4 2 5 1 0011 0010 universidade federal de uberlÂndia faculdade de matemÁtica projeto pibeg unidade...

44
4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

Upload: internet

Post on 17-Apr-2015

113 views

Category:

Documents


6 download

TRANSCRIPT

Page 1: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIAFACULDADE DE MATEMÁTICA

PROJETO PIBEG

Unidade

Zeros de funções reais

Page 2: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

1 – Introdução 1.1 – Isolamento das raízes 1.2 – Refinamento

2 – Método da Bisseção 2.1 – Interpretação Geométrica 2.2 – Algoritmo 2.3 – Estimativa do Número de Iterações 2.4 – Estudo da Convergência

3 – Método do Ponto Fixo 3.1 – Interpretação Geométrica 3.2 – Estudo da convergência do MPF 3.3 – Algoritmo 3.4 – Ordem de convergência do MPF

4 – Método de Newton - Raphson 4.1 – Interpretação Geométrica 4.2 – Estudo da convergência do MNR 4.3 – Algoritmo 4.4 – Ordem de convergência do MNR

Sumário:

Page 3: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

1 – Introdução

Page 4: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Em muitos problemas de Ciência e Engenharia há a necessidade de se determinar um número r para o qual uma função f (x) seja zero, ou seja, f (r)=0.

Este número é chamado zero ou raiz da função f (x) e pode ser real ou complexo. Em nossos estudos r representará uma raiz real.

Graficamente, os zeros reais são representados pelos pontos de interseção da curva com o eixo Ox, conforme figura abaixo:

f(x)

x1r 2r 3r

Page 5: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

O objetivo desta unidade é o estudo de métodos numéricos

para a resolução de equações não-lineares, as quais não possuem

solução analítica.

Exemplo: )()( xsenexf x A idéia central destes métodos é partir de uma aproximação

inicial para a raiz e em seguida refinar essa aproximação através

de um processo iterativo do tipo:

n,...,1i),x(Fx

xdado

1ii

0

F(x) é chamada função de iteração.

Page 6: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Portanto, o processo iterativo pode ser dividido em duas fases:

Fase I - Localização ou isolamento das raízes: Consiste em obter um intervalo [a,b] que contém uma única raiz;

Fase II - Refinamento: Consiste em, escolhidas aproximações iniciais no intervalo [a,b], melhorá-las sucessivamente até se obter uma aproximação para a raiz dentro de uma precisão prefixada.

Page 7: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

1.1 – Fase I: Isolamento das raízes

Nesta fase é feita uma análise gráfica e teórica da função.

A precisão desta análise é o pré-requisito para o sucesso da fase II.1.1.1 - Análise Gráfica

Esta análise pode ser feita através de um dos seguintes processos:

i) Esboçar o gráfico da função f (x) e localizar as abscissas

dos pontos de interseção da curva com o eixo ; xo

Exemplo: 39)( 3 xxxf

-4 -3 -2 -1 0 1 2 3 4-30

-20

-10

0

10

20

30

40

1r 2r 3r

]3,2[

]1,0[

]3,4[

3

2

1

r

r

r

Page 8: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

ii) A partir da equação f (x) = 0, obter a equação equivalente g(x) = h(x), esboçar os gráficos g(x) e h(x) no mesmo eixo cartesiano e localizar os pontos x de interseção das duas curvas, pois

).()(0)( rhrgrf

Exemplo: 0)( xexf x

Resolução:

xxh

exg

exx

x

)(

)(

]1,0[r

-2 -1 0 1 2 3 4-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

7

8

h(x)

g(x)

r

Page 9: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

1.1.2 – Análise Teórica

Nesta análise usamos freqüentemente o teorema de Bolzano:

“Seja uma função contínua no intervalo [a, b]. Se f (a) f (b) < 0,

então existe pelo menos um ponto x = r entre a e b que é zero de f (x)”

Graficamente:

ab

1r2r

f(x)

x

1r2r

3ra

b

f(x)

x

Page 10: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Sob as hipóteses do teorema anterior, se f’(x) existir e preservar o sinal em [a, b], então existe uma única raiz neste intervalo.

Graficamente:

f(x)

x

a

b

f(x)

xab

],[,0)(' baxxf ],[,0)(' baxxf

Page 11: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Podemos aplicar este teorema atribuindo valores para x e analisar o sinal de f (x).

Exemplo: f(x) =

- Analisando a mudança de sinal podemos concluir que existe pelo

menos uma raiz dentro dos intervalos indicados.

- Derivando a função descobrimos que conserva o sinal em cada um dos intervalos, portanto cada raiz é única no intervalo.

393 xx

x -10 -5 -3 -1 0 1 2 3 4

f(x) - - + + + - - + +

93)(' 2 xxf

Page 12: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Observação

Se f (a) f (b) > 0 então pode existir ou não raízes no intervalo [a,b].

Graficamente:

f(x)

x

f(x)

x

x

f(x)

a b1r 2r

a b1r

a b

Page 13: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

1.2 – Fase II: Refinamento

Esta fase consiste em aproximarmos uma raiz r dentro dointervalo [a, b] através de um método iterativo.

Um método iterativo é uma seqüência de instruções que são executadas passo a passo, algumas das quais são repetidas em ciclos, cada ciclo recebe o nome de iteração.

Estas iteração utilizam valores obtidos em iterações anteriorespara encontrar uma nova aproximação para a raiz.

Estes métodos fornecem uma aproximação para a raiz exata.

1.2.1 – Critérios de parada

Durante a aplicação de uma método para determinar-se uma raiz, necessitamos que uma certa condição seja satisfeita para

estabelecer se o valor de xi está suficientemente próximo de r.

Page 14: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

rix

f(x)

x

||

|)(|

rx

xf

i

i

rix x

f(x)

|)(|

||

i

i

xf

rx

i) || rxi

ii) |)(| ixf

O valor de xi é raiz aproximada com precisão se:

Nem sempre é possível ter as duas exigências satisfeitas

simultaneamente, analisemos os casos abaixo:

Page 15: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

|| 1ii xx

i

ii

x

xx 1

Como não conhecemos o valor da raiz r para aplicar o teste

i) |xi – r| < , usamos freqüentemente os conceitos de erro

absoluto e erro relativo para determinarmos o critério de parada.

a) Erro absoluto:

b) Erro relativo:

Page 16: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

2 – Método da Bisseção

Page 17: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Condições para aplicação:

-A função deve ser contínua no intervalo [a, b], onde contém pelo menos uma raiz, ou seja, f (a) f (b) < 0.

-Caso o intervalo contenha duas ou mais raízes, o método encontrará uma delas.

O objetivo deste método é reduzir a amplitude do intervalo

inicial que contém a raiz até que seu comprimento seja menor que a precisão desejada, usando para isso sucessivas divisões de [a, b] ao meio.

Page 18: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

f(x)

x

Iteração 1:

2.1 – Interpretação Geométrica

ra0

b0x0

a1

b1

x0 = (a0 + b0)2

f (x0) > 0

a1 = a0

b1 = x0

r a1 , b1]

Iteração 2:

x1 = (a1 + b1)2

x1

f (x1) < 0

a2 = x1

a2

b2 = b1

b2

r a2 , b2]

Iteração 3:

x2 = (a2 + b2)2

x2

f (x2) < 0

a3 = x2

a3

b3 = b2

b3

r a3 , b3]

Page 19: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

2.2 – Algoritmo

Seja f (x) contínua em [a, b] e tal que f (a) f (b) < 0.

1) Dados iniciais:

a) intervalo inicial [a, b]; b) precisão

2) Se (b – a) < , então escolha para r FIM. ]. ,[ bax

3) k = 1

4) 2

baxk

5) Se , faça Vá para o passo 7 0)()( kxfaf .kxa

6) .kxb

7) Se (a – b) < , escolha para r FIM. ].,[ bax

8) k = k +1. Volte ao passo 4.

Page 20: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

2.3 - Estimativa do número de iterações

0a 0b

1a 1b

2

ab 00

2a2b

20011

2

ab

2

ab

3a 3b

30022

2

ab

2

ab

k00

2

ab

Dada uma precisão e um intervalo [a, b], vamos determinar quantas

iterações k serão efetuadas pelo método da Bisseção até que

bk – ak < . Sendo k um número inteiro.

Page 21: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

kab

k ,2log

log)log( 00

Deve-se obter o valor de k tal que , ou seja: kk ab

0000 2

2

abab kk

00log2logab

k

Page 22: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

2.4 - Estudo da convergência da Bisseção:

Seja f (x) uma função contínua em [a, b], onde f (a) f (b) < 0.

O método da bisseção gera três seqüências:

não-decrescente e limitada superiormente por tal que:

:}{ ka 0b IRttak

k

lim

:}{ kb não-crescente e limitada inferiormente por tal que:

0a IRssbk

k

lim

:}{ kx por construção temos que kbxaba

x kkkkk

k

,2

A amplitude de cada intervalo gerado é a metade da amplitude doanterior, assim temos:

kkk

abab

200

Page 23: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Aplicando o limite temos:

kk

kk

kk

kk

kkkk

k

abab

abab

limlim0limlim

02

lim)(lim 00

Seja = t = s o limite das duas seqüências, aplicando o limite na seqüência xk temos que:

22limlim kk

kk

k

bax

Então t = s

Resta provarmos que é zero da função, ou seja, f ( ) = 0.

Em cada iteração k temos que , então:0)()( kk bfaf

0)(0)]([0

)]([)()()lim()lim(0

)(lim)(lim)()(lim0

2

2

ff

fsftfbfaf

bfafbfaf

kk

kk

kk

kk

kkk

Page 24: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

3 – Método da Iteração Linear

(Método do Ponto Fixo)

Page 25: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

,2,1),( 1 ixx ii

Seja f (x) uma função contínua em [a, b], intervalo que contém uma raiz r da equação f (x) = 0.

O Método da Iteração Linear (MIL ou MPF) consiste em transformar f (x) = 0 em uma equação equivalente x = (x), onde (x) é uma função de iteração.

A partir de uma aproximação inicial gerar uma seqüência . de aproximações sucessivas através do processo iterativo dado por:

0x}{ kx

Page 26: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

3.1 - Interpretação Geométrica

Graficamente, uma raiz da equação x = (x) é a abcissa do ponto de intersecção da reta y = x e da curva y = (x)

0x1x2xr

xy )(xy

f(x)

x

Page 27: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

31 6)(a) xx

Existem várias funções de iteração para esta equação, por exemplo:

converge não

3.1772)088.12(6

088.12625.26

625.25.16

6

33

32

31

31

x

x

x

x

converge

635.1632.16

632.1651.16

651.15.16

6

33

32

31

32

x

x

x

x

5.1 dado 0 x

32 6 b) x

1

6 c)

23

x

xx

16 d)

24

e)

Exemplo: Encontre uma função de iteração (x) para a seguinte equação .063 xx

Page 28: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Analisemos alguns casos de função de iteração:

x0x1x

f(x))(x

2x

Não Converge

x0x1x2x

f(x)

)(x

Não Converge

x0x1x2x

f(x) )(x

Converge

f(x)

x0x1x

)x(

Converge

2x

Page 29: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Teorema 2:

i) e são contínuas em I)(x )(' x

IxMx ,1|)('|ii)

Ix 0iii)

então a seqüência gerada converge para a raiz r.}{ kx

3.2 – Estudo da Convergência do MIL

Para que o MIL forneça uma solução da equação f (x) = 0 é necessário que a seqüência gerada , dada por , seja convergente.

}{ kx )(1 kk xx

A convergência será dada pelo seguinte teorema:

Seja r uma raiz da equação f (x) = 0, isolada num intervalo I centrado em r. Seja (x) uma função de iteração para a equação f (x) = 0. Se:

Page 30: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Demonstração

r é uma raiz exata da equação f (x) = 0.

Assim, e, )(0)( rrrf

para qualquer k, temos: )(1 kk xx

)()(1 rxrx kk

x)é contínua e diferenciável em I, então, pelo Teorema do Valor Médio, se existe entre e r tal que:,Ixk kc kx

)()())((' rxrxc kkk

Portanto, comparando (1) e (2), resulta

)()('1 rxcrx kkk

(1)

1) Provemos que se então :, kIxk ,0 Ix

(2)

Page 31: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Então, ,k

|||||)('|||1

1 rxrxcrx kkkk

ou seja, a distância entre e r é estritamente menor que a distância entre e r e, como I está centrado em r, temos que se . então

1kxkx

,Ixk .1 Ixk

Por hipótese, então ,0 Ix ., kIxk

2) Provemos que :lim rxk

k

De (1) , segue que:

|||||)('||| 0001 rxMrxcrxM

( está entre e r )0c 0x

Page 32: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

|||||||)('||| 02

1112 rxMrxMrxcrxM

|||||||)('||| 0111 rxMrxMrxcrx kkk

M

kk

Então, pois 0 < M < 1.0||lim||lim 0

rxMrx k

kk

k

Assim,

.lim0||lim rxrx kk

kk

( está entre e r )kc kx

( está entre e r ) 1c 1x

Page 33: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

3.3 – Algoritmo do MIL

Considere a equação f (x) = 0 e a equação equivalente x = x)

1) Dados iniciais:

0xa) : aproximação inicial;

2) Se faça FIM. ,|)(| 10 xf .0xr

3) i = 1

4) )( 01 xx

5) Se 11 |)(| xf

ou se 201 || xxentão faça FIM. .1xr

6) 10 xx

7) i = i +1. Volte ao passo 4.

b) e : precisões.1 2

Page 34: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

3.4 – Ordem de convergência do MIL

Definição: Seja uma seqüência que converge para um número r e seja o erro na iteração k.

}{ kxrxe kk

Se existir um número p > 1 e uma constante C > 0, tais que

Ce

ep

k

k

k

||

||lim 1

então p é chamada de ordem de convergência da seqüência e C é a constante assintótica de erro.

}{ kx

Uma vez obtida a ordem de convergência p de um método iterativo, ela nos dá uma informação sobre a rapidez de convergência do processo.

(2)

keCe pkk para|||| 1

De (2) podemos escrever:

Page 35: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Provaremos que o MIL tem convergência apenas linear.

Conforme foi demonstrado, temos que:

))(('1 rxcrx kkk

)('1k

k

k crx

rx

Tomando o limite quando k

)('))(lim(')('limlim 1 rccrx

rxk

kk

kk

k

k

1|| e )('lim 1

CCr

e

e

k

k

k

Então para grandes valores de k o erro em qualquer iteração é proporcional ao erro na iteração anterior, sendo ’(r ) o fator de proporcionalidade.

Portanto,

Page 36: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

4 – Método de

Newton - Raphson

Page 37: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

No estudo do método do ponto fixo, vimos que:

i) uma das condições de convergência é que onde I contém a raiz r;

,,1|)('| IxMx

ii) a convergência do método será mais rápida quanto menor for |’(r)|.

Com a finalidade de acelerar e garantir a convergência, o MNR procura uma função de iteração x) tal que ’(r) = 0. Partindo da forma geral para x), iremos obter a função A(x) tal que ’(r) = 0.

)()()( xfxAxx )(')()()('1)(' xfxAxfxAx

)(')(1)('

)(')()()('1)('

rfrAr

rfrArfrAr

Page 38: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

Então, dada f (x), a função de iteração representada por

)('

)()(

xf

xfxx

22

2

)]('[

)('')(

)]('[

)('')()]('[1)('

xf

xfxf

xf

xfxfxfx

Assim,

donde tomamos

)('

1)(0)(')(10)('

rfrArfrAr

)('

1)(

xfxA ).0)(' que (desde rf

será tal que ’(r) = 0, pois como podemos verificar:

0)]('[

)('')()('

2

rf

rfrfr

Page 39: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

4.1 – Interpretação Geométrica

0x

1x2x

0L

1L

f(x)

x

f (x)

r

Dado o ponto traçamos a reta tangente à curva neste ponto, dado por

))(,( ii xfx )(xLi

))((')()( iiii xxxfxfxL

Page 40: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

4.2 – Estudo da Convergência do MNR

Teorema 3:

Sejam f (x), f’(x), f’’(x) contínuas num intervalo I que contém a raiz x = r de f (x) = 0. Suponha que f’(r) 0.

Então, existe um intervalo contendo a raiz r, tal que se . a função de iteração

convergirá para a raiz.

,II ,0 Ix

)('

)(1

k

kkk xf

xfxx

Demonstração

Devemos provar que as hipóteses do Teorema 2 estão satisfeitaspara

)('

)()(

xf

xfxx

Page 41: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

i) Afirmação: (x) e ’(x) são contínuas em .1I

Assim, no intervalo , tem-se que f (x), f ’(x) e f ’’(x) são contínuas e f ’(x) 0. Então (x) e ’(x) são contínuas em

II 1

.1I

ii) Afirmação: |’(x)| < 1, 2Ix

Por hipótese, f ’(r) 0 e, como f ’(x) é contínua em I, é possível obter tal que f ’(x) 0, II 1

.1Ix

Concluindo, conseguimos obter um intervalo , centrado em r, tal que (x) e ’(x) sejam contínuas eme |’(x)| < 1, .

II 2

2I

2Ix

Como ’(x) é contínua em e ’(r) = 0, é possível escolher tal que |’(x)| < 1, de forma que r seja seu centro.

1I2IxII 2

2)]('[

)('')()(' e

)('

)()(

xf

xfxfx

xf

xfxx Temos:

Page 42: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

4.3 – Algoritmo do MNR

Seja f (x) = 0.1) Dados iniciais:

a) aproximação inicial;:0x

b) precisões: e 21

2) Se , faça .FIM 10 |)(| xf 0xr

3) k = 1

4) )('

)(

0

001 xf

xfxx

5) FIM . faça

|| seou

|)(| Se1

201

11 xrxx

xf

6) 10 xx

7) k = k + 1 Volte ao passo 4.

Page 43: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

4.4 – Ordem de Convergência do MNR

Seja a função de iteração (x) desenvolvida em série de Taylor,em torno de x = r:

],[,!2

)()("

!1

)()(')()(

2

rxrxrxr

rx

mas,

)(

)(

0)('

1ii xx

rr

r

Generalizando para , resulta: 1ix

],[,!2

)()(")( 11

211

1 rxrx

rx iiii

i

ou,

2

112

11

2

)(")(

2

)("i

iii

ii eerxrx

2

)("limlim 1

21

i

ii

i

i e

e

Page 44: 4 2 5 1 0011 0010 UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA FACULDADE DE MATEMÁTICA PROJETO PIBEG Unidade Zeros de funções reais

4251

0011 0010

se, Cr

rrx iii 2

)("

2

)(" 111

portanto Ce

e

i

i

i

2

1

lim

Assim para i suficientemente grande pode-se escrever:

21 ii eCe

ou seja, o erro da iteração do MNR é proporcional ao quadrado do erro da iteração anterior. Por isso, diz-se que a convergência é quadrática, ou seja, p = 2.