4.2.1 - 4.2.2. escoamento de interno - tubos e dutos

71
Escoamento Interno de Fluidos Viscosos e Incompressíveis Escoamento laminar completamente desenvolvido Escoamento em tubos e dutos Medidas de vazões Prof. Fernando Oliveira - Uema Universidade Estadual do Maranhão UEMA Centro de Ciências Tecnológicas CCT Curso de Engenharia Mecânica

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Page 1: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Escoamento Interno de Fluidos Viscosos e Incompressíveis

Escoamento laminar completamente desenvolvido

Escoamento em tubos e dutos

Medidas de vazões

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Universidade Estadual do Maranhão – UEMA

Centro de Ciências Tecnológicas – CCT

Curso de Engenharia Mecânica

Page 2: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Classificação de Escoamentos

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 3: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

3

1. Escoamento Viscosos incompressíveis

Os escoamentos viscosos podem ocorrer:

Condutos fechados (escoamentos internos);

Condutos livres.

Um conduto é comumente chamado de:

Tubo, se sua seção transversal for circular;

Duto, se sua seção não for circular.

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 4: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

4

1.1 Características Gerais do Escoamento

Canal artificial

CONDUTOS LIVRES

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 5: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

5

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Os canais podem ser :

Naturais: Córregos, rios, estuários, etc.

Artificiais: Canais de irrigação e de navegação, aquedutos,

galerias, coletores, etc.

Canal artificial = Conduto livre

Page 6: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

6

Condutos livres funcionam sempre por gravidade. Sua

construção exige um nivelamento cuidadoso do terreno,

pois devem ter declividades pequenas e constantes.

CONDUTOS LIVRES

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 7: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

7

Podem funcionar por gravidade, aproveitando a declividade do terreno,

ou por recalque (bombeamento), vencendo desníveis entre o ponto de

captação e o ponto de utilização.

Os escoamentos internos são aqueles em que o fluido é

limitado por superfície sólida. Neste, o líquido escoa

enchendo-as totalmente; são, em geral, de seção circular.

Condutos fechados (escoamentos internos)

Nos condutos fechados os fluidos escoam sob uma pressão

diferente da atmosférica.

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 8: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

8

Conduto Livre

P = Patm

Conduto forçado

P > Patm

Conduto forçado

P = Patm

Condutos fechados (escoamentos internos)

Para manter uma diferença de pressão entre um ponto e

outro é necessário que o tubo esteja completamente cheio.

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 9: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

9

Condutos fechados (escoamentos internos)

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 10: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

10

Incluem os escoamentos em tubos, em dutos, bocais,

difusores, válvulas, contrações súbitas e acessórios

hidráulicos.

O escoamento internos são aqueles em que o fluido

é limitado por superfície sólida.

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 11: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1.1 Características Gerais do Escoamento

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 12: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

Os escoamento de um fluido em um duto pode ser

de dois tipos:

. Laminar

. Turbulento

A determinação destes regimes de escoamento é definido

pelo número de Reynolds:

Page 13: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

A diferença clássica entre os regimes laminares e turbulento

pode ser mostrado na experiência clássica de Reynolds.

Figura 1. Experimento de Determinação dos Regimes de Escoamentos

Page 14: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

Figura 2. Variação Temporal dos Regimes de Escoamentos

Page 15: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

Não existe com precisão um número de Reynolds para cada

regime de escoamentos.

A faixa de transição depende vários fatores no escoamentos, tais

como: rugosidade do fluido, perturbação e outras.

A faixa relativamente aceita para cada regime de escoamento é:

Page 16: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

Page 17: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

3. Região de Entrada e Escoamentos Plenamente Desenvolvida.

Qualquer conduto onde escoa um fluido deve apresentar uma

seção de alimentação e uma de descarga.

A região do escoamento próxima da seção de alimentação é

denominada região de entrada.

Page 18: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

3. Região de Entrada e Escoamentos Plenamente Desenvolvida.

Presença da camada limite, onde os efeitos viscosos são

importantes, ao longo da parede do duto e muda com o

comprimento x.

Efeitos viscosos

Perfil de velocidade uniforme

Page 19: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

A forma do perfil de velocidade do escoamento num tubo depende

se este é: Laminar ou Turbulento e também do comprimento da região

de entrada, Le. O adimensional comprimento, Le/D.

Le/D = 0,06 Re Para escoamento laminar;

Le/D = 4,4(Re)¹/6 Para Escoamento turbulento.

Page 20: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

O perfil da queda de pressão e da Vazão depende se o escoamento

é: Laminar ou Turbulento, .

Page 21: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

O perfil da queda de pressão e da Vazão depende se o escoamento

é: Laminar ou Turbulento, .

O módulo do gradiente de pressão,

é é maior na região de entrada do

que na região plenamente

desenvolvido.

A pressão varia com x devido o

efeito da viscosidade.

x

p

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 22: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

O perfil da queda de pressão e da Vazão depende se o escoamento

é: Laminar ou Turbulento, .

Laminar: Q ~ Δp, neste caso

dobrar a Q tem que dobrar Δp;

Turbulento: Q varia pouco com Δp;

Para Re (grandes) Q ~ Δp1/2 ) . Neste caso

para dobrar Q tem-se que quadruplicar Δp.

Page 23: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Tensão de Cisalhamento em Tubos de Pressão

ANÁLISE DE TENSÃO EM TUBOS DE PRESSÃO

Gravidade (desprezíveis quando o escoamento for horizontal),

e/ou

Forças de pressão.

O escoamento plenamente desenvolvido, em regime permanente e

num tubo com diâmetro constante, pode ser promovido por meio da:

Page 24: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Características Gerais dos Escoamentos

ANÁLISE DE TENSÃO EM TUBOS DE PRESSÃO

As diferenças de pressão (Δ P = p1 – p2) força o fluido a escoar no

tubo.

Os efeitos viscosos oferecem a força de resistência, que equilibra a

força de pressão.

O módulo do gradiente de pressão é maior na região de entrada do

que na região plenamente desenvolvida, onde é constante.

Forças de Pressão

l

p

x

p

Page 25: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

ANÁLISE DE TENSÃO EM TUBOS DE PRESSÃO

A natureza do escoamento em tubos de pressão depende muito

se o escoamento do fluido é laminar ou turbulento. Esta é uma

conseqüência direta das diferenças entre a tensão de cisalhamento

nos escoamentos laminares e àquela nos escoamentos turbulentos.

As propriedades físicas da tensão de cisalhamento são muito

diferentes no escoamento laminar e no turbulento.

Page 26: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

ANÁLISE DE TENSÃO EM TUBOS DE PRESSÃO

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

O conhecimento do perfil de velocidade permite obter informações

tais como: Queda de pressão (Δ P = p1 – p2), Vazão (Q), etc.

Figura 13. Movimento de um elemento fluido num tubo de pressão

Page 27: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

ANÁLISE DE TENSÃO EM TUBOS DE PRESSÃO

Figura 14. Diagrama de corpo livre de um elemento fluido cilíndrico.

A variação da velocidade da parede para o centro do tubo

combinada com a viscosidade do fluido produz a tensão de

cisalhamento.

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

Page 28: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

As diferenças de pressão (Δ P = p1 – p2) força o fluido a escoar no

tubo.

Os efeitos viscosos oferecem a força de resistência, que equilibra a

força de pressão.

O módulo do gradiente de pressão é maior na região de entrada do

que na região plenamente desenvolvida, onde é constante.

Forças de Pressão

l

p

x

p

1.3 Tensão de Cisalhamento em Tubos de Pressão

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 29: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Distribuição de Tensão em Tubos no Escamentos plenamente desenvolvidos

O conhecimento do perfil do escoamento permite obter informações

tais como:

Queda de pressão (Δ P = p1 – p2), e

Vazão (Q)

Movimento de um elemento fluido num tubo de pressão

Prof. Fernando Oliveira - Uema

Page 30: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Somando as forças que atuam sobe o volume de controle na direção x. A pressão no centro

do elemento é p; a força de cisalhamento age na superfície circunferencial do elemento.

Com as considerações matemáticas e hipóteses simplificadoras o perfil da velocidade será :

1. Escoamento Laminar Plenamente Desenvolvido

1.1 Perfil da Velocidade (Vmáx)

l

pDmáxu

16

²Onde: médiamáx Vu 2e

Page 31: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

l

pDVmédia

32

²

1. Escoamento Laminar Plenamente Desenvolvido

1.2 Perfil da Vazão (Q)

l

pDuV

máx

méd

16

²

2

Neste caso, a velocidade média para este escoamento é dada por:

Page 32: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Por definição, a vazão volumétrica (Q) é igual a Vmédia multiplicada

pela área transversal do tubo, ou seja,

1. Escoamento Laminar Plenamente Desenvolvido

1.2 Perfil da Vazão (Q)

AVQ média.

A Equação é conhecida como Lei de Poiseuille na forma abaixo:

A Equação conhecida como Lei de Poiseuille está restrito a:

Escoamentos laminares (Re < 2100);

Tubos horizontais

L

pDQ

128

4

Logo, a vazão volumétrica terá a seguinte forma:

Page 33: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Se o tubo estiver inclinado a Equação da Lei de Poiseuille

tomará a seguinte forma:

Neste caso:

Se o escoamento é para baixo, a gravidade ajuda o escoamento;

Se o escoamento é para cima, a gravidade atua contra o

escoamento.

L

DlsenpQ

128

)

4

1. Escoamento Laminar Plenamente Desenvolvido

Page 34: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Definição de Perdas de Carga

Page 35: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Definição de Perdas de Carga

O escoamento interno em tubulações sofre forte influência das

paredes, dissipando energia devido ao atrito, entre o fluido viscoso e a

parede do duto;

A dissipação de energia provoca uma redução da pressão total do

fluido ao longo do escoamento.

A essa redução de pressão denominamos de PERDA DE CARGA.

As diferenças de pressão

(Δ P = P1 – P2)

força o fluido a escoar no tubo.

Estudo de Perdas de Carga

Page 36: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Com o objetivo de possibilitar a obtenção de expressões matemáticas que permitam prever as perdas de carga nos condutos, elas são classificadas em:

1. Distribuídas, e

2. Localizadas.

A perda de carga é uma função complexa de diversos elementos tais como:

Rugosidade do conduto;

Viscosidade e densidade do líquido;

Velocidade de escoamento;

Grau de turbulência do movimento;

Comprimento percorrido.

Definição de Perdas de Carga

Estudo de Perdas de Carga

Page 37: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. Perda de Carga Distribuída

Ocorrem em trechos retilíneos dos condutos;

A pressão total imposta pela parede dos dutos diminui

gradativamente ao longo do comprimento;

Permanece constante a geometria de suas áreas molhadas;

Essa perda é considerável se os trechos de dutos forem

relativamente compridos.

2. Perda de Carga Localizada

Ocorrem em trechos singulares dos condutos tais como: junções,

derivações, curvas, válvulas, entradas, saídas, etc.;

As diversas peças necessárias para a montagem da tubulação e

para o controle do fluxo do escoamento, provocam uma variação

brusca da velocidade (em módulo ou direção), intensificando a

perda de energia;

Estudo de Perdas de Carga

Page 38: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Características Gerais do Escoamento

Estudo de Perdas de Carga

Page 39: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Termo

Termos

dm

Quugz

pgz

p vv

º2

12

º1

22

2

21

1

2

1)(

22

Cálculos de Perdas de Cargas

Estudo de Perdas de Carga

ctegzvp

gzvp

2

2

2

2

1

1

2

1

22

Se o escoamento houver perdas, teremos que:

Temos que a equação de Bernoulli entre 2 pontos (sem perda) diz que:

Escoamento permanente;

Uma única seção entrada (1) e uma de saída (2);

Escoamento incompressível;

Ocorre dissipação de energia ao longo do escoamento;

Escoamento com troca de calor.

Adotando as seguintes considerações:

Page 40: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

gz

p v2

2

Energia mecânica por unidade de massa numa secção transversal;

Significado dos termos:

dm

Quu

)( 12

Termo

Termos

dm

Quugz

pgz

p vv

º2

12

º1

22

2

21

1

2

1)(

22

Representa as perdas de energia disponível devido o

atrito, no escoamento incompressível (também chamada

perda de carga total por unidade de massa).

Termo representado por: hT

Estudo de Perdas de Carga

A equação se reduzirá a:

Page 41: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Thzg

vpz

g

vp

2

2

2

2

1

1

2

1

22

A perda de carga total hT é resultado das:

Perdas de carga distribuída hD, devido aos efeitos de atrito no

escoamento plenamente desenvolvido em tubos de seção

constante;

Perdas de carga localizadas, hL, devidas a entradas,

acessórios, mudanças de área e outros.

Observações:

O cálculo das perdas de cargas usando a equação de Bernoulli, pode

ser reescrita da seguinte forma:

Estudo de Perdas de Carga

Page 42: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

As perdas de carga distribuidas, hD, podem ser analisadas nos

escoamentos:

Laminar , e

Turbulentos

Observações:

Cálculos de Perdas de Cargas

Estudo de Perdas de Carga

dl hhzg

pz

g

p vv

2

2

2

21

1

2

1

22

Page 43: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. Considerações das Perdas de Cargas: h

Considere um escoamento completamente desenvolvido num tubo de

área constante.

A equação geral é:

Adotando as hipóteses:

• Diâmetros constantes: D1 = D2 , logo V1 = V2

• Perdas localizadas: hL = 0

DhZZpp

1221

A equação se reduz a:

Estudo de Perdas de Carga

dl hhzg

pz

g

p vv

2

2

2

21

1

2

1

22

Page 44: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. Perdas de Cargas Distribuídas: hD

• Se o tubo for com sentido horizontal: Z1 = Z2

A equação se reduz a:

Desta forma, a perda de carga distribuída pode ser expressa como a perda de pressão no escoamento inteiramente desenvolvido através de um tubo horizontal de área constante.

Estudo de Perdas de Carga

21

Dhppp

DhZZpp

1221

(m)

phD

Page 45: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1.1 Escoamento Laminar; e 1.2 Escoamento Turbulento

1. As Perdas de Cargas Distribuídas, podem ser agrupadas

em dois tipos de escoamentos:

1.1 Escoamento Laminar

A queda de pressão pode ser calculada analiticamente através da Lei de Poiseuille:

D

LQp

4

128

Fazendo as devidas considerações substituindo na equação de perda de

carga a equação acima terá a seguinte forma:

DVD

L

D

V

D

Lp V

64

232

2

Estudo de Perdas de Carga

D

V

D

LDVLp

D

32

41284

)/²(

2

²

Re

64 V

D

L

Page 46: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

2

²V

D

Lfp

1.1 Escoamento Laminar

Estudo de Perdas de Carga

g

V

D

LhD

2

²

Re

64

Relacionando a equação

Com a equação Dhppp

21

Teremos a seguinte forma:

Page 47: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

O quociente da equação acima representa o fator de atrito para

escoamento laminar ( f ). Assim, a equação pode ser reescrita da seguinte

forma:

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

g

V

D

LfhD

2

²

Re

64

Obs: No escoamento laminar, o fator de atrito, f, é uma função apenas

do número de Reynolds apenas; é independente da rugosidade.

1.1 Escoamento Laminar

Estudo de Perdas de Carga

Equação de Darcy-Weisback

A equação de Darcy é válida para qualquer escoamento

incompressível, em regime permanente e plenamente desenvolvido

(tubos horizontal e inclinados).

Page 48: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

48

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

1.1 Escoamento Laminar

1. Define o número de Reynolds: e,

2. Substitui na equação:

Resumidamente para obter a perda de carga no regime laminar

basta proceder o seguinte modo:

RevD

Estudo de Perdas de Carga

[N/m²] 2

²

Re

64 V

D

Lp

[m] 2

²

Re

64

g

V

D

LhD

Obs: Se precisar calcular multiplique por , logo: p

Page 49: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1.2 Escoamento Turbulento

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Para este escoamento a perda de carga depende do diâmetro, do

comprimento, da rugosidade e velocidade média do escoamento, da

massa específica e da viscosidade do fluido. Em forma funcional, temos

que:

),,,,,,( eLVDppl

Aplicando análise adimensional e atribuindo as devidas considerações

matemáticas o fator de atrito turbulento é definido na forma:

Estudo de Perdas de Carga

DD

lVD

V

p

,,

²2/1

Page 50: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1.2 Escoamento Turbulento

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Estudo de Perdas de Carga

D

VD

V

p

,

²2/1

Para escoamento considerado turbulento podemos escrever a função

da seguinte forma:

Através de considerações da análise dimensional e substituindo na equação

de Equação de Poiseuilli adquire a forma:

2

²

Re

64 V

D

Lp

2

²V

D

Lfp

Page 51: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1.2 Escoamento Turbulento

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Onde f representa o fator de atrito do escoamento turbulento. O fator

de atrito f é uma função definida como:

D

ef Re,

A função f depende:

Número de Reynolds, Re;

Rugosidade relativa, e/D.

O fator de atrito f é determinado experimentalmente.

Estudo de Perdas de Carga

Page 52: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Determinação do Fator de Atrito

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Para Miller o fator de atrito pode ser obtido através da equação

abaixo:

Segundo Colebrook a fórmula mais empregada para o fator de

atrito pode ser:

Estudo de Perdas de Carga

Page 53: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

O coeficiente de atrito, pode ser determinado utilizando-se

o diagrama de Moody, partindo-se da relação entre:

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

ρ = massa específica;

v = velocidade;

D = diâmetro;

μ = viscosidade dinâmica

Determinação do Fator de Atrito f – Diagrama de Moody

Número de Reynolds (Re)

Rugosidade relativa: (ε/D), onde: (ε) Rugosidade absoluta,

(D) diâmetro do tubo

Estudo de Perdas de Carga

Page 54: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Estudo de Perdas de Carga

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

A rugosidade absoluta (ε) é obtido através de tabela com valores

típicos de vários tubos.

Page 55: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Estudo de Perdas de Carga

Page 56: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Estudo de Perdas de Carga

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Page 57: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos
Page 58: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. As Perdas de Cargas Distribuídas

Resumidamente temos:

Calcula-se o número de Reynolds, Re;

Fazer uma relação entre a rugosidade absoluta (ε) – tabelada e

o diâmetro do tubo;

Com o valor de Re e ε/d recorre-se ao Diagrama de Moody para

obter o valor de f;

Após o valor de f, substitui na equação de Darcy e obtém e

adquire o valor da queda de pressão para escoamento turbulento.

Estudo de Perdas de Carga

Page 59: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

Ocorrem em trechos singulares dos condutos tais como: junções,

derivações, curvas, válvulas, entradas, saídas, etc.;

As diversas peças necessárias para a montagem da tubulação e

para o controle do fluxo do escoamento, provocam uma variação

brusca da velocidade (em módulo ou direção), intensificando a

perda de energia;

Page 60: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

60

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

Page 61: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. Dispositivos passivos, como: tubos, bocais, difusores, válvulas, etc.

Figura. Dispositivos passivos.

a) Difusores b) Bocais c) Válvulas

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

Page 62: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

2. Dispositivos ativos que envolvem trabalho, tais como: turbinas e bombas,

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

Page 63: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

63

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

As perdas de cargas localizadas podem ser expressos da seguinte

maneira:

Este valor é determinado experimentalmente para cada situação.

O valor de K depende da: geometria do componente e das propriedades

do fluido.

( )Geometriaφf Re,=

Onde: K é o coeficiente de perda e Le é o comprimento equivalente.

ou

2

²VKp L

g

VKh Ll

2

²

g

V

D

Lfh

Q

l

e

2

²

lhp

Obs

:

Page 64: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

64

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

Estudos de casos de perda de carga em casos típicos de geometria

2.1. Entradas e Saídas

g

VKh Ll

2

²

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65

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

2.2. Expansão e contração

g

VKh El

2

²

g

VKh Cl

2

²

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66

2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

2.3. Escoamento em curvas, retornos, tês, etc.

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2. As Perdas de Cargas Localizadas

Estudo de Perdas de Carga

2.4. Válvulas e acessórios

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Estudo de Perdas de Carga

Page 69: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

Estudo de Perdas de Carga

Conclusão

Sabe-se que no escoamento de fluidos reais, parte de sua energia dissipa-se em forma de calor e nos turbilhões que se formam na corrente fluida;

Essa energia é dissipada para o fluido vencer a resistência causada pela sua viscosidade e a resistência provocada pelo contato do fluido com a parede interna do conduto, e também para vencer as resistências causadas por peças de adaptação ou conexões (curvas, válvulas, ....).

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Exercício de Aprendizagem

Ex1) Num determinado tubo estirado com diâmetro de

0,0045m escoa ar a velocidade de 50m/s nas condições

padrões. Considerando um trecho de 0,5 m, determine a

queda de pressão se:

a) O regime for considerado laminar;

b) Repita os cálculos considerando o regime turbulento.

Ex2) Um tubo de ferro galvanizado com diâmetro de 42 mm

escoa ar com V=55m/s nas condições padrões. Considerando

um trecho de 0,78 m, determine a queda de pressão quando:

a) O regime for laminar;

b) Para o regime turbulento.

Page 71: 4.2.1 - 4.2.2. Escoamento de Interno - Tubos e Dutos

1. FOX; MCDONALD, A.T., Introdução à Mecânica dos Fluidos. LTC Editora, 5ª Edição.

2. SONTAG, R; VAN WYLEN. Fundamentos da Termodinâmica, Edgard Bluxher, 2009;

3. White, F.M., Mecânica dos Fluidos, McGraw-Hill;

4. Cengel, Y.A., & Cimbala, J.M., Mecânica dos Fluidos: Fundamentos e Aplicações, McGraw-Hill;

5. Munson, B., Young, D. & Okiishi, T., Fundamentals of Fluid Mechanics, Wiley.

6. STREETER, Vitor L. , Wylie, E. Benjamin – Mecânica dos Fluidos. São Paulo. McGraw-Hill do Brasil, Ltda. 1982. 7edição.

7. Ranald. V. Giles, Jack B Evett, Cheng Liu. Mecânica de Fluidos e Hidráulica. 2ªEdição. Editora ABDR, 1996.

8. Apostilas de Mecânica dos Fluidos

Bibliografia consultada