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Fale conosco | (82) 3325.2815 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br e d ição Ano 9 | Edição 476 | Maceió, Alagoas, 30 de julho a 5 de agosto, 2012 | R$2,00 PRIMEIRA Lei agora pune autor de trote A partir de agora, quem passar trote para Samur, Bombeiros ou PM vai ser punido segundo lei publicada no Diário Oficial de 6ª feira (27). Identificado como autor, o culpado terá de ressarcir os cofres públicos por despesa que causar. > A-4 Mega deve pagar R$ 42 milhões A Mega-Sena acumulou e deve pagar R$ 42 milhões nesta quarta-feira, 1° de agosto. As seis dezenas sorteadas no sábado: 18, 29, 40, 42, 50 e 54. Ao todo, 70 pessoas fizeram a quina e vão receber R$ 48.372,46, cada. Humberto Gomes:”Faltam recursos para saúde” Miguel Goes FALTA DE MÉDICOS E POUCOS RECURSOS AGRAVAM A SITUAÇÃO DA SAÚDE EM AL Humberto Gomes avalia atendimento de planos de saúde e culpa governantes por tratarem SUS à míngua A falta de recursos, para assistência aos pacientes do SUS, e a falta de médicos no Estado, são os principais pro- blemas que atingem o setor de saúde em Alagoas, segun- do o presidente do Sindicato dos Hospitais Particulares, Humberto Gomes de Melo em entrevista ao PE. Também provedor da Santa Casa de Maceió, ele fala sobre as ope- radoras de plano de saúde e culpa os governantes por des- tinarem poucos recursos para a saúde pública > A-6 Obra do Reginaldo pode sofrer intervenção Após denúncia do PE sobre abandono do projeto, Estado se manifesta e revela que governo federal ameaça intervir > A-4 PLANO REDUZ TAXA DE HOMICÍDIOS, MAS ASSALTOS CONTINUAM EM ALTA A violência em Alagoas diminuiu, nesses últimos 30 dias, graças ao plano Brasil Mais Seguro. Queda real, sobretudo da taxa de homicí- dios, mas o índice de assaltos con- tinua elevado. Em entrevista ao PRIMEIRA EDIÇÃO, o secretário de Defesa Social, Dário César, faz um balanço dos resultados e pro- mete mais ação para conter os assaltantes. Segundo ele, o siste- ma prisional está sendo ampliado para atender à demanda. Sobre a duração do plano, avisa: "Não há prazo para acabar". > A-5 Com ações enérgicas e contínuas da Polícia, a criminalidade em Alagoas começa a ceder. Os assaltos ainda são muitos e constantes, mas a taxa de homicídios começou a cair, conforme balanço do plano Brasil Mais Seguro. Na foto, policiais em ação numa das favelas de Maceió. > A-5 Divulgação / Agência Alagoas O deputado tucano Rui Palmeira, candidato a pre- feito de Maceió, vai usar a política salarial do governo Teotonio Vilela como mote de campanha. > A-3 Rui usará política salarial do Estado durante campanha Lojista dos mais conceitua- dos, 'Haroldo Móveis' de- cidiu concorrer a uma va- ga de vereador e quer apoio dos comerciantes maceioenses. > A-2 'Haroldo Móveis' entra no páreo por vaga de vereador PMDB é partido com maior número de candidatos em AL STF começa na 5ª a decidir destino dos 38 mensaleiros > A-8 > A-2 Um grande clássico, uma grande goleada: 4x1 para o São Paulo diante de um Flamengo impotente e atolado em crise. O golea- dor Luís Fabiano, que pro- meteu vencer de três, fez dois gols de cabeça. O go- leiro Rogério Ceni, maior ídolo da torcida tricolor na atualidade, voltou a jogar e foi responsável pelo grande público no Mo- rumbi. > ESPORTES COM DOIS DE LUÍS FABIANO, SÃO PAULO METE 4X1 NO FLAMENGO Superior o tempo todo, tricolor do Morumbi goleou o Flamengo por 4x1 Divulgação CSA foi o único time ala- goano a vencer na semana que passou: ASA perdeu para o Goiás (1x0),gol no começo do jogo, e CRB foi derrotado pelo Vitória (1x0), gol no final da par- tida em Salvador. Já CSA voltou a fazer o dever de casa e venceu o Itabaiana (2x1) no Estádio Rei Pelé, com o que se classificou para a próxima fase da Sé- rie D.> ESPORTES ASA PERDE NO INÍCIO, GALO PERDE NO FIM, E CSA VENCE CSA jogou o suficiente para vencer e se classificar para nova fase da série D Jéssica Pacheco / Colaboradora

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Edição impressa do dia 30.07

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Fale conosco | (82) 3325.2815 | Internet: http://www.primeiraedicao.com.br

ediçãoAno 9 | Edição 476 | Maceió, Alagoas, 30 de julho a 5 de agosto, 2012 | R$2,00

PRIMEIRALei agora pune autor de trote

A partir de agora, quem passar trotepara Samur, Bombeiros ou PM vai ser punido

segundo lei publicada no Diário Oficial de6ª feira (27). Identificado como autor, o

culpado terá de ressarcir os cofres públicospor despesa que causar. > A-4

Mega deve pagar R$ 42 milhões

A Mega-Sena acumulou e deve pagarR$ 42 milhões nesta quarta-feira, 1° de agosto.

As seis dezenas sorteadas no sábado:18, 29, 40, 42, 50 e 54. Ao todo,

70 pessoas fizeram a quina e vão receberR$ 48.372,46, cada.

Humberto Gomes:”Faltam recursos para saúde”

Miguel Goes

FALTA DE MÉDICOS E POUCOS RECURSOSAGRAVAM A SITUAÇÃO DA SAÚDE EM ALHumberto Gomes avalia atendimento de planos de saúde e culpa governantes por tratarem SUS à mínguaA falta de recursos, paraassistência aos pacientes doSUS, e a falta de médicos noEstado, são os principais pro-

blemas que atingem o setorde saúde em Alagoas, segun-do o presidente do Sindicatodos Hospitais Particulares,

Humberto Gomes de Meloem entrevista ao PE. Tambémprovedor da Santa Casa deMaceió, ele fala sobre as ope-

radoras de plano de saúde eculpa os governantes por des-tinarem poucos recursos paraa saúde pública > A-6

Obra do Reginaldo pode sofrer intervençãoApós denúncia do PE sobre abandono do projeto, Estado se manifesta e revela que governo federal ameaça intervir > A-4

PLANO REDUZ TAXA DE HOMICÍDIOS,MAS ASSALTOS CONTINUAM EM ALTAA violência em Alagoas diminuiu,nesses últimos 30 dias, graças aoplano Brasil Mais Seguro. Queda

real, sobretudo da taxa de homicí-dios, mas o índice de assaltos con-tinua elevado. Em entrevista ao

PRIMEIRA EDIÇÃO, o secretáriode Defesa Social, Dário César, fazum balanço dos resultados e pro-

mete mais ação para conter osassaltantes. Segundo ele, o siste-ma prisional está sendo ampliado

para atender à demanda. Sobre aduração do plano, avisa: "Não háprazo para acabar". > A-5

Com ações enérgicas e contínuas da Polícia, a criminalidade em Alagoas começa a ceder. Os assaltos ainda são muitos e constantes, mas a taxade homicídios começou a cair, conforme balanço do plano Brasil Mais Seguro. Na foto, policiais em ação numa das favelas de Maceió. > A-5

Divulgação / Agência Alagoas

O deputado tucano RuiPalmeira, candidato a pre-feito de Maceió, vai usar a

política salarial do governoTeotonio Vilela como motede campanha. > A-3

Rui usará políticasalarial do Estadodurante campanha

Lojista dos mais conceitua-dos, 'Haroldo Móveis' de-cidiu concorrer a uma va-

ga de vereador e querapoio dos comerciantesmaceioenses. > A-2

'Haroldo Móveis'entra no páreo porvaga de vereador

PMDB é partido com maiornúmero de candidatos em AL

STF começa na 5ª a decidirdestino dos 38 mensaleiros

> A-8> A-2

Um grande clássico, umagrande goleada: 4x1 parao São Paulo diante de umFlamengo impotente eatolado em crise. O golea-dor Luís Fabiano, que pro-meteu vencer de três, fezdois gols de cabeça. O go-leiro Rogério Ceni, maiorídolo da torcida tricolor naatualidade, voltou a jogare foi responsável pelogrande público no Mo-rumbi. > ESPORTES

COM DOIS DE LUÍS FABIANO, SÃOPAULO METE 4X1 NO FLAMENGO

Superior o tempo todo, tricolor do Morumbi goleou o Flamengo por 4x1

Divulgação

CSA foi o único time ala-goano a vencer na semanaque passou: ASA perdeupara o Goiás (1x0),gol nocomeço do jogo, e CRB foiderrotado pelo Vitória(1x0), gol no final da par-tida em Salvador. Já CSAvoltou a fazer o dever decasa e venceu o Itabaiana(2x1) no Estádio Rei Pelé,com o que se classificoupara a próxima fase da Sé-rie D.> ESPORTES

ASA PERDE NO INÍCIO, GALOPERDE NO FIM, E CSA VENCE

CSA jogou o suficiente para vencer e se classificar para nova fase da série D

Jéssica Pacheco / Colaboradora

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012A2 | Política

CONFRONTO

PARTIDÁRIOCom 38 candidatos, PMDB lidera adisputa por prefeituras em AlagoasPSDB é 20 colocado com 30 postulantes; PP vem em 3º com 33 e lidera candidaturas proporcionais

Da Redação

O último levantamento doTribunal Superior Eleitoral(STE) sobre as eleições munici-pais em Alagoas indica o PMDBcom maior número de postulan-tes na disputa majoritária. São38 candidatos a prefeito e 33 avice. O PSDB concorre com 36candidatos a prefeito e 18 a vice.O PP, que aparece em 3º lugarcom 33 candidatos a prefeito e18 a vice, é a sigla com maiornúmero de candidatos a verea-dor: 585, seguida do PMDB com549 e do PSDB com 466. O PTchega bem próximo com 460

candidatos.O levantamento do Divul-

gaCand/TSE mostra que a dis-puta entre o PMDB do senadorRenan Calheiros, o PSDB dogovernador Teotonio Vilela Fi-lha e o PP do senador Beneditode Lira está acirrada. Logo aseguir aparece o PTB do senadorFernando Collor com 20 candi-datos, e o PSD de João Lyra,também com 20 candidatos aprefeito. Esses números aindapodem sofrer alterações comimpedimentos ou desistência decandidatos.

Mas é bom lembrar que nadisputa municipal não se deve

levar em conta apenas a legen-da. Renan, por exemplo, teveapoio de 99 dos 102 prefeitosde Alagoas nas eleições de2010, situação não muito dife-rente de Benedito de Lira. TeoVilela apóia candidatos doPMDB em várias cidades (Pi-ranhas e Coruripe, por exem-plo) enquanto Renan apóia

candidatos tucanos em outras(caso de Palmeira dos Índios eUnião dos Palmares).

Na sequência da ordem nu-mérica, o PDT de Ronaldo Lessaaparece com 15 candidatos,seguido do PT, também com 15candidatos a prefeito. O PSB re-gistrou 14 candidatos, o PPS 13,o DEM, 12 e o PSC, 11. O PRP

registrou 10, PTdoB e PRTB, 8,cada um, PMN, 7, PSOL e PHS,6, cada um. PTC e PR registra-ram 5, cada um. Os demais par-tidos tem menos de 5 candida-tos.

Foram divulgados até agorana página do TSE na internet(www.tse.jus.br) os registros de302 candidatos a prefeito e 302 a

vice em Alagoas, além de 6.973postulantes que vão disputar1.047 vagas nas câmaras munici-pais da capital e interior, o quedá uma média de 6,65 candida-tos por cada "cadeira" de legisla-dor. Na majoritária, em média,são menos de três candidatospara cada vaga de prefeito evice.

Mosart Amaral é o PMDB na chapa encabeçada por Ronaldo Lessa

Divulgação

> CANDIDATO

Luciana MartinsRepórter

O empresário alagoano FranciscoHaroldo Amorim Costa, mais conhecidocomo Haroldo Móveis, é um dos nomes dedestaque concorrendo a uma vaga naCâmara Municipal de Maceió.

Mesmo não sendo político, ele decidiuparticipar do processo eleitoral deste anopor acreditar ser possível transformar ocenário da política maceioense com home-ns sérios e competentes.

Profissional consolidado atuando hámuitos anos no comércio alagoano,Haroldo Móveis disse que o seu objetivo,se eleito, é levar para a Câmara projetos epropostas de real interesse da coletividade.

Sobre a campanha eleitoral, ele criticaos que gastam muito para conseguir ummandato: "Quem sai gastando rios dedinheiro não se compromete com a popu-lação. Quando se elege, acha que já estáquites porque o mandato lhe custou umafortuna. Por isso nossa campanha é aquelade pé no chão, pé descalço".

Haroldo aposta no voto dos eleitoresque levam a política a sério porque esta é asua proposta. "Chegando à Câmara, o elei-tor pode cobrar de mim e pode me atacarse me vir participar de alguma falcatrua".

O empresário garante que ao longodo seu mandato, caso seja eleito, não vaiempregar nenhum parente e terá umaequipe de assessores técnicos composta

por engenheiro, advogado, economista econtador. "A equipe técnica é para estu-dar o projeto que o prefeito mandar àCâmara para ver se é viável, para prepa-rar e analisar os projetos realmentesérios, todos voltados para resgatarMaceió do caos".

Confiante em seu desempenho nasurnas, ele crê que Alagoas pode dar umexemplo para o Brasil, elegendo homens emulheres de bem, e não políticos carreiris-tas. "O vereador tem que ser um fiscal. Elenão faz obra, ele aprova os projetos domunicípio, projetos que sejam bons para

comunidade. Seu papel é propor, sugerir edefender medidas que melhorem a vida dasociedade".

A ideia de Haroldo Móveis é disputaruma única eleição, sem reeleição, "mesmoque tenha aprovação de 100% dos eleito-res". "Sou contra reeleição de qualquercargo político, vereador, deputado, gover-nador, prefeito, deputado. Meu apoio émoral e apenas à candidata a prefeita daminha coligação, Nadja Bahia. Não tenhocompromisso político com nenhum depu-tado, vereador, senador e prefeito" - afir-mou.

Haroldo Móveis disputa vaga naCâmara defendendo moralização

Depois de muitas idas e vindas, ospartidos políticos já organizam suas cha-pas proporcionais tendo como meta a dis-puta de 21 vagas na Câmara Municipal deMaceió.

Ainda existe recurso no Judiciário,pugnando por um aumento para 30vagas, mas para os políticos mais experi-entes a hipótese de uma mudança a essaaltura está descartada.

Nove partidos impetraram mandadode segurança e chegaram a conseguir uma

liminar em primeiro grau ampliando onúmero de cadeiras para 30, mas a decisãologo foi revogada pelo presidente doTribunal de Justiça, desembargadorSebastião Costa Filho.

O aumento de vagas reduziria o quo-ciente eleitoral, o que facilitaria a reeleiçãode alguns vereadores que, pelo péssimodesempenho na atual legislatura, dificil-mente terão a chance de renovar seusmandatos.

Um dos mais ardorosos defensores do

aumento, Ricardo Barbosa (expulso doPSOL e hoje abrigado no PT) chegou àCâmara com menos de 500 votos e agiusabendo que, com o atual quocienteeleitoral, sua chance de se eleger é pratica-mente nenhuma.

Conquistar reeleição este ano não seráfácil para nenhum vereador: a Câmaravive um dos piores momentos de suahistória, sendo alvo de denúncias deomissão e empreguismo praticado pelaMesa Diretora.

Partidos não esperam mais cadeiras

Na capital, partido disputasucessão com Mosart vice

Na capital, o PMDB disputaa prefeitura com a candidaturado presidente municipal de seudiretório, o engenheiro MosartAmaral, nome de consenso dopartido para compor com o tam-bém engenheiro Ronaldo Lessa,presidente estadual do PDT,que pretende retornar ao cargode prefeito da capital. A chapaconta com o apoio de Renan,Collor, João Lyra e o prefeitoCícero Almeida, entre outrospolíticos de projeção no cenárioestadual.

Mosart, ex-secretário deinfraestrutura da Prefeitura deMaceió, foi o auxiliar em duasgestões que mais projetou aadministração de Almeida comum considerado volume deobras estruturantes, tanto nosbairros considerados nobrescomo na periferia da capital.Embora tenha realizado um tra-balho puramente técnico, comoele próprio reconhece, as obrasque realizou foram o passaportepara indicação de seu nome

como vice de Lessa. Outra cidade em que o

PMDB indicou o vice é Ara-piraca. O publicitário Yale Fer-nandes é o companheiro dachapa da deputada federal CéliaRocha (PTB). Da mesma formaque Lessa em Maceió, Célia pre-tende voltar à prefeitura domunicípio, cargo que já ocupoupor dois mandatos e que estásendo gerido atualmente porLuciano Barbosa (PMDB), umdos prefeitos mais bem avalia-dos do País.

Yale faz parte de um grupoque vem ajudando a transfor-mar Arapiraca, trabalhando nasáreas de comunicação e promo-ção de eventos. Essa participa-ção, com seu envolvimento dire-to em políticas públicas, levou oPMDB a indicar seu nome paracompor na chapa com o PTB.Apesar de não ter na famíliaalguém que tenha migrado paraessa área, até agora, ele sempreteve muito interesse e participa-ção no crescimento da cidade.

Haroldo Móveis entra na corrida por uma cadeira na Câmara de Maceió pregando moralização

Luciana Martins

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Política salarial de Teotonio vaiser explorada por Rui PalmeiraGoverno tucano pacificou funcionalismo corrigindo salários conforme a inflação

> CAMPANHA

Junto com violência, concursopúblico monopolizará debates

> TEMA FORTE

Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Política | A3

Romero Vieira Belo

Enfoque Político

VOTAÇÃO DE HELOÍSA 1

Recordista de votos na eleição de2008, Heloísa Helena não terádificuldade para se reeleger ve-readora, mesmo isolada no PSOL.Mas os observadores avaliam quesua votação sofrerá uma quedaconsiderável.

VOTAÇÃO DE HELOÍSA 2

Na bolsa de apostas, os otimistasfalam em 15 mil votos, enquan-to os cautelosos arriscam 12 mil.Ou seja, dentro dessas previ-sões, não haverá espaço paraeleição de mais um com sobra delegenda.

COM VERBA PRÓPRIA

Depois de investir a bagatela deR$ 120 milhões na obra (recur-sos próprios do Estado), o gover-nador Teotonio Vilela afinal mar-cou data para inaugurar a dupli-cação da AL-101-Sul: 22 de se-tembro.

COMITÊ TUCANO

O deputado Rui Palmeira reúnenesta segunda-feira (30) grandenúmero de aliados, eleitores e sim-patizantes, na inauguração de seucomitê central de campanha, naAv. Fernandes Lima, perto doBanco Itaú.

SALÁRIOS DA ALE 1

Mesa da Assembleia Legislativaainda não fixou data para divul-gar os salários dos deputados eservidores, cumprindo o que de-termina a Lei de Acesso à Infor-mação.

SALÁRIOS DA ALE 2

A grande curiosidade é para saberquanto ganham os assessores dosparlamentares (comissionados)com o reforço da robusta (e polê-mica) Gratificação por DedicaçãoExclusiva (GDE).

DIVISÃO NA OAB 1

Os aliados do grupo liderado porOmar Coelho cobram uma inter-venção do presidente no sentidode superar a divisão do bloco emtorno de uma candidatura que defato uma a categoria.

DIVISÃO NA OAB 2

Marcelo Brabo ou Raquel Cabús -quem representa o grupo deOmar Coelho? Com dois candida-tos da situação, não é preciso serperito eleitoral para saber que aoposição é quem se fortalece.

FONTAN É ÚNICO CANDIDATO DE SEU GRUPO

Na coligação liderada pelo PRTB, Aldo Amélio não é candidato a vereadore Henrique Manso está inelegível (rejeição de contas pelo TCU). Portanto,o candidato pra valer do grupo chama-se Arnaldo Fontan, ex-presidente daCâmara Municipal e atualmente único herdeiro político do velho guerreiroAudival Amélio.

PROMESSA FEITA, PROMESSA CUMPRIDA

Mesmo depois da vigência do Plano de Cargos, alguns servidores daAssembeia Legislativa viam com desconfiança a promessa de Ernandi Maltade conseguir correção anual para os salários. Até que, após muita insistên-cia, o líder sindical da categoria conseguiu que a Mesa da ALE incluísse naLDO de 2013 22,9% de correção salarial referente à data-base de2010,2011 e 2012. Uma vitória digna de comemoração.

TOM PROFÉTICO DO MESTRE SOARES

Mestre em Direito Eleitoral, o advogado Adriano Soares prevê decisões sur-preendentes da Justiça Eleitoral, em Maceió, incluindo gente alcançávelpela Ficha Limpa. "Isso - explica Soares - se a lei for aplicada, ao pé da letra,conforme a interpretação dada pelo STF.

Intolerância com grevistasNa véspera do julgamento do mensalão - o esquema de compra

de votos no Congresso Nacional durante a era Lula - o governoendurece o jogo com seus grevistas. Quem são? Professores federaise funcionários da Receita Federal, dentre outros, gente que, quan-do o PT fazia oposição, era vítima de 'governantes despóticos' que,só por ruindade, se negavam a conceder reajustes salariais.

Lula via a greve como um movimento sagrado, o grevista eraum herói massacrado e o fura-greve, um verme desprezível. O quediria o mito petista, hoje, ao saber que o governo do PT inventouuma fórmula de furar as greves mandando substituir os servidoresparados por 'equivalentes' de estados e municípios?

Seria interessante, especialmente interessante, ver e ouvir Lula,hoje, dando entrevista para dizer o que acha da decisão do governode cortar o ponto (e os salários) dos massacrados professores que,com a remuneração congelada desde 2009, só viram na paralisaçãoum legítimo e legal instrumento de pressão?

O que faz o governo petista ao se insurgir dessa forma contra osservidores grevistas? Afronta a Constituição Federal que assegurao direito de greve aos funcionários públicos. Não se está aqui fazen-do defesa ou apologia da greve e muito menos do grevismo. Está-se,tão-somente, mostrando até onde um partido político, ontem naoposição e hoje no poder, pode ser contraditório e paradoxal.

E a CUT, como reage a Central Única, braço direito do PT?Não deveria ir às ruas, mobilizar a massa proletária sugada, ocu-par a Praça dos Três Poderes e protestar contra a 'tirania' doPlanalto?

DISCURSO ELEITOREIRO NÃO ATINGE PREFEITO CÍCERO ALMEIDA

Candidatos que, tentando atingir RonaldoLessa, criticam Cícero Almeida fazendo'cobranças', estão atirando no próprio pé.Cansado de discurso eleitoreiro, omaceioense sabe divisar o rompante opor-tunista da crítica sincera. Por que cobrar,agora, em cima das eleições, o que deve-riam ter cobrado antes, aí sim, pensandono interesse da população? Como diz osecretário Francisco Araújo, "o prefeitoCícero Almeida deve ser avaliado pelo quefez - que foi muito - e não pelo pouco quedeixou de fazer por falta de condições".

Everson VieiraRepórter

A política salarial adotadapelo governador Teotonio Vilela(PSDB) para o funcionalismopúblico do Estado é uma das ar-mas que o tucano Rui Palmeirausará no Guia Eleitoral a partirde meados de agosto, quando acampanha se deslocará da apatiadas ruas para a audiência consa-grada da televisão e do rádio.

Secretários de estado e asses-sores palacianos estão convenci-dos de que a política de reposi-ção inflacionária foi uma dasmedidas mais acertadas da ges-tão Téo Vilela, que teve um iní-cio de governo (primeiro man-dato) tumultuado com deflagra-ção de greves em diversos seto-res da administração públicaestadual, incluindo a segurançapública.

Reeleito em 2010, e preocu-pado com futuros movimentosgrevistas no âmbito do Execu-tivo, Teotonio Vilela resolveupacificar o funcionalismo com oanúncio de uma política salarialousada, baseada numa indexa-ção informal: a partir de 2011,nos meses de abril, o governopassaria a reajustar os salários

dos servidores aplicando a infla-ção oficial do ano anterior.

De início houve reações pon-tuais em setores do funcionalis-mo, mas logo a maioria dos ser-vidores entendeu e aprovou asistemática de reposição infla-cionária, de tal modo que desdeentão nenhuma categoria fun-cional teve a iniciativa de entrarem greve.

Segundo assessores do go-verno, considerando o impasseque marcou a relação do gover-no com os servidores, nos pri-meiros meses de Teotonio Vilela

no poder, a nova política salarialservirá será um trunfo para RuiPalmeira explorar nos debatescom os demais candidatos, mor-mente os que fazem oposição aVilela.

O reajuste anual com base nainflação agradou não só aos ser-vidores do Executivo, mas tam-bém aos dos demais poderes:Tribunal de Justiça e MinistérioPúblico Estadual já corrigem ossubsídios de seus funcionárioscobrindo o índice oficial dainflação, enquanto a AssembleiaLegislativa anuncia que vai ado-

tar a mesma sistemática a partirde janeiro do próximo ano.

Ao anunciar a nova políticasalarial, o governador TeotonioVilela Filho afirmou que a repo-sição inflacionária era a fórmulamais segura e constante de ga-rantir o poder de compra dos sa-lários, embora não contempleganhos reais, ao menos por en-quanto.

O próprio líder estadual doPSDB, Claudionor Araújo, con-sidera a política salarial um mar-co na gestão de Teotonio Vilelaao pacificar o funcionalismo eoferecer a todos uma garantia decorreção anual nunca abaixo dainflação apurada no ano ante-rior.

Já o presidente do Sindicatodos Servidores da AssembleiaLegislativa, José Ernandi Malta,destacou a coragem do governa-dor ao adotar uma política sala-rial variando de acordo com osíndices de inflação: "Defendiessa mesma política para oLegislativo e a Mesa, finalmente,está implantando a sistemáticana ALE, valendo lembrar queela se antecipa às correções pre-vistas para a data-base que, emnosso caso, ocorre no mês dejunho segundo a lei do PCCS".

Rui Palmeira vai explorar política salarial adotada pelo governador Téo Vilela

Miguel Goes

Miguel GóesRepórter

No ano de eleições decisivaspara a grande sucessão estadualde 2014, um assunto de caráterpermanente e de interesse dasociedade em geral, mas, sobre-tudo dos jovens, tende a mono-polizar - juntamente com a ques-tão da violência - os debates nodesdobramento da campanhaeleitoral: os concursos públicos.

Concurso público significaemprego, renda, oportunidadede trabalho, estabilidade funcio-nal - e tudo isso faz com que osmais jovens olhem com umaatenção toda especial para oscandidatos que incluem essetema com prioridade em suasagendas e em seus programasde governo.

A importância desse temapode ser avaliada na disposiçãodo governo do Estado ao anun-ciar, ainda para este ano, umconcurso na Secretaria de Edu-cação com 3.500 vagas (já confir-mado pelo secretário AdrianoSoares) além dos já anunciadospara a Polícia Militar, PolíciaCivil e Perícia Criminal.

Para reforçar a posição deseu candidato a prefeito de Ma-ceió, deputado federal Rui Pal-meira (PSDB), o governo deixoude lado o discurso segundo o

qual o Estado não tinha comorealizar concursos - mesmo paraa segurança pública - porque osgastos com pessoal estavam nolimite imposto pela Lei de Res-ponsabilidade Fiscal.

Com a crescente onda de crí-ticas ao aumento da criminali-dade, o governo a partir de maiobuscou agilizar os editais doscertames na área policial, massurpreendeu neste mês de julhocom o anúncio de um mega con-curso na Educação.

Para os analistas políticosmais atentos, a estratégia dogoverno tucano é massificar adivulgação de concursos exata-mente para desfazer, no imagi-

nário das pessoas, a ideia já sedi-mentada de que a filosofia tuca-na é refratária à contratação deservidores devido ao seu com-promisso com o 'estado míni-mo'.

Mas o governo também estáflexibilizando sua posição em-purrado pelas iniciativas do Tri-bunal de Justiça, que já lançou oedital de seu concurso, e doMinistério Público Estadual, quetambém resolveu selecionar pa-ra contratar, isso sem falar noscertames anunciados pela Pre-feitura de Maceió.

Na atual conjuntura o con-curso público ganhou importân-cia capital devido à escassez de

vagas no mercado privado e àdesproporção entre a aberturade postos de trabalho e o cresci-mento geométrico da demanda,o que faz com que o setor públi-co volte a ser o grande emprega-dor mediante critérios sérios emeritórios de seleção.

RECORDISTADos candidatos à sucessão

de Cícero Almeida, apenas um -o ex-governador Ronaldo Lessa- já exerceu a chefia do poderexecutivo, o que lhe possibilitourealizar numerosos concursospúblicos.

É verdade que muitos delesforam materializados graças àintervenção direta da Procura-doria Regional do Trabalho(PRT), através de termos deajustamento que propiciaram acontratação de milhares de ser-vidores para os mais diferentessetores funcionais da adminis-tração estadual.

Claro que todos os candida-tos estão sensíveis à importânciadessa questão, já que os concur-sos interessam ás famílias ala-goanas em geral, e por isso mes-mo vão assumir compromissoscom os concurseiros, mas nofinal o bônus do apoio e do votoserá dirigido àqueles que infun-direm mais confiança e credibili-dade.

Secretário Adriano Soares confirma cocurso na Educação com 3.500 vagas

Divulgação

PANORAMA ELEITORALPROCESSO NO STFNum rol de 92 congressistas candidatos

às eleições deste ano, respondendo a processono Supremo Tribunal Federal, figura umalagoano: Joaquim Beltrão, deputado doPMDB e candidato a prefeito de Coruripe,responde ao processo nº 2749 (crime de res-ponsabilidade).

TORTURA E 'TORTURA'A tortura é um crime abominável, mas a

Justiça alagoana precisa ser cautelosa paraevitar que verdadeiros criminosos usem oargumento da tortura para se defender.Afinal, como ficará a Polícia, se todo bandi-do resolver dizer que só falou porque sofreutortura mental, aquela que não deixa mar-cas?

FUNDO DO POÇOEnquanto aguardam o fim da greve na

Ufal, estudantes insatisfeitos com o desem-penho da Câmara de Maceió se organizampara lançar um movimento com a bandeira'não vote nos atuais vereadores'. É um gritocontra a pior legislatura da Câmara nas últi-mas décadas.

CONTRA-ORDEMVeja como o Judiciário alagoano está afi-

nado: um desembargador (WashingtonLuiz) concedeu liminar fixando a passagemde ônibus em Maceió em R$ 2.30 em feverei-ro passado. Agora, um juiz de 1º grau (IgorFigueiredo) decidiu restabelecer a tarifa anti-ga de R$ 2.10. E a decisão do desembarga-dor?

QUEM DIRIAO governo do PT (partido que ensinou o

brasileiro a fazer greve) mandou cortar oponto dos professores grevistas das universi-dades e institutos federais. E ainda determi-nou que os paredistas podem ser substituí-dos por equivalentes do serviço público esta-dual.

A GRANDE DECISÃOO julgamento dos réus do mensalão tam-

bém põe em julgamento o próprio SupremoTribunal Federal. Ainda bem, graças à mídia(jornal, TV, rádio, revistas, internet) o bra-sileiro já está informado o suficiente paradistinguir entre o que é escândalo e o que épirotecnia.

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012A4 | Cidades

Lei começa a punir quem passar 'trote'> JOGO DURO

CONJUNTO

ABANDONADODenúncia do PE faz o governo agirpara retomar projeto do ReginaldoGoverno federal exige que agentes se entendam e pode intervir para garantir maior obra financiada pelo PAC em AL

Projeto de R$ 120 milhões do PAC, a urbanização do Vale do Reginaldo tem conjunto em fase de conclusão abandondo pela construtora

Primeira Edição

Secretário Marco Fireman garante que,de um jeito ou de outro, a obra será retomada

Divulgação / Matheus Sandes

Da Redação

Ante a repercussão da matéria publicada noPRIMEIRA EDIÇÃO denunciando o abandono daobra de urbanização do Vale do Reginaldo, o go-verno do Estado decidiu se manifestar e anunciouque o projeto será retomado 'de qualquer jeito'ainda neste semestre, por determinação expressado governo federal.

O projeto, orçado em R$ 120 milhões, está pa-ralisado desde o ano passado, quando as constru-toras contratadas pelo Estado e pela Prefeitura deMaceió decidiram abandonar os serviços.

- A obra do Reginaldo tem recursos assegura-dos no Programa de Aceleração do Crescimento

(PAC) e o governo federal abriu prazo de 60 diaspara que haja um entendimento entre governo es-tadual, Prefeitura e Caixa Econômica para a reto-mada dos serviços - informou a assessoria do Pa-lácio República dos Palmares.

Na quinta-feira (26), em contato com o radialis-ta França Moura, o secretário estadual de Infraes-trutura, Marco Fireman, responsabilizou a CaixaEconômica pela paralisação do projeto e confirmouque a obra será retomada nos próximos meses.

- O governo federal quer a retomada da obra edeterminou que o governo do Estado, a Prefeiturade Maceió e a Caixa Econômica busquem o enten-dimento e superem suas divergências ou haveráuma intervenção para que o projeto tenha conti-

nuidade - disse o secretário Marco Fireman.Ele frisou que já existem vários blocos de apar-

tamentos em fase de conclusão, mas salientou queainda faltam cerca de 800 unidades residenciais,todas destinadas a abrigar as famílias que ocupa-vam casebres e barracos no Vale do Reginaldo.

Segundo Fireman, por culpa da Caixa Econô-mica, o governo está arcando mensalmente comvultosa soma para pagar aluguel dos imóveis pro-visoriamente ocupados pelas famílias que tiveramde deixar suas antigas moradas para permitir aconstrução do conjunto habitacional financiadopelo PAC.

A reportagem do PE denunciou o abandonoda obra e publicou fotos mostrando a degradação

dos blocos residenciais bem como a depredaçãocausada por vândalos e marginais que roubammateriais de construção, portas e janelas dos apar-tamentos.

Considerada a maior obra do governo federalem Alagoas, a urbanização do Vale do Reginaldofoi dividida em dois projetos, sendo um entregueao governo do Estado e o outro á Prefeitura deMaceió.

O projeto prevê não apenas a requalificação doVale - uma das áreas mais pobres da capital - mastambém a construção do sonhado Eixo Viário, aobra que, no conjunto, despoluiria o degradadoriacho Salgadinho cujas águas poluídas desembo-cam na praia da Avenida.

A lei que regulamenta a punição para quemfaz trote nas instituições públicas foi publicada noDiário Oficial do Estado desta sexta-feira (27).

Agora é lei: quem passar trote para os serviçosde urgência e emergência, como o Corpo deBombeiros (193), o Serviço de Atendimento Móvelde Urgência (Samu 192) e Polícia Militar (190), teráque ressarcir os cofres do Estado de todos os gas-tos provocados pela ligação de má-fé.

A lei que regulamenta a punição para quemfaz trote nas instituições públicas foi publicada noDiário Oficial do Estado desta sexta-feira (27).

Em seu artigo 1º, diz o texto legal: "O respon-sável pelo acionamento indevido dos serviços tele-fônicos de atendimento a emergências envolven-do remoções ou resgates, combate a incêndios ouocorrências policiais deverá ressarcir aos cofrespúblicos, mediante cobranças na fatura deserviços telefônicos da linha utilizada para achamada, as eventuais despesas relacionadas aoatendimento".

Conforme a nova lei, acionamento indevido éaquele originado de má-fé ou que não tenha comoobjeto o atendimento a emergência ou situaçãoreal que venha a justificar o acionamento, salvonos casos de erro justificável.

Os gastos que serão cobrados do infratorincluem combustíveis, equipamentos utilizados,profissionais mobilizados e todos os demais pre-juízos que acontecerem em cada etapa do atendi-mento. A cobrança será feita mediante fatura daconta telefônica utilizada.

A lei publicada sexta-feira é mais um meca-nismo para diminuir os altos índices de trotes quesofrem todos os serviços de emergências. "NoSamu, cerca de 80% das ligações recebidas pelosistema 192, são de trotes e ligações indevidas",destacou a gerente geral da Assistência Pré-hospi-talar da Secretaria de Estado da Saúde, MariaAparecida Cavalcante Auto.

Segundo a gerente, é fundamental que setenha uma legislação que possa bloquear açõesque impeça que o serviço público possa ter prejuí-zo por pessoas que desrespeitam as instituições eos profissionais que estão fazendo o seu papel.

Além do prejuízo financeiro, o autor do trotetambém pode ser responsabilizado com a perdade liberdade, já que realizar ligações falsas para

serviços de emergências é um crime previsto nocódigo penal brasileiro em seu artigo 266. Aspunições para o trote podem chegar até três anosde reclusão.

EDUCATIVOPara combater os trotes, o Samu possui dois

projetos que visam conscientizar as crianças e ado-lescentes sobre a gravidade do trote. Os ProjetosSamu nas Escolas e o Jovem Amigo do Samu, emparceria com a Secretaria de Assistência Social doMunicípio de Maceió, visam minimizar os prejuí-zos decorrentes das ligações telefônicas rela-cionadas ao trote.

A proposta do projeto Jovem Amigo do Samué identificar os jovens com perfil para desenvolvero papel de interlocutores do Samu na comu-nidade. Em seguida, estes adolescentes recebemtreinamento sobre primeiros socorros e aprendemsobre o funcionamento da instituição de emergên-cia.

O projeto Samu nas Escolas busca levar,através de palestras, conhecimentos para os jovensem idade escolar sobre a gravidade do trote, alémde noções básicas de primeiros socorros.

"Os alunos e professores são instruídos sobrecomo agir em situações de emergências e em quecasos acionar o 192. A criança ao conhecer oserviço torna-se um parceiro, ensinando aos cole-gas e familiares que o trote pode custar vidasinocentes", comentou Maria Aparecida. (ComAgência Alagoas)

Atendimento de urgência e emergência do Samu tem sido prejudicado por trotes que se repetem todos os dias

Arquivo

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Cidades | A5

AVANÇO NA

SEGURANÇAPlano reduz homicídios em Alagoas,mas índice de assaltos ainda é desafioEm entrevista exclusiva, secretário Dário César relata avanços e afirma que projeto não tem dia para acabar

Luciana MartinsRepórter

Um mês após o início do pla-no Brasil Mais Seguro (lançadoem 27 de junho), a taxa de homi-cídios em Alagoas está caindode acordo com as expectativasdas autoridades da segurançapública, segundo informou aoPRIMEIRA EDIÇÃO, no meioda semana que passou, o secre-tário de Defesa Social, coronelDário César.

Em dias de semana há regis-tros altamente positivos: na quin-ta-feira (26), o IML de Maceióamanheceu com um único corpona geladeira, uma vítima de que-da; na sexta-feira (27) o InstitutoMédico Legal não recebeu ne-nhum cadáver. Mas nos fins desemana a incidência de crimes demortes ainda preocupa.

O secretário revelou que ataxa de homicídios tem caídoconforme o esperado: compara-ndo-se julho de 2011 e o mesmoperíodo de 2012, houve uma re-dução de 18% no número de cri-mes violentos letais intencionais(CVLI, sigla para assassinato),que incluem homicídios, latrocí-nios e resistência com morte.

- Temos uma meta da Secre-taria para redução do índice dehomicídios, mas os números an-tes do plano já demonstravamuma redução, fruto de nosso tra-balho, e agora com o Plano atendência é que haja uma redu-ção ainda maior - asseverou osecretário.

Quanto aos assaltos, DárioCésar admitiu que eles conti-nuam acontecendo já que vive-mos em um país onde as dife-renças sociais são enormes e porisso "muitos ainda pensam que

o crime compensa". - Mas ações ostensivas nas

ruas da capital têm como foco adiminuição desse tipo de crime.Quando a polícia faz uma opera-ção ostensiva, cada vez mais fo-cada nessas áreas onde há maiorincidência desses delitos, háuma resposta maior. Temos feitodiversas operações na capitalpara inibir os crimes letais e osassaltos - assegurou.

De acordo com o secretário,os mandados de prisão tambémsão expedidos para prender ostraficantes que estão em Ala-goas, enquanto o foco nos dro-gas tem que ser mantido e am-pliado, priorizando também asações no interior.

- A polícia alagoana está se

estruturando para fazer essecombate. Colocamos mais umdelegado na delegacia de com-bate ao narcotráfico para refor-çar a luta contra as drogas emAlagoas porque elas ultrapas-sam os limites territoriais dosmunicípios e do Estado - disse ocoronel.

EFEITO BEIRA-MARO avanço das drogas em

Alagoas por causa da vinda dotraficante Fernandinho Beira-Mar foi descartada pelo secretá-rio porque não há nada quecomprove essa teoria.

- A disseminação da droga,principalmente do crack, estáem todo o território brasileiro.Para afirmar que houve este

avanço por conta da vinda dotraficante para cá era preciso umestudo técnico para confirmaressa afirmativa.

Conforme Dário Cesar, asviaturas estão sendo direciona-das para os locais, dias e horasde maior ocorrência por isso aspessoas vêem mais policiais nasruas. "Temos hoje um núcleo deestatística criminal que tem nosmostrado onde há maior índicede ocorrências de crimes e te-mos direcionado nossa políciapara esses lugares. Fazendo essetipo de policiamento, a genteotimiza os recursos humanos emateriais e essa é a nossa leiturahoje. Temos um policiamentoostensivo direcionado e com is-so temos melhores respostas".

SISTEMA PRISIONALCom o cumprimento de tan-

tos mandados de prisão, o siste-ma prisional do Estado estásuportando o aumento da de-manda? Dário Cesar afirmouque sim. Apesar de ter o menorsistema prisional do Brasil, oEstado está se organizando paraaumentar o número de vagasem sua estrutura penitenciária.

O secretario assverou quemais 96 vagas estão sendo cons-truídas no presídio de segurançamáxima, totalizando 192 vagas,já que desde o ano passado jáexistiam 96 vagas na unidade desegurança máxima. Além disso,preso também estão sendotransferidos para os presídios fe-derais. E agora no mês de agos-to, o governador vai assinar ocontrato para mais 800 vagas nomunicípio de Craíbas. "Vamostirar os presos das delegacias ecolocá-los no sistema prisionalde Craíbas".

Ainda este ano também ha-

verá mais 1800 novas vagas nosistema prisional. "Serão três sis-temas prisionais com 600 vagascada um, para serem construí-dos até 2014. Vamos duplicar onúmero de vagas que temos dis-ponível hoje. Tudo isso é paraque o sistema prisional suporteo aumento da demanda".

O sistema prisional de Ala-goas possui atualmente em tor-no de 1.600 vagas. Já a recursosgarantidos para a construção demais 450 vagas em Maceió emais uma unidade para 300 pre-sos que, provavelmente, seráuma unidade feminina. "Temosuma emenda da bancada ala-goana de R$ 14 milhões e outrade R$ 18 milhões garantidos pe-lo governo federal para 449 pre-

sos, aqui em Maceió".

AÇÃO PERMANENTENo que se refere ao IML, o

secretário explicou que a cons-trução é de responsabilidade daServeal. "O órgão de engenhariado Estado é quem está responsá-vel por isso e eu espero que sejao mais rápido porque estou tãoansioso quanto todo mundo.Precisamos construir isso".

O Plano Brasil Mais Seguropermanecerá em Alagoas até omomento em que o Estado pu-der andar com as suas própriaspernas, isso significa que não háprazo para terminar. Dário Ce-sar ressaltou que o Estado anda-rá com as próprias pernas quan-do tivermos delegados e poli-ciais civis concursados operan-do, mais Policia Militar concur-sada e operando, Instituto deCriminalística e Instituto Médi-co Legal funcionando. "Esse pla-no está apenas começando, elenão tem dia para acabar. Quere-mos mudar essa história de

mortes violentas em Alagoas evamos conseguir, mas não dodia pra noite, não temos varasde condão. E sempre digo 'o su-cesso só vem antes do trabalhono dicionário' porque o S vemantes do T, porque não há suces-so sem trabalho e nós não pode-mos arrefecer" - concluiu DárioCésar.

SENSAÇÃOO Plano Nacional de Segu-

rança lançado há um mês emAlagoas já traz uma sensação desegurança aos moradores deMaceió. É visível o aumento depoliciais nas ruas e de ações decombate aos crimes violentos eao tráfico de drogas, o que temsido noticiado diariamente pela

imprensa. Ouvido pelo PE, o secretario

de Defesa Social, coronel DarioCésar, garantiu que o plano estáde acordo com o que foi planeja-do, sem passe de mágica, masum trabalho diuturno, árduo,persistente e perseverante. "Tu-do que planejamos, em termosde avanços, está acontecendo.Claro que muita coisa ainda pre-cisa ser feita, alinhada, monito-rada, mas já se percebem clara-mente os avanços" - comentou.

O plano começou em Maceióe Arapiraca que, juntas, respon-diam por quase 50% dos homicí-dios acontecido no Estado, jáque o principal objetivo do Pla-no Brasil Mais Seguro é dimi-nuir os crimes violentos em Ala-goas: "Nesse primeiro instante éisso que se quer porque temosque tirar Alagoas dessa estatísti-ca. Agora estamos cumprindoconstantemente mandados deprisão para prender pessoasqualificadas, homicidas, e não aprisão de qualquer um".

Secretário Dário César avisa: plano de segurança não tem prazo para acabar

Primeira Edição

Blitzen e abordagens são realizadas diariamente em Maceió: polícia na rua começou a inibir ação dos marginais

Divulgação / Agência Alagoas / Raul Plácido

Acionamento de helicópteros respalda ação da polícia em terra e acaba fragiizando a posição dos bandidos

Agência Alagoas

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012A6 | Cidades

"Falta de médicos e de verbas -o desafio da saúde em Alagoas"

> ENTREVISTA/ HUMBERTO GOMES DE MELO

Para provedor da Santa Casa, falta compromisso dos governantes com saúde pública

Geraldo Câmara

Da missão e emoção de ser bisavôEstou aí, ativo, nos meus 74 anos, vivendo uma vida repleta,

fazendo meus programas de televisão diariamente, exercendo umafunção pública que muito me honra e, ao mesmo tempo, vendo o fru-tificar da família fazer-me chegar a uma das mais importantes missõese emoções de minha vida: ser bisavô. Beatriz, ou Bia como já é chama-da, chegou. Filha de meu neto mais velho, Bruno, neta de minha que-rida filha, Christianne,uma das pérolas de minha vida. Bia chegacomo uma máquina do tempo que me faz relembrar a vida, peniten-ciar-me por meus erros, ufanar-me por tantos mais acertos. Bia vemlembrar-me que ela faz parte de uma família de bisavós, de avós, depais, 13 filhos e 18 netos e que Deus está permitindo que eu já estejafato vivido de seis gerações. Bia vem com a luz do amor irradiandopara todos os seus a sublimação da inocência, da esperança e da pro-messa de que o mundo continua precisando que nasçam mais e maisBias amadas e desejadas. Uma gota de lágrima quase me cai dos olhosnas teclas do meu notebook. A mesma lágrima que eu desejo a tantosoutros. A lágrima de uma felicidade indescritível. A mesma que caiuquando nasceu meu primeiro filho e depois quando chegou ao mundomeu primeiro neto. Que Deus ilumine a vida de Bia como precursorade uma continuidade, como um elo de ligação entre dois mundos: odos seus bisavós e dos seus futuros filhos, netos, bisnetos...

Ouvidor [email protected]

Que me perdoem osmeus leitores acostumados aver nos nossos destaques asgrandes personalidades doestado. Mas hoje, o destaquevai para Beatriz das ChagasBezerra Fiuza Gabriele, aBia, minha primeira bisneta.

DESTACÔMETRO

Os abraços impressos vão para o presidente da Casal, Álvaro Menezes, quecom 27 anos de casa vem trabalhando arduamente para resolver os proble-mas da empresa que não são poucos. Dentre eles, a recuperação melhor dosburacos abertos.

ABRAÇOS IMPRESSOS

PÍLULAS DO OUVIDOR

A força do Facebook: em menos de 24 horas após eu tercolocado lá o nascimento de minha bisneta recebí mais de500 mensagens de congratulações. Fico impressionado decomo a Internet está mudando nossas vidas.A Comissão Organizadora da 3ª FLIMAR temendo um impe-dimento por liminar ou outro instrumento jurídico perto doevento, revolveu mudar a data. Será em Marechal Deodoro,de 28 de novembro a 2 de dezembro.Dando continuidade ao trabalho de fiscalização dos presta-dores de serviços turísticos no estado de Alagoas, a SETUR eo DER realizaram uma blitz na AL 101 Sul. Foco: veículosdas agências de turismo, transportadoras e locadoras.O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO) recebeua primeira denúncia através das redes sociais. É aquilo queeu digo: a internet já está mandando no processo eleitoral,não é, Gabriella Rollemberg?Seminários de Crédito para Empreendedores Individuais têmo objetivo de apresentar as opções oferecidas peloPrograma Crescer, do Governo Federal para facilitar o aces-so das micro e pequenas empresas aos serviços financeiros.Dentro de menos de 1 mês os maceioenses poderão ver anova imagem do Mercado do Artesanato na Levada já queele foi agraciado com uma parceria com as Tintas Coral eCasas Jardim. Vai valer a pena ver.E, continuando no mesmo tema, a concorrência é sadia parao estado: Inspirada na praia de Maragogi, a indústria de tin-tas Suvinil criou mais uma nuance da cor verde: Mar deMaragogi - uma das 30 tonalidades de cores do ano.Há que se tirar o chapéu para a Rede Globo. As Olimpíadasde Londres começaram sem o "zum zum" característico dosgrandes eventos. Dizem os entendidos que a Record quermas não consegue mesmo!Pode escrever: o mercado de empregados domésticos vaiviver uma série crise em pouco tempo. A pressão que estásendo exercida nos patrões vai repercutir em muito desem-prego. Ou desentendimento. Apesar de justa.Ricardo Nogueira (foto), o homem da Casa da Palavra, médi-co, está organizando pelo 27º ano consecutivo o Curso dePráticas Clínicas e Emergenciais, incluindo aulas práticas desalvamento. Aguardem.

Qual a principal causa do pés-simo atendimento proporcionadopelas operadoras de planos desaúde de Alagoas?

Não concordo com o 'péssimoatendimento'. Entendo que as ope-radoras chegaram em muita boahora para complementar, para daruma segurança na assistência hospi-talar e ambulatorial para aquelaspessoas que podem, em Alagoas.Cerca de 12% da população hoje éusuária de plano de saúde e dentrodas condições eles tem oferecidoessa segurança. Evidente que temalgumas operadoras que não estãodando aquilo que se compromete-ram a dar, mas a maioria tem dado.Tanto que a Santa Casa atende amaioria das operadoras e acho queessa assistência tem sido prestada acontento.

Aqui, quanto mais usuáriopagando plano, mas o atendimentose deteriora. Por que?

Não entendo dessa forma. Tan-to que houve um crescimento nes-ses últimos nove anos: nós mais doque duplicamos o número de usuá-rios de plano de saúde em Alagoas.Quando assumi a provedoria em2003 apenas 6% da população erausuária de plano de saúde, hoje jásomos mais de 400 mil usuários noEstado, o que representa 12% danossa população. Penso que precisade uma certa adequação, mas quetem sido dado com satisfação umaassistência para os usuários de pla-no de saúde. Como disse anterior-mente, evidente, que alguns mais eoutros menos.

O alagoano sempre foi refratá-rio aos planos de saúde. Agora, queas adesões estão crescendo, o aten-dimento vai mal. Como superaressa situação?

Acho que falta agressividadedas operadoras. No que diz respeitoàs operadoras de celulares a gentevê uma agressividade muito gran-de, uma concorrência muito grandee uma publicidade muito grande,por isso hoje já temos mais celularesque pessoas, diferentemente do queacontece com as operadoras de pla-nos de saúde. Acho que elas pode-riam ser mais agressivas e o exem-plo que temos é na distribuiçãodesses 412 mil usuários: no rankingnacional Maceió está numa posiçãode equilíbrio entre as demais capi-tais, pelo menos do Nordeste, masquando se trata do Estado como umtodo estamos ainda aquém. Veja:Alagoas tem a mesma população doRio Grande do Norte e nós temos150 mil usuários a menos que aque-le Estado, isso porque não há umaagressividade no interior do nossoEstado. Ora, temos um populaçãode mais de 2 milhões no interior quepoderiam ser contemplados se asoperadoras chegassem mais junto aessas pessoas.

Está faltando médico em Ala-goas? Por que as operadoras dispo-nibilizam tão poucos profissionaispara atender seus segurados?

Está faltando médico em Ala-goas. Penso que Alagoas é um dosEstados que menos forma médicono país. Temos duas escolas queformam um quantitativo menor deprofissionais que os demais Esta-dos. E a grande maioria desses mé-dicos formados aqui é de outrosEstados e termina não ficando emAlagoas. Outra questão é a remune-ração: o sindicato dos médicos temmostrado que a remuneração emAlagoas é menor que a de estadosvizinhos e isso provoca êxodo.Também surgiu recentemente uminvestimento maior em Sergipe ePernambuco principalmente emorganizações sociais que pagammais que o SUS. Paga para os pres-

tadores em geral e isso faz com queessas organizações sociais tenhamrecursos suficientes para tirar osmédicos de estados vizinhos, eAlagoas tem sido prejudicada.

Como está a relação dos hospi-tais com as operadoras de planos?

De uma maneira geral - e faloisso pela Santa Casa - tem sido umrelacionamento bom. É um relacio-namento comercial que tem queexistir e naturalmente cada umavendo a sua parte, mas temos tidoum relacionamento satisfatório comas operadoras de saúde. Mesmo

porque elas desejam que seus usuá-rios possam ser bem assistidos e aSanta Casa tem procurado fazerdessa forma. Existem problemasnesse relacionamento com determi-nadas operadoras porque muitasvezes acertam com o hospital e nãoacertam com a cooperativa de médi-cos e aí surgem alguns impasses,mas através de diálogo temos con-seguido solucionar.

Uma das principais operadorasdo País, a Unimed, enfrenta difi-culdades financeiras. O problemaé gerencial ou de mercado?

Primeiro, a Unimed não é umasó. São várias 'Unimedes' e não sepode falar da Unimed como umtodo. O sistema cooperativo, e aí sereúnem todas as Unimedes, é dasmaiores, mas cada uma é como umaempresa separada. Algumas têmuma administração melhor e outranão tão boa. Algumas passam pordificuldades e outras não. Hoje,com a regulamentação da AgênciaNacional de Saúde Suplementar(ANS), a situação melhorou muitoporque a agência exige que as ope-radoras encaminhem a cada trêsmeses seus balanços que são publi-cados e acompanhados com muitatransparência. A própria ANS faz

uma análise não só dos balanços,mas das situações dos usuários emrelação a essas operadoras, inclusi-ve por essa razão é que houve deter-minadas punições agora e a saúdefinanceira das operadoras é analisa-da. Quando está com algum proble-ma, um diretor da própria ANS fis-caliza in loco essa operadora e exigeum plano operativo para que possasanar as dificuldades. Houve umaépoca em que a nossa maior opera-dora, que é a Unimed, passou poressa auditoria fiscal, mas conseguiusuperar e hoje tem superávit.Naturalmente que ainda tem situa-

ções a serem corrigidas diferente-mente de outras operadoras de out-ros Estados que não conseguiramsuperar isso mesmo com a perma-nência dessa auditoria fiscal.

A seu ver, o que é possível fa-zer para normalizar o atendimentoaos usuários?

Isso tem sido feito, e aí vem essasalutar medida da ANS. O que criti-co é a forma como ela foi adotada,não concordamos, mas é importanteque haja esse disciplinamento, quehaja essa exigência que os usuáriospossam ser atendidos nas váriasespecialidades e nos vários hospi-tais, isso é necessário. Há necessida-de de que esse 'puxão de orelha' nasoperadoras para que possa servir deexemplo para que as falhas sejamcorrigidas. É preciso um credencia-mento maior de profissionais,sobretudo de profissionais de deter-minadas especialidades que estãofaltando em Alagoas.

A Santa Casa de Maceió, daqual o senhor é provedor, mantémconvênios com todas as operadorasde planos de saúde?

Praticamente todas as boas ope-radoras. Há uma operadora que che-gou recentemente ao Estado, e não só

a Santa Casa, mas nenhum dos trêsgrandes hospitais tem convênio comela. E para espanto nosso tal opera-dora tem conseguido vender muitosplanos aqui no Estado. Natural-mente vai gerar dificuldade no aten-dimento dos usuários. Estranhamostambém que essa operadora temlevado pacientes daqui para outrosEstados. É uma situação que a popu-lação precisa ficar alerta e acredita-mos que a ANS deve estar observan-do. Temos muito cuidado quando sesolicita que a Santa Casa seja creden-ciada por um plano. Fazemos umaavaliação e vez por outra temos quedenunciar alguns planos.

O Sistema Único de Saúde(SUS) foi concebido para prestarum atendimento ao menos razoá-vel aos seus pacientes. Por que issonão acontece?

Falta de recursos. Infelizmenteos gestores não dão à devidaimportância à saúde brasileira.Criou-se um plano maravilhoso,que é exemplo para o mundo intei-ro, mas, na hora de destinar osrecursos os gestores, governantes,não destinam esses recursos. Asaúde cada vez mais tem sido omaior problema da população bra-sileira. Todas as pesquisas emtodos os Estados mostram que ogrande problema da populaçãobrasileira é saúde. E digo sempreque quando a população fala emsaúde é a falta de assistência e nãoa saúde preventiva, nem do medi-camento, nem da vacinação, é asaúde da assistência, dessa falta deassistência. E cada vez mais osrecursos são insuficientes.

O governo não deveria gastarmenos com obras físicas e investirmais na saúde pública?

Não é o investir em obras físi-cas. Acho que dentro do própriogoverno não existe uma continuida-de, mesmo sendo governo dos pró-prios partidos, e não há uma visãodo governo para uma saúde assis-tencial. O governo não quer enxer-gar: para o governo, como para osdirigentes da área econômica, tudoque se coloca na saúde é gasto, elesnão entendem como investimento.E a população, infelizmente, émuito pacata para isto. Ela diz queesse é o seu maior problema, ficanas filas, morrem, morrem nãoassistidas, e não grita. Com isso osgovernantes vão deixando de desti-nar os recursos à saúde. Só vão selembrar na próxima eleição.

Como está o projeto de amplia-ção da Santa Casa, com a constru-ção do novo centro hospitalar naRua Dias Cabral?

A Santa Casa tem procuradoinvestir para cumprir suas obriga-ções. Há necessidade de ampliaçãodos seus leitos, houve um aumentodo número de usuários dos planosde saúde nesses últimos nove anos enão houve aumento de leitos emMaceió e aí é um sufoco muito gran-de, os usuários de planos de saúdeestão batendo as nossas portas e nãotemos leitos. Isso não é só na SantaCasa, mas também nos outros hos-pitais. Digo sempre que se nós nãoocuparmos o espaço outro vai che-gar para ocupar. A Santa Casa tematendido ao SUS e destinado ao SUS60% do seu atendimento. Ela tem sepreocupado com a necessidade decrescimento para atender aos usuá-rios de planos de saúde. Esse proje-to está caminhando, já estamos comas plantas prontas e já estamos tra-balhando o projeto para o financia-mento do BNDES e a esperançanossa é que até o fim do ano tenha-mos dado entrada no BNDES paraque possamos ter um financiamentopara essa ampliação e aí darmos oinício as obras.

Humberto Gomes de de Melo critica falta de recursos para saúde pública

Miguel Goes

Falta de médios, por um lado, e falta derecursos públicos para a saúde, por outro.Esses, os grandes problemas enfrentados pelosistema médico-hospitalar de Alagoas, se-gundo o Dr. Humberto Gomes de Melo, pro-vedor da Santa Casa de Maceió e presidentedo Sindicato dos Hospitais Particulares do Es-tado. Ele admite que há falhas no setor, masnão considera péssimo o atendimento dasoperadoras de plano de saúde. Em entrevista

exclusiva ao PE, revela o crescimento deusuários de planos em Alagoas e, sem citarnome, alerta para uma operadora nova queestá vendendo planos sem ter convênios comos hospitais. Segundo o Dr. Humberto Go-mes, a falta de assistência à saúde é o maiorproblema da população, aqui e em todo oPaís, mas os governantes nem destinam re-cursos para o setor. "Eles acham que isso égasto, não é investimento" - critica.

“Para o governo,oque se coloca naárea de saúde égasto, ele nãoentende como sendoinvestimento”

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Rodoviários paralisam ônibus nesta 2ª feira> ADVERTÊNCIA

Luciana MartinsRepórter

A segunda-feira (30) começatumultuada para quem utiliza otransporte rodoviário em Ma-ceió. Em assembléia realizadano sábado, 28, os rodoviáriosdecidiram por uma paralisaçãode advertência, ou seja, nenhumônibus irá circular nesta segun-da-feira na capital alagoana.

A paralisação é para que acategoria consiga negociar comos empresários o reajuste sala-rial de 15%, ticket alimentaçãode 25% e plano de saúde de90%, pleito antigo da categoria.Desde abril os rodoviários vêmnegociando com os empresáriose para ter o pleito atendido, acategoria decidiu por aceitar aproposta do Ministério Públicodo Trabalho em que os reajustespassariam para 8%, o ticket ali-mentação para 10% e o plano desaúde para 15%.

Mas os empresários - afir-mam - continuaram sem nego-ciar. A justificativa apresentadapor eles é que sem o aumentode 49% nas tarifas de ônibusnão há como atender ao pedidoda categoria. Se não houver ne-gociação nesta segunda, os ro-doviários garantem que irãoparalisar suas atividades portempo indeterminado a partirdesta terça-feira, 31 de julho.

Caso o incremento salarialseja implantado, o salário men-sal de um motorista passará deR$ 1.206,00 para R$ 1.300. Já osalário do fiscal deve passar deR$ 931,82 para R$ 1.004 e o salá-rio do cobrador de R$ 715,05para R$ 770,46.

Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Economia | A7

INVESTINDO

EM CULTURATeatro Deodoro ganhará ComplexoCultural com obra de R$ 5,8 milhõesNovo centro artístico vai formar atores, músicos e técnicos e deverá estar pronto até o final do próximo ano

Maquete do projeto mostra como ficará o Teatro Deodoro ampliado com o centro de formação de artistas

Divulgação

Complexo Cultural em construção vai dotar o Teatro Deodoro de oficinas para formar atores, músicos e técnicos

Luciana Martins

Maceió ganhará em breveum moderno polo cultural con-cebido para formar e capacitarartistas e técnicos: o ComplexoCultural Teatro Deodoro, queestá sendo construído no terrenovizinho ao Teatro Deodoro, on-de funcionava um estaciona-mento, na Travessa Dias Cabral.A obra é financiada pelo gover-no federal e estadual e está orça-da em R$ 5.874.408,13.

O imóvel foi cedido para aconstrução do prédio por meiode termo de cessão de área, pelaPrefeitura de Maceió, em favordo Estado, em agosto de 2010. Ocomplexo abrigará espaços es-tratégicos para acomodar osCorpos permanentes da Orques-tra de Câmara (41 músicos), deBaile (12 bailarinos) e da Cia. deTeatro (6 atores); Cursos/Ofici-

nas de Artes, dentre outrasações de expressão artística e dequalificação profissional para aárea de cultura; a Galeria de Ar-te Miguel Torres e acervos, alémdas instalações do quadro fun-cional técnico e administrativoda Diretoria de Teatros do Esta-do de Alagoas (Diteal).

O objetivo é estimular a cul-tura das artes e ampliar a demo-cratização do consumo e da pro-dução artístico-cultural para acomunidade alagoana, principal-mente a de maior vulnerabilida-de socioeconômica. A criaçãodesses espaços impulsionará ocenário artístico local, colaboran-do com toda a cadeia produtivado mercado cultural em Alagoas.

O apelo maior desse em-preendimento é incentivar o es-tudo, a pesquisa e a formação

continuada de jovens talentos,além de possibilitar a culturadas artes, ampliando o acesso eo consumo às criações culturaispela população alagoana, espe-cificamente a de menor poderaquisitivo. Para o diretor-presi-dente da Diteal, Juarez Gomesde Barros, o complexo possibili-tará a produção de espetáculos enão só para recebê-los, já queserá formada mão-de-obra espe-cializada, ofertando assim umaescola para todos, uma vez que,segundo Barros, é esta a propos-ta do governador TeotonioVilela Filho.

Além do aprimoramentoprofissional, os corpos perma-nentes do Teatro Deodoro/Esta-do de Alagoas (músicos, bailari-nos e atores) atuarão como mul-tiplicadores, ultrapassando os

muros da instituição, indo àsparcerias, interagindo via reali-zação de cursos livres, apresen-tações artísticas e incentivandoàs produções culturais em esco-las e associações.

O projeto também prevê arealização de cursos/oficinas deCenotécnica, Cenografia, Ilumi-nação, Sonorização, Figurinos eAdereços, dentre outros, visan-do à solidificação do mercadocultural local, a partir da qualifi-cação de profissionais para inte-grar a cadeia produtiva local. Odiretor da Diteal ressalta que,atualmente, o Teatro Deodoroprecisa de profissionais para tra-balhar na área técnica, já que vá-rios técnicos estão para se apo-sentar e há dificuldade de en-contrar mão de obra qualificadapara substituí-los.

O Complexo Cultural TeatroDeodoro ainda viabiliza a insta-lação da Galeria de Artes MiguelTorres, ampliando o espaço paraas exposições artísticas, nas suasmais diversas linguagens, bemcomo acervos de artes plásticas epartituras, dentre outros, con-forme a trajetória produtiva doscorpos permanentes.

A obra tem um prazo de exe-cução de 365 dias contados, apartir da ordem parcial de servi-ços, que foi dada pelo diretor-presidente da Diteal em 29 deagosto de 2011. De acordo comele, no decorrer da execução, nofim do ano passado, foi verifica-da a necessidade de fazer ajustesna planilha de execução, visan-do proporcionar uma maiorsegurança à construção.

Para realizar as modifica-

ções, foi necessária a confecçãode um termo aditivo ao contra-to, que foi devidamente analisa-do pelos setores competentes doEstado (PEG-AL e Serveal), ten-do sido aprovado em 09 de feve-reiro deste ano. Durante a análi-se do Termo aditivo a obra ficouparalisada, por iniciativa da Di-teal, como forma de não desper-diçar o tempo estabelecido emcontrato. As atividades foramretomadas em fevereiro de 2012e estão em plena execução.

Em relação à Travessa DiasCabral, ora ocupada para a reali-zação da obra, não será desativa-da e sim contemplada com oprojeto, uma vez que será revita-lizada, assumindo forma de cal-çadão público, permitindo oacesso dos transeuntes. (AgênciaAlagoas, exclusivo para o PE)

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012A8 | Nacional

Após enfrentar pressões, STFjulga mensalão a partir de 5ªJulgamento atrai atenções do País e será presidido pelo ministro Ayres de Britto

> DECISÃO

Depois de pressões internase externas, o Supremo TribunalFederal começa a julgar na quin-ta-feira (2) em pleno períodoeleitoral, um dos mais longos epolêmicos processos da históriapolítica brasileira. A expectativaé de que a avaliação do caso du-re mais de um mês. Ao fim, osministros decidirão se políticosligados ao ex-presidente LuizInácio Lula da Silva, como o ex-ministro da Casa Civil José Dir-ceu e o ex-presidente do PT JoséGenoino, devem ou não ser con-denados por envolvimento como chamado mensalão, um esque-ma de pagamentos de parla-mentares que, segundo a Procu-radoria-Geral da República, foiexecutado em troca de apoio aogoverno no Congresso, e que,segundo os acusados, foi apenasfinanciamento de campanhaspor meio de caixa 2.

O resultado afiançará ou nãoum tradicional modelo de fazerpolítica no Brasil, que se alimen-ta do clientelismo, do aparelha-mento e do loteamento de esta-tais. O julgamento também tes-tará a atual composição do STF,tribunal que é integrado por 11ministros, dos quais 6 foramindicados para o cargo pelo ex-presidente Lula e 2 pela presi-dente Dilma Rousseff. Poderátambém influenciar o resultadodas principais campanhas mu-nicipais. Afinal, a condenaçãoou absolvição de políticos petis-tas pode afastar ou angariar elei-tores durante as eleições.

A polêmica em torno do casose estende ao próprio STF. Re-visor do processo, Ricardo Le-wandowski foi pressionado pa-ra entregar o seu voto no primei-ro semestre a fim de que hou-vesse tempo de julgar o proces-so ainda em agosto, antes daaposentadoria de Ayres Britto edo ministro Cezar Peluso. Em2007, após o Supremo ter decidi-do abrir um processo criminalcontra os réus do mensalão,Lewandowski já tinha protago-nizado um episódio constrange-dor ao ser flagrado dizendo aotelefone que os ministros tinhamvotado "com a faca no pescoço".

Em maio deste ano, o minis-tro Gilmar Mendes foi a públicoafirmar que Lula teria tentadopressioná-lo para adiar o julga-mento para depois das eleições.O ex-presidente nega que tenhafeito tal pressão.

Apesar de não ter sido de-nunciado por envolvimento noesquema, Lula deverá ser umdos principais personagens nasdefesas que advogados farão noplenário do STF durante o julga-mento.

Desde que deixou o Paláciodo Planalto, o ex-presidente vemdizendo que está disposto a mos-trar o que chama de "farsa domensalão". Ele atuou nos basti-dores para que o Congresso ins-talasse a CPI do Cachoeira, quetem como alvo alguns de seusantigos desafetos, como é o casodo governador Marconi Perillo(PSDB), que, à época do escânda-lo, afirmou ter alertado o entãopresidente sobre o mensalão.

No Supremo, as atenções es-tão agora voltadas para o minis-

tro José Antonio Dias Toffoli,que no passado foi advogado doPT, do próprio Lula e do gover-no petista. Além disso, a namo-rada de Toffoli, Roberta Rangel,advogou para um dos réus doprocesso, o ex-deputado federalProfessor Luizinho (PT-SP). Atéagora o ministro não quis reve-lar se, mesmo com essa baga-gem, participará ou não do jul-gamento. Outro integrante doSTF que teve ligações com o PTé presidente da Corte, CarlosAyres Britto. Ele já foi filiado aopartido e, na década de 1990,chegou a disputar uma cadeirade deputado.

Acusação e defesa. No julga-mento, o procurador-geral daRepública Roberto Gurgel vaisustentar que, no início do go-verno Lula, foi criada uma "so-fisticada organização criminosa,dividida em setores de atuação"para praticar crimes de pecula-to, lavagem de dinheiro, corrup-ção, gestão fraudulenta e outrasfraudes. Para ele, trata-se do

"mais atrevido e escandalosoesquema de corrupção e de des-vio de dinheiro público flagradono Brasil".

O procurador sustenta que onúcleo político ou central doesquema, formado pelo ex-min-istro José Dirceu e por DelúbioSoares, Sílvio Pereira e José Ge-noino, tinha o objetivo de garan-tir a continuidade do projeto depoder do PT por meio da com-pra de suporte político de outrospartidos e do financiamento fu-turo ou pagamento de dívidasde suas próprias campanhaseleitorais.

Dizendo-se temeroso de seralvo de um "processo político",Dirceu chegou a convocar estu-dantes ligados à União Nacionaldos Estudantes (UNE) para de-fendê-lo nas ruas. A CentralÚnica dos Trabalhadores (CUT)também falou em mobilização.Nos últimos dias, porém, a táti-ca do principal réu foi submer-gir e deixar o mensalão exclusi-vamente com o STF.

fotos: Divulgação

Eliana Calmon diz que opiniãopública julgará decisão do STF

A ministra Eliana Calmon,corregedora nacional da Justiça,afirmou que o Supremo Tribu-nal Federal será julgado pelaopinião pública ao analisar oprocesso do mensalão a partirdo dia 2 de agosto.

"Há por parte da Nação umaexpectativa muito grande e achotambém que o Supremo estátendo o seu grande julgamentoao julgar o mensalão", disse elapouco antes de fazer uma pales-tra no Tribunal Regional Elei-toral de São Paulo sobre a atua-ção da Corregedoria que coman-da.

A Procuradoria-Geral daRepública acusa 38 investiga-dos, entre eles José Dirceu - min-istro-chefe da Casa Civil do go-verno Lula -, de formar umaquadrilha para comprar o apoiode parlamentares no Congressocom dinheiro público.

Eliana Calmon disse que"não conhece o processo domensalão, senão por jornais",mas alertou. "Como ele (Supre-mo) se porta diante dos autos, arealidade que está retratada nosautos vai ser mostrada quandodo julgamento e é neste momen-to que o STF passa a ser julgadopela opinião pública, não é?"

"Não é que o Supremo vá sepautar pela opinião pública,mas todo e qualquer poder, noregime democrático, também se

nutre da confiabilidade daque-les a quem ele serve", completoua ministra.

Indagada se a pressão públi-ca pode influenciar o resultado,Calmon afirmou: "O Supremonão se deixa muito influenciarpela opinião popular, ele sem-pre se manteve meio afastado.Mas começamos a verificar quejá não é com aquela frieza dopassado."

"Hoje, eles (os ministros) têmsim uma preocupação porque oPaís mudou e a população estáparticipando", afirmou a corre-gedora da Justiça. "A imprensa

influencia, mas a opinião públi-ca também está sendo formadapelas redes sociais. É uma parti-cipação mais efetiva. Não é nin-guém que está fazendo a cabeçada população, ela se comunicaentre si, isso tem causado a sen-sibilidade do Supremo", com-pletou.

Eliana Calmon defendeuum Judiciário forte. "Acho que(o julgamento) seria um bommomento (como resposta deum Judiciário forte) do querepresenta o STF dentro deuma expectativa da sociedadecomo um todo", afirmou a cor-

regedora.Em junho, José Dirceu che-

gou a conclamar estudantes li-gados à UNE (União Nacionaldos Estudantes) a ir às ruas paraajudá-lo. "Todos sabem que estejulgamento é uma batalha políti-ca. E essa batalha deve ser trava-da nas ruas também porque se-não a gente só vai ouvir umavoz, a voz pedindo a condena-ção, mesmo sem provas. É a vozdo monopólio da mídia. Eu pre-ciso do apoio de vocês", afirmouem discurso.

No início de julho, o novopresidente da CUT (CentralÚnica dos Trabalhadores),Vagner Freitas, afirmou quemobilizaria a entidade caso hou-vesse um julgamento "político"."Se isso ocorrer, nós questiona-remos, iremos para as ruas", dis-se o sindicalista.

O advogado do empresáriomineiro Marcos Valério Fernan-des de Souza, apontado pelaProcuradoria-Geral da Repúbli-ca como o operador do mensa-lão, reagiu às declarações dacorregedora. "Nas minhas alega-ções finais eu faço um comentá-rio sobre a publicidade opressi-va que cerca este processo e façoum pedido ao STF: que julguede acordo com a prova dosautos, agrade ou não a opiniãopública", disse Marcelo Leonar-do.

Para Eliana Calmon, ao julgar mensalão, STF será julgado pela opinião pública

Ayres de Britto, que presidirá o julgamento, já foi do PT Roberto Jefferson era deputado quando denunciou esquema

José Dirceu foi acusado de ser o mentor do mensalão

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012

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Esportes

CSA enfrenta o Itabaiana-SE, no domingo> SÉRIE D

Azulão defende invencibilidade contra o time sergipano no próximo domingo (05/08), às 16h, no estádio Presidente Medici

Opinião - Diário Oficial dos Municípios - Social

Marcelo AlvesRepórter

Após vencer o Sousa-PB por2 a 1, no último domingo (29) noestádio Rei Pelé e ficar próximoda classificação para a próximafase do Campeonato Brasileiroda Série D, o CSA dá início nestaterça-feira (31) aos trabalhosvisando ao jogo fora de casacontra a equipe do Itabaiana-SE,que será disputado no próximodomingo (05/08), às 16h, no Pre-sidente Médici, em Itabaiana(SE). Os gols da vitória do timeazulino foram marcados porKleberson e Jucemar Gaúcho.Vitinho descontou para o timeparaibano.

Nos jogos de ida da fase degrupos, o CSA enfrentou oItabaiana e venceu a partida por1 a 0, em jogo disputado no dia22 de junho, no Rei Pelé, pelaquinta rodada da Série D.

O JOGOEmbalado pela torcida, o

CSA tomou a iniciativa e partiupara cima do Sousa-PB e come-

çou a encurralar a equipe parai-bana em seu campo defensivo.O primeiro lance de perigo pro-tagonizado pelo CSA contra oSousa-PB aconteceu com Ronal-do que chutou em cima do golei-ro Genivaldo, que fez a defesaparcialmente. Na sobra, Celicosoltou o petardo novamente emcima do goleiro do Sousa-PB,que deu outro rebote, mas adefesa afastou o perigo paraescanteio.

Em seguida, Washingtoncobrou falta ensaiada, alçando abola na cabeça de Paulinho Ma-caíba, que subiu sozinho, masescorou para fora.

O CSA seguia dominando aequipe do Sousa-PB, atuando nocampo do adversário. Recuado,o time paraibana assistia ao timeazulino pressionar. Apesar decontrolar o jogo, o Azulão ataca-va de forma desarticulada e commuita pressa.

Celico cobrou falta paraKleberson que cabeceou à quei-ma roupa. Atento, o goleiro Ge-nivaldo fez grande defesa eafastou o perigo para escanteio.

O lance foi apenas um prenún-cio do que viria segundosdepois. O meia Ronaldo cobrouescanteio e, novamente, Kle-berson subiu e cabeceou para o

gol do Sousa-PB. Só que nestacabeçada, o goleiro Genivaldonão conseguiu evitar o gol doCSA que abriu o placar aos 20minutos de jogo.

Após o gol, a equipe doSousa-PB abriu a retranca e par-tiu para cima do CSA. O zaguei-ro Alisson subiu ao ataque e ten-tou surpreender o goleiro Flá-vio, que atento ao lance fez a de-fesa sem perigo. Na sequência, otime paraibano voltou a atacarcom Mamborê que tentou man-

dar a bola para Vitinho. Maisuma vez atento, o goleiro Fláviochegou à bola antes de Vitinho efez a defesa.

Acomodado com o gol, oCSA diminuiu o ritmo e a equi-pe do Sousa-PB passou a pres-sionar. E aos 26 minutos da eta-pa inicial, o time paraibano con-seguiu empatar a partida em umrápido contragolpe em que Vi-tinho passou pelo zagueiroLeandro e tocou no canto do go-leiro Flávio. Com o gol, o Sousa-

PB equilibrou a partida. Já aequipe do CSA não conseguiaimprimir o mesmo ritmo do iní-cio da partida e passa a errarpasses no meio campo.

E quando o primeiro tempoperto de chegar ao fim e a equi-pe do Sousa-PB tentava garantiro empate voltar para o segundotempo, o volante Jucemar Gaú-cho colocou o CSA outra vez nafrente do placar. Aos 43 minu-tos, Jucemar Gaúcho recebeubola na entrada da grande área etocou na saída do goleiro Geni-valdo.

O CSA voltou em câmeralenta para a etapa final. Já aequipe do Sousa-PB entrou emalta velocidade para tempo fi-nal. E com toda pressa, Esquer-dinha acabou balançando arede azulina em lance de impe-dimento.

Minutos depois, Vitinhoobrigou o goleiro Flávio a traba-lhar no segundo tempo da parti-da. Em seguida, Nilsinho tentousurpreender Flávio, mas o joga-dor errou o chute e a bola saiufraco para a fácil defesa do ar-queiro azulino. Melhor em cam-po, o time do Sousa-PB pressio-nava o CSA e seguia assustandoo time azulino.

Sem conseguir fazer o tercei-ro gol, o time azulino recuou amarcação e adotou uma posturadefensiva para garantir a vitóriapor 2 a 1.

Kleberson faz um dos dois gols da vitória do CSA sobre a equipe do Sousa-PB no domingo no estádio Rei Pelé

fotos: Jéssica Pacheco / Colaboradora

Apesar de estar invicto noCampeonato Brasileiro da SérieD e liderando o Grupo A4 com13 pontos, em cinco partidasdisputadas, sendo quatro vitó-rias e um empate, o técnicoLorival Santos disse que o timeazulino "precisa melhorar emuito".

"O CSA ainda não chegouno ponto ideal. O CSA precisamelhorar e muito", disse o trei-nador azulino para evitar qual-quer euforia entre os atletasazulinos. Ainda conforme Lo-rival Santos, o Azulão só con-seguiu atingir 40% de rendi-mento durante a competiçãonacional.

Ainda em tom humildade,Lorival Santos não quer saberem falar em 99% classificado.Para ele, o CSA só estará classifi-cado quando atingir os 100%.

O técnico Lorival Santosdisse que o CSA chegou a umpadrão de jogo, uma vez quesob seu comando a equipe azuli-na já disputou 22 partidas e sóperdeu um jogo.

Após a vitória sobre o Sousa-PB por 2 a 1, o técnico LorivalSantos parabenizou Kleberson eJucemar Gaúcho, que comemo-raram os gols marcados com o

treinador azulino. "A comemoração dos gols

comigo mostra a união daequipe na competição. Issomostra que o time do CSA estáem simbiose com a comissãotécnica e não em dicotomia.Jucemar Gaúcho veio a mim efalou que o gol era para mim",disse.

Quanto ao Kleberson, Lori-val Santos disse que o gol queele marcou vai dar mais confian-ça ao atleta, que em sua estreia

no CSA pelo Campeonato Ala-goano fez gol contra aos 16 se-gundos da partida contra oASA, no estádio Rei Pelé.

Kleberson confirmou a de-claração de Lorival Santos edisse que desde a partida contrao ASA, na qual marcou um golcontra a própria meta azulina."Desde a decisão contra o ASAeu senti um pouco ao marcar ogol contra aos dezesseis minu-tos. Mas agora estou dando avolta por cima”, disse.

Técnico do CSA tenta evitar euforia dos jogadores afirmando que o time precisa melhorar o desempenho

Para Lorival Santos, o CSAainda precisa "melhorar muito"

Próximos jogos / Série D / Grupo A41/07 - 16h00 Sousa-PB x Itabaiana-SE1/07 - 16h00 Vitória da Conquista-BA x Feirense-BA

Resultados / Série D / Grupo A424/06 Feirense-BA 1 x 1 Sousa-PB24/06 CSA-AL 3 x 1 Vitória da Conquista-BA

CSA-ALSousa-PBFeirense-BAItabaiana-SEVitória da Conquista-BA

1º2º3º4º5º

P138741

J55554

V42210

E12111

D01233

GP95854

GS34789

SG611-3-5

Classificação / Série D / Grupo A4

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012B2 | Esportes

CRB pega o lanterna Ipatinga, no Rei Pelé> SÉRIE B

Após derrota para o Vitória-BA, Galo tenta a reabilitação na Série B contra o último colocado da Segunda Divisão Nacional

Marcelo AlvesRepórter

O CRB recebe o Ipatinga-MG nesta terça-feira (31), às21h50, no estádio Rei Pelé, pela14ª rodada do CampeonatoBrasileiro da Série B. O Galotenta a reabilitação na competi-ção nacional, uma vez que per-deu no último sábado (28) paraa equipe do Vitória-BA por 1 a0, com gol de Neto Baiano, empartida disputada no ManoelBarradas, o Barradão, emSalvador-BA. Com a derrota, otime regatiano caiu uma posi-ção na tabela de classificação eocupa 11ª colocação com 17pontos ganhos.

Para o duelo com o time doIpatinga-MG, o técnico RobertoFonseca não poderá contar comRoberto Lopes, Geovani e Ger-

cimar. Os dois primeiros cum-prirão suspensão automática e oterceiro jogador vai se recuperarde lesão no púbis. No lugar dostrês desfalques, o treinador doCRB deve colocar os volantesDiego Aragão e Vitor, além dolateral-direito Elsinho, que re-torna ao time após cumprir sus-pensão automática.

Apesar dos desfalques nomeio campo, com a perda detrês jogadores titulares, RobertoFonseca espera contar com arecuperação de Aloísio Chulapa,que não viajou para enfrentar oVitória-BA, no último sábado(28), e ficou em Maceió se recu-perando de uma lesão. "Paraesse jogo contra o Vitória, perde-mos Aloísio Chulapa, mas espe-ro que ele esteja recuperadopara a próxima partida contra oIpatinga", disse.

CRB X IPATINGA-MGA equipe do Ipatinga-MG

ocupa a lanterna da Série B comapenas quatro pontos conquista-dos, em 13 partidas disputadas.

O time mineiro, que amargauma sequência negativa de 11derrotas consecutivas, já com-pletou três meses sem vencer naSegunda Divisão do Campeona-

to Brasileiro. A última vitória doIpatinga-MG na competição na-cional foi no dia 30 de maio,quando na ocasião bateu o ASAatuando em casa por 1 a 0, em

partida válida pela segunda ro-dada da competição nacional.

O Ipatinga-MG possui aindaa defesa mais vazada da compe-tição nacional com 29 gols sofri-dos e o pior ataque ao lado doGrêmio Barueri com apenas no-ve gols marcados.

Apesar dos números negati-vos da equipe mineira, o técnicoRoberto Fonseca classifica a par-tida com uma das mais difíceisque o CRB irá disputar na SérieB. "Vamos ter dificuldades. Pre-cisamos do torcedor para apoiaro CRB contra o Ipatinga. Lem-bro que quando jogamos em ca-sa contra o Guaratinguetá, quetambém não havia vencido nacompetição, tivemos dificulda-des. Foi um dos jogos mais difí-ceis. Até agradecemos ao PauloVictor por ter feito aquele gol defalta", disse.

O goleiro Cristiano fez grandes defesas, mas não conseguiu evitar a derrota do CRB para o Vitória-BA por 1 a 0

Fotos: Felipe Oliveira/ E.C. Vitória

Fonseca promete novo meiocampo contra o Ipatinga-MG

Sem tempo para lamentar aderrota sofrida para o Vitória-BA por 1 a 0, no último sábado(28), no Barradão, em Salvador(BA), o CRB já tem pela frentenesta terça-feira (31), a equipedo Ipatinga-MG, às 21h50, noestádio Rei Pelé em partida váli-da pela 14ª rodada do Campeo-nato Brasileiro da Série B. Apreocupação do técnico RobertoFonseca é com a recuperaçãofísica dos atletas. E ele esperaque os substitutos de RobertoLopes, Gercimar e Geovani este-jam preparados para atuar.Além disso, o treinador do Galopromete colocar um novo meiocampo.

"Vamos colocar um novomeio campo, porque perdemostrês peças (Roberto Lopes, Ger-cimar e Geovani)", promete Ro-berto Fonseca. Para o duelo con-tra o time mineiro, o treinador

conta com a volta do lateral-direito Elsinho, que cumpriususpensão automática na parti-da contra o Vitória-BA. Comisso, o treinador do Galo devecolocar nas vagas de RobertoLopes, Gercimar e Geovani, osjogadores Elsinho, Diego Ara-

gão e Vitor, provavelmente.E ao invés do esquema 3-5-2

utilizado contra o Vitória-BA, otécnico Roberto Fonseca disseque dentro de casa contra oIpatinga-MG, o time do CRBmudará o sistema de jogo e deveatuar no 4-4-2.

Quanto à derrota para oVitória-BA, após a equipe doCRB perder chances claras degols, Roberto Fonseca disse quenão fará cobrança aos jogadores,mas vai parabenizá-los por te-rem cumprido disciplinarmenteo que ele pediu antes da partidacontra o rubro-negro baiano."Não tem que cobrar os jogado-res, neste momento. Eu saiodesta partida contra o Vitóriacom a consciência tranqüila deque a equipe lutou e transpiroudentro de campo. Saio orgulho-so, pois meu time vendeu oresultado caríssimo”, disse.

Sob comando de Nedo Xavier,ASA pega o Braga, terça-feira

O ASA encara nesta terça-feira (31), fora de casa, a equipedo Bragantino-SP, às 21h50, noestádio Nabi Abi Chedid, emBragança Paulista (SP), em par-tida válida pela 14ª rodada doCampeonato Brasileiro da Sé-rie B. O duelo entre o Alvine-gro e o Massa Bruta é conside-rado um jogo de seis pontos. Otime arapiraquense, que estána zona de rebaixamento, no17º lugar, possui dez pontos e aequipe paulista, que ocupa a16ª posição, está com 11. O jogomarca também a estreia donovo comandante-técnico doASA, Nedo Xavier.

O técnico Nedo Xavier, de59 anos, foi contratado parasubstituir Heriberto da Cunha,que amargou uma sequêncianegativa de cinco derrotas con-secutivas e sua permanênciaficou insustentável após o últi-

mo revés sofrido contra o timedo Goiás por 1 a 0, na últimaterça-feira (24), em partida dis-putada diante de seus domí-nios, no Coaracy da Mata Fon-seca, em Arapiraca.

Nedo Xavier foi apresenta-do no último sábado (28) e jána manhã de domingo passado(29), ele já realizou o primeirotreinamento com o elencoAlvinegro, visando à partidacontra a equipe do Bragantino-SP. O novo treinador do ASA

já comandou várias equipes doBrasil como Coritiba, Atlético-MG, Avaí, Boa Esporte e For-taleza, que foi sua última equi-pe. Além de Nedo Xavier fo-ram contratados o auxiliar téc-nico Carlos Pacheco e o prepa-rador-físico Altamir VicenteFerreira Júnior. Nedo Xavier éo terceiro técnico a comandar oASA neste ano após a era Vica.Antes de Nedo Xavier coman-daram o ASA Leocir D'Alastrae Heriberto da Cunha.

Próximos jogos / Série B31/07 - 19h30 América-MG x Joinville-SC31/07 - 19h30 Paraná-PR x Avaí-SC31/07 - 19h30 Goiás-GO x ABC-RN31/07 - 19h30 Ceará-CE x Boa Esporte-MG31/07 - 19h30 Criciúma-SC x Guarani-SP31/07 - 21h50 América-RN x Grêmio Barueri-SP31/07 - 21h50 Bragantino-SP x ASA-AL31/07 - 21h50 CRB-AL x Ipatinga-MG31/07 - 21h50 Guaratinguetá-SP x Atlético-PR31/07 - 21h50 São Caetano-SP x Vitória-BA

Resultados / Série B24/07 Boa Esporte-MG 2 x 1 América-MG24/07 ASA-AL 0 x 1 Goiás-GO24/07 Joinville-SC 1 x 0 América-RN27/07 Avaí-SC 1 x 0 Bragantino-SP27/07 Grêmio Barueri-SP 1 x 4 Criciúma-SC28/07 Paraná-PR 1 x 0 Ceará-CE28/07 ABC-RN 3 x 0 Guaratinguetá-SP28/07 Guarani-SP 2 x 1 Atlético-PR28/07 Vitória-BA 1 x 0 CRB-AL28/07 Ipatinga-MG 1 x 2 São Caetano-SP

Criciúma-SCVitória-BAAmérica-MGSão Caetano-SPGoiás-GOAmérica-RNJoinville-SCParaná-PRAtlético-PRAvaí-SCCRB-ALBoa Esporte-MGCeará-CEABC-RNGuarani-SPBragantino-SPASA-ALGuaratinguetá-SPGrêmio Barueri-SPIpatinga-MG

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º17º18º19º20º

P3231262525232121171717171716151110964

J1313131313131313131313131313131313131313

V1010877766555444323211

E21244233222554651331

D1232244466644546989

11

GP34262219222221201613191821201316141199

GS2014141118161317141522172218132021232829

SG14128846832-2-31-120-4-7

-12-19-20

Classificação / Série BGeovani não joga contra o Ipatinga

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Esportes |B3

> NO MORUMBI

São Paulo goleia o Flamengo por 4 a 1 Goleiro é principal atração do jogo, mas Luis Fabiano faz dois, Tricolor vence por 4 a 1 e deixa Fla em situação complicada

Globoesporte

A quase duas horas do iníciodo jogo, a presença de RogérioCeni já "ecoava" no sistema desom do Morumbi: a banda aus-traliana AC/DC, que só temsuas músicas executadas no es-tádio quando o goleiro está emcampo. Quando o ídolo subiupara o gramado, então, pareciatítulo. Por mais de um minuto,Rogério teve seu nome gritadoseguidamente, e ele retribuiucom acenos e um gol de falta noaquecimento. Foi a estreia do ca-misa 1 no ano - ele passou os úl-timos meses se recuperadndo deuma cirurgia no ombro. A torci-

da são-paulina ficou "pilhada"com a presença do ídolo, espe-rando por uma grande exibição.Esse clima contagiou os jogado-res em campo.

Na equipe rubro-negra, poroutro lado, apatia. Dorival Jú-nior escalou o garoto Camacho epediu aproximação constantecom Vagner Love, algo que nãoocorreu. Apagado, Ibson contri-buiu muito pouco e não fez a li-gação entre meio e ataque. Ape-nas Léo Moura, pela direita, ten-tou algo diferente, mas teve derecuar quando Cortez percebeua "avenida" às costas do ala fla-menguista. Resultado: o time ca-rioca foi para o intervalo sem ter

chutado nenhuma bola a gol.No ataque, outro que retor-

nava ao São Paulo queria jogo,enfiava-se no meio de Welintone González e criava chances.Recuperado de uma lesão nacoxa, Luis Fabiano teve duas óti-mas chances de abrir o placar,ambas em vacilos de uma zagaque custa a passar confiança.Num escanteio, Welinton olhoude um ângulo privilegiado - dochão, bem à sua frente - a cabe-çada firme que Paulo Victor sal-vou. Depois, Luis Fabiano seantecipou à zaga, finalizou dedireita e o goleiro trabalhou bemnovamente.

Quando o Flamengo se orga-nizou no miolo da zaga, deuespaço no meio-campo. E Mai-con, que ainda não havia apare-cido no jogo, aproveitou a bre-cha para fazer o que mais gosta:chutar de longe. Aos 41 minu-tos, o meia recebeu de RodrigoCaio, olhou para o gol, percebeuo posicionamento de PauloVictor, e bateu cruzado, semtanta força. A marcação não che-gou, o goleiro não alcançou, e oSão Paulo fez 1 a 0, segundo golde Maicon no Brasileirão. Láatrás, Rogério Ceni vibrava co-mo um garoto.

Mesmo com a vantagem,Luis Fabiano insistia em deixarsua marca. Logo ele, que vivia àsturras com a torcida nos últimosdias, aproveitou novo escanteiode Jadson e cabeceou aos 46 mi-nutos, em cima de Ibson e Ca-macho, bem mais baixos do queo centroavante - outro indício dadesorganização deste Flamengo.Paulo Victor saiu mal, e o Trico-lor fez 2 a 0.

Na comemoração, o Fabu-loso tirou a camisa, beijou o es-cudo e... levou cartão amarelo. Eainda se igualou a Leônidas daSilva como o sétimo maior arti-lheiro da história do clube: 144gols.

No fim da etapa inicial,Airton, machucado, deu lugar aAmaral. No intervalo, os sumi-dos Camacho e Adryan deramlugar a Bottinelli e Thomás, res-pectivamente.

Com o domínio das ações, oSão Paulo amplicou aos 14 mi-nutos, em uma troca de passesprecisa: Ademilson para Mai-con, para Cortez, que acertoubelo cruzamento para Luis Fa-biano. Sozinho, ele só tirou dePaulo Victor e chegou aos 145gols com a camisa tricolor: 3 a 0.Na comemoração, tensão. Ocentroavante comemorou comos companheiros, e parte da tor-cida, a organizada, gritou só onome de Ademilson, que inicioua jogada.

Só aí, com um déficit de trêsgols na conta, é que o Flamengodeixou de ser tímido e passou aarriscar. Ramon diminuiu oplacar, aos 21, na primeira fina-lização da equipe no jogo. Sim,o time de Dorival Júnior demo-rou mais de 65 minutos paradar seu primeiro chute no gol.Ajuda a explicar o que os rubro-negros apresentaram nestedomingo: uma equipe que cor-re, se esforça, mas não tem cria-tividade suficiente para superaruma defesa armada. No fim,com as mãos apoiadas sobre osjoelhos, Vagner Love era a ima-gem da desolação.

Havia tempo para mais. Aos48 minutos, Jadson recebeuótimo de Luis Fabiano, o nomedo jogo, e marcou o quarto. Emritmo de treino. Rogério Cenisaiu muito satisfeito com a festa- e a vitória, claro - em seu re-torno. A confiança do timeaumentou com o ídolo e capitãoem campo. No Flamengo, mui-to a corrigir. A expressão preo-cupada de Dorival Júnior deixatransparecer o tamanho do tra-balho que ele terá nos próximosdias.

Apesar da forte marcação, Luis Fabiano marca dois na vitória do São Paulo

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Fluminense e Atlético-MGficam no 0 a 0 no Engenhão

A sequência de sete rodadasinvicto do Atlético-MG final-mente foi interrompida. Mesmoassim, o Fluminense, autor dofeito, não foi capaz de derrotar olíder do Campeonato Brasileiro,e o duelo no Engenhão, na tardedeste domingo, terminou 0 a 0.O Galo, no entanto, contou comuma ajudinha da arbitragem,que marcou impedimento emgol legal de Fred, em lance mili-métrico.

Se o Galo não dá brecha paraninguém na liderança há seisrodadas, no duelo com o tercei-ro colocado a alternância de do-mínio foi marcante. Contandocom o apoio da torcida, quecompareceu em bom número aoEngenhão, o Flu começou assus-tando. Carlinhos cruzou paraFred, que dominou e, sozinho,na marca do pênalti, bateu mal.Um cartão de visitas aos trêsminutos, que precedeu o contro-le territorial pelo menos até os15 minutos. Mas o time mineirosoube se segurar.

Aos poucos, nos contragol-pes, o visitante se soltou e pas-sou a gostar do jogo. Foi a suavez de envolver o Tricolor, quepecava na saída de bola. Decotambém não brilhava. Ronaldi-nho, por sua vez, se sobressaía efinalizou duas vezes com perigoe distribuiu assistências, nãoaproveitadas por Jô, que parouem Diego Cavalieri.

Com jeitão de decisão, a par-tida também era pegada, commuitas faltas, reclamações e ten-são. O Atlético recebeu dois car-tões antes da metade da etapa(Danilinho e Junior Cesar) ereclamou dos critérios do árbi-tro.

Um lance em especial crioupolêmica: a bola bateu no braçode Wallace dentro da área, des-viando sua trajetória. MasRodrigo Braghetto tratou como

acidente e mandou seguir.Mais compacta, a equipe de

Cuca deixou o Flu para trás nosnúmeros de posse de bola: 52%a 48%, apesar de ter finalizadomenos - 6 a 4. Nos dez minutosfinais do primeiro tempo, apressão cresceu, com jogadasensaiadas diversas, passandoquase sempre por todo o quarte-to formado por R49, Danilinho,Bernard e Jô. Antes do apito,porém, a melhor chance foi tri-color: Fred escorou cruzamentoda esquerda e obrigou Victor afazer uma belíssima defesa como braço esquerdo.

Sem alterações, os rivais vol-taram mais cautelosos. Aos 12minutos, Fred aproveitou umabola dividida no meio, arran-cou, bateu na saída de Victor,mas parou novamente no golei-ro do Galo. A resposta foi ime-diata: Marcos Rocha virou paraDanilinho, na área, mas o meia-atacante isolou.

Marcos Junior entrou nolugar de Thiago Neves e trans-formou o Flu em um esquadrãoà antiga, com dois pontas velo-zes e um centroavante. Já osmineiros fizeram trocas simples:Bernard, que saiu de maca porconta de uma pancada na coxadireita, por Escudero, e Danili-nho por Guilherme.

Daí em diante, o Tricolor re-tomou as rédeas de vez e en-saiou uma pressão.

De todos os lados Victor foibombardeado, mas manteve-seseguro. Até que aos 41, Fred foilançado, em condição legal, dri-blou o goleiro e marcou o gol,que foi anulado pelo assistenteVicente romano Neto.

O erro - milimétrico, diga-se- foi muito contestado até depoisdo apito final. Os jogadores cer-caram o trio de arbitragem, ale-gando demora na hora de parara jogada.

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012B4 | Esportes

Fluminense e Atlético-MG ficam no 0 a 0> BRASILEIRÃO

Tricolor pressiona no fim, tem gol de Fred mal anulado, e goleiro Victor sai como destaque do Galo, que foi melhor só no 1º tempo

Globoesporte.com

A sequência de vitórias doAtlético-MG finalmente foiinterrompida. Mesmo assim, oFluminense, autor do feito, nãofoi capaz de derrotar o líder doCampeonato Brasileiro, e oduelo no Engenhão, na tardedeste domingo, terminou 0 a 0.O Galo, no entanto, contou comuma ajudinha da arbitragem,que marcou impedimento emgol legal de Fred, em lance mili-métrico. Com dois times ofensi-vos, os 16.175 pagantes (19.761presentes) viram um jogo equili-brado, com alternância de domí-nio, e o goleiro Victor como umdos destaques, segurando oTricolor.

Com o resultado, as posi-ções e distâncias entre os pri-meiros não mudam. A equipemineira soma agora 32 pontos,dois à frente do Vasco, queempatou com o Inter, sábado, eainda mantém outros seis dedianteira sobre os cariocas, quevão a 26. O Inter, primeiro forado G-4, tem 23 pontos. Na pró-xima rodada, o Flu visita oCoritiba, enquanto o Atléticorepete a dose no estádio, quan-do mede forças com o Flamen-go, em reencontro com Ronal-dinho Gaúcho.

BOM FUTEBOLSe o Galo não dá brecha para

ninguém na ponta há mais deum mês, no duelo com o terceirocolocado a alternância de domí-nio foi marcante. Contando como apoio da torcida, o Flu come-çou assustando. Carlinhos cru-zou para Fred, que dominou e,

sozinho, na marca do pênalti,bateu mal. Um cartão de visitasaos três minutos, que precedeuo controle territorial pelo menosaté os 15 minutos. Mas o timemineiro soube se segurar. Eesperou passar a correria.

Aos poucos, nos contragol-pes, o visitante se soltou e gos-tou do jogo. Foi a sua vez deenvolver o Tricolor, que pecavana saída de bola. Deco tambémnão brilhava. Ronaldinho, porsua vez, se sobressaía no retornoao Rio desde que deixou oFlamengo. O camisa 49 finalizouduas vezes com perigo e distri-buiu assistências, não aproveita-das por Jô, que parou em DiegoCavalieri.

Com jeitão de decisão, a par-

tida também era pegada, commuitas faltas, reclamações e ten-são. O Atlético recebeu dois car-tões antes da metade da etapa(Danilinho e Junior Cesar) ereclamou dos critérios do árbi-tro. Um lance em especial crioupolêmica: a bola bateu no braçode Wallace dentro da área, des-viando sua trajetória. MasRodrigo Braghetto tratou comoacidente e mandou seguir.

Mais compacta, a equipe deCuca deixou o Flu para trás nosnúmeros de posse de bola: 52%a 48%, apesar de ter finalizadomenos - 6 a 4. Nos dez minutosfinais do primeiro tempo, a pres-são cresceu, com jogadas ensaia-das diversas, passando quasesempre por todo o quarteto for-

mado por R49, Danilinho, Ber-nard e Jô. Antes do apito, po-rém, a melhor chance foi trico-lor: Fred escorou cruzamento daesquerda e obrigou Victor afazer uma belíssima defesa como braço esquerdo.

FLU PREJUDICADOSem alterações, os rivais

voltaram mais cautelosos. Nãosair derrotado passou a ser aordem de lado a lado no come-ço. Ainda assim, o jogo nãoperdeu tanto em emoção. Aos12 minutos, Fred aproveitouuma bola dividida no meio,

arrancou, bateu na saída deVictor, mas parou novamenteno goleiro do Galo. A respostafoi imediata: Marcos Rochavirou para Danilinho, na área,mas o meia-atacante isolou. Ajogada inflamou a torcida doGalo por alguns momentos.

Cuca e Abel, então, resolve-ram explorar as opções no bancode reservas para achar um deta-lhe com o equilíbrio. Marcos Ju-nior entrou no lugar de ThiagoNeves e transformou o Flu emum esquadrão à antiga, comdois pontas velozes e um cen-troavante. Já os mineiros fize-ram trocas simples: Bernard,que saiu por conta de uma pan-cada na coxa direita, por Escu-dero, e Danilinho por Guilher-me.

Daí em diante, o Tricolor re-tomou as rédeas de vez e en-saiou uma pressão. De todos oslados Victor foi bombardeado,mas manteve-se seguro. A essaaltura, o Galo tinha dificuldadespara sair e só criou perigo embola isolada de Ronaldinho. Atéque aos 41, Fred foi lançado, emcondição legal, driblou o goleiroe marcou o gol, que foi anuladopelo assistente Vicente RomanoNeto. O time se desestruturou enão foi capaz de criar mais nadanos acréscimos.

O erro - milimétrico, diga-se- foi muito contestado até depoisdo apito final. Os jogadores cer-caram o trio de arbitragem, ale-gando demora na hora de parara jogada.

Zagueiro Leandro Euzébio entra forte em disputa de bola com o meia-atacante Ronaldinho Gaúcho

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Próximos jogos / Série A4/08 - 18h30 Atlético-GO x Botafogo4/08 - 18h30 Flamengo x Atlético-MG4/08 - 18h30 Palmeiras x Internacional4/08 - 21h00 Portuguesa x Figueirense5/08 - 16h00 Coritiba x Fluminense5/08 - 16h00 São Paulo x Sport-PE5/08 - 16h00 Vasco da Gama x Corinthians5/08 - 16h00 Grêmio x Bahia5/08 - 18h30 Náutico x Santos5/08 - 18h30 Cruzeiro x Ponte Preta

Resultados / Série A28/07 Coritiba 2 x 1 Grêmio28/07 Internacional 0 x 0 Vasco da Gama28/07 Botafogo 1 x 0 Figueirense29/07 Bahia 0 x 0 Corinthians29/07 Sport-PE 0 x 0 Atlético-GO29/07 São Paulo 4 x 1 Flamengo29/07 Fluminense 0 x 0 Atlético-MG29/07 Santos 2 x 1 Ponte Preta29/07 Cruzeiro 2 x 1 Palmeiras29/07 Portuguesa 3 x 1 Náutico

Atlético-MGVasco da GamaFluminenseGrêmioCruzeiroInternacionalSão PauloBotafogoCorinthiansPonte PretaFlamengoCoritibaSport-PENáuticoPortuguesaSantosBahiaPalmeirasAtlético-GOFigueirense

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º17º18º19º20º

P32302624232322201616161514131313121098

J1313131313131313131313131313131313131313

V109787676444434322221

E23502512444351476435

D11154255555658645787

GP2520221817182122131616231317109

11131213

GS8

118

1214111617131721271927161218162521

SG179

14637550-1-5-4-6

-10-6-3-7-3

-13-8

Classificação / Série A

Neymar mostrou o últi-mo domingo que pode serdecisivo para a Seleção.Com um gol e duas assistên-cias (um cruzamento paraAlexandre Pato e um passede calcanhar para Oscar), oatacante foi fundamental navitória do Brasil por 3 a 1, devirada, sobre a Bielorrússia.

O resultado garantiu deforma antecipada a classifi-cação da equipe às quartasde final do torneio masculi-no de futebol.

Nos primeiros dezminutos, a "retranca" daBielorrússia ficou só nodesenho tático. A seleçãoeuropeia iniciou melhor efez um gol logo aos 7.

Kozlov cruzou da direitae o brasileiro naturalizadoRenan Bressan testou semchance de defesa para Neto.

O lateral Rafael foi quemdeixou o jogador livre nagrande área para completarpara as redes.

Após o gol, Neymar, queatuou praticamente todaetapa inicial como um meia-esquerda, cruzou na cabeçade Alexandre Pato: 1 a 1. Nacomemoração, desabafo ededos apontados para o céu.

Logo no início da etapafinal, Mano colocou Lucas,Paulo Henrique Ganso eLeandro Damião no aqueci-mento.

A primeira chance clarade gol do Brasil aconteceuaos 5. Marcelo recebeu deOscar na entrada da área efinalizou para ótima defesade Gutor, que espalmoupara escanteio.

Aos 18, Mano colocou otime ainda mais ofensivo.

O treinador sacou ovolante Sandro e apostou naentrada de Paulo HenriqueGanso.

No minuto seguinte, avirada do Brasil. Em co-brança de falta, Neymarbateu com perfeição nomesmo canto do goleiro,mas no ângulo, para colocara Seleção na frente: golaço,2 a 1.

Empolgado com o gol,Neymar enlouqueceu adefesa da Bielorrússia aos34, quando arrancou peladireita, passou por trêsrivais, entrou na área e foiderrubado após dar um belodrible.

Porém, o árbitro japonêsnão marcou pênalti.

Aos 39, Mano tirouAlexandre Pato para a entra-da de Lucas, o "xodó" dostorcedores locais por causado interesse do United.

O golpe final veio aos 47.Neymar arrancou pela es-querda, passou por doisrivais e tocou de calcanharpara Oscar, com um chutepor cima do goleiro, fechar oplacar: 3 a 1 para a Seleção,já garantida das quartas definal das Olimpíadas deLondres.

Brasil vence aBielorrússia evai às quartasde final

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O hediondo crimedo tráfico de pessoas

Os 38 réus do escândalo que ficou conhecido como mensalãocomeçam a ser julgados nesta quinta-feira, dois de agosto.Cansada de corrupção - e indignada com o afrontoso esquema decompra de votos no Congresso Nacional - a sociedade brasileira sóespera uma coisa do Supremo Tribunal Federal: que os culpadossejam punidos, com o rigor da lei, e que esse caso sirva de exem-plo.São muitos os interesses em jogo - sobretudo interesses políticos- como grande é a pressão, direta e indireta, sobre ministros daCorte Suprema. Pressão que pode ser resumida na acintosa inter-ferência do ex-presidente Lula ao tentar persuadir o ministroGilmar Mendes a protelar o julgamento para depois das eleições.Nada disso, entretanto, vai mudar o rumo dos acontecimentos.O mensalão é um escândalo monumental. Graças à denúncia doentão deputado federal Roberto Jefferson, o Brasil ficou sabendodo esquema de distribuição de dinheiro (dinheiro público,ressalte-se) aos parlamentares que votavam de acordo com ogoverno federal.O Congresso Nacional já havia sido palco de muitos escândalos,mas nenhum teve a dimensão trágica do mensalão petista. Semexagero, sem carregar na tinta, o maior escândalo político da his-tória da República, protagonizado por dirigentes do PT, ironica-mente o partido criado sob a bandeira da decência e da probida-de.Será um julgamento histórico e seu veredicto - se consonante comas expectativas da nação - terá o peso de um legado valioso quemarcará a passagem dos atuais ministros do STF. A sociedade nãopede um julgamento draconiano, implacável. A sociedade só nãoaceita que o episódio acabe em pizza, em repulsivo exemplo deimpunidade. O povo está cheio de impunidades e injustiças.

Antes do relatório final,alguns dados já chamam aatenção. De acordo com apesquisa desenvolvida pelosorganismos internacionais,em parceria com o governobrasileiro, existem no país241 rotas de tráfico, sendoque 110 delas estão relacio-nadas ao tráfico interno e asoutras 131 direcionadas aotráfico internacional de pes-soas.O que merece um destaqueainda maior é que um gran-de número de rotas seencontra nas regiões maispobres do Brasil. A regiãoNorte concentra 76 rotas,seguida pelo Nordeste com69, Sudeste com 35, CentroOeste com 33 e a região Sulcom 28 rotas.A Pesquisa sobre Tráfico deMulheres, Crianças e Adoles-centes para Fins de Explo-ração Sexualrealizou umamplo mapea-mento das ro-tas utilizadaspelas redes detráfico no Bra-sil. Todas elastêm uma na-tureza dinâ-mica e sãotrocadas oudesativadas a partir do mo-mento em que são detecta-das.Elas se concentram em cida-des próximas a rodovias,portos e aeroportos, oficiaisou clandestinos, que sãopontos de fácil mobilidade.Em relação ao tráfico inter-nacional, o destino das trafi-cadas é um país europeu.Entretanto, há um conside-rável número de rotas parapaíses da América do Sul,sobretudo Guiana Francesa eSuriname, e para a Ásia.Segundo este estudo, naregião Norte, há fortes indí-cios de que as rotas possuamconexões com o crime orga-

nizado, sobretudo com otráfico de drogas e com afalsificação de documentos.Na região Nordeste, aindade acordo com a pesquisa,há uma conexão entre o tu-rismo sexual e tráfico de dro-gas. As capitais que apare-cem como os principais lo-cais de origem/destino dotráfico, são também as cida-des nordestinas que mais re-cebem turistas estrangeiros.Quando tive a honra de ocu-par o Ministério da Justiça,iniciei um minucioso traba-lho de enfrentamento dasgangues internacionais queatuavam no Brasil. Fui pes-soalmente até Israel pararepatriar oito cidadãs brasi-leiras que, enganadas porfalsas promessas, viviam demaneira degradante nas gar-ras das máfias internacio-nais.

Fizemos umgrande esfor-ço para com-bater tais má-fias e conteiaté com oapoio do Juizespanhol Bal-tazar Garzón,com quem ti-ve a oportuni-dade de me

encontrar para reuniões detrabalho e que, posterior-mente, ficou mundialmenteconhecido pelo combate aocrime organizado.Este é um drama mundial,mas o Brasil precisa se ante-cipar e propor legislaçõesespecíficas para combatereste tipo de crime. Creio quea CPI, ao encerrar seus traba-lhos, trará grandes contri-buições neste campo quecontarão com meu apoioincondicional.

Renan CalheirosÉ senador e líder da bancada do PMDB

Editorial

O pai dos escândalosFoto da semana

Há quase cinco anos, era promulgada aLei 11.638/07, que trata da convergên-cia do padrão contábil brasileiro para aschamadas IFRS - International FinancialReporting Standards, ou normas inter-nacionais de contabilidade, adotadasatualmente por mais de 100 países. Anova legislação estabeleceu que taisnormas deveriam ser adaptadas à reali-dade brasileira e, a partir dessa adequa-ção, passassem a valer efetivamentepara as demonstrações financeiras de2010 das empresas de capital aberto(listadas em Bolsa) e para grandes cor-porações de capital fechado (com fatu-ramento acima de R$ 300 milhões aoano).Empresas, seus contadores, auditores,órgãos reguladores e normativos, enti-dades representativas de profissionais edemais instituições envolvidas nessesegmento esforçaram-se ao máximopara cumprir o que foi estabelecido nalei. Tal esforço não foi em vão, e o Brasilé hoje reconhecido como um dos inte-grantes da comunidade que adota defato as IFRS.Como em todo processo de evolução depadronização de normas, as IFRS estãoexpandindo sua aplicabilidade, deixan-do de se restringir às empresas de capi-tal aberto e às grandes empresas paraserem adotadas por todas as corpora-ções de qualquer tamanho e nível defaturamento.Embora não haja, de fato, qualquerpenalidade pelo não cumprimento

desta regulamentação, o fato é que aconversão das empresas às normas éuma oportunidade e o grande desafioque se apresenta para os próximos anosestá em formar e capacitar profissionaispara a tarefa.Certamente haverá vários obstáculos.Mas temos certeza de que o atual pro-cesso garantirá evolução à gestão dasempresas. Entre suas vantagens, está a

adoção de um padrão internacional-mente aprovado e reconhecido. Comisso, as empresas estarão melhor prepa-radas em termos de governança, comsuas demonstrações financeiras adequa-das à análise, inclusive de agentes inter-nacionais, abrindo espaço especialmen-te para o acesso e barateamento do cré-dito no sistema financeiro e de outrasfontes de recursos. Além, é claro, deproporcionar maior segurança para aexpansão geográfica, seja pelo estabele-

cimento de parcerias, joint ventures ouacordos com fornecedores internacio-nais, seja pela abertura de escritórios,representações ou plantas fora do país.A adoção das IFRS é, portanto, um dospilares para garantir a conquista da"Cidadania Corporativa", especialmentepara empresas jovens, de pequenoporte ou sob gestão familiar ainda nãoprofissionalizada. Pode parecer simplifi-cação lançar mão do termo "CidadaniaCorporativa" neste debate, mas um per-centual significativo de corporações noBrasil ainda não é reconhecido e respei-tado por sua relevância em nossa socie-dade. A conquista desse reconhecimen-to passa, sem dúvida, pelo desenvolvi-mento de instrumentos de governança,dentre os quais as IFRS são importantecomponente.O desafio não é simples de ser suplanta-do. Precisamos garantir o ensino dasnormas internacionais aos profissionaisjá atuantes, formar pessoal para a novarealidade, organizar as corporações paraque estejam preparadas para assumir amudança e tornar a adoção do padrãointernacional de contabilidade uma fer-ramenta de desenvolvimento para asempresas e para todo o mercado.Trabalho não falta, mas os resultadostendem a ser ótimos para todos.

Orlando Octávio de Freitas Jr.É sócio da área de Mercado

Empreendedor da KPMG no Brasil

Um novo padrão contábil, agora para todos

As medidas anticíclicas adotadaspelo governo desde a eclosão da crisemundial, em 2008, contribuíram paramanter a economia aquecida, criarempregos e promover a inclusão socioe-conômica de milhões de habitantes, emcontraste com a difícil situação denumerosos outros países. No entanto,conforme alertamos em vários artigos,essas estratégias contingenciais esgo-tam-se como solução para conferir sus-tentabilidade ao PIB e estimular o instin-to animal de investimento do empresa-riado.

Desde a promulgação da Constitui-ção de 1988, há 24 anos, portanto, oBrasil carece de medidas estruturais desustentação perene da economia. Se astivéssemos adotado, sua soma às políti-cas inclusivas, à formação de reservascambiais próximas de US$ 400 bilhões,ao incentivo às exportações, ao aumen-to da renda e sua melhor distribuição eoutros avanços verificados nos últimosdez anos, provavelmente estaríamosnuma situação muito melhor para oenfrentamento das crises globais.

Ao relegar as reformas estruturais, oPaís foi pego no contrapé pela crise em2008. Na mais digna acepção do "jeiti-nho brasileiro", o governo estimulou oconsumo, o crédito e a liquidez, comisenções fiscais, flexibilização dos com-pulsórios bancários e medidas pontuaisde estímulo. Como toda ação de emer-gência, essas estratégias esgotam-se,

pois começam a desorganizar a econo-mia, e o governo está emitindo sinaiscontraditórios. Ao eleger setores para aconcessão de estímulos, comete um errodramático, pois desperta a sensação nossegmentos não incluídos de que foramlesados.

As desonerações pontuais estãocriando uma confusão nas cadeias pro-dutivas e gerando insegurança no espíri-to animal do empresário, cujo instinto

de sobrevivência o leva à defesa. Não épossível incentivar o ânimo empreende-dor apenas com a redução de juros. Essafase já passou. Tratava-se de algo pre-mente quando havia uma demandamuito aquecida e as empresas precisa-vam ampliar a produção. Dinheiro bara-to não basta. No Japão, por exemplo, ataxa é negativa, mas o investimento épífio.

Empresários somente investem sehouver desoneração tributária generali-zada, com a eliminação definitiva deabsurdos como os impostos em cascata.É necessária uma eficaz reforma tributá-ria, que elimine distorções como a inci-dência, sobre a mesma base, de distin-tos impostos e taxas. Também nãopodemos continuar taxando investimen-tos e arcando com PIS/Cofins sobre ofaturamento.

Estamos sob o risco de uma perigo-sa escalada de recessão. Não podemosmais ignorar as reformas estruturais. Épreciso que se adotem medidas sóbriase tecnicamente corretas, capazes deestabelecer uma nova perspectiva deconfiança do empresariado. Sobretudo,é fundamental um regime tributário quedesonere toda a atividade produtiva. Emcontraste com os benefícios segmenta-dos, a sociedade brasileira está pagandomais tributos do que nunca. A políticaeconômica tem emitido sinais contráriosàs falas da presidente Dilma Rousseff. Épreciso sintonizar discurso e práticaenquanto o País ainda tem fôlego paraevitar o pior.

Antoninho Marmo TrevisanÉ presidente da Trevisan Escola de Negócios emembro do Conselho Superior do Movimento

Brasil Competitivo e do Conselho deDesenvolvimento Econômico e Social da

Presidência da República

Medidas pontuais esgotam-se como estímulo à economia“Fizemos umgrande esforçopara combater

tais máfias e con-tei até com apoiodo juiz Garzon”

“Como em todoprocesso de evoluçãode padronização de

normas, as IRFS estãoexpandindo sua aplica-

bilidade”

“As desonerações pon-tuais estão criando

confusão nas cadeiasprodutivas e gerando

insegurança no espíritodos empresários”

Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Opinião |B5

De costas (blusa vermelha) ao lado de Teotonio Vilela, a secretária Regina Miki fez balanço do plano de segurança e contabilizou avanços em 30 dias

Luiz Carlos Barreto GoesDiretor-Geral

Romero Vieira BeloDiretor Editorial

Alda SampaioDiretora Comercial

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012B6 | Diário Oficial dos Municípios

Hamilton vence e confirma favoritismo> FÓRMULA 1

Piloto da McLaren chega a 117 pontos e volta à briga pelo título; Alonso fica em 5º no dia em que comemorou idade nova

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOGABINETE DO PREFEITO

EXTRATO DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO AO CONTRA-TO DE EXECUÇÃO DE OBRA TP Nº 06/2011 FIRMADO ENTRE OMUNICÍPIO DE PENEDO E A EMPRESA MB DILL CONSTRUÇÕES.Processo nº 046/2012/SEINFRONúmero do Contrato TP Nº 06/2011Contratante: MUNICÍPIO DE PENEDO/AL – CNPJ12.243.697/0001-00Contratado: MB DILL CONSTRUÇÕES – CNPJ/MF sob o nº10.437.778/0001-16Espécie: PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO AO CONTRATOnº TP 06/2011 VISANDO PRORROGAR O PRAZO CONTRATUAL ERATIFICAR AS DEMAIS CLÁUSULAS E CONDIÇÕES.Objeto: ADITAR O PRAZO DO CONTRATO TP Nº 06/2011.Objeto do Contrato Inicial: CONSTRUÇÃO DE QUADRA POLIES-PORTIVA DA ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO BÁSICAVEREADOR MANOEL SOARES DE MELO, NESTE MUNICÍPIO.Prazo de Vigência do Contrato:120 (cento e vinte) DIAS CON-TADOS A PARTIR DO TÉRMINO DE VIGÊNCIA DO CONTRATO.SIGNATÁRIOS: ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETO – PELA CON-TRATANTE E MICHELL BAROSA DILL – PELA CONTRATADA.DATA DE ASSINATURA DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO:24 DE JULHO DE 2012.--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOGABINETE DO PREFEITO

EXTRATO DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO AO CONTRA-TO DE EXECUÇÃO DE OBRA TP Nº 05/2011 FIRMADO ENTRE OMUNICÍPIO DE PENEDO E A EMPRESA LEMY ENGENHARIA EDECORAÇÃO LTDA.Processo nº 044/2012/SEINFRONúmero do Contrato TP Nº 05/2011Contratante: MUNICÍPIO DE PENEDO/AL – CNPJ12.243.697/0001-00Contratado: LEMY ENGENHARIA E DECORAÇÃO LTDA – nº05.355.939/0001-92.Espécie: PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO AO CONTRATOnº TP 05/2011 VISANDO PRORROGAR O PRAZO CONTRATUAL ERATIFICAR AS DEMAIS CLÁUSULAS E CONDIÇÕES.Objeto: ADITAR O PRAZO DO CONTRATO TP Nº 05/2011.Objeto do Contrato Inicial: REMANESCENTES DA REFORMA DEPRAÇA NO BAIRRO SENHOR DO BONFIM, NESTE MUNICÍPIO.Prazo de Vigência do Contrato: 90 (noventa) DIAS CONTADOSA PARTIR DO TÉRMINO DE VIGÊNCIA DO CONTRATO.SIGNATÁRIOS: ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETO – PELA CON-TRATANTE E YONHALLA TEIXEIRA DE CARVALHO – PELA CON-TRATADA.DATA DE ASSINATURA DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PRAZO:29 DE JUNHO DE 2012.--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULOEXTRATO DE CONTRATO

CONTRATANTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULO -CNPJ. 12.241.675/0001-01. CONTRATADA: CONSTRUTORADOMNA LTDA, CNPJ 14.285.405/0001-28. Valor: R$184.013,25 (cento e oitenta e quatro mil treze reais e vintee cinco centavos). Objeto: Cobertura da quadra da EscolaMunicipal Jovelina Saldanha. Vigência: 27/07/2012 a27/12/2012. Fonte de Recurso: 06.00-06.61-1.040-4.4.90.51.00.00.00.00.0030--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULOTERMO DE HOMOLOGAÇÃO

O Prefeito do Município de Quebrangulo, Estado de Alagoasno uso de suas atribuições e em conformidade com a lei8.666-93, resolve HOMOLOGAR a Tomada de Preço 03/2012,Processo Administrativo Nº 02454/2012. Objeto: Cobertura daquadra da Escola Municipal Jovelina Saldanha. Vencedorapelo menor preço: CONSTRUTORA DOMNA LTDA, CNPJ14.285.405/0001-28. Valor: R$ 184.013,25 (cento e oitenta equatro mil treze reais e vinte e cinco centavos).Quebrangulo, 25 de julho de 2012.

Marcelo Ricardo Vasconcelos LimaPrefeito

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HOMOLOGAÇÃOO Prefeito Municipal de Penedo no uso de suas atribuiçõesregulamentares e considerando o julgamento da Comissão deLicitação da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Obras–CL/SEINFRO, instituída pela Portaria nº 6.826/2012 de 07 demarço de 2012, na conformidade do Parecer PGM, RESOLVEHOMOLOGAR o procedimento licitatório referente à Tomadade Preços 08/2012, classificando vencedora do certame sele-tivo a empresa LÍDER ENGENHARIA E EMPREEDIMENTOS LTDAcom o valor de R$ 890.029,63 ( oitocentos e noventa mil vintee nove reais e sessenta e três centavos).Gabinete do Prefeito, em 11 de julho de 2012.ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETOPrefeitoREPUBLICADO POR INCORREÇÃO--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOGABINETE DO PREFEITO

EXTRATO DE CONTRATO – TP 08/2012Número de Contrato TP 08/2012VINCULAÇÃO DO CONTRATO – TOMADA DE PREÇOS Nº 08/2012Contratante Município de Penedo/AL – CNPJ12.243.697/0001-00Contratado: LÍDER ENGENHARIA E EMPREENDIMENTOS LTDAOBJETO: Contratação de Empresa para execução e conclusãodas obras e serviços de Construção de Unidade de EducaçãoInfantil, Tipo C – PROINFÂNCIA – FNDE, no Conjunto roseteAndrade, neste Município.VALOR DO CONTRATO: R$ 890.029,63 (oitocentos e noventamil vinte e nove reais e sessenta e três centavos)CONSIGNAÇÃO DO RECURSO: TERMO DE COMPROMISSO PAC203183/2012/PM PENEDODOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA: – Órgão 06.00 – SECRETARIAMUNICIPAL DE EDUCAÇÃO, 06.61 – Fundo de Manutenção eDesenvolvimento da Educação Básica – Proj/ativ 1.030 –Construção e/ou Reforma de Creche Escolar, Elemento deDespesa 4.4.90.51.00.00.00.00.0.1.0030 – Obras eInstalações, do Orçamento vigente do Município de Penedo.PRAZO DE EXECUÇÃO DA OBRA: 270 (duzentos e setenta) diasconsecutivosFUNDAMENTAÇÃO LEGAL: TOMADA DE PREÇOS Nº 08/2012,PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 0530-009/2012SIGNATÁRIOS: ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETO E JOÃOMANOEL SIEGFRIED BARROS CALHEIROSDATA DE ASSINATURA DO CONTRATO: 12 DE JULHO DE 2012.ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETOPREFEITO MUNICIPALREPUBLICADO POR INCORREÇÃO--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLEXEIRASHOMOLOGAÇÃO DO PREGÃO PRESENCIAL N° 002/2012A Prefeita do Município de Flexeiras HOMOLOGA o presenteprocesso, importando o mesmo o valor total de R$ 333.089,90(trezentos e trinta e três mil oitocentos e nove reais e noven-ta centavos). EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 PP ICONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: RCM COMERCIO LTDA,CNPJ: 05.215.423/0001-42. OBJETO: Aquisição deEquipamento e Material Permanente, de R$ 126.688,90 (vintee seis mil seiscentos e oitenta e oito reais e noventa cen-tavos).EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 PP IICONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: CEZÁRIOS MOVÉIS ECOMÉRCIO LTDA EPP, CNPJ: 03.016.072/0001-15. OBJETO:Aquisição de Equipamento e Material Permanente, de R$103.019,00 (cento e três mil e dezenove reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 PP IIICONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: W. A. COMERCIO LTDA,CNPJ: 12.475.519/0001-05. OBJETO: Aquisição deEquipamento e Material Permanente, de R$ 29.670,00 (centoe dois mil setecentos e dezenove reais).

EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 PP IVCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: COMERCIAL COLOMBOLTDA - EPP, CNPJ: 10.449.397/0001-57. OBJETO: Aquisição deEquipamento e Material Permanente, de R$ 22.911,00 (vintee dois mil novecentos e onze reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 PP VCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: OB DISTRIBUIDORA LTDAME, CNPJ: 12.064.073/0001-26. OBJETO: Aquisição deEquipamento e Material Permanente, de R$ 50.801,00(cinquenta mil oitocentos e um reais).Flexeiras/AL, 23 de julho de 2012.Silvana Maria Cavalcante da Costa Pinto | Prefeita--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE ATALAIAHOMOLOGAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL Nº 007/2012O Prefeito do município de Atalaia homologa o presenteprocesso no valor total de R$ 1.611.101,30 (hum milhão, seis-centos e onze mil, cento e um reais e trinta centavos).EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 007/2012Modalidade: Pregão Presencial nº 007/2012 – Objeto: Registrode Preços para Fornecimento de Material de Limpeza eHigiene Pessoal – CONTRATANTE: Município de Atalaia, CNPJ:12.200.143/0001-26. DETENTORA 01: José Maria da Silva &Cia Ltda, CNPJ nº 11.223.386/0001-17; e DETENTORA 02: SPComércio e Serviços Ltda, CNPJ nº 01.663.303/0001-57. Foro:Atalaia – Data de Assinatura: 14/05/2012 – Ordenador dadespesa: Francisco Luiz de Albuquerque. O conteúdo integraldesta Ata de Registro de Preços encontra-se a disposição nasede do município, a Rua Fernando Gondim, nº 114, Centro,Atalaia/AL.

Atalaia, 14 de maio de 2012.Francisco Luiz de Albuquerque| Prefeito

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HOMOLOGAÇÃO – PREGÃO PRESENCIAL Nº 006/2012O Prefeito do município de Atalaia homologa o presenteprocesso no valor total de R$ 1.986.084,58 (hum milhão,novecentos e oitenta e seis mil, oitenta e quatro reais ecinquenta e oito centavos).EXTRATO DE ATA DE REGISTRO DE PREÇOS Nº 006/2012Modalidade: Pregão Presencial nº 006/2012 – Objeto: Registrode Preços para Fornecimento de Material de Expediente –CONTRATANTE: Município de Atalaia, CNPJ: 12.200.143/0001-26. DETENTORA 01: José Maria da Silva & Cia Ltda, CNPJ nº11.223.386/0001-17; e DETENTORA 02: OB Distribuidora LtdaME, CNPJ nº 12.064.073/0001-26. Foro: Atalaia – Data deAssinatura: 14/05/2012 – Ordenador da despesa: FranciscoLuiz de Albuquerque. O conteúdo integral desta Ata deRegistro de Preços encontra-se a disposição na sede domunicípio, a Rua Fernando Gondim, nº 114, Centro,Atalaia/AL. Atalaia, 14 de maio de 2012.

Francisco Luiz de Albuquerque | Prefeito--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULOAVISO DE LICITAÇÃO

REPUBLICADO POR CORREÇÃOA CPL do município de Quebrangulo informa aos interessadosque estará realizando a seguinte licitação abaixo:Tomada de Preço: 04/2012 do Tipo melhor Técnica e Preço.Órgão: Procuradoria Geral do Município. Objeto: Contrataçãode empresa especializada para realização de concurso públi-co, para provimentos de cargos efetivos. Data/Hora: 30 deagosto de 2012, as 09h00min.O edital do processo encontra-se a disposição dos interessa-dos na sala da CPL, no horário de 08h00min as 12h00min.Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 – Centro - Quebrangulo – AL.(82) 3288 1159 - [email protected], 24 de julho de 2012.LUCIVAN ALEXANDRINO DE BARROS | Presidente CPL--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE FLEXEIRASHOMOLOGAÇÃO DA TOMADA DE PREÇOS N° 002/2012A Prefeita do Município de Flexeiras homologa o presente

processo, importando o mesmo o valor total de R$ 160.053,54(cento e sessenta mil cinquenta e três reais e cinquenta equatro centavos).EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 – TPCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Flexeiras, CNPJ:12.262.721.0001/59. CONTRATADA: Clara Construções LtdaEPP, CNPJ: 09.475.434/0001-12. OBJETO: Reconstrução de 60(Sessenta) Unidades Habitacionais. VALOR: R$ 160.053,54(cento e sessenta mil cinquenta e três reais e cinquenta equatro centavos). Flexeiras/AL, 04 de junho de 2012.

Silvana Maria Cavalcante da Costa PintoPrefeita

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HOMOLOGAÇÃO DA TOMADA DE PREÇOS N° 002/2012A Prefeita do Município de Branquinha homologa o presenteprocesso, importando o mesmo o valor total de R$1.011.233,00 (Um milhão onze mil e duzentos e trinta reais).EXTRATO DO CONTRATO N° 002/2012 - TPCONTRATANTE: Prefeitura Municipal de Branquinha, CNPJ:12.332.995/0001-77. CONTRATADA: Seurb Serviços Urbanos eIndustrial Ltda, CNPJ: 09.253.195-56. OBJETO: Construção de02 (duas) Quadras Poliesportivas. VALOR: R$ 1.011.233,00(Um milhão onze mil e duzentos e trinta reais).

Branquinha/AL, 13 de julho de 2012.Ana Renata da Purificação Moraes

Prefeita--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE QUEBRANGULOAVISO DE LICITAÇÃO

REPUBLICADO POR CORREÇÃOA CPL do município de Quebrangulo informa aos interessadosque estará realizando a seguinte licitação abaixo:Tomada de Preço: 04/2012 do Tipo melhor Técnica e Preço.Órgão: Procuradoria Geral do Município. Objeto: Contrataçãode empresa especializada para realização de concurso públi-co, para provimentos de cargos efetivos. Data/Hora: 30 deagosto de 2012, as 09h00min. O edital do processo encontra-se a disposição dos interessados na sala da CPL, no horário de08h00min as 12h00min. Sito: Praça Getúlio Vargas, 50 –Centro - Quebrangulo – AL. (82) 3288 1159 - [email protected].

Quebrangulo, 24 de julho de 2012.LUCIVAN ALEXANDRINO DE BARROS

Presidente CPL--------------------------------------------------------------------------

PREFEITURA MUNICIPAL DE PENEDOGABINETE DO PREFEITO

EXTRATO DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PREÇO AO CONTRA-TO DE EXECUÇÃO DE OBRA Nº TP 05/2011 FIRMADO ENTRE OMUNICÍPIO DE PENEDO E A EMPRESA LEMY ENGENHARIA EDECORAÇÃO LTDA.Processo nº 047/2012/SEINFRONúmero do Contrato TP 05/2011Contratante: MUNICÍPIO DE PENEDO/AL – CNPJ12.243.697/0001-00Contratado: EMPRESA LEMY ENGENHARIA E DECORAÇÃO LTDA,CNPJ Nº 05.355.939/0001-92.Objeto: DECRÉSCIMOS DE SERVIÇOS AO OBJETO INICIALMENTEPACTUADO, DECORRENTES DAS MODIFICAÇÕES DA PROPOSTACONTRATADA.Valor: EM RAZÃO DOS DECRÉSCIMOS DE SERVIÇOS AO CONTRA-TO, NO VALOR DE R$ 2.692,20 (dois mil seiscentos e noventae dois reais e vinte centavos) O VALOR DO CONTRATO PASSA AVALER R$ 149.618,51 (cento e quarenta e nove mil seiscentose dezoito reais e cinquenta centavos).Da Ratificação: FICAM RATIFICADAS AS DEMAIS CLÁUSULAS DOCONTRATO Nº TP 05/2011 QUE NÃO COLIDAM COM AS DESTEINSTRUMENTO.SIGNATÁRIOS: ISRAEL RAMIRES SALDANHA NETO – PELA CON-TRATANTE E YONHALLA TEIXEIRA DE CARVALHO – PELA CON-TRATADA.DATA DE ASSINATURA DO PRIMEIRO TERMO ADITIVO DE PREÇO:18 DE JULHO DE 2012.

BUDAPESTE - O inglêsLewis Hamilton venceu o GP daHungria de Fórmula 1, nestedomingo, em Budapeste, e com-provou o favoritismo que gan-hou nos treinos livres e na ses-são classificatória para o grid delargada da corrida, que foi a 11.ªetapa do Mundial. Com o resul-tado, o piloto da McLaren che-gou aos 117 pontos e voltou àbriga pelo título do campeonato.

O finlandês Kimi Raikkonen,por sua vez, brilhou ao conquis-tar a segunda posição, depois deter largado do quinto lugar. Ofeito fez o piloto da Lotus chegaraos 116 pontos e também a figu-rar mais diretamente como ou-tro postulante ao título.

E o domingo acabou sendoum dia realmente a ser come-morado pela Lotus, pois o fran-cês Romain Grosjean, que lar-gou em segundo, fechou a cor-rida na terceira posição e com-pletou o pódio na Hungria,enquanto o alemão SebastianVettel, da Red Bull, ficou com oquarto lugar.

O espanhol Fernando Alon-so, por sua vez, comemorouneste domingo o seu aniversáriode 31 anos com uma discretaquinta posição, mas que foi maisdo que suficiente para que eleampliasse ainda mais a sua boavantagem na liderança do cam-peonato. Agora ele conta com164 pontos e tem 40 a mais que ovice-líder Mark Webber, da RedBull, apenas o oitavo colocadoneste domingo.

Já Vettel se manteve na ter-ceira posição do campeonato,mas tem 122 pontos e agora vêHamilton e Raikkonen muitopróximos dele. Entretanto, adesvantagem em relação a

Webber agora é de apenas doispontos.

A CORRIDAA prova deste domingo co-

meçou de forma meio atrapalha-da, pois os pilotos deram duasvoltas de apresentação na pistadepois de a primeira largada serabortada. O alemão MichaelSchumacher não percebeu queessa segunda volta seria neces-sária e desligou o motor do seucarro, sendo empurrado em se-guida para os boxes.

Para completar o deslize,Schumacher ainda excedeu olimite de velocidade no pit lanee foi punido com uma paradaobrigatória, após ter largado dosboxes.

Na pista, Hamilton susten-tou a primeira posição após lar-gar na pole, assim comoGrosjean se manteve na vice-lid-erança, Vettel sustentou a tercei-

ra colocação e o inglês JensonButton segurou o quarto postodo grid. Já Alonso largou mel-hor do que Raikkonen e assu-miu o quinto lugar, enquanto oaustraliano Mark Webber tam-bém brilhou ao conseguir saltarlogo de cara de 11.º para o séti-mo lugar.

O brasileiro Bruno Senna,por sua vez, largou bem da nonaposição e ultrapassou o vene-zuelano Pastor Maldonado, seucompanheiro de Williams, etambém o seu compatriota Feli-pe Massa, da Ferrari, que saiuem sétimo.

Após dominar o primeirodia de treinos livres e depois ode classificação, Hamilton justi-ficou a sua superioridade na pis-ta no início da corrida deste do-mingo, cravando por duas vezesa melhor volta da corrida até o11.º giro dos pilotos na pista.

Grosjean, porém, seguia na

mesma toada e também cravouduas voltas mais rápidas na faseinicial da corrida e se mantinhapróximo a Hamilton. E já no pri-meiro terço da corrida todos ospilotos já haviam ido para osboxes para trocar pneus, sendoque apenas Grosjean, Vettel eRaikkonen mantiveram ospneus macios.

Em meio a todo este proces-so de paradas, Button acabouficando com a terceira posição eVettel caiu para o quarto lugar,enquanto Grosjean seguia colo-cando pressão sobre Hamilton.E, após uma nova jornada detrocas de pneus dos pilotos nosboxes, Hamilton perdeu porpouco tempo a liderança paraRaikkonen, beneficiado pelasérie de paradas dos pilotos quevinham na sua frente.

Alonso, um dos últimos dosponteiros a fazer a segunda pa-rada, foi para os boxes na 44.ª

volta e retornou para a pista emsétimo lugar, logo à frente deBruno Senna.

Na 46.ª volta, Raikkonenpartiu para a sua segunda para-da nos boxes e voltou para apista justamente no momentoem que Grosjean cruzava a reta.E, com uma ultrapassagem arro-jada, ele chegou a jogar o parcei-ro de Lotus para fora da pistapara ficar com a segunda posi-ção, com Hamilton já tendo reto-mado a ponta.

E, em ritmo forte, Raikko-nen é que começou a pressionarHamilton, mas o inglês se segu-rava de forma segura na ponta,embora a diferença seguissepequena entre ele e o finlandês.Já Vettel fez a sua terceira para-da e conseguiu voltar namesma quarta posição que ocu-pava, logo à frente de Alonso, oquarto, que tentou pressionar,mas acabou ficando mesmo em

quinto.Já entre os brasileiros, Bruno

Senna conquistou a sétima posi-ção, enquanto Massa foi apenaso nono. Para o piloto daWilliams, o resultado pôde serconsiderado expressivo, pois elelargou em nono. O ferrarista,que vinha em evolução nas duasúltimas corridas, voltou a amar-gar uma prova ruim depois desair do sétimo posto do grid.Logo à frente de Senna na provadeste domingo, por sinal, ficou oinglês Jenson Button, da McLa-ren, o sexto.

Depois da realização do GPda Hungria, a Fórmula 1 teráagora uma pausa de mais de ummês e só contará com a sua pró-xima etapa no dia 2 de setembro,em Spa-Francorchamps, na Bél-gica, palco da 12.ª corrida datemporada de 2012.

Comemoram no pódio: o finlandês da Lotus Kimi Raikkonen (2º), o inglês Lewis Hamilton da McLaren (1º) e o francês Romain Grosjean, também da Lotus (3º)

Divulgação

PILOTOFernando AlonsoMark WebberSebastian VettelLewis HamiltonKimi RäikkönenNico RosbergJenson ButtonRomain GrosjeanSergio PérezKamui KobayashiPastor MaldonadoMichael SchumacherPaul di RestaFelipe MassaBruno SennaNico HülkenbergJean-Éric VergneDaniel Ricciardo

1º2º3º4º5º6º7º8º9º10º11º12º13º14º15º16º17º18º

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Mundial de pilotos

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012 Especial |B7

Governo tem de repassar R$ 50 bi a estados> PENDENGA

Congresso Nacional tem que decidir sobre distribuição até o final do ano, segundo determinação do Supremo Tribunal Federal

Um contencioso de quase R$50 bilhões, em que estão envol-vidos os estados e o Distrito Fe-deral, terá de ser decidido peloSenado e pela Câmara dos De-putados até o fim deste ano. Oprazo foi estabelecido pelo Su-premo Tribunal Federal ao con-siderar inconstitucionais as atu-ais regras de distribuição doFundo de Participação dos Es-tados e do Distrito Federal(FPE), previstas na Lei Comple-mentar 62/1989. Sem critériospreviamente definidos, a Uniãonão terá como distribuir essesrecursos a partir de janeiro de2013.

Correndo contra o tempo, ascomissões de Assuntos Econô-micos (CAE) e de Constituição,Justiça e Cidadania (CCJ) plane-jam uma série de audiênciaspúblicas neste segundo semes-tre para discutir o assunto. Opresidente da CCJ, senadorEunício Oliveira (PMDB-CE),disse à Agência Senado que asdiscussões ocorrerão paralela-mente às eleições municipais,em que todos os parlamentaresestarão direta ou indiretamenteenvolvidos.

O presidente da CAE, sena-dor Delcídio Amaral (PT-MS),informou à Agência Senado queserão convidados para asaudiências públicas secretários

de Fazenda dos estados - um re-presentando cada região - e o se-cretário executivo do Ministérioda Fazenda, Nelson Barbosa.

A fim de agilizar a discus-são, as audiências poderão serrealizadas em conjunto com aCâmara, ao longo dos esforçosconcentrados para votação dematérias, como afirmou Delcí-dio Amaral. O objetivo é produ-zir um substitutivo a todos osprojetos em tramitação, que te-ria preferência para votação nascomissões e no Plenário do Se-nado e da Câmara.

CRITÉRIOSNo Senado e na Câmara tra-

mitam várias propostas, amaioria consagrando o critériodistributivo do FPE, pelo qualestados com rendas per capitamais baixas são contempladoscom fatias maiores de recursos.Hoje, 85% do montante do FPEvão para os estados das regiõesNorte, Nordeste e Centro-Oestee 15%, para os estados dasregiões Sudeste e Sul.

Algumas propostas, como ado senador Marcelo Crivella(PRB-RJ) - PLS 744/2011 -, in-troduziram critérios diferentes.Para Crivella, a participação decada estado e do Distrito Fe-deral no FPE observará inicial-

mente a diretriz devolutiva. Co-mo o FPE é composto de 21,5%do montante arrecadado do Im-posto de Renda (IR) e do Im-posto sobre Produtos Industria-lizados (IPI), o senador propôsque se fizesse inicialmente a de-volução aos estados que gera-ram essa arrecadação tributáriao montante ali obtido pelaUnião com IR e IPI.

O que sobrasse seguiria apartilha distributiva - inversa-mente proporcional à renda percapita anual de cada ente fede-rativo. Esse critério recebeu pa-recer pela rejeição da Comissãode Desenvolvimento Regional eTurismo (CDR), sob o argumen-to de que contraria o objetivo dapartilha, estabelecido na Cons-tituição, de promover o equilí-brio socioeconômico entre os es-tados. Para os senadores daCDR, após a devolução, nadasobraria para a partilha distribu-tiva.

CONSERVAÇÃOOutra inovação, proposta

pela senadora VanessaGrazziotin (PCdoB-AM) - PLS192/2011 - e pelos senadoresRandolfe Rodrigues (PSOL-AP), Romero Jucá (PMDB-RR), Valdir Raupp (PMDB-RO) e Jorge Viana (PT-AC) -

PLS 289/2011 -, é a reserva departe dos repasses do FPEpara estados que abriguemunidades de conservação danatureza ou terras indígenasdemarcadas. Detalhando ocaráter distributivo - comumà maioria dos projetos -, am-bas as propostas prevêem ouso de indicadores sociaispara o repasse.

Além de consagrar a utili-zação da renda per capita cal-culada pelo Instituto Brasileirode Geografia e Estatística(IBGE), essas propostas in-cluem indicadores como o Ín-dice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH) e o coeficiente deatendimento domiciliar deágua tratada e esgoto. A idéia éfazer a distribuição pelo inver-so dos indicadores: estadoscom números ruins receberiamproporcionalmente maioresquotas do FPE.

EDUCAÇÃOJá o senador Cristovam

Buarque (PDT-DF) propôs, noPLS 114/2012, a incorporaçãodo Índice de Desenvolvimentoda Educação Básica (Ideb) noscritérios de distribuição do FPE.A intenção de Cristovam é desti-nar aos estados cujas escolas têmo Ideb mais baixo a maior fatiados recursos. Como esse indica-dor mede a qualidade de cadaescola, o objetivo é fazer comque o FPE tenha na educação amesma função de promover oequilíbrio socioeconômico entreos estados.

A mescla de critérios é co-mum às propostas. O PLS761/2011, do senador RicardoFerraço (PMDB-ES), prevê apartilha igualitária de um mon-tante e a distribuição do restantecom base em indicadores soci-ais, população e tamanho doestado. Além disso, Ferraço quera criação de um fundo de estabi-lização para prevenir a oscilaçãoe assegurar a previsibilidade dareceita.

Outros projetos que discipli-nam o rateio do FPE são PLS35/2012, do senador AloysioNunes (PSDB-SP); PLS 89/2012,do senador João Vicente Clau-dino (PTB-PI); e PLS 100/2012,do senador Francisco Dornelles(PP-RJ). Estudo da ConsultoriaLegislativa do Senado mostra oimpacto de cada proposta norateio dos recursos para os esta-dos.

Senador Eunício Oliveira, presidente da CCJ, diz que as discussões interessam a todos os congressistas e ocorrerão durante o periódo eleitoral

Divulgação

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Primeira Edição | 30 de julho a 5 de agosto, 2012B8 | Social

ANIVERSÁRIO DE BEBETO VILAR> ACONTECENDO

O empresário Bebeto Vilar comemorou mais um ano de vida no último dia 22. Para celebrar a nova idade, escol-heu a cidade do Recife, onde esteve reunido com os familiares e amigos.