3. revisão de literatura
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2 REVISÃO DE LITERATURA
2.1 Uso de plantas medicinais no mundo
Inicialmente o homem primitivo utilizava as plantas como fonte de alimento e
aos poucos como matéria prima na confecção de roupas, ferramentas e outros objetos.
Posteriormente, as espécies vegetais começaram a ser utilizadas em rituais de cura e
eram muitas vezes elevadas à categoria de “divindade” por algumas civilizações, devido
às propriedades terapêuticas que algumas plantas possuíam. Diversas culturas antigas
utilizaram recursos naturais como garantia de qualidade de vida (BRAGA, 2011).
Como afirma Ortega (2009) a história do uso de plantas medicinais é
basicamente a história da própria humanidade. Ainda de acordo o autor, cada cultura e
civilização usaram plantas extensivamente desde a pré-história. O autor ainda faz relatos
sobre sementes e grãos de pólen encontrados em associação com ossos humanos, ao
qual permitem deduzir que de alguma forma foram utilizados um grande número de
plantas pela humanidade em tempos remotos (MEDISAN, 2014).
Segundo Argenta et al . (2011) o “Papiro de Ébers” é um dos primeiros registros
que relatam o uso de plantas medicinais. Foi descoberto e publicado por Georg Ébers, e
traduzido pela primeira vez, em 1890, por H. Joachin. Esse é um documento de
referência histórica pertencente a época da XVIII Dinastia, no Egito, e contêm
catalogadas 125 plantas medicinais e 811 receitas.
Na civilização grega, diversos filósofos se destacaram em relatos sobre o uso de
plantas medicinais. Hipócrates, conhecido como “Pai da Medicina”, escreveu a obra
“Corpos Hipocratium”, que utilizava a natureza como guia na escolha de remédios,
apontando para cada enfermidade um remédio vegetal diferente e o tratamento. Outro
filósofo foi Teofrasto (372 a.C.) que registrou o uso da espécie Papaver somniferum,
cujo o princípio ativo é a morfina (BRAGA, 2011; LEIDEN, 2010).
Na era cristã, um médico de Nero, chamado Pelácious, realizou diversos estudos,
contabilizando cerca de 500 espécies de plantas medicinais. Com o crescimento
demasiado da Igreja Católica na Idade Média, as pesquisas realizadas foram caindo no
esquecimento, assim como foi deixado de lado os estudos com plantas devido a
influência da igreja que era contraria a ciência. Somente no século XIII as plantas
medicinais foram novamente estudadas com o surgimento das Escolas de Salerno e
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Montpelier, na Europa. Com base nos escritos do século IV por Dioscórides, em 1484
foi impresso o primeiro livro sobre o cultivo de plantas medicinais. Desde então, vários
livros foram impressos na Europa (BRAGA, 2011).
“O homem primitivo buscou na natureza as soluções para os diversos malesque o assola, fossem esses de ordem espiritual ou física. Aos feiticeiros
considerados intermediários entre os homens e os deuses cabia a tarefa de
curar os doentes, unindo-se, desse modo, magia e religião ao saber empírico
das práticas de saúde, a exemplo do emprego de plantas medicinais. A era
Antiga inaugurou outro enfoque, quando, a partir do pensamento
hipocrático, que estabelecia relação entre ambiente e estilo de vida das
pessoas, os processos de cura deixaram de ser vistos apenas com enfoque
espiritual e místico (ALVIM, et al ., 2006 apud FIRMO, et al ., 2011)”.
Em muitos países em desenvolvimento, uma grande parte da população depende
de médicos tradicionais e seu conhecimento acerca de plantas medicinais, a fim de
atender às necessidades de cuidados a saúde. Embora a medicina moderna possa existir
lado a lado com tal prática tradicional, os medicamentos fitoterápicos têm
frequentemente mantido sua popularidade por razões históricas e culturais (IARC,
2002).
2.2
Uso de plantas medicinais no Brasil
De acordo Braga (2011), no Brasil, as plantas medicinais eram utilizadas pelos
índios nos rituais conduzidos pelos “pajés”, que eram os detentores do conhecimento na
tribo, sendo os responsáveis pela transmissão das informações de geração em geração.
Esse conhecimento foi repassado também para os colonizadores europeus que chegaram
ao Brasil colônia e exploraram diversas áreas do país, contribuindo para a soma dos
conhecimentos trazidos pelos europeus.
Em 1587, após inúmeras “trocas” de conhecimento entre os índios nativos e os
colonizadores, Gabriel Soares de Souza publicou no Tratado Descritivo do Brasil a
utilização de plantas medicinais no país. Nesse tratado continha descrições do uso de
plantas pelos índios em rituais de cura e de celebração. Os médicos portugueses que
vieram ao Brasil perceberam que o uso de plantas medicinais era de extrema
importância devido à falta de remédios empregados na Europa em suas colônias, e então
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incorporaram em seus tratamentos a medicina tradicional indígena (VEIGA & PINTO,
2005).
A população brasileira, desde então, tem usado plantas medicinais para a cura de
doenças e controle de pragas. Sendo essa cultura passada de geração para geração de
forma oral, o que torna diferente o uso das plantas medicinais em cada região do país.
Normalmente é fácil encontrar ao longo das cidades brasileiras o comércio de plantas
medicinais em feiras ou mercados, e em alguns casos o uso de plantas medicinais se
torna o único recurso para o tratamento em algumas comunidades (ASSIS JUNIOR,
2012).
“A s espécies vegetais utilizadas no conhecimento popular têm se tornado
objeto de estudo em muitos países e uma fonte importante de produtosnaturais biologicamente ativos, que podem resultar num potencial fármaco,
para as mais diversas doenças. Atualmente, cerca de 13.000 plantas são
usadas como fármacos ou para a síntese de moléculas medicinais
(ARGENTA et al ., 2011)”.
No século XIX, o uso de produtos naturais entrou em declínio devido ao
marketing feito pelas indústrias de fármacos sintéticos e também por causa dos novos
processos de produção industrial de medicamentos. Além disso, o crescente
desenvolvimento do estudo da química, com o isolamento de novas substâncias em
laboratório e novos produtos de síntese, foram fatores que levaram a substituição de
plantas por medicamentos sintéticos (FIGUEREDO et al ., 2014).
Entretanto, de acordo Leite (2000), nos últimos anos a população tem
questionado os perigos do uso abusivo de produtos farmacêuticos sintéticos, procurando
assim substituí-los por plantas medicinais, além disso, muitos estudos realizados
comprovam a ação terapêutica de produtos de origem vegetal.
Desta forma, o território brasileiro que possui uma das maiores biodiversidades
do mundo, têm crescido em números de pesquisas e estudos com produtos de origem
vegetal que possuem propriedades terapêuticas ou propriedades que auxiliem a
população em diversos seguimentos, não só da saúde, mas também, da qualidade de
vida (FIGUEREDO et al ., 2014).
2.3 Legislação Brasileira sobre o uso de plantas medicinais
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Segundo Gibertoni et al . (2014) a necessidade de regulamentação para o uso de
plantas medicinais e fitoterápicos surgiu em 1978 em uma conferência de Alma-Ata
onde a Organização Mundial de Saúde (OMS) propôs a incorporação da medicina
tradicional e complementar aos sistemas de saúde.
Em 1994 surgiu, no Brasil, a Estratégia de Saúde da Família, na qual o objetivo
era propor práticas assistenciais voltadas para a família, entendida e percebida a partir
de seu ambiente físico e social. Isso fez com que a equipe multidisciplinar
compreendesse melhor a saúde e a necessidade de cada comunidade. A OMS estima que
cerca de 80% da população faz uso de plantas medicinais. Isso mostra que há inúmeras
possibilidades de aplicações em diversas patologias. E é imprescindível a união do
conhecimento popular e científico para uma melhor escolha dos produtos naturais
(GIBERTONI et al ., 2014).
O Ministério da Saúde em 2006 adotou a Política Nacional de Plantas
Medicinais e Fitoterápicos, regulamentada por meio do Decreto nº 5.813, de 22 de
junho de 2006, criada devido a presença da ciência fitoterápica na população, e também
pelo fato de que o Brasil possui uma das maiores parcelas da biodiversidade mundial
(15 a 20%). O programa tem como objetivo promover o uso sustentável dos
componentes da biodiversidade brasileira, conduzindo à geração de riquezas com
inclusão social e melhoria da qualidade de vida, bem como melhorar a atenção à saúde
dos usuários do Sistema único de Saúde (SUS). Com esse programa é possível que o
Brasil se torne um país de destaque no cenário internacional, bem como decair a
dependência tecnológica existente (BRASIL, 2006).
“O Brasil é detentor da maior biodiversidade do planeta. Com cerca de 22%
de todas as espécies vegetais conhecidas, o Brasil possui um patrimônio
genético potencialmente capaz de render-lhe benefícios econômicos
astronômicos (LÓPEZ, 2006)”.
Segundo a Resolução da Diretoria Colegiada nº 48/2004 da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), fitoterápicos são medicamentos preparados
exclusivamente com plantas ou partes de plantas medicinais (raízes, cascas, folhas,
flores, frutos ou sementes), que possuem propriedades reconhecidas de cura, prevenção,
diagnóstico ou tratamento sintomático de doenças, validadas em estudos
etnofarmacológicos, documentações tecnocientíficas ou ensaios clínicos de fase 3. Com
o crescimento da ciência e tecnologia as plantas medicinais estão tendo suas funções
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comprovadas e vem crescendo o uso por profissionais de saúde tratamentos de
enfermidades. Os produtos fitoterápicos são responsáveis por movimentar, no mercado
farmacêutico brasileiro, cerca de 400 milhões de dólares anualmente e gera em torno de
100 mil empregos diretos e indiretos (LÓPEZ, 2006).
2.4 História da utilização de Chás
O chá vem de uma história cheia de mistério, fábula e misticismo, e com
inúmeros eventos históricos. Não se sabe ao certo se as histórias são verídicas, porém,
possuem respaldo histórico que levam a compreender a importância dessa bebida desde
a antiguidade. Uma das histórias mais conhecidas é a de que o imperador Shen Nung foio primeiro a experimentar o chá, por volta do ano 2737 a. C. Segundo a lenda, o
imperador bebia água fervida por motivos de higiene, e ao parar em uma sombra de
árvore para um breve repouso, folhas caíram em seu recipiente que estava fervendo a
água. Observando a mudança de coloração da água decidiu provar a bebida, e achou
saborosa e revitalizante. Não existe nenhum registro histórico que comprove essa
história, mas os chineses utilizam o chá desde a antiguidade (BRAIBANTE et al .,
2014).Como descrito por Valenzuela (2004) um dos primeiros registros escritos sobre a
utilização de chás foi de um livro chinês sobre plantas medicinais datado de 200 a. C.,
que contém informações sobre efeitos desintoxicantes das folhas de chá. Esse registro
indica que na época já se utilizavam chás para fins medicinais.
Na Idade Média, a Europa passou a receber vários carregamentos oriundos da
Ásia, dentre eles o chá. O chá foi se distribuindo por vários países europeus, e por
consequência foi recebendo vários nomes diferentes, variando em cada país. Existia
uma colônia portuguesa na China chamada Macau, que utilizava o chá, e chamava-o de
“tchã”, ao chegar em terras brasileiras ficou conhecido como chá (BRAIBANTE et al .,
2014).
A utilização de chá é mundialmente conhecida e até hoje apresenta uma enorme
importância socioeconômica, possuindo uma produção de cerca de três bilhões de
toneladas por ano em todo o mundo. Entretanto, a relação entre a produção de chá com
o consumo tem se mantida inversamente proporcional, onde é observado que a
produção é maior que o consumo, o que provoca uma redução do preço. No Brasil, um
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dos maiores produtores de chá se encontra no Vale do Ribeira, em São Paulo, onde
praticamente toda a produção é exportada (LIMA et al ., 2009).
No Brasil, segundo a Resolução RDC Anvisa nº 277/2005, regulamento técnico
para café, cevada, chá, erva-mate e produtos solúveis, caracteriza chá como produto
alimentício e por sua vez é comercializado como tal.
Resolução RDC nº. 277/2005
Anexo
[...]
Item 2.2. Chá: é o produto constituído de uma ou mais partes de espécie(s)
vegetal(is) inteira(s), fragmentada(s) ou moída(s), com ou sem fermentação,tostada(s) ou não, constantes de Regulamento Técnico de Espécies Vegetais
para o Preparo de Chás. O produto pode ser adicionado de aroma e ou
especiaria para conferir aroma e ou sabor.
A RDC 277/2005 dispõe também que os produtos que apresentem indicações
terapêuticas são considerados medicamentos, portanto, sua fabricação e/ou
comercialização obedece a legislação especifica para o tal. Em 2010 foi publicada a
Resolução RDC Anvisa nº 10/2010, que dispõe sobre a notificação de drogas vegetais
junto à ANVISA (Agencia de Vigilância Sanitária) e dá outras providências. Nesse
documento possui uma lista de chás que são reconhecidos por sua função terapêutica,
tomando como base as informações obtidas pelo uso tradicional e comprovações de
estudos científicos. Apesar de não contemplar toda a biodiversidade brasileira, a RDC
10/2010 é um marco importante na diferenciação entre chá alimentício e chá medicinal.
2.5 Histórico da Erva-Mate
Erva-mate (figura 1) é uma árvore perene pertencente a espécie Ilex
paraguariensis e da família Aquifoliaceae. Desde a antiguidade, nativos das Américasutilizavam chá de Erva-mate a partir das folhas de Ilex paraguariensis, pois era tido
como uma bebida tônica e estimulante. Seu uso tornou-se muito popular nas Américas,
principalmente no Brasil e Paraguai. Perto de Lima no Peru, foram encontradas, em
túmulos pré-colombianos, folhas de erva mate ao lado de alimentos e objetos, indicando
o uso por Incas. (NORA, 2008).
Desde então, o chá de mate é consumido em diversos locais do Brasil,
principalmente no Rio Grande do Sul e Paraná, onde é conhecido como Chimarrão,
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possuindo vários compostos bioativos com diversas funcionalidades medicamentosas e
dietéticas (NORA, 2008).
Figura 1. Chá de Erva-Mate.Fonte: http://www.conteudomega.com.br/wp-content/uploads/2012/02/erva-mate1.jpg - acessado dia
28/02/2015
A história da Erva-Mate no sul do Brasil se inicia com a observação dos
registros de bandeirantes paulistas, que percorreram as regiões da Guaíra entre 1628 e
1632, e voltaram com índios Guaranis prisioneiros. Os índios trouxeram o hábito de
beber o chá, e por consequência os portugueses foram se habituando à bebida. Entre
1873 a 1890, no Paraná, existia um monopólio de capital e trabalho, onde a erva-mate
era o principal produto de exportação da Província do Estado. Até o início da 1ª Guerra
Mundial, no Paraná a erva-mate era considerada o maior polo econômico, até a madeira
entrar e conquistar a condição de principal produto (MATTOS, 2011).
Segundo a RDC 277/2005, a Erva-Mate é o produto constituído exclusivamente
pelas folhas e ramos de Ilex paraguariensis St. Hil., obtido por processo de secagem e
fragmentação destinado ao preparo de "chimarrão" ou "tererê" podendo ser adicionado
de açúcar.
2.6 Espécie I lex paraguariensis St. Hil
A espécie Ilex paraguariensis St. Hil, conhecida popularmente como erva-mate,
pertence à família Aquifoliaceae, e gênero Ilex L., essa família possui mais de 500
espécies em regiões subtropicais e temperadas do mundo. A maioria é localizada na
América do Sul e Ásia, somente no Brasil são conhecidas mais de 50 espécies. Sãoencontradas em vários tipos de vegetação, incluindo restinga (vegetação costeira aberta
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ou fechada em solos arenosos), campo rupestre (vegetação de afloramentos rochosos em
alta altitude), Mata Atlântica e Floresta Ombrófila Mista (vegetação em altitudes
elevadas com chuva no ano todo) (GROPPO, 2007; BERTOLDO et al ., 2014).
O gênero Ilex é considerado cosmopolita (encontrado em quase todo o planeta),
entretanto é melhor representado em regiões quentes e úmidas em relação a climas
temperados e frios. Três espécies vivem na Europa, cerca de 200 na China e no sudeste
asiático, e pouco mais que 300 nas Américas, principalmente América do Sul que
possui cerca de 218 espécies registradas A erva-mate possui características próximas à
laranjeira, com caule de cor cinza, normalmente com 20 a 25 cm de diâmetro, em alguns
casos pode atingir 50 cm. A altura da árvore viária de acordo com as condições do local,
manejo e idade da planta (ROSSA, 2013).
A erva-mate é nativa da América do Sul, extraída em maior parte por ervais
nativos ou adensados, explorados por pequenos produtores, onde por sua vez é
comercializada para grandes indústrias produtoras (CANTERLE, 2005).
Segundo Canterle (2005), A relevância do caráter social da atividade
ervateira é demonstrada pelos indicadores das propriedades rurais, com umtotal de aproximadamente 180.000 produtores, gerando cerca de 710.000
postos de trabalho diretos, com um volume de recursos da ordem de 180
milhões de reais por ano. A implantação e manutenção de ervais em áreas de
preservação da Mata Atlântica são uma importante atividade agrícola comvistas ao desenvolvimento sustentado das populações que habitam essasregiões.
A erva-mate possui diversos tipos de compostos com propriedades medicinais em
sua composição, como saponinas, metilxantinas, taninos, compostos fenólicos,
componentes minerais, entre outros. Porém a variação entre o teor de cada composto na
planta varia de acordo o estágio evolutivo da planta, a época da colheita, as
características do ambiente e solo, e também os processos de extração (BARLETTE,
2011).
A erva-mate é comercializada, em maior quantidade em forma de saches e
“chimarrão”, e possui propriedades nutricionais e medicinal. Uma vantagem deste
produto é que o mesmo possui cafeína, outros fito-estimulantes e compostos
antioxidantes, sem a adição de componentes sintéticos ou conservantes na formulação
(LIMA et al ., 2012). Ainda segundo Lima e colaboradores, a erva-mate pode ser
utilizada como veículo, não lácteos para consumo probiótico, especialmente porvegetarianos e consumidores intolerantes à lactose.
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Tradicionalmente o uso de tais bebidas é recomendado para o tratamento de
artrite, dores reumáticas, hemorróidas, dor de cabeça, obesidade, fadiga, retenção de
líquido e hipertensão. Compostos fenólicos como ácido clorogênico, ácido caféico e
flavonóides, além das metilxantinas como cafeína e teobromina são os principais
responsáveis pelos diversos efeitos farmacológicos citados (CANTERLE, 2005).
Em um estudo realizado por Castaldelli e colaboradores, na Universidade
Estadual do Oeste do Paraná localizada em Cascavel – Paraná, onde foram feitos testes
em ratos tipo Wistar, verificou que o uso de erva-mate em forma de “chimarrão”
apresenta influencia no comportamento animal (aumenta o estado de alerta e exploração
de ambientes novos), e pode diminuir níveis de colesterol e triglicérides, sem
influencias a taxa de glicose (CASTALDELLI et al ., 2011). Outros trabalhos tambémmostram o efeito antilipémico da erva-mate (ARÇARI et al ., 2009).
Em um estudo realizado por Andrici e Eslick, 2012, onde realizaram uma meta-
análise de estudos que relatam o consumo de mate em pacientes com carcinoma
epidermóide de esôfago, mostrou que o consumo de mate foi associado com um
aumento do risco de carcinoma de célula escamosa esofágica.
2.7 Prospecção Fitoquímica
2.8 Fenólicos Totais
2.9 Flavonóides