3ª edição efth magazine
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3ª Edição EFTH MagazineTRANSCRIPT
1 3ª Edição
Convidada para a vigésima edição da Bolsa de Turismo de Lisboa pela Associação de Turismo dos Açores, a
Escola de Formação Turística e Hoteleira (EFTH) representou a região com o Restaurante dos Açores, apresentando
uma marca de modernidade e de uma gastronomia em constante inovação, aliando igualmente os sabores tradicionais
das nossas ilhas.
Com este convite, a EFTH demonstrou capacidade de organização e dinamismo que se reflectiu no ambiente
especial com que foi recebido quem quis experimentar a gastronomia açoriana.
Ficou a cargo da Escola toda a logística, que implicou desde o desenho da cozinha e aluguer de todo o mate-
rial necessário, bem como a preparação de cerca de 3,5 toneladas de carga a transportar de S. Miguel até Lisboa.
Foram 7 dias intensos, numa média superior a 12 horas de trabalho diário, que demonstrou um enorme espí-
rito de equipa e grande capacidade de trabalho de todos os intervenientes.
Esta oportunidade foi sem dúvida benéfica para a Escola, nomeadamente para formadores e sobretudo para
os formandos, que evoluíram a nível profissional ficando com a noção de que jamais voltarão a ser os mesmos peran-
te qualquer evento. Além disso, serviu também de incentivo para os restantes formandos que não tiveram oportunida-
de de participar mas que de certo irão esforçar-se cada vez mais para fazerem parte de futuros eventos.
Fazemos, sem dúvida, um balanço positivo dado que nos foi possível enriquecer tanto a nível profissional
como pessoal, sendo que, para muitos, esta foi a primeira vez que lhes foi proporcionada uma viagem para fora da
ilha.
Ana Paula Loras
EFTH NA BTL
3ª EDIÇÃO
MARÇO / ABRIL
2008
EFTH MAGAZINE
DESTAQUES
Açores -Gastronomia Viva….1
EFTH NA BTL …………… 1
Do Lado de Cá ………….. 2
Visão …………………2/3
Sugestão À Mesa ………...3
Ao Sabor de ………….. ..3
Sabia Que…………….. 4
Eventos ……………... 4/5
Diz-se Que …………… 5
EFTH No Festival Internacional de
Gastronomia, Desporto e Saúde do
Algarve……….………5
Quem Não Arrisca………6/7
Curiosidades …………. 8
Açores - Gastronomia Viva (2ª EDIÇÃO)
No próximo dia 5 de Abril, a Escola de Formação Turística e Hoteleira irá organi-
zar a 2ª edição do jantar temático “Açores – Gastronomia Viva”, no Hotel de S. Pedro.
Tal como na 1ª edição, pretende-se, com este evento, distinguir e valorizar os pro-
dutos açorianos, promovendo a sua utilização numa cozinha moderna e inovadora, com
novas conjugações de sabores e uma cuidada apresentação dos pratos.
O jantar, que conta com o apoio da Direcção Regional do Comércio, Indústria e
Energia, será aberto ao público.
Marlene Correia
2 3ª Edição
A BTL (Bolsa de Turismo e
Lisboa) consiste numa Feira Internacio-
nal de Turismo, que visa apresentar cul-
tura, gastronomia, futuros planos tecno-
lógicos e arquitectónicos, entre outros.
No âmbito da gastronomia, nes-
ta edição da BTL de 2008, os convidados
de honra foram os Açores e a Madeira,
que representaram as suas Regiões com
grande dedicação e orgulho. No que con-
cerne à participação da escola neste
evento, deslocou-se uma equipa compos-
ta pelo seu Director Executivo, o Dr.
Filipe Rocha, por diversas chefias de
diferentes sectores e por formandos do
3º, 2º e 1º anos da área de Cozinha, e do
2º e 1º anos da área de Restaurante/Bar.
A preparação deste serviço exigiu um
alto grau de logística, bem como uma
precisão “computorizada”, uma vez que
todo o material necessário para o mesmo
tinha de estar pronto a tempo e horas
para o seu transporte, de modo a que
tudo corresse como planeado.
Nós, os formandos dos Cursos
de Técnico de Cozinha e de Técnico-
Restauração-Cozinha/Pastelaria, ficamos
responsáveis por trabalhar a matéria-
-prima, que ia desde os famosos chichar-
ros, ao polvo, ao espadarte, ao atum, ao
marisco, à alcatra, até muitas outras coi
sas. Numa primeira fase, procedemos à
sua limpeza, ao seu tempero e sua pasteu-
rização, fechando-a, depois, em vácuo e
armazenando-a num contentor congela-
dor.
Já em Lisboa, as tarefas foram-se
sucedendo e foram desde o descarregar de
todo o material de que iríamos necessitar,
à “montagem” da Cozinha e dos seus
utensílios, até ao armazenamento das
variadas matérias-primas nas respectivas
secções.
No dia em que se deu realmente
o início da BTL, foi tempo de nos ocupar-
mos com a preparação de mise-en-places
para podermos, assim, prosseguir com a
nossa função e abrir o restaurante.
Quando se deu a abertura do
mesmo, assistimos à entrada de muitos
clientes, o que implicou muito trabalho e
coordenação da parte de todos. Este mes-
mo trabalho foi efectuado durante cinco
longos e trabalhosos dias consecutivos.
Com esta actividade, na qual
tivemos a oportunidade de participar,
pudemos constatar que tivemos uma
experiência única, que exigiu muito traba-
lho e preparação, quer antes, quer durante
o desempenho da mesma, mas que, sobre-
tudo, nos deu uma noção diferente da
importância do trabalho em equipa e de
tudo o que implica este tipo de aconteci-
mentos.
Curso de Técnico de Restauração -
Cozinha/Pastelaria-2º ano
Com a colaboração da formadora
Malvina Sousa
DO LADO DE CÁ ...
sua profissão?
F H – Foi um gosto que tinha desde
pequeno, em criança quando ia jantar a
um restaurante com os meus pais, dizia
que quando fosse grande iria ter uma
cervejaria. Acho que o bichinho pela
restauração nunca desapareceu. Aos 18
anos estava a estudar à noite e resolvi
ir tirar o curso de restaurante bar para o
centro de formação profissional dos
Açores agora conhecida por Escola
Profissional das capelas. Após a con-
clusão do curso resolvi ir mais à frente
e concorri à Escola de Hotelaria e
Turismo do Estoril. No Estoril andei
três anos, fiz estágio nos melhores
locais, onde aprendi imenso e muito
devo aos meus tutores de estágio todo
o empenho e dedicação que tiveram
para comigo aquando dos meus está-
gios. Durante o tempo que estive a
estudar na EFTE, fui sempre fazendo
uns serviços, o que contribuiu para a
minha formação pessoal e profissional.
F – Conte-nos qual foi a sua melhor
e a pior experiência nesta área?
F H – A melhor experiência que tive e
que tenho é sempre a mesma, o reco-
nhecimento por parte das pessoas do
nosso trabalho. A pior foi um cliente, e
ainda bem que foi um caso isolado, que
sem educação ou pudor, me tratou da
pior forma possível utilizando quase só
palavrões quando me dirigia a palavra,
mas eu não perdi as “estribeiras” e
mantive sempre o meu profissionalis-
mo.
F – Quais as principais dificuldades
que encontrou no início da sua pro-
fissão?
F H – Não acho que tenha encontrado
dificuldades, pois sou uma pessoa bas-
tante responsável e, nunca tive receio
de fazer o que quer que fosse. Se bem
que, por vezes, no início ficava nervo-
so caso tivesse que servir alguém
importante.
VISÃO
O formador entrevistado é o Sr. Hum-
berto Mendonça, formador da área técni-
ca de Serviço de Restaurante / Bar, for-
mador de vários cursos e diferentes dis-
ciplinas, permanecendo na escola há
diversos anos. É dos formadores mais
acarinhados e reconhecido pelos forman-
dos desta escola.
Formandos (F) – Há quantos anos
começou a trabalhar nesta área?
Formador Humberto (F H) – Comecei
a trabalhar nesta área há 19 anos, se bem
que tenha começado em regime de part-
time aos fins-de-semana num bar perten-
cente a uns tios. Não comecei a trabalhar
no bar, mas sim na copa. Com o passar
do tempo fui aprendendo várias técnicas
e conceitos. Passei a trabalhar como
“barman” uns meses mais tarde.
F – Quais foram os motivos que o
levaram a escolher esta área para a
EFTH MAGAZINE
3 3ª Edição
1 ovo com a gema à parte
40 g de amêndoas raladas
q.b. Frutas cristalizadas, amêndoas e
nozes, chocolate picado
Preparação:
Dissolva o fermento no leite morno.
Coloque 2/3 da farinha peneirada numa
tigela. Despeje a mistura com o leite
morno e adicione com a restante farinha.
Cubra a massa e deixe descansar por 15
minutos. De seguida junte o açúcar, a
manteiga, o queijo, o ovo, a casca de
limão e o sal à mistura de farinha e fer-
mento. Bata tudo na batedeira, até que a
massa descole da tigela e a massa apre-
sente uma textura lisa. Adicione as frutas
secas e cristalizadas à massa e deixe des-
cansar num lugar quente, num recipiente
até dobrar de volume (entre 45 e 60 min).
Osterzopf (Trança de Páscoa)
Para esta 3ª edição da EFTH Magazine, os
formandos do curso de Técnico de Restau-
ração – Cozinha/Pastelaria do 1º ano suge-
rem uma receita de Páscoa oriunda da Ale-
manha.
Ingredientes
300g farinha de trigo
50 grs fermento padeiro
60 ml de leite morno
60 g de açúcar
70 g de manteiga em temperatura ambiente
1 ovo
250 g de algum queijo ricota em temperatu-
ra ambiente
1/2 colher de chá de casca de limão raspada
1/2 colher de chá de sal
200 g de uva passa
Divida a massa em três pedaços, no
formato de rolos de aproximadamente
40 cm de comprimento. Trabalhe a
massa em formato de trança ou de
coroa, e coloque numa forma coberta
com papel untado com manteiga. Dei-
xar descansar novamente entre 20 e 30
minutos, até que a massa dobre de
volume. Misture uma gema de ovo
com manteiga e pincele a massa. Pol-
vilhe toda a trança com amêndoas
raladas. Leve a cozer à temperatura de
200 graus entre 30 e 40 minutos.
Curso de Técnicos de Restauração -
Cozinha/Pastelaria 1º ano
Com a colaboração do formador
Sandro Meireles
AO SABOR DE….
Visão (Continuação)
EFTH MAGAZINE
Passion
2cl Batida de Côco
2cl Blue Curaçao
2cl Bols Kiwi
2cl Absolut Kurant
2cl Xarope de Groselha
Preparação
Preparar no shaker e servir em taça a cocktail
Curso de Técnicos de Restauração – Restaurante/Bar 2º ano
Com a colaboração da formadora
Ana Paula Loras
SUGESTÃO À MESA
F – Como surgiu a oportunidade de
dar formação? E o que o fez optar pelo
sim?
F H – A oportunidade de dar formação
surgiu por vontade própria, pois ao saber
da abertura da Escola de Formação Turís-
tica e Hoteleira resolvi concorrer para
formador da mesma já que achava e acho
que todos os conhecimentos que adquiri
com os meus cursos e mesmo com a
minha experiência profissional são
importantes para que pudesse contribuir
para o aumento de qualidade de formação
ministrada por esta escola.
F – Na sua opinião, qual é a importân-
cia da nossa escola na sociedade em
que está inserida?
F H – A nossa escola é deveras impor-
tante para o Açores visto ser a única de
bem equipado para que os nossos for-
mandos possam colocar em prática
todos os seus conhecimentos adquiridos
nas aulas teóricas e práticas. Com as
excelentes condições que teremos para a
formação, acho que o nível de exigência
desta escola continuará a ser bastante
grande, aliás como se pode verificar
com o sucesso profissional dos nossos
formandos já diplomados. A escola con-
tinuará a ter um papel fulcral no desen-
volvimento do Turismo na Região.
Gostaríamos de agradecer ao
formador Humberto Mendonça a sua
disponibilidade para realizar esta entre-
vista. Curso de Técnicos de Restauração-
Restaurante/Bar 1º ano
Com a colaboração do formador
Hotelaria existente na Região. Actual-
mente, o Turismo nos Açores está em
franco desenvolvimento, o que faz com
que seja necessário mão-de-obra qualifi-
cada para trabalhar nos inúmeros hotéis e
restaurantes existentes. Qualquer escola
profissional é importante pois em muito
contribui para o desenvolvimento sócio-
-económico da região e faz com que haja
maior número de pessoas com qualifica-
ção profissional.
F – Como perspectiva o futuro da nos-
sa escola?
F H – O futuro da escola está no bom
caminho, com a entrega do hotel S. Pedro
ao grupo Bensaúde e com a nossa
mudança para um espaço nas Portas do
Mar, tudo será diferente. Teremos um
espaço maior, mais moderno e muito
4 3ª Edição
EFTH MAGAZINE
Eventos - entrega e diplomas
No passado dia 20 de Fevereiro, decorreu, no Hotel S.
Pedro, a entrega de Diplomas aos formandos da Escola de For-
mação Turística e Hoteleira que finalizaram o seu curso no ano
lectivo de 2006/2007. Esta cerimónia contou com a presença
do Dr. Rui Bettencourt, Director Regional do Trabalho e Quali-
ficação Profissional, e com os membros da Associação Açoria-
na de FormaçãoTurística e Hoteleira, Dra. Isabel Barata, Dr.
Costa Martins, Dr. Filipe Brum, Sr. Gualter Dâmaso e Dr.
Filipe Rocha. Contou ainda com a presença da Dra. Marlene
Damião, Directora Pedagógica da EFTH, da Dra. Sandra Pinto,
Directora Financeira da EFTH e da Dra. Malvina Sousa, que se
encontra, neste momento, a exercer a função de Directora
Pedagógica interina.
A cerimónia teve início com o discurso do Dr. Filipe
Rocha, que começou por felicitar os formandos que concluíram
uma das muitas etapas das suas vidas e por agradecer o traba-
lho de todos os formadores, formandos e funcionários da Esco-
la. Este enalteceu, ainda, o trabalho praticado pelos formandos
nas empresas onde se encontram actualmente. A satisfação das
empresas e elevada taxa de empregabilidade são, de acordo
com o Director, motivo de orgulho para a Escola. De seguida, o
Dr. Filipe Rocha referiu os vários eventos em que a escola par-
ticipou, nomeadamente no Comité das Regiões, em Bruxelas, o
Festival de Gastronomia de Santarém e a Bolsa de Turismo de
Lisboa. Mencionou, igualmente, o novo desafio para a Escola,
que consiste na abertura da nova unidade de aplicação situada
no novo complexo das Portas do Mar e, por último, a constru-
ção de um novo edifício de aulas teóricas.
Após as intervenções da Dra. Isabel Barata, que referiu o
facto de a EFTH responder às necessidades de mercado de tra-
balho na nossa Região, e do Dr. Costa Martins, para quem esta
instituição assume um papel fundamental no crescimento e
desenvolvimento do turismo nos Açores, passou-se, então, à
entrega de diplomas, efectuada pela Dra. Marlene Damião e
por alguns membros da mesa.
Os formandos do Curso de Técnico de Hotelaria, Recep-
ção e Atendimento (nível III) – Carina Silva, Carlota Pereira,
Cátia Melo, Cláudia Resendes, Emanuel, Elisa Melo, Elisabe-
te Farias, Paula Correia, Sara Pereira e Valério Silva – foram
os primeiros a recebê-los. Seguiram-se os Cursos de Mesa/
Bar (nível II): Adília Paço, Cláudio Barros, Corey Correia,
Fábio Cabral, Nuno Medeiros e Verónica Costa. Do Curso de
Técnicas de Hotelaria e Organização de Eventos
(Qualificação): Cátia Jesus Botelho, Cátia Sofia Botelho,
Cláudia Tostões, Cristina Dias, Jessica Lima, Marlene Cor-
reia, Sara Oliveira e Verónica Silva. Finalmente, do Curso de
Empregado Mesa/Bar (Qualificação): Andreia Branco, Elson
Franco, Leila Correia, Nilda David, Patrícia Sousa, Paulo
Medeiros, Paulo Paiva e Tracy Rebelo.
Para além dos diplomas, foram também entregues certi-
ficados aos vencedores do Concurso “Sabor do Mês”: João
Bairos (Delícia de Abóbora), Carlos Oliveira (Salada de
Camarão), Marta Cabral (Lombinho de Porco em Infusão
Aromática de Chá), Sário Valério (Bacalhau com Massa
Folhada com Molho de Tabasco com Mel), Tiago Raposo
(Pecado de Café e Coco com Neve de Ananás, Timbalo de
Bacalhau e Lombinho de Porco em Infusão Aromática de
Chá), Rui Medeiros (Beringela Salteada com Morcela, Salada
de Verão de Galinha, Frescura de Ananás e Medalhão de
Espadarte em Cama de Banana e Azeite Aromatizado), Olga
Medeiros (Rolinhos de Peixe Recheados com Puré de Batata-
Doce) e Urbana Leitão (Aspic de Frutas com Peito de Fran-
go).
Os vencedores do concurso “Cocktail do Mês” recebe-
ram, de igual modo, os respectivos certificados: Fábio Cabral
(Exotic Love), Verónica Costa (Spirit Ice), Hélder Pontes
(Green Chocolate), Cláudio Soares (Bacardi Peace e Spark-
ling Blue), Adília Paço (Neblina), Marlene Botelho (Cherry
Baby), Mónica Oliveira (Passion Juice), Bruno Jarimba
(Toxic Snow e J.K.P.) e Patrícia Sousa (Green Island).
Os formandos que participaram nos eventos anterior-
mente referidos foram distinguidos com certificados de parti-
cipação: Marta Cabral, João Bairos, Andreia, Tiago Raposo,
Carlos, Bruno Jarimba, Manuel Correia, Hélder Pontes, José
Pereira, Manuela Leite, Marlene Botelho, Paula Isidor, Sara
5 3ª Edição
EFTH MAGAZINE
Eventos - entrega de diplomas (continuação)
Festas do Senhor Santo Cristo dos Milagres
No próximo mês de Abril, mais precisamente cinco domingos depois da Páscoa, dia 27, realizar-se-á uma das fes-
tas mais importantes dos Açores, a Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres.
A devoção pelo Senhor Santo Cristo, que teve o seu início no ano de 1700, nasceu da aflição dos micaelenses, pois
nesta altura, a ilha sofria, de uma forma sucessiva, uma série de tremores de terra. Algumas pessoas, assustadas com o facto
dos terramotos não findarem, resolveram ir até ao Mosteiro da Esperança, para levar a Imagem em Procissão, onde se juntou
toda a população e comunidade religiosa.
Desde então, o povo açoriano mantém a fé nesta tradição, participando nesta grande manifestação religiosa. Como
tem sido habitual, mais uma vez a Escola de Formação Turística e Hoteleira participará na Procissão, de modo a integrar-se
na tradição açoriana.
Para além das manifestações religiosas, a Festa do Senhor Santo Cristo dos Milagres possui uma vertente profana,
como acontece em muitas festas de cariz religioso, constituída pelas famosas “rifas”, “barraquinhas”, rebuçados de funcho,
algodão doce e concertos das bandas filarmónicas.
Assim, num misto de devoção, alegria e tradição, a comunidade escolar integrará esta grande festa, que leva o
nome dos Açores aos quatro cantos do mundo.
Curso de Técnico de Cozinha – 3º ano
Com a colaboração da
formadora Natércia Moura
EFTH no Festival Internacional de Gastronomia, desporto e Saúde do
Algarve
No próximo dia 14 de Março, a Escola de Formação Turística e Hoteleira irá participar no V Festival Inter-
nacional de Gastronomia, Desporto e Saúde do Algarve, que terá lugar na Escola de Hotelaria e Turismo do Algarve.
O tema deste ano é “O Desporto Náutico”. No Festival irão participar 10 escolas, das quais uma espanhola e
uma italiana. O objectivo principal é elaborar, confeccionar e servir ementas equilibradas e nutritivas, procurando
associar o prazer da confecção e degustação a uma alimentação saudável.
A EFTH irá participar com os formandos Bruno Carreiro e Carlos Oliveira (2º ano do curso de Técnico de
Restauração – Cozinha e Pastelaria) e Bruno Jarimba (2º ano do curso de Técnico de Restauração – Restaurante/Bar),
que serão responsáveis pelas confecções e serviço de uma ementa para duas pessoas (1º dia) e de um buffet para 10
pessoas (2º dia).
Deste modo, a EFTH pretende continuar a proporcionar novas experiências aos seus formandos, dinamizan-
do a inovação e a troca de conhecimentos com outros futuros profissionais das referidas áreas. A participação no Fes-
tival deste ano é patrocinada pela SATA Internacional.
Marlene Correia
DIZ-SE QUE ...
Veiga, Adília Paço, Rui Medeiros, Tiago Raposo, Rodrigo Rodrigues, Paulo Costa, Valério, Carlos Oliveira, Cátia Oliveira,
Diana Soares, Sário Valério e Fábio Cabral.
Após a entrega de diplomas e certificados, todos os presentes tiveram a oportunidade de desfrutar de um cocktail, con-
feccionado pelos alunos dos três cursos de Cozinha e servido pelos formandos do 1º ano do curso de Técnico de Restaura-
ção - Restaurante/Bar.
Curso de Técnico de Recepção 1º ano
Com a colaboração da formadora
Cristina Furtado
6 3ª Edição
EFTH MAGAZINE
Quem Não Arrisca …
Os formandos do curso de Técnicas de Hotelaria e Organiza-
ção de Eventos (THOE) entrevistaram para esta 3ª edição do
EFTH Magazine a Dra. Kathrine Ponte, Directora do Caloura
Resort Hotel.
THOE - Há quantos anos está à frente dos destinos do
Caloura Resort Hotel?
K.P - Desde 10 de Junho de 1997.
THOE - O prémio que recebeu recentemente na BTL 08,
“Prémio Desempenho”, foi para si o reconhecimento pelo
trabalho que tem vindo a desenvolver na sua unidade
hoteleira? K.P - Claro que sim. Foi um prémio dado pela Secretaria
Regional da Economia e deu-se essencialmente por este ser
um dos hotéis mais procurados pelos nossos visitantes, pela
diversidade de serviços que oferecemos e também pelo nosso
dinamismo e inovação.
THOE - Sabemos que costuma participar em feiras de
Turismo. Acha que os Açores já são um destino conheci-
do?
K.P - Sim, principalmente na Europa. É um reflexo do bom
serviço prestado e da natureza que os Açores oferecem.
Temos pessoal que vai representar os Açores e o nosso hotel
em diferentes feiras que existem pela Europa e tudo isto aju-
da na imagem dos Açores.
THOE - Qual a nacionalidade que mais peso tem na taxa
de ocupação do Caloura Resort Hotel e quais as faixas
etárias?
K.P. - Principalmente escandinavos, nomeadamente vindos
da Dinamarca, da Holanda, da Alemanha, da Suécia, mas
também temos bastantes portugueses. Relativamente à faixa
etária, de Verão varia mais entre os 35 a 40 anos de idade e
no Inverno entre os 50 e os 60, isto em média, porque a
diversidade é cada vez maior.
THOE- Quantos e que tipos de quartos estão disponíveis
para ocupação? K.P. - Temos 80 quartos todos duplos e mais 8 triplos.
Temos também uma suite júnior com cama de casal e uma
sala.
THOE - O Hotel tem um programa de animação turística
implementado? Se sim, diga qual.
K.P. - Sim, o tipo de animação depende da época. Na época
mais baixa, apostamos em festas temáticas como o São Mar-
tinho, o Hallowen, o Dia dos Namorados. Realizamos tam-
bém algum teatro, colóquios de vulcanologia, da história do
Chá, buffets temáticos. Tivemos um” Chef” nacional que
veio cá dar formação ao nosso pessoal sobre elaboração de
buffets. Em Maio, temos uma promoção para jovens menores
de 16 anos, em que oferecemos umas aulas de mergulho na
piscina do hotel.
Na época alta, apostamos na música ao vivo, expo-
sições de artesanato da Lagoa, pois temos uma parceria com
com alguns artesãos daquele local. Fazemos provas de
licores, actividades de mergulho, os nossos hóspedes
podem desfrutar de passeios de barco e visitar locais
como o ilhéu de Vila Franca, passeios de jipe e pedestres.
THOE - Existe por vossa parte alguma preocupação
com o meio ambiente?
K.P - Sim, desde o início. Preocupamo-nos desde a arqui-
tectura que está em harmonia com a paisagem, temos
vários jardins e o próprio hotel é feito com muita pedra
basáltica, o que é bonito. Apostamos em actividades como
o mergulho e tentamos levar os nossos hóspedes a locais
verdes e apreciar reservas naturais (Ilhéu de Vila Fran-
ca).
As torneiras das casas de banho dos quartos têm
redutores de caudal, fazemos a separação para o Eco-
ponto, recolha de óleos, criamos alguns dos nossos ali-
mentos nas nossas próprias estufas, o que nos faz obter
produtos biológicos.
THOE - Em termos de animação de tempos livres,
acha que temos infra-estruturas suficientes na região?
K.P. - A natureza é a principal motivação para os nossos
visitantes e é esta que torna ocupados os turistas. No
entanto, penso que existe uma aposta muito forte nas épo-
cas altas e muito fraca nas épocas baixas. Deveriam exis-
tir mais museus.
THOE - A área dos serviços especiais é sempre uma
área importante para o equilíbrio financeiro de uma
unidade hoteleira, o Caloura Resort Hotel dispõe deste
tipo de serviço?
K.P. - Sim, o hotel dispõe de uma sala de reuniões para
80 pessoas e é bom essencialmente de Inverno e cada vez
mais no verão também. Por exemplo no dia dos namora-
dos fizemos um jantar com mais de 100 pessoas, todas
elas no hall central do hotel, acompanhado de música ao
vivo e uma decoração elaborada. Na sala de reuniões
realizam-se alguns colóquios e palestras.
THOE- Acha que a localização geográfica do Caloura
Resort Hotel é uma mais-valia?
K.P. - É a maior valia do hotel. Situa-se sobre o mar e
tem toda a natureza à sua volta, é sem dúvida um aspecto
muito importante no nosso sucesso.
THOE - Na sua opinião a formação profissional em
hotelaria é importante para o desenvolvimento econó-
mico da região? Tem pessoal com formação profissio-
nal na sua equipe?
K.P. - É essencial e toda a gente que trabalha aqui tem
formação, até o jardineiro! Os jovens não têm muita moti-
vação para trabalhar em hotelaria. Muitos desistem e
outros estão por estar. Os que realmente gostam são pou-
cos.
THOE - Quais as desvantagens que encontra nos pre-
ços das passagens aéreas para os Açores? K.P. - São muito caras para os residentes e para os visi-
tantes. De Inverno deveria haver uma tarifa mais baixa,
7 3ª Edição
Quem não arrisca … (continuação)
mas de Verão penso que está bem. Vai haver breve-
mente voos para Londres e estou curiosa. Os Açores
agora estão na moda, principalmente no continente por
causa da novela e se começasse a aparecer novas com-
panhias aéreas também seria bom.
THOE - É da opinião da abertura do espaço aéreo
dos Açores a empresas de Low Cost?
K.P. - É preciso ter cuidado com o modo que esta ope-
ração é feita. Banalizar o destino Açores também não!
Viagens a 50 euros também não é isto que se procura,
mas de Inverno poderíamos beneficiar.
THOE - Há apoios suficientes por parte das entida-
des governativas ao desenvolvimento da hotelaria?
K.P. - Sim, fornecem material de apoio ao HACCP,
pela Secretaria Regional da Economia, divulgam as
unidades hoteleiras em muitos locais, em panfletos, na
Internet e existem também programas de apoio ao
turismo e ao desenvolvimento local.
THOE - Que tipo de promoção faz do seu hotel?
K.P. - É uma promoção virada para o mercado regio-
nal, publicitamos em jornais, revistas, na rádio, em
revistas nacionais nos catálogos dos operadores turís-
ticos também. Participamos em feiras, distribuímos
brochuras e existe um DVD-card do Hotel que consiste
numa visita virtual ao nosso hotel, bem como os aces-
sos e estradas. Este DVD é traduzido em vários idio-
mas.
Dizemos ser um hotel calmo, fora da cidade,
com privacidade, junto ao mar e oferecendo um centro
de mergulho, é o único hotel em que isto acontece. Alu-
gamos barbatanas e todo o equipamento para mergu-
lho, temos 2 barcos para passeios e também jeep´s.
Temos parcerias com quase todas as empresas de ani-
mação da ilha de São Miguel. Trabalhamos principal-
mente com a empresa Terra-Azul aqui no hotel, fazem
trabalhos de apresentação sobre as espécies de peixes
existentes e dos cetáceos dos mares da costa Sul da
ilha.
THOE - Que perspectivas tem para o futuro do
turismo na Região?
K.P. - As melhores. O “pontapé de saída” já foi dado e
agora é preciso é ter cuidado com o que se vai fazer de
novo. Passagens aéreas um pouco mais baratas, mais
animação para os nossos visitantes e assegurar a natu-
reza é essencial.
Penso que existe um grave problema de mar-
keting pois a dimensão dos espaços hoteleiros já é
EFTH MAGAZINE
muito grande, quer dizer com isto que é necessá-
rio apostar na qualidade já que a massa já está
instalada.
Com tantos estrangeiros a viver nos Aço-
res, prevejo um crescimento grande para os próxi-
mos anos de empresas lideradas por pessoas
estrangeiras.
Curso de Técnicas de Hotelaria e
Organização de Eventos
Com a colaboração do formador
Humberto Mendonça
8 3ª Edição
“Venha Descobrir a Arte de Uma Gastronomia Moderna e Inovadora”
CURIOSIDADES
Páscoa em S. Miguel
Todos os anos a Páscoa comemora-se no primeiro domingo de lua
cheia depois de 21 de Março, é o equinócio boreal. E em S. Miguel não é
diferente, pois é uma das festividades religiosas mais marcantes, embora
não tenha tanto esplendor como o Natal.
Assim, o caminho para a Páscoa começa com a Quaresma, período
de 40 dias de jejum, de abstinência, de reflexão e de introspecção, em que o
povo tenta aproximar-se mais de Deus através de sacrifício e reflexão.
Após a Quarta-Feira de Cinzas, em S. Miguel,
começam as romarias. Tradição secular da nossa
ilha, originada pela devoção a Nossa Senhora para
protecção contra a forças da natureza (vulcões,
terramotos e sismos), que outrora vitimou muitos
dos habitantes desta ilha. Assim, em tempo começaram a surgir grupos de
romeiros que percorriam as estradas da ilha cantando, de forma peculiar, o
terço e parando em todas as igrejas e ermidas que tivessem a imagem de
Nossa Senhora. Ao longo destes oito dias de romaria, os romeiros pernoi-
tam em casa de pessoas que lhes dão abrigo.
Ao chegar à Semana Santa, encontramos diversos eventos de mani-
festação religiosa, a bênção da água e do fogo na Quarta-Feira Santa, o lava
-pés na Quinta-Feira Santa e a procissão do Enterro do Senhor na Sexta-
-Feira Santa, esta tem uma beleza única, porque os homens vão acompanhar
a procissão vestidos de opas roxas e negras havendo, normalmente, uma
representação dramática deste quadro bíblico. No Domingo de Páscoa,
todas as paróquias realizam a procissão da Ressurreição, na qual vai uma
cruz sem Cristo símbolo da vencibilidade de Jesus Cristo sobre a morte.
Na Páscoa micaelense não existe uma grande tradição gastronómi-
ca, ao contrário de outras festividades é costume as pessoas comerem o
folar – bolo de massa sovada com ovos – símbolo de vida.
Embora não tenha a beleza e a festividade como outros eventos
religiosos e laicos, a Páscoa em S. Miguel é vivida com muita fé e devoção
pelo seu povo, que vê em Cristo o centro das festividades.
Curso de Serviço de Andares
em Hotelaria 2º ano
com a colaboração do
formador João Saraiva
FICHA TÉCNICA
DIRECÇÃO: Filipe Rocha
COORDENAÇÃO: Marlene Correia
COLABORAÇÃO : Álvaro Loras
Ana Paula Loras
Humberto Mendonça
Tânia Medeiros
Curso de Serviço de Andares em Hotelaria 2º
ano
Cursos de Técnicos de Restauração - Restau-
rante/Bar 1º e 2º anos
Cursos de Técnicos de Restauração - Cozinha/
Pastelaria 1º e 2º anos
Curso de Técnico de Cozinha 3º ano
Curso de Técnico de Recepção 1º ano
Curso de Técnicas de Hotelaria e Organização
de Eventos (Qualificação)
FORMADORES: Ana Loras
Cristina Furtado
Humberto Mendonça
João Saraiva
Malvina Sousa
Natércia Moura
Sandro Meireles
Tel: 296 209 180
Fax: 296 301 744
Correio electrónico: [email protected]