3-eletrodo revestido - soldagem

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ÁREA TECNOLÓGICA: Metalmecânica Identificação do MDI: Soldagem Eletrodo Revestido

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noçoes de eletrodo

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Page 1: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

ÁREA TECNOLÓGICA:

Metalmecânica

Identificação do MDI:

Soldagem Eletrodo Revestido

Page 2: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

2

VISÃO

“Consolidar-se como o líder estadual em educação profissional e tecnológica e ser

reconhecido como indutor da inovação e da transferência de tecnologias para a indústria

brasileira, atuando com padrão internacional de excelência”.

MISSÃO

Promover a educação profissional e tecnológica, a inovação e a transferência de tecnologias

industriais, contribuindo para elevar a competitividade da indústria brasileira.

VALORES

Transparência

Iniciativa

Satisfação ao Cliente

Ética

Alta Performance

Valorização das Pessoas

POLÍTICA DA QUALIDADE

Satisfazer as necessidades dos clientes com produtos competitivos reconhecidos pelo

mercado.

Intensificar ações de aperfeiçoamento e valorização de competências dos empregados.

Assegurar o aprimoramento contínuo dos processos e serviços com padrões de

qualidade, para o alcance de resultados.

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Page 3: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

3

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS NO ESTADO DE MATO GROSSO – FIEMT

Jandir José Milan

Presidente

CONSELHO REGIONAL

Jandir José Milan

Presidente

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL

Lélia Rocha Abadio Brun

Diretora Regional do Departamento Regional de Mato Grosso

Rubens de Oliveira

Gerente de Educação e Tecnologia – GETEC

Silvânia Maria de Holanda

Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Inicial e Continuada -

UEDE

Eveline Pasqualin Souza

Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento em Educação Técnica e Tecnológica -

UNETEC

Page 4: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

4

© 2012 – SENAI/MT – Departamento Regional.

É proibida a reprodução total ou parcial deste material por qualquer meio ou sistema sem o

prévio consentimento do editor.

EQUIPE TÉCNICA DE ORGANIZAÇÃO

Elizângela Farias de Oliveira

Luiza Maria Aparecida de Queiroz

SENAI - MT

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

Av. Historiador Rubens de Mendonça, 4.301

Bairro Bosque da Saúde - CEP 78055-500 – Cuiabá/MT

Tel.: (65) 3611-1500 - Fax: (65) 3611-1557

www.senaimt.com.br

S477s

SENAI/MT

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial. Material Didático da

Meta mecânica – Curso: Soldagem no Processo TIG. Departamento

Regional. Cuiabá - MT, 2012.

1. Soldagem TIG. 2. Fontes e correntes para soldagem. 3. Corte

térmico. 4. Preparação e juntas. 5.Higiene e segurança do

trabalho.

CDU 621.7

Page 5: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

5

APRESENTAÇÃO

Caro(a) Estudante, É com prazer que apresentamos este material didático que foi desenvolvido para facilitar

seu aprendizado nos cursos de Educação Profissional do Serviço Nacional de

Aprendizagem Industrial – SENAI de Mato Grosso.

Este material tem o objetivo de atender as demandas industriais e satisfazer as

necessidades de pessoas que buscam atualização e conhecimentos através de cursos

profissionalizantes.

Os conteúdos formativos deste material foram concebidos para atender as Áreas

Tecnológicas de atuação do SENAI, alinhados aos Perfis Profissionais Nacionais elaborados

por Comitês Técnicos Setoriais do SENAI Departamento Nacional e com a Classificação

Brasileira de Ocupações – CBO.

Esperamos que este material didático desperte sua criatividade, estimule seu gosto pela

pesquisa, aumente suas habilidades e fortaleça suas atitudes. Requisitos fundamentais para

alcançar os resultados pretendidos em um determinado contexto profissional.

Page 6: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

6

INFORMAÇÕES GERAIS

- Objetivo do Material Didático:

Visa proporcionar o desenvolvimento de capacidades referente à soldagem em eletrodos

revestidos, bem como, capacidades sociais, organizativas e metodológicas, de acordo com a

atuação do profissional no mundo do trabalho.

- Área Tecnológica:

Metalmecânica

- Eixo Tecnológico:

Controle e processos industriais

Page 7: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

7

ÍCONES DE ESTUDOS

Durante a leitura deste material você encontrará alguns ícones para chamar sua atenção

sobre um assunto destacado. Para contribuir com a eficácia destas reflexões,

recomendamos ao aluno que realize seus estudos e registre suas conclusões,

possibilitando sua auto-avaliação e reforço do aprendizado. Veja o significado dos ícones:

Prazo de entrega de tarefas ou exercícios propostos pelo professor

Proposição de trabalhos de pesquisa ou leitura de outros referenciais sobre o

tema.

Traz dicas importantes sobre um assunto

Indicação de site para pesquisa e maior aprofundamento sobre o tema

Questionário proposto pelo professor sobre um assunto ou tema

importante de ser trabalhado pelo estudante.

Resumo dos pontos importantes abordados no desenvolvimento de um tema.

Tarefas práticas propostas pelo professor a serem realizadas pelo estudante

visando consolidar o aprendizado de um determinado assunto.

Page 8: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

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SUMÁRIO

CAPITULO I ........................................................................................................................11

SAÚDE E HIGIENE DO TRABALHO ........................................................................ 11 Medidas de proteção coletiva .......................................................................................11 Medidas de proteção individual ....................................................................................12 Quanto ao epi cabe ao empregador: ............................................................................13 Quanto ao epi cabe ao empregado: .............................................................................13

CAPITULO II .......................................................................................................................14

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL ......................................................... 15 Quanto a mascara de solda .........................................................................................16 Quanto aos óculos de segurança .................................................................................16

CAPITULO III ......................................................................................................................16

CUIDADOS COM O CIRCUITO DE SOLDAGEM ......................................................... 17 Riscos elétricos ............................................................................................................17 Alta periculosidade elétrica ...........................................................................................18 Perigos elérticos em relação ao circuito de soldagem..................................................18 Perigos elétricos em relação aos ambientes ................................................................18

CAPÍTULO IV ......................................................................................................................19

PROTEÇÃO CONTRA RISCOS EM FONTES DE CORRENTE ....................................... 20

CAPITULO V .......................................................................................................................20

SOLDAGEM AO ARCO ELETRICO ......................................................................... 21

CAPITULO VI ......................................................................................................................21

PERIGOS DO ARCO ELÉTRICO ............................................................................ 22 Perigos de radiação......................................................................................................22 Proteção dos olhos contra as radiações .......................................................................22 Substâncias poluentes .................................................................................................23

CAPITULO VII .....................................................................................................................25

AMBIENTES DE RISCO PARA SOLDAGEM .............................................................. 25 Soldagem em ambientes fechados ..............................................................................25 Medidas de prevenção antes de iniciar a soldagem .....................................................26 Medidas de prevenção durante a soldagem .................................................................27 Soldagem e corte de recipientes em ambientes confinados ........................................27 Antes do trabalho .........................................................................................................27 Durante o trabalho ........................................................................................................27

CAPITULO VIII ....................................................................................................................29

GASES TÉCNICOS NOS PROCESSOS DE SOLDAGEM .............................................. 29 Gases técnicos .............................................................................................................29 Danos em cilindros de oxigênio e de acetileno ............................................................30 Manipulação dos cilindros para soldagem e corte a gás ..............................................30 Fixação dos cilindros e instalação dos reguladores .....................................................31 Guarda das mangueiras ...............................................................................................31 Abertura do cilindro com manômetro despressurizado ................................................31

Page 9: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

9

Verificação de vazamentos ..........................................................................................32

CAPITULO IX ......................................................................................................................34

ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE SOLDAGEM ............................................................ 34

CAPITULO X .......................................................................................................................35

PRIMEIROS-SOCORROS .................................................................................... 35 Ferimentos ...................................................................................................................35 Olhos ............................................................................................................................35 Queimaduras ................................................................................................................35 Intoxicação com gases ou fumaça ...............................................................................35 Acidentes causados pela corrente elétrica ...................................................................35 Parada cardíaca e respiratória .....................................................................................36

CAPITULO XI ......................................................................................................................37

EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM DO PROCESSO TIG .......................................... 37 Aplicações ....................................................................................................................37 Característica ...............................................................................................................38 Vantagens ....................................................................................................................38 Desvantagens ..............................................................................................................38 Equipamentos ..............................................................................................................39 Tocha, bicos de contato e bocais .................................................................................39 Bco de contato .............................................................................................................40 Bocal de soldagem .......................................................................................................41 Fonte de energia ..........................................................................................................42 Fontes de gás ...............................................................................................................42

CAPITULO XII .....................................................................................................................45

FERRAMENTAS DE SOLDAGEM ........................................................................... 45 O ferro de soldar...........................................................................................................45 O ferro de soldar a gás .................................................................................................45 A lamparina de soldar ...................................................................................................46 O maçarico ...................................................................................................................46 Os maçaricos bi-gás .....................................................................................................46 A preparação para a soldagem ....................................................................................47 A capilaridade ...............................................................................................................47 A soldagem branda ......................................................................................................47 A soldagem forte ..........................................................................................................47 A limpeza ......................................................................................................................48 A pasta .........................................................................................................................48 Processo de soldagem .................................................................................................48 A montagem .................................................................................................................48 O aquecimento .............................................................................................................49 Pára-chamas ................................................................................................................49 Ligação .........................................................................................................................49 Com cobre ou prata ......................................................................................................50 A lamparina de soldar ...................................................................................................50 A regulação ..................................................................................................................51 O aquecimento .............................................................................................................51 A aplicação da solda ....................................................................................................51

Page 10: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

10

Preparo de equipamento de solda ao arco eletrico ......................................................52 As arestas chanfradas ..................................................................................................52 As junções ....................................................................................................................52 A soldadura em ângulo .................................................................................................52 A regulação da intensidade ..........................................................................................53 O funcionamento do arco .............................................................................................53 Pingagem .....................................................................................................................54 A soldadura ..................................................................................................................54

Referências .........................................................................................................................55

Page 11: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

11

CAPITULO I

Neste capítulo estudaremos os cuidados, a higiene, o preparo que se deve ter no local de trabalho e

com os equipamentos. Também serão estudados proteção contra riscos em fontes correntes,

soldagem ao arco elétrico, gases técnicos no processo de soldagem e primeiros-socorros.

SAÚDE E HIGIENE DO TRABALHO

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Sáude), o conceito de saúde está

relacionado ao completo bem estar físico, mental e social e não apenas a ausência de

doenças, ou seja, a saúde ocupacional seria a ausência de desvios de saúde causados

pelas condições de vida na ambiente de trabalho. Quanto mais sólodos forem ao

processos de medicina e higiene do trabalho relativo a uma determinada atividade laboral

mais completa será a saúde ocupacional.

Higiene do trabalho é definida como:

“A ciência e arte devotada à antecipação, ao conhecimento, à avaliação e ao controle de

fatores ambientaise agentes tensores originados no ou do local de trabalho, os quais

podem causar enfermidades e prejuízos a saúde e bem estar, ou insignificante desconforto

e ineficiencia entre os trabalhadores ou entre cidadãos da comunidade.”

De modo mais amplo, a higiene de refere a qualquer tipo de atividade laboral, sendo mais

apropriado, na língua portuguesa, o termo higiene ocupacional.

Cabe ao controle Controle Interno de Prevenção de Acidentes (CIPA) identeificar os riscos

e propor medidas de controle para situações perigosas e insalubres da empresa. Há uma

série de medidas de controle, utilizadas no meio ambiente e/ou no homem. A prioridade

deve ser dada a medida de proteção coletiva.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO COLETIVA

Neste sentido três alternativas podem ser adotadas.

a) Eliminação dos riscos – do ponto de vista da segurança, esta deve ser

a atitude prioritária da empresa diante da situação.

Page 12: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

12

A eliminação dos riscos pode ocorrer em vários níveis da produção:

Na substituição de uma matéria-prima tóxica por uma inócua que ofereça menos

riscos a saúde do trabalhador.

Na alteração do processos produtivos.

Realizando modificações na construção e instalações físicas da empresa.

Produzindo alterações no arranjo físico.

b) Neutralização dos riscos – na impossibilidade temporaria ou definitiva

da eliminação de um risco, por motivo de ordem técnica, busca-se a

neutralização do risco.

Esse processo pode ser feita de três maneiras:

Proteção de risco.

Exemplo: Grade para proteção de polias.

Isolamento de risco no tempo e no espaço.

Exemplo: Instalação de compressor de ar fora das linhas de produção

Enclausuramento do risco.

Exemplo: Fechar completamente um forno com paredes isolantes térmicas (protegendo o

trabalhador do calor excessivo).

c) Sinalização de risco – é recurso que se usa quando não há alternativas

que se apliquem às duas medidas anteriores.

A sinalização deve ser usada como alerta de determinados perigos e riscos ou em caráter

temporário, enquanto tomam- se medidas definitivas.

MEDIDAS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Como forma de complementação da medidas coletivas, a empresa deve adotar as

medidas de proteção individual (EPI).

De acordo com o artigo 166 da CLT, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados

gratuitamente, equipamentos de proteção individual adequado ao risco e em perfeito

estado de conservação e funcionamento nas seguintes circunstâncias:

Page 13: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

13

Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra os riscos

de acidentes do trabalho ou de doenças ocupacionais;

Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas;

Para atender situações de emergência.

Com advento do novo texto da Norma Regulamentadora nº10 a vestimenta passa a ser

também considerado um dispositivo de proteção complementar para os empregados,

incluindo a proibição de adornos mesmo estes não sendo metálicos.

QUANTO AO EPI CABE AO EMPREGADOR:

Adquirir o EPI adequado ao risco de cada atividade;

Exigir o seu uso;

Fornecer ao empregado somente EPI’s aprovados pelo órgão nacional competente

em matéria de segurança e saúde no trabalho;

Orientar e capacitar o empregado quanto ao uso adequado acondicionamento e

conservação;

Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;

Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;

Comunicar ao MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) qualquer irregularidade

observada.

QUANTO AO EPI CABE AO EMPREGADO:

Utilizar apenas para a finalidade a que se destina;

Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;

Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;

Conforme o Art. 157 da CLT

CABE ÀS EMPRESAS:

Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho;

Instruir o empregado, através de ordens de serviço, quanto às precauções a serem

tomadas no sentido de evitar acidentes do trabalho ou doenças profissionais.

Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado, conforme o Art.

158 da CLT.

CABE AOS EMPREGADOS:

Page 14: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

14

Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as ordens de

serviço expedidas pelo empregador.

Colaborar com a empresa na aplicação desses dispositivos.

Parágrafo único – Constitui ato faltoso do empregado a recusa injustificada:

A observância das instruções expedidas pelo empregador;

Ao uso dos Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s fornecidos pela empresa.

Pesquise normas e procedimentos adequados a serem tomados nos locais de trabalho, bem como os cuidados que se deve ter com a higienização nesses ambientes.

www.segurancaetrabalho.com.br e www.ebah.com.br/seguranca-trabalho

CAPITULO II

Page 15: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

15

EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL

Antes de iniciar os estudos relativos aos riscos que os trabalhos de soldagem oferecem e

às medidas a serem observadas para cada caso, consideramos importante você conhecer

o equipamento de proteção individual (EPI) usado pelo soldador, no desempenho de suas

atividades.

Analise, então, a figura 93 que mostra o equipamento próprio de um soldador, procurando

identificar cada uma de suas partes com o auxílio da legenda.

Figura 1– Equipamentos próprios de soldador.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Na soldagem o soldador: • Não deve usar luvas com partes metálicas, para evitar riscos elétricos. • Deve usar protetor auricular sempre que os resíduos estiverem acima de 90db

(decibéis). Esse protetor pode ser em forma de cápsula ou em algodão.

Vejamos, agora, alguns aspectos importantes relativos à máscara de solda e s óculos de

segurança, especificamente.

Page 16: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

16

QUANTO A MASCARA DE SOLDA

Esta máscara deve ser utilizada somente para a soldagem com eletrodo revestido ou

MIGMAG. Ela tem um filtro de proteção que é caracterizado por letras e números, como

por exemplo: filtro 12 A 1 DIN.

Figura 2– Exemplo de máscara de solda.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

QUANTO AOS ÓCULOS DE SEGURANÇA

Nos casos em que os óculos de segurança são utilizados para corte oxiacetilênico, o

soldador deve observar o número do filtro.

Com vidro normal, os óculos também servem para esmerilhamento.

As diferentes peças do equipamento de proteção individual (EPI) do soldador têm funções

específicas, como mostra o quadro a seguir. Observe a tabela que se segue.

Tabela 1– Informações sobre o equipamento de proteção.

CAPITULO III

Page 17: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

17

CUIDADOS COM O CIRCUITO DE SOLDAGEM

Em um circuito de soldagem, a fonte de corrente, os condutores do circuito de soldagem e

a peça devem formar uma unidade, de maneira que fiquem bem à vista do soldador. As

ligações dos cabos do circuito de soldagem devem ser corretamente efetuadas. Pontes

rolantes, carrinhos de transportes, objetos e ferramentas não devem fazer parte do circuito.

A ligação do cabo-obra deve ser feita somente junto à peça que será soldada, em

condutores contínuos e com bom contato elétrico. Isto porque a passagem de corrente

elétrica sobre pontos como roldanas, engrenagens, cabos de aço, corrente, mancais e

trilhos de ponte rolante ou guindastes, por exemplo, forma pontos de contato elétrico,

produzindo: aquecimento, carbonização e perda de energia.

Figura 3– Exemplificação do equipamento de solda.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Os pontos que conduzem à perda de energia e que podem avariar peças de

guindaste (ponte rolante) e estruturas são chamados de pontos críticos.

RISCOS ELÉTRICOS

A intensidade tanto da corrente elétrica que atravessa o corpo humano como da duração

da descarga determina o tipo de acidente que ela acarreta, e que pode ser:

Page 18: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

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Choque elétrico.

Morte por fibrilação.

Parada cardíaca.

Queimaduras e ferimentos.

ALTA PERICULOSIDADE ELÉTRICA

Nos processos de soldagem, podem ocorrer perigos bastante sérios, dentre os quais se

encontram aqueles relacionados à eletricidade, como veremos a seguir.

PERIGOS ELÉRTICOS EM RELAÇÃO AO CIRCUITO DE SOLDAGEM

O circuito de soldagem apresenta locais de alta periculosidade, que você pode conferir

analisando o que mostra cada número da figura e o que explica a legenda.

Figura 4– Locais de alta periculosidade em um circuito de soldagem. Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ.

Consultado em: 17/10/2011

No circuito de soldagem, determinadas partes que são submetidas à tensão e que, por

razões técnicas, não podem ser isoladas acabam se constituindo em situações de perigo.

Dessa forma, o soldador deve ficar bem atento, a fim de evitar a incorporação aos circuitos

elétricos e conseqüentemente, sérios acidentes.

Para se proteger de tais perigos, o soldador deve usar o equipamento de proteção individual.

PERIGOS ELÉTRICOS EM RELAÇÃO AOS AMBIENTES

Nas soldagens a arco elétrico, existe um alto risco de acidentes elétricos nos ambientes

com as seguintes características:

Page 19: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

19

Confinados, com paredes que podem conduzir a corrente elétrica Soldagem MIG-

MAG – Saúde e segurança no trabalho

Confinado entre, junto ou sobre equipamentos, objetos ou partes elétricas.

Muito úmidos ou quentes.

A figura 5 abaixo mostra um trabalho de solda realizado em um ambiente confinado entre,

junto ou sobre partes que podem conduzir a corrente elétrica.

Figura 5– Exemplo de ambiente de risco para soldagem.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Em um trabalho de soldagem realizado em ambiente com elevado risco de acidente de

natureza elétrica, o soldador deve proteger o piso com material isolante e usar

equipamento de proteção individual que não permita a passagem da corrente.

CAPÍTULO IV

Page 20: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

20

PROTEÇÃO CONTRA RISCOS EM FONTES DE CORRENTE

Analise as informações deste quadro, com especial atenção para os valores estabelecidos

em relação ao baixo e ao alto risco de acidentes elétricos.

Tabela 2– Exemplo de baixo e alto risco de acidentes.

Observações:

Alterações e reparos na rede elétrica só podem ser efetuados pelo eletricista. Manutenção

e reparos simples relativos à corrente de soldagem são efetuados apenas por soldadores

autorizados. Condutores elétricos precisam ser totalmente isolados.

CAPITULO V

Page 21: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

21

SOLDAGEM AO ARCO ELETRICO

O arco elétrico de soldagem consiste de uma descarga elétrica sustentada através de um

gás ionizado em alta temperatura (Plasma), que produz energia térmica suficiente para ser

usado na união de peças por fusão. É a fonte de calor mais usada devido a fácil obtenção,

baixo custo, tamanho reduzido, fácil controle, alta temperatura e alta potência.

Em todos os processos de soldagem ao arco elétrico, devem ser protegidos o eletrodo, a

zona afetada pelo calor e a poça de fusão do ar que circunda o local da soldagem. O gás

de proteção é adicionado pela tocha de soldagem, protegendo o eletrodo e a poça de

fusão.

Os processos ao arco elétrico geram radiação ultravioleta. Isto pode ser perigoso se o

usuário do equipamento não possui treinamento adequado sobre o processo, seus riscos e

a necessidade dos EPIs específicos.

Figura 6– Exemplo de arco elétrico.

Disponível em: www.fundacentro.gov.br/tecnologia-em-soldagem. Consultado em: 17/10/2011

CAPITULO VI

Page 22: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

22

PERIGOS DO ARCO ELÉTRICO

O arco elétrico oferece perigos que são ocasionados, principalmente, pelas radiações que

emite durante a soldagem e pelas substâncias poluentes que libera.

Vamos analisar cada uma dessas situações.

PERIGOS DE RADIAÇÃO

O arco elétrico emite radiações visíveis e invisíveis, como as radiações infravermelhas e

ultravioletas, que são perigosas para o homem. Todas elas podem causar queimaduras na

pele e danos para os olhos, com prejuízos para a visão, como você pode observar neste

esquema.

Figura 7– Perigos de radiação.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

PROTEÇÃO DOS OLHOS CONTRA AS RADIAÇÕES

Page 23: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

23

Os olhos devem ser cuidadosamente protegidos contra os efeitos danosos do arco elétrico

com o uso de filtros de proteção, conforme estabelecido pela norma DIN 4647.

Os filtros de proteção utilizados na soldagem a arco elétrico têm os níveis de

caracterização de segurança determinados pela seguinte escala:

FIQUE POR DENTRO

Os filtros de proteção para soldagem a arco elétrico são referidos por um

conjunto de letras e números, cada qual indicando uma propriedade

diferente.

Veja, por exemplo, o que indica cada um dos elementos que compõem a

referência do filtro 10 A 1 DIN.

Existe uma regra básica para a escolha do filtro de proteção. De acordo

com esta regra, você deve começar a soldagem usando um filtro que seja

muito escuro para ver a zona de solda. Em seguida, deve experimentar

filtros mais claros até que consiga ver suficientemente a zona de solda, mas

que não seja abaixo do mínimo.

SUBSTÂNCIAS POLUENTES

As elevadas temperaturas na região do arco elétrico ocasionam a queima e a volatilização

de certa quantidade de consumível, fluxo e camadas protetoras do metal de base, que

podem conter substâncias poluentes, como mostra o esquema a seguir.

Page 24: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

24

Figura 8– Volatilização de consumível.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Devido a essas substâncias poluentes liberadas na soldagem, é necessário garantir

proteção adequada, promovendo-se a renovação do ar. Esta renovação pode se da de

diferentes maneiras, de acordo com o ambiente em que a soldagem se realiza.

Observe o quadro abaixo.

Tabela 3– possibilidades de utilização do ar.

Page 25: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

25

CAPITULO VII

AMBIENTES DE RISCO PARA SOLDAGEM

Trabalhos de soldagem realizados em ambientes fechados ou confinados oferecem

maiores possibilidades de risco, necessitando, portanto, de cuidados especiais.

Vejamos cada caso.

SOLDAGEM EM AMBIENTES FECHADOS

Observando os ambientes da figura 102 com atenção, você vai perceber que eles

apresentam vários riscos para um trabalho de soldagem devido às chamas, faíscas ou

radiação térmica que ocorrem nesse processo.

Figura 9– Exemplo de riscos de um trabalho de soldagem.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Page 26: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

26

Devido aos possíveis riscos destacados na figura, a realização da soldagem em ambientes

fechados necessita de uma série de cuidados especiais, como mostra a figura seguinte.

Figura 10 – Cuidados que devem ser tomados em um trabalho de soldagem .

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Agora, compare esta figura com a anterior, procurando identificar os cuidados adotados

nestes ambientes. Perceba, por exemplo, o que foi feito com o tapete, as pontas, as

aberturas nas paredes, o óleo do chão, etc. Concluímos, assim, que algumas medidas de

prevenção devem ser adotadas antes e durante os trabalhos de soldagem.

MEDIDAS DE PREVENÇÃO ANTES DE INICIAR A SOLDAGEM

Observar o local de trabalho, de modo a evitar ruptura na parede ou piso; abertura e

frestas; gases; materiais inflamáveis.

Afastar ou cobrir materiais inflamáveis presentes no local de soldagem e próximos a

ele.

Page 27: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

27

MEDIDAS DE PREVENÇÃO DURANTE A SOLDAGEM

Prover o local de trabalho com meios de combate a incêndios, como extintores de

incêndio ou areia, por exemplo.

SOLDAGEM E CORTE DE RECIPIENTES EM AMBIENTES CONFINADOS

Observe a realização de uma atividade desse tipo na figura abaixo.

Figura 11– Soldagem e corte em ambientes confinados .

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Os riscos possíveis de ocorrer na soldagem e no corte de recipientes em ambientes

confinados são intoxicação, incêndio e explosão devido aos gases, fumaças, vapores,

misturas explosivas, raios e corrente elétrica.

Por isso, é necessário adotar uma série de medidas, em diferentes momentos da

realização da soldagem.

ANTES DO TRABALHO

Instalar a exaustão. Preparar o piso isolante. Posicionar a fonte de corrente elétrica

fora do local de trabalho.

Iluminação e máquinas elétricas devem ter, no máximo, 42V.

DURANTE O TRABALHO

Renovar o ar, procurando trabalhar sob permanente atenção. Afastar o maçarico e a

mangueira. Acender o maçarico.

Page 28: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

28

DURANTE A PAUSA DE TRABALHO

Acender e apagar os maçaricos de solda e de corte somente fora do local de trabalho.

APÓS O TRABALHO

Afastar os equipamentos de solda

Pesquise outras formas de risco químico, físico e biológico na realização do trabalho de

soldagem.

Page 29: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

29

CAPITULO VIII

GASES TÉCNICOS NOS PROCESSOS DE SOLDAGEM

Vários tipos de gases são utilizados na técnica de soldagem. Esses gases são

armazenados em diferentes estados, em cilindros de alta pressão, cuja construção

obedece a exigências impostas por normas específicas. Esses cilindros exigem cuidados

especiais de manipulação, de modo a evitar danos, dentre os quais se destacam os

incêndios.

É sobre isso que falaremos neste item.

GASES TÉCNICOS

Você pode ver, no quadro que se segue, vários tipos de gases que são empregados nos

processos de soldagem e corte. Analise-o cuidadosamente, em especial as linhas

referentes a consumo, emprego e riscos desses gases.

Tabela 4– Gases técnicos que são empregados no processo de soldagem.

Page 30: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

30

DANOS EM CILINDROS DE OXIGÊNIO E DE ACETILENO

Analisando este quadro você vai conhecer as causas dos danos, inclusive dos incêndios

que ocorrem em cilindros de oxigênio e acetileno, bem como o efeito que acarretam e os

procedimentos a serem adotados nessas situações.

Tabela 5– Causas e danos em cilindro de oxigênio.

MANIPULAÇÃO DOS CILINDROS PARA SOLDAGEM E CORTE A GÁS

Nos diversos itens que seguem, as figuras mostram o modo correto de manipular os

cilindros empregados na soldagem e no corte a gás, e que deve ser observado por todo

soldador.

Analise cada item, procurando perceber os cuidados destacados.

Transporte por carrinho

Figura 12– Maneira correta de transportar cilindro de gás.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Page 31: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

31

FIXAÇÃO DOS CILINDROS E INSTALAÇÃO DOS REGULADORES

Figura 13– Instalação de reguladores .

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

GUARDA DAS MANGUEIRAS

Figura 14– Exemplo de guardadas mangueiras .

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

ABERTURA DO CILINDRO COM MANÔMETRO DESPRESSURIZADO

Figura 15– Abertura correta do cilindro.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

UNIÃO DE MANGUEIRAS

Figura 16– União das mangueiras.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Regulagem da pressão de trabalho

Page 32: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

32

Figura 17– Regulagem da pressão de trabalho.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

VERIFICAÇÃO DE VAZAMENTOS

Figura 18– Exemplo de verificação de vazamentos.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

PROTEÇÃO TÉRMICA PARA CILINDROS

Figura 19– Exemplo de proteção térmica para os cilindros.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

FORMA DE COMBATE A INCÊNDIO NO REGULADOR

Figura 20– Forma correta do combate a incêndio. Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ.

Consultado em: 17/10/2011

Page 33: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

33

PROTEÇÃO DA MANGUEIRA EM VIA DE ACESSO

Figura 21– Exemplo de proteção de mangueira em via de acesso.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

Pesquise outros métodos de proteção de solda e monte um portfólio de estudo

Page 34: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

34

CAPITULO IX

ORGANIZAÇÃO DO POSTO DE SOLDAGEM

O posto de soldagem deve estar organizado de modo que as ferramentas fiquem dispostas

em locais seguros, para receber a peça a ser soldada.

Observem na figura que se segue como as ferramentas e os equipamentos foram

organizados no posto de soldagem.

Figura 22– Exemplo de como deve ser a organização dos equipamentos.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

O fixador regulável é empregado para fixação da peça a ser soldada.

O exaustor tem a função de retirar gases, fumaças e vapores.

As paredes para proteção contra o arco elétrico devem ser pintadas com tinta que não o

rejeite.

Page 35: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

35

CAPITULO X

PRIMEIROS-SOCORROS

Os primeiros-socorros são geralmente prestados ao soldador no próprio local de seu

trabalho.

Mas é importante que você saiba que esse atendimento imediato não substitui os cuidados

médicos. Assim, logo após os primeiros-socorros, e tão logo seja possível, devem ser

tomadas providências para que o trabalhador seja assistido por um médico.

Vejamos, então, alguns casos em que é possível adotar medidas imediatas no próprio local

do acidente, e que medidas são essas.

FERIMENTOS

Desinfetar e cobrir a ferida. No caso de sangramento forte, pressionar a atadura contra o

ferimento. Não remover os feridos.

OLHOS

No caso de cegueira momentânea, utilizar o colírio adequado.

Nas lesões, devem-se cobrir ambos os olhos. Em situações de ataque por ácido, lavar com

muita água e não utilizar água boricada.

QUEIMADURAS

Lavar a parte afetada com água fria até que a dor passe. Utilizar material esterilizado para

atar a ferida. Não utilizar cremes contra queimaduras.

INTOXICAÇÃO COM GASES OU FUMAÇA

Transferir o acidentado para local arejado. No caso de intoxicação por gases nítricos,

carregar o acidentado até o médico, não permitindo que ele caminhe por conta própria.

ACIDENTES CAUSADOS PELA CORRENTE ELÉTRICA

Desligar com cuidado a fonte de corrente, quando não for possível retirar o acidentado do

local da ocorrência.

Page 36: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

36

PARADA CARDÍACA E RESPIRATÓRIA

Tomar medidas para a reativação do sistema respiratório e cardíaco até a chegada do

médico.

Ao encaminhar o trabalhador para o atendimento médico, depois de prestar os

primeiros-socorros, lembre-se de preencher os formulários de acidente de

trabalho.

Page 37: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

37

CAPITULO XI

EQUIPAMENTOS PARA SOLDAGEM DO PROCESSO TIG

Soldagem TIG (sigla em inglês de Tungsten Inert Gas) é um processo de soldagem a arco

elétrico entre um eletrodo não consumível de tungstênio e a poça de fusão com proteção

gasosa, sobre a qual faz-se o acréscimo ou não de um metal de adição, normalmente na

forma de um arame relativamente fino.

O processo também é conhecido em inglês como Gas Tungsten Arc Welding (GTAW).

APLICAÇÕES

Largamente utilizado na indústria aeroespacial e de aviação devido à alta qualidade da

solda e em indústrias que utilizam materiais não ferrosos. Indicado principalmente para

peças pequenas e chapas finas que necessitam de uma soldagem mais precisa.

Figura 23 – Representação esquemática do processo TIG.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - MG. Consultado em: 17/10/2011

Page 38: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

38

CARACTERÍSTICA

Dentre as características do processo TIG de soldagem, destacam-se:

Tipo de operação: manual.

Equipamentos: fonte de energia, cilindro de gás, tocha e fluxômetros para medir a

vazão do gás.

Custo do equipamento: de 1,5 a 10 vezes o custo do equipamento de soldagem com

eletrodo revestido.

Consumíveis: gás de proteção, metal de adição, bocal de cerâmica e eletrodo de

tungstênio.

Taxa de deposição: de 0,2 a 1,5 kg/h.

Espessuras soldáveis: de 0,1 a 12 mm.

Posição de soldagem: todas.

Diluição: de 2 a 20% de adição.

Tipos de junta: todas.

Faixa de corrente: de 10 a 300 A.

Necessária proteção ocular.

Grande emissão de radiação ultravioleta.

Risco de choque elétrico.

Abaixo as principais vantagens e desvantagens do processo TIG de soldagem:

VANTAGENS

Produz soldas de excelente qualidade.

Ótimo acabamento do cordão de solda.

Menor aquecimento da peça soldada.

Baixa sensibilização à corrosão intergranular.

Ausência de respingos.

Pode ser automatizado.

DESVANTAGENS

Na presença de corrente de ar, dificulta a utilização do processo de soldagem.

Adequado somente para peças com menos de 6 mm de espessura.

Page 39: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

39

Devido à taxa de deposição, possui uma produtividade baixa.

Custo elevado.

Quando não automatizado, o processo depende da habilidade do soldador.

EQUIPAMENTOS

Tocha. bicos de contato.

Fonte de energia.

Gás de proteção.

Fluxometro.

TOCHA, BICOS DE CONTATO E BOCAIS

A tocha de soldagem consiste basicamente de um bico de contato, que faz a energização

do arame-eletrodo, de um bocal que orienta o fluxo de gás protetor e de um gatilho de

acionamento do sistema.

O bico de contato é um pequeno tubo à base de cobre, cujo diâmetro interno é

ligeiramente superior ao diâmetro do arame-eletrodo, e serve de contato elétrico

deslizante. O bocal é feito de Cobre ou material cerâmico e deve ter um diâmetro

compatível com a corrente de soldagem e o fluxo de gás a ser utilizado numa dada

aplicação.

O gatilho de acionamento movimenta um contador que está ligado ao primário do

transformador da máquina de solda, energizando o circuito de soldagem, além de acionar

o alimentador de arame e uma válvula solenóide, que comanda o fluxo de gás protetor

para a tocha.

Figura 24– Exemplo de tocha de soldagem.

Disponível em: www.oximig.com.br. Consultado em: 17/10/2011

Page 40: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

40

Tabela 6– Descrição dos componentes de um equipamento tocha.

BICO DE CONTATO

O bico de contato é fabricado de cobre e é utilizado para conduzir a energia de soldagem

até o arame bem como dirigir o arame até a peça.

Veja o bico de contato ilustrado na figura abaixo.

Figura 25– Exemplo de bico de contato.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - MG. Consultado em: 17/10/2011

Page 41: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

41

A tabela a seguir mostra as causas e as conseqüências quanto o uso do bico de contato.

Tabela 7 - Consequências do bico de contato.

BOCAL DE SOLDAGEM

O bocal direciona um fluxo de gás até a região de soldagem. Bocais grandes são usados

na soldagem a altas correntes onde a poça de fusão é larga. Bocais menores são

empregados na soldagem a baixas correntes.

Figura 26– Exemplo de bocal de soldagem.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - MG Consultado em: 17/10/2011

Observe as causas e as conseqüências quanto ao uso do bocal de soldagem na tabela

que se segue.

CAUSAS CONSEQUENCIAS

Com respingos

Mal fixado (frouxo)

Abertura de saída do gás obstruída,

provocando turbilhonamento do gás

de proteção: aparecimento de poros.

Faiscamento de corrente para o

bocal: arco elétrico instável.

Absorção de ar, provocando

insuficiente proteção da poça de

fusão através de saída excêntrica do

gás: aparecimento de poros.

Tabela 8– Consequências do bocal de solda.

Page 42: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

42

FONTE DE ENERGIA

O processo utiliza corrente do tipo contínua que pode ser fornecida por um conjunto

transformador-retificador ou por um conversor. A forma da característica estática da fonte

pode ser do tipo corrente constante ou tensão constante, conforme o sistema de controle

do equipamento.

Quando se utiliza uma fonte do tipo tensão constante, a velocidade de alimentação do

arame-eletrodo se mantém constante durante a soldagem. Este sistema é mais simples e

mais barato

Figura 27– Exemplo do processo de soldagem TIG.

Disponível em: www.oximig.com.br. Consultado em: 17/10/2011

FONTES DE GÁS

Os diversos gases de proteção estão normalmente contidos em garrafas de aço de alta

resistência. A garrafa é colocada na instalação na proximidade do posto de trabalho, e é

equipada de um conjunto redutor-manômetro, que baixa a pressão do gás a um valor

conveniente para a alimentação da tocha de soldagem, e que permite a regulagem da

vazão expressa em litros por minuto.

No caso de várias instalações funcionarem na mesma oficina, a fonte de gás pode ser

substituída de um cilindro único, por uma central de vários cilindros conectados entre si

num sistema único.

Esta central deve ter um conjunto redutor único, e o gás é distribuído por canalização à

pressão desejada; a vazão é regulada por cada operador por meio de um manômetro local

e individual. No caso de consumos muito elevados pode-se adquirir o gás em sua forma

líquida, ficando este também em uma instalação centralizada.

Page 43: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

43

Figura 28– Exemplo de fonte de gás com manômetro.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - MG. Consultado em: 17/10/2011

Figura 29– Exemplo de fonte de gás com fluxômetro.

Disponível em: Banco de Recursos Didáticos SENAI DN/SENAI - RJ. Consultado em: 17/10/2011

A redução da pressão é de ajuste constante; a passagem do gás sofrerá alterações por

ação da válvula reguladora (3).

O fluxo de gás elevará o flutuador dentro do indicador de vazão (de formato cônico/vertical)

a uma posição que indicará a vazão de gás correspondente.

SITES: www.ebah.com.br/soldagem

Page 44: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

44

Leitura Complementar

Tecnologia dos equipamentos

Independente do comprimento do arco, uma fonte de solda TIG ideal possui uma

corrente contínua constante. O ajuste contínuo da corrente é exigido para todos os

tipos de chapas finas, no qual a fonte de solda tiristorizada filtra e retifica a direção da

corrente do transformador de solda. A desvantagem da fonte de solda tiristorizada se

deve à baixa eficiência devido à alta potência necessária para suavizar a corrente de

solda.

As modernas fontes de solda inversoras não apresentam tal desvantagem, e oferecem

uma vantagem adicional de reação rápida às mudanças no processo de soldagem. Ao

invés da voltagem principal, a voltagem pulsada com a alta freqüência chega ao

transformador. Graças à alta freqüência, a fonte é muito mais leve, compacta e com

um design eficiente diferentemente da fonte tiristorizada. A baixa corrente ondulada do

transformador significa um design compacto substancial, e não necessita de alta

potência. O retificador consiste simplesmente de diodos não controlados.

Para gerar uma corrente alternada (AC) para soldagem de alumínio, fontes de solda

compatíveis à corrente alternada têm um inversor de corrente do retificador. Muitas

fontes de solda permitem o usuário selecionar uma corrente alternada senoidal ou

retangular, bem como a combinação das duas. A corrente de solda senoidal se torna

instável com arco muito suave. Com a corrente de solda retangular, o arco torna-se

estável. A combinação das correntes de solda senoidal e retangular é muito estável e

extremamente suave ao mesmo tempo.

As tochas TIG estão disponíveis nas versões refrigeradas a gás ou a água.

Page 45: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

45

CAPITULO XII

Neste capítulo abordaremos as ferramentas necessárias para realizar uma soldagem, bem

como a preparação e o processo de solda em si.

FERRAMENTAS DE SOLDAGEM

O FERRO DE SOLDAR

O ferro de soldar de bico fino, com a sua potência, permite pequenos trabalhos delicados,

como em eletrônica por exemplo. Temos para trabalhos mais grosseiros, bicos cônicos ou

em forma de martelo. Estes acumulam, ao fim de algum tempo, bastante calor para fundir

a solda.

Figura 30– Exemplo de ferro de soldar.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

O FERRO DE SOLDAR A GÁS

Para reparações rápidas, poderá utilizar um ferro de soldar autônomo a gás, que não

necessita de qualquer alimentação elétrica. Estes ferros recarregam-se com garrafas de

gás.

Figura 31– Exemplo ferro de soldar a gás.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

Page 46: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

46

A LAMPARINA DE SOLDAR

As lamparinas de soldar são geralmente alimentadas por garrafas de gás amovíveis, (a

furar ou aparafusar) de gás líquido (butano ou propano, utilizável até 15° C). Estas podem

estar equipadas com bicos de diversas formas: existe um modelo especialmente destinado

a facilitar a soldagem de tubos.

Figura 32– Exemplo de lamparina de soldar.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

O MAÇARICO

Este é mais potente que a lamparina de soldar e dispõe de uma autonomia superior. É

ligado a grandes garrafas de butano ou propano (geralmente munidas com um distensor).

O importante débito de gás permite-lhe alcançar temperaturas mais elevadas que a

lamparina de soldar (1500°C).

Figura 33– Exemplo de maçarico de soldar.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

OS MAÇARICOS BI-GÁS

Estas ferramentas consomem uma mistura composta por um gás (butano, propano,

acetileno) e oxigênio. Este combustível permite alcançar temperaturas de 2800° C. Estes

maçaricos são as ferramentas mais eficazes para a soldagem forte do latão. Permitem

igualmente a soldadura.

Figura 34 Exemplo maçarico bi-gás. Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento.

Consultado em: 17/10/2011

Page 47: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

47

A PREPARAÇÃO PARA A SOLDAGEM

A CAPILARIDADE

A soldagem utiliza o princípio de capilaridade, que é a propriedade, de um líquido se

difundir entre dois corpos sólidos unidos ou somente separados por um espaço ínfimo.

Este fenômeno é também ilustrado pela absorção do café por um pedaço de açúcar no

qual podemos ver subir o líquido.

Figura 35– Exemplo de capilaridade.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A SOLDAGEM BRANDA

A soldagem branda oferece uma ligação de fraca resistência mecânica,

(para ligações elétricas, armaduras de abatjours, etc.) e estanquecidade

(condutas de água fria, coberturas de zinco, algerozes, placas finas). O metal de soldagem

utilizado é o estanho.

Figura 36– Exemplo de soldagem branda.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A SOLDAGEM FORTE

A soldadura forte permite a realização de ligações mais complexas (quadros de bicicletas,

portões) ou susceptíveis de se dilatar (gás, aquecimento central). Utiliza-se para estas,

ligas à base de prata, cobre ou alumínio. Uma liga rica em prata é mais maleável.

Figura 37– Exemplo soldagem forte.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

Page 48: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

48

A LIMPEZA

Antes de ligar duas peças, certifique-se que estas são bem chanfradas (com uma lima

redonda poderá em seguida limpá-las ou poli-las com lixa fina (com uma largura de 2 cm).

As finas estrias assim obtidas permitirão uma melhor aderência do metal de soldagem.

Figura 38– Exemplo de limpeza.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A PASTA

Não coloque mais os dedos sobre as peças, o que diminuiria a aderência do metal de

soldagem. Aplique, com uma trincha, a pasta de soldar sobre as partes a unir, o que

impede a sua oxidação na altura do aquecimento (sobre metal oxidado, não há aderência).

Figura 39– Exemplo de preparação da pasta.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

PROCESSO DE SOLDAGEM

A MONTAGEM

A capilaridade não é possível sem que as peças se encontrem parcialmente sobrepostas

(ligações de elementos sobrepostos, em T ou em ângulo), ou se encaixem (ligações de

tubos). Deixe um espaço de 0,05 a 0,15 mm entre as peças para facilitar o escorrimento da

solda no interior da junção.

Figura 40– Exemplo de processo de montagem. Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento.

Consultado em: 17/10/2011

Page 49: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

49

O AQUECIMENTO

É necessário agora usar a ferramenta – ferro elétrico lento ou rápido, lamparina de soldar

ou maçarico – à temperatura conveniente: esta se situa no caso de soldagem branda,

entre 90 e 450° C. Aproxime a vareta de estanho da fonte de calor para verificar se a

temperatura é suficiente.

Figura 41– Exemplo do processo de aquecimento.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

PÁRA-CHAMAS

Se tiver, por exemplo, de soldar condutas situadas ao longo de uma parede, é

aconselhável proteger esta última cobrindo-a com a ajuda de um material não inflamável

pára-chamas de amianto é geralmente de forte eficácia.

Figura 42– Exemplo do processo pára-chamas.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

LIGAÇÃO

Uma vez suficientemente aquecidos os metais, afaste o ferro ou a lamparina, e aplique a

vareta de estanho na junção das duas peças – ao fundir, o metal espalha no interior da

junção.

Empurre a solda até se formar um anel à volta da junção. Depois afaste a vareta.

Figura 43– Exemplo de ligação.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

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FIQUE POR DENTRO

Elimine o excesso da soldagem com a ajuda de um pano velho. Não toque

em caso algum na soldagem antes do seu completo arrefecimento. A

junção realizada fica sujeita à oxidação – um pouco de tinta pode prevenir

este inconveniente.

Segundo o princípio da capilaridade, a soldadura pode espalhar-se tão bem

para cima como para baixo. Mas pode verificar que o seu trabalho está

perfeito ao obrigar a solda a subir, o que permite também o excesso escoar-

se de forma visível evitando assim os excedentes.

COM COBRE OU PRATA

Para executar uma soldagem forte com uma solda à base de cobre ou prata, proceda da

mesma maneira que na soldagem branda, pois o metal em fusão se espalha entre as

peças por capilaridade.

Desengordure previamente as partes a unir e lixe-as com lixa fina, depois as cubra com

pasta antioxidante.

Figura 44– Exemplo de soldagem a base de prata ou cobre.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A LAMPARINA DE SOLDAR

A chama da lamparina de soldar é produzida pela combustão de uma mistura de gás

butano ou propano com o oxigênio do ar. Esta chama é menos potente que a do maçarico

oxiacetilenico, mas a temperatura que ela fornece pode alcançar 700 °C.

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Figura 45– Exemplo de lamparina de solda. Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento.

Consultado em: 17/10/2011

A REGULAÇÃO

A regulação de uma lamparina de soldar é muito simples. A força da chama varia em

função do débito de gás. Depois a regulação da chegada de oxigênio permite obter uma

chama azul e potente. Uma regra a reter uma chama sibilante e vermelha indica falta de

oxigênio.

Figura 46– Exemplo de regulação. Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento.

Consultado em: 17/10/2011

O AQUECIMENTO

Aqueça agora o cobre, até que se torne vermelho escuro, o ferro e o aço até vermelho

claro. Ao contrário da soldagem branda a estanho, os elementos a unir deverão aqui

permanecer sob a chama.

Figura 47– Exemplo do processo de aquecimento.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A APLICAÇÃO DA SOLDA

Aproxime a vareta de solda, ligeiramente inclinada, sem a expor à chama. Em regra geral,

a quantidade a aplicar é igual a uma vez e meia o diâmetro do tubo.

Assim que a liga se expandir, pare de aquecer e deixe arrefecer. Elimine os excedentes.

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Figura 48– Exemplo de aplicação de solda.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

PREPARO DE EQUIPAMENTO DE SOLDA AO ARCO ELETRICO

A soldadura a arco aplica-se principalmente ao ferro fundido e ao aço. Estes devem,

portanto, estar isentos de rebarbas e limpos. Os bordos a unir podem, no entanto, ser

escovados energicamente (escova metálica) ou limpos com a rebarbadora (com os

acessórios especialmente previstos).

Figura 49– Exemplo de soldagem a arco.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

AS ARESTAS CHANFRADAS

Para soldar peças com espessuras que não excedam 4 mm, não é necessário chanfrar os

bordos que se unem. A distância entre eles deve ser igual à metade da sua espessura. As

peças mais espessas devem ser chanfradas com a rebarbadora, o que melhora a

penetração da soldadura.

AS JUNÇÕES

Até uma espessura de 10-12 mm, as peças podem ser chanfradas em V a 60°, é o mesmo

que dizer cada canto chanfrado a 30° (ângulo total 60°). Para as peças mais espessas,

chanfre-as em X (em V em cima e em baixo), ou, se não as poder virar, chanfre um só

canto a 45°.

A SOLDADURA EM ÂNGULO

A soldadura em ângulo não necessita de qualquer preparação específica. As peças de

metal devem estar corretamente alinhadas, uma folga muito ligeira pode, contudo ser

admitida uma parte do comprimento total.

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Figura 50– Exemplo do processo de soldadura em ângulo.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A REGULAÇÃO DA INTENSIDADE

Coloque as peças a soldar sobre uma superfície lisa e ligue-as à pinça de massa. Regule,

no posto, a intensidade adequada de soldadura e escolha um elétrodo de diâmetro

adaptado. O quadro abaixo indica os valores recomendados.

Tabela 9– Intensidade da soldura.

O FUNCIONAMENTO DO ARCO

Segure com uma mão a pinça porta elétrodos e com a outra a máscara. De preferência

inflame o arco sobre uma peça à parte, na qual friccionará várias vezes o elétrodo. As

faíscas produzir-se-ão. Afaste o elétrodo até 4-5 mm para que o arco se forme. Em

seguida, irá senti-lo crepitar.

Aproxime o elétrodo a 2-3 mm da peça a soldar, onde a crepitação passa a ser regular. Ele

interrompe-se de maneira irregular se levantar demais o elétrodo, e cessa de vez se o

aproximar demasiado da superfície. O ideal será, portanto, nunca interromper a corrente.

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Figura 51– Exemplo de funcionamento do arco.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

PINGAGEM

Antes de proceder à soldadura propriamente dita, deverá unir as duas peças por pingagem

(pontos de soldadura), para que não se afastem mais, posteriormente. Comece por

depositar no centro, depois nas extremidades das junções, pontos suficientemente

pequenos para que se fundam em seguida com o cordão.

Figura 52– Exemplo do processo de pingagem.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

A SOLDADURA

Assim que o arco esteja presente, é necessário fundir localmente as superfícies a soldar,

produzindo uma importante libertação gasosa. Estes gases repelem o metal em fusão,

formando pequenas ondas na sua superfície.

A cratera feita pelo calor é preenchida pelo metal do elétrodo em fusão misturado com o

metal da peça igualmente fundida; isto é o cordão de soldadura. Os vapores libertados

pela fusão do revestimento do elétrodo protegem o metal contra a oxidação e dão à

soldadura o seu aspeto final.

Figura 53– Exemplo de soldadura.

Disponível em: www.seguracaetrabalho.com.br/soldas-treinamento. Consultado em: 17/10/2011

Page 55: 3-Eletrodo Revestido - Soldagem

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REFERÊNCIAS

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