40. trono

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1 | A p o s t i l a – T r o n o

TRONO

Antes de deixar Seus discípulos, Cristo uma vez mais definiu a natureza de Seu reino. Trouxe-lhes à lembrança as coisas que lhes havia falado anteriormente com relação a esse reino. Declarou-lhes que não era Seu propósito estabelecer neste mundo um reino temporal. Ele não havia sido indicado para reinar como um rei terrestre sobre o trono de Davi . Quando os discípulos Lhe perguntaram: "Senhor, restaurarás Tu neste tempo o reino a Israel?" Ele respondeu: "Não vos pertence saber os tempos ou as estações que o Pai estabeleceu pelo Seu próprio poder." Atos 1:6 e 7. Não lhes era necessário ver mais distante no futuro do que as revelações que lhes havia feito os capacitavam a ver. Sua obra era proclamar a mensagem evangélica. (AA, 30)

Após a ascensão do Salvador, o senso da divina presença, plena de amor e luz, permanecia ainda com eles. Era uma presença pessoal. Jesus, o Salvador, que tinha andado com eles, com eles falado e orado, que lhes falara de esperança e conforto ao coração, tinha sido tomado deles para o Céu, quando a mensagem de paz ainda estava em Seus lábios. Enquanto o séquito de anjos, O recebia, dEle lhes vieram as palavras: "Eis que Eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos." Mat. 28:20. Ele havia ascendido ao Céu na forma humana. Sabiam que, diante do trono de Deus , Ele ainda era seu Salvador e Amigo; sabiam que Sua simpatia era imutável; que Ele estaria para sempre identificado com a humanidade sofredora. Sabiam que Ele estava apresentando diante de Deus os méritos de Seu sangue, mostrando Suas mãos e pés feridos, como lembrança do preço que havia pago por Seus redimidos; e este pensamento fortalecia-os para suportar a injúria por Sua causa. Sua união com Ele era mais forte agora do que quando Ele estava com eles em pessoa. A luz, o amor e o poder de um Cristo sempre presente brilhava por meio deles, de maneira que os homens, contemplando, se maravilhavam. (AA, 65)

Sendo interrogado quanto à verdade das acusações co ntra ele feitas, Estêvão começou sua defesa com voz clara, p enetrante, que repercutia pelo recinto do conselho. Com palavras q ue mantinham a assembléia absorta, prosseguiu ele relatando a hi stória do povo

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escolhido de Deus. Mostrou completo conhecimento da economia judaica, e interpretação espiritual da mesma, agora manifesta por meio de Cristo . Repetiu as palavras de Moisés que prediziam o Messias: "O Senhor vosso Deus levantará dentre vossos irmãos um profeta semelhante a mim: a Ele ouvireis." Atos 3:22. Patenteou sua própria lealdade para com Deus e para com a fé judaica, enquanto mostrava que a lei na qual os judeus confiavam para a salvação não fora capaz de salvar Israel da idolatria. Ligava Jesus Cristo com toda a história judaica. Referiu-se à construção do templo por Salomão, e às palavras deste, bem como de Isaías: "Mas o Altíssimo não habita em templos feitos por mãos de homens, como diz o profe ta: O Céu é o Meu trono ... (AA, 99)

A esta altura, sacerdotes e príncipes ficaram fora de si, de cólera. Agindo mais como feras rapinantes do que como seres humanos, precipitaram-se sobre Estêvão, rangendo os dentes. Nos rostos cruéis em redor de si, o prisioneiro leu a sua sorte; mas não vacilou. Para ele o temor da morte desaparecera. Para ele os coléricos sacerdotes e a turba irada não ofereciam terror. O quadro que diante dele estava se desvaneceu de sua vista. Para ele as portas do Céu estavam abertas, e, olhando por elas, viu a glória da corte de Deus, e Cristo, em pé como que Se havendo levantado de Seu trono precisamente então, para dar auxilio a Seu servo . (AA, 101)

Atos 7: 55. Mas ele, cheio do Ruach Hakodesh, olhou

para o céu e viu a Sh’Khinah de Deus, e Yesshua em pé,

á direita de Deus.”(Esta é a tradução do NT Judaico.)

"O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem e os livra." Sal. 34:7. Deus encarrega Seus anjos de salvar Seus escolhidos da calamidade, de guardá-los da "peste que anda na escuridão", e da "mortandade que assola ao meio-dia". Sal. 91:6. Repetidas vezes têm anjos falado com homens, do mesmo modo como um homem fala com seu amigo, e os têm levado para lugares livres de perigo. Uma e outra vez têm as encorajadoras palavras dos anjos renovado o ânimo prostrado dos fiéis, desviando-lhes o espírito das coisas da Terra, levando-os a contemplar pela fé as vestes brancas, as coroas, as palmas da vitória que os vencedores receberão junto ao grande trono branco . (AA, 153)

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Jeremias também testificou da vinda do Redentor como um príncipe da casa de Davi: "Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, sendo Rei, reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na Terra. Nos seus dias Judá será salvo, e Israel habitará seguro; e este será o Seu nome, com que O nomearão: O SENHOR JUSTIÇA NOSSA." Jer. 23:5 e 6. E outra vez: "Assim diz o Senhor: Nunca faltará a Davi varão que se assente sobre o trono da casa de Israel ; nem aos sacerdotes levíticos faltará varão diante de Mim, para que ofereça holocausto, e queime ofertas de manjares, e faça sacrifício todos os dias." Jer. 33:17 e 18. (AA, 223)

Assim o apóstolo, da maneira mais decidida e impressiva, procurou corrigir as falsas e perigosas idéias e práticas que estavam prevalecendo na igreja de Corinto. Falou claramente, porém em amor por suas almas. Em suas advertências e reprovações a luz do trono de Deus brilhou sobre eles, revelando os pecados ocultos que lhes estavam debilitando a vida. Como seriam essas advertências recebidas? (AA, 321)

O apóstolo compreendia que o evangelho tinha uma reivindicação sobre quem quer que atentasse para suas palavras; que um dia eles estariam ou entre os puros e santos ao redor do grande trono branco , ou com aqueles a quem Cristo haveria de dizer: "Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniqüidade." Mat. 7:23. Ele sabia que teria de encontrar cada um de seus ouvintes diante do tribunal do Céu, e que aí teria de prestar contas, não apenas de tudo o que havia dito e feito, mas do motivo e espírito de suas palavras e ações. (AA, 423)

Em Seus esforços para alcançar o ideal de Deus para si, o cristão não deve desesperar de coisa alguma. A perfeição moral e espiritual mediante a graça e o poder de Cristo é prometida a todos. Jesus é a fonte de poder, a origem da vida. Ele nos leva a Sua Palavra, e da árvore da vida nos apresenta as folhas para a saúde de almas enfermas de pecado. Ele nos leva ao trono de Deus , e põe em nossa boca uma oração pela qual somos levados a íntimo contato com Ele próprio. Em nosso benefício põe em operação os instrumentos todo-poderosos do Céu. Em cada passo tocamos Seu vivo poder. (AA, 478)

Não se alcança posição no reino de Deus mediante favoritismo. Não é adquirida nem recebida mediante concessão arbitrária. É o resultado do caráter. A coroa e o trono são a prova de uma condição

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conquistada - prova do domínio do eu por meio da graça de nosso Senhor Jesus Cristo. (AA, 543)

A oração é a chave nas mãos da fé para abrir o celeiro do Céu, onde se acham armazenados os ilimitados recursos da Onipotência? Sem oração constante e diligente vigilância, estamos em perigo de tornar-nos descuidosos e desviar-nos do caminho verdadeiro. O adversário procura continuamente obstruir o caminho para o trono da gr aça, para que não obtenhamos, pela súplica fervorosa e fé, graça e poder para resistir à tentação. (CC, 95)

Então os remidos receberão as boas-vindas às moradas que Jesus lhes está preparando. Então seus companheiros não serão mais as criaturas vis da Terra - mentirosos, idólatras, impuros e incrédulos; mas conviverão com os que venceram a Satanás e, por meio da graça divina, formaram um caráter perfeito. Toda tendência pecaminosa, toda imperfeição que aqui os aflige, terá sido removida pelo sangue de Cristo, e a excelência e o resplendor de Sua glória, que sobrepuja em muito ao brilho do Sol, a eles se comunicam. E deles se irradia a beleza moral e perfeição de Seu caráter, de valor incomparavelmente superior à glória externa. Acham-se irrepreensíveis perante o grande trono branco, compartilhando a dignidade e os privilégios dos anjos. (CC, 126)

Os que estão no serviço de Deus precisam mostrar ânimo e determinação na obra de salvar almas. Lembrem-se de que há os que hão de perecer, a menos que nós, como instrumentos divinos, trabalhemos com determinação que não falhe nem esmoreça. O trono da graça deve ser o nosso arrimo contínuo. (Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 51)

As providências e concessões de Deus em nosso favor são sem limites. O trono da graça é , em si mesmo, a mais elevada atração, visto ser ocupado por um Ser que nos permite chamar-Lhe Pai. Mas Jeová não considerou completo o plano da salvação enquanto nele estivesse depositado apenas Seu amor. Colocou em Seu altar um Advogado revestido de Sua própria natureza. A obra de Cristo, como nosso intercessor, é apresentar-nos a Deus como filhos e filhas. Ele intercede em favor daqueles que O recebem. Com o próprio sangue pagou-lhes o resgate. Pela virtude dos próprios méritos, dá-lhes poder de se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. E o Pai demonstra o amor infinito que a Cristo tem, recebendo com

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agrado os amigos de Cristo como amigos Seus. Está satisfeito com a expiação efetuada. É glorificado pela encarnação, vida, morte e mediação de Seu Filho. (CPPE, 14)

Quando falardes de coisas divinas, por que não usar tons distintos, e de maneira a manifestar que sabeis aquilo de que falais, e não vos envergonhais de mostrar a bandeira a que servis? Por que não orais como quem tem a consciência livre de ofensa, e se pode chegar ao trono da graça humildemente , não obstante com santa ousadia, erguendo mãos santas, sem ira nem contenda? Não vos curveis, cobrindo o rosto como se algo houvesse que desejais ocultar. Erguei, porém, os olhos para o santuário celeste, onde Cristo, vosso Mediador, Se acha perante o Pai para apresentar as vossas súplicas, de mistura com Seus próprios méritos e imaculada justiça, qual agradável incenso. (CPPE, 241)

Mui preciosa é a Deus Sua obra na Terra. Cristo e os anjos celestes estão-na observando a todo instante. À medida que nos aproximarmos da vinda de Cristo, mais e mais serviço missionário há de ocupar nossos esforços. A mensagem do renovador poder da graça de Deus será levada a todo país e clima, até que a verdade circunde o mundo. Entre os que hão de ser assinalados, encontrar-se-ão pessoas vindas de toda nação e tribo e língua e povo. De todo país serão recolhidos homens e mulheres que se acharão perante o trono de Deus e perante o Cordeiro, clamando: "Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro ." Apoc. 7:10. Antes, porém, que esta obra se possa efetuar, cumpre-nos experimentar aqui em nossa própria pátria a operação do Espírito Santo sobre os corações. (CPPE, 532)

Eles precisam ascender em direção ao Céu, em vez de permanecerem na planície. A experiência cristã deve estar aliada a toda verdadeira educação. "Vós também, como pedras vivas, sois edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecerdes sacrifícios espirituais, agradáveis a Deus, por Jesus Cristo." I Ped. 2:5. Professores e alunos devem ponderar esta descrição a ver se pertencem à classe que, mediante a abundante graça concedida, estão obtendo a experiência que todo filho de Deus precisa ter antes de poder entrar em uma classe superior. Em todo ensino que comunicam, os professores devem transmitir luz do trono de

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Deus; pois a educação é uma obra cujo efeito se manifestará pelos incessantes séculos da eternidade. (CSE, 140)

Conforme é usada na Bíblia, a expressão "reino de Deus" designa tanto o reino da graça como o de glória. O primeiro é apresentado por Paulo na epístola aos hebreus. Depois de apontar para Cristo, o compassivo Intercessor que pode "compadecer-Se de nossas fraquezas", diz o apóstolo: "Cheguemos, pois, com confiança ao trono da graça, para que possamos alcançar misericórdia e achar graça." Heb. 4:16. O trono da graça representa o reino da graça; pois a existênci a de um trono implica a de um reino . Em muitas parábolas Cristo usa a expressão "o reino dos Céus", para designar a obra da graça divina no coração dos homens. (C S Santuário, 69/70)

Se quiserem obter iluminação divina, dirijam-se ao trono da graça e serão atendidos pelo trono da misericórdia. Fez-se um pacto entre o Pai e o Filho para salvar o mundo por intermédio de Cristo, que daria a Si mesmo para que todo o que nEle cresse não viesse a perecer, mas tivesse a vida eterna. Nenhuma potestade humana ou angélica poderia fazer tal concerto. Manuscrito 16, 1890. (MM, CT, 123)

Jesus sabe as necessidades de Seus filhos, e gosta de escutar-lhes as orações. Excluam eles o mundo e tudo quanto desviaria o pensamento de Deus, e sintam que se acham a sós com Ele, que Seus olhos vêem o mais íntimo do coração, e lêem o desejo da alma, e que podem falar com o Senhor. Com fé humilde podeis reivindicar as Suas promessas, e sentir que embora não haja em vós coisa alguma por que Lhe possais exigir o favor, podeis, pelos méritos e a justiça de Cristo, chegar com ousadia ao trono da graça , e achar graça em tempo de necessidade. Não há nada que possa tornar a pessoa tão forte para resistir às tentações de Satanás no grande conflito da vida como buscar a Deus em humildade, lançando perante Ele vossa alma em todo o seu desamparo, esperando que Ele seja vosso ajudador e defensor. The Youth's Instructor, 7 de julho de 1892 (MM, Cuidado de Deus, 26)

Na obra da guarda do coração precisamos ser insistentes no orar, incansáveis nas súplicas ante o trono da graça quanto à assistência. Os que tomam o nome de cristãos devem chegar a Deus com fervor e humildade, rogando auxílio. ... O cristão não pode estar sempre em posição de orar, mas seus pensamentos e desejos podem estar de

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contínuo em direção ao alto. The Youth's Instructor, 5 de março de 1903. (MM, Cuidado de Deus, 118)

As provisões e concessões de Deus em nosso favor não têm limites. O próprio trono da graça se acha ocupado por Alguém que nos permite chamá-Lo Pai. ... Colocou a Seu lado um Advogado revestido de nossa natureza. Como nosso Intercessor, a obra oficial de Cristo é apresentar-nos a Deus como Seus filhos e filhas. Ele intercede em favor dos que O recebem. Pagou-lhes o resgate com o próprio sangue. Pela virtude de Seus méritos, dá-lhes poder de se tornarem membros da família real, filhos do celeste Rei. E o Pai demonstra Seu infinito amor por Cristo recebendo e acolhendo cordialmente como amigos os amigos de Cristo. Ele está satisfeito com a expiação feita. É glorificado pela encarnação, vida, morte e mediação de Seu Filho. (Idem, 140)

Uma profunda intuição de nossa necessidade e um grande desejo de receber as coisas que pedimos, devem caracterizar nossas orações, do contrário não serão ouvidas. Não nos devemos, porém, cansar, deixando de fazer nossas petições porque não recebemos resposta imediata. "... se faz violência ao reino dos Céus, e pela força se apoderam dele." Mat. 11:12. A violência de que aqui se fala é um santo fervor, como o manifestado por Jacó. Não precisamos tentar agitar-nos, na procura de uma sensação intensa; mas sim devemos, calma e persistentemente, elevar nossas petições ao trono da graça . Nossa obra é humilhar o coração perante Deus, confessando nossos pecados, e com fé nos aproximarmos de Deus. ... É propósito de Deus revelar-Se em Sua providência e Sua graça. O objetivo de nossas orações tem de ser a glória de Deus, não nossa própria glorificação. ... (Idem, 159)

Nosso crucificado Senhor está pleiteando por nós na presença do Pai ante o trono da graça . Podemos reivindicar para nosso perdão, ou justificação, ou santificação, o Seu sacrifício expiatório. O Cordeiro morto é nossa única esperança. Nossa fé olha para Ele, lança mão dEle como Aquele que pode salvar perfeitamente, e a fragrância da oferta todo-suficiente é aceita pelo Pai. A glória de Cristo se empenha em nosso sucesso. Deus tem um interesse comum em toda a humanidade. Ele é nosso simpatizante Salvador. SDA Bible Commentary, vol. 7, pág. 948.

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