365 dias em versos

Upload: carlos-alberto-moreno

Post on 11-Mar-2016

26 views

Category:

Documents


1 download

DESCRIPTION

poesia

TRANSCRIPT

  • camila guimares

  • camila guimares

  • I atoincio

  • incioA princpio devo dizer:

    Incio,Eita palavrinha difcil sem jeito

    precisa de um fi mpara ter um comeo

    Vejam, que intrigante:

    Novelo de lquando da minha conta

    vai do fi m ao comeode ponta a ponta

    O segundo petulante

    tem seu fi m/incionum instante

    O livrodo comeo remete ao

    Meio/texto/fi m

    Que intrigante!

    Do fi m ao incioDo comeo ao fi mSempre recomeo

    Assim...

    7

  • somO som

    me tira do rumodesfaz o prumo

    que existe em mim

    Bemis, sustenidos e soisperco-me em nota

    presas em partiturascheias de ns

    Sinos, buzinas, pancadas, violinosna confuso tudo se encaixa

    engana-se quem achaser impossvel sentir

    Violes, saxofones e sonslibertam-se em msicas

    soltas em dons

    E quando sEu som.

    para berlengaQuanto lenga-lenga com esse tdiome encontre em Berlengacom certeza mergulhandoSe quiser que trabalhepode me enviarexecuto, assim quecansar de descansar.

    8

  • ao poetaMeu amigo Alberto sempre diz:Poesia coisa sria! No duvido de Alberto srio!Infantilmente um sorrisome escapa bocaquando encontro uma rima

    E Alberto: srio!Eu sei Alberto, eu sei.No consigo resistirA culpa das palavrasque insistem em me perseguir

    Acho graa em todasdesde a mais fi ninhaat a mais exageradada mais mal humoradaat a mais amuada

    quando brincam de se esconderque tormentodivido-me em mil para procur-lase quando achosempre emburradass sossegam e gritam de alegriaquando as coloco numa rima

    srio, eu sei.Mas minha alma sempre inquietaagora brinca de ser poeta.

    9

  • sem t tulo Procuro palavrasno para ser pedanteProcuro palavrase signifi cadospara no ser errante- ainda assim erro.

    Procuro palavrasque desconheoProcuro palavrassem procurar apreo

    Quando acho palavrasno guardo em gavetaspara no mof-lasguardo na cacholapara gui-las

    Procuro palavraspelo simples gostode procur-lasquando as encontrofaz-se pronto e .

    hey!hey!Me conte algo bomMe conte algo bom

    mesmo que mentirinha furadamesmo que mentirinha furadafale algo sem sentidofale algo sem sentido

    apenas pra eu dar risadaapenas pra eu dar risadame abastea a almame abastea a alma

    antes que eu no sinta nada?antes que eu no sinta nada?

    10

  • oraoJ pedi pra Deus e pra santo A sada no encontroAgora peo a Deus para que me valhaporque eu, j no valho nada

    12

  • um zeladorEnche, transborda, esvazia

    e l vem outra agoniamesmo toda remendada

    deve estar furada

    Algum, com conhecimento do almme indique um zelador, de almas

    Por favor!?Mas que no me cobre vintm!

    Eu, sozinha no aguento muito furo

    pra pouco remendo

    No tenho culpase minha alma velha

    cheia de rugas

    Diz o vento que bem antesdo meu nascimento

    minha alma perambulavadanando com o tempo

    Alma essa, que j conhece tudoinclusive o mundo

    no cabe num corpo rasomuitas vezes fundo

    crebro limitado confuso

    Eu, imperfeita, desfeitamas sempre refeita

    procuro um zelador de almasque com muita calmacuide da minha sabia

    e cansada alma.

    13

  • Vejo, trazendo o raiar de um novo dia:A poesia14

  • II atoentre amores

  • colecionadoresMinha me coleciona conselhos

    conselhos e anseiosdiro os melindradosque todas so iguais

    (colocaram minha me no meio)Iguais? Concordo

    menos a minha a minha sempre me interveio

    Minha irm mais nova sempre toda prosa

    coleciona compromissosnunca vi menina com

    tal fogo pra isso

    Minha irm do meioComo lhe conveio

    coleciona cenastamanha sua paixo

    hoje encena tudo que lhe vem a mo

    17

  • Eu?Eu coleciono tempoTic Tac do relgiodeixo pra relojoeiroColeciono tempo que passaque escorre correPode ser tempo perdido achadopra mim, nunca foi malgrado

    Nessa famlia de colecionadoresainda que divergentesmas amadorestudo, por mais maluco que a voc possa parecertambm colecionamos amoresS entre amores.

    ed.Tenho um amigo

    embora muito queridoantes pra mim

    pedante arrogante discordanteporm, agora amante

    A ele escrevo esses versoscom a certeza de que:

    - o quero pra vida inteiramesmo morando em Caieiras.

    18

  • a briga

    No nosso mundinho 4x4quadrado intacto

    voluptuoso com seus cantosApanhei da Fridaela do Bukowski.

    Frida voou loucaContundente

    Hematomas deixouBukowski delicadamente

    A atacou

    Brigas literriasintelectualmente atiradas

    disfaradas de amor.

    19

  • dvidaMeu av conta histriasque acha na memriaMas sei que sua memriao enganaou sou eu que me enganocom suas historias

    Nas histrias ele possui terrasterras que nascem carroscarros que viram pessoas...Louco, s pode!Ou louca sou eu, de no acreditar

    em sua memria.

    20

  • instrues

    Querido amigo,para que no erre o destino

    desa na So Joaquimcatraca, sada esquerda

    na rua siga para direitapermanea na mesma calada

    ande sem pressa

    e com cuidadopara que no se perca.

    desse caminhoFMU primeira instituio

    direita

    Para o acessoatravesse catraca

    sem receioa entrada j foi autorizada

    me encontre na fi laque te parecer

    mais rdua

    ou me ligue!

    21

  • aosdistradosEsquece a vrgulaQuem tem mania De s olhar pra cima.Com pressaTropeaDestri amores comInsensveis dissaboresNo v que uma sentena muda bruscamente, com essailustre presena?Vilo vira mochinhoQuando despercebida (a vrgula)Numa sentena de condenao.Por menor que seja e aos distrados no pareaconsegue mudar um mundonum segundo a pausa

    historinventandoO amarelo todo pomposo

    em um dia tediosoquis fi rular com o azullhe perguntando sobre

    suas notas de blue

    22

  • O azul tornou-se prpuraao ser surpreendido com inusitada perguntatimidamente, sem demora saiu em busca de de sua desforra

    Encontrou logo ao seu ladoo verde todo mal humorado Grn grn grn grnEsverdejando e mal amadono quis papo no quis bolanem quis hablar em espanhol

    Continuou sua andanasem frescura e sem festanaencontrou logo depoiso branco todo doidoEm uma danaZuri zuri... zuri zuri

    Saiu rpido fugidoNo quis danarEstando a ito.Viu o vermelhoRedchato escondidinho

    no meio do matoVoltou pra casaEsmorecido pois, Nenhuma ideia havia tido.E o amarelo displicenteAo pegar o phone Que tocava freneticamente

    Atende: I ellow

    23

  • su xoConheo quem trabalha a dor

    conta a dor estiva a dor e at quem zela por ela

    conheo quem por mais ningum pra a contempla-la

    h tambm, quem ama a dor e at quem cuide dela

    e o que dizerde quem treina a dor

    e morre com elamas melhor mesmo,

    quem cura a dor ahh, quem cura a dor

    cura com arte

    dedilhoPasso

    Enlao

    Abrao

    Adeus

    24

  • III ATOimpresses

  • graaAcho at graa da graa que ri da desgraa como hiena, roendo um teco de osso daquilo que um dia foi bom.

    contrapontoProteo em forma de paredescrescem como rvores do cho

    como rvores tambmdesaparecem as copas

    mas nelas surgem o porto

    Entrada indesejada s com autorizao

    sada pede-se sempre que deposite o carto

    No interiorprdios e pessoascarros e vassalosE estranhamente

    Um orelho

    O orelho publicoO condomnio no!?

    26

  • hvagas

    Retirantes Pedreiros Pintores

    e trovadores

    No h vagas No h vagas em So Paulo No h vagas

    Advogados

    Engenheiros Atores

    e baderneiros

    No h vagas No h vagas em So Paulo No h vagas

    Estudantes

    Cantores Artistas

    e doutores

    No h vagas No h vagas em So Paulo No h vagas

    Trnsito

    metro cheio todo caos

    e eu no meio

    No h vagas No h vagas em So Paulo No, h vagas

    27

  • nota de umobservadorTrabalho EsforoDuas palavras estpidasE sem gostoTroque esforo por prazerE trabalho por gozarQue vou com prazer gozarSem reclamar

    meninaCuidado com o carro, moa!diz a menina sem roupasem cor, sem rosto Cuidado com o carro, moa!diz a menina sozinhasem carne, sem osso Cuidado com o carro, moa!diz a menina descabeladasem nada, sem nada Cuidado com a vida, menina!vida de menina perdidacuja alma carrego no dorso.

    28

  • cotidianoDormi no bancoBanco do nibusnibus no transitoTransito na AvenidaAvenida Paulista

    29

  • por que, brasil?BrasilTerra de encantos milencantos perifericamentedeixados beira do rio

    BrasilPor que rouba meu nomePor que no me fazmatar a fome

    BrasilPor que perde seus herisPor que seus filhos calam a voz

    BrasilTerra de cores milPor que me quer em seu bero se no me tem respeito

    Por que me tomas, Brasil?

    prezaSo Paulo me agonia

    por isso vou para Bahiapodem dizer que sou louca

    prefiro loucura baiana e felizdo que paulistano

    corao de concretoconcreto armado de certo

    paulistano infeliz

    30

  • Troco todos os cafs, bares e pubsTroco toda essa cultura

    sem cultura algumapra amanhecer frente ao mar

    Troco s oportunidadesCem oportunidades

    Encontro noutro lugar

    Um dia meus amigos queridosme despedirei intercambiada pra Bahia

    que l terra de Reisse l, me parecer feio

    e for mero devaneioh de ser noutro lugar

    modo de usar

    Paga-se por amorPaga-se por comida Paga-se por amigos

    Paga-se por bebidas E boas companhias

    Paga-se o lazer Paga-se a moradia

    Paga-se o transporte Paga-se o estudo

    Sem direito a alforria

    Paga-se tambm sem pudor, amm A foda de todo dia Mas vale lembrar:

    Imagens meramente ilustrativas Ao persistirem os sintomas

    Sua conta corrente ser consultada

    31

  • devaneios(para Andrew Andrs in memoriam)

    No, no espero entenderNo espero entender os motivosNo espero entender os motivos de algumNo espero entender os motivos de algum morrer

    Nosso inimigo re eteNum espelho apareceDor agoniaVida fria esguiaEsmoreceEnforcada em panosPara cobrir seus enganosMorre.

    32

  • vendo

    Vendo notebookvendo violo

    vendo minha companhiamas minha alegria no

    vendo botas, bolsas e sapatos

    vendo tambm informaovendo sorrisos e abraos

    mas minha alma no

    vendo livros e poemas escritosvendo cmera fotogrfi ca

    vendo at ilusomas no vendo minha compaixo

    vendo dias e noites inteiras

    vendo horas de trabalhovendo meu ego e orgulho

    mas no vendo meus traos

    vendo tudo...vendo o mundo

    tudo que lhe faltas no vendo, meus passos.

    33

  • alianasAlianas e nenhum casrioapenas atos compulsriosAlemanha, Itlia e Japoque na primeira se enfrentaram.Alianas como execuona segunda criaram

    Sangue espalhado na terraLadres de vidaHomens bonstodos espalhados pelo cho

    Se no se amavamPor que se aliavam?

    Com a mesma alianaque se casam os bonsapaixonados amantestambm se unem Os intolerantes

    metrEntre o som monstruoso do vento

    em tneis de lamentose suaves melodias

    das cordas marteladas do pianovou de l pra c

    sem tempo de apreciar sinfonia

    34

  • escadarolante

    Ando, ando, andoporque a minha frente

    todos andamParo

    Porque me lembroque hoje no quero

    andar.

    35

  • oraoEh, vida de merdaMerda sim, por que no!?E no ela o adubo da mais bela orao!

    o mundo tsabendo!Copa no BrasilDesordem geralQuem viu??

    sia, frica, Antrtida, America, Europa, Oceania... Quemdiria!

    Brasil na mdiaNem na poca da tiraniaMas pra que falar de histriafutebol nosso guia

    36

  • 20/01 Hoje o dia mais triste do anoMatematicamente estudadoPor algum pago para determinarQue hoje o dia mais triste do ano As noticias no so boas:Vejo efeitos da droga mais perigosaPessoas derretem ao vivoCom re exes dessa criao vil Hoje o dia mais triste do anoNem o sol saiu...Permanece aquecendoEscondido atrs de densas nuvensQue esperam a hora de lavar a almade algum assassino doentio Hoje no penso em beberNo posso danarMorrer nem cogitoNingum vai ligar Hoje o dia mais triste do anoTambm dia de dinheiro na contaDe vale salrioPouco importa o que pensoPouco importa o mundoO remdio de voltar cegueira rebento do meu trabalho.

    37

  • Ah, esses adorveis homens de lata...Enferrujam suas almas fugindo da chuva.38

  • IV ATOenquanto te espero

  • poeminhaOh mulher,do que gostaalm de me enlouquecer?No gosta de carnaval ou maracatu, na praia quer todo mundo nu. Almoo, cinema, jantar...comigo nem pensar.

    O livro, presente comprado, na estante esta cravado, fi ncado,j todo grifado.Talvez Rei Arthur me ajudassee um jeito encontrassede ganhar seu corao,ou no?

    Mas se um dia...

    Mas se um dia eu pudesse,um milagre acontecesseMarisa ou Caetanoeu virasse,erro no mais existiria

    rapidinhovoc seria minha,Ou no!

    40

  • buscaQuero encontrar um amor que toda noite abrace meus sonhos me conte seus segredos estranhos No tenha medo de amar quero encontrar um amor e que seja pra vida inteira no quero amor bobo perfeito quero um amor com defeito

    quando no sabia seu nome

    (dialogo imaginrio)

    Maria Flor Maria Flor ficou!

    Maria? Maria no, no d!Ento, apenas Flor.

    Flor... paixo efmeraque desabrocha

    a cada acender de cigarroa cada noite de lua

    Paixo efmeraque desabrocha

    a cada fragmento que descubro de voc

    Flor... paixo efmeraque desabrocha

    e morre ao amanhecer

    41

  • resposta,padaria e poema

    De all star espero.estupidamente me engano,

    busco de mim, vestgiosem suas palavras.

    Inspirao e distrao - como prestigio

    Doce erro!

    Quantos poetas em SPescrevem

    e ao publico se atreveme os que se atrevem,

    quantos ama?

    O que seriapossivelmente

    um encontro ocasionaltorna-se

    inoportuno e proposital.

    Ento desisto!

    Fico com a padaria e esqueo os poemas.

    42

  • e se eumorresse?Se eu morressevoc nem saberiaSe eu morressenem assim me quereria ainda bemSe assim quisesseestranhariaMas se eu morresseO que faria?

    Se eu no insistisseNo te conheceria, Se eu no insistissevoc nem saberiaO quanto desejei te ver todos os dias

    Se eu no insistissenosso caf abstrairia seu sorvete derreteriaa cena desse encontrojamais existiria

    Se eu morresseou se no insistisseIndiferente seriada mesma formavoc nunca saberia.

    43

  • um anoTe escreveria 365 poemasmuitos pueris e pobrestodos singelos e nobresme disseram no valer a penamas escreveriasem nenhum problema.Intil sei que seriae talvez de mim ririapois seu ato falho acreditar apenasem crticos literrios

    44

  • sem maisSem mais nem menos

    ChegouMe olhou

    TocouMe beijou

    no camarim.Sem mais, sorriu

    Nem menos, me conduziu.

    Sem mais nem menosCantouDanou

    AssobiouBebeu

    Sem mais, sorrinem menos, me apaixonei.

    Sem mais nem menosme roubou

    roubou meus braosminhas pernas

    tronco e cabea.Sem mais, eu estava nela

    Nem menos, ela estava em mim.

    45

  • sobra falta - falta sobraPoesia faltaquando noencontro

    Vejo,

    sobraquandosintoseu beijo

    toque

    Poesia a faltae a sobrado que sintono peito

    dentro!

    OO beijoO toqueO moteDa vidaDesregradaE bandida a paixoNo obstanteNum instantePretendo-lheRoubar oCorao

    46

  • e amando?EscreverCompor

    AmarNada presta

    NA-DA-PRES-TA

    Escrevendotenho palavras

    mal interpretadasinteis escondidas

    em folhas pautadas

    Compondotenho msicas sem melodiasletras vazias

    nunca ouvidasnem mostradas

    Amando...Amando eu

    no tenhonada.

    ...

    47

  • esbooAh, meu coraoAh, inquietaoNada serveNada presta

    Ah, hora que no passaQuem mudouum instante para eterno?Eterna espera!

    Paquero seu sorriso em vdeos esquecidos

    Ah, meu coraoAh, inquietao

    Tempo paradocongeladomaldito Chronosque me devoraahhhhhh caf

    Cem anos te espero(dos 24 que ainda tenho)

    No mesmo cafCom o mesmo livro

    Folheando o mesmo cardpioEmpoeirado como eu

    Talvez tenha me esquecidoum dia, quem sabe, me procure

    no achados e perdidosse l no estiver, e a voc

    tornar-se bom me vervenha me encontrar

    48

  • Ao lado da livrariadescendo as escadas tem um caf...tenho certeza que sabe qual !

    te esperarei uma eternidadese possvel formas no demore amoro caf esta a esfriar...

    despedidaAh, porque no esta aqui

    comigo num sarauantes gostasse de cocana

    que compraria em qualquer escura esquinamas gosto de amor

    amor queima, maltratae no se trata assim

    to fcil amor

    Mas eu desisto!desisto de ser quem no soudesisto de querer seu amor

    desisto fi m,vou pra qualquer lugar

    que algum goste de mim.

    inspira-meApenas me InspireExpire Respire - O resto, deixa que fao!

    49

  • Como num conto de fadas despertei; mas no com beijo...Despertei com suas palavras.50

  • V ATOo fim

  • novodenovoNovo pesoNova graaNovo anoNova casa

    Novo espelhoNova graaNovo mundoDe novo passa

    orao IIPoucos foram os poemas E ainda tantos os pensamentosAgora no seiAs palavras ficam em brancoDeixo nessas linhas apenas meus prantosE que seja santoO que passou

    52

  • souo queresta

    O fi m to beloQuanto o incio

    de um jeito melanclico

    Por isso, fao festaCom o que restou de mim.

    fofocaMe disseram que havia beleza apenas em dias de solMe disseram que rosas machucavam Me disseram que era apenas uma criana de ruaMe disseram que impossvel amar quem no se conheceMe disseram que um sonho apenas um sonhoPois bem,Amei quem no devia e nem ao menos conheciaVi dias lindos nublados amados, banhados de alegriaSangrei numa rosa sorri toda prosa contando o causo do dia,A criana, no era apenas uma criana de ruaEra a criana que me salvaria de um atropelamento na guiaE se eu estiver sonhando, deixe-me dormindo. prometo no incomodarmorrerei ao acordar.

    53

  • ... E pra todo fi m haver um comeo. Que haja inspirao...54