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Redes Avanadas em Telecomunicaes

Projeto Final

UNIVERSIDADE ESTCIO DE S INSTITUTO POLITCNICO REDES AVANADAS EM TELECOMUNICAES

SERVIOS DE VOZ, VDEO E DADOS EM REDES GPON FTTx

Alexandre Rocha Silveira de Souza Llio de Oliveira Motta Milton Ventura Pitanga Rodrigo dos Santos Ferreira Ualas Domingues do Nascimento

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Projeto Final

Dezembro 2008

Redes Avanadas em Telecomunicaes

Projeto Final

SERVIOS DE VOZ, VDEO E DADOS EM REDES GPON FTTx Alexandre Rocha Silveira de Souza Llio de Oliveira Motta Milton Ventura Pitanga Rodrigo dos Santos Ferreira Ualas Domingues do Nascimento

TRABALHO MONOGRFICO SUBMETIDO AO CORPO DOCENTE DA COORDENAO DO INSTITUTO POLITCNICO, COMO PROJETO FINAL DE CURSO PARA A OBTENO DO GRAU DE TECNLOGO EM REDES AVANADAS EM TELECOMUNICAES. Banca formada por: _____________________________________ Dr. Cesar Gustavo Silveira da Costa Coordenador da Disciplina Projeto Final _____________________________________ Prof. MSc. Antonio Jose Silvrio Orientador de Projeto _____________________________________ Prof. Dra Conceio Salles

RIO DE JANEIRO , RJ BRASIL DEZEMBRO DE 2008

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SOUZA, ALEXANDRE ROCHA SILVEIRA DE; MOTTA, LLIO DE OLIVEIRA; PITANGA, MILTON VENTURA; FERREIRA, RODRIGO DOS SANTOS; NASCIMENTO, UALAS DOMINGUES DO Servios de voz, vdeo e dados em redes GPON FTTx [Rio de Janeiro] 2008. X, 68 p. 29,7 cm (Instituto Politcnico, Tecnlogo, Redes Avanadas em Telecomunicaes, 2008) Monografia Universidade Estcio de S 2. 3. 1. Servios Convergentes GPON FTTx Redes Avanadas em Telecomunicaes I. Universidade Estcio de S II. Ttulo ( srie )

4.

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Dedicatria

Dedicamos este Projeto a todos os professores que nos acompanharam e auxiliaram durante todo o decorrer do curso em especial ao nosso orientador de projeto Prof. MSc. Antonio Jose Silvrio e o coordenador de projeto Prof. Dr. Cesar Gustavo Silveira da Costa.

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Agradecimentos

Agradecemos a Deus por nos dar o livre arbtrio e discernimento em nossas escolhas profissionais e pessoais. Agradecemos aos nossos familiares pela educao e incentivo incondicional, nos tornando indivduos com tica e moral.

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Resumo do trabalho monogrfico submetido ao Corpo Docente do Instituto Politcnico da Universidade Estcio de S, como Projeto Final de curso para a obteno do Grau de Tecnlogo em Redes Avanadas em Telecomunicaes.

SERVIOS DE VOZ, VDEO E DADOS EM REDES GPON FTTx Alexandre Rocha Silveira de Souza Llio de Oliveira Motta Milton Ventura Pitanga Rodrigo dos Santos Ferreira Ualas Domingues do Nascimento

Novembro - 2008

Orientador de Projeto: Coordenador de Projeto Final:

Prof. MSc. Antonio Jose Silvrio Prof. Dr. Cesar Gustavo Silveira da Costa

Este projeto descreve a prestao de servios convergentes de voz, vdeo e dados em um condomnio de grande porte, utilizando redes GPON (Gigabit Passive Optical Networks) com soluo FTTx (termo genrico para designar arquiteturas de redes at a ultima milha). Este sistema, possibilitar a transmisso de TV de alta definio e atravs das redes wireless permitir ainda que seja agregado o acesso mvel banda larga, utilizando o padro Wi-Fi, nas reas comuns.

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SUMRIO INTRODUO................................................................................................................11 1 CLIENTE : CONDOMNIOS.................................................................................... 13 1.1 Telecomunicaes em condomnios de grande porte............................... 13 1.2 Demandas Atuais...................................................................................... 14 1.3 Supremo Condomnio Resort.................................................................... 15 2 REDE DE ACESSO................................................................................................ 17 2.1 Redes PON............................................................................................... 17 2.2 GPON....................................................................................................... 26 2.2.1 Benefcios GPON........................................................................ 27 2.2.2 Conceito da Soluo................................................................... 27 2.3 Arquitetura FTTx....................................................................................... 31 2.4 Wirelless................................................................................................... 33 3 TECNOLOGIA E PADRES.................................................................................. 34 3.1 TV Digital.................................................................................................. 34 3.2 VoIP.......................................................................................................... 36 3.3 Wi-Fi......................................................................................................... 37 3.3.1 - Padres 802.11........................................................................... 39 3.3.2 Segurana da Rede.................................................................... 43 3.4 CWDM...................................................................................................... 44 4 IMPLANTAO...................................................................................................... 46 4.1 Perdas pticas......................................................................................... 47 4.2 Topologia.................................................................................................. 49 4.3 Equipamentos........................................................................................... 51 4.4 Servios.................................................................................................... 58 4.5 Dimensionamento de Rede....................................................................... 62

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4.6 Custos....................................................................................................... 62 4.6.1 Operadora................................................................................... 62 4.6.2 Implantao................................................................................. 63 4.6.3 Servios....................................................................................... 64 CONCLUSO............................................................................................................... 66 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS............................................................................. 67

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Lista de Figuras Figura 1 Capacidade dos Cabos................................................................................ 15 Figura 2 - Topologia Bsica de uma rede PON............................................................. 18 Figura 3 - Estrutura Bsica de uma rede PON.............................................................. 19 Figura 4 - Itens em uma rede PON................................................................................ 21 Figura 5 - Funes do OLT............................................................................................ 22 Figura 6 - Modelo de OLT.............................................................................................. 22 Figura 7 - Funes do ONT e ONU .............................................................................. 23 Figura 8 - Modelo de ONT............................................................................................. 23 Figura 9 - Rede PON Topologia em anel...................................................................... 24 Figura 10 - Rede PON Topologia em rvore................................................................. 25 Figura 11 - Redes PON Topologia em Barramento....................................................... 26 Figura 12 - Conceito de uma rede GPON..................................................................... 28 Figura 13 - Componentes bsicos do GPON................................................................ 29 Figura 14 - Distribuio de uma rede GPON................................................................ 30 Figura 15 - Arquitetura FTTx......................................................................................... 31 Figura 16 Solues FTTx........................................................................................... 32 Figura 17 - Ligaes VoIP............................................................................................. 37 Figura 18 - Estaes e access point Wi-Fi.................................................................... 38 Figura 19 - Multiplexao WDM.................................................................................... 45 Figura 20 - Maximo Recreio Condominio Resort........................................................... 46 Figura 21 Masterplan.................................................................................................. 49 Figura 22 Topologia de Acesso.................................................................................. 49 Figura 23 Arquitetura FTTA........................................................................................ 50 Figura 24 Arquitetura FTTH........................................................................................ 50 Figura 25 Cabo ptico................................................................................................ 51 Figura 26 Caixa de emenda ptica............................................................................. 52 Figura 27 Splitters pticos para Caixas/bandejas de Emenda.................................. 52 Figura 28 Splitters pticos Modulares........................................................................ 53 Figura 29 Armrio Tri-box........................................................................................... 53 Figura 30 DIO............................................................................................................. 54

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Figura 31 - Cabo drop................................................................................................... 54 Figura 32 Mini DIO...................................................................................................... 55 Figura 33 Extenso ptica.......................................................................................... 55 Figura 34 Cordo ptico............................................................................................. 56 Figura 35 Caixa Aparente Multimedia........................................................................ 56 Figura 36 - ONT............................................................................................................. 57 Figura 37 Roteador Wireless...................................................................................... 57 Figura 38 Conversor Digital........................................................................................ 58 Figura 39 Servios e preos....................................................................................... 65

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Lista de Tabelas Tabela 1 Caractersticas de Codecs de VoIP............................................................. 37 Tabela 2 Perda ptica................................................................................................ 47 Tabela 3 Perda ptica apartamento 601 bloco Gerib............................................... 48 Tabela 4 Classe da rede GPON................................................................................. 48 Tabela 5 Custos Operadora....................................................................................... 63 Tabela 6 Custos Implantao..................................................................................... 63 Tabela 7 Pulsos por minuto........................................................................................ 64 Tabela 8 Pacotes de DigTv........................................................................................ 64 Tabela 9 Pacotes FastNET........................................................................................ 64

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INTRODUONas ltimas dcadas, mais precisamente a partir de 1990, observamos a evoluo muito veloz das telecomunicaes no Brasil e no mundo. Dentre as conseqncias de tal avano tecnolgico, observamos alm da explorao mxima da capacidade das redes metlica, o surgimento de uma tendncia denominado convergncia. Tal tendncia ocorre de diferentes formas, seja atravs do modo que os servios so cobrados, atravs de equipamentos com capacidades limitadas a uma nica funo ou atravs das redes at ento distintas. O mais importante que a tecnologia chegue cada vez mais rpida e de forma simples ao cliente final. Com o surgimento da grande rede de computadores, no foi diferente. Construda utilizando uma infra-estrutura j montada em rede IP e baseada na comutao de pacotes, a Internet se popularizou rapidamente, tornando as empresas e consumidores finais mais exigentes a outros meios de comunicaes. Os usurios finais percebem de forma prtica uma crescente disponibilidade do conjunto de servios integrados, os quais oferecem fcil acesso e preos razoavelmente baixos. Esta tendncia induz a fidelizao dos clientes a determinados provedores de servio, com isso tero uma nica cobrana com a discriminao destes e a assistncia tcnica unificada ao fim do ms. O mercado de telecomunicaes, a cada ano, obrigado a investir em melhorias e buscar alternativas para suas redes de acesso devido ao aumento exponencial da demanda por novas aplicaes e a crescente oferta de servios agregados e requisitados pelo usurio final. Este cenrio tem levado a migrao das redes de acesso de cobre, para tecnologias de fibras pticas, mais flexveis e de desempenho mais elevados. As Redes pticas Passivas Gigabit (GPON) surgiram como a nova soluo no mercado de acesso ptico, oferecendo suporte sem precedentes para alta velocidade e permitindo o transporte de mltiplos servios, especialmente dados em seus formatos originais e com extrema eficincia. a soluo ideal e prova do futuro para o

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congestionamento

da

ltima

milha,

oferecendo

aplicativos

Triple-Play,

mas

permanecendo aberto para outros servios. Este projeto destina-se a prestao de servios integrados de voz, vdeo e dados em um condomnio de grande porte, utilizando redes GPON com a soluo FTTx (termo genrico para designar arquiteturas de redes at a ultima milha). Este sistema, alm de possibilitar a transmisso de TV de alta definio, permite que seja agregado o acesso mvel internet banda larga, utilizando o padro Wi-Fi nas reas comuns. O trabalho aborda, em suas partes principais, o sistema e tecnologias baseadas em fibras pticas com componentes passivos, bem como a arquitetura e funcionamento dos mesmos. Em seguida, descreve a implantao do projeto de rede e prestao de servios convergentes contratado pelo Supremo Condomnio Resort.

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1 CLIENTE : CONDOMNIOS medida que a sociedade foi se tornando complexa, devido concentrao da populao nos centros urbanos, uma nova forma de vida em comum foi criada, diante da necessidade de aproveitamento de reas de terrenos mais propcias habitao. Surgiu ento a moradia em edifcios de dois ou mais pavimentos, que futuramente receberia o nome de condomnio horizontal. Ressalte-se que aps a primeira grande guerra, a sociedade brasileira pressionou, de forma contundente, o estado, para que buscasse um melhor aproveitamento dos terrenos urbanos, de modo a permitir que o maior nmero de famlias pudesse utilizar, de maneira racional, uma nica parcela do terreno. Essa presso exercida pela sociedade incidiu diretamente na esfera jurdica, para onde as questes foram levadas, dando ensejo a um novo conceito de condomnio, que veio a se chamar o condomnio horizontal[1]. Os condomnios normalmente possuem diversas vantagens em relao aos prdios tradicionais. Uma delas a segurana, pois maioria dos condomnios possui segurana prpria e a entrada dos condminos controlada, permitindo apenas a entrada de moradores e pessoas autorizadas. Alm disso, possuem espaos de lazer para seus moradores como parques infantis, quadras, piscinas, saunas, churrasqueiras, academia, espao de festa, cinema, tudo isso concentrado no mesmo condomnio. 1.1 - Telecomunicaes em condomnios de grande porte Atualmente a grande maioria dos condomnios de grande porte so atendidos utilizando os servios de telecomunicaes oferecidos apenas pelas grandes operadoras do mercado. Tais servios normalmente so oferecidos atravs de uma rede de par metlico ou por cabo coaxial. So tipos de redes consideradas limitadas em comparao com a rede de fibra ptica, pois so vulnerveis a interferncia eletromagntica e a sua banda passante bem limitada, sendo assim impossibilitando uma maior alternativa de

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oferecer servios com melhor qualidade e principalmente uma maior variedade, conforme ilustra a figura 1. A qualidade dos servios nem sempre atendem as expectativas dos clientes e os preos tambm no costumam ser de acordo com o servio oferecido. Uma das dificuldades neste cenrio a quantidade de servios oferecidos por operadoras diferentes e consequentemente redes diferentes para atender ao nico cliente gerando assim complicaes a comear por inmeras faturas a pagar no fim de cada ms por cada servio prestado e o aumentando o custo para os clientes, pois cada servio onerado por cada operadora. Para as operadoras a maior dificuldade a manuteno de vrias redes distintas com atendimento a cada servio. 1.2 - Demandas Atuais Convergncia de servios a tendncia que est sendo seguida por todos os seguimentos de telecomunicaes, isto , unificao entre duas ou mais redes de comunicao distintas numa nica rede capaz de prover os servios antes prestados pelas diversas redes[2]. S atravs de uma rede convergente que poderemos prover servios variados de telecomunicaes para um determinado cliente utilizando o mesmo meio de transmisso. Com o crescimento deste conceito est sendo cada vez mais demandado uma maior quantidade de servios e conseqentemente uma melhoria de qualidade nos servios j existentes. Atualmente os tipos de servios mais demandados para um cliente domstico so os servios em telefonia fixa e banda larga fixa, mas para um futuro bem prximo ser tambm muito demandado os servios de Televiso de alta definio ou TV Digital. Cada vez mais a demanda de banda larga torna-se muito insuficientes pelo usurio devido s novas aplicaes na internet, a telefonia fixa comutada est cada vez mais em baixa no mercado por causa de seus custos atuais e sendo substituda pela telefonia IP e a TV analgia est com seus dias contados, afinal no uma opo de entretenimento que interage com o usurio.

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Figura 1 Capacidade dos Cabos

No futuro mais prximo, ningum quer ficar para trs, tanto as operadoras que sempre buscam novas alternativas para oferecer diferentes servios e os consumidores que procuram praticidade e principalmente qualidade por qualquer servio contratado, afinal no basta ser til, ele precisa ser eficiente a atender todas as necessidades dos clientes. 1.3 - Supremo Condomnio Resort Neste projeto o cliente a ser atendido o Condomnio Supremo Condomnio Resort, um condomnio luxuoso situado na cidade do Rio de Janeiro mais precisamente no bairro do Recreio dos Bandeirantes composto por 8 blocos de 6 andares com 4 apartamento por andar de 3 a 4 quartos com rea til de 95m at 293m e 2 vagas de garagem. Alm dos blocos tero os seguintes espaos de lazer para seus moradores: Quadra de tnis, quadra poli esportiva, churrasqueira, forno de pizza, saunas, piscinas adulto e infantil, deck molhado, bar, praa de brinquedos, fitness, rea de ginstica, espao de festas e cinema.

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Estaremos disponibilizando para o condomnio e respectivamente para seus moradores os servios de: Banda Larga, Televiso Digital, Telefonia IP, alem oferecer acesso a internet nas reas comuns do prdio utilizando redes sem fio. Esses servios esto sendo disponibilizados aos seus moradores com tecnologia GPON com arquitetura FTTx conforme ser descrito nos captulos subseqentes. Proporcionando em uma nica rede, uma alta taxa de conexo a internet muito maior na qual as operadoras podem oferecer ao mesmo preo. A possibilidade de utilizar o servio de internet fora dos apartamentos atravs do padro Wi-Fi, Televiso Digital com alta definio e Telefone sem assinatura e com tarifas de ligaes muito mais barato que um telefone fixo convencional oferecido pelas operadoras. Alm da qualidade dos servios oferecidos tambm o cliente recebe ao final de cada ms apenas uma fatura com todos os servios prestados.

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2 REDE DE ACESSO A rede de acesso a parte da rede de comunicao que conecta o usurio final a um ponto de terminao, na planta ligada ao n de acesso. A rede de acesso definida de forma a fornecer ao usurio diferentes aplicaes que deseja e devem ser economicamente vivel para a operadora de telecomunicaes. A rede possui diferentes tipos de meios; como wireless, fibra ptica, cabo de par tranado, cabo coaxial ou ate mesmo a combinao desses. Alm disso, possui diferentes topologias[3]. Nunca uma rede de acesso foi to importante a ponto de fazer com que os fornecedores procurassem novas maneiras para entregar servios de seus usurios finais. A fibra vista como a melhor alternativa, em longo prazo, de acesso s novas tecnologias broadband. A maior expectativa em torno da rede de acesso por fibra a oferta de servios convergentes, a oportunidade de oferecer de uma s vez, aos clientes, servios de alta velocidade de dados, de voz e de vdeo. O mercado grande e crescente, incluindo no s residncias como tambm negcios em prdios comerciais. Tendo a oferta de servios convergentes como principal objetivo, os fornecedores esto explorando a melhor maneira de mover a fibra cada vez mais para perto do cliente.

2.1 Redes PON

Redes PON (Passive Optical Network) so redes de acesso que utilizam equipamentos passivos, isto , sem a necessidade a alimentao de energia, para transmitir o sinal ptico desde a central de telecomunicaes at o cliente final. O sinal transmitido atravs de fibra ptica, em sinais de upstream e downstream em comprimento de ondas distintos e sendo dividido para os usurios atravs dos splitters pticos, que so elementos utilizados na rede como acopladores/divisores do sinal ptico, conforme demonstra a figura 2[4]. Upstream quando todos os pacotes que se originam no cliente e se dirigem a operadora e downstream quando todos os pacotes que se originam na rede e se

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dirigem para o cliente. Quando o splitter faz upstream, a distribuio pode ser feita usando-se vrios mtodos, porm geralmente usado o TDMA (Time Division Multiple Access) para upstream por sem o mais simples e com menor custo. No caso do downstream, as recomendaes do ITU-T utilizam o TDM (Time-Division Multiplexing), pois associa cada cliente com seus respectivos time-slots[3].

Figura 2 - Topologia Bsica de uma rede PON As redes PON tm custo efetivo menor que as redes ponto-a-ponto no acesso ptico de ultima milha, porm isto significa muito mais do que custo atrativo[5]. Alguns dos benefcios de uma rede PON incluem: a) Prov acesso em fibra ptica com um custo de manuteno menor que o par metlico, permitindo s operadoras repassar est reduo para suas margens operacionais e com isto reduzindo o custo para os seus usurios finais. b) Transmite as informaes em um nico par de fibras para 64 elementos reduzindo em escala os custos de uma transmisso padro ponto-a-ponto. c) O uso da interface ptica otimizada pela OLT porque uma nica fibra ptica atende 64 localidades.

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d) A alocao de banda para o usurio e feita remotamente, habilitando ao provedor de acesso o provisionamento rpido e fcil de seus servios. e) Mantm a arquitetura das redes dos usurios intacta. As ONUs convertem o trfego ptico para os protocolos j existentes nas redes dos usurios (IP, Ethernet, SDH, etc), no havendo a necessidade de mudanas e/ou adaptaes. f) Reduz os pontos de falhas em relao aos sistemas ponto-a-ponto.

A rede PON, conforme figura 3, formada por alguns equipamentos como os OLT (Optical Line Terminal), localizados nas bordas dos anis pticos das redes de transporte SDH, e tambm por equipamentos ONU (Optical Network Units) ou ONT (Optical Network Terminal) localizados em condomnios, gabinetes nas caladas, sites e residncias.

Figura 3 - Estrutura Bsica de uma rede PON

Uma rede PON composta pelos seguintes itens conforme a figura 4[6]:

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a)

Central de Equipamentos/Headend: local onde ficam instalados os

OLT e o DGO (Distribuidor Geral ptico), responsveis pela interface entre os equipamentos de transmisso e os cabos pticos; b) Rede ptica Troncal/Feeder: composta basicamente por cabos

pticos que levam o sinal da central aos centros de distribuio; c) Centros de Distribuio: dividem o sinal ptico em reas mais

distantes da central assim reduzindo o nmero de fibras pticas para atender a estes acessos. Neste local so instalados pequenos armrios pticos de distribuio associados splitters pticos; d) Rede ptica Distribuio: leva o sinal dos centros de distribuio

s reas especficas de atendimento. Associados a estes cabos, so utilizados caixas de emenda para derivao das fibras para uma melhor distribuio do sinal. Caixas de emenda tambm denominadas NAP (Network Access Point), so devidamente alocadas para a distribuio do sinal realizando a transio da rede ptica feeder rede terminal denominado de rede drop; e) Rede ptica Drop: composta por cabos pticos auto-sustentados

de baixa formao de nmero de fibra. A partir da caixa de emenda terminal (NAP) levam o sinal ptico at o assinante. Podem terminar em pequenos DIOs (Distribuidor Interno ptico - para transio do cabo para cordo ptico) ou em pequenos FOBs (bloqueios pticos - para transio do cabo para extenso ptica) no interior da casa/prdio; f) Rede Interna: a partir do FOB (caixa de bloqueio ptico) ou DIO

(distribuidor interno ptico), so utilizadas extenses pticas ou cordes pticos para realizar a transio do sinal ptico da fibra ao receptor interno do assinante.

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Figura 4 - Itens em uma rede PON Os elementos bsicos de uma rede PON so o OLT, ONU e ONT. OLT o equipamento que agrega e distribui o trfego para diversos ONTs ou ONUs na rede, alm de viabilizar os servios para o usurio, controlar o (Qos) e o SLA. SLA um contrato informal entre um provedor e um cliente em que so definidos os termos de responsabilidade do portador ao cliente e o tipo e de extenso da remunerao se aquelas responsabilidades no forem cumpridas, conforme demonstram as figuras 5 e 6[3].

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Figura 5 - Funes do OLT

Figura 6 - Modelo de OLT

O ONU e o ONT so equipamentos utilizados para converter o sinal ptico em eltrico e ser encaminhado para as portas padres dos equipamentos de aplicao do usurio final conforme demonstra a figura 7 e 8.

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Figura 7 - Funes do ONT e ONU

Figura 8 - Modelo de ONT

Os ONTs so mais indicado para aplicaes FTTA (Fiber To The Apartment) e FTTH (Fiber To The Home), a ONT tem duas portas Ethernet para trfego de dados e at duas portas E1 para o transporte de trfego de voz. Sua topologia bastante flexvel e se adapta facilmente com a necessidade de sua operacionalizao. As opes de topologias de redes PONs so de anel, rvore e barramento[5].

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Na topologia em anel conforme a figura 9, duas ONUs so conectadas a uma OLT criando dois segmentos PONs. A partir da primeira ONU do segmento PON so conectadas as outras ONUs de maneira serial formando um barramento ptico. Ento cada ONU do barramento funciona como um derivador tico ativo (splitter 1:1) ou um elemento passante como no SDH. Ao final dos barramentos as ultimas ONUs da topologia so conectadas entre si e ento fecham um anel ptico a partir de dois segmentos PONs (barramentos).

Figura 9 - Rede PON Topologia em anel

A vantagem desta topologia a redundncia da rede e possibilidade de configurao do custo mtrico de trfego. Na topologia em rvore, conforme ilustrada na figura 10, as ONUs so conectadas a uma OLT por um nico segmento PON. A partir dessa OLT conecta-se um segmento de fibra ptica denominado Deep Fiber, que recebe um splitter. O Splitter deve possuir no mnimo, um fator de derivao de 1:2.

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Figura 10 - Rede PON Topologia em rvore

Nesta gravura temos um segmento de fibra ptica com um splitter com fator de derivao 1:3 para atender a 3 ONUs. A grande vantagem desta topologia quando as ONUs esto relativamente distantes da OLT e/ou esto concentradas a partir de uma certa distncia onde no existem ONUs intermediarias. Na topologia em barramento, conforme exemplificado na figura 11, as ONUs so conectadas a uma OLT atravs de um segmento de fibra ptica deep fiber, que recebe vrios splitters com o fator de derivao de 1:2. Um dos sub-segmentos obtidos serve de conexo para a ONU e o outro serve como caminho passante para o prximo spliter. A utilidade desta topologia aplicada de uma forma contrria a topologia em rvore, j que entre a OLT e a ultima ONU existem varias outras ONUs com distncia relativamente curta entre uma e outra ONU.

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Figura 11 - Redes PON Topologia em Barramento

Esta topologia til para aplicaes de abordagem nas ruas (Fiber To The Curb), onde criado o segmento deep fiber e ento instalado pequenos gabinetes de distribuio nas caladas ou postes onde estaro os splitters e/ou ONUs distribuindo conectividade via fibra ptica, cabo coaxial ou wireless para os usurios finais. Existem vrios tipos de PON, mas a tecnologia para todos a mesma. As diferenas esto nas especificaes e nas camadas altas dos protocolos: APON (ATM PON 155 Mbps a 622 Mbps), BPON (Broadband PON 155 Mbps a 1,25 Gbps), EPON ou GEPON (Ethernet based PON 1,25 Gbps) e GPON (Gigabits PON 622 Mbps a 2,5 Gbps). Estaremos dando foco apenas na tecnologia GPON, pois a qual se trata no atendimento ao nosso cliente. 2.2 - GPON O sistema GPON surgiu como a nova soluo no mercado de acesso tico, oferecendo suporte sem precedentes para alta velocidade e permitindo o transporte de mltiplos servios, especialmente dados em TDM, nos formatos originais e com extrema eficincia[3]. O GPON oferece suporte para vrias opes de velocidade usando o mesmo protocolo, incluindo 622Mbps simtrico, 1.25Gbps simtrico, 2.5Gbps downstream, 1.25Gbps upstream entre outros. O mais novo padro o ITU-T G.984 GPON, prov

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velocidades extremamente altas enquanto suporta a transmisso de formatos originais como IP em TDM com melhor eficincia[7]. A tecnologia GPON, usada para transmisso na rede ptica, uma tecnologia de acesso ptico ponto multiponto. Consiste de uma OLT no lado central, ONUs e ONTs no lado do usurio e uma rede de distribuio ptica (ODN) formada basicamente por cabos pticos e splitters. Conta com uma alta largura de banda e uma alta rea de cobertura, no presente a tecnologia suporta uma largura de banda de downlink de 2,5Gbit/s e de uplink de 1,25Gbit/s. Considerando-se uma diviso de 1:64, o GPON pode garantir uma largura de banda de 40Mbit/s para cada assinante, considerando uma distncia de transmisso de 20 quilmetros. O sistema GPON ocupa poucos recursos de central e possui um alto nvel de modularidade, fcil expanso e uma alta taxa de retorno de investimento. 2.2.1 Benefcios GPON No GPON temos vrias vantagens em relao a outras tecnologias PON como um maior fator de diviso (at 128), combinado com banda larga (at 2.5Gbps) o que faz dele a melhor soluo para servios residenciais de triple-play, O Conceito de encapsulamento (payload) mais flexvel, o que resulta em maior nvel de eficincia comparado com outras tecnologias PON (em torno de 93%), uma manuteno do suporte TDM original o torna ideal para uso na infra-estrutura tica tambm para servios voltados para o mercado no-residencial e para acesso corporativo e uma soluo de segurana de rede padro incorporada; A soluo GPON focada em possibilitar sucesso no fornecimento residencial de internet de alta velocidade, IPTV, Video-on-Demand e servios de VoIP atravs de uma infra-estrutura tica de acesso. 2.2.2 Conceito da Soluo GPON a soluo ideal e prova do futuro para o congestionamento da ltima milha, oferecendo aplicativos Triple-Play, mas permanecendo aberto para outros servios. Todo o trfego consolidado em uma ou mais interfaces de uplink que

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podem ser de 1 Gigabit Ethernet e/ou 10 Gigabit Ethernet direcionado para a rede Metro Ethernet. GPON baseado no Procedimento Genrico de Suportes (Generic Framing Procedure - GFP) para lidar com TDM, ATM e trfego baseado em Ethernet sem protocolos de encapsulamento adicionais. Com isto, conseguimos uma melhoria na eficincia em largura de banda em at 93% (no BPON apenas 70% de eficincia pode ser alcanada). Na direo downstream o GPON realiza uma transmisso AES (Advanced Encryption Standard) encriptada para todos os ONTs GPON conectados. Cada ONT GPON decripta as timeslots que pertencem transmisso e descarta todas as demais. Na direo upstream cada ONT GPON manda seu trfego usando as timeslots correlacionadas todas as demais so deixadas vazias. Para permitir a transmisso de trfego down e upstream em uma nica fibra tica, so usados diferentes comprimentos de onda nas duas direes. O trfego downstream usa 1490nm, enquanto o trfego upstream carregado em 1310nm. Opcionalmente, conforme ilustra a figura 12, para distribuio de TV sobreposta, um segundo comprimento de onda para downstream de 1550nm pode ser usado. O ONT engloba diplexers ticos (ou triplexers, na caso de sobreposio de TV) para separar os comprimentos de onda.

Figura 12 - Conceito de uma rede GPON

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A rede de distribuio ptica ou ODN corresponde basicamente planta de fibra ptica necessria para permitir a interconexo dos ONTs OLT. Porm, a ODN no est composta somente de fibra ptica, incluindo tambm elementos adicionais tais como: distribuidores, splitters pticos, atenuadores, conectores, jumpers, armrios de convergncia, caixas de emenda, etc. Como possvel observar na figura 13, na estao est localizado a OLT. As fibras que saem do OLT e chegam a um armrio de convergncia instalado na rua, seja no nvel do solo ou sobre um poste. Dentro deste armrio se encontram os splitters pticos (1:N), os quais dividiro cada sinal proveniente da OLT, em N sinais dirigidos aos ONTs. Do armrio de convergncia saem por cada fibra entrante, mltiplas fibras para as localidades onde se encontram os assinantes. Estes cabos multifibras viajam geralmente sobre os postes, podendo tambm ser instalados embaixo do solo.

Figura 13 - Componentes bsicos do GPON A distribuio final em direo aos assinantes das fibras contidas nos cabos multifibras realizada com caixas de distribuio area, normalmente instaladas em postes. No momento da instalao, so realizadas todas as conexes internas (com fuses das fibras a pigtails e a posterior conexo destes a um painel), sendo fechada a caixa logo em seguida.

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Finalmente, mediante um cabo drop (de vrias dezenas de metros de largura) realizada a conexo entre a caixa de distribuio area e ONT do assinante. Este cabo de fibra ptica resistente intemprie e dobras, sendo conectado caixa de distribuio mediante um conector externo especial, o qual evita a abertura da caixa de distribuio e realizao de fuses cada vez que se conecta um novo cliente. Existem dois componentes pticos passivos crticos em redes PON: o acoplador DWDM e o divisor ptico (splitter). O acoplador WDM utilizado para acoplar em sua descida (downstream), o sinal de vdeo de alta potncia com o sinal de voz e dados. Na subida (Upstream), o acoplador transmite o sinal de voz e dados que vem das ONTs para a OLT. O divisor ptico utilizado para dividir N vezes o sinal de descida de vdeo/voz/dados para entregar a cada uma das N ONT conectadas, conforme ilustra a figura 14, deve transmitir para a OLT os sinais de voz e dados provenientes de todas as ONTs conectadas. Estes dividem a luz incidente em N sinais (sendo N uma potncia de 2), repartindo a potncia incidente por igual. A perda introduzida por cada etapa de diviso de um splitter (insero) de 50% (o 3 dB). A norma G.983 de ITU-T (A/B-PON) define o mximo de diviso (splitting ratio) de 32, mas este estendido a 64 (128 no futuro) pela norma G.984 (GPON) ao dispor de maiores potncias de transmisso. A imagem seguinte mostra a maneira em que esto construdos os splitters pticos tipo FBT (Fused Biconic Tapered).

Figura 14 - Distribuio de uma rede GPON

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2.3 Arquitetura FTTx FTTx um termo genrico usado para designar arquiteturas de rede de acesso de alto desempenho, baseadas em tecnologia ptica[6]. Atravs desta arquitetura de rede de acesso ptica que chegamos ao cliente final para oferecer os servios convergentes de telecomunicaes. Com as necessidades das indstrias de Telecomunicaes a procurar por novas tecnologias que satisfaam as demandas dos consumidores, para que eles permaneam satisfeitos, esta nova tecnologia deve resolver o problema por um longo perodo. Neste caso, dizemos que a nova Tecnologia Future-Proof ( prova do Futuro). Foi neste cenrio que surgiram as redes FTTx, conforme ilustra a figura 15[8].

Figura 15 - Arquitetura FTTx

Os principais modelos de arquiteturas atualmente aplicadas so descritos a seguir e basicamente definem onde o terminal ptico de recepo implementado. So FTTB (Fiber-To-The-Building), FTTA (Fiber-To-The-Apartment) e FTTH (Fiber-ToThe-Home), de acordo com a figura 16. A Soluo FTTB a rede drop finaliza na entrada de um edifcio (Comercial ou Residencial). A partir deste ponto terminal, o acesso interno aos usurios realizado geralmente atravs de uma rede metlica de cabeamento estruturado.

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A Soluo FTTA a rede drop adentra o edifcio (Comercial ou Residencial) chegando a uma sala de equipamentos. A partir desta sala, o sinal ptico pode sofrer uma diviso do sinal atravs do uso de splitters pticos, sendo posteriormente encaminhado individualmente a cada apartamento/escritrio. Outras alternativas de diviso interna ao prdio podem ser implementadas mas sempre cada apartamento/escritrio ser atendimento por uma nica e exclusiva fibra ptica, ou seja, o ponto terminal de acesso interno aos usurios levado para dentro do apartamento/escritrio. A Soluo FTTH a rede drop adentra a residncia do assinante que servido por uma fibra ptica exclusiva para este acesso. Geralmente entre a rede drop de descida e a rede interna do assinante, utilizado um mini-Dio ou um bloqueio ptico (FOB) para realizar a transio do sinal ptico ao interior da residncia. Aps esta transio, o sinal propriamente disponibilizado atravs de uma extenso ou cordo ptico para o receptor ptico deste assinante[6].

Figura 16 Solues FTTx

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2.4 Wireless A rede Wireless uma alternativa para as redes cabeadas convencionais, permitindo agrupar computadores ou qualquer outro dispositivo eletrnico, interligandoos pelo ar atravs de ondas eletromagnticas. As distncias permitidas para a conexo podem ser curtas ou extremamente longas, variando para isso a tecnologia utilizada. As redes sem fio fornecem uma srie de vantagens sobre as redes convencionais, j que no est limitada pelo uso de cabos, o que lhes concede uma maior mobilidade e liberdade de localizao. Isto as torna srias concorrentes das redes convencionais em locais onde necessria uma grande mobilidade dos terminais. A principal diferena entre as redes Wireline e Wireless, est no meio de transmisso. Na primeira, o sinal confinado em cabos; j a segunda utiliza o ar onde so emitidas tanto as ondas de rdio como a luz infravermelha. Suas maiores vantagens so a mobilidade, facilidade de instalao, flexibilidade, reduo de custos e a escalabilidade[10].

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3 TECNOLOGIAS E PADRES Estaremos, a seguir, descrevendo as tecnologias a serem utilizadas para a prestao dos servios atravs da rede GPON ao nosso cliente : TV Digital, VoIP, Wi-Fi e CDWM. 3.1 TV Digital Televiso Digital uma tecnologia que permite a compresso de dados, a fim de que possam ser enviados utilizando-se a mesma largura de faixa de freqncia da televiso convencional (6 MHz), porm transmitindo uma quantidade bem superior. Com a capacidade de at 19 Mbps, possvel transmitir at quatro programas diferentes, mantendo-se a mesma qualidade da TV convencional (que de 4 Mbps), ou um programa em alta definio (15 Mbps), tambm conhecido como High Definition Television (HDTV). Utilizando-se o sinal digital, as falhas comuns na transmisso analgica, como fantasmas e chuviscos, no existiro mais. Porm, se o sinal for realmente muito fraco, a transmisso poder ser at mesmo interrompida onde, sob as mesmas condies, uma transmisso analgica ainda poderia ser assistida, mas com qualidade de imagem muito ruim. Outra caracterstica marcante da Televiso Digital a alterao do formato comum de 4:3 para um estendido de 16:9. Fazendo com que a imagem se assemelhe mais imagem projetada na tela do cinema. Um aspecto a ser levado em conta a presena de duas tarjas pretas envolvendo a imagem sendo transmitida, caso o sinal digital seja captado por um aparelho de TV convencional (equipado com um adaptador). Atualmente existem trs tipos ou padres para transmisso digital, ATSC, DVB e ISDB[11]. ATSC (Advanced Television Systems Committee) o padro desenvolvido pelos Estados Unidos onde o sinal de entrada de vdeo o MPEG-2 (o mesmo usado no formato de gravao de DVDs), e o audio o Dolby AC-3. Possui uma taxa de transmisso de 19,8 Mbps, ocupando uma largura de banda de 6,7 ou 8 MHz. Seu

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middleware conhecido como DASE e o sistema de radiodifuso por Modulao 8 VSB. Esse sistema privilegia a alta definio na imagem transmitida (HDTV), ou seja, a multiprogramao, a pesar de ser possvel, no o foco do padro. Alm disso, o meio de transmisso mais adequado ao cenrio norte-americano via cabo, ou satlite, j que naquele pas, a maioria das residncias possui algum tipo de TV por assinatura. Isso no se observa no Brasil, onde o meio de transmisso mais adequado seria o terrestre por meio de ondas de radiofreqncia. DVB ( Digital Vdeo Broadcast) o padro europeu onde o sinal de entrada de vdeo tambm o MPEG-2, assim como o udio. Seu middleware o MHP ou MHEG, o sistema de radiodifuso por COFDM e cuja taxa de transmisso varia entre 5 a 31,7 Mbps, dependendo dos parmetros utilizados na codificao e modulao do sinal. Pode operar em canais de TV de 6,7 ou 8Mhz. Esse sistema privilegia a multiprogramao e a interatividade e novos servios, ou seja, com ele possvel escolher entre utilizar a banda disponvel para transmitir apenas uma programao em alta definio, ou transmitir vrias com definio razovel. No cenrio europeu, o meio de transmisso terrestre tambm no muito priorizado, pois a populao est disposta a pagar pelo cabeamento do servio. ISDB o padro Japons. O sinal de entrada de vdeo tambm MPEG-2, e udio incrementando : o MPEG2-AAC (Advanced udio Coding). Seu middleware o ARIB e o sistema de radiodifuso por COFDM (coded orthogonal frequency division multiplexing), assim como o europeu DVB. Possui uma taxa de transferncia que varia entre 3,65 a 23,23Mbps, e uma largura de banda de 6,7 ou 8Mhz. Esse sistema privilegia TV de alta definio (HDTV) e a recepo mvel e porttil, ou seja, com ele possvel receber a programao da TV Digital em aparelhos mveis, como um celular (modelo adequado tecnologia), porm com uma qualidade de imagem mais baixa. A geografia japonesa, por esse pas ser composto por um arquiplago, contribuiu para que o padro ISDB fosse naturalmente adequado transmisso terrestre (radiofreqncia), pois seria muito mais complicado cabear todo o territrio japons. Este padro foi considerado o mais avanado e capaz de englobar diversas mudanas ou servios, adotado tambm pelo Brasil. No Brasil a compresso utilizada

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no em MPEG-2 e sim por MPEG-4 e seu middleware se chama Ginga-J, desenvolvido aqui mesmo no Brasil[12]. Foram feitos testes, inclusive no Brasil, e comparados os diversos sistemas e tecnicamente este padro apresentou a melhor desempenho.

3.2 VoIP VoIP (Voz sobre IP) a tecnologia que permite estabelecer a conversaes telefnicas em uma rede IP, assim a transmisso de voz suportada pela rede de dados[4] conforme ilustra a figura 17. Esta comunicao apresenta enormes vantagens sobre a telefonia comutada, sendo a principal como reduo de despesas que esta tecnologia proporciona os seus usurios. A telefonia comutada tarifada em funo das distncias geodsicas e horrios de utilizao estabelecidos pelas operadoras, a rede de dados no est sujeita a esse tipo de tarifao, garantido assim preos muito mais baixos para os servios de telefonia. Outra grande vantagem do VoIP em relao a telefonia comutada que esta ltima utiliza comutao de circuitos, que podem estar sendo ou no utilizados enquanto o VoIP utiliza comutao de pacotes, o que torna mais inteligente no aproveitamento dos recursos existentes. A comunicao de voz em redes IP consiste na utilizao das redes de dados que usam o protocolo baseados na internet para a transmisso de sinais de voz em tempo real em pacotes de dados. Nestas redes so implementados protocolos adicionais de sinalizao de chamadas e transporte de voz, entre eles o RTP (Real Time Protocol) e RTCP (Real Transport Control Protocol), que permitem a comunicao com qualidade aproximada a oferecida pelas redes PSTN ou de Telefonia mvel. Para efeturar a converso de voz no formato digital, utilizam-se os codecs. Seu objetivo reduzir a taxa de transmisso de bits, ao mesmo tempo em que mantm o mximo possvel de qualidade subjetiva original do sinal.

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Figura 17 - Ligaes VoIP

Existem vrios tipos de Codecs. Alguns, descritos no ITU-T G.711, que possuem taxa de transmisso de 64 kpbs, porm tem um baixo tempo de atraso por processamento. O G.729 tem uma taxa de transmisso de 8 kpbs e um tempo de atraso por codificao de 25 ms. J o G.723 tem uma taxa de transmisso variando em torno de 5 a 6 ms dependendo do tipo de codificao e um tempo de atraso por processamento variando em torno de 67 ms[13], conforme demonstra a tabela 1.

Tabela 1 Caractersticas de Codecs de VoIP 3.3 - Wi-Fi O nome Wi-Fi a abreviatura do termo ingls Wireless Fidelity, embora a Wi-Fi Alliance, entidade responsvel principalmente pelo licenciamento de produtos baseados na tecnologia, nunca tenha afirmado tal concluso. comum encontrar o nome Wi-Fi escrito como WiFi, Wi-fi ou at mesmo wifi. Todas essas denominaes se

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referem mesma tecnologia. Wi-Fi um conjunto de especificaes para redes locais sem fio (WLAN - Wireless Local Area Network) baseada no padro IEEE 802.11[14]. A flexibilidade do Wi-Fi to grande, que se tornou vivel a implementao de redes que fazem uso dessa tecnologia nos mais variados lugares, principalmente pelo fato das vantagens citadas no pargrafo anterior resultarem em diminuio de custos. Assim sendo, comum encontrar redes Wi-Fi disponveis em hotis, aeroportos, rodovirias, bares, restaurantes, shoppings, escolas, universidades, escritrios, hospitais, que oferecem acesso internet, muitas vezes de maneira gratuita. Para utilizar essas redes, basta ao usurio ter algum laptop, smartphone ou qualquer dispositivo compatvel com Wi-Fi. Para uma rede desse tipo ser estabelecida, necessrio que os dispositivos (tambm chamados de STA, do ingls station) se conectem a aparelhos que forneam o acesso. Estes so genericamente denominados Access Point (AP), conforme figura 18. Quando um ou mais STAs se conectam a um AP, tem-se, portanto, uma rede, que denominada Basic Service Set (BSS). Por questes de segurana e pela chance de haver mais de um BBS em um local (por exemplo, duas redes sem fio criadas por empresas diferentes em uma rea de eventos), importante que cada um receba uma identificao denominada Service Set Identifier (SSID), um conjunto de caracteres que, aps definido, inserido no cabealho de cada pacote de dados da rede. Em outras palavras, o SSID nada mais do que o nome dado a cada rede sem fio.

Figura 18 - Estaes e access point Wi-Fi

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As redes Wi-Fi so to prticas, que o seu uso vai alm dos PCs. H at smartphones e consoles de videogames capazes de acessar tais redes. Na compra de um notebook atual, certamente vir com um mdulo Wi-Fi. Assim, as redes sem fio da empresa, da escola, de casa ou de qualquer outro lugar de acesso pblico. Para utilizar em desktops, basta instalar nele uma placa Wi-Fi ou um adaptador USB Wi-Fi. Quanto aos equipamentos em uma rede Wi-Fi, existem vrios dispositivos prprios no mercado. Nos ambientes domsticos e nos escritrios de porte pequeno, por exemplo, comum encontrar dois tipos de aparelhos: os que so chamados simplesmente de access point e os roteadores wireless. Ambos so dispositivos parecidos, mas o access point apenas propaga dados de uma rede wireless, sendo muitas vezes usado como uma extenso de uma rede baseada em fios. O roteador wireless, por sua vez, capaz de direcionar o trfego da internet, isto , de distribuir os dados da rede mundial de computadores entre todas as estaes. Para que isso seja feito, geralmente liga-se o dispositivo de recepo da internet (por exemplo, um modem ADSL) no roteador, e este faz a funo de distribuir o acesso s estaes. Se, no entanto, o usurio possui um modem que tambm faz roteamento, precisa apenas de um access point, pois o prprio modem se encarregar do compartilhamento do acesso internet. Antes de adquirir o equipamento wireless importante conhecer as caractersticas de cada aparelho para fazer a aquisio certa. Deve-se optar pelos equipamentos que possuem tecnologias mais recentes, mas tambm deve-se considerar a relao custo-benefcio e os recursos oferecidos por cada dispositivo. 3.3.1 - Padres 802.11 O padro 802.11 estabelece normas para a criao e para o uso de redes sem fio. A transmisso dessa rede feita por sinais de radiofreqncia, que se propagam pelo ar e podem cobrir reas na casa das centenas de metros. Como existem inmeros servios que podem utilizar sinais de rdio, necessrio que cada um opere de acordo com as exigncias estabelecidas pelo governo de cada pas. Essa uma maneira de evitar problemas, especialmente interferncias. H, no entanto, alguns segmentos de freqncia que podem ser usados sem necessidade de aprovao direta de entidades

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apropriadas de cada governo: as faixas ISM (Industrial, Scientific and Medical), que podem operar, entre outros, com os seguintes intervalos: 902 MHz - 928 MHz; 2,4 GHz - 2,485 GHz e 5,15 GHz - 5,825 GHz (dependendo do pas, esses limites podem sofrer variaes). So justamente essas duas ltimas faixas que o Wi-Fi utiliza, no entanto, tal caracterstica pode variar conforme a verso do padro 802.11. A primeira verso do padro 802.11 foi lanada em 1997, aps 7 anos de estudos, aproximadamente. Esta verso conhecida como 802.11 - original. Por se tratar de uma tecnologia de transmisso por radiofreqncia, o IEEE (Institute of Electrical and Electronic Engineers) determinou que o padro operasse no intervalo de freqncias entre 2,4 GHz e 2,4835 GHz, uma das j citadas faixas ISM. Sua taxa de transmisso de dados de 1 Mbps ou 2 Mbps e possvel usar as tcnicas de transmisso Direct Sequence Spread Spectrum (DSSS) e Frequency Hopping Spread Spectrum (FHSS). Ambas tcnicas permitem transmisses utilizando vrios canais dentro de uma freqncia, no entanto, a DSSS cria vrios segmentos da informaes transmitidas e as envia simultaneamente aos canais. A tcnica FHSS, utiliza um esquema de salto de freqncia, onde a informao transmitida utiliza uma determinada freqncia em um certo perodo e, no outro, utiliza outra freqncia. Essa caracterstica faz com que o FHSS tenha velocidade de transmisso de dados um pouco menor, porem torna a transmisso menos vulnervel interferncias pois a freqncia utilizada muda constantemente. O DSSS acaba sendo mais rpido, mas tem maiores chances de sofrer interferncia, uma vez que faz uso de todos os canais ao mesmo tempo. Em 1999 foi lanado uma atualizao do padro 802.11 que recebeu o nome 802.11b. A principal caracterstica dessa verso a possibilidade de estabelecer conexes nas seguintes velocidades de transmisso: 1 Mbps, 2 Mbps, 5,5 Mbps e 11 Mbps. O intervalo de freqncias o mesmo utilizado pelo 802.11 original (entre 2,4 GHz e 2,4835 GHz), mas a tcnica de transmisso se limita ao DSSS, uma vez que o FHSS acaba no atendendo s normas estabelecidas pela Federal Communications Commission (FCC) quando opera em transmisses com taxas superiores a 2 Mbps. Para trabalhar de maneira efetiva com as velocidades de 5.5 Mbps e 11 Mbps, o 802.11b tambm utiliza uma tcnica chamada Complementary Code Keying (CCK).

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A rea de cobertura de uma transmisso 802.11b pode chegar, teoricamente, a 400 metros em ambientes abertos e pode atingir uma faixa de 50 metros em lugares fechados (tais como escritrios e residncias). importante dizer que o alcance da transmisso pode sofrer influncia de vrios fatores como localizado. Para manter a transmisso o mais funcional possvel, o padro 802.11b e os padres sucessores pode fazer com que a taxa de transmisso de dados diminua at chegar ao seu limite (1 Mbps) medida que uma estao fica mais longe do ponto de acesso e quanto mais perto, maior velocidade de transmisso. O padro 802.11b foi o primeiro a ser adotado em larga escala, portanto, um dos responsveis pela popularizao das redes Wi-Fi. O padro 802.11a foi disponibilizado no final do ano de 1999, quase que na mesma poca que a verso 802.11b. Sua principal caracterstica a possibilidade de operar com taxas de transmisso de dados no seguintes valores: 6 Mbps, 9 Mbps, 12 Mbps, 18 Mbps, 24 Mbps, 36 Mbps, 48 Mbps e 54 Mbps. O alcance de sua transmisso de cerca de 50 metros mas sua freqncia de operao diferente do padro 802.11 original: 5 GHz. Por um lado, o uso dessa freqncia conveniente por apresentar menos possibilidades de interferncia, afinal, essa valor pouco usado. Por outro, pode trazer determinados problemas, j que em muitos pases no h regulamento para essa freqncia. Alm disso, essa caracterstica pode fazer com que haja dificuldades de comunicao com dispositivos que operam nos padres 802.11 original e 802.11b. Ao invs de utilizar DSSS ou FHSS, o padro 802.11a faz uso de uma tcnica conhecida como Orthogonal Frequency Division Multiplexing (OFDM). Nesta, a informao a ser transmitida dividida em vrios pequenos conjuntos de dados que so transmitidos simultaneamente em diferentes freqncias. Essas freqncias so utlizadas de uma forma que impede que uma interfira na outra, fazendo com que a tcnica OFDM funcione de maneira bastante satisfatria. objetos que causam interferncia ou impedem a propagao da transmisso a partir do ponto em que est

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Apesar de oferecer taxas de transmisso maiores, o padro 802.11a no chegou a ser to popular quanto o padro 802.11b. O padro 802.11g foi disponibilizado em 2003 e tido como o sucessor natural da verso 802.11b, uma vez que totalmente compatvel com este. Isso significa que um dispositivo no qual opera com 802.11g pode "conversar" com outro que trabalha com 802.11b sem qualquer problema, exceto o fato de que a taxa de transmisso de dados limitava ao mximo suportado por este ltimo. O padro 802.11g opera com taxas de transmisso de at 54 Mbps, assim como acontece com o padro 802.11a mas ao contrrio dessa verso, o 802.11g opera com freqncias na faixa de 2,4 GHz e possui praticamente o mesmo poder de cobertura do seu antecessor, o padro 802.11b. A tcnica de transmisso utilizada nessa verso tambm o OFDM, todavia, quando feita comunicao com um dispositivo 802.11b, a tcnica de transmisso passa a ser o DSSS. O padro 802.11g o mais utilizado para redes Wi-Fi, no entanto, j possvel encontrar vrios equipamentos que trabalham tambm com o padro 802.11n, cujo desenvolvimento se iniciou em 2004, esse o padro sucessor do 802.11g, tal como este foi do 802.11b. O 802.11n tem como principal caracterstica o uso de um esquema chamado Multiple-Input Multiple-Output (MIMO), capaz de aumentar consideravelmente as taxas de transferncia de dados atravs da combinao de vrias vias de transmisso. Assim sendo, possvel, por exemplo, usar dois, trs ou quatro emissores e receptores para o funcionamento da rede. Uma das configuraes mais comuns neste caso o uso de APs que utilizam trs antenas (trs vias de transmisso) e STAs com a mesma quantidade de receptores. Somando essa caracterstica de combinao com o aprimoramento de suas especificaes, o padro 802.11n capaz de fazer transmisses na faixa de 300 Mbps e, teoricamente, pode atingir taxas de at 600 Mbps. Em relao sua freqncia, o padro 802.11n pode trabalhar com as faixas de 2,4 GHz e 5 GHz, o que o torna compatvel com os padres anteriores, inclusive com o 802.11a (pelo menos, teoricamente). Sua tcnica de transmisso padro o OFDM, mas com determinadas alteraes, devido ao uso do esquema MIMO, sendo, por isso,

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muitas vezes chamado de MIMO-OFDM. Alguns estudos apontam que sua rea de cobertura pode passar de 400 metros. 3.3.2 Segurana da Rede Numa rede fixa de cabos onde todos esto em uso, no possvel adicionar outro computador, a no ser que mais um cabo seja disponibilizado. Nas redes Wi-Fi, isso j no acontece, pois basta a qualquer dispositivo ter compatibilidade com a tecnologia para se conectar rede. O problema surge quando uma pessoa no autorizada conecta-se um computador rede de maneira oculta para aproveitar todos os seus recursos, inclusive o acesso internet. para evitar estas ameaas que as redes sem fio devem contar com esquemas de segurana. Um deles o Wired Equivalent Privacy (WEP). O WEP existe desde o padro 802.11 original e consiste em um mecanismo de autenticao que funciona, basicamente, de forma aberta ou restrita por uso de chaves. Na forma aberta, a rede aceita qualquer dispositivo que solicite conexo, portanto, h apenas uma autorizao. Na forma restrita, necessrio que cada dispositivo solicitante fornea uma chave (combinao de caracteres, como uma senha) pr-estabelecida. Essa mesma chave utilizada para cifrar os dados trafegados pela rede. O WEP pode trabalhar com chaves de 64 bits e de 128 bits. Naturalmente, esta ltima mais segura. H alguns equipamentos que permitem chaves de 256 bits, mas isso se deve a alteraes implementadas por determinados fabricantes, portanto, o seu uso pode gerar incompatibilidade com dispositivos de outras marcas. O uso do WEP, no entanto, no recomendado por causa de suas potenciais falhas de segurana (embora seja melhor utiliz-lo do que deixar a rede sem proteo alguma). Acontece que o WEP utiliza vetores de inicializao que, com uso de algumas tcnicas, fazem com que a chave seja facilmente quebrada. Uma rede utilizando WEP de 64 bits, por exemplo, tem 24 bits como vetor de inicializao. Os 40 bits restantes formam uma chave muito fcil de ser quebrada. Mesmo com o uso de uma combinao de 128 bits, relativamente fcil quebrar todo o esquema de segurana. Diante desse problema, a Wi-Fi Alliance aprovou e disponibilizou em 2003 outra soluo: o Wired Protected Access (WPA). Tal como o WEP, o WPA tambm se baseia

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na autenticao e cifragem dos dados da rede, mas o faz de maneira muito mais segura e confivel. Sua base est em um protocolo chamado Temporal Key Integrity Protocol (TKIP), que ficou conhecido tambm como WEP2. Nele, uma chave de 128 bits utilizada pelos dispositivos da rede e combinada com o MAC Address (um cdigo hexadecimal existente em cada dispositivo de rede) de cada estao. Como cada MAC Address diferente do outro, acaba-se tendo uma seqncia especfica para cada dispositivo. A chave trocada periodicamente (ao contrrio do WEP, que fixo), e a seqncia definida na configurao da rede (o passphrase, que pode ser entendido como uma espcie de senha) usada, basicamente, para o estabelecimento da conexo. Assim sendo, expressamente recomendvel usar WPA, ao invs de WEP. Apesar do WPA ser bem mais seguro que o WEP, a inteno da Wi-Fi Alliance foi a de trabalhar com um esquema de segurana ainda mais confivel. a que surge o 802.11i, que ao invs de ser um padro de redes sem fio, um conjunto de especificaes de segurana, sendo tambm conhecido como WPA2. Este utilizada um protocolo denominado Advanced Encryption Standard (AES), que bastante seguro e eficiente, mas tem a desvantagem de exigir bastante processamento. Seu uso recomendvel para quem deseja alto grau de segurana, mas pode prejudicar o desempenho de equipamentos de redes no to sofisticados (geralmente utilizados no ambiente domstico). necessrio considerar tambm que equipamentos mais antigos podem no ser compatveis com o WPA2, portanto, sua utilizao deve ser testada antes da implementao definitiva. 3.4 -CWDM A tecnologia WDM (Wavelength Division Multiplexing), ou seja: Multiplexao por Diviso de Comprimentos de Onda)[15], a combinao de vrios sinais pticos; com diferentes comprimentos de onda devidamente espaados entre si, que so injetados e se propagam em uma mesma Fibra ptica, conforme ilustra a figura 19. Atravs desta tcnica podemos transmitir em vrias janelas de transmisso em que Fibra ptica, apresentam menor atenuao, vrios Comprimentos de Onda de forma simultnea.

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Para possibilitar a insero destes vrios LASERs, usaramos um dispositivo ptico passivo, chamado de Multiplexador ptico, ou Mux.

Figura 19 - Multiplexao WDM A tecnologia CWDM (Coarse Wavelength Division Multiplexing) apresenta um grande espaamento entre canais, de 20 nm, no espectro que vai de 1.270 nm 1.610 nm, permitindo atualmente, at 18 canais. Estes equipamentos so chamados comercialmente de duplicadores ou quadruplicadores, so extremamente simples, de custo muito baixo e, geralmente so usados em Redes de Acesso, no caso de falta de Fibras nos Cabos pticos destas Redes. Ao utilizar estes dispositivos, deve-se levar em conta dois aspectos fundamentais. O primeiro que estes equipamentos somente permitem ampliao de um nmero muito reduzido de canais. O segundo que como so passivos, estes dispositivos, introduzem atenuaes adicionais, indesejveis, que podem inviabilizar uma interconexo, caso a atenuao deste enlace j esteja no limite ou prxima dele. Em outras palavras, a utilizao destes equipamentos, limita a distncia de um enlace, pois inevitavelmente introduz atenuaes, que podem inviabilizar ou ainda, tornar extremamente crtico o enlace original, que se encontrava funcionando normalmente.

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4 IMPLANTAO

Supremo Condominio Resort um novo empreendimento imobilirio a ser construdo no Recreio dos Bandeirantes, considerado inovador pelo seu conceito de condomnio e pelo seu requinte. Este o primeiro condomnio resort do Recreio.

Figura 20 - Supremo Condominio Resort Estado: Rio de Janeiro RJ Cidade: Rio de Janeiro Bairro: Recreio dos Bandeirantes rea til: de 95m at 293m Vagas na Garagem: de 1 at 2 Nmero de Dormitrios: de 3 at 4 Preo: a partir de R$ 304.000,00 Previso de Entrega: Jan/2010

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Devido a uma grande procura de servios de Telecomunicaes com qualidade de ltima gerao, foi desenvolvida uma rede de fibra ptica utilizando tecnologia de acesso GPON para atender a demanda de servios de vdeo, voz e dados. Tambm sero oferecidos os servios de Televiso Digital e internet mvel nas reas comuns do condomnio. A grande vantagem desta rede est em sua manuteno devido aos custos, em sua escalabilidade para possveis expanses de pontos no condomnio e na capacidade de altas taxas de transmisso para suportar todas suas aplicaes atuais e possveis aplicaes futuras. 4.1 - Perda ptica Todo sinal ptico transmitido sofre atenuao de outros componentes na rede, sofre atenuao inclusive da fibra ptica, dependendo do tamanho do enlace (dB/km). Estas perdas so calculadas em dB. Para fins de calculo de enlace ptico estamos considerando neste projeto que a central onde localizada o OLT est a 3 km do condomnio. A perda total deste sistema a soma das perdas de insero do conector localizado na OLT, acoplador CWDM, splitter ptico, atenuao do cabo ptico e conector localizado na ONT, conforme a tabela 2. PERDA PTICA Item Perda (dB) Fibra (km) -0,02 conector -0,5 CWDM -5 emenda -0,1 Splitter 1:2 -3 Splitter 1:4 -5 Splitter 1:8 -8 Tabela 2 Perda ptica

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Se calcularmos a atenuao do sinal ptico em relao apartamento do ltimo andar do bloco Gerib ou do bloco Maragogi, podemos garantir a viabilidade do projeto, pois este ponto o mais distante da rede, conforme demonstra a tabela 3.

APARTAMENTO 601 - BLOCO GERIB Item Perda (db) Quant. TOTAL Fibra (km) -0,02 3 -0,06 Conector -0,5 8 -4 CWDM -5 1 -5 Emenda -0,1 1 -0,1 Splitter 1:4 -5 2 -10 Splitter 1:8 -8 1 -8 PERDA PTICA TOTAL -27,16 Tabela 3 Perda ptica apartamento 601 bloco Gerib

Deve-se especificar a classe da rede GPON segundo as faixas de atenuao da ODN, como descrito na talela 4 [16].

PERDAS PTICAS Perda Mnima (dB) Perda Mxima (dB)

CLASSE A CLASSE B CLASSE B+ 5 10 13 20 25 28 Tabela 4 Classe da rede GPON

CLASSE C 15 30

Baseado na perda do sinal no ponto mais crtico da rede pode classificar o sistema como classe B+.

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4.2 Topologia Segue na figura 21 a Masterplan Supremo Condomnio Resort.

Figura 21 - Masterplan Para atender a demanda de servios utilizaremos uma topologia do tipo rvore onde os sinais pticos so recebidos atravs de uma central e a partir de 4 cabos de fibras pticas so distribudos atravs dos splitters pticos para todos os blocos do condomnio. No ltimo lance de cabo tambm dimensionado para atender a rea de lazer externa dos blocos, conforme ilustra a figura 22.

Figura 22 Topologia de acesso

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Toda a distribuio de cabos foi construda em rede subterrnea para assim garantir uma ocupao mais equilibrada e a preservao esttica e ambiental. Estas fibras so dimensionadas para chegarem ao armrio de telecomunicaes de cada bloco onde o sinal distribudo atravs de um splitter a todos os andares e novamente distribudo por outro splitter em cada andar para atender a todos os apartamentos, atravs da arquitetura de rede de acesso ptica FTTA, conforme a figura 23.

Figura 23 Arquitetura FTTA Nas reas comuns do prdio, como a churrasqueira, piscina e quadras de esporte. O sinal chega atravs do acesso de arquitetura de rede de acesso ptica FTTH, onde a terminao de fibra ptica direta no assinante, conforme ilustra a figura 24.

Figura 24 Arquitetura FTTH

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4.3 - Equipamentos Abaixo estaremos informando todos os equipamentos a serem utilizados no projeto, seu fabricante e o seu funcionamento na rede. Para a rede de acesso ptica estamos projetando a utilizao do cabo ptico de monomodo do fabricante Furukawa, CFOA-SM-DD-S, conforme ilustra a figura 25. Utilizaremos no acesso ao cliente 4 lances de cabos onde a capacidade de cada cabo ser de 4 fibras. Este cabo entrar na rede subterrnea e interligar a OLT a todos os blocos do condomnio e tambm as reas comuns que fornecero o acesso internet mvel.

Figura 25 Cabo ptico Como a OLT est situado a 3 km do condomnio, conforme j informado anteriormente, ser necessria uma fuso no cabo ptico, sendo assim utilizaremos caixa de emenda ptica do fabricante 3M para acoplagem e proteo de tais fuses.

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Estas caixas de emendas, conforme ilustra a figura 26, tambm sero utilizadas para a proteo dos spliters na rede subterrnea.

Figura 26 Caixa de emenda Para a diviso dos sinais pticos aos clientes utilizaremos os splitters do fabricante Furukawa, tanto os modelos modulares como os de bandeja de emenda. Ambos possuem a mesma funo na rede, mas a sua diferena est no seu formato fsico. Spliters de bandeja, conforme ilustra a figura 27, sero utilizados na rede subterrnea, para a diviso do sinal aos blocos e tambm as reas comuns, ficaro acoplados dentro da caixa de emenda subterrnea. Neste caso utilizaremos os spltters na razo de 1:2 e 1:4.Tambm sero utilizados posteriormente em rede interna de cada bloco, alocados no shaft, um em cada andar para a diviso para cada apartamentos. Este ser usado na razo de 1:4.

Figura 27 - Splitters pticos para Caixas/bandejas de Emenda

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Splitters Modulares, conforme ilustra a figura 28, sero utilizados para os dimensionamentos dos sinais a cada andar dos blocos na rede interna, este equipamento ficar em um bastidor e ser da razo de 1:8.

Figura 28 - Splitters pticos Modulares Para uma melhor organizao e posteriores manutenes na rede interna estaremos implantando na sala de telecom de cada bloco um armrio denominado TriBox do fabricante Furukawa, conforme ilustra a figura 29. Ser neste armrio que ficar no bastidor o splitter modular informado anteriormente e tambm um distribuidor ptico para rede interna.

Figura 29 - Armrio Tri-box

Com a chegada do cabo da rede externa, devemos dimensionar agora a rede interna em cada bloco e o equipamento que faz a organizao dos cabos tanto para a subida dos cabos drop pelo shaft a cada andar como tambm para as reas de lazer e

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portaria no trreo o DIO ou Distribuidor Interno ptico, conforme ilustra a figura 30. Este equipamento ficar dentro do armrio Tribox conforme j informado, sua capacidade de dimensionamento ser de at 24 fibras e do fabricante Furukawa.

Figura 30 - DIO De acordo com a arquitetura de rede FTTA, aps o dimensionamento no DIO, estaremos lanando cabos drop pelo Shaft do prdio para dimensionar o sinal ptico a cada andar do condomnio a ser conectado a um Mini-Dio e tambm a portaria e as reas de lazer internas de cada bloco. Cada cabo possui a capacidade de 2 fibras e o fabricante Furukawa, conforme ilustra a figura 31.

Figura 31 Cabo drop

Com a chegada do drop pelo shaft precisamos dimensionar o sinal a cada apartamento, para isto ser utilizado um equipamento parecido com o DIO, mas de

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menor capacidade denominado de Mini-DIO, do fabricante Furukawa, conforme ilustra a figura 32. Sua funo a mesma do DIO e sua capacidade de dimensionamento de at 6 fibras.

Figura 32 Mini DIO

Para a interligao destes equipamentos na rede, como uma conexo do DIO at o splitter modular dentro do armrio Tribox ou tambm a conexo do Mini-DIO ao splitter de bandeja devemos utilizar uma extenso ptica para realizar tal funo. Este equipamento do fabricante Furukawa e suporta os trs comprimentos de onda usados na rede PON possuindo uma extenso de 2 metros, conforme ilustra a figura 32.

Figura 33 Extenso ptica

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Para o ltimo trecho de fibra at os pontos da rede sero feitos atravs de um cordo ptico do fabricante Furukawa, este tambm suporta os trs comprimentos de onda usados na rede PON e possui um comprimento de 15 metros, conforme ilustra a figura 34.

Figura 34 Cordo ptico Com a chegada do cordo ptico ser necessrio um equipamento para realizar a interface at o ONT. O equipamento designado na nossa rede ser a Caixa Aparente Muktimedia do fabricante Furukawa, conforme ilustra a figura 35. Ser instalada embutida na parede e ficar com um aspecto parecido como uma tomada.

Figura 35 Caixa Aparente Multimedia

O ONT que ser entregue ao nosso cliente o modelo HG810 do fabricante Huawei, conforme ilustra a figura 36. Este equipamento possui 2 interfaces para

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telefonia, 2 interfaces para vdeo e uma para internet. Este foi o equipamento escolhido para a nossa implantao porque atende ao padro GPON e tambm a Classe B+ de perda ptica.

Figura 36 - ONT Para oferecemos a internet mvel Wireless nas reas de lazer externas do condomnio necessitamos de um roteador Wireless, conforme ilustra a figura 37. O modelo mais adequado o D-Link DIR 635 porque do padro 802.11n, o padro de rede Wi-Fi a ser utilizado na nossa rede wireless e tambm o nico roteador homologado pela Anatel para este padro N.

Figura 37 Roteador Wireless Para o cliente poder ter a recepo do sinal da TV digital estamos oferecendo tambm o equipamento para este servio. O Set Top Box que melhor atende em servios e tambm em seu custo benefcio do fabricante Semp Toshiba, modelo

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DC2008H, conforme ilustra a figura 38. Este equipamento trabalha no padro MPEG-4, possui resoluo de vdeo at 1080i, bloqueio de canais, bloqueio de programas conforme faixa etria, entre outras interabilidades.

Figura 38 Conversor Digital 4.4 Servios Neste Sub-captulo estaremos descrevendo detalhadamente os servios a ser oferecidos aos nossos clientes, suas opes de pacotes e condies na adeso. a) TelFacil O TelFacil o servio de telefonia fixa por IP oferecida a todos os condminos.Este servio j est incluso para todos os apartamentos e sua assinatura gratuita. A grande vantagem do TelFacil est na econmia de ligaes principalmente entre os terminais da mesmo condomnio pois no h tarifao de chamada entre eles. O codec de voz utilizado neste servio ser o G711, considerado o de melhor qualidade no mercado. So oferecidos vrios planos de acordo com a necessidade de cada cliente, planos de 10, 25, 50, 100, 200 e 400 reais por ms de ligaes a serem realizadas pelo cliente. Caso o cliente no ultrapasse a franquia os crditos so acumulados ao prximo ms. (limite de crditos acumulados no mximo durante 6 meses) b) DigTV DigTV o servio de Televiso Digital para atender aos condminos interessados em TV de alta definio.Oferecemos diversos tipos de pacotes para cada

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perfil de cliente de acordo com suas necessidades, so eles : Tv Econmico, Tv Famlia, Tv Esportes, Tv Cinema e Tv TOTAL No pacote TV Economico so os canais de Tv aberta, para este pacote no ser cobrado valor algum, sua adeso e mensalidade so grtis mediante a assinatura de qualquer outro servio. Canais Abertos: Band , CNT , Cultura, Globo, Record , Rede TV e Rede Vida e SBT. O pacote Tv Famlia o pacote dando nfase em canais de programao variada. Este pacote contm a disponibilidade de 33 canais para seus assinantes. Canais Abertos: Band , CNT , Cultura, Globo, Record , Rede TV , Rede Vida e SBT Musicas e Variedades: AXN, TNT, FOX, Multishow, Sony, Universal Channel, Warner Channel Cultura: A&E, Discovery Channel, GNT, History Channel, National Geographic, People & Arts Notcias: Climatempo e GloboNews Infantis : Cartoon Network, Discovery Kids, Disney Channel e Nickelodeon Educativos: Futura e TV Escola Pblico: TV Brasil, TV Senado e TV Justia. O pacote TV Esporte o pacote com nfase em programao esportiva. Este pacote contm a disponibilidade de 45 canais para seus assinantes. Canais Abertos: Band, CNT, Cultura, Globo, Record, Rede TV, Rede Vida e SBT. Musicas e Variedades: AXN, FOX, Multishow, Sony, Universal Channel, Warner Channel Cultura: A&E, Discovery Channel, GNT, History Channel, National Geographic, People & Arts Notcias: Climatempo e GloboNews

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Infantis : Cartoon Network, Discovery Kids, Disney Channel e Nickelodeon Educativos: Futura e TV Escola Pblico: TV Brasil, TV Senado e TV Justia Esportes : Sport TV, Sport TV 2, The Golf Channel, ESPN, ESPN Brasil, Speed Channel O pacote TV Cinema o pacote com nfase em canais de filmes. Este pacote contm a disponibilidade de 50 canais para seus assinantes. Canais Abertos: Band , CNT , Cultura, Globo, Record , Rede TV , Rede Vida e SBT Filmes: TNT, Hallmark , HBO, HBO PLUS, HBO, FAMILY, CINEMAX, MAX PRIME, Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Light, Telecine Pipoca e Telecine Cult. Musicas e Variedades: AXN, FOX, MTV Hits, Multishow, Sony, Universal Channel, Warner Channel. Cultura: A&E, Discovery Channel, GNT, History Channel, National Geographic, People & Arts. Notcias: Climatempo , CNN International e GloboNews Infantis : Cartoon Network, Discovery Kids, Disney Channel , Jetix e Nickelodeon Educativos: Futura e TV Escola. Pblico: Sesc TV , TV Camara, TV Brasil, TV Senado e TV Justia O pacote TV Total o pacote completo de canais. Este pacote contm a disponibilidade de 74 canais para seus assinantes. Canais Abertos: Band , CNT , Cultura, Globo, Record , Rede TV , Rede Vida e SBT Filmes: Canal Brasil, TNT, Eurochannel, MGM, TCM, Hallmark, HBO, HBO PLUS, HBO, FAMILY, CINEMAX, MAX PRIME, Telecine Premium, Telecine Action, Telecine Light, Telecine Pipoca e Telecine Cult. Musicas e Variedades: Animax , AXN, , E! , Fashion TV, FOX, Fox Life, FX, Managementv, MTV Hits, News, Multishow, Sci Fi , Sony, Universal Channel, VH1, Warner Channel.

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Cultura: A&E, Animal Planet , Discovery Channel, Discovery Home & Health , Discovery Travel & Living , GNT, History Channel, National Geographic, People & Arts. Notcias: BBC World News . Bloomberg , Climatempo , CNN International, FOX News e GloboNews Infantis : Boomerang , Cartoon Network, Discovery Kids, Disney Channel , Jetix, Nickelodeon e Ra Tim Bum. Educativos: Futura e TV Escola. Pblico: Sesc TV, TV Camara, TV Brasil, TV Senado e TV Justia Esportes : Sport TV, Sport TV 2, The Golf Channel, ESPN, ESPN Brasil, Speed Channel. c) FastNET FastNET algo jamais visto no servio da banda larga oferecido no ramo residencial. Possu tanto o acesso dedicado via fibra ptica para cada apartamento como tambm oferece acesso mvel via rede Wireless para as reas de lazer externas do condomnio. Para ter acesso de internet de alta qualidade e velocidade disponibilizado as opes de planos com velocidade de 5Mb, 10Mb e 20Mb. Tambm ser disponvel o acesso a internet mvel alm de seu apartamento, o servio FastNET Wireless, onde disponibilizamos uma chave para acessar a rede Wi-Fi do condomnio. Neste servio oferecemos uma banda de 2Mb. Agora sim, voc pode ter aquela facilidade de ler seus emails na beira da piscina ou na churrasqueira com o maior conforto. Na aquisio do servio FastNet, o condmino recebe uma senha com o cdigo WPA possibilitando o acesso nas reas comuns do condomnio. O cliente s poder ter acesso a rede Wireless caso seja assinante de algum pacote do FastNet. 4.5 - Dimensionamento de Rede Para atender a demanda de todos estes servios alm de toda infra-estrutura de rede externa e interna necessitamos de transmisso de banda. Estes links so alugados pelas operadoras mediante uma taxa mensal. Para avaliarmos a quantidade

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exata na qual nosso cliente realmente necessita, deveremos calcular nas seguintes condies: Para telefonia, seu dimensionamento feito na proporo de 1:1 (Prioridade 1), para vdeo seu dimensionamento feito na proporo de 1:4 (Prioridade 2) e para dados seu dimensionamento feito na proporo de 1:10 (Prioridade 3). Conforme ilustram as figuras 12 e 14, na rede GPON projetada a transmisso de vdeo no gerada pelo OLT e sim por outro equipamento na central, no qual recebe direto o sinal de vdeo via satlite por uma antena de TV digital localizada tambm na central e o transmite diretamente na rede, sendo assim o calculo de vdeo no dever ser realizado neste dimensionamento. De acordo com topologia ilustrada na figura 22, cada enlace possu um total de 52 pontos de ONT (24 apartamentos do bloco esquerda, 24 apartamentos do bloco direita, 1 rea de lazer e uma portaria por cada bloco), salvo o ltimo enlace que possui mais dois pontos, um da churrasqueira e outro da piscina. Considerando que cada ONT utiliza 2 pontos de voz (64 kbps cada um) e uma assinatura de internet na mdia de 20 mbps, 3 links de 155 mbps do VPN VIP Flex oferecido pela operadora OI so suficientes para atender toda a demanda dos servios prestados para cada enlace. 4.6 Custos Todo servio oferecido resulta em custos para seus clientes, neste captulo estaremos detalhando os custos de implantao, de operao mensal e tarifao mensal dos servios. 4.6.1 Operadora Para prover os servios desejados de voz e dados necessitamos de uma locao de servios de banda de alguma operadora de telecomunicaes e tambm a locao do servio de canais de televiso de uma operadora deste segmento, custos conforme demonstra a tabela 5.

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SERVIO VPN VIP FLEX OI Sinal de Vdeo

PREO MENSAL R$ 42669,00 R$ 0,00 TOTAL R$ 42669,00

Tabela 5 Custos Operadora Para viabilizar os sinais de vdeo foi efetuado um contrato de parceria. Neste contrato foi acordado entre as partes a utilizao da rede compartilhada saindo sem nus os custos de aquisio do sinal. 4.6.2 Implantao Os custos de equipamentos, conforme ilustrado na tabela 6, so dos equipamentos a serem utilizados na rede do cliente.

Equipamento Armrio Tri-Box DIO 19 Modelo A270 DIO interno A146 Fiber-Lan Indoor/Outdoor Cordo optico monofibra 15 metros Caixa Aparente Multimedia Extenso ptica cabo ptico de 4 fibras CFOA-SM-DD-S Splitter ptico Fuso PLC 1:4 Splitter ptico Fuso PLC 1:2 Splitter ptico modular 1:8 ONT EchoLife HG810 Conversor Digital - DC2008H Access Point DIR-635 BR Caixa de emendas Implantao da rede (Mo de Obra)

Fabricante Quant Preo Furukawa 8 R$ 34.465,95 Furukawa 8 R$ 210,20 Furukawa 48 R$ 627,55 Furukawa 660m R$ 1,42 Furukawa 210 R$ 45,12 Furukawa 210 R$ 18,04 Furukawa 136 R$ 15,53 Furukawa 18 km R$ 3,20 Furukawa 49 R$ 412,00 Furukawa 3 R$ 253,00 Furukawa 8 R$ 923,00 Huawei 210 R$ 715,00 Semp Toshiba 210 R$ 589,00 D-Link 2 R$ 296,65 3M 5 R$ 205,00 Fiber Solution R$ 400,00

TOTAL R$ 275.727,60 R$ 1.681,60 R$ 30.122,40 R$ 937,20 R$ 9.475,20 R$ 3.788,40 R$ 2.112,08 R$ 57.600,00 R$ 20.188,00 R$ 759,00 R$ 7.384,00 R$ 150.150,00 R$ 123.690,00 R$ 593,30 R$ 1.025,00 R$ 76.800,00

TOTAL DO CUSTO R$ 762.033,78 POR CADA APARTAMENTO R$ 3.968,93 Tabela 6 Custos Implantao

4.6.3 - Servios

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Cada servio possui variadas opes de pacotes com o objetivo de atender todas as necessidades e expectativa de cada morador. Estaremos demonstrando cada pacote e seu custo. Os custos de manuteno da rede no sero cobrados, pois j esto inclusos na cobrana de cada servio. O Servio TelFacil possui planos de 10, 25, 50, 100, 200 e 400 de crditos para serem utilizados conforme demonstrado tarifao na tabela 7.Telefone Fixo Cel DDD fixo DDD cel DDI fixo DDI cel P/ minuto R$ 0,21 R$ 0,93 R$ 0,25 R$ 0,95 R$ 1,00 R$ 2,00

Tabela 7 Pulsos por minuto Na tabela 8 segue informando os custos de cada plano oferecido atravs do servio DigTV.Pacote DigTv Tv Econmico Tv Famlia Tv Esporte Tv Cinema Tv TOTAL Custo R$ 0,00 R$ 80,00 R$ 110,00 R$ 130,00 R$ 190,00

Tabela 8 Pacotes de DigTv O custo dos planos para o servio FastNET demonstrado na tabela 9Pacote FastNET 5 mbps 10 mbps 20 mbps Custo R$ 199,00 R$ 299,00 R$ 399,00

Tabela 9 Pacotes FastNET Conforme ilustra a figura 39, so demonstrados os planos de cada servio e seu custo mensal de adeso.

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Figura 39 Servios e preos

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CONCLUSO

Este projeto demonstrou que para atender s demandas de largura de banda e aplicaes futuras, chegar com fibra ptica at a ultima milha utilizando as redes de acesso passivas em conjunto com redes wireless tornou-se uma realidade acessvel que oferece mltiplas vantagens para o cliente final. Os sistemas PON j foram disponibilizados por diversos fabricantes e oferecem, a um bom custo-benefcio, uma escala variada de servios de vdeo, voz e dados, Uma vez que a rede GPON com topologia FTTx est instalada, outros servios podem ser adicionados, relativamente, sem custo. Outro fator importante sobre a rede, a confiabilidade de utilizao de fibra ptica que por sua vez, possui largura de banda que ainda no tem limites para a tecnologia dos equipamentos atuais. Com alta durabilidade dos equipamentos envolvidos, permitem que a rede seja estvel por perodo de mdio ou longo prazo, permitindo o retorno do investimento.

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