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ANUNCIANTES DA EDIÇÃO: CEVA (2), PREMIER PET (5), ZOETIS (9), PET SA (10 E 11), NUTRON (13), ELANCO (15), BAYER (19), OUROFINO (23), ROYAL CANIN (27), ROYAL CANIN (31), BIOVET (35), CURUCA (37), HERTAPE (43), VENCOFARMA (47), CURUCA (48 E 49), MSD (53), FEIPET (55), MUNDO ANIMAL (57), TOTAL ALIMENTOS (60 E 61), ALISUL (63), COMBRAVET (67), VET EXPO (69), HEALTH CARE (71), PET MOURA (73), MSD (75), E ALCON (76) CAPA Há 30 anos nascia a Cães&Gatos VET FOOD, primeira publicação voltada ao mercado pet ENTREVISTA DO MÊS Mário Eduardo Pulga, eleito presidente do CRMV-SP, valorização e respeito à classe 64 ESPECIALIDADE Ultrassonografia e radiologia no diagnóstico de corpo estranho linear 32 40 DE VETERINÁRIO PRA VETERINÁRIO Há 30 anos bebendo água suja ........................ 4 CARTAS Nosso trabalho, sua opinião ................................. 6 CURSOS&EVENTOS Confira o que reservamos para você ................... 8 PETBUSINESS Giro rápido pelo mercado veterinário ............. 12 VET ANOTE ESPECIAL Pesquisa Global de Ração Animal da Alltech, balanço 2014 ............................. 16 Silvia Pratta e a arte de fotografar felinos ...... 18 IN LOCO A Ourofino abre as portas para conhecermos de perto o processo produtivo ....................... 20 RADAR PET Megazoo aumenta portfólio de alimentos para aves ....................................................... 24 BOLETIM PAULISTA As últimas notícias do CRMV-SP .................... 26 GESTÃO&MARKETING Luís Almeida, o novo homem a frente da diretoria Pet da Merial .................. 28 COLUNA TEJON Qual brasileiro pode falar na rede de TV, ser ouvido e respeitado, hoje? ........................... 30 CLÍNICA MÉDICA Conheça alguns tumores que a cada dia se tornam mais frequentes na clínica ................ 44 Controle da Toxicidade causada pelos quimioterápicos .................................... 50 Leishmaniose um problema de saúde pública ........................................... 52 FELINOS O risco sanitário causado pela Esporotricose Felina .............................. 54 NUTROLOGIA Grain free: tendência mundial livre de transgênicos ...................................... 58 PET SILVESTRE Clínica de lagomorfos, cuidados especiais aos coelhos ................................................... 62 COLUNA SEBRAE-SP Como um pet shop deve se preparar para enfrentar os momentos difíceis ...................... 66 CENTRO VETERINÁRIO Cão Feliz é destaque e referência no Rio Grande Sul ...................... 68 PERFIL A trajetória do médico veterinário Zohair Saliem Sayegh que acompanhou a evolução das especialidades ........................ 72

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AnunciAntes dA edição: CEVA (2), PREMIER PET (5), ZOETIS (9), PET SA (10 E 11), NUTRON (13), ELANCO (15), BAYER (19), OUROFINO (23),ROYAL CANIN (27), ROYAL CANIN (31), BIOVET (35), CURUCA (37), HERTAPE (43), VENCOFARMA (47), CURUCA (48 E 49), MSD (53), FEIPET (55),MUNDO ANIMAL (57), TOTAL ALIMENTOS (60 E 61), ALISUL (63), COMBRAVET (67), VET EXPO (69), HEALTH CARE (71), PET MOURA (73),MSD (75), E ALCON (76)

CAPAHá 30 anos nascia a Cães&Gatos

VET FOOD, primeira publicação voltada ao mercado pet

EntrEvistAdo mêsMário Eduardo Pulga, eleito presidente do CRMV-SP, valorização e respeito à classe

64EsPECiAlidAdEUltrassonografia e radiologia no diagnóstico de corpo estranho linear

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De veterinário pra veterinário Há 30 anos bebendo água suja ........................ 4

Cartas Nosso trabalho, sua opinião ................................. 6

Cursos&eventosConfira o que reservamos para você ................... 8

petBusinessGiro rápido pelo mercado veterinário ............. 12

vet anote espeCialPesquisa Global de Ração Animalda Alltech, balanço 2014 ............................. 16Silvia Pratta e a arte de fotografar felinos ...... 18

in loCoA Ourofino abre as portas para conhecermosde perto o processo produtivo ....................... 20

raDar petMegazoo aumenta portfólio de alimentospara aves ....................................................... 24

Boletim paulistaAs últimas notícias do CRMV-SP .................... 26

Gestão&marketinGLuís Almeida, o novo homema frente da diretoria Pet da Merial .................. 28

Coluna tejonQual brasileiro pode falar na rede de TV,ser ouvido e respeitado, hoje? ........................... 30

ClíniCa méDiCaConheça alguns tumores que a cada diase tornam mais frequentes na clínica ................ 44Controle da Toxicidade causadapelos quimioterápicos .................................... 50Leishmaniose um problemade saúde pública ........................................... 52

FelinosO risco sanitário causadopela Esporotricose Felina .............................. 54

nutroloGiaGrain free: tendência mundiallivre de transgênicos ...................................... 58

pet silvestreClínica de lagomorfos, cuidados especiaisaos coelhos ................................................... 62

Coluna seBrae-spComo um pet shop deve se preparar paraenfrentar os momentos difíceis ...................... 66

Centro veterinárioCão Feliz é destaquee referência no Rio Grande Sul ...................... 68

perFilA trajetória do médico veterinárioZohair Saliem Sayegh que acompanhoua evolução das especialidades ........................ 72

entrevista do mês

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Em 13 de março, a chapa Valorização, que concor-ria a eleição da Diretoria Executiva e de Conse-lheiros do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado

de São Paulo (CRMV-SP, São Paulo/SP), foi eleita com 90,54% dos votos válidos.

Em entrevista exclusiva à Cães&Gatos VET FOOD, o presidente da chapa e eleito do Conselho, Mário Eduardo Pulga, falou sobre a missão de trabalho para o triênio 2015-2018.

Revista Cães&Gatos VET FOOD - Hoje, como presidente do CRMV-SP, quais serão os maiores desafios? Mário Eduardo Pulga - Acho que, agora, principalmente a medicina veterinária pas-sa por um momento de muita visibilidade perante a sociedade. E a classe veterinária precisa mostrar que está apta a responder estas demandas. Com a ascensão do mer-cado pet, o animal de estimação passou a ser um membro da família aumentando as responsabilidades dos colegas com relação à saúde pública, bem-estar animal, entre outras e, consequentemente, a nossa. Neste sentido, temos que incrementar a principal responsabilidade de um conselho de classe, como a fiscalização a campo, além de for-talecer as associações regionais. É dali que

› GlauCia BezeRRae MaRiana CaValCanti, da Redaçã[email protected]@curuca.org

Conselho que só cobra, e é distante. Isso ficou para trás. Evidente que ainda existem melhorias a serem implementadas, mas olhamos para frente e para o alto. Alguns colegas ainda críticam por coisas banais, e sabemos disso. O que digo é que cada um dá a dimensão que quiser ao seu trabalho, estamos pensando grande, motivados por fortalecer as profissões e ajudar os colegas no seu dia a dia.

o que o setor pode esperar da sua gestão? Muito trabalho, atenção às leis, ética, transparência e manter sem-pre o contato com os colegas, visitá-los, entender às suas necessidades e, claro, muita fiscalização, aumentando o número de fiscais médicos veterinários, com mais treinamento e foco. Enfim, seguir tudo que já vinha sendo realizado pela gestão atual, porém sem continuísmo, mas sim conti-nuidade. Precisamos, também, melhorar os processos internos do Conselho, evitando a burocracia, o retrabalho e ações que não agregam valor ao serviço, o que é comum neste tipo de entidade. Precisamos de agili-dade, responder com qualidade e presteza, para enxergar as necessidades dos colegas.

Poderia nos adiantar alguns pro-jetos para este setor? Já realizamos muita coisa pelo setor. Temos resoluções estaduais que visam proteger o tra-

A ordem será:valorização Com bandeira enfincada no reconhecimentodo médico veterinário, Mário Eduardo Pulga, presidente eleito parao triênio 2015-2018 do CRMV-SP, fala dos novos caminhos para a futuragestão que será marcada por estar ao lado dos profissionais

devem sair as demandas para o Conselho. Também precisamos nos posicionar melhor, divulgar o papel do médico veterinário e do zootecnista na sociedade, mostrando suas competências, além de investir em marke-ting e comunicação estratégica, destacando a importância que exerce nos mais variados aspectos, como saúde animal, pública e medicina veterinária preventiva, produção de alimentos, proteção ambiental e susten-tabilidade, sem esquecer o aspecto socioe-conômico do agronegócio para o Brasil.

Ser eleito é uma realização pes-soal e profissional? Antes de tudo, uma grande responsabilidade. Ser o pre-sidente do maior Conselho de Medicina Veterinária e de Zootecnia do Brasil é uma enorme honra e desafio. Pessoalmente, penso em devolver, juntamente com os demais membros da chapa, um trabalho digno da confiança que nos depositaram, bem como retribuir para a profissão um pouco do muito que ela me proporcionou. Com a medicina veterinária, pude viajar o mundo inteiro, conhecer outras realidades e expandir os meus horizontes.

Quais serão as principais aspira-ções da nova diretoria? Temos várias. Uma delas é deixar um legado de trabalho, transparência e ética, sempre ao lado do colega, e não aquela velha imagem de

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DEpois de se formar em medi-cina veterinária pela Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP, São Paulo/SP), teve três oportunidades de trabalho: começar do zero em uma fazenda de Goiás; uma cooperativa no Vale do Paraíba (região de origem) e a Bayer Saúde Animal (São Paulo/SP). “Optei pela última depois de assistir a uma palestra de um colega da empresa que realizou um seminário na faculdade, sobre o produto inovador no mercado de gado de corte, Tiguvon 15 Spot on”, explica Pulga. Depois de contratado para trabalhar no setor de Pesquisa e Desenvolvi-mento (P&D), iniciou a carreira na empresa, em dezembro de 1979 onde permaneceu por 32 anos. Passou pelos cargos de respon-sável Técnico e de chefe do setor de Assuntos Regulatórios, gerente Técnico e, por fim, gerente de Re-lações Institucionais. No período Pulga também foi representante da Bayer no Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Saúde Animal (Sindan, São Paulo/SP), presidindo comissões, como a Febre Aftosa. Nos anos 80, Pulga também fez parte da diretoria da Sociedade Paulista de Medicina Veterinária (SPMV, São Paulo/SP) e, mais recentemente, participou da diretoria da Fundação da FMVZ (FUMVET). Atualmente, ele com-põe o corpo de conselheiros da Fundação Parque Zoológico de São Paulo. “Sempre gostei de me envolver com diversas atividades relacionadas com a profissão, é parte da minha personalidade”, confirma o presidente.

+ sobreMárioEduardoPulga

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Dar uma mElhor visibiliDaDE Das profissões junto à socieDaDe é uma prioriDaDe Da nova gestão Do crmv-sp

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entrevista do mês

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temos uma ideia muito clara e adequada do que precisamos fazer para melhorar os processos e o atendimento às necessidades dos colegas.

atualmente, o CRMV-SP está mais próximo do médico veterinário, existe uma preocupação além da fiscalização, por exemplo, aumen-tou o cuidado com a informação e a evolução da classe. Como o senhor analisa essa informação? esse viés terá continuidade? Sim, desencastela-mos o Conselho desde o nosso primeiro dia aqui. Fomos a campo, visitamos as faculda-des, não deixamos de comparecer a nenhum evento para o qual fôssemos chamados. Essa sempre foi uma premissa das gestões do Dr. Francisco Cavalcanti e é assim que enxergamos que devemos continuar. Os se-minários regionais que realizamos também foram responsáveis por essa aproximação, ouvimos os colegas e decidimos em con-junto quais temas e palestrantes deveriam ser levados para os seminários e isso deu muito certo. É o Conselho se abrindo para as necessidades da classe naquelas regiões do Estado. Pretendemos estreitar ainda mais o relacionamento do CRMV-SP com a Assembleia Legislativa e as Câmaras Municipais, bem como as prefeituras e en-tidades protetoras de animais, valorizando o trabalho e a presença do médico veterinário nessas instituições. A campanha Informa, Forma, Transforma, em parceria com a NürenbergMesse Brasil, e colocada na rua a partir da Pet South America do ano passado, também foca nisso.

Pela primeira vez ocorre uma votação com esse percentual de adesão. a qual motivo o senhor atribui este fato? Leio com muita hu-mildade como resultado de um processo de melhorias que se instalou no CRMV-SP desde 2006, no início da gestão do Dr. Francisco. Os colegas estão enxergando o Conselho com outros olhos. Colocamos ordem na casa, controlamos os gastos e, por isso, conseguimos depois de muito sacrifício e economia comprar a sede atual. Este será um legado jamais esquecido, co-locando o Conselho em um local adequado para a situação atual. O profissional hoje é melhor atendido com mais conforto e presteza, além de também darmos melhores condições físicas de trabalho aos nossos funcionários. Além disso, atribuo, também, a esse resultado tão expressivo as propos-tas de trabalho apresentadas pela chapa Valorização e a escolha dos membros que a compõem, são profissionais de altíssimo nível e atuantes nas mais diversas áreas da medicina veterinária e da zootecnia. ◘

balho dos colegas, como a resolução que normatizou a questão dos mutirões de castração, realizados até então, de forma desordenada. A profissão passa por novas regulamentações por parte do CFMV, o que é inexorável. O espírito de todas elas é trazer uma melhoria da qualificação do serviço veterinário prestado. Aquilo que hoje pode parecer demasiado, amanhã será pouco e precisamos deste salto de qualidade para ocupar os nossos espaços daquilo que é intrínseco à medicina veterinária. As cam-panhas de valorização profissional devem ser incrementadas, pois são parte de uma estratégia bem definida, a fim de mostrar aos colegas, principalmente àqueles ligados ao setor pet, as novidades, as oportunidades e as melhorias no setor.

Quais serão as ações do seu man-

dato voltadas ao médico veterinário de pequenos animais? Eles, assim como os colegas dos demais segmentos da medicina veterinária, podem esperar e cobrar o que foi proposto durante a campa-nha, e que já foi citado. Os colegas clínicos de pequenos animais são o passaporte da medicina veterinária para a sociedade, pois nos dão mais visibilidade. No entanto, a profissão não é apenas isso. Temos que aten-der às demandas dos colegas de campo que atuam na clínica de bovinos, de equinos, na inspeção de alimentos, na vigilância, na defesa sanitária, na extensão, entre outras tão importantes.

a questão da “valorização pro-fissional” é um ponto importante para a chapa, tanto que o nome dela era Valorização. Quais mecanismos o senhor acredita serem eficazes para difundir esta prática? Vindo de uma empresa privada não tenho o perfil do gestor paternalista. O que o Conselho pode oferecer são ferramentas para que o profissional se posicione bem no mercado de forma a se valorizar e respeitar os colegas de profissão. O médico veterinário deve demonstrar a sua competência, qualidade, comprometimento, e cobrar por isso. Quem não se respeita, nunca será respeitado. O cliente reconhecerá e pagará mais pelo serviço, na medida em que você mostrar para ele a qualidade do trabalho que reali-za. A palavra atual em termos de mercado é empregabilidade, ou seja, uma pergunta que deve ser feita para si mesmo da seguinte maneira: Por que alguém me contrataria? O que eu tenho de diferencial para oferecer ao meu empregador, além da competência técnica? Habilidades extra-curriculares, tais como: comprometimento, liderança, proatividade, versatilidade, proficiência em línguas, capacidade de trabalhar sob

pressão e em time. É fundamental que se tenha uma postura otimista em relação a profissão, focando mais nas soluções e nas oportunidades de mercado.

ter participado da gestão ante-rior auxiliará, de algum modo, em seu mandato? Definitivamente sim. Quando assumimos o CRMV-SP, em 2006, não tínhamos a verdadeira dimensão da complexidade do que é o Conselho. Hoje,

› PresidenteMário Eduardo Pulga› Vice-presidenteOdemilson Donizete Mossero› Secretário-geralSilvio Arruda Vasconcelos› TesoureiraMargareth Genovez› Conselheiros efetivosMitika Kuribayashi Hagiwara,Márcio Rangel de Mello,Fábio Fernando Ribeiro Manhoso, Alexandre Jacques Louis Develey, Otávio Diniz e Flávio Massone› SuplentesMirela Tinucci Costa,Luis Claudio Nogueira Mendes, Carlos Augusto Donini, Maria Regina Baccaro, Rodrigo Soares Mainardie Sulivan Pereira Alves

Fonte: Assessoria de Imprensa CRMV-SP

Nova diretoria executiva2015-2018

Desencastelamos o conselho. Fomosa campo, visitamos as faculDaDes, não Deixamos De comparecer anenhum evento para o qual fôssemos chamaDos