3ª edição do jornal universitário "contemporâneo"

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3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

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Page 1: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"
Page 2: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

- São jovens. Dizem as vozes do outro lado do tem-po.

Trazem nas mãos a arma mais poderosa de todas, a mais letal, e talvez, uma das mais cruéis: as palavras.

Não têm guerra, mas também não têm medo. Não têm pátria mas têm amor. Não têm casa mas vivem ao abrigo das palavras.

São soldados do amanhã, soldados de mãos caleja-das pela caneta e dedos repletos de magia, soldados de uma batalha sem fim, de uma esperança que finda no sorriso de quem sonha um dia vencer.

Querem ser escritores, talvez escrever o mundo, esculpir na folha de papel, escrever os rostos sábios e cansados, escrever a vida e os passos pela rua.

Roubaram-lhes a caneta, roubaram-lhes a alma, saquearam-lhes o sonho.

-Ninguém nasce para escrever - disseram-lhes. A sua voz lá no fundo, a sua voz cada vez mais forte: - Ninguém nasce para escrever. E as palavras a brotar-lhes da alma, as palavras a

escrever o ridículo que é querer-se ser escritor, as pala-vras a dizer a mentira de uma verdade há muito anun-ciada.

- Quero ser escritor. A frase na escuridão de um mundo que nunca sabe-

rá amar as palavras como se ama a si próprio, que nun-ca saberá acolher os filhos do tempo como frutos de uma árvore que semeamos dia após dia. Uma árvore que cresceu cedo demais. Uma árvore chamada vida, num espaço de palavras e sonhos, porque é isso que é a literatura: palavras e sonhos.

Proprietária: Profª Doutora Aurízia Anica Directora: Isa Mestre Sub-Directora: Sofia Trindade Redactor Principal: Adriano Narciso Direcção de Arte: Fábio Lima e Grethel Ceballos Secretariado: Sofia Trindade Fotografia: Catarina Andrêz Daniel Candeias Mariana Soares Tânia Marques Política: Fábio Rocha Manuela Vaz Marta Neves Martin Mendes Mónica Gaião Sociedade: Marta Miranda Ana Filipa Pereira Carla Martins Raquel Rodrigues Rita Caeiro Economia: David Marques Paula Bicho Grethel Ceballos Cultura: Joana Gonçalves João Marujo Marta Baguinho Inês Samina Vanessa Costa Daniel Pereira Desporto: Fábio Lima Susana Apolónio Tânia Branquinho Pedro Carrega David Marques Fábio Moreira

Editorial

Por Isa Mestre

Ficha Técnica

Page 3: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Índice

• Sociedade ……......4

• Cultura …………….6

• Economia…...……..9

• Desporto………....12

• Política……….......16

• Crónicas………….18

Vive o presente, sê o futuro. Sê... Contemporâneo.

Page 4: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Design da Comunicação rumo a Madrid

O actor Sacha Baron Cohen, que interpretou o famoso "Borat", é contra o casamento gay, tendo sido visto a desfilar junto dos manifestantes que apoiam a "Poposition 8", projecto que pretende decretar uma lei que proíba os casamentos homos-sexuais na Califórnia. Por sua vez o comediante britânico, está a preparar um novo filme, desta vez baseado na personagem ‘Bruno’, um jornalista de moda gay.

O estado Norte-Americano da Califór-nia recebeu no passado dia 5 de Novem-bro a notícia do fim dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

Com 38% dos votos apurados, a união

entre homossexuais era recusada com 52,4% dos votos, sobre 47,6% que a apro-vavam.

O que levou a esta rebelião foi o facto de há seis meses, os casamentos homos-sexuais terem sido legalizados, e por cau-sa de um grupo de conservadores apoia-dos pela Igreja Mormon, tudo ter passado para a estaca zero.

Verificou-se uma grande revolta por parte dos californianos, mas nem só, pois até mesmo Bispos protestantes apoiaram o casamento homossexual na Califórnia, a Apple e Google colaboraram para com o casamento homossexual, doando US$ 100 mil para ajudar na campanha contra o projecto de lei discriminatória.

A marca da bebida energética mais popu-lar do mundo propôs aos fanáticos por via-gens e pela aventura uma viagem à desco-berta do continente Europeu. Juntar dois ami-gos, sem dinheiro, sem telemóvel, sem car-tões de crédito e percorrer a distância Madrid – Paris num período de uma semana era o desafio.

A única maneira dos participantes sobrevi-

verem e avançarem seria terem uma certa quantidade de latas de Red Bull e utilizarem-na como “moeda de troca” para progredirem na viagem.

Portugal levou cinco equipas de estudantes uni-versitários até Madrid, entre elas, três estudantes do Curso de Design da Comunicação da Universi-dade do Algarve. ‘Os Brabos’ conseguiram assim o 30º lugar num ranking de 99 equipas, com passa-gem por Madrid, Marselha, Nice, Lyon e por fim, Paris. É na página da internet: http://www.redbullcanyoumakeit.com/wp/por001 que

444 Sociedade

Red Bull Can you make it?

podemos encontrar todos os pormenores da grande viagem destes três estudantes universitários.

Num misto de aventuras e competição, ‘Red Bull Can you make it?’ foi mais uma das grandes iniciati-vas desta marca, para que os estudantes universi-tários pudessem conhecer uma parte do seu conti-nente de uma forma criativa e divertida, tendo como prémio final uma viagem à volta do mundo.

por Marta Miranda

Foto: hi5 ‘Brabos’

Protesto Gay na Califórnia por Carla Martins

Foto: opovo.com

Rebelião contra o referendo que recusou o casamento gay

Page 5: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

A violência nas escolas é um grave problema

Novo teste permite recolha das próprias células em casa

Sociedade

555

Na passada Sexta-Feira reali-zou-se no Instituto Português de Oncologia (IPO) do Porto a con-ferencia “HPV, as Vacinas e o Rastreio do Cancro do Colo do Útero”, onde foi apresentada uma nova alternativa ao exame Papa-nicolau.

Segundo a explicação de Rui

Medeiros, o presidente da Socie-dade Portuguesa da Papilomavi-rus (SPPV), à Agência Lusa, este auto-teste é uma espécie de tam-pão que possibilita a colheita de células do colo do útero para con-sequentemente ser feita a análise laboratorial. Assim, é possível identificar a existência de células que acusem a presença do Vírus do Papiloma Humano (HPV), que é a principal causa do cancro do colo do útero.

Esta nova alternativa está a

ter muito sucesso noutros países como o Brasil, a Holanda e a Áfri-ca do Sul e chegará a Portugal caso as autoridades assim o per-mitam. Contudo, o teste não substitui, de forma alguma, a con-sulta ginecológica que todas as mulheres devem fazer, uma vez que este tipo de cancro mata anualmente 300 portuguesas.

por Rita Caeiro

Foto: mirage.com

.br

Por enquanto, o Rastreio ao Cancro do Colo do Útero pode ser feito por todas as mulheres nas regiões Centro e Alentejo, e por pouco tempo também no Nor-te. Na região da grande Lisboa, a Santa Casa da Misericórdia encarregou-se de realizar este rastreio por diversos bairros da cidade.

Prevenir a violência com a Educação

por Raquel Rodrigues

No dia 6 de Novembro decorreu na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvi-mento o “Congresso sobre estilos de vida e comporta-mentos”, organizado pelo Pro-jecto de Saúde em Lisboa. O evento teve como objectivo primordial os problemas rela-cionados com a violência nas escolas.

O chefe de gabinete do

secretário de Estado adjunto e da Justiça, participante activo neste congresso, defendeu a

Nova alternativa ao teste Papanicolau

importância de disciplinas específicas nas escolas que permitam a prevenção dos casos de violência física e psicológica que afectam cada vez mais jovens.

A educação, segundo Pedro Duarte Silva, tem um papel fundamental na preven-ção destes comportamentos desviantes, e é obrigação do Estado não se limitar a punir estes casos de violência, que tendem a ser recorrentes, mas sim utilizar medidas proactivas que podem ser integradas no sistema de ensino português.

Foto: activlife.wordpress.com

Page 6: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

«A Turma» é um dos filmes exibido em Faro

666 Cultura

Cinema Europeu “invade” cidade de Faro

Tiveram início no passado mês, em Faro, dois ciclos de cinema que celebram os filmes de nacionalidades francesa e ita-liana.

A cidade acolheu uma vez

mais a Festa do Cinema Francês desde dia 29 de Outubro até dia 2 de Novembro.

A Festa do Cinema Francês teve o seu arranque no Teatro Municipal de Faro com a ante-estreia de um dos filmes premia-dos do festival de Cannes de 2008, “A Turma” de Laurent Can-tet. As restantes exibições tive-ram lugar nos cinemas SBC, onde puderam ser vistas pelícu-las como “Deux jours à tuer”, “Toi & Moi”, “ Les LIP, l’imagination au pouvoir” e “Le Deuxiéme soufflé”, tendo este último encerrado o

ciclo cinema-tográfico.

A 9ª edição deste festival, o r g a n i z a d o pelo instituto f r a n c o -p o r t u g u ê s passou tam-bém pelas cidades de Lisboa, Almada, Coimbra e Porto.

Ainda a decorrer, encontra-se o Ciclo de Cinema Italiano. De modo a celebrar a Semana da Língua Italiana, o Leitorado de Italiano da Universidade do Algarve decidiu organizar este projecto que consta da projecção de um filme italiano por mês, de Outubro de 2008 até Janeiro de 2009. Tendo já sido exibidos dois filmes: “Amarcord” de Federico Fellini e “Viaggio in Italia”

de Roberto Rosselini, será ainda possível visionar gratuitamente “C’eravamo tanto amati” de Ettore Scola a 13 de Dezembro e “Nuovo Cinema Paradiso” de Giu-seppe Tornatore a 16 de Janeiro, na sala C.P. 2.19 no Campus das Gambelas, pelas 14h30.

por Vanessa Costa

Foto: banalidades.blogspot.com

«Veneno Cura» Versão Completa?

A Cineasta portuguesa Raquel Freire estreou, na semana de 19 a 25 de Outubro no Brasil, o seu mais recente projecto «Veneno Cura». Um filme polémico ao qual a crítica provoca na cineasta receio quanto à estreia da versão completa no nosso país.

Enquanto frequentava o quinto

ano do curso de Direito na Univer-sidade de Coimbra, Raquel, deci-diu fazer uma pós-graduação no centro de Estudos Cinematográfi-cos.

Argumentista e realizadora de longas-metragens como Rasgan-ço (de 2001), e de curtas-metragens como Rio Vermelho (de 1999), todos as obras desta cineasta reflectem as suas convic-ções.

por Marta Baguinho

Foto: O G

lobo

«Veneno Cura» é a nova obra de Raquel Freire, na foto

No International Film Festival, em São Paulo, «Veneno Cura» estreou numa versão integral, no entanto diz quem já viu que este pode ferir sensibilidades, uma vez que aborda assuntos tão delica-dos como o aborto ou suicídio. Segundo a cineasta só por estes temas serem reprovados não sig-nifica que não se exponham, «Porque há uma mulher que aborta, uma criança que morre, um suicídio, porque vemos mata-rem animais, porque não gosta-mos de assumir o que acontece em Portugal, este país euro-peu…» (Raquel Freire in Actual, Expresso).

Já com data marcada, esta longa-metragem espera estrear em Janeiro nas nossas salas de cinema.

Page 7: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Manoel de Oliveira é dono duma carreira invejável no mundo do cinema

António Silva marcou o cinema português

do que é nosso. É tempo de valo-rizar o cinema português, de ele-vá-lo a outro estatuto, de retirá-lo desta encruzilhada em que se encontra.

Tomemos a iniciativa!

777 Cultura

Manoel de Oliveira, o cineasta intemporal

Nascido a 11 de Dezembro de 1908,Manoel Cândido Pinto Oli-veira, é o cineasta português cuja carreira começou no período do cinema mudo. Ao ingressar na escola de actores de Rino Lupo é convidado para participar, como actor, em algumas obras, Fátima Milagrosa (1928), A canção de

Lisboa (1933), e Conversa Aca-bada (1980) de João Botelho.

Aniki-Bobó, um retrato de infância ilustrado por crianças do Porto, foi a sua primeira longa-metragem de ficção, porém foi um “desastre” comercial. Consequen-temente abandonou o cinema e dedicou-se aos negócios familia-

por Joana Gonçalves

Foto: guardian.co.uk

res. Contudo o gosto pelo cinema não morreu e, por isso, em 1956 voltou, com O Pintor e a Cidade.

Os filmes de Manoel de Olivei-ra são "parados", devido à "lentidão" com que se desenrola a acção e aos movimentos subtis da câmara, e plenos de acção, mais emotivos que visuais, onde as palavras são as protagonistas. O seu currículo cinematográfica conta com obras como: O Acto da Primavera (1963), A Carta (1999), o Porto da Minha Infância (2001), Um Filme Falado (2003), e o recente Cristóvão Colombo – O Enigma (2007).

Surpreendentemente activo, aos 94 anos, estreou-se na reali-zação de "videoclips" produzindo "Momento" de Pedro Abrunhosa. Agora a caminho do seu centési-mo aniversário, resta-nos esperar pela sua próxima produção.

Hora de Mudança

Longe vão os tempos em que o cinema português andava de boca em boca. Quem nunca ouviu falar d’ ”O Pátio das Cantigas” ou d’ “A Aldeia da Roupa Branca”? Quem não sabe quem são Beatriz Costa ou Vasco Santana? Portu-gal viveu recheado de filmes, actores e imagens animadas que desvelaram o país.

Hoje o panorama é bastante distinto. A televisão transformou-se numa potente “caixinha de con-corrência” que quase nos cola ao sofá e o cinema nacional, esse, serve apenas uma minoria. Culpa de todos.

A maioria não pensa em sair de casa para ver um filme portu-guês e define-o como enfadonho. Por outro lado, a publicidade ao

cinema nacional só nos che-ga quando o propósito é ven-der. Jorge Leitão Ramos, crí-tico de cinema, acrescenta que “O problema não é ser comercial, o problema é o que se vende. O que faz comércio é "O Crime do Padre Amaro", que só serve para vender as nádegas da rapariga? Tenham dó! O Eça não fez mal a ninguém! Agora que se façam mais filmes como a "Tentação" ou o "Adeus Pai", acho muito bem!” (SP Autores, Fevereiro de 2006)

Fomos educados para ver fil-mes estrangeiros, para sermos grandes consumidores do que nos chega do outro lado do ocea-no. Mas está na hora de olhar para dentro, de aprender a gostar

por Inês Samina

Foto: aminharadio.com

Page 8: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Twinlight estreará em Portugal a 4 de Dezembro

Obra de José Saramago adaptada para cinema promete fazer sucesso

888 Cultura

Foto: cinemaem

cena.com

«CREPÚSCULO»

«ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA»

O Contemporâneo sugere…

por Daniel Pereira

Após o êxito nas longas metra-gens Cidade de Deus e O Jardi-neiro Fiel, o realizador Fernando Meirelles adapta o romance literá-rio “Ensaio sobre a cegueira” de José Saramago, num filme visto pela crítica como muito bem con-seguido. Ensaio sobre a cegueira irá estrear em Portugal no próxi-mo dia 13 de Novembro. A histó-ria desenrola-se numa cidade desconhecida, com personagens sem nome e onde uma estranha epidemia de cegueira, causa o caos e a desordem. O filme come-ça num tom acelerado, com a epi-demia a apoderar-se de um homem que se encontra no trânsi-to e que instantâneamente entra numa espécie de “névoa leitosa assustadora”. Cada pessoa com quem ele se cruza na rua, como a sua esposa ou o seu médico terão também esse triste desfecho. As vítimas da epidemia são coloca-das em quarentena num hospício degradado. Quando os serviços oferecidos pelo Estado começam a escassear, as pessoas lutam

pelas suas necessidades básicas, agindo com os seus instintos pri-mários. Assim, instalam-se o pâni-co e a paranóia.

No entanto, existe ainda uma esperança para a humanidade, uma mulher que não foi contagia-da e que é capaz de ver. Esta mulher é esposa de um médico e finge estar cega para ficar ao lado do seu marido. Será ela que lide-rará um grupo de internos saindo numa jornada para tentar resgatar

a humanidade perdida. Passam pelo horror e o amor, pela depra-vação e a incerteza, com o objec-tivo de escapar do hospital e seguir pela cidade destruída, onde irão procurar uma esperan-ça.

Dia 13 de Novembro todos tiverem oportunidade de “reler” uma das histórias do homem que foi aclamado pela crítica como um dos maiores escritores português de todos os tempos.

Produzido por Greg Mooradin e dirigido por Catherine Hardwic-ke, Twilight é um filme inspirado no primeiro livro de Stephanie Meeyer- Twilight, Crepúsculo.

Bella Swan (interpretada por Kristen Stewart) é uma rapariga de 17 anos que decide ir viver com o seu pai para Forks, Washington. No dia que podia ser o último da sua vida, Bella é salva de um acidente rodoviário por um misterioso jovem, Edward Cullen (interpretado Robert Pattinson) que possuí um segredo obscuro. Tentando desvendar o mistério de

Edward a vida de Bella sofre uma viragem emocio-nante e aterrado-ra, pois a mesma descobre que Edward não é um simples rapaz de 17 anos mas sim u m v a m p i r o . Desenrola-se a trama,a caça começa e, ao mes-mo tempo que o jovem tenta resistir aos instintos naturais de matar, Edward tem de defender Bella do novo grupo de vampiros que chega à cidade.

Aprovado pela critica como fascinante e envolvido num sus-pense extraordinário, Twilight estreia em Portugal a 4 de Dezembro de 2008.

por Joana Gonçalves

Foto: collider.com

Page 9: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Obama, na imagem, afirmou que o seu executivo tudo fará para melhorar o panorama actual

qual o Mundo inteiro tanto depen-de. E é por isso que não poderá falhar. Terá de dar resposta a muitas questões que foram levan-tadas e que não tiveram solução – ou vontade de se verem resolvi-das – ao longo de anos promís-cuos representados por Bush ou Greenspan.

O Mundo estava sedento de mudança…resta agora aguardar que Barack Obama, o rosto des-sa tão preconizada mudança, mude o Mundo.

A imagem da esperança

“Assim que tomar posse, enfrentarei esta crise de frente”, salientou o novo Presidente, que destacou ainda que será apre-sentado um pacote de estímulo para devolver aos mercados eco-nómicos a força e a confiança que em tempos teve.

Aos poucos, parece que Obama vai conseguindo reconsti-tuir parte da – pouca - credibilida-de que o seu país já tinha e que perdeu quando a enorme bolha rebentou naquele epicentro do

Na primeira conferência de imprensa enquanto Presidente dos Estados Unidos, Barack Oba-ma deu prioridade à problemática da crise financeira. Consciente das dificuldades que o esperam, o antigo candidato democrata revelou-se confiante e optimista.

Na ressaca das eleições

mais badaladas de que há memória – em que o povo ameri-cano elegeu Barack Obama para se tornar no 44º Presidente do seu país – a euforia em torno do candidato vencedor é enorme, talvez até sem precedentes. Esquecem-se os graves proble-mas económicos em que o Mun-do se encontra mergulhado e tudo parece um mar de rosas que se sobrepôs à onda temível que se vislumbrava no horizonte e que, por milagre, se dissolveu.

Ciente de que a herança que herdará a partir do dia 20 de Janeiro do próximo ano – altura em que ofi-cialmente será o novo Presidente dos EUA – não é a mais profícua, Barack Obama mostrou-se objecti-vo na sua primeira Conferência de Imprensa após as eleições, dando especial destaque à crise económica, não esquecendo, obviamente, a ele-vada taxa de desemprego no seu país e o Pro-grama Nuclear do Irão.

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OS DESAFIOS DE OBAMA

por David Marques

Foto: Getty Im

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Obama terá de dar resposta a muitas questões que foram levantadas e que não tiveram solução – ou vontade de se verem resolvidas…

Economia

Page 10: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

A crise económica volta a dar sinal. Desta vez foi em Olhão que uma fábrica de pro-dução de comida para animais recorreu ao despedimento colectivo.

Foram 179 os operários

despedidos da fábrica Bela Olhão no início deste mês. O presidente do Sintab (Sindicato dos Trabalhadores da Agricul-tura e das Industrias Alimenta-res, das Bebidas e do Tabaco), Moisés Caetano afirmou à agência Lusa que «os trabalha-dores estão despedidos (...) e não vão poder regressar à empresa". O Sintab ainda denunciou que o despedimento o c o r r e u c o m a l g u m a s "ilegalidades".

Conforme a legislação labo-ral, a empresa teria de informar oficialmente os trabalhadores da sua intenção de pedir insol-vência e de extinguir os postos de trabalho com 60 dias de antecedência. Assim como avi-sar a Direcção-Geral do Empre-go e das Relações de Trabalho para iniciar o processo de negociação com os trabalhado-res.

O delegado regional de Faro do IEFP decla-rou que irá refor-çar os serviços do balcão de Olhão do Institu-to "para inscre-ver o maior número de pes-

soas no mais curto espaço de tempo possível", afirmando que esta situação representa um "rombo social".

O encerramento da fábrica representa um aumento de 13 por cento no número de pes-soas à procura de emprego na localidade de Olhão.

Apesar da baixa do preço dos combustíveis, os portugue-ses fronteiriços continuam a aproveitar feriados e fins-de-semana para se deslocarem até ao país vizinho e atestarem os depósitos.

O tempo em que a cotação

do crude rondava os 150 dóla-res por barril, em finais de Junho passado, já faz parte do passado, porém a queda acen-tuada do preço do ouro negro ainda não se reflectiu como se esperava. Desde Janeiro de 2007 que o Brent (Petróleo de Referência na Europa) não estava a ser transaccionado a um preço tão baixo, porém o preço dos combustíveis, com especial destaque para o gasó-leo - que custava 0,99 euros/litro - continua bastante acima do normal.

por David Marques

Despedimento colectivo em Olhão

Foto: Público

Combustíveis de nuestros hermanos cobiçados

Economia

Foto: Jornal do Algarve

Segundo a associação de defesa do consumidor (DECO), “os preços dos combustíveis em Portugal continuam a fixar-se muito acima da média euro-peia”. O preço do litro de gasoli-na em Espanha já é vendido a pouco menos de 1 euro, enquanto o gasóleo encontra-se 2 cêntimos acima do euro. Isto justifica as incursões de milhares de portugueses a Espanha; o «Zé Povinho» pode poupar cerca de 15 cêntimos/litro no gasóleo, sendo que, na gasolina é possível amealhar mais de 25 cêntimos.

Uma das grandes funda-mentações para a especulação dos preços, protagonizada pelas principais petrolíferas nacionais, parece assentar no elevado imposto sobre o petró-leo cobrado pelo Estado. De acordo com um estudo avança-do pela revista Focus, o preço

da gasolina, sem ISP, estaria agora estipulado a cerca 0,65 cêntimos por litro, quando na realidade anda acima de 1,20 euros/litro.

por Grethel Ceballos

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Os portugueses são clientes assíduos de algumas gasolineiras espanholas

179 operários despedidos desta empresa em Olhão

Page 11: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

111111 Economia

Cimeira do G-20 sem resultados concretos

Foto: npr.org

Governo reage à crise na indústria

por Paula Bicho

Breves

GM A CAMINHO DA FALÊNCIA

As acções da centenária General Motors caíram para mínimos que não se regista-vam há 65 anos. À beira da falência, a multinacional que emprega mais de 250 mil funcionários no mundo intei-ro, espera uma intervenção do Governo dos Estados Unidos para salvar a situação.

NACIONALIZAÇÃO DO BPN

O Banco Português de Negócios foi, finalmente, nacionalizado. Apesar de a instituição apresentar um buraco financeiro na ordem dos 700 milhões de euros, o Governo defende que, se tal decisão não fosse tomada, mais Bancos poderiam correr o risco de entrar em processo de insolvência tendo em con-ta o panorama actual.

EDP EXPANDE NEGÓCIO

A EDP anunciou que vai investir 2,7 mil milhões de euros nos Estados Unidos até 2012. A empresa portuguesa pretende apostar nas energias renováveis atra-vés do desenvolvimento de parques eólicos.

O preço do crude conti-nua em queda apesar dos e s f o r ç o s d a O P E P (Organização de Países Exportadores de Petróleo) em evitar que tal aconteça. Terça-feira, dia 12, o ouro negro chegou a ser transaccionado a 55,61 dólares em Londres.

PETRÓLEO EM QUEDA

por Grethel Ceballos

O encontro reuniu os líderes do Grupo dos 20 e teve como principal objectivo estabelecer uma nova ordem financeira global.

Dirigentes dos sete países mais

industrializados do mundo; das econo-mias emergentes; e da União Europeia, reuniram-se na cimeira que teve lugar de 14 a 15 de Novembro, em Washington.

Esta revelou-se pouco revolucio-nária e sem resultados concretos, ao não se terem definido estratégias preci-sas contra àquela que revelou ser a maior crise financeira dos últimos tem-pos. Foi sim, uma primeira abordagem no sentido de decretar «princípios gené-ricos de reforma» do sistema financeiro mundial assim como «linhas gerais de actuação económica». Podendo-se des-tacar: um relatório que apela à coopera-ção e supervisão entre países, e advoga o livre comércio como modelo a manter.

A segunda parte do documento, denomi-nada «plano de acção», apresenta medi-das para aperfeiçoar a transparência e responsabilidade, a regulação e confian-ça nos mercados, o fortalecimento da cooperação e reforma das instituições.

As novas linhas estratégicas serão apresentadas até 31 de Março, data limite para que cada país adopte medidas internas de reforço da regula-ção económica. Em Abril de 2009 dar-se-á a próxima reunião do G20 já com Barack Obama como presidente .

Foto: Mashabel.com

A previsão do relatório de Outo-no da Comissão Europeia indica que a economia portuguesa vai estagnar em 2009.

Segundo os economistas de Bruxelas, o PIB português não se expan-dirá mais do que 0,5% este ano, depois de ter registado um crescimento de 2%, em 2007.

As principais razões apontadas são a quebra na procura interna, conse-quência do desinvestimento na constru-ção, e da má performance nas exporta-ções. O resultado, garante a Comissão, é um crescimento de apenas 0,1% em 2009.

Em 2010, a economia nacional deverá começar a recuperar. A Comis-são espera uma expansão da actividade de 0,7%, para daqui a dois anos. Além disso, a Comissão faz notar que o facto

das famílias portuguesas estarem muito endividadas (sobretudo com créditos à habitação) vai refrear o consumo.

As empresas não estão melhor. Pressionadas pela subida dos custos de capital há quebra nos lucros. Ou seja, 2009 será um ano de pouca disponibili-dade para investir e animar a economia.

A Comissão adianta ainda que a taxa de desemprego deverá subir em 2009 para 7, 9%, depois de ter caído de 8,1% para 7,7% este ano.

O investimento empresarial vai baixar em 2009

G20 reuniram-se em Washington

Page 12: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

má memória para os encarnados com a derrota por 2-0 ante os turcos do Galatasaray. Apesar do resultado negativo, o Benfica começou melhor com Suazo a fazer tremer as “muralhas” turcas, inconsequentemente. A equipa forasteira conseguiu aos poucos equilibrar a partida e causar mui-to perigo na baliza de Quim. No segundo tempo, um erro defensi-vo do Benfica permitiu a Emre Asik abrir o activo à passagem do minuto 51. O Benfica procurou reagir, mas foi a equipa turca a ampliar a vantagem, por intermé-dio de Umit Karan aos 69. Até final, o Benfica teve vontade mas faltou a clarividência necessária para chegar ao golo. Seguem-se duelos com Olympiakos e Meta-list.

121212 Desporto

Leões e Dragões de Ouro na Champions

Quando muito havia para se decidir, Sporting e FC Porto foram impecáveis no momento de maior importância na competição: o Sporting apura-se já para os Oitavos de Final; o FC Porto con-seguiu alcançar o segundo posto e manter-se na corrida.

Na primeira noite europeia,

entrou em acção o Sporting que levou de vencida a equipa do Shaktar Donetsk, com um golo avançado Derlei ao minuto 73. Os comandados de Paulo Bento estiver bem na maior parte dos momentos do jogo e tiveram oportunidades de elevar a conta-gem. Com esta vitória, os leões garantiram desde já a histórica passagem aos Oitavos de Final da Champions. Segue-se a dis-puta do primeiro lugar com o Bar-celona.

Na noite seguinte, entrou em campo o FC Porto, que respon-deu bem à total necessidade de

vencer para poder ainda manter-se na corrida pelo lugar nos Oitavos de Final, derrotando o Dinamo Kiev por 2-1. Todavia, o jogo começou mal para os comandados de Jesualdo Ferreira, com o golo do Dina-mo a surgir aos 27 m i n u t o s , c o m Milevsky a bater o desamparado Helton. A equipa portuense respondeu à medida, causando muito perigo. Porém, o que o guarda-redes ucraniano Bogush adiava parecia inevitável, o golo portista. Foi à passagem do minuto 69, com Rolando a saltar mais alto que toda a gente para empatar a partida, com toda a justiça. Com novo ânimo, os homens da Invicta partiram ao “assalto” dum novo golo, que acabaria por surgir em tempo de desconto, por Lucho González, após uma jogada iniciada pelo compatriota Lisandro, num golo

made in Argentina. O FC Porto depende apenas de si próprio para seguir em frente. Com dois jogos pela frente, o FC Porto pre-cisa de vencer para não precisar de terceiro para se apurar.

Os restantes portugueses em acção, tiveram poucas razões para sorrir, com apenas Cristiano Ronaldo e Ricardo Quaresma a terem sentido o sabor dos pon-tos. O astro madeirense fez um remate que deu no golo da igual-dade do Man Utd ante o Celtic e Ricardo Quaresma jogou no empate a 3 do Inter em Nicósia.

por Fábio Lima

Duas derrotas para complicar as contas na Taça UEFA

Na passada quinta-feira, jogou-se mais uma jornada da Taça UEFA que ficou desde logo mar-cada pelo final da série de sete vitórias consecutivas do Sp. Bra-ga. Os homens de Jorge Jesus foram batidos pela classe de Ronaldinho Gaúcho, num jogo em que o Sporting de Braga foi francamente mais forte e não mereceu de forma alguma a der-rota. O clube minhoto apareceu em San Siro sem medo do adver-sário, tendo sempre as oportuni-dades mais flagrantes, com Ren-teria a ser o principal perdulário. Carlo Ancelotti – técnico do AC Milan – depois de ver a sua equi-pa ser plenamente dominada

pelo Sp. Braga, lançou em campo os pesos-pesados Ronaldinho e Seedorf, permitindo à equipa transalpina ganhar nova dimen-são atacante. Porém, do lado bracarense não se temiam os “monstros” milaneses, com Ren-teria a causar sempre imenso trabalho a Senderos que rara-mente ganhou uma bola ao avan-çado colombiano. Contra toda a corrente do jogo, em cima do api-to final, Ronaldinho tirou da carto-la um remate de génio que des-fez a igualdade que seria um jus-to prémio para um Braga que parece ter atingido a dimensão europeia, sem medo de colossos como o Milan. Seguem-se duas partidas importantes ante Wolfs-burgo e Heereenven.

No Estádio da Luz, noite de

por Fábio Lima

Foto: uefa.com

Derlei festeja golo que garantiu apuramento

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colocando-se assim no 12º pos-to enquanto que os Machados, apesar de terem pontuado em Quarteira (empate 1-1) desce-ram para o 13º lugar.

Assim se fazem as contas do futebol regional…

seguindo-se do Lusitano de Vila Real de Santo Antó-nio e o Ferreiras.

No que toca ao restante candidato ao título, o Lusitano voltou a vencer, der rotando, no domingo, o Ginásio de Tavira por 2-1.

Ainda no percur-so distrital, o Castro-Marinense regres-sou às vitórias batendo o Almansilense por 2-0.

Quanto à equipa dos Salga-dos perdeu em Alvor (0-4) e foi apanhada no 5º posto pelo Salir que ganhou ao Faro e Benfica (2-1).

Por fim, os Estombarenses levaram de vencido o Guia (1-0)

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1ª Distrital Algarve – Lagos imbatível por Pedro Carrega

Foto: José Luís Silva

Mais uma jornada de futebol distrital no Algarve e poucas mudanças a registar na tabela classificativa.

À sétima jornada de mais

um fim-de-semana de futebol regional, o Esperança de Lagos mantém a invencibilidade, sen-do que desta vez ganhou em S. Brás de Alportel (vitória por 5-2).

Mas, a luta anda renhida e para aquecer os ânimos os concorrentes directos da equipa lacobr igense voltaram a ganhar, mostrando que o cam-peonato será até ao fim.

Contudo, os lacobrigenses lideram a tabela com 21 pontos,

Leões inconformados – Porto segue em frente na taça

por Fábio Moreira

Depois das emoções vividas na última edição, o leque de equi-pas em prova é cada vez mais reduzido, tornando por conse-quência esta eliminatória mais competitiva.

O jogo em destaque nesta edição da taça foi sem dúvida o clássico Sporting – FC Porto. A entrega dos jogadores de ambas as equipas proporcionou uma magnífica noite de futebol aos

espectadores. Apesar do equilí-brio no tempo regulamentar e no prolongamento onde equipas ter-minaram empatadas a um golo, no final da noite era a equipa azul e branca que tinha motivos para festejar, uma vez que na lotaria das grandes penalidades tiveram a felicidade de conseguir a vitória.

Este jogo de nervos ficou mar-cado pela má arbitragem de Bru-no Paixão. Tremenda dualidade de critérios durante todo o encon-tro e três grandes penalidades por

a s s i n a -l a r . T i r a n d o os penál-tis, o Sporting é a equi-pa com maiores r a z õ e s de quei-xa. Na Luz, os encar-n a d o s começa-ram a

c o n s -

truir a vitória logo aos três minu-tos de jogo por Yebda, e à meia hora de jogo já o placard assina-lava 3-0. Na segunda parte houve uma resposta por parte da equipa do Desportivo das Aves mas não foi suficiente para alterar as con-tas do marcador.

Na Figueira da Foz a noite foi de golos, e a Naval venceu o Belenenses por 3-2. O tento da vitória foi alcançado no período de descontos, num belo golo de Alex que impediu que o jogo fos-se decidido na marca das gran-des penalidades.

De realçar também o triunfo em Coimbra do Estrela da Ama-dora por 1-0. Sem receber orde-nados desde o início da época é de louvar o carácter e o profissio-nalismo dos homens da Rebolei-ra.

Para finalizar, já começa a ser hábito nesta edição da taça falar-se do Valdevez, que continua a eliminar equipas da Liga Vitalis. E como não há duas sem três, depois de eliminar Oliveirense e Olhanense, a equipa minhota da 2ª Divisão B bateu o Gil Vicente por 1-0. É obra!

Desporto

Mais um golo do E. Lagos e mais uma vitória

Helton a defender o penálti que eliminou o Sporting

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Breves

POPOVYCH ASSINA PELA ASTANA

O ciclista ucraniano Yaroslav Popovych assinou na passada pela equipa do português Sérgio Paulinho. É um sinal inequívoco de que a equipa do vencedor da Vuelta

- Alberto Contador - preten-de vencer todas as competi-ções da época. Recorde-se que neste defeso, a equipa ucraniana havia garantido Lance Armstrong.

‘DAKAR’ PENSA NO REGRESSO A ÀFRICA

A organização da mítica prova de todo-o-terreno está desapontada com toda a buro-cracia exigida na Argentina e no Chile - países que recebem actualmente a prova - e pon-deram regressar ao cenário original, continente africano.

LIGA EUROPEIA COM MAUS RESULTADOS

As equipas portuguesas que disputam a Liga Europeia de Hóquei tiveram uma má jornada. FC Porto defrontou em casa os espanhóis do Noia, empatando a 4 bolas. Por seu turno, o Óquei de Barcelos perdeu 3-1 em casa ante o Vilanova de Espanha. Tarefa difícil para o futuro.

Djokovic é o Campeão dos Campeões TÉNIS

por David Marques

Desporto

Benfica falha Final-Four da UEFA Futsal Cup por Fábio Lima

O sérvio Novak Djokovic venceu no passado domingo a Masters Cup de Xangai, torneio que junta os oito tenistas que mais pontos alcançaram durante toda a temporada.

Após a ausência do novo número 1

mundial Rafael Nadal e a eliminação precoce do tetra-campeão Roger Fede-rer, esperava-se uma final entre o tenista sérvio, 3º melhor cotado no ranking e aquele que tem evidenciado melhor for-

ma neste final de época, precisamente, Andy Murray. Porém, após o primeiro ter garantido o passaporte para a final do último torneio da época, o segundo não teve a mesma sorte, acabando por ser vergado por Nikolay Davydenko.

Provenientes do intitulado grupo dou-rado, os tenistas já se haviam encontra-do na fase de grupos, com a vitória a sorrir a Djoker.

Demonstrando maior concentração e lucidez, o tenista de 21 anos rapida-mente assumiu o controlo do encon-tro, fechando o primeiro set por expressivos 6-1. O segundo parcial, embora tenha sido marcado por um maior equilíbrio, acabou por sorrir novamente a Djokovic, que triunfan-do por 7-5 fechou assim o encontro. “Acabar a época da mesma forma como comecei, com uma vitória num grande torneio, é óptimo”, vincou o sérvio vencedor do Open da Austrá-lia no início do ano. Resignado esta-va o finalista derrotado: “Contra o Novak é preciso ser-se perfeito, jogar-se muito depressa e bem. Foi o que ele fez e eu não”. Destaque ainda para a vitória em pares de Zimonjic e Daniel Nestor, que, ao baterem os irmãos Bob e Mike Bryan, asseguraram a liderança do ranking.

A magia canarinha de Schumacher retirou ao Benfica o sonho mais belo, alcançar a Final Four da UEFA Futsal Cup, afastando a melhor equipa do mun-do, o Interviú.

O empate chegava para os comanda-dos de André Lima, visto que detinham melhor goal average que os espanhóis, fruto das duas vitórias por 8-1 ante o Hapoel e Ekonomac.

Os homens do país vizinho entraram melhor na partida e marcaram logo ao segundo minuto. Os encarnados respon-deram à altura e Ricardinho sete minutos volvidos empatou a partida. O, Benfica a jogar de igual para igual frente a uma verdadeira constelação de estrelas, teve

excelentes oportunidades de golo porém, no momento da verdade a bola teimava em não entrar na baliza de Luís Amado. O Benfica até podia segurar o empate mas não o quis, continuou a ata-car com grande brio sempre impulsiona-dos pela excelente moldura humana que enchia o Pavilhão Nº 2 da Luz. Nos der-radeiros minutos com o empate a ser já “comemorado” pela adeptos da equipa lusa, uma bola ressaltada em Pedro Costa vai ter a Schumacher que numa posição privilegiada bate Bebé para o 2-1. Nos minutos finais, o Benfica pressio-nou, procurou o golo mas a sorte prote-geu o conjunto espanhol.

Na Final Four estarão presentes Dinamo de Moscovo, Ekaterinburg, Kai-rat e o já referido Interviú.

FUTSAL

YVAN MULLER CAMPEÃO DO WTCC

O piloto francês da equipa Seat conquistou o ceptro mundial do campeonato mun-dial de Turismo após ter ter-minado as duas corridas nos lugares do pódio (2º e 3º lugar, respectivamente), per-fazendo um total de 114 pon-tos.. O único representante luso quedou-se pelo 12º pos-to, conquistando 43 pontos.

Foto: AFP/G

etty Images

Djokovic celebra a primeira vitória da carreira na Masters Cup

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Festejo emocionado de Filipe Albuquerque junto ao seu carro

Vitória fácil de Juventude de Viana em Vale de Cambra

Foto: Juventude de Viana

Juventude de Viana aproveita deslizes

HÓQUEI EM PATINS

por Susana Apolónio

Filipe Albuquerque conquista vitória para Portugal

por Tânia Branquinho

Foto: a1gp.com

Realizou-se no passado fim-de-semana, a oitava jornada do Campeonato Nacional de Hóquei em Patins. Novo líder na tabela classificativa, que passa a ser o Juventude de Viana.

Os anteriores líderes rece-

beram o Porto Santo SAD e não foram além de um empate a uma bola. Nesse mesmo dia, a formação do Juventude de Viana deslocou-se ao reduto do Cambra para vencer por 8-4. O Benfica, que começou o cam-peonato de forma inconstante, venceu nos Carvalhos por boa margem (11-1). Por final, os

anteriores líderes, Oliveirense, foram derrotados no reduto do OC Barcelos, por 3-2, num excelente encontro de hóquei em patins, onde a turma barce-lense fez duas espectaculares reviravoltas.

A Juventude de Viana lidera

com 19 pontos, seguida pelo FC Porto (18 pts.), Oliveirense (17 pts.) e Benfica (13 pts.). O carrasco dos anteriores líderes, OC Barcelos, segue sendo a maior desilusão da prova cotan-do-se no 8º posto, a 8 pontos do conjunto vianense.

Filipe Albuquerque presen-teou, no dia 9 deste mês, o Team Portugal, com a vitória da corrida mais longa da segunda prova da época do A1 Grand Prix, em Chengdu (China), e conquistou para Portugal a pri-meira vitória nesta taça das nações.

Albuquerque, através dos

seus treinos, mostrou que esta-va capaz de lutar pelo triunfo e confirmou-o com o sexto lugar na Sprint Race, que abriu o dia. Na Feature Race, foi o portu-guês quem dominou a corrida e subiu para o segundo lugar, alcançando o sexto lugar do campeonato, liderado pela Malá-sia. Filipe Albuquerque afirma a sua alegria: "Foi fantástico. Arranquei muito bem e subi logo

para segundo. Mantive sempre uma distância constante para o líder, procurando tirar melhor partido das paragens na box. Foi isso que sucedeu e após a pri-meira troca de pneus passei para o comando e ganhei alguma van-tagem".

Albuquerque cumpriu 51 vol-tas em 1:11.23,179 horas, à fren-te de Adam C a r r o l l , e n q u a n t o D a n n y Watts, da G r ã -Bretanha, foi o terceiro, a quase cinco s e g u n d o s . O responsável máximo do A1 Team

Portugal, Luís Vicente, confes-sou que foi "uma grande emo-ção ouvir o hino depois de tan-tos anos de esforço nesta com-petição" e realçou "a rapidez e regularidade do Filipe", e diz ainda que "gostava de chegar a Portimão em Abril na discussão do título e em condições de garantir aí o ceptro".

151515 Desporto

AUTOMOBILISMO

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161616 Política

por Fábio Rocha

Professores continuam descontentes

Foto: Sindicato dos Professores da Grande L

isboa

No passado dia 8 de Novem-bro, cerca de 130 mil docentes do ensino primário, básico e secundário voltaram a mobilizar-se para mais uma grande mani-festação em Lisboa, desconten-tes com as políticas e reformas educativas do governo.

À semelhança da anterior

manifestação, ocorrida há 8 meses, os professores mostra-ram-se mais uma vez revoltados contra a decisão tomada pela ministra Maria de Lurdes Rodri-gues. Após essa primeira mobili-zação, o mistério e sindicato conseguiram chegar a um con-senso, mas ao que parece des-de Março nada se alterou.

Em vigor desde Janeiro de 2007, esta medida foi desde logo contestada pelo sector da educação e pelo sindicato dos professores (FENPROF). Para

além de ocupar mais tempo aos professores avaliadores, que deveriam ter como objectivo ensinar, pode ser uma medida injusta para docentes com mais tempo de carreira e por isso mais próximos de uma progres-são na mesma, pois podem ser impedidos ou ultrapassados por colegas com menos experiência e menos tempo de serviço. Esta resolução veio modificar comple-tamente o sistema de ensino em Portugal e, na opinião da maior parte dos docentes, desorgani-zar e colocar as escolas num autêntico caos.

A Ministra da Educação, refe-riu numa entrevista à RTP que uma mobilização desta enverga-dura impunha respeito a qual-quer um, mas que não será por isso que irá mudar de atitude, muito menos voltar atrás em relação à avaliação dos profes-sores. Já o primeiro-ministro José Sócrates respondeu a esta manifestação afirmando que o acordo feito entre o governo e o sindicato foi desrespeitado.

Ninguém parece conseguir pôr travão às manifestações dos professores contra as medidas da ministra da Educação

Breves

LÍDER DO PSD DESAFIA PORTUGUESES

Na sequência da reforma do ensino de justiça portu-guês, a Presidente do PSD desafiou ontem os portugue-ses a viver seis meses sem democracia, para «por tudo na ordem». O aviso não foi apenas dirigido ao povo, sen-do também tecidas duras crí-ticas à actuação do governo.

PORTUGAL APOIA DURÃO BARROSO

Com o aproximar do conselho europeu a realizar em Dezembro, onde se vai escolher o próximo Presiden-te da Comissão Europeia, fala-se na possível recondução de Durão Barroso ao cargo. São vários os dirigentes europeus que criticam o político portu-guês, acusando-o de falta de iniciativa. Luís Amado, Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, afir-mou que o Governo luso sempre apoiou e continuará a apoiar esta iniciativa.

NOVO SECRETÁRIO DE ESTADO DOS EUA

Hillary Clinton poderá vir a ser a próxima secretária de Estado, cargo oferecido por Barak Obama.

Segundo o Guardian, Hil-lary ainda está a avaliar qual dos cargos a deixa em melhor posição: o oferecido por Oba-ma ou o seu actual como representante no senado do estado de Nova Iorque.

Enquanto isto os assesso-res de Obama investigam as contas da Fundação Bill Clin-ton para ver se não há qual-quer tipo de incompatibilida-de.

Page 17: 3ª edição do Jornal Universitário "Contemporâneo"

Donald Rumsfeld e George W. Bush autorizaram ataques secretos à Al-Qaeda

Sondagens dão subida para o partido no poder

171717 Política

Foto: Jamestow

n,org

Ordem Secreta dá liberdade para atacar Al-Qaeda

por Manuela Vaz

Sondagem dá vantagem ao PS

por Marta Neves

Segundo adiantou o New York Times, a Al-Qaeda foi víti-ma de uma série de ataques secretos por parte dos EUA des-de meados de 2004.

Estes ataques foram autori-

zados por uma ordem, datada da Primavera de 2004, contendo a assinatura do ex-secretário da Defesa dos EUA Donald Rums-feld e a aprovação do Presiden-te, George W. Bush.

A “Al-Qaeda Network Exord”, assim denominada a ordem, diminuía o tempo de avaliação das missões, fora da zona de guerra, e da autorização para a sua execução, passando este processo de dias a simples horas. Também conferia mais poder às tropas americanas para poderem atacar a organiza-

ção terrorista em qualquer parte do planeta. O jornal americano adianta também que, além des-tes ataques, outros foram can-celados devido à sua natureza perigosa e arriscada.

Estas informações foram dadas ao jornal com a condição

de as fontes permaneceram anónimas, pois trata-se de um assunto sensível. O New York Times não conseguiu declara-ções da porta-voz da Casa Branca nem do Departamento de Defesa, que se recusaram a prestar declarações.

Este fim-de-semana foram divulgados os resultados de um estudo realizado pela Euroson-dagem cujo principal objectivo revelar foi as actuais tendências políticas dos portugueses.

Segundo a análise, o Partido Socialista que nos últimos meses havia registado descidas neste tipo de sondagens, inver-teu esses últimos resultados e conta com uma subida de 1,2%, ultrapassando assim os 40 pon-

tos percentuais na preferência dos portugueses. Este valor não lhe confe-re ainda a maioria absoluta que atin-giu nas anteriores eleições legislati-vas. Já o PSD de Manuela Ferreira Le i t e tam bém regista uma ligeira sub ida, 0 ,3%, resultado muito

aquém das expectativas para o maior partido de oposição e para quem quer voltar a governar já no próximo ano. O PSD conta assim com um total de 33,3%.

O Partido Comunista e o Blo-co de Esquerda caem também nas escolhas dos eleitores con-tando o PC com 9,6% e BE com 7,7%. No fim encontra-se o Par-tido Popular de Paulo Portas, com apenas 4,8%.

Através deste estudo pode-mos comprovar que mesmo com toda a insatisfação demonstrada pelos portugueses em relação ao governo, os partidos da opo-sição não estão a conseguir apresentar propostas nem estão a conseguir cativar os eleitores com o objectivo de traçar outro rumo para o país.

Foto: Juventudesocialista.org

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181818 Crónicas

O Ensino da Música na Educação

por Maria Raquel Correia

1- GRAÇA, Fernando Lopes, 1964, Nossa Companheira Música, Portugália Editora 2- ULRICH, Michels, 2007, Atlas de Música, Alianza Editorial

Ao ler no DN do passado dia 30 um artigo sobre o ranking das Escolas do Ensino Básico, os sinos tocaram a rebate dentro de mim; no topo estava uma Escola de Música, com ensino integrado. Lembrei-me do tempo em que frequentava o liceu de Faro e, simultaneamente, estudava Piano e Educação Musical com a Pro-fessora Célia Magalhães com a qual fiz o Curso Geral de Piano, como aluna externa, no Conser-vatório Nacional de Lisboa. Ficou-me para sempre na memória uma frase sua que frequentemente repetia, com plena convicção: “ Quem é bom aluno na música é, com certeza, também no liceu...”.

Esta afirmação, é um eco do que sabemos sobre as vantagens do ensino da música na educa-ção.

Ela contém, de modo implícito, uma preocupação que não é indi-ferente, hoje, ao colégio pedagó-gico dos países mais desenvolvi-dos.

Mas... a discussão já vem de longe! - Fernando Lopes Graça1 afirmava, no mesmo sentido, que “as vantagens do ensino da músi-ca na educação não são uma utopia. Pensadores de todos os tempos desde Confúcio a Berg-son, passando por Platão, St Agostinho, Lutero, Espinosa, Leibniz, Hegel, Schopenhauer, Nietzsche, entre outros, expres-saram-se bem claramente sobre a importância do ensino da músi-ca na educação”.

No sec.VI, Pitágoras2 demons-trou o “fundamento numérico” da música, crença segundo a qual “o movimento do cosmos e o da alma humana se baseiam nas mesmas proporções numéricas harmónicas. Por isso a música, em virtude do seu princípio numé-rico, reflecte a ordem no mundo e de forma recíproca exerce a sua influência sobre o coração e o carácter do homem. Converte-se num factor moral e social que

deve ser levado em conta na edu-cação e na vida pública”.

Podemos ainda referir que, até ao Renascimento, a música foi estudada como ciência e, como ta l , inc luída no c láss ico “Quadrivium”: a aritmética, a astronomia, a música e a geome-tria.

Por tudo o que fica dito e pela minha experiência, permito-me afirmar e...espero não ser mal entendida, que no actual contexto do ensino, me parece cada vez mais pertinente dar relevo ao ensino da música tendo em con-ta, por um lado a sua importância como factor de desenvolvimento da personalidade e, de forma igualmente importante, a relação socio-afectiva aluno/professor.

Parabéns à Academia de Música de St Cecília pelo seu desempenho. Porque acredito, satisfaz-me pensar que o estudo da música pode ser reconhecido como tendo desempenhado um papel importante na prossecução daquele objectivo.

«Quem é bom aluno na músi-ca é, com certeza, também no liceu...»

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191919 Crónicas

A importância da literatura e outras futilidades por João Teago Figueredo

Durante o mês de Setembro inteiro fechei-me o tempo todo a escrever, Escrever é algo muito muito difícil, De modo que não consigo dizer que escreva, já que não passam de três quatro linhas, tortas, disformes e longi-tudinalmente desprezíveis, ago-niantes, Depois almoço, sento-me a olhar a parede, e descan-so das três frases que esculpi, Pouco ou nada serve preocupar-me com elas já que ganham vida e esvoaçam sem que con-siga ter-lhes controlo, divertidas, aves verticalmente dançantes que caminham até ti, Tento lem-brar-me dos homens e das mulheres da minha rua, das minhas ruas,

- Bom dia, senhor António , e há outros bons-dias que

esvoaçam dançantes que quase caminham até ti, Lembro-me dos velhos encaixados nos ban-cos-de-jardim, de prostitutas

esguias, varizes, artrites que agoniam por vezes, pardais que bailam ao som de ritmos que desconheço,

- Que livro está a escrever, senhor António?

, é-me especialmente claro que de nada serve sabermos para que servem os livros,

- Servem para te veres , é-me especialmente claro

que de nada serve sabermos, - Servem para não saberes , na verdade de nada servem

e precisamente por isso passo horas e horas dias e semanas e meses até, fechado a escrever organismos assemelhados a fra-ses, palavras articuladas e uni-das pelas pontas, estou certo de que só assim, siamesas, podem carregar com elas as emoções,

(só assim podem carregar consigo as emoções)

- De que fala nos seus livros, senhor António?

, durante todo o mês de Setembro fechei-me o tempo todo a escrever, Não sei dizer-lhe para que serve um livro,

- Talvez para que nos veja-mos nele

, o nariz na página nove, as mãos na quinze e na dezasseis, os sorrisos na contracapa, os dedos dos pés ao longo do capí-tulo dez, Continuo sem saber para que serve um romance, Não sei para que servem os roman-ces e pouco me importa que não

saiba, Ao fundo da sala ouço o António balbuciar,

- Servem para nos vermos a nós próprios

, eu cá concordo com ele, E, (se quer saber a verdade) , é por isso que me fecho

meses e meses sem fim sem sequer ver a luz do dia, por for-ma a moldar as palavras, encai-xa-las e desencaixa-las, uni-las com o cuspo dos verbos, das vírgulas e das metáforas, anáfo-ras e açucares vários, Nos dias felizes julgo descobrir-lhes o mecanismo, a roldana que se manipula como as três-bolas do malabarista, inquietas, Há dias em que consigo perceber por que razão se unem as palavras tentando que com elas se arras-tem as emoções,

(só assim podem carregar consigo as emoções)

, por vezes julgo conseguir puxar as emoções, e mesmo tocar-lhes por forma a nos ver-mos a nós próprios, destapar caixas-de-sapatos escondidas e envolventes em pó secular, sor-risos, poemas, recordações que consigam fazer com que nos vejamos a nós próprios nas páginas de um livro,

- De que fala nos seus livros, senhor António?

(respondo) , da paisagem interior que

existe em cada um de nós, Que existe em cada um de nós.

Próxima Edição: 3 de Dezembro de 2008 Agradecimentos: Maria Raquel Correia João Tiago Figueredo Jorge Gonçalves

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