MONITORAMENTO HIDROLÓGICO

2012 Boletim no 32 – 11/10/2012

Boletim de acompanhamento - 2012

1. Figura 1: Mapa de estações estratégicas

2. Comportamento das Estações monitoradas

De acordo com as tabelas I e II, verificamos que as estações monitoradas estão em processo de vazante:

- Bacia do Japurá – dados não disponíveis.

- Bacia do Javari – dados não disponíveis.

- Bacia do Juruá – dados não disponíveis.

- Bacia do Purus – em Rio Branco, nível d’água em elevação, com cota 1,41 m superior ao nível mínimo registrado em 2012.

- Bacia do Negro – níveis normais para o período. Em Manaus, o nível d’água está 3,78 m acima da vazante máxima registrada em 2010.

- Bacia do Solimões – em Tabatinga, cota em declínio, devido fenômeno do repiquete, fato que deverá influenciar o nível d’água nas estações de jusante.

- Bacia do Amazonas – nível d’água 47 cm acima do valor registrado na mesma data de 2011.

- Bacia do Madeira – o nível d’água atual está 57 cm acima do valor mínimo registrado em 2012.

Salientamos que os níveis d’água apresentados na coluna “informação mais recentes” da tabela podem eventualmente ser alterados em função de verificações “in loco” a serem realizadas pelos Técnicos em Hidrologia que operam trimestralmente a rede hidrometeorológica, ocasião em que são executados os trabalhos de manutenção das estações, bem como o nivelamento das réguas.

Tabela I: Quadro das Cotas nas Estações de Monitora mento Hidrológico – Vazante

ESTAÇÃO RIO Vazante Máxima Relação com

maior vazante (cm)

Informação mais recente

Ano Cota (cm) Data Cota (cm)

Palmeiras do Javari Javari 1991 365 - n/disp -

Eirunepé Montante Juruá 1995 143 - n/disp -

Gavião Juruá 2005 -97 - n/disp -

Vila Bittencourt Japurá 1985 314 - n/disp -

Rio Branco Acre 2011 150 176 10/10/12 326

Boca do Acre Purus 1998 349 209 10/10/12 558

São Gabriel da Cachoeira Negro 1992 330 430 09/10/12 760

Tapuruquara (S.I.R. Negro) Negro 1980 28 370 10/10/12 398

Barcelos Negro 1980 58 320 10/10/12 378

Moura Negro 2009 235 - n/disp -

Boa Vista Branco 2003 10 130 10/10/12 140

Caracaraí Branco 1998 -10 212 10/10/12 202

Tabatinga Solimões 2010 -86 348 10/10/12 262

Itapeuá Solimões 2010 131 392 10/10/12 523

Careiro Pr. do Careiro 2010 125 901 13/09/12 1026

Manaus Negro 2010 1363 378 11/10/12 1741

Parintins Amazonas 2010 -188 250 10/10/12 62

Humaitá Madeira 1969 833 210 10/10/12 1043

3. Dados climatológicos (SIPAM)

Distribuição da Precipitação

Figura 2 – Distribuição da chuva acumulada na Amazônia Legal para os primeiros 09 (nove) dias do mês de outubro de 2012.

A Figura 2a acima (esquerda) representa o acumulado de precipitação

entre os dias 01 e 09 do mês de outubro de 2012. As figuras 2b e 2c (direita) representam a climatologia da precipitação, sendo a superior referente ao máximo de precipitação considerada normal e a inferior, ao mínimo normal para o referido mês.

A partir do mês de outubro, a climatologia de precipitação da Região Amazônica apresenta os valores máximos de chuva no sentido noroeste sudeste da Amazônia (Figuras 2b e 2c), que compreende grande parte do Amazonas, sul do Pará e os estados do Acre, Rondônia, Mato Grosso e Tocantins. Os valores mínimos de chuva, segundo a climatologia (Figuras 2b e 2c), encontram-se na porção norte e nordeste Amazônia, abrangendo o norte dos estados de Roraima, Pará e Maranhão e o estado do Amapá.

O mês de outubro é marcado pela transição da estação seca para chuvosa, podendo ocorrer dias consecutivos com céu com poucas nuvens e temperaturas elevadas, seguidos de dias com ocorrências de pancadas fortes de chuvas acompanhadas de trovoadas, sinalizando o início da estação chuvosa em grande parte da região Amazônica. O calor e a umidade elevada provocaram volumes de chuvas acima de 20mm no estado do Amazonas (exceto no leste), no norte, oeste e porção sul de Rondônia, no leste e em grande parte do norte do Acre, no sudoeste de Roraima, no oeste e centro-sul do Pará, no norte, noroeste e em grande parte do sul do Mato Grosso e no norte do Maranhão. Não foram observados registros de precipitação nesses 09 primeiros dias do mês de outubro no nordeste de Roraima, no estado de Tocantins (exceto no norte), no leste, norte e sul do Amapá, norte do Pará e leste do Mato Grosso.

4. Cotagramas

Rio Negro em Manaus – 14990000

Curvas envoltórias das cotas diárias observadas em Manaus – 14990000

Gráfico 01: Cotagrama do Rio Negro em Manaus Cota em 11/10/2012: 17,41 m

Obs.: As cotas indicadas no gráfico são valores associados a uma

referência de nível local e arbitrária, válida para a régua linimétrica da estação. Para comparação com as altitudes em Manaus, devem ser subtraídos 3,96m às cotas lidas na régua.

Nº de ordem

Ano Cota mínima (cm)

Mês

1 2010 1363 Outubro 2 1963 1364 Outubro 3 1906 1420 Novembro 4 1997 1434 Novembro 5 1916 1442 Outubro

Tabela II: Maiores Vazantes no Porto de Manaus

As curvas envoltórias representam os valores máximos, mínimos e de 10% e 90% de permanência para os valores de cotas já ocorridos em cada dia do ano. Os valores associados à permanência de 10% ou 90% são os valores acima dos quais as cotas observadas estiveram em 10% ou 90% do tempo do histórico de dados. A zona de atenção para o período de cheia corresponde à faixa entre 10% de permanência e o valor máximo já ocorrido. Para o período de vazante, a zona de atenção corresponde à faixa entre 90% de permanência no histórico e o valor mínimo já ocorrido.

Características das cheias e vazantes em Manaus – 1 4990000

Gráfico 02: Distribuição histórica (%) de cotas máximas e mínimas

Na série histórica das cotas em Manaus, 76% tiveram o valor máximo anual no mês de junho, 19% em julho e 6% em maio e 43% tiveram o valor mínimo anual no mês de outubro, 35% em novembro, 10% nos meses de janeiro e dezembro e 1% nos meses de fevereiro e setembro.

Gráfico 03: Cotagrama com as cheias e vazantes observadas em Manaus no

período 1903-2012.

Gráfico 04: Cotagrama das maiores vazantes observadas em Manaus no período 1903-2011 comparadas com o ano 2012.

4.1. Bacia do Rio Javari

Cota em : não disponível

Cota em : não disponível

4.2. Bacia do Rio Juruá 4.3. Bacia do Rio Japurá

Cota em : não disponível

Cota em : não disponível

4.4. Bacia do Rio Purus 4.5. Bacia do Rio Negro

Cota em 10/10/2012: 3,26 m

Cota em 09/10/2012: 7,60 m

Cota em 12/10/2011: 5,2

Cota em 10/09/2012: 5,58 m

Cota em 10/10/2012: 3,98 m

4.5. Bacia do Rio Negro (cont.)

Cota em 10/10/2012: 3,78 m

Cota em 10/10/2012: 1,40 m

Cota em : não disponível

Cota em 10/10/2012: 2,02 m

4.6. Bacia do Rio Solimões/Amazonas

Cota em 10/10/2012: 2,62 m

Cota em 13/09/2012: 10,26 m

Cota em 10/10/2012: 5,23 m

Cota em 11/10/2012: 17,41 m

0

250

500

750

1000

1250

1500

1750

cota

s (c

m)

dias

Paraná do Careiro em Careiro - 15040000

2010 - maior vazante

2011

Mínima absoluta = 125 cm em 2010

2012

4.7. Bacia do Rio Solimões/Amazonas (cont.)

Cota em 10/10/2012: 0,62 m

4.8. Bacia do Rio Madeira

Cota em 10/10/2012: 10,43 m

Os dados hidrológicos utilizados neste boletim são provenientes da rede hidrometeorológica de responsabilidade da Agência Nacional de Águas, operada pelo Serviço Geológico do Brasil e os dados de climatologia foram fornecidos pelo SIPAM.

Manaus, 11 de outubro de 2012.

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Marco Antônio de Oliveira Superintendente Regional da CPRM/Manaus

CPRM – Serviço Geológico do Brasil