prtica das leis trabalhistas.

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    E15.

    16.

    A propaganda foi uma importante chave para aa)consolidao da gura de Vargas como lder e res-

    ponsvel pelo crescimento do Brasil.A poltica econmica do Estado Novo teve comob)caractersticas: o planejamento da economia poriniciativa do Estado, o investimento do Estado naindstria de base, o desencadeamento da indus-trializao brasileira e a criao de rgos pblicospara promover fomento de atividades econmicas:Instituto do Acar e do lcool, Instituto do Ch edo Mate, Conselho Nacional do Petrleo

    A17.

    A implantao da ditadura; a criao do Departamento18.

    de Imprensa e Propaganda (DIP); a formao do Mi-nistrio do Trabalho e o controle do movimento sindicalatravs da estrutura corporativista; a construo dotrabalhismo enquanto modelo de atuao varguista,elevando Getlio condio de lder, guia, estadista epai dos pobres.

    No primeiro texto, observa-se a concepo de nao19.romntica, onde esta anunciada como produto dopatriotismo ufanista e do amor de cada brasileiro aoterritrio onde nasceu.

    No segundo, de perl autoritrio, a nao produto do

    Estado e concebida como o todo que relega o indivduoa um segundo plano, cujo compromisso com a naodeve ser total, incluindo o pensamento e o esprito.

    4020.

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    O populismobrasileiro

    Aps a Segunda Guerra Mundial surgiu um

    fenmeno poltico latino-americano conhecido comPopulismo, que teve como seus principais expoen-tes Getlio Vargas no Brasil e o presidente argentinoDomingos Pern. O populismo resultado da crisedas polticas oligrquicas e do deslocamento do eixoeconmico do campo para a cidade, graas ao desen-volvimento urbano das primeiras dcadas do sculo

    XX, mesmo sem a inteno dos governos aristocratas.Desta maneira, o populismo agregou, pelo menos nodiscurso, os interesses destas classes atendendo--os em parte por meio de legislaes de proteo ao

    trabalhador e polticas industrializantes.

    Na verdade, em muitos momentos estes doisgrupos foram manipulados pela iniciativa dos presi-dentes populistas, consolidando a base poltica quesustentaria o regime por longos anos. A propagandaoficial do Estado assim como o carisma dos gover-nantes faziam parte da poltica populista, com umafachada democrtica estimulada pela derrota dofascismo aps a Segunda Guerra Mundial e a vitriado liberalismo. A principal caracterstica do populis-mo o apoio do lder poltico nas massas populares,vinculadas diretamente a ele, geralmente com laosde afetividade.

    Aps a Segunda Guerra Mundial o mundo se en-contra dividido em dois blocos, um constitudo pelasnaes capitalistas e outro pelas naes coligadas Unio Sovitica, e o mundo de uma maneira geralacabou se alinhando a uma dessas duas ideologias; o perodo conhecido como Guerra Fria. Em linhasgerais, foi o conflito ideolgico entre estas naes, e neste contexto que o Brasil, por meio de umTratadode Assistncia Mtuade 1947, se vinculou aos EUA.Como consequncia desta vinculao o Brasil rompeuligaes diplomticas com a Unio Sovitica (URSS) edecretou novamente ilegalidade do Partido Comunis-

    ta Brasileiro, sendo que seus representantes, eleitosem 1946, perdem seus mandatos.

    O governo Eurico Gaspar Dutra(1946-1951)

    Durante o governo de Eurico Gaspar Dutrauma nova constituio foi elaborada em 1946, em

    substituio a Constituio Polaca de 1937. AConstituio de 1946 retomava em partes as liberda-des legadas pela constituio de 1934 e suprimidaspela de 1937; ela representa a vinculao do Brasilao liberalismo vencedor da Segunda Guerra Mundial.Liberalismo que colocou o PCB na clandestinidademais uma vez, considerado uma organizao es-

    trangeira implantada no Brasil e que se opunha democracia ao defender a instalao da ditadura doproletariado.

    Eurico Gaspar Dutra.

    Autordesconhecido/ABr.

    Entre as principais caractersticas da Consti-tuio de 1946podemos destacar:

    manuteno do federalismo e do presiden-cialismo, e do equilbrio entre os trs poderes(Executivo, Legislativo e Judicirio);

    mandato presidencial de cinco anos;

    formao de Comisses Parlamentares deInqurito (CPI), para investigar autoridadesgovernistas;

    igualdade de todos perante a lei;

    fim da censura;

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    liberdade religiosa;

    proibio de qualquer organizao contrria democracia;

    liberdade de manifestao de pensamento

    sem censura, a no ser em espetculos ediverses pblicas.

    No governo Dutra, implantou-se no Brasil umapoltica econmica liberal que se efetivou com a en-

    trada macia de capitais e bens de consumo no-du-rveis estrangeiros, ou seja, uma completa aberturaeconmica que provocou dficitna balana comercialbrasileira. Consequentemente o Brasil conheceu fa-lncias, desempregos, dvida externa e inflao.

    A interveno do Estado na economia era restri-ta apenas aos setores considerados essenciais sa-de, alimentao, transporte e energia, concretizadano Plano SALTEde 1947. O plano apresentou, deconcreto, a pavimentao da rodovia Rio-So Paulo,(atual Via Dutra), a abertura da rodovia Rio-Bahiae a instalao da Companhia Hidroeltrica do SoFrancisco (Chesf). A abertura ao capital estrangeiroe aos bens de consumo importados quase esgotou asdivisas brasileiras obtidas com o comrcio durante aSegunda Guerra Mundial.

    Os anos aps a Segunda Guerra Mundial forammarcados pelo crescimento da produo mundial(capital internacional) e expanso em direo denovos mercados, entre eles o Brasil. A economiabrasileira, antes protegida pela interveno do Es-

    tado, passa gradativamente a se inserir no mercadomundial.

    PLANO SALTE

    Sade

    Alimentao

    Transporte

    Energia

    O governo democrtico deGetlio Vargas (1951-1954)

    Com o trmino do mandato do general Eurico

    Gaspar Dutra novas eleies foram convocadas, daqual Vargas sagrou-se vitorioso graas ao apoio dostrabalhadores.

    Diferentemente de seu antecessor, Vargaspromoveu o nacionalismo econmico, que tinhacomo principais medidas a restrio s importaes,limites aos investimentos estrangeiros e remessade divisas para o exterior. Uma das primeiras medi-das deste projeto foi a criao do Banco de Desen-volvimento Econmico (BNDE) para incentivar aindstria nacional.

    Porm, a ao que mais chamou ateno nogoverno de Vargas foi a campanha O Petrleo Nosso que resultou na criao da Petrobras, em1953. Esta companhia estatal possua o monoplioda extrao e do refino do petrleo, para ampliar arede energtica brasileira.

    Refinaria da Petrobras em Duque de Caxias no Riode Janeiro.

    Autordesconhecido.

    Joo Goulart foi nomeado para o Ministrio doTrabalho, aproximando-se dos movimentos trabalhis-

    tas por meio da duplicao do salrio mnimo. Estamedida fez com que Joo Goulart, popularmenteconhecido como Jango, fosse visto como o sucessorpoltico de Vargas pelos trabalhadores.

    No entanto, esta atitude nacionalista no agra-dou a alguns setores tanto de dentro como fora dopas. Neste perodo, os Estados Unidos cancelaramo acordo de desenvolvimento entre Brasil e os EUA,por intermdio do ento presidente norte-americano

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    Dwight Eisenhower. Alm da oposio das empre-sas estrangeiras e grupos petrolferos contrrios Petrobras, Vargas contou ainda com a oposio demuitos oficiais das Foras Armadas, preocupadoscom a mobilizao popular e com as medidas nacio-

    nalistas no Brasil. A UDN tambm foi um dos centrosde oposio a Vargas, representando a voz da eliteliberal brasileira, interessada na reabertura da eco-nomia. O comando da oposio udenista pertencia ao

    jornalista Carlos Lacerda, que com seu jornal TribunadaImprensa, lanava ofensas pessoais a Vargas,procurando desarticular um dos pilares da polticavarquista: a imagem.

    No dia 5 de agosto de 1954, ocorreu um aten-tado contra Carlos Lacerda que vitimou o major daAeronutica Rubens Vaz. Investigaes posterioresapontaram o envolvimento do tenente Gregrio For-

    tunato (o Anjo Negro), chefe da guarda pessoal deVargas, acabando por incidir sobre Vargas no a au-toria, mas o mandato pelo assassinato. Esse episdioficou conhecido como oAtentado da Rua Toneleros.Carlos Lacerda e o Exrcito exigiram a renncia deVargas. Vargas se suicidou em 24 de agosto de 1954,aps redigir sua Carta Testamento, gerando fortecomoo nacional. Por todo o Brasil surgiam manifes-

    taes populares contra diretrios da UDN, jornais deoposio e a embaixada dos EUA no Brasil.

    Cenas de desespero popular no velrio de Vargas.

    Autordesconhecido.

    A carta-testamento

    Mais uma vez, as foras e os interesses contrao povo coordenaram-se novamente e se desenca-deiam sobre mim. No me acusam, insultam, nome combatem, caluniam, e no me do o direito dedefesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir aminha ao, para que eu no continue a defender,como sempre defendi, o povo, principalmente oshumildes. Sigo o destino que me imposto. (...) Acampanha subterrnea dos grupos internacionaisaliou-se dos grupos nacionais revoltados contra o

    regime de garantia do trabalho. (...) Contra a justiade reviso do salrio mnimo se desencadearam osdios. Quis criar a liberdade nacional na potencia-lizaro das nossas riquezas atravs da Petrobras e,mal comea esta a funcionar, a onda de agitaose avoluma. (...) Tenho lutado ms a ms, dia-a-dia,hora a hora, resistindo a uma presso constante (...).Nada mais vos posso dar, a no ser meu sangue.Se as aves de rapina querem o sangue de algum,querem continuar sugando o povo brasileiro, euofereo em holocausto a minha vida. (...). Eu vosdei a minha vida, agora vos ofereo a minha morte.

    Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo nocaminho da eternidade e saio da vida para entrarna histria.

    Getlio Vargas

    (CARONE, E . A Quarta Repblica(1945-1964).

    So Paulo: Difel, 1980. p. 58-59.)

    O governo de JuscelinoKubitschek (1956-1961)

    Aps o suicdio de Vargas que tanto marcou ecomoveu a populao, o vice-presidente Caf Filhoassumiu o poder, garantindo eleies para o ano de

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    1955. Estas foram vencidas por Juscelino Kubitschekdo PSD (presidente) e Joo Goulart do PTB (vice).Contudo, aps as eleies e antes da posse dos elei-

    tos, em 1955, Caf Filho foi afastado por problemasde sade, assumindo o presidente da Cmara, Carlos

    Luz adversrio de Juscelino Kubitschek. Frente aesta situao, a UDN e setores da Marinha comea-ram a imaginar um golpe para impedir a posse doscandidatos eleitos. Contra os golpistas e a favorda garantia de cumprimento do determinado pelaseleies, Carlos Luz foi derrubado pelo Ministro daGuerra General Henrique Teixeira Lott, assumindoo presidente do Senado Nereu Ramos, que garantiua posse de Juscelino.

    Este foi um governo de relativa estabilidade po-lticadevido aliana PSD-PTB e o apoio das ForasArmadas, sob o comando do general Lott.

    No governo JK nasceu a ideologia do nacional--desenvolvimento, que representou uma fase degrande crescimento da economia, baseada na ordemdo ps-guerra. Este projeto foi concretizado atravsdo Plano de Metasque pretendia, em linhas gerais,fazer em 5 anos o que nenhum presidente havia feitoem cinquenta anos. As reas que JK pretendia atuarforam a energia, transporte, educao, indstria ealimentos.

    Autordesconhecido/ABr.

    Juscelino Kubitschek.

    Visando esta modernizao e crescimento eco-nmico neste perodo percebemos a forte penetraode capitais estrangeirose de empresas transna-

    cionais, o que representou a adeso ao capitalismointernacional baseado na lgica do Trip Econmi-co, ou seja, trs formas distintas de investimento:o capital estatalque deveria investir em indstriade base e infraestrutura; o capital privado nacional

    que se responsabilizaria pela indstria de bens deconsumo no-durveis (txteis, alimentos, bebidas)e ocapital estrangeiroque representaria a indstriade bens de consumo durveis (automobilstica e deeletrodomsticos), alm da indstria farmacutica,garantindo dessa forma o desenvolvimento destesetor no pas.

    Vale ressaltar, ainda, a construo das hidrel-tricas de Furnas e Trs Marias, a pavimentao deestradas e a criao da Sudene(Superintendnciade Desenvolvimento do Nordeste). Esta pretendiacorrigir o desequilibrio no desenvolvimento das

    regies, levando capitais para o Nordeste. Entretan-to, um dos efeitos colaterais da poltica de JK foi aacentuao das distores regionais, uma vez quea Sudene foi incapaz de zelar pelo desenvolvimentodo Nordeste em equiparao com o Sudeste. Embora

    tenha sido extinta na dcada de 1990, recentementeo governo de Luiz Incio Lula da Silva reativou aSudene, numa nova tentativa de promoo do de-senvolvimento na regio.

    JK criou ainda o Geia(Grupo de Estudo da In-dstria Automobilstica) e construiu uma nova capitalem Braslia, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer

    e pelo urbanista Lcio Costa e inaugurada em 21 deabril de 1960. A nova capital era uma das principaismetas de seu plano econmico e seria um dos smbo-los de um pas que se desenvolvia. JK defendia quea nova capital deveria estar situada no interior doBrasil por uma questo de defesa de possveis ata-ques estrangeiros, alm da necessidade de ocupaodo interior do Brasil. Apesar de ter contribudo muitopara a ocupao do Centre-Oeste, a transfernciada capital do Rio de janeiro para Braslia reduzia aspresses sobre o Governo Federal, uma vez que asede da administrao nacional passou a estar bem

    distante dos principais centros urbanos do pas.Diante das transformaes proporcionadas pela

    nova estruturao econmica do pas percebemoscomo consequncias da administrao JK o desen-volvimento desigual do Brasil, devido a priorizaodo eixo Sul-Sudeste; a diversificao da atividadeprodutiva e a intensificao da industrializaobrasileira, grande envio de recursos para o exterior,controle dos principais setores produtivos pelo ca-pital estrangeiro, crise financeira provocada pelosinmeros emprstimos no exterior e inflao.

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    O governo de Jnio Quadros(31/01 at 25/08 de 1961)

    Juscelino Kubitschek conseguiu estabilizar o

    pas politicamente, mas o entregou endividado aseu sucessor Jnio Quadros, que tomou posse emjaneiro de 1961. Jnio Quadros, candidato da UDN,venceu o candidato indicado pela coligao PSD--PTB marechal Henrique Teixeira Lott, utilizando opopulismo da campanha anticorrupo simboliza-da por uma vassoura.

    Autordesconhecido/ABr.

    Jnio Quadros.

    No campo econmico, para tentar sanear as

    combalidas contas do Estado, Jnio Quadros cortousubsdios estatais para a importao do trigo e dopetrleo, porm s gerou mais inflao.

    Num discurso populista e de certo tom moralis-ta, Jnio apresentava-se como o homem do tostocontra o milho que iria sanear a nao. No

    bastasse o fato de Jnio ter conquistado o apoiomacio da classe mdia e de setores militares,Lott revelou-se um candidato desastroso que almde soar artificial em sua defesa do getulismo, eradesprovido de oratria.

    Outras caractersticas do governo de Jniomerecem destaque como o seu conservadorismoculturala partir da proibio das brigas de galoedo uso de biqunis no calado. Seu discurso depoltica externa independenteera baseado num

    discurso autonomista em relao aos Estados Uni-

    dos que pregava o no-alinhamento automticoeo restabelecimento de ligaes diplomticas comos pases socialistas.

    O ponto alto desta poltica externa foi a condeco-rao do ento Ministro da Economia cubana Ernesto

    Che Guevara com a Ordem do Cruzeiro, dentre outrasmedidas que tornavam sua forma de governar bemsingular. Em tempos de Guerra Fria, as atitudes deJnio deixaram as lideranas brasileiras assustadascom os rumos que o Brasil poderia tomar.

    Jnio governava sem base poltica: o PTB e oPSD dominavam o congresso, Lacerda passara para aoposio. Jnio no consultava a UDN e o pas estavaendividado. neste contexto que no dia 25 de agostode 1961, Jnio declarou sua renncia, acreditandoque vrios setores sociais clamariam sua volta, afi-nal seu vice era ningum mais, ningum menos que

    Joo Goulart. Desde o governo de Vargas, Jango considerado lder da repblica sindicalista, umcomunista disfarado de democrata e ainda por cimase encontrava numa visita oficial a China, comunistade Mao Tse-tung.

    Porm, os planos de Jnio deram errado e a suarenncia foi aceita sem restries. Jnio tinha acer-

    tado no tocante ao medo de certos setores sociais,como os militares, de que tomasse realmente possee, desse modo, ministros militares tentaram impedireste acontecimento, declarando estado de stio.

    neste contexto que surgiu a Campanha