3.asma (27jan2015)
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Introdução
• A asma acomete cerca de 300 milhões de pessoa no mundo.
• 10-12% dos adultos e 15% das crianças.
• Países em desenvolvimento: ainda vem crescendo.
• A associação com atopia é comum.
• Tipicamente começa na infância.
• Hoje em dia a morte por asma é menos comum.
Harrison, 18th ed, 2011.
O que é asma?
“Doença heterogênea, usualmente acompanhada de
inflamação crônica,, caraterizada por
hiperresponsividade das vias aéreas inferiores e por
limitação variável ao fluxo aéreo, reversível
espontaneamente ou com tratamento,
manifestando-se clinicamente por episódios
recorrentes de sibilância, dispnéia, aperto no peito e
tosse, particularmente à noite e pela manhã ao
depertar.”
Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2012.GINA 2014.
Etiopatogenia
FATORES AMBIENTAIS Alérgenos Sensibilizadores
ocupacionais Tabagismo passivo Infecções respiratórias
FATORES ENDÓGENOS Predisposição genética Atopia Hiperreatividade das vias aéreas Sexo Etnia? Obesidade? Infecções virais no início da vida?
OUTROS?
Harrison, 18th ed, 2011.
ASMA
Fatores precipitantes
Aeroalérgenos: fungos, barata, ácaros,
alérgenos animais
Infecções virais
Exercícios / hiperventilação
Ar frio
Irritantes
Estressse
Drogas (beta bloqueador; aspirina)
Harrison, 18th ed, 2011
Fibrosesubepitelial
Hipertrofia /hiperplasia
NeovascularizaçãoHiperplasia
Eosinófilo
Mastócito
Alérgeno
Cel TH2 Neutrófilo
MacrófagoCel dendriticas
Vasodilatação
Edema
Hipersecreçãomuco
Plug muco
Broncoconstricção
Reflexo colinérgico
Descamação
Ativaçãosensorial
Ativação neural
IgE
Fisiopatologia
Fenótipos de asma
Asma alérgica
Asma não alérgica
Asma de início tardio
Asma com obesidade
GINA, 2014
“Meu filho tem bronquite. Ele fica quase sempre chiando. Doutor, não sei mais o que fazer… O senhor é a minha salvação.”
Como ela aparece na prática médica?
EXEMPLO: Ambulatório, mãe de menino de 8 meses…
Características anatômicas e funcionais que predispõem o lactente a sibilância
• Vias aéreas de pequeno calibre.
• Resistência maior nas vias aéreas periféricas.
• Sustentação das vias aéreas menos rígidas.
• Caixa torácica mais complacente.
• Pobreza de poros de Khon e canais de
Lambert.
• Diafragma mais horizontalizado.
• Maior resistência nasal.
ROZOV, T. et al. A Síndrome de Lactente com Sibilância (a Síndrome do Bebê Chiador).
In: VILELA, MMS & LOTUFO, JP. Alergia, Imunologia e Pneumologia. Ed. Atheneu,, 2004
Fotógrafa Anne Geddes
Manifestações clínicasSíndrome do lactente sibilante
• Sibilância transitória• Sibilância persistente• Sibilância de início tardio
Martinez FD,Wright AL, Taussig LM, Holberg CJ, Halonen M, MorganWJ, Group Health Medical Associates. Asthma and wheezing in thefirst six years of life. N Engl J Med 1995;332:133–138
BHR: bronchial hyperresponsiveness
CASTRO-RODRIGUEZ J A. Arch Bronconeumol. 2006;42:453-6. http://www.elsevier.es/revistas/ctl_servlet?_f=7064&articuloid=13092947
Síndrome do lactente sibilanteAbordagem prática
• Afinar a linguagem (comunicação)• Caracterizar crise e intervalo• Pesquisar a possibilidade outras causas de sibilância• Observar de dificuldade respiratória é alta ou baixa• Avaliar risco para asma
Índice clínico para o diagnóstico de asma no lactente
Critérios Maiores• Um dos pais com asma• Diagnóstico de dermatite atópica
Critérios Menores• Diagnóstico médico de rinite alérgica• Sibilância não associada a resfriado• Eosinofilia maior ou igual a 4%
IV Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2006
Allergol Immunopathol 2008;36(1):31-52
“Sibilância recorrente e/ou tosse persistente, em uma situação na qual a asma é provável e outras doenças frequentes foram excluídas. ”
III Consenso Pediátrico Internacional de Asma
Definição de asma no lactente ou pré-escolar
Pediatr Pulmonol 1998; 25: 1-17.
Consensus Statement on the Management of Paediatric Asthma. Update 2007
Anamnese e Exame Físico
História da doença atual (HDA).
- Hiperreatividade
- Obstrução reversível
- Inflamação
História da pessoa.
DIAGNÓSTICO
AVALIAÇÃO DA GRAVIDADE
ATOPIA ?
PESQUISAR OUTRAS CAUSAS DE SIBILÂNCIA
Probabilidade diagnóstica de asma
Aumentam a probabilidade de asma
Mais de um dos sintomas: sibilos, falta de ar, aperto no peito), especialmente em crianças maiores e adultos.
Sintomas pioram à noite ou no início da manhã.
Sintomas variam com o tempo e em intensidade.
Sintomas desencadeados por infecções virais (resfriado), exercício, exposição a alérgenos, mudança de tempo, risadas ou irritantes como fumaa de carro, tabaco ou cheiros fortes.
Diminuem a probabilidade de asma
Tosse isolada, sem outros sintomas
Produção crônica de escarro
Falta de ar associada com tontura, sensação de desmaio, formigamento periférico
Dor torácica
Dispneia induzida por exercício com inspiração ruidosa
GINA, 2014
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a! Diagnóstico diferencial
Diretrizes Brasileiras para o Manejo da Asma, 2012.
Testes diagnósticos
Radiografia de tórax
Teste terapêutico
Espirometria com prova BD
Testes para atopia: cutâneos, IgE total e específica.
VOLUME DE RESERVA
INSPIRATÓRIO(VRI)
CAPACIDADEVITAL (CV) CAPACIDADE
INSPIRATÓRIA(CI)
CAPACIDADEPULMONAR TOTAL CPT)
CAPACIDADERESIDUALFUNCIONAL (CRF)
VOLUME DE RESERVA EXPIRATÓRIO (VRE)
VOLUMERESIDUAL(VR)
VOLU
ME
TEMPO
VOLUMECORRENTE(VC)
Modificado de MUELLER, G.A. E EIGEN, H. Pediatr. Clin. North Am., 39: 1243-58, 1992
Espirometria
Controlar os sintomas
Diminuir o risco de exacerbações
Evitar efeitos colaterais das
drogas
Evitar o remodelamento
brônquico
OBJETIVOS DO TRATAMENTO DA ASMA
Passos do Tratamento de Manutenção
• Controle ambiental• Anti-inflamação• Desobstrução• Reabilitação• Prevenção de complicações
Arsenal Terapêutico
• Corticóide inalatório• Inibidores do leucotrieno• Cromonas• B2 agonista de ação prolongada• Bambuterol• Teofilina• Imunoterapia específica• Omalizumbe (anticorpo monoclonal anti IgE)
Avalie
Ajuste o tratamento
Verifique a resposta
DiagnósticoControle dos sintomas e fatores de risco (incluindo PFR)Técnica inalatória e adesãoPreferências do paciente
Medicações para asmaEstratégias não farmacológicas
Tratar fatores de risco modificáveis
SintomasExacerbaçõesEfeitos colateraisSatisfação do pacienteFunção pulmonar
GINA, 2014
Seguimento
ASMA GRAVE?
Técnica inalatória incorreta?
Problemas com adesão ao
tratamento?
Exposição recente a
fatores precipitantes?
Comorbidades?
Outro diagnóstico?
GINA, 2014
Passos antes de questionar se a asma é grave