3 1 1 documentos tecnicos juridicos

142
Convênio 012/2009 MMA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO ESTADO DO PARANÁ E ELABORAÇÃO DO PLANO PARA A GESTÃO INTEGRADA E ASSOCIADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PLANO DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO ESTADO DO PARANÁ META 3 - CONSÓRCIOS PÚBLICOS PARA GESTÃO E MANEJO DE RS ETAPA 3.1: Capacitação e assistência técnica visando à constituição e operação de órgãos regionais ou locais de manejo de RS ETAPA 3.1.1: Elaboração dos documentos técnicos-jurídicos para possibilitar a Implantação do Consórcio Público modelo 10/06/2013 Contrato nº SEMA ENGEBIO01/2012 Engebio Engenharia e Meio Ambiente Resp. Técnico: Eng. Químico Dr. Mario Saffer CREA 33154 Codificação do Arquivo: Etapa 3.1.1 Documentos - REL10 REV01 01 10/06/2013 Revisão capa e equipe HD MKI 00 07/06/2013 Emissão MS MS REV Data Descrição Por Verif. Aprov.

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Page 1: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA

PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PARA A ELABORAÇÃO DO PLANO DE

REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS DO ESTADO DO PARANÁ E ELABORAÇÃO DO PLANO PARA A

GESTÃO INTEGRADA E ASSOCIADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

PLANO DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO ESTADO DO PARANÁ

META 3 - CONSÓRCIOS PÚBLICOS PARA GESTÃO E MANEJO DE

RS

ETAPA 3.1: Capacitação e assistência técnica visando à constituição e

operação de órgãos regionais ou locais de manejo de RS

ETAPA 3.1.1: Elaboração dos documentos técnicos-jurídicos para

possibilitar a Implantação do Consórcio Público modelo

10/06/2013

Contrato nº SEMA – ENGEBIO01/2012

Engebio Engenharia e Meio Ambiente Resp. Técnico: Eng. Químico Dr. Mario Saffer

CREA 33154

Codificação do Arquivo:

Etapa 3.1.1 Documentos - REL10 REV01

01 10/06/2013 Revisão capa e equipe HD MKI

00 07/06/2013 Emissão MS MS

REV Data Descrição Por Verif. Aprov.

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Convênio 012/2009 – MMA i

GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

Carlos Alberto Richa Governador Luiz Eduardo Cheida Secretário SEMA – Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ÁGUASPARANÁ – Instituto de Águas do Paraná Marcio Fernando Dias Diretor Presidente IAP – Instituto Ambiental do Paraná Luiz Tarcísio Mossato Pinto Diretor Presidente ITCG – Instituto de Terras Cartografia e Geociências Amilcar Cavalcante Cabral Diretor Presidente COORDENAÇÃO Biól. Laerty Dudas Coordenador de Resíduos Sólidos – SEMA Biól. Danielle Prim Assessora Técnica – CRES/SEMA Adv. Carlos Alberto Garcez do Nascimento Coordenador de Mudanças Climáticas – SEMA Eng.a Carla Mittelstaedt ÁGUASPARANÁ Convênio 718498/2009 – Ministério do Meio Ambiente

Page 3: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA ii

PEGIRSU – PR Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do

Paraná

Junho de 2013

Page 4: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA iii

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................ 6

2 OBJETIVO ...................................................................................... 8

3 IMPLEMENTAÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO PARA GESTÃO

E MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................ 9

3.1 O CONSÓRCIO PÚBLICO ................................................................................... 10

3.2 CRIAÇÃO DO CONSÓRCIO PÚBLICO MODELO DO ESTADO DO PARANÁ ......... 10

3.3 A REGIÃO PILOTO ............................................................................................. 12

4 AÇÕES BÁSICAS PARA A CONSOLIDAÇÃO DO CONSÓRCIO

PÚBLICO ...................................................................................... 13

4.1 ETAPAS PARA CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO PARA GESTÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS. ........................................................................................ 14

4.2 OFICINAS PARA CRIAÇÃO DO CONSÓRCIO MODELO ...................................... 15

4.3 OBJETO DO CONSÓRCIO ................................................................................. 15

4.4 DEFINIÇÃO DA ESTRUTURA DO CONSÓRCIO MODELO ................................... 15

4.5 DESCRIÇÃO DA ORGANIZAÇÃO PROPOSTA PARA O CONSÓRCIO MODELO ... 17

4.5.1 ASSEMBLEIA GERAL ............................................................................................ 17

4.5.2 PRESIDÊNCIA E VICE-PRESIDÊNCIA ...................................................................... 17

4.5.3 DOS CONSELHOS ................................................................................................ 17

4.5.3.1 CONSELHO FISCAL .............................................................................................. 18

Page 5: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA iv

4.5.3.2 CONSELHO TÉCNICO CONSULTIVO ...................................................................... 18

4.5.4 DIRETORIA EXECUTIVA ........................................................................................ 18

4.5.5 GERENCIA ADMINISTRATIVA ................................................................................ 19

4.5.6 GERENCIA TÉCNICA/OPERACIONAL ...................................................................... 19

5 DOCUMENTOS TÉCNICOS JURÍDICOS PARA POSSIBILITAR

A IMPLANTAÇÃO DO CONSÓRCIO ............................................ 19

5.1 PROTOCOLO DE INTENÇÕES ........................................................................... 20

5.2 LEI DE CRIAÇÃO ............................................................................................... 20

5.3 CONTRATO DE CONSÓRCIO; ............................................................................ 21

5.4 ESTATUTO ........................................................................................................ 21

5.5 CONTRATO DE RATEIO ..................................................................................... 22

5.6 CONTRATO DE PROGRAMA .............................................................................. 22

ANEXO I – PROTOCOLO DE INTENÇÕES ............................................ 24

ANEXO II – LEI DE CRIAÇÃO ................................................................. 79

ANEXO III – MODELO DE ESTATUTO ................................................... 81

ANEXO IV – MODELO DE CONTRATO DE RATEIO ............................ 119

ANEXO V – CONTRATO DE PROGRAMA ........................................... 122

Page 6: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA v

ÍNDICE DE FIGURAS

FIGURA 01 – METAS DO ESTUDO DE PROPOSTA DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS URBANOS E DO PLANO PARA A GESTÃO INTEGRADA E ASSOCIADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .......................................................................... 7

FIGURA 02 – LOGOTIPO DO PLANO ....................................................................................... 8

FIGURA 03 – LOCALIZAÇÃO DA REGIÃO 17 NO PARANÁ ......................................................... 11

FIGURA 04 – REGIÃO 17: MUNICÍPIOS E POPULAÇÕES MUNICIPAIS ......................................... 11

FIGURA 05– ETAPAS PARA A CONSTITUIÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO PARA A GESTÃO DE

RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................................................... 14

FIGURA 06 – ORGANOGRAMA DO CONSÓRCIO PÚBLICO MODELO ........................................... 16

Page 7: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 6

1 INTRODUÇÃO

O Estado do Paraná firmou, com o Ministério do Meio Ambiente – MMA,

Convênio nº 012/2009: “PLANO DE REGIONALIZAÇÃO DA GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS DO ESTADO DO PARANÁ –PRGIRSU-PR E

ELABORAÇÃO DO PLANO PARA A GESTÃO INTEGRADA E ASSOCIADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS –PEGIRSU– PR”

O presente convênio prevê a elaboração do Estudo de Regionalização da

Gestão dos Resíduos Sólidos no Estado do Paraná, do Plano para a Gestão Integrada

dos Resíduos Sólidos, além da implementação de um Consórcio Público para a gestão

e manejo dos resíduos sólidos.

O objetivo geral desse estudo é orientar as intervenções do setor de resíduos

sólidos, propor arranjos territoriais no Estado do Paraná e preparar as partes

interessadas para a implementação de soluções integradas e consorciadas; objetivo

esse alinhado com a Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei 12.305/2010);

deve-se destacar que a PNRS, ainda, se articula com leis de outras áreas e temas de

mesma relevância, como por exemplo, a Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei

11.445/2007 do Saneamento Básico, a Lei 9705/1999 da Educação Ambiental e a Lei

11.107/2005 dos Consórcios Públicos.

Tanto pelas ações nacionais quanto pelas ações do Governo do Estado do

Paraná, a gestão regionalizada é vista como uma forma eficiente de se garantir a

viabilidade da gestão de resíduos sólidos e, portanto, o Plano de Regionalização e de

Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos, aqui propostos, são ferramentas importantes de

gestão e de planejamento constante.

O sucesso de um plano está ligado diretamente a ações que garantam a

participação de representantes de toda a sociedade durante a execução do plano, que

o valida com a sociedade e consequentemente facilita e potencializa a efetiva

implantação. Portanto, somam-se a essas ferramentas a participação da população e

Page 8: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 7

dos gestores municipais, pois na tomada de decisão, de enfoque regional, ela é

fundamental e configura-se como uma política de governo.

De acordo com o Termo de Referência do edital de contratação desse estudo,

as metas gerais a serem atingidas no Estudo de Proposta de Regionalização

(PRGRSU-PR) e no Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos

Urbanos do Estado do Paraná (PEGIRSU-PR) estão apresentadas na Figura 01, a

seguir:

Figura 01 – Metas do convênio, incluindo o Estudo de Proposta de Regionalização da

Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos e do Plano para a Gestão Integrada e Associada

de Resíduos Sólidos Urbanos

Fonte: Engebio, 2012.

A consolidação do plano de trabalho para cada uma dessas Metas está

descrita no documento Plano de Trabalho emitido no início do Projeto.

Para que ocorra a participação da sociedade como um todo, na elaboração do

Plano, durante as fases do projeto, são realizadas oficinas regionais de discussão com

a participação da população e dos gestores municipais diretamente responsáveis pela

gestão de resíduos, além de evento final de divulgação do Plano.

META 1

•Estudo para a Regionalização da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná - PRGRSU-PR.

META 2

•Elaboração do Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná – PEGIRSU-PR.

META 3

•Formação de Consórcios Públicos para Gestão e Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos.

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Convênio 012/2009 – MMA 8

Os documentos do Projeto estão disponibilizados para consulta na página

eletrônica da SEMA: www.sema.pr.gov.br, em página especifica do Plano cujo acesso

direto é feito por intermédio do logotipo do Plano apresentado na Figura 02.

Figura 02 – Logotipo do Plano

Fonte: SEMA, 2012.

O relatório a seguir apresenta a “elaboração dos documentos técnicos-jurídicos

para possibilitar a Implantação do Consórcio Público modelo”( Relatório da Etapa 3.2

da a Região 17, estabelecida –conforme Proposta de Regionalização da Gestão de

Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná.

2 OBJETIVO

O presente documento tem como objetivo a apresentação do relatório da Etapa

3.1.1 Elaboração dos documentos técnicos-jurídicos para possibilitar a

Implantação do Consórcio Público modelo conforme o Termo de Referência e o

respectivo produto: “Relatório 10 Implementação do Consórcio, com a apresentação do

respectivo Protocolo de Intenções, Lei de Criação, Estrutura do Consórcio, Contrato de

Rateio, Estatuto”, de acordo com o contrato Contrato nº SEMA – ENGEBIO 01/2012.

O Estudo de Regionalização no Estado do Paraná estabeleceu 20 Regiões e

respectivas sedes administrativas para o Plano de Regionalização da Gestão Integrada

de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná, o qual propõe ações

intermunicipais para o gerenciamento dos serviços de limpeza pública e manejo de

resíduos sólidos no Estado.

Page 10: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 9

A Região 17, com sede administrativa no Município de Guarapuava, foi

selecionada pela SEMA como a região modelo para a implantação de ações

regionalizadas através da formação de um consórcio público intermunicipal com

objetivo de sanar as carências do gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos,

visando adequar os municípios integrantes desta região às diretrizes da Política

Nacional de Resíduos Sólidos.

3 IMPLEMENTAÇÃO DE CONSÓRCIO PÚBLICO PARA GESTÃO E

MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A responsabilidade pelo gerenciamento de resíduos sólidos é definida pela Lei

Federal nº 12.305/2010 – Política Nacional de Resíduos Sólidos, onde o art. 10º

incumbe ao Distrito Federal e aos municípios a gestão integrada dos resíduos sólidos

gerados nos respectivos territórios, bem como da responsabilidade do gerador pelo

gerenciamento de resíduos. Desta forma, os municípios são responsáveis pelo

gerenciamento dos RSU, devendo realizar os serviços com equipe própria, ou por

intermédio de concessões a empresas privadas, cooperativas ou associações, ou ainda

por parcerias público-privadas.

Tendo em vista as dificuldades técnicas e financeiras vivenciadas pelos

municípios, principalmente os de pequeno porte, para poder gerir os resíduos sólidos

no seu território de forma satisfatória, a Lei 12.305/2010, privilegiou o repasse de

recursos federais para os municípios que desenvolverem atividades relacionadas a

resíduos sólidos de forma consorciada.

Considerando que o acúmulo de resíduos é nocivo às condições de

salubridade e à preservação e proteção ambiental, a destinação adequada dos

resíduos é imprescindível. Por isso devem ser previstas técnicas de destinação

dotadas de viabilidade e sustentabilidade econômica e ambiental, o que em muitos

casos dificilmente seria atingido pelos municípios isoladamente. Assim, a formação dos

Page 11: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 10

Consórcios Públicos Intermunicipais além de representar um aumento da capacidade

dos municípios de solucionar problemas comuns sem perder sua autonomia, pode ser

uma boa alternativa para a destinação correta dos resíduos sólidos desses municípios.

3.1 O consórcio público

O consórcio público se caracteriza como um acordo entre municípios com o

objetivo de alcançar metas comuns previamente estabelecidas. Para tanto, a fim de

viabilizar a implantação de ação, programa ou projeto desejado; recursos sejam

humanos ou financeiros dos municípios integrantes, são reunidos sob a forma de um

consórcio público, que é regrado pela Lei Federal nº 11.107/2005 - Lei de Consórcios

Públicos, e seu decreto regulamentador nº 6.017/07.

3.2 Criação do Consórcio Público Modelo do Estado do Paraná

A partir da elaboração do Estudo de Regionalização da Gestão dos Resíduos

Sólidos no Estado do Paraná e do Plano para a Gestão Integrada dos Resíduos

Sólidos do Estado, a Região 17 foi selecionada como região para implantação do

consórcio modelo. Conforme apresentado na Figura 03 e Figura 04.

Page 12: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 11

Figura 03 – Localização da Região 17 no Paraná

Elaboração: Engebio, 2013

Figura 04 – Região 17: municípios e populações municipais

Elaboração: Engebio, 2013

Page 13: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 12

Para o estabelecimento do consórcio, foram consideradas as características

urbanísticas, demográficas, econômicas dos municípios envolvidos, suas

peculiaridades de renda, culturais e sociais da população.

O Plano de Gestão Integrado da Região 17 encontra-se detalhado no

Relatório da Etapa 2.5 - Versão final da elaboração do Plano Estadual de Gestão

Integrada e Associada de RS.

3.3 A região piloto

A Região piloto definida para a formação do Consórcio Modelo do estado está

localizada no centro-sul do estado do Paraná, é composta por 15 (quinze) municípios,

em sua maioria de pequeno porte, totalizando uma população de 331.861 habitantes

(IBGE, 2010), conforme ilustrado na Figura 04.

Os municípios integrantes da Região 17, participantes da formação e

implementação de Consórcio Público Modelo são:

Município de Campina do Simão

Município de Candói

Município de Cantagalo

Município de Foz do Jordão

Município de Goioxim

Município de Guarapuava (sede administrativa)

Município de Laranjeiras do Sul

Município de Marquinho

município de Nova Laranjeiras

Município de Pinhão

O município de Porto Barreiro

Município de Reserva do Iguaçu

Page 14: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 13

Município de Rio Bonito do Iguaçu

Município de Turvo

Município de Virmond

4 AÇÕES BÁSICAS PARA A CONSOLIDAÇÃO DO CONSÓRCIO

PÚBLICO

A constituição dos Consórcios envolve algumas ações básicas e necessárias

como:

Articulação entre os gestores municipais e coordenadorias

microrregionais,

Elaboração do Protocolo de Intenções,

Ratificação do Protocolo de Intenção pelo Poder Legislativo de cada ente

consorciado, o que o transforma na Lei do respectivo Consórcio,

Elaboração do Estatuto e/ou Regimento Interno,

Pactuação do Contrato de Programa, obrigações referentes a encargos,

serviços e bens necessários à implementação dos Consórcios,

transferência de bens, cessão de pessoal para o Consórcio e outros

compromissos não relacionados a recursos financeiros,

Contrato de Rateio, cuja finalidade é estabelecer obrigações financeiras,

ou seja, os compromissos da aplicação dos recursos pelos entes

consorciados,

Definição da dotação orçamentária específica ou créditos adicionais por

cada ente consorciado para assumir os compromissos no pagamento das

despesas assumidas no contrato de rateio,

Estruturação e organização do Consórcio.

Page 15: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 14

4.1 Etapas para constituição de Consórcio Público para Gestão de

Resíduos Sólidos.

Na Figura 05 a seguir, são descritas as principais etapas para a formação de

Consórcio Público intermunicipal para a gestão Integrada de Resíduos Sólidos,

descrevendo ainda o objetivo relativo a cada etapa.

Figura 05 – Etapas para a constituição de Consórcio Público para a Gestão de

Resíduos Sólidos

ETAPAS OBJETIVO 1 - Reunião com os líderes municipais, para a apresentação e discussão do Consórcio

Esclarecimentos aos prefeitos sobre o que é e como funciona o consórcio.

2 - Apresentação de minuta de Protocolo de Intenções;

Dar conhecimento aos procuradores e técnicos municipais

3 - Discussão dos termos do Protocolo de Intenções

Correções, sugestões e modificações sugeridas pelos municípios interessados.

4 - Conclusão do Protocolo de Intenções Acertamento do Protocolo de Intenções

5 - Assinatura do Protocolo de Intenções; Ultima ação do executivo no P. I. Instrumento pronto para ser apreciado pelo Legislativo

6 - Apresentação do P.I. às Câmaras Municipais;

Inicio do processo legislativo para ratificar o consórcio intermunicipal em Lei municipal.

7 – Elaboração do Projeto de lei do Consórcio Intermunicipal

Converter o P.I. em Projeto de Lei

8 - Audiências públicas nas Câmaras; Apresentação do Projeto de Lei.

Mostrar aos vereadores a natureza, as vantagens e as obrigações do consórcio Intermunicipal dando assim um melhor esclarecimento.

9 – Ratificação em lei do Contrato de Consórcio.

Contrato de consórcio será celebrado com a ratificação do Protocolo de Intenções mediante Lei.

10 - A 1º reunião ordinária do Consórcio Intermunicipal, e elaboração do Estatuto do Consórcio Intermunicipal.

O regimento que regulariza o consórcio deve ser aprovado pela Assembléia Geral

11 - Registros finais do Consórcio; Retirada do CNPJ do Consórcio Intermunicipal

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Convênio 012/2009 – MMA 15

12 - Elaboração do Plano regional de gestão Integrada de resíduos sólidos Urbanos

Consolidação do estudo, com definição de programa, metas, instalações, infra-estrutura, custos de implantação, operação e viabilidade técnica econômica.

13 - Elaboração de Contrato de Rateio e Contrato de Programa

Formalização dos gastos e das ações do Consórcio Intermunicipal

Elaboração: Engebio, 2013.

4.2 Oficinas para Criação do Consórcio Modelo

Conforme apresentado no relatório da etapa 3.1.2 - Realização

reuniões/oficinas no âmbito dos municípios integrantes do consórcio modelo proposto

para auxílio na implantação no mês de maio de 2013, foram apresentados o Plano de

ações para a Região 17 e através da realização de oficinas e de reuniões entre os

entes municipais envolvidos, foram trabalhadas a Minutas do protocolo de Intenções,

proposto para a formação do Consórcio Público Modelo – Região 17, que servem de

base para a formação dos Estatutos, contrato de rateio, dentre outros documentos

necessários.

4.3 Objeto do consórcio

Após a realização das oficinas para formação do Consórcio Público Modelo,

ficou definido, que o objeto do consórcio será o gerenciamento dos serviços, de

limpeza, coleta, educação ambiental, reciclagem, tratamento e destinação final dos

resíduos sólidos urbanos nos municípios que integram o Consórcio, permitindo que

estes realizem economicamente, através de aliança jurídica e específica, obras,

serviços e atividades de interesse comum.

4.4 Definição da estrutura do consórcio modelo

Para que possa funcionar adequadamente, o consórcio Público deve poder

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Convênio 012/2009 – MMA 16

atender às demandas envolvidas para o atendimento dos objetivos de um Consórcio

Público. Assim necessita de uma organização de pessoal básica para alcançar seus

objetivos.

Para tal o Consórcio Público Modelo, foi proposta a estrutura apresentada no

Organograma da Figura 06.

Figura 06 – Organograma do Consórcio Público Modelo

Elaboração: Engebio, 2013.

Consórcio Público

Conselho Fiscal

Gerencia Técnica/Operacional

Setor de Inclusão Social e apoio às Centais de

Triagem

Setor de comercialização de

recicláveis

Setor de Educação Ambiental

Setor de

Fiscalização

Setor Operacional e Planejamento

ConselhoTécnico/Consultivo

Assembéia Geral

Presidência e Vice-presidencia

Diretoria Executiva

Setor Administrativo e Contratos

Setor Juridico

Gerencia Adminsitrativa e

Financeira

Setor de Comunicação

Page 18: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 17

4.5 Descrição da organização proposta para o Consórcio modelo

4.5.1 Assembleia Geral

A Assembleia Geral é a instância máxima do Consórcio, é órgão colegiado

composto pelos Chefes do Poder Executivo de todos os entes consorciados.

Dentre outras atribuições, cabe a Assembléia, a organização do Consórcio,

homologando, por exemplo, o ingresso e saída de ente federativo no Consórcio;

elegendo ou destituindo o Presidente do Consórcio, além de aprovar o orçamento

plurianual de investimentos; orçamento anual do Consórcio; o programa anual de

trabalho; a fixação, a revisão e o reajuste de tarifas e outros preços públicos, dentre

várias outras atribuições.

As atribuições da Assembleia, assim como a forma de convocação,

periodicidade e funcionamento das Assembléias Gerais ordinárias e extraordinárias

serão definidos em estatuto.

4.5.2 Presidência e vice-presidência

À presidência e vice-presidência cabe representar o consórcio judicial e

extrajudicialmente, ordenando as despesas do Consórcio e responsabilizar-se pela sua

prestação de contas.

Cabe ainda a esta, convocar as reuniões da Diretoria Executiva e zelar pelos

interesses do Consórcio, exercendo todas as competências que não tenham sido

outorgadas pelo Protocolo ou pelo Estatuto a outro órgão do Consórcio.

4.5.3 Dos conselhos

Os conselhos são órgão de apoio ao Consórcio tendo como a finalidade de

controle e fiscalização.

Page 19: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 18

4.5.3.1 Conselho fiscal

Ao Conselho Fiscal cabe exercer o controle da legalidade, legitimidade e

economicidade da atividade patrimonial e financeira do Consórcio, com o auxílio, no

que couber, do Tribunal de Contas.

4.5.3.2 Conselho Técnico Consultivo

O Conselho Técnico Consultivo é órgão de natureza consultiva, será composta

por membros da Diretoria Executiva e por representantes de usuários, sendo que além

das competências previstas em estatuto, compete a este Conselho aprovar as

propostas de Regulamento a serem submetidas à Assembléia Geral, bem como emitir

parecer sobre as propostas de revisão e de reajuste de tarifas.

4.5.4 Diretoria executiva

A Diretoria Executiva será o órgão de planejamento, coordenação e execução

das finalidades operacionais do Consórcio, sendo constituída por um Coordenador,

portador de nível superior.

Ao Coordenador, compete planejar, organizar, coordenador e dirigir os serviços

gerais e de apoio administrativo do Consórcio, verificando, junto aos responsáveis

técnicos de cada programa ou projeto, a eventual falta de cumprimento das suas

cláusulas contratuais.

Também é este o responsável por fiscalizar o cumprimento dos contratos e

convênios celebrados pelo Consórcio; contratar auditoria externa, quando julgar

conveniente ou necessária, ou por recomendação da Diretoria Administrativa ou

Conselho Deliberativo.

Cabe a este, propor a contratação de empregados, serviços técnicos e

especializados e profissionais necessários ao desenvolvimento das atividades do

Consórcio, bem como conceder, férias, licenças e outras autorizações aos empregados

e servidores lotados no Consórcio.

Page 20: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 19

4.5.5 Gerencia administrativa

O consórcio terá ainda uma gerência administrativa, responsável pela gestão

dos contratos do setor pessoal, gastos, compras etc.

Como parte integrante da área administrativa está o Setor de compras e o

Setor Jurídico, que deverá auxiliar o Consórcio nas contratações, contratos de

prestação de serviços, licitações, ou quaisquer outros assuntos que necessitem de

apoio jurídico.

4.5.6 Gerencia Técnica/Operacional

A Gerência Técnica/Operacional será responsável por toda parte operacional

do consórcio, bem como a parte de planejamento. Esta gerência fica responsável pelos

setores de:

Fiscalização;

Educação Ambiental;

Comercialização de recicláveis;

Inclusão Social e apoio às centrais de triagem; e,

Setor Operacional e de Planejamento.

No Estatuto, ANEXO III estão descritos os cargos e competências relativas a

cada um.

5 DOCUMENTOS TÉCNICOS JURÍDICOS PARA POSSIBILITAR A

IMPLANTAÇÃO DO CONSÓRCIO

A formação de consórcios públicos entre municípios, ou entre municípios e

estado, para a prestação de serviços de saneamento básico está plenamente

contemplada pela Lei nº 11.445/2007, que estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico. Todavia a real criação de Consórcio Público depende de alguns

Page 21: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 20

documentos básicos que são fundamentais e devem seguir as regras definidas na lei

de consórcio.

5.1 Protocolo de Intenções

Para a constituição de um consórcio público, o documento inicial mais

importante, é o protocolo de intenções. O qual seu conteúdo deve obedecer ao previsto

na Lei de Consórcios Públicos - Lei Federal 11.107/2005 e seu regulamento.

Ele deve ser subscrito pelos Chefes do Poder Executivo de cada um dos

consorciados, ou seja, pelos Prefeitos - caso o consórcio envolva somente municípios,

pelo Governador - caso haja o consorciamento de estados ou do Distrito Federal, e

pelo Presidente da República - caso a União figure também como consorciada.

A publicação do protocolo de intenções deverá ter conhecimento público,

especialmente da sociedade civil de cada um dos entes federativos que o subscreve.

Destaque-se que para a elaboração do protocolo de intenções, serão

necessários profissionais técnicos com conhecimentos especializados, pois o protocolo

de intenções muitas vezes servirá de plano de trabalho para os convênios. Contudo, o

protocolo de intenções revela-se peça bem mais complexa e que deverá ser levada à

ratificação por lei formal.

No ANEXO I, encontra-se o modelo de protocolo validado durante as oficinas

de Guarapuava.

5.2 Lei de Criação

A ratificação do protocolo de intenções se efetua por meio de uma lei, na qual

cada Legislativo aprova o protocolo de intenções.

A ratificação pode ser ainda realizada com reservas, que, aceita pelos demais

entes subscritores, implicará consorciamento parcial ou condicional.

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No ANEXO II, encontra-se o modelo de lei de criação.

5.3 Contrato de Consórcio;

A Lei 11.107/05 determina em seu art. 3o que o consórcio público deverá ser

constituído por contrato específico cuja celebração dependerá da prévia subscrição de

protocolo de intenção e ratificação mediante lei, do Protocolo de Intenções.

Cabe ressaltar que, com a ratificação legal, o protocolo de intenções não se

converte automaticamente no contrato de consórcio.

Ratificado o protocolo, haverá ainda de ser celebrado o contrato propriamente

dito, estabelecendo certas questões básicas da relação contratual, como o início de

sua vigência e a aceitação da ratificação com reserva pelos demais subscritores.

Caso previsto, o consórcio público pode ser constituído sem que haja a

necessidade da ratificação de todos os que assinaram o protocolo. Por exemplo: se um

protocolo de intenções foi assinado por cinco municípios, pode se prever que o

consórcio público seja constituído com a ratificação de apenas três municípios, que não

precisarão ficar aguardando a ratificação dos outros dois.

Essa cláusula é importante para evitar que, pelo fato de um só município não

conseguir ratificar o seu protocolo de intenções, venha a prejudicar os demais.

5.4 Estatuto

O Estatuto é o documento que tem por finalidade dispor sobre a organização

do consórcio, a estrutura administrativa, os cargos, as funções, atribuições e

competências, forma de eleição, de organização e demais regras para seu

funcionamento.

Junto com o regimento interno, os estatutos são instrumentos que materializam

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Convênio 012/2009 – MMA 22

a existência da entidade, sendo que cada entidade tem a liberdade de elaborar esses

instrumentos, de acordo com as condições previstas na Lei do Consórcio Público.

O conteúdo do estatuto deve ser objetivo, claro e em conformidade com o

Protocolo de Intenções, apresentando as cláusulas que explicitem DIREITOS e

OBRIGAÇÕES entre as partes envolvidas.

No ANEXO III, encontra-se o modelo de estatuto de consórcio.

5.5 Contrato de Rateio

O contrato de rateio é um Instrumento vital para a viabilidade do consórcio, que

deve ser formalizado para cada exercício financeiro, seguindo a vigência das dotações

orçamentárias que o suportam.

Na prática, é ele que irá assegurar o repasse das obrigações financeiras de

cada participante. Para tanto, certamente não basta a previsão orçamentária, embora

seja, em regra, condicionante clara para a realização de qualquer despesa pública ou

transferência de recursos estatais.

Na verdade, a contratualização do rateio indica a existência de deveres

recíprocos, inclusive quanto ao custeio das atividades do consórcio e a Lei Federal nº

11.107/2005.

Portanto, o contrato de rateio deve ser formalizado seguindo a vigência das

dotações orçamentárias que o suportam e não podem assumir obrigação sem prévia

dotação orçamentária.

No ANEXO IV, encontra-se o modelo de contrato de rateio.

5.6 Contrato de Programa

Este documento, busca resguardar aquilo que não é objeto do contrato de

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rateio: os demais compromissos sem caráter imediatamente financeiro. É um

documento previsto na Lei Federal que tem caráter condicionante para utilização de

algumas alternativas contempladas para os consórcios públicos.

Assim o contrado de programa será obrigatório quando um ente federado,

diretamente ou por meio de entidade de sua Administração Indireta, estiver incumbido

da prestação de serviço público no âmbito de um consórcio publico ou de um convênio

de cooperação de que faça parte. Porém, o contrato de programa também é

instrumento apto a viabilizar, por si só, a prestação do serviço público por mais de um

ente da Federação (ou por entidades de suas Administrações Indiretas) - prestação por

meio de cooperação federativa - mesmo que esses entes não tenham formalizado um

convênio de cooperação, nem tenham constituído um consórcio público.

No ANEXO V, encontra-se o modelo de contrato de programa.

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ANEXO I – PROTOCOLO DE INTENÇÕES

CONSÓRCIO INTERMUNICIPAL PARA

A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Com vista ao atendimento das disposições da Lei Federal 11.107 de 06 de abril de

2005 e do Decreto 6.017 de 17 de Janeiro de 2007 e considerando a necessidade de

providências comuns e compartilhadas, visando os princípios norteadores da Administração

Pública, principalmente o da economicidade e o interesse comum dos signatários na

universalização do direito ao meio ambiente equilibrado, por intermédio da implantação de

sistema de gerenciamento de resíduos sólidos e o amparo da legislação vigente, surge a

proposta de Protocolo de Intenção que segue, para formação de Consórcios Públicos que

pode se constituir num importante espaço de diálogo e fortalecimento das relações entre o

poder público e as organizações da sociedade civil, articulando parcerias, convênios,

contratos e outros instrumentos congêneres ou similares, facilitando o financiamento e a

gestão associada ou compartilhada dos serviços públicos.

PROTOCOLO DE INTENÇÕES

TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS

CAPÍTULO I

DO CONSORCIAMENTO

CLÁUSULA 1a. Podem ser subscritores do Protocolo de Intenções:

I – O MUNICÍPIO DE ...........

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II – O MUNICÍPIO DE ...........

III – O MUNICÍPIO DE ............

§ 1º. O ente não mencionado no caput somente poderá integrar o Consórcio por meio

de instrumento de alteração do Contrato de Consórcio Público que, conforme prevê o art. 29,

caput, do Decreto Federal 6.017/2007, terá a sua eficácia condicionada à sua aprovação pela

Assembléia Geral do Consórcio e à ratificação mediante lei por todos os entes consorciados.

§ 2º. Todos os Municípios criados através de desmembramento ou de fusão de

quaisquer dos entes mencionados nos incisos do caput desta cláusula considerar-se-ão:

I - mencionados no caput;

II – subscritor do Protocolo de Intenções ou consorciado caso o Município-mãe ou o

que tenha participado da fusão ou incorporação seja respectivamente subscritor ou

consorciado.

CLÁUSULA 2ª. O Protocolo de Intenções, após sua ratificação mediante lei aprovada

pelas Câmaras Municipais de Municípios subscritores deste Protocolo de Intenções cuja soma

totalize, no mínimo, xxxx municípios, converter-se-á em Contrato de Consórcio Público, ato

constitutivo do (NOME DO CONSÓRCIO), doravante denominado Consórcio.

§ 1º. Somente será considerado consorciado o ente da Federação subscritor do

Protocolo de Intenções que o ratificar por meio de lei.

§ 2º. Será automaticamente admitido como consorciado, o ente que efetuar a

ratificação em até dois anos da subscrição deste Protocolo de Intenções.

§ 3º. A ratificação realizada após dois anos da subscrição somente será válida após

homologação pela Assembléia Geral do Consórcio.

§ 4º. A subscrição pelo Chefe do Poder Executivo do consorciado não induz a

obrigação de ratificar, cuja decisão caberá, soberanamente, ao respectivo Poder Legislativo

de cada ente.

§ 5º. Somente poderá ratificar o Protocolo de Intenções o ente da Federação que o

tenha subscrito.

§ 6º. A lei de ratificação poderá prever reservas para afastar ou condicionar a vigência

de cláusulas, parágrafos, incisos ou alíneas deste Protocolo de Intenções. Nesta hipótese, o

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consorciamento dependerá de que as reservas sejam aceitas pelos demais entes da

Federação subscritores do presente Protocolo de Intenções.

CAPÍTULO II

DOS CONCEITOS

CLÁUSULA 3a. Para os efeitos deste Instrumento e de todos os atos emanados ou

subscritos pelo Consórcio ou por ente consorciado, consideram-se:

I – consórcio público: pessoa jurídica formada exclusivamente por entes da

Federação, na forma da Lei nº. 11.107/2005, para estabelecer relações de cooperação

federativa, inclusive a realização de objetivos de interesse comum, constituída como

associação pública, com personalidade jurídica de direito público e natureza autárquica;

II – gestão associada de serviços públicos: exercício das atividades de

planejamento, regulação ou fiscalização de serviços públicos por meio de consórcio público

ou de convênio de cooperação entre entes federados, acompanhadas ou não da prestação de

serviços públicos ou da transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens

essenciais à continuidade dos serviços transferidos, nos termos do art. 241 da Constituição

Federal;

III – prestação regionalizada: aquela em que um único prestador atende a dois ou

mais municípios, contíguos ou não, com uniformidade de fiscalização e regulação dos

serviços, inclusive de sua remuneração, e com compatibilidade de planejamento;

IV - contrato de programa: instrumento pelo qual são constituídas e reguladas as

obrigações que um ente da Federação, inclusive sua administração indireta, tenha para com

outro ente da Federação, ou para com consórcio público, no âmbito da prestação de serviços

públicos por meio de cooperação federativa;

V – contrato de rateio: contrato por meio do qual os entes consorciados

comprometem-se a fornecer recursos financeiros para a realização das despesas do

consórcio público;

VI - termo de parceria: o instrumento firmado entre o Poder Público e entidade

qualificada como organização da sociedade civil de interesse público, destinado à formação

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de vínculo de cooperação entre as partes para o fomento e a execução de atividades de

interesse público previstas no art. 3º da Lei nº. 9.790, de 23 de março de 1999;

VII - contrato de gestão: o instrumento firmado entre o Poder Público e a entidade

qualificada como organização social, com vistas à formação de parceria entre as partes para

fomento e execução de atividades previstas no art. 1º da Lei nº. 9.637, de 15 de maio de

1998;

VIII – regulamento: norma de regulação dos serviços públicos de saneamento básico

apreciada pela Conferência Regional, aprovada pela Câmara de Regulação e homologada

pela Assembléia Geral;

CAPÍTULO III

DA DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE

CLÁUSULA 4ª. O CONSÓRCIO XXXXXXXXX é autarquia, do tipo associação pública

(art. 41, IV, do Código Civil).

§ 1º. O Consórcio adquirirá personalidade jurídica com a conversão do presente

Protocolo de Intenções em Contrato de Consórcio Público (Cláusula Segunda, caput)

§ 2º. Como forma de garantir simultaneidade, recomenda-se que as leis de ratificação

prevejam a sua entrada em vigor a partir do dia XXXXXX.

CLÁUSULA 5ª.. O Consórcio vigerá por prazo indeterminado.

CLÁUSULA 6ª. A sede do Consórcio é o Município de XXX, Estado XXXXXX.

PARÁGRAFO ÚNICO. A Assembléia Geral do Consórcio, mediante decisão de 2/3

(dois terços) de seus membros, poderá alterar a sede.

CAPÍTULO IV

DOS OBJETIVOS

CLÁUSULA 7ª objetivos do Consórcio:

I – Prestar, quer através de contratação, quer através de concessão ou parcerias público

privadas, serviços públicos inerentes ao gerenciamento, tratamento e a destinação final

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dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios integrantes do Consórcio, observada

a legislação vigente e aplicável;

II Cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental, bem como qualquer outra legislação

correlata, relacionada com o gerenciamento do tratamento e da destinação final dos

resíduos sólidos urbanos dos Municípios integrantes do CONSÓRCIO;

III o planejamento, a regulação, a fiscalização e, nos termos de contrato de programa, a

prestação do serviço público para promover gerenciamento, e a destinação ou disposição final

de resíduos e rejeitos sólidos, na área de atuação da Administração Pública dos municípios

identificados na Cláusula Primeira do presente Protocolo;

IV – a implementação de melhorias nas condições de vida dos munícipes, desenvolvendo

alternativas para programas de educação, saúde e gestão ambiental, sem prejuízo das ações

e programas desenvolvidas individualmente pelos entes consorciados;

VI – a capacitação técnica de forma continuada do pessoal encarregado no manuseio e

prestação do serviço de coleta, transferência e reciclagem dos resíduos sólidos produzidos

pelos Municípios consorciados;

VII – a realização de licitações compartilhadas das quais, em cada uma delas, decorram dois

ou mais contratos, celebrados por Municípios consorciados ou entes de sua administração

indireta;

VIII – a aquisição ou a administração dos bens que possam estar direta ou indiretamente

relacionados ao funcionamento de Aterro para uso compartilhado do Consórcio ou de seus

Municípios integrantes;

§ 1º. Mediante requerimento do interessado, é facultado à Assembléia Geral devolver

qualquer dos poderes mencionados no inciso I do caput à administração direta do Município

consorciado;

§ 2º. O Consórcio somente poderá prestar serviço público nos termos de contrato de

programa que celebrar com o ente consorciado;

§ 3º. Os bens adquiridos ou administrados na forma do inciso V do caput serão de uso

exclusivo dos entes que contribuíram para a sua aquisição ou administração, na forma de

regulamento da Assembléia Geral. Nos casos de retirada de consorciado ou de extinção do

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Consórcio, os bens permanecerão em condomínio, até autorização que seja extinto mediante

ajuste entre os interessados;

§ 4°. Priorizar nas aquisições e contratações do Consórcio produtos reciclados e recicláveis,

bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis, com padrões de consumo social

e ambientalmente sustentáveis; e

§ 5º. Havendo declaração de utilidade, necessidade pública ou interesse social emitida pelo

Município, promovendo a desapropriação onde o bem se situe, fica o Consórcio autorizado, a

proceder a requisições ou instituir as servidões necessárias à consecução de seus objetivos;

IX – a promoção de toda e qualquer comercialização de matéria prima e/ou produtos

derivados do funcionamento do aterro sanitário, revertendo para o Consórcio os valores

arrecadados desta operação;

X – a busca de alternativas e tecnologias para o desenvolvimento de sistemas de gestão

ambiental, voltados para a melhoria do reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluindo a

recuperação e o reaproveitamento energético, com base em experiências comprovadas e

economicamente viáveis, que permitam soluções efetivas de combate à poluição e

degradação ambiental, preservando os recursos naturais e promovendo o tratamento e a

conseqüente eliminação de gases nocivos a vida;

XI – o zelo pela proteção da saúde pública e da qualidade ambiental no desempenho de suas

funções;

XII – o incentivo a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos

resíduos sólidos, bem como promover a disposição final ambientalmente adequada dos

rejeitos que forem direcionados ao aterro;

XIII – a promoção e a articulação entre as diferentes esferas do poder público e, destas com o

setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para gestão associadas dos

resíduos sólidos;

XIV - a adoção, o desenvolvimento o aprimoramento de tecnologias limpas como forma de

minimizar impactos ambientais;

XV– a segurança a regularidade, a continuidade, a funcionalidade e a universalização da

prestação dos serviços públicos de manejo de resíduos e rejeitos sólidos, com adoção de

mecanismos gerencias e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços

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prestados como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira em

conformidade com o estabelecido na Lei nº.11.445/2007;

XVI - o reconhecimento do resíduo sólido, reutilizado e reciclado como um bem econômico e

de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; e

XVII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

XVIII - Prestar, quer através de contratação, quer através de concessão ou parcerias

público privadas, serviços públicos inerentes ao gerenciamento, tratamento e a destinação

final dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios integrantes do Consórcio,

observada a legislação vigente e aplicável;

XIX - Representar o conjunto dos Municípios que o integram, em matéria referente a sua

finalidade, perante quaisquer outras entidades de direito público ou privado, nacionais e

internacionais;

XX - Planejar, supervisionar, coordenar, orientar, gerir, controlar e avaliar as ações e

atividades do CONSÓRCIO;

XXI - Cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental, bem como qualquer outra

legislação correlata, relacionada com o gerenciamento do tratamento e da destinação final

dos resíduos sólidos urbanos dos Municípios integrantes do CONSÓRCIO;

XXII - Celebrar acordos, ajustes, parcerias, convênios, e contratos inerentes ou

compatíveis coma finalidade e os objetivos do CONSÓRCIO, com a administração pública,

a iniciativa privada, entidades do terceiro setor e organismos internacionais, conforme

legislação vigente e aplicável;

XXIII - Definir preços e tarifas, bem como seu reajuste, revisão e reequilíbrio financeiro,

levando em conta, além dos custos operacionais, os critérios definidos pela legislação

vigente de cada ente consorciado pela oferta do serviço público, respeitando as regras de

rateio estabelecidas nos instrumentos contratuais, quantidade de resíduos gerada em cada

município, e legislação vigente.

CLAÚSULA OITAVA – DAS PRERROGATIVAS PARA CUMPRIMENTO DOS OBJETIVOS

Para cumprimentos dos objetivos previstos na Cláusula Sétima, o Consórcio poderá:

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I - Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílio, contribuições e

subvenções sociais ou economias de outras entidades e Órgãos do Governo Estadual e

Federal;

II – Promover desapropriações e instituir servidões, em havendo necessidade de utilidade

pública ou de interesse social;

III – Ser contratado pela administração direta ou indireta dos entes consorciados; dispensado

a licitação; e

IV – Emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas ou

outros preços públicos resultantes da prestação dos serviços para destinação e disposição

final dos resíduos e rejeitos sólidos, desde que legalmente previstos em regulamentos.

TÍTULO III

DA GESTÃO ASSOCIADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS

CAPÍTULO I

DA GESTÃO ASSOCIADA

CLÁUSULA NONA – DA AUTORIZAÇÃO DA GESTÃO ASSOCIADA DE SERVIÇOS

PÚBLICOS

Os Municípios consorciados autorizam a gestão dos serviços de, limpeza, coleta, educação

ambiental, reciclagem, tratamento e destinação final relativos resíduos sólidos urbanos,

visando promover a integração de procedimentos para destinação e disposição final de seus

resíduos e rejeitos de forma eficaz e menos onerosa para os entes integrantes do presente

Protocolo.

§ 1º. A gestão associada autorizada no caput refere-se ao planejamento, à regulação e à

fiscalização e, nos termos de contrato de programa, à prestação do serviço;

§ 2º. Fica facultado aos Municípios consorciados autorizarem, mediante lei, que o

Consórcio exerça a gestão associada de outros serviços públicos não previstos no

presente Protocolo;

§ 3º. Em se tratando de assuntos de interesse comum, o Consórcio poderá representar

seus entes integrantes perante outras esferas de governo, desde que devidamente

aprovado em Assembléia e com o consentimento expresso do ente representado;

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§ 4º. Para atender as políticas de resíduos sólidos, federal, estadual e dos municípios

consorciados, conforme determina a Lei nº. 12.305/2010, o Consórcio poderá utilizar os

seguintes instrumentos, dentre outros:

a – os planos municipais de resíduos sólidos;

b – a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à

implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

c – o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou demais formas de

associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos municípios

integrantes do Consórcio;

d – a cooperação no monitoramento e na fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária

quando couber;

e – a cooperação técnica e financeira entre os setores públicos dos entes consorciados ou

não, para o desenvolvimento de pesquisas, métodos, processos e tecnologias de gestão,

reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos;

f – a educação ambiental;

g – os incentivos fiscais, financeiros, e creditícios;

h – os fundos de meio ambiente e os sistemas de informações sobre gestão dos resíduos

sólidos e de saneamento básico;

j – os órgãos colegiados municipais e estaduais, destinados ao controle social dos serviços

de resíduos sólidos urbanos e os conselhos de meio ambiente, e no que couber os de

saúde; e

l – os instrumentos da política nacional e estadual de resíduos sólidos e meio ambiente, no

que couber, tais como: padrões de qualidade ambiental, cadastros técnicos, sistemas de

informações, termos de compromisso e ajustamento de conduta, dentre outros.

CLÁUSULA DÉCIMA – DA ÁREA DA GESTÂO ASSOCIADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS

A gestão associada abrangerá, preferencialmente, o serviço prestado nos territórios dos

Municípios que efetivamente se consorciarem.

PARÁGRAFO ÚNICO – O estatuto disciplinará a prestação de serviços em território diferente

dos Municípios consorciados.

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CLÁUSULA DÉCIMA-PRIMEIRA - DAS COMPETÊNCIAS CUJO EXERCÍCIO SE

TRANSFERIU AO CONSÓRCIO

Para a consecução da gestão associada, os Municípios consorciados transferem ao

Consórcio o exercício das competências de planejamento, da regulação e da fiscalização do

serviço público para destinação e disposição final de resíduos e rejeitos sólidos.

§ 1º. As competências cujo exercício fora transferido, incluem dentre outras atividades:

I – o exercício do poder de polícia no sentido de fiscalizar e multar o descumprimento de

preceitos administrativos e legais que prejudiquem a preservação da saúde e do meio

ambiente relativos à coleta, destinação e disposição do lixo;

II - a elaboração de planos de investimentos para a expansão, a reposição e a modernização

tecnológica de Aterro;

III – a elaboração de planos de recuperação dos custos do serviço;

IV – o acompanhamento e a avaliação das condições de prestação do serviço; e

V – o apoio à prestação do serviço, destacando-se:

a) a aquisição, a guarda e a distribuição de materiais para a manutenção, a reposição, a

expansão e a operação do serviço;

b) a manutenção de média e alta complexidade dos equipamentos utilizados na prestação do

serviço;

c) o controle de qualidade do serviço público; e

d) a restrição de acesso ou a suspensão da prestação do serviço em caso de inadimplência

das obrigações assumidas por um dos entes consorciados, sempre precedida por prévia

notificação.

§ 2º - Fica o Consórcio autorizado a receber a transferência do exercício de outras

competências referentes ao planejamento, regulação e fiscalização do serviço público previsto

no presente Protocolo.

CLÁUSULA DÉCIMA-SEGUNDA – DA CONCESSÃO, PERMISSÂO E AUTORIZAÇÃO DE

SERVIÇOS PÚBLICOS, DOS TERMOS DE PARCERIA E DOS CONTRATOS PARA

GESTÃO ADMINISTRATIVA

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Ao Consórcio fica proibido conceder, permitir ou autorizar a transferência total ou parcial das

atividades de planejamento, regulação e fiscalização inerente à prestação do serviço público

objeto da gestão associada, seja em nome próprio, seja em nome de entes consorciados,

para terceiros.

PARÁGRAFO ÚNICO - Fica defeso ao Consórcio estabelecer termo de parceria, contrato de

gestão ou outro instrumento que tenha por objeto a gestão administrativa do Consórcio que

não esteja diretamente relacionado às atividades previstas no caput, bem como a realização

de obras e serviços de engenharia, reciclagem por meio de cooperativa ou associação de

catadores, observado à Lei 12.305/2010 e demais legislação que rege a Administração

Pública.

CAPÍTULO II

DOS SERVIÇOS E DE SEU PLANEJAMENTO, REGULAÇÃO E FISCALIZAÇÃO

SEÇÃO I

DO DIREITO AOS SERVIÇOS PÚBLICOS

CLÁUSULA DÉCIMA-TERCEIRA - DO DIREITO SUBJETIVO AOS SERVIÇOS

PÚBLICOS

Todos têm direito constitucional à vida, a educação, à saúde e a um ambiente saudável,

cuja promoção e preservação são deveres do Poder Público e da coletividade.

PARÁGRAFO ÚNICO. É garantido a todos os direitos a níveis adequados e crescentes de

satisfação das necessidades básicas e essenciais e de exigir dos responsáveis medidas

preventivas, mitigadoras, compensatórias ou reparadoras em face de atividades

prejudiciais ou potencialmente prejudiciais à satisfação destas necessidades.

CLÁUSULA DÉCIMA-QUARTA - DO DEVER DO PODER PÚBLICO

É obrigação dos entes consorciados e do Consórcio promover a satisfação das

necessidades básicas e essenciais, bem como das demais complementares,

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especialmente mediante políticas, ações e a provisão universal e equânime do serviço

público oferecido.

SEÇÃO II

DAS DIRETRIZES

Subseção I

DISPOSIÇÃO PRELIMINAR

CLÁUSULA DÉCIMA-QUINTA - DA ESSENCIALIDADE DOS SERVIÇOS

São considerados básicos e essenciais para efeito do Consórcio os serviços públicos de

educação, saúde, preservação ambiental e de saneamento básico. Serão considerados

complementares os demais serviços.

Subseção II

DAS DIRETRIZES BÁSICAS

CLÁUSULA DÉCIMA-SEXTA. – DAS DIRETRIZES BÁSICAS

No que não contrariar a legislação federal, estadual e municipal dos entes consorciados,

são diretrizes básicas dos serviços públicos essenciais e complementares providos pelo

Consórcio ou pelos Municípios consorciados:

I - a universalização, consistente na garantia a todos de acesso ao serviço, indistintamente

e em menor prazo, observado o gradualismo planejado da eficácia das soluções, sem

prejuízo da adequação às características locais, em benefício da saúde pública, da

preservação do meio ambiente e de outros interesses coletivos correlatos;

II - a integralidade, compreendida como a provisão dos serviços públicos básicos,

essenciais e complementares de toda natureza proporcionando o acesso à população na

conformidade de suas necessidades e a maximização da eficácia das ações e resultados;

III - a eqüidade, entendida como a garantia de fruição em igual nível de qualidade dos

benefícios pretendidos ou ofertados, sem qualquer tipo de discriminação ou restrição de

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Convênio 012/2009 – MMA 36

caráter social ou econômico, salvo os que visam priorizar o atendimento da população de

menor renda;

IV - a regularidade, concretizada pela prestação do serviço sempre de acordo com a

respectiva regulação e com as outras normas aplicáveis;

V - a continuidade, consistente na obrigação de prestar o serviço público sem interrupções,

salvo nas hipóteses previstas em lei;

VI - a eficiência, por meio da prestação do serviço de forma a satisfazer as necessidades

dos munícipes com a imposição do menor encargo sócio-ambiental e econômico possível;

VII - a segurança, implicando na prestação do serviço com os menores riscos possíveis

para os usuários, os trabalhadores que os presta e a população;

VIII - a atualidade, que compreende em modernidade das técnicas, dos equipamentos e

das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria contínua do serviço;

IX - a cortesia, traduzida no bom atendimento ao público, inclusive para fornecer as

informações referentes ao serviço que seja de interesse dos usuários e da coletividade;

X - a modicidade dos preços públicos, inclusive das tarifas e das taxas, caso seja assim

regulado;

XI - a sustentabilidade, pela garantia do caráter duradouro dos benefícios das ações,

considerados os aspectos jurídico-institucionais, sociais, ambientais, energéticos e

econômicos relevantes ao objeto do Consórcio;

XII - a intersetorialidade, compreendendo a integração de determinadas ações entre si e

com as demais políticas públicas, em geral;

XIII - a cooperação federativa, buscando a melhoria das condições de vida de todos os

munícipes dos entes consorciados;

XIV - a participação da sociedade na formulação e implementação das políticas e no

planejamento, regulação, fiscalização, avaliação e prestação do serviço por meio de

instâncias de controle social;

XV - a promoção da educação sanitária e ambiental, fomentando os hábitos higiênicos, o

uso sustentável dos recursos naturais, a redução de desperdícios, a correta utilização dos

materiais, sua reciclagem e reaproveitamento;

XVI - a promoção e a proteção da saúde, mediante ações preventivas de coleta e

condicionamento do lixo de forma a evitar contaminação e proliferação de doenças;

XVII - a preservação e a conservação do meio ambiente, mediante ações orientadas para a

coleta e condicionamento de resíduos e rejeitos sólidos notadamente em proximidades aos

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Convênio 012/2009 – MMA 37

recursos naturais, de forma seletiva e sustentável, bem como promover a reversão de

degradação ambiental existente, observada as normas ambientais;

XVIII – a promoção do direito a um ambiente ecologicamente equilibrado;

XIX – o respeito às diversidades locais e regionais, na implementação e na execução do

serviço de coleta, destinação e disposição final dos resíduos e rejeitos sólidos;

XX - a promoção e a defesa da saúde e segurança do trabalhador na execução das

atividades relacionadas ao Consórcio;

XXI - o respeito e a promoção dos direitos básicos da coletividade; e

XXII - o fomento pela busca de conhecimento científico e tecnológico, bem como a difusão

de conhecimentos adquiridos que possam ser de interesse da comunidade, visando

melhores condições de vida.

PARÁGRAFO ÚNICO. Na prestação do serviço público prevista neste Protocolo, deverá

ser considerada a universalidade em um território quando assegurar o atendimento, no

mínimo, das necessidades básicas vitais de todas as pessoas, independentemente de sua

condição sócio-econômica e de convivência social, de forma aceitável e adequada nos

locais de sua aplicação.

Subseção III

DAS DIRETRIZES APLICÁVEIS AOS RESÍDUOS SÓLIDOS

CLÁUSULA DÉCIMA-SÉTIMA – DA GESTÃO E GERENCIAMENTO DOS RESÍDUOS

SÓLIDOS

Na gestão e gerenciamento dos resíduos e rejeitos sólidos pelo Consórcio, deverá ser

observada a seguinte ordem de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem,

tratamento dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos;

§ 1°. As políticas municipais de resíduos sólidos dos entes consorciados deverão ser

compatíveis com as diretrizes estabelecidas na Lei nº 12.305/2010;

§ 2°. O Consórcio e os Municípios organizarão e manterão de forma conjunta o sistema

regional de informações, sobre a gestão dos resíduos sólidos, prestando quando

necessário, aos Órgãos Federais ou Estaduais, todas as informações solicitadas, em sua

esfera de competência na forma e na periodicidade, estabelecidas em regulamento; e

§ 3°. Para efeito de gestão, no âmbito do Consórcio, os resíduos sólidos serão

classificados em conformidade com o Artigo 13, da Lei nº 12.305/2010.

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Convênio 012/2009 – MMA 38

Subseção IV

DAS DIRETRIZES DE PLANEJAMENTO

CLÁUSULA DÉCIMA-OITAVA - DO DIREITO AOS SERVIÇOS PLANEJADOS

É direito do cidadão, receber dos Municípios consorciados ou do Consórcio, serviços

públicos que tenham sido adequadamente planejados.

§ 1º. É direito do usuário, cabendo-lhe o ônus da prova, não ser onerado por investimento

que não tenha sido previamente planejado, salvo quando:

I - decorrente de fato imprevisível justificado nos termos da regulação; e

II – não ter decorrido o prazo para a elaboração de planejamento nos termos da legislação

federal, estadual, municipal ou de regulamento adotado pelo Consórcio.

§ 2º. O planejamento do serviço público a ser prestado deve ser elaborado e revisado com

a participação da comunidade, sendo obrigatória a realização de audiência e consulta

pública; § 3º. Resolução da Assembléia Geral do Consórcio estabelecerá as normas para

as audiências e consultas públicas, que serão observadas pelos Municípios consorciados

no que não contrariarem norma local.

CLÁUSULA DÉCIMA-NONA – DO DEVER DE ELABORAR UM PLANEJAMENTO PARA

PRESTAÇÂO DE SERVIÇOS PÚBLICOS

Em relação ao seu respectivo serviço, é dever do Consórcio e dos entes consorciados,

elaborar e implementar o planejamento das viabilidades sócio-econômicas do serviço a ser

prestado.

§ 1º. O planejamento deverá ser elaborado tendo horizonte mínimo de 04 (quatro) anos;

§ 2º. O planejamento deverá ser compatível com:

I – o planejamento orçamentário municipal dos entes consorciados;

II – a legislação da Administração Pública;

III – a legislação da Política Nacional e Estadual de Saneamento Básico, bem como da

Política Nacional e Estadual de Resíduos Sólidos; e

IV - a legislação em geral;

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Convênio 012/2009 – MMA 39

§ 3º. As metas fixadas pelo planejamento possuem caráter indicativo para os planos

plurianuais e de gerenciamento, os orçamentos anuais e a realização de operação de

crédito pelo Consórcio ou por Município consorciado;

§ 4º. O Consórcio elaborará o planejamento regional e os Municípios consorciados os seus

respectivos planejamentos municipais; e

§ 5º. É vedado o investimento em outros serviços públicos que não estejam integrados e

não previstos no planejamento do Consórcio.

CLÁUSULA VIGÉSIMA – DA NATUREZA JURÍDICA DAS DISPOSIÇÔES PLANEJADAS

As disposições contidas no planejamento são vinculantes para:

I - a regulação, a prestação direta, a fiscalização, a avaliação dos serviços públicos básicos

e essenciais em relação ao Consórcio ou ao Município que o elaborou, e;

II - as ações públicas e privadas que, disciplinadas ou vinculadas às demais políticas

públicas, implementadas pelo Consórcio ou pelo Município que elaborou o planejamento,

venham a interferir nas necessidades básicas e essenciais.

PARÁGRAFO ÚNICO. As disposições contidas no planejamento vinculam ainda aos

demais projetos básicos e as contratações de obras e serviços relativos às ações, serviços

e contratos de programas relacionados ao Consórcio.

Subseção V

DAS DIRETRIZES PARA A REGULAÇÃO E A FISCALIZAÇÃO DOS SERVIÇOS

CLÁUSULA VIGÉSIMA-PRIMEIRA – DO DEVER DE REGULAR E FISCALIZAR

O Consórcio exercerá regulação e fiscalização permanente sobre a prestação do serviço

público, inclusive quando prestado, direta ou indiretamente, por Município consorciado.

§ 1º. Faculta-se ao Consórcio, por meio de convênio de cooperação com entidade pública,

receber apoio técnico para as suas atividades de regulação;

§ 2º. As informações produzidas por terceiros contratados poderão ser utilizadas pela

regulação e fiscalização dos serviços;

§ 3º. É garantido ao Consórcio o acesso a todas as instalações e documentos relacionados

direta ou indiretamente à prestação do serviço que seja de execução por parte dos entes

consorciados. A não obediência à requisição de informações e documentos emitida pelo

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Convênio 012/2009 – MMA 40

Consórcio implicará sanção administrativa ao infrator que, sendo de multa, não poderá ser

superior à R$ xxxxx(xxxxx mil reais); e

§ 4º. Incluem-se na regulação do serviço as atividades de interpretar e fixar critérios para a

fiel execução dos instrumentos de execução do serviço, bem como para a correta

administração de subsídios.

CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEGUNDA - DOS REGULAMENTOS

Atendidas as diretrizes fixadas neste Protocolo de Intenções, resolução aprovada pela

Assembléia Geral do Consórcio estabelecerá as normas de regulação e fiscalização, que

deverão compreender pelo menos:

I – os indicadores de qualidade do serviço e de sua adequada e eficiente prestação;

II – as metas de expansão e qualidade do serviço e os respectivos prazos, quando

adotadas metas parciais ou graduais;

III - sistemas de faturamento e cobrança do serviço;

IV – o método de monitoramento dos custos e de reajustamento e revisão das tarifas ou

preços públicos;

V – os mecanismos de acompanhamento e avaliação dos serviços e procedimentos para

recepção, apuração e solução de queixas e de reclamações dos cidadãos e dos demais

usuários;

VI – os planos de contingência e de segurança; e

VII – as penalidades a que estarão sujeitos os usuários, consumidores, geradores e os

prestadores.

Subseção VI

DOS PLANOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS

CLÁUSULA VIGÉSIMA-TERCEIRA – DOS PLANOS INTERMUNICIPAIS DE RESÍDUOS

SÓLIDOS E DOS PLANOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA

O Consórcio deverá elaborar seu Plano Intermunicipal de Resíduos com base nos Planos

Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos entes consorciados.

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Convênio 012/2009 – MMA 41

PARÁGRAFO ÚNICO. Os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

todos os entes consorciados deverão estar em conformidade com o disposto no artigo 19,

da Lei nº 12.305/2010.

CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUARTA – DO PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS

SÓLIDOS

Os entes consorciados, sem prejuízo do previsto na Cláusula anterior, deverão elaborar

seu Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos para seus órgãos, classificados como

geradores dos resíduos identificados no artigo 13, da Lei nº 12.305/2010.

§ 1°. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos deverá ser elaborado em

conformidade com o artigo 21 da Lei nº. 12.305/2010; e

§ 2°. Para a elaboração, implementação, operacionalização e monitoramento de todas as

etapas do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, nelas incluindo o controle da

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos será designado responsável

técnico, devidamente habilitado, que manterão atualizadas e disponíveis as informações

completas sobre a implementação e a operacionalização do plano sobre sua

responsabilidade.

CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUINTA – DO PRAZO PARA ELABORAÇÃO DOS PLANOS DE

RESÍDUOS SÓLIDOS

O Consórcio e seus entes consorciados terão um prazo xxxxxx para elaborarem seus

respectivos planos.

Subseção VII

DAS TARIFAS

CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEXTA – DAS TARIFAS

Os valores das tarifas e de outros preços públicos, bem como seu reajuste e revisão,

observarão os seguintes critérios:

I - a tarifa se comporá de duas partes, uma referida aos custos do serviço local, a cargo

dos entes consorciados, e outra referida aos custos do Consórcio, que engloba os custos

de prestação dos serviços públicos a seu cargo, dos serviços vinculados e os relativos à

reposição e à expansão futuras;

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Convênio 012/2009 – MMA 42

II - ambas as partes da estrutura de custos serão referenciadas em relatórios mensais de

acompanhamento;

III - as tarifas serão progressivas e diferenciadas de acordo com a natureza do material

coletado; e

IV - as tarifas poderão ser reajustadas ou revistas para atender à necessidade de execução

de programas de melhoria e ampliação do serviço prestado.

PARAGRAFO ÚNICO. Regulamento adotado pelo Consorcio poderá, caso comprovada a

inviabilidade, adotar formas referenciais de cobranças pelo recebimento de lixo de

determinada espécie de material coletado, sempre em conformidade com a legislação

específica, além do disposto na Lei nº 12.305/2010.

Subseção VIII

DA AVALIAÇÃO EXTERNA E INTERNA DOS SERVIÇOS

CLÁUSULA VIGÉSIMA-SÉTIMA – DA OBRIGATORIEDADE DA AVALIAÇÃO ANUAL

O serviço público prestado receberá avaliação de qualidade interna e externa anual, sem

prejuízo de outras que sejam previstas na regulação do serviço.

CLÁUSULA VIGÉSIMA-OITAVA – DA AVALIAÇÃO INTERNA

A avaliação interna será efetuada pelo próprio Consórcio, por meio de Relatório Anual de

Prestação dos Serviços - RAPS, que caracterizará a situação da prestação do serviço e da

infra-estrutura, relacionando-as com as condições sócio-econômicas em áreas

homogêneas, de forma a verificar a efetividade das ações executadas de modo a garantir

uma melhor qualidade de vida e de gestão ambiental.

PARÁGRAFO ÚNICO. O RAPS será elaborado na conformidade dos critérios, índices,

parâmetros e prazos fixados em resolução da Assembléia Geral do Consórcio.

CLÁUSULA VIGÉSIMA-NONA – DA AVALIAÇÃO EXTERNA

A avaliação externa do serviço será a cargo dos Municípios consorciados, por Conselho da

Cidade ou órgão equivalente e, na falta destes, por qualquer Conselho Municipal e, na falta

ainda deste, pelo Conselho de Regulação do Consórcio;

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Convênio 012/2009 – MMA 43

§ 1º. As atividades de avaliação externa, além das previstas em resolução da Assembléia

Geral do Consórcio, compreendem as de apreciar e aprovar o RAPS; e

§ 2º. O RAPS, uma vez aprovado, e os resultados da avaliação externa da qualidade do

serviço, devem ser encaminhados para os órgãos da Administração Municipal,

responsáveis pelo meio ambiente e saúde para sua possível integração nas informações

individuais de cada ente Consorciado.

Subseção IX

DA RESPONSABILIDADE DO CONSÓRCIO, DOS GERADORES E COMPARTILHADA

CLÁUSULA TRIGÉSIMA – DA RESPONSABILIDADE DO CONSÓRCIO

O Consórcio como titular dos serviços públicos de manejo, destinação e disposição final de

resíduos e rejeitos sólidos, será responsável pela organização e prestação direta ou

indireta, destes serviços, observados os respectivos Planos Municipais de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos e as disposições da Lei nº 12.305/2010.

§ 1°. Caso seja estabelecido nos Planos Municipais de Gestão Integrada, compete ao

Consórcio:

I - Adotar procedimentos para reaproveitar os resíduos sólidos reutilizados e reciclados

oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos;

ll - Implantar sistema de compostagem para resíduos sólidos orgânicos e articular com os

agentes econômicos e sociais formas de utilização do composto produzido; e

lll - Promover a disposição final ambientalmente adequada aos rejeitos oriundos dos

serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.

§ 2°. Para o cumprimento do previsto no parágrafo anterior, o Consórcio priorizará a

organização e o funcionamento de cooperativas ou de outras formas de associação de

catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, formadas por pessoas físicas de baixa

renda, bem como sua contratação, mediante dispensa de licitação nos termos do inciso

XXVll, do Artigo 24, da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-PRIMEIRA – DA RESPONSABILIDADE DOS GERADORES DE

RESÍDUOS

As pessoas físicas ou jurídicas, identificadas no Artigo 20, da Lei nº 12.305/2010,

responsáveis pela geração de resíduos sólidos, deverão remunerar o Poder Público pela

não execução das etapas sobre sua responsabilidade.

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Convênio 012/2009 – MMA 44

§ 1°. A contratação dos serviços de coleta, armazenamento, transporte, transbordo,

tratamento, destinação final de resíduos, ou de disposição final de rejeitos, não isentará

pessoas físicas ou jurídicas referenciadas no Artigo 20, da Lei identificada no caput, por

danos que vierem a ser provocados pelo gerenciamento inadequado, por seus respectivos

resíduos ou rejeitos;

§ 2°. O gerador de resíduos sólidos domiciliar terá sua responsabilidade cessada com a

disponibilização adequada para a coleta ou quando promover a devolução dos materiais e/

ou embalagens, conforme previsão no Artigo 33, da Lei nº 12.305/2010;

§ 3°. Caberá ao Poder Público, na qualidade de Ente consorciado individual ou em

Consórcio, atuar, subsidiariamente, com vista a minimizar ou cessar qualquer dano, logo

que tome conhecimento de evento lesivo ao meio ambiente ou à saúde pública relacionado

ao Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, devendo os responsáveis pelo dano, ressarcir

integralmente o Poder Público pelos gastos decorrentes das ações empreendidas;

§ 4°. O Consórcio, por acordo setorial ou termo de compromisso firmado com o setor

empresarial, poderá encarregar-se das atividades de responsabilidades dos fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes nos sistemas de logística reversa, dos

produtos e embalagens, mediante remuneração previamente acordada com os respectivos

geradores;

§ 5°. Os geradores de resíduos, a exceção dos consumidores, deverão manter atualizados

e disponíveis ao Consórcio ou aos Entes consorciados, informações completas sobre a

realização das ações de sua responsabilidade no tocante ao sistema de logística reversa.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SEGUNDA – DA RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA

No desempenho da prestação dos serviços públicos de manejo de resíduos e rejeitos

sólidos, o Consórcio terá responsabilidade compartilhada com os Municípios consorciados,

com os Fabricantes, Importadores, Distribuidores, Comerciantes, Consumidores e demais

esferas da Administração Pública.

§ 1°. Para efeito do Consórcio a responsabilidade compartilhada terá por objetivo:

I – Promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para sua cadeia

produtiva ou para outras cadeias produtivas;

II – Reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais, a poluição e os

danos materiais;

III – Incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao meio ambiente e de

maior sustentabilidade;

IV – Estimular o consumo de produtos derivados, de materiais reciclados e recicláveis;

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Convênio 012/2009 – MMA 45

V – Incentivar as boas práticas de responsabilidade sócio ambiental; e

VI – Estimular sistemas de logística reversa para os produtos de agrotóxicos, pilhas e

baterias, pneus, óleos lubrificantes e seus resíduos e embalagens, lâmpadas fluorescentes,

produtos eletroeletrônicos e seus componentes, bem como produtos comercializados,

embalagens plásticas, metálicas ou de vidro.

§ 2°. Para efeito de assegurar a implementação e a operacionalização da logística reversa,

prevista no parágrafo anterior, o Consórcio ou os Municípios consorciados, entre outras

medidas, poderão:

I – Implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados, para posterior

repasse a origem;

II – Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;

III – Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de catadores de

materiais reutilizáveis e recicláveis;

IV – Incentivar os consumidores a devolver após o uso, aos comerciantes ou distribuidores,

os produtos e as embalagens para aqueles inservíveis;

V – Incentivar os comerciantes e distribuidores a efetuar a devolução aos fabricantes ou

importadores dos produtos e embalagens inservíveis;

VI – Incentivar os fabricantes e os importadores a darem destinação ambientalmente

adequada aos produtos e as embalagens reunidos ou devolvidos;

VII – Estabelecer sistema de coleta seletiva; e

VIII – Instituir incentivos aos consumidores, que participarem do sistema de coleta seletiva,

acondicionando adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos gerados e

disponibilizando-os separadamente como reutilizáveis e recicláveis, para sua coleta e

devolução.

Subseção X

DOS RESIDUOS PERIGOSOS

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-TERCEIRA – DOS PROCEDIMENTOS

Na gestão dos resíduos perigosos, o Consórcio deverá, quando for o caso, exigir de

empreendimentos ou atividades que gerem ou operem com resíduos perigosos, a

comprovação do seu responsável, da capacidade técnica e econômica, além de condições

para prover os cuidados necessários ao gerenciamento desses resíduos, bem como a

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Convênio 012/2009 – MMA 46

obrigatoriedade do registro como pessoa jurídica no Cadastro Nacional de Operadores de

Resíduos Perigosos.

§ 1º. O Cadastro das pessoas jurídicas referidas no caput, necessita contar com

responsável técnico pelo gerenciamento dos resíduos perigosos, do seu próprio quadro de

funcionários ou contratado devidamente habilitado, cujos dados serão mantidos atualizados

no cadastro; e

§ 2º Sem prejuízo das iniciativas de outras esferas governamentais exigirem de seus

geradores, medidas destinadas a reduzir o volume e a periculosidade dos resíduos bem

como aperfeiçoar o seu gerenciamento.

Subseção Xl

DOS DIREITOS DO USUÁRIO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-QUARTA – DOS DIREITOS DOS USUÁRIOS

Sem prejuízo de outros direitos previstos na legislação Federal, Estadual, Municipal, neste

Protocolo de Intenções e nos regulamentos adotados pelo Consórcio, asseguram-se aos

usuários:

I – receber instruções e informações sobre a prestação do serviço;

II – ter amplo acesso, inclusive por meio da rede mundial de computadores - internet, às

informações sobre a prestação do serviço na forma e com a periodicidade definidas pela

regulação do serviço, especialmente as relativas à qualidade, receitas, custos, ocorrências

operacionais relevantes e investimentos realizados; e

III – ter prévio conhecimento:

a) das penalidades a que estão sujeitos os cidadãos e demais usuários pela violação aos

preceitos que regem os ideais de uma vida saudável e de preservação do meio ambiente; e

b) das interrupções programadas ou não das rotinas de coleta e recolhimento do lixo.

PARÁGRAFO ÚNICO. O não cumprimento do disposto no caput desta cláusula implicará

em violação dos direitos do consumidor.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-QUINTA – DO DIREITO DE RECLAMAR

É direito do cidadão e dos demais usuários do serviço público fiscalizar a atuação do

Consórcio e apresentar reclamações;

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Convênio 012/2009 – MMA 47

§ 1º- O Consórcio deverá receber, apurar e solucionar queixas e reclamações dos cidadãos

e dos demais usuários, que deverão ser notificados das providências adotadas em até 30

(trinta) dias; e

§ 2º- O Conselho de Regulação do Consórcio deverá receber e se manifestar

conclusivamente sobre as reclamações que, a juízo do interessado, não tenham sido

suficientemente atendidas pelo Consórcio.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SEXTA – DA MOTIVAÇÃO E DA PUBLICIDADE DA

ATIVIDADE REGULATÓRIA E DE FISCALIZAÇÃO

O Consórcio é obrigado a motivar todas as decisões que interfiram nos direitos ou deveres

referentes aos serviços ou à sua prestação, bem como, quando solicitado pelo usuário, a

prestar esclarecimentos complementares em 30 (trinta) dias.

§ 1º. Aos planos, relatórios, estudos, decisões e instrumentos atinentes à regulação ou à

fiscalização do serviço deverá ser dado publicidade, deles podendo ter acesso qualquer

cidadão, independentemente de demonstração de interesse, salvo os de prazo certo

declarado como sigilosos por decisão fundamentada em interesse público relevante; e.

§ 2º. A publicidade a que se refere o § 1º desta cláusula preferencialmente deverá se

efetivar por meio de “sítio” mantido na rede mundial de computadores - Internet.

Subseção Xll

DOS PROCEDIMENTOS ADMINISTRATIVOS PARA ELABORAÇÃO DE

PLANEJAMENTOS E DE REGULAMENTOS

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SÉTIMA – DO PROCEDIMENTO

A elaboração e a revisão dos planejamentos e regulamentos do Consórcio obedecerão ao

seguinte procedimento:

I - divulgação e debate da proposta de planejamento ou de regulamento e dos estudos que

o fundamentam;

II - apreciação da proposta pelo Conselho de Regulação; e

III - homologação pela Assembléia Geral.

§ 1º. A divulgação da proposta de planejamento ou de regulamento e dos estudos que a

fundamentam dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu teor aos interessados e

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Convênio 012/2009 – MMA 48

em audiência pública em cada Município consorciado. A disponibilização integral poderá

dar-se por meio da rede mundial de computadores – internet;

§ 2º. O debate efetivar-se-á por meio de consulta pública, garantido o prazo mínimo de 30

(trinta) dias para o recebimento de críticas e sugestões, assegurado a qualquer cidadão o

acesso às respostas;

§ 3º. Alterada a proposta de planejamento ou de regulamento, deverá a sua nova versão

ser submetida a novo processo de divulgação e debate, a ser concluído no prazo máximo

de 120 (cento e vinte) dias;

§ 4º. É condição de validade para os dispositivos de planejamento ou de regulamento a

sua explícita fundamentação em estudo submetido à divulgação e debate, bem como a

adequada fundamentação das respostas às críticas e sugestões; e

§ 5º. O estatuto deverá prever normas complementares para o procedimento administrativo

do Consórcio.

CAPÍTULO III

DO CONTRATO DE PROGRAMA

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-OITAVA – DO CONTRATO DE PROGRAMA

Ao Consórcio é permitido firmar contrato de programa para prestação de um serviço por

meios próprios, sendo-lhe vedado:

I – sub-rogar ou transferir direitos ou obrigações referentes às atividades de planejamento,

regulação e fiscalização; e

II – celebrar, em nome próprio ou de ente consorciado, contrato de programa para que

terceiros venham a prestar serviços ou projetos associados às atividades de planejamento,

regulação e fiscalização.

PARÁGRAFO ÚNICO. O disposto no caput desta Cláusula não prejudica que, nos contratos

de programa celebrados pelo Consórcio, se estabeleça a transferência total ou parcial de

encargos, pessoal ou de bens necessários à continuidade do serviço transferido.

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-NONA - DAS CLÁUSULAS NECESSÁRIAS

São cláusulas necessárias do contrato de programa celebrado pelo Consórcio Público as

que estabeleçam:

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Convênio 012/2009 – MMA 49

I – o objeto, a área e o prazo da gestão associada de serviço público, inclusive a operada

com transferência total ou parcial de encargos, pessoal e bens essenciais à continuidade

do serviço;

II – o modo, forma e condições de prestação do serviço;

III – os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade do serviço;

IV - o cálculo de tarifas e de outros preços públicos na conformidade da regulação do

serviço a ser prestado;

V – procedimentos que garantam transparência da gestão econômica e financeira de cada

serviço em relação a cada um de seus titulares, especialmente no que se refere aos

subsídios cruzados;

VI – os direitos, garantias e obrigações do titular e do Consórcio, inclusive os relacionados

às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão do serviço e conseqüente

modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e instalações;

VII – os direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização do serviço;

VIII – a forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e das

práticas de execução do serviço, bem como a indicação dos órgãos competentes para

exercê-las;

IX – as penalidades e sua forma de aplicação;

X – os casos de extinção;

XI – os bens reversíveis;

XII – os critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas ao

Consórcio relativas aos investimentos que não foram amortizados por tarifas ou outras

receitas emergentes da prestação do serviço;

XIII – a obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas do Consórcio ao

titular do serviço;

XIV – a periodicidade em que o Consórcio deverá publicar as demonstrações financeiras

sobre a execução do contrato; e

XV – o foro e o modo amigável de solução das controvérsias contratuais.

§ 1º. No caso de a prestação de serviço for operada por transferência total ou parcial de

encargos, pessoal e bens essenciais à continuidade do serviço, também são necessárias

as cláusulas que estabeleçam:

I - os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu;

II - as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos;

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Convênio 012/2009 – MMA 50

III - o momento de transferência e os deveres relativos à sua continuidade;

IV - a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido;

V - a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferida e o

preço dos que sejam efetivamente alienados ao contratado; e

VI - o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que

vierem a ser amortizados mediante receitas de tarifas ou outras emergentes pela prestação

do serviço.

§ 2º. Os bens vinculados ao serviço público serão de propriedade da administração direta

do Município contratante, sendo onerados por direitos de exploração que serão exercidos

pelo Consórcio pelo período vigente ao contrato de programa;

§ 3º. Nas operações de crédito contratadas pelo Consórcio para investimentos na

realização do serviço público, objeto do Consórcio ou de Contrato de Programa, deverá ser

indicado o quanto corresponde ao serviço de cada titular, para fins de contabilização e

controle;

§ 4º. Receitas futuras da prestação de serviço poderão ser entregues como pagamentos ou

como garantia de operações de crédito ou financeiras para a execução dos investimentos

previstos no contrato;

§ 5º. A extinção do contrato de programa dependerá do prévio pagamento das

indenizações eventualmente devidas, especialmente das referentes à economicidade e

viabilidade da prestação dos serviços pelo Consórcio, por razões de economia de escala

ou de escopo;

§ 6º. O contrato de programa continuará vigente nos casos de:

I – o titular se retirar do Consórcio ou da gestão associada; e

II – extinção do consórcio.

§ 7º. Os contratos de programa serão celebrados mediante dispensa de licitação,

incumbindo ao Município contratante obedecer fielmente às condições e procedimentos

previstos na legislação.

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Convênio 012/2009 – MMA 51

TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DO CONSÓRCIO

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA – DO ESTATUTO

O Consórcio será organizado por estatuto cujas disposições, sob pena de nulidade, deverão

atender a todas as cláusulas do Protocolo de Intenções.

§ 1º. O estatuto será elaborado, aprovado e quando necessário modificado em Assembléia

Geral devidamente convocada para este fim, em consonância com o Protocolo de Intenções;

§ 2º. O estatuto poderá dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar,

procedimento administrativo e outros temas referentes ao funcionamento e organização do

Consórcio.

CAPÍTULO II

DOS ÓRGÃOS

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-PRIMEIRA – DOS ÓRGÂOS

O Consórcio é composto dos seguintes órgãos:

I - Assembléia Geral;

II – Presidência e Vice-Presidência

III –Diretoria Executiva,

IV– Conselho Fiscal;

V – Conselho Técnico/Consultivo

PARÁGRAFO ÚNICO. O estatuto do Consórcio poderá criar outros órgãos, vedada a criação

de cargos, empregos e funções remuneradas.

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Convênio 012/2009 – MMA 52

CAPÍTULO III

DA ASSEMBLÉIA GERAL

SEÇÃO I

DO FUNCIONAMENTO

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA - SEGUNDA – DA NATUREZA E COMPOSIÇÃO

A Assembléia Geral, instância máxima do Consórcio, é órgão colegiado composto pelos

Chefes do Poder Executivo de todos os entes consorciados.

§ 1º. Os Vice-Prefeitos e os membros do Conselho Fiscal poderão participar de todas as

reuniões da Assembléia Geral com direito a voz;

§ 2º. No caso de ausência do Prefeito, o Vice-Prefeito assumirá a representação do ente

federativo na Assembléia Geral, inclusive com direito a voto;

§ 3º. O disposto no § 2º desta cláusula não podendo ser aplicado, será enviado um

representante legal designado pelo Prefeito, o qual assumirá os direitos de voz;

§ 4º. O servidor de um Município não poderá representar outro Município na Assembléia

Geral nem ocupante de cargo ou emprego em comissão do Estado poderá representar

Município. A mesma proibição se estende aos servidores do Consórcio; e

§ 5º. Ninguém poderá representar 02 (dois) consorciados na mesma Assembléia Geral.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-TERCEIRA – DAS REUNIÕES

A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente 02 (duas) vezes por ano, nos meses de abril e

outubro, e, extraordinariamente, sempre que convocada.

PARÁGRAFO ÚNICO. A forma de convocação e funcionamento das Assembléias Gerais

ordinárias e extraordinárias será definida em estatuto.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-QUARTA – DOS VOTOS

Cada ente consorciado terá direito na Assembléia Geral a um voto, cabendo ao Presidente do

Consórcio mais um voto, no caso de empate.

§ 1º. O voto será público e nominal, admitindo-se o voto secreto somente nos casos de

julgamento em que se suscite a aplicação de penalidade aos servidores do Consórcio ou a

ente consorciado; e

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Convênio 012/2009 – MMA 53

§ 2º. O Presidente do Consórcio, salvo nas eleições, destituições e nas decisões que exijam

quorum qualificado, votará mais de uma vez apenas para desempatar.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-QUINTA – DO QUORUM

O estatuto deliberará sobre o número de presenças necessárias para a instalação da

Assembléia e para que sejam válidas suas deliberações e, ainda, o número de votos

necessários à apreciação de determinadas matérias.

SEÇÃO II

DAS COMPETÊNCIAS

Subseção I

DO ROL DE COMPETÊNCIAS

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-SEXTA – DAS COMPETÊNCIAS

Compete à Assembléia Geral:

I – homologar o ingresso no Consórcio de ente federativo que tenha ratificado o Protocolo de

Intenções após 02 (dois) ano de sua subscrição;

II – aplicar a pena de exclusão do Consórcio;

III - elaborar o estatuto do Consórcio e aprovar as suas alterações;

IV – eleger ou destituir o Presidente do Consórcio, para mandato de 02 (dois) anos, permitida

a reeleição para um único período subseqüente;

V – ratificar ou recusar a nomeação ou destituir os demais membros da Diretoria Colegiada;

VI – aprovar:

a) o orçamento plurianual de investimentos;

b) o programa anual de trabalho;

c) o orçamento anual do Consórcio, bem como respectivos créditos adicionais, inclusive a

previsão de aportes a serem cobertos por recursos advindos de contrato de rateio;

d) a realização de operações de crédito;

e) a fixação, a revisão e o reajuste de tarifas e outros preços públicos, e

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Convênio 012/2009 – MMA 54

f) a alienação e a oneração de bens do Consórcio ou daqueles que, nos termos de contrato

de programa, lhe tenham sido outorgados os direitos de exploração.

VII – propor a criação do fundo especial de universalização do serviço público, formado com

recursos provenientes de preços públicos, de taxas, de subsídios simples ou cruzados

internos, bem como de transferências voluntárias oriundas da União, do Estado, ou, mediante

contrato de rateio, de ente consorciado;

VIII – homologar as decisões do Conselho Fiscal;

IX – aceitar a cessão de servidores por ente federativo consorciado ou conveniado ao

Consórcio;

X – aprovar planos de gerenciamentos e regulamentos do serviço público;

XI – aprovar a celebração de contratos de programa, os quais deverão ser submetidos a sua

apreciação em no máximo 120 (cento e vinte) dias, sob pena de perda da eficácia; e

XII – apreciar e sugerir medidas sobre:

a) a melhoria do serviço prestado pelo Consórcio; e

b) o aperfeiçoamento das relações do Consórcio com órgãos públicos, entidades e empresas

privadas.

§ 1º. Somente será aceita a cessão de servidores com ônus para o Consórcio mediante

decisão unânime da Assembléia Geral, presentes pelo menos a metade mais um dos

membros consorciados. No caso de o ônus da cessão ficar com o consorciado, exigir-se-á,

para a aprovação, a metade mais um dos votos, exigida a presença mínima da metade mais

dois dos consorciados; e

§ 2º. As competências arroladas nesta cláusula não prejudicam que outras sejam

reconhecidas pelo estatuto.

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Convênio 012/2009 – MMA 55

Subseção II

DA ELEIÇÃO E DA DESTITUIÇÃO DO PRESIDENTE,

VICE-PRESIDENTE E DA DIRETORIA EXECUTIVA

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-SÉTIMA – DA ELEIÇÃO

O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos em Assembléia especialmente convocada,

podendo ser apresentada candidaturas nos primeiros 30 (trinta) minutos. Somente serão

aceitos como candidatos Chefes de Poder Executivo de ente consorciado.

§ 1º. O Presidente e o Vice-Presidente serão eleitos mediante voto público e nominal;

§ 2º. Será considerado eleito o candidato que obtiver pelo menos a metade mais um dos

votos, não podendo ocorrer a eleição sem a presença de pelo menos a metade mais dois dos

consorciados. O candidato segundo mais votado, será eleito Vice-Presidente;

§ 3º. Caso nenhum dos candidatos tenha alcançado a metade mais um dos votos, realizar-se-

á segundo turno de eleição, cujos candidatos serão os 03 (três) candidatos mais votados. No

segundo turno será considerado eleito o candidato que obtiver metade mais um dos votos,

considerados os votos brancos;

§ 4º. Não obtido o número de votos mínimo mesmo em segundo turno, será convocada nova

Assembléia Geral, a se realizar entre 20 (vinte) e 40 (quarenta) dias, caso necessário

prorrogando-se pro tempore o mandato do Presidente em exercício; e

§ 5º Na falta de ente federativo para compor os órgãos do Consórcio, a função de Vice-

Presidente, poderá ser exercida cumulativamente com de Diretoria Executiva.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-OITAVA – DA NOMEAÇÃO E DA HOMOLOGAÇÃO DA

DIRETORIA

Proclamados eleitos os candidato a Presidente e a Vice-Presidente, ao primeiro será dada a

palavra para que nomeie o restante dos membros da Diretoria Executiva os quais,

obrigatoriamente, serão Chefes de Poder Executivo de entes consorciados.

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Convênio 012/2009 – MMA 56

§ 1º. Uma vez nomeados, o Presidente da Assembléia indagará, caso presente, se cada um

dos indicados aceita a nomeação. Caso ausente, o Presidente eleito deverá comprovar o

aceite por meio de documento subscrito pelo indicado;

§ 2º. Caso haja recusa do nomeado, será concedida a palavra para que o Presidente eleito

apresente nova lista de nomeação; e

§ 3º. Estabelecida a lista válida, as nomeações somente produzirão efeito caso aprovadas

pela metade mais um dos votos, exigida a presença da maioria absoluta dos consorciados.

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-NONA – DA DESTITUIÇÃO DO PRESIDENTE, DO VICE-

PRESIDENTE E DE DIRETOR EXECUTIVO

Em qualquer Assembléia Geral poderá ser destituído o Presidente, o Vice-Presidente ou

qualquer dos Diretores Executivos do Consórcio, bastando ser apresentada proposta de

censura com apoio de pelo menos metade mais um dos votos.

§ 1º. Em todas as convocações de Assembléia Geral deverá constar como item de pauta:

“apreciação de eventuais propostas de censura”;

§ 2º. Apresentada a proposta de censura, as discussões serão interrompidas e a mesma será

imediatamente apreciada, sobrestando-se aos demais itens da pauta;

§ 3º. A votação da proposta de censura será efetuada após facultada a palavra, por 15

(quinze) minutos, ao seu primeiro subscritor e, caso presente, ao Presidente ou ao Diretor que

se pretenda destituir;

§ 4º. Será considerada aprovada a proposta de censura por metade mais um dos votos dos

representantes presentes à Assembléia Geral, em votação pública e nominal;

§ 5º. Caso aprovada a proposta de censura do Presidente, do Vice Presidente e/ou até

mesmo de ambos simultaneamente, este(s) estará(ão) automaticamente destituído(s),

procedendo-se, na mesma Assembléia, à eleição do Presidente para completar o período

remanescente do mandato;

§ 6º. Na hipótese de não se viabilizar a eleição de novo Presidente/Vice-Presidente, será

designado Presidente/Vice-Presidente pro tempore por metade mais um dos votos presentes.

O Presidente/Vice-Presidente pro tempore exercerá as suas funções até a próxima

Assembléia Geral, a se realizar entre 20 (vinte) e 40 (quarenta) dias;

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Convênio 012/2009 – MMA 57

§ 7º. Caso aprovada a proposta de censura apresentada em face de Diretor Executivo, ele

será automaticamente destituído e, estando presente, aberta a palavra ao Presidente do

Consórcio, para nomeação do Diretor que completará o prazo fixado para o exercício do

cargo. A nomeação será incontinenti submetida à homologação; e

§ 8º. Rejeitada a proposta de censura, nenhuma outra poderá ser apreciada na mesma

Assembléia e nos 60 (sessenta) dias seguintes.

Subseção III

DA ELABORAÇÃO E ALTERAÇÃO DO ESTATUTO

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA – DA ASSEMBLÉIA ESTATUINTE

Subscrito o Contrato de Constituição de Consórcio Público, será convocada a Assembléia

Geral para a elaboração do estatuto do Consórcio, por meio de convocação aos Municípios

consorciados.

§ 1º. Confirmado o quorum de instalação, a Assembléia Geral, por maioria simples, elegerá o

Presidente e o Secretário da Assembléia e, em ato contínuo, aprovará resolução que

estabeleça:

I – o texto do projeto de estatuto que norteará os trabalhos;

II – o prazo para apresentação de emendas e de destaques para votação em separado; e

III – o número de votos necessários para aprovação de emendas ao projeto de estatuto.

§ 2º. Sempre que recomendar o adiantado da hora, os trabalhos serão suspensos para

recomeçarem em dia, horário e local anunciados antes do término da sessão;

§ 3º. Da nova sessão poderão comparecer os entes que tenham faltado à sessão anterior,

bem como os que, no interregno entre uma e outra sessão, tenham também ratificado o

Protocolo de Intenções;

§ 4º. O estatuto preverá as formalidades e quorum para a alteração de seus dispositivos; e

§ 5o. O estatuto do Consórcio e suas alterações entrarão em vigor após publicação na

imprensa oficial do Estado do Ceará.

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Convênio 012/2009 – MMA 58

SEÇÃO III

DAS ATAS

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-PRIMEIRA – DO REGISTRO

Nas atas da Assembléia Geral serão registradas:

I – por meio de lista de presença, todos os entes federativos representados na Assembléia

Geral, indicando o nome do representante e o horário de seu comparecimento;

II – de forma resumida, todas as intervenções orais e, como anexo, todos os documentos que

tenham sido entregues ou apresentados na reunião da Assembléia Geral;

III – a íntegra de cada uma das propostas votadas na Assembléia Geral e a indicação

expressa e nominal do voto de cada representante, bem como a proclamação de resultados.

§ 1º. No caso de votação secreta, a expressa motivação do segredo e o resultado final da

votação deverão ser registrados em Ata;

§ 2º. Somente se reconhecerá sigilo de documentos e declarações efetuadas na Assembléia

Geral mediante decisão na qual se indique expressamente os motivos do sigilo. A decisão

será tomada pela metade mais um dos votos dos presentes e a ata deverá conter a indicação

expressa e nominal os representantes que votaram a favor e contra o sigilo; e

§ 3º. A ata será rubricada em todas as suas folhas, inclusive os anexos, por aquele que a

lavrou e por quem presidiu os trabalhos da Assembléia Geral.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-SEGUNDA – DA PUBLICAÇÃO

Sob pena de ineficácia das decisões nela incluída, a íntegra da ata da Assembléia Geral será,

em até 10 (dez) dias, publicada no “sitio” que o Consórcio mantiver na rede mundial de

computadores – Internet.

PARÁGRAFO ÚNICO. Mediante o pagamento das despesas de reprodução, será fornecida

para qualquer cidadão, cópia autenticada da ata.

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Convênio 012/2009 – MMA 59

CAPÍTULO IV

DA DIRETORIA

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-TERCEIRA – DO NÚMERO DE MEMBROS

A Diretoria será composta por 03 (três) membros, nela incluindo o Presidente.

§ 1º. Nenhum dos Diretores perceberá remuneração ou qualquer espécie de verba

indenizatória;

§ 2º. Somente poderá ocupar cargo na Diretoria, representante legal de ente federativo

consorciado; e

§ 3º. O termo de nomeação dos Diretores e o procedimento para a respectiva posse serão

fixados no estatuto.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-QUARTA – DOS DIRETORES

Mediante proposta do Presidente do Consórcio, aprovada por metade mais um dos votos da

Diretoria, poderá haver re-designação interna de cargos, com exceção do Presidente.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-QUINTA – DAS DELIBERAÇÕES

A Diretoria deliberará de forma colegiada, exigida a maioria de votos. Em caso de empate,

prevalecerá o voto do Presidente.

PARÁGRAFO ÚNICO. A Diretoria Executiva reunir-se-á mediante a convocação do

Presidente.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-SEXTA – DAS COMPETÊNCIAS

Além do previsto no estatuto, compete à Diretoria:

I – julgar recursos relativos à:

a) homologação de inscrição e de resultados de concursos públicos;

b) impugnação de edital de licitação, bem como os relativos à inabilitação, desclassificação e

homologação e adjudicação de seu objeto; e

c) aplicação de penalidades a servidores do Consórcio;

II – autorizar que o Consórcio ingresse em juízo, reservado ao Presidente a incumbência de,

ad referendum, tomar as medidas que reputar urgentes; e

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Convênio 012/2009 – MMA 60

III – autorizar a dispensa ou exoneração de empregados e de servidores temporários.

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-SÉTIMA – DA SUBSTITUIÇÃO E SUCESSÃO

O substituto ou sucessor do Represente Legal, o substituíra na Presidência, na Vice-

Presidência ou nos demais cargos da Diretoria Executiva.

CAPÍTULO V

DO PRESIDENTE E DO VICE-PRESIDENTE

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-OITAVA – DA COMPETÊNCIA

Sem prejuízo do que prevê o estatuto do Consórcio, incumbe ao Presidente:

I – representar o consórcio judicial e extrajudicialmente;

II – ordenar as despesas do Consórcio e responsabilizar-se pela sua prestação de contas;

III – convocar as reuniões da Diretoria Executiva; e

IV – zelar pelos interesses do Consórcio, exercendo todas as competências que não tenham

sido outorgadas por este Protocolo ou pelo Estatuto a outro órgão do Consórcio.

§ 1º. Com exceção da competência prevista no inciso I, todas as demais poderão ser

delegadas ao Vice-Presidente; e

§ 2º. Por razões de urgência ou para permitir a celeridade na condução administrativa do

Consórcio, o Vice-Presidente poderá ser autorizado a praticar atos ad referendum do

Presidente.

CAPÍTULO VI

DO CONSELHO FISCAL

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA-NONA – DA COMPOSIÇÃO

O Conselho Fiscal é composto por 03 (três) Conselheiros eleitos pelo Colégio Eleitoral

Municipal, formado por 02 (dois) representantes eleitos por cada Câmara Municipal.

§ 1º. O Conselho Fiscal será eleito e empossado de 09 (nove) a 06 (seis) meses antes do

término do mandato do Presidente do Consórcio; e

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Convênio 012/2009 – MMA 61

§ 2º. Os membros do Conselho Fiscal somente poderão ser afastados de seus cargos

mediante proposta de censura aprovada por metade mais um dos votos da Assembléia Geral,

exigida a presença de metade mais dois dos entes consorciados.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA – DO COLÉGIO ELEITORAL

O Colégio Eleitoral reunir-se-á a pedido do Presidente do Consórcio para a formação do

Conselho Fiscal.

§ 1º O Colégio Eleitoral será presidido pelo Presidente eleito entre os indicados e na sua falta

pelo mais idoso dos presentes; e

§ 2º Não se admitirá a candidatura de parentes e afins até o terceiro grau de qualquer dos

Chefes do Poder Executivo dos entes consorciados. Caso eleito candidato nessa condição, o

Colégio Eleitoral, em votação preliminar, deliberará sobre a perda de seu mandato.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-PRIMEIRA – DA ELEIÇÃO DO CONSELHO FISCAL

O Colégio Eleitoral reunir-se-á a pedido do Presidente do Consórcio para a formação do

Conselho Fiscal, por meio da indicação de 02 (dois) representantes das Câmaras Municipais

de cada um dos entes consorciados.

§ 1º. Nos primeiros 30 (trinta) minutos de reunião serão apresentadas as candidaturas ao

Conselho Fiscal;

§ 2º. As candidaturas serão sempre pessoais, vedada à inscrição ou apresentação de chapas;

§ 3º. Somente poderá se candidatar ao Conselho Fiscal aquele que detenha a qualidade de

integrante do Colégio Eleitoral;

§ 4º. A eleição do Conselho Fiscal realizar-se-á por meio de voto secreto, sendo que cada

eleitor somente poderá votar em um candidato; e

§ 5º. Consideram-se eleitos membros efetivos os 03 (três) candidatos com maior número de

votos e, como membros suplentes, os 03 (três) candidatos que se seguirem em número de

votos. Em caso de empate, será considerado eleito o candidato de maior idade.

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Convênio 012/2009 – MMA 62

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SEGUNDA - DA COMPETÊNCIA

Além do previsto no estatuto, compete ao Conselho Fiscal exercer o controle da legalidade,

legitimidade e economicidade da atividade patrimonial e financeira do Consórcio, com o

auxílio, no que couber, do Tribunal de Contas.

PARÁGRAFO ÚNICO. O disposto no caput deste parágrafo não prejudica o controle externo

a cargo do Poder Legislativo de cada ente consorciado, no que se refere aos recursos que

cada um deles efetivamente entregou ou compromissou ao Consórcio.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-TERCEIRA – DO FUNCIONAMENTO

O estatuto deliberará sobre o funcionamento do Conselho Fiscal.

PARÁGRAFO ÚNICO. As decisões do Conselho Fiscal serão submetidas à homologação da

Assembléia Geral.

CAPÍTULO VII

DO CONSELHO TÉCNICO CONSULTIVO

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-QUARTA - DA COMPOSIÇÃO

O Conselho Técnico Consultivo, órgão de natureza consultiva, será composta por membros

da Diretoria Executiva e por representantes de usuários, assegurando-se a estes últimos pelo

menos a um terço de sua composição.

§ 1º. Os representantes dos usuários serão eleitos em conferência, conforme previsto no

estatuto;

§ 2º. O Presidente da Câmara Técnica, será eleito dentre os representantes membros da

Diretoria Executiva;

§ 3º. Aos conselheiros é proibido receber qualquer quantia do Consórcio, a que título for, com

exceção daqueles que sejam seus empregados; e

§ 4º. O estatuto deliberará sobre o número de membros, prazo de mandato, forma de eleição

dos representantes dos usuários e demais matérias atinentes à organização e funcionamento

do Conselho de Regulação, assegurados a este o poder de elaborar o seu Regimento Interno.

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Convênio 012/2009 – MMA 63

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-QUINTA - DA COMPETÊNCIA

Além das previstas em estatuto, compete ao Conselho de Regulação aprovar as propostas de

Regulamento a serem submetidas à Assembléia Geral, bem como emitir parecer sobre as

propostas de revisão e de reajuste de tarifas.

PARÁGRAFO ÚNICO. São ineficazes as decisões da Assembléia Geral sobre as matérias

mencionadas no caput desta cláusula sem que haja a prévia manifestação do Conselho de

Regulação.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SEXTA - DO FUNCIONAMENTO

O Conselho de Regulação deliberará quando presente metade mais um de seus membros e

suas decisões serão tomadas mediante voto da metade mais um dos presentes.

PARÁGRAFO ÚNICO. As reuniões do Conselho de Regulação serão convocadas pelo

Presidente do Consórcio.

TÍTULO VI

DA GESTÃO ADMINISTRATIVA

CAPÍTULO I

DOS AGENTES PÚBLICOS

SEÇÃO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SÉTIMA – DO EXERCÍCIO DE FUNÇÕES REMUNERADAS

Somente poderão prestar serviços remunerados ao Consórcio os contratados para ocupar os

empregos públicos previstos em cláusula do presente documento.

§ 1º. A atividade da Presidência, Vice-Presidência, dos demais membros da Diretoria

Executiva, do Conselho Fiscal, do Conselho de Técnico/Consultivo e de outros órgãos

diretivos do Consórcio que venham a ser criados pelo estatuto, bem como a participação dos

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Convênio 012/2009 – MMA 64

representantes dos entes consorciados na Assembléia Geral e em outras atividades do

Consórcio não será remunerada, sendo considerado trabalho público relevante; e

§ 2º. O Presidente, o Vice e demais Diretores, os membros do Conselho Fiscal e de

Regulação, bem como os que integram os outros órgãos do Consórcio não poderão receber

qualquer quantia do Consórcio, inclusive a título indenizatório ou de compensação.

SEÇÃO II

DOS EMPREGOS PÚBICOS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-OITAVA – DO REGIME JURÌDICO

Os servidores do Consórcio não cedidos pelos entes consorciados serão considerados

empregados públicos e regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT.

§ 1º. O Regimento Interno do Consórcio deliberará sobre a estrutura administrativa do

Consórcio, obedecido ao disposto neste Protocolo de Intenções, especialmente a descrição

das funções, lotação, jornada de trabalho e denominação de seus empregos públicos;

§ 2º. A dispensa de empregados públicos dependerá de autorização da Diretoria Executiva; §

3º. Os empregados do Consorcio não poderão ser cedidos, inclusive para os entes

consorciados.

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA NONA - DO QUADRO DE PESSOAL

O quadro de pessoal do Consórcio é composto por xx (xx) empregados públicos, na

conformidade do Anexo Único deste Protocolo de Intenções.

§ 1º. Com exceção dos servidores públicos cedidos para o consórcio, os demais empregos do

Consórcio serão providos mediante concurso público de provas ou de provas e títulos; e

§ 2º. A remuneração dos empregos públicos é a definida no Anexo Único deste Protocolo de

Intenções. Até o limite fixado no orçamento anual do consórcio a Diretoria Executiva poderá

conceder revisão anual de remuneração.

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Convênio 012/2009 – MMA 65

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA – DO CONCURSO PÚBLICO

Os editais de concurso público deverão ser subscritos pelo Presidente e por 02 (dois)

Diretores.

§ 1º. Por meio de ofício, cópia do edital será entregue a todos os entes consorciados;

§ 2º. O edital, em sua íntegra, será publicado em “sitio”, que o Consórcio mantiver na rede

mundial de computadores – Internet, bem como, na forma de extrato, na Imprensa Oficial do

Estado; e

§ 3º. Nos 30 (trinta) primeiros dias após a publicação do extrato mencionado no parágrafo

anterior, poderão ser apresentadas impugnações ao edital, as quais deverão ser decididas

nos prazos previstos no art. 41 § 1º da Lei nº 8.666/93. A íntegra da impugnação e de sua

decisão será publicada no “sitio” que o Consórcio mantiver na rede mundial de computadores

– Internet.

SEÇÃO III

DAS CONTRATAÇÕES TEMPORÁRIAS

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-PRIMEIRA – DA CONTRATAÇÃO TEMPORÁRIA

Somente admitir-se-á contratação por tempo determinado para atender a necessidade

temporária de excepcional interesse público, na hipótese de preenchimento de emprego

público vago, até o seu provimento efetivo por meio de concurso público.

PARÁGRAFO ÚNICO. Os contratados temporariamente exercerão as funções do emprego

público vago e perceberão a remuneração para ele prevista.

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA–SEGUNDA - DA CONDIÇÃO DE VALIDADE E DO PRAZO

MÁXIMO DE CONTRATAÇÃO

As contratações temporárias serão automaticamente extintas com o início do prazo de

inscrição de concurso público para preenchimento efetivo do emprego público nos 60

(sessenta) dias iniciais da contratação.

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Convênio 012/2009 – MMA 66

§ 1º. As contratações terão prazo de até 03 (três) meses;

§ 2º. O prazo de contratação temporária poderá ser prorrogado até atingir o prazo máximo de

um 01 (um) ano; e

§ 3º. Não se admitirá prorrogação quando houver resultado definitivo de concurso público

destinado a prover o emprego público.

CAPÍTULO II

DOS CONTRATOS

SEÇÃO I

DO PROCEDIMENTO DE CONTRATAÇÃO

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-TERCEIRA – DAS CONTRATAÇÕES DIRETAS POR

ÍNFIMO VALOR

Sob pena de nulidade do contrato e responsabilidade de quem lhe der causa, todas as

contratações diretas fundamentadas nas disposições dos incisos I e II do art. 24 da Lei nº.

8.666, de 21 de junho de 1993, e que não excedam ao valor de 20% (vinte por cento), sem

prejuízo do disposto na legislação federal, observarão o seguinte procedimento:

I – serão realizadas diretamente as contratações de obras e serviços de engenharia, caso a

estimativa de custo não ultrapasse o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) e de R$

16.000,00 (dezesseis mil reais) para aquisições e outros serviços, por decisão da Diretoria;

II – elementos essenciais do procedimento de compra serão publicados no “sítio” mantido

pelo Consórcio na rede mundial de computadores – Internet para que, em três dias úteis,

interessados venham a apresentar proposta;

III – somente ocorrerá à contratação se houver a proposta de preço de pelo menos 03 (três)

fornecedores;

IV – nas contratações e aquisições de preços superiores aos previstos no Inciso I desta

Cláusula, deverão ser observados os valores triplicados aos estabelecidos nos incisos I e II do

artigo 23 da Lei nº 8.666/93, mediante procedimentos licitatórios, todas devidamente

homologados pelo Presidente do Consórcio; e

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Convênio 012/2009 – MMA 67

V – O Consórcio poderá contratar cooperativas de catadores ou outras formas de associação

de catadores para as funções de reciclagem e reutilização dos resíduos sólidos, dispensada

licitação com base no inciso XXVII da Lei. 8666/93.

PARÁGRAFO ÚNICO. Por meio de decisão fundamentada, publicada na imprensa oficial em

até 05 (cinco) dias, poderá ser dispensada a exigência prevista no inciso III do caput. Por

meio do mesmo procedimento poderá a contratação ser realizada sem a abertura do prazo

fixado no inciso II do caput.

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-QUARTA – DA PUBLICIDADE DAS LICITAÇÕES

Sob pena de nulidade do contrato e de responsabilidade de quem der causa à contratação,

todas as licitações terão a íntegra de seu ato convocatório, decisões de habilitação,

julgamento das propostas e decisões de recursos publicadas no “sitio” que o Consórcio

mantiver na rede mundial de computadores – Internet.

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-QUINTA – DO PROCEDIMENTO DAS LICITAÇÕES DE

MAIOR VALOR

Sob pena de nulidade do contrato e de responsabilidade de quem der causa à contratação,

mediante procedimento licitatório com custo de valores previstos no inciso IV da Cláusula

Septuagésima-Terceira, sem prejuízo do disposto na legislação federal, observarão o

seguinte procedimento:

I - a sua instauração deverá ser autorizada pelo Presidente do Consórcio e acompanhada

pela Diretoria Executiva;

II – a sua abertura deverá ser comunicada por ofício a todos os entes consorciados,

indicando-se o “sitio” da rede mundial de computadores onde poderá ser obtida a íntegra do

ato convocatório;

IIl – de acordo com a modalidade de licitação, o prazo para o recebimento das propostas não

poderá ser inferior à:

a) 05 (cinco) dias úteis, se a estimativa do contrato for igual ou inferior à R$ 450.000,00

(quatrocentos e cinqüenta mil reais) - Convite;

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Convênio 012/2009 – MMA 68

b) 15 (quinze) dias, se superior à R$ 450.000,00 (quatrocentos e cinqüenta mil reais) e igual

ou inferior à R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) – Tomada de Preços; e

c) 30 (trinta) dias, se superior à R$ 4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais) –

Concorrência.

IV – as homologações e adjudicações das licitações previstas no inciso anterior serão

realizadas pelo Presidente do Consórcio; e

V – o Conselho Fiscal poderá, em qualquer fase do procedimento, solicitar esclarecimentos e,

por maioria de seus membros, poderá determinar que procedimento licitatório tenha o seu

trâmite suspenso, até que os esclarecimentos sejam considerados satisfatórios.

PARÁGRAFO ÚNICO. Na contratação de obras de valor estimado superior à R$

4.500.000,00 (quatro milhões e quinhentos mil reais), somente será permitida se houver o

prévio consenso de pelo menos metade mais um dos entes consorciados.

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-SEXTA – DA LICITAÇÃO TÉCNICA E PREÇO

Somente realizar-se-á licitação do tipo técnica e preço mediante justificativa subscrita pelo

Presidente e aprovada por votação definida no estatuto.

PARÁGRAFO ÚNICO – Nas licitações do tipo técnica e preço, o prazo para recebimento das

propostas será de, no mínimo, 30 (trinta) dias, facultando-se a apresentação de impugnação

ao edital, julgamentos e respostas nos prazos previstos na Lei nº 8.666/93.

SEÇÃO II

DOS CONTRATOS

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-SÉTIMA – DA PUBLICIDADE

Todos os contratos de valor superior à R$ 50.000,00 (cinqüenta mil reais) serão publicados na

íntegra no “sitio” que o Consórcio mantiver na rede mundial de computadores – Internet.

PARÁGRAFO ÚNICO – A publicação resumida dos contratos referidos no caput e de seus

aditamentos, como condição indispensável para sua eficácia, será providenciada pelo

Consórcio, no prazo e na forma prevista na Lei nº 8.666/93.

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Convênio 012/2009 – MMA 69

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-OITAVA – DA EXECUÇÃO DO CONTRATO

Qualquer cidadão, independentemente de demonstração de interesse, tem o direito de ter

acesso aos documentos sobre a execução e pagamento dos contratos celebrados pelo

Consórcio.

§ 1º. Todos os pagamentos superiores à R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) serão publicados

na Internet e, no caso de obras, da publicação constará o laudo de medição e o nome do

responsável por sua conferência; e

§ 2º. O Conselho Fiscal poderá, em qualquer fase do procedimento, solicitar esclarecimentos

e, por maioria de seus membros, poderá determinar que a execução do contrato seja

suspensa, até que os esclarecimentos sejam considerados satisfatórios.

TÍTULO VII

DA GESTÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-NONA - DO REGIME DA ATIVIDADE FINANCEIRA

A execução das receitas e das despesas do Consórcio obedecerá às normas de direito

financeiro aplicáveis às entidades públicas.

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA – DAS RELAÇÕES FINANCEIRAS ENTRE

CONSORCIADOS E O CONSÓRCIO

Os entes consorciados somente repassarão recursos ao Consórcio quando:

I – tenha contratado o Consórcio para a prestação de um serviço, execução de obras ou

fornecimento de bens, respeitados os valores de mercado;

II – houver contrato de rateio.

§ 1º. Os entes consorciados respondem subsidiariamente pelas obrigações do Consórcio; e

§ 2º. Não se exigirá contrato de rateio no caso dos recursos recebidos pelo Consórcio

serem oriundos de transferência voluntária da União ou do Estado, formalizada por meio de

convênio com ente consorciado, desde que o Consórcio compareça ao ato como

interveniente.

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Convênio 012/2009 – MMA 70

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-PRIMEIRA – DA FISCALIZAÇÃO

Fica o CONSÓRCIO xxxxxxxxx sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial

pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo,

representante legal do Consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e

economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do

controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos que os entes da

Federação consorciados vierem a celebrar com o Consórcio.

CAPÍTULO II

DA CONTABILIDADE

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-SEGUNDA – DA SEGREGAÇÃO CONTÁBIL

No que se refere à gestão associada, a contabilidade do Consórcio deverá permitir que se

reconheça a gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus

titulares.

§ 1º. Semestralmente deverá ser apresentado demonstrativo que indique:

I - o investido e o arrecadado pela prestação do serviço, inclusive os valores de eventuais

subsídios cruzados; e

II - a situação patrimonial, especialmente quais bens que cada Município adquiriu

isoladamente ou em condomínio para a prestação do serviço de sua titularidade e a parcela

de valor destes bens que foi amortizada pelas receitas emergentes da prestação de

serviço.

§ 2º. Todas as demonstrações financeiras serão publicadas no “sitio” que o Consórcio

mantiver na rede mundial de computadores – Internet.

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Convênio 012/2009 – MMA 71

CAPÍTULO III

DOS CONVÊNIOS

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-TERCEIRA – DOS CONVÊNIOS

Com o objetivo de receber transferência de recursos, o Consórcio fica autorizado a celebrar

convênios com entidades governamentais, de terceiro setor ou privadas, nacionais ou

estrangeiras.

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-QUARTA – DA INTERVENIÊNCIA

Fica o Consórcio autorizado a comparecer como interveniente em convênios celebrados

por entes consorciados e terceiros, a fim de receber ou aplicar recursos.

TÍTULO VIII

DA SAÍDA DO CONSÓRCIO

CAPÍTULO I

DO RECESSO

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-QUINTA – DO RECESSO

A retirada de membro do Consórcio dependerá de ato formal de seu representante na

Assembléia Geral.

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-SEXTA – DOS EFEITOS

O recesso não prejudicará as obrigações já constituídas entre o consorciado que se retirar

e o Consórcio.

PARÁGRAFO ÚNICO. Os bens destinados ao Consórcio pelo consorciado que se retira

não serão revertidos ou retrocedidos, excetuadas as hipóteses de:

I - decisão da metade mais um dos entes federativos consorciados do Consórcio,

manifestada em Assembléia Geral;

II - expressa previsão no instrumento de transferência ou de alienação; e

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Convênio 012/2009 – MMA 72

III – reserva da lei de ratificação que tenha sido regularmente aprovada pelos demais

subscritores do Protocolo de Intenções ou pela Assembléia Geral do Consórcio.

CAPÍTULO II

DA EXCLUSÃO

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-SÉTIMA – DA HIPÓTESE DE EXCLUSÃO

São hipóteses de exclusão de ente consorciado:

I - a não inclusão, pelo ente consorciado, em sua lei orçamentária ou em créditos

adicionais, de dotações suficientes para suportar as despesas assumidas por meio de

contrato de rateio;

II – a subscrição do Protocolo de Intenções para constituição de outro consórcio com

finalidades iguais ou, a juízo da maioria da Assembléia Geral, assemelhadas ou

incompatíveis; e

III - a existência de motivos graves, reconhecidos em deliberação fundamentada, pela

maioria absoluta dos presentes à Assembléia Geral, especialmente convocada para esse

fim.

§ 1º. A exclusão prevista no inciso I do caput somente ocorrerá após prévia suspensão,

período em que o ente consorciado poderá se reabilitar; e

§ 2º. O estatuto poderá prever outras hipóteses de exclusão.

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-OITAVA – DO PROCEDIMENTO

O estatuto estabelecerá o procedimento administrativo para a aplicação da pena de

exclusão, respeitado o direito à ampla defesa e ao contraditório.

§ 1º. A aplicação da pena de exclusão dar-se-á por meio de decisão da Assembléia Geral,

exigido o mínimo de metade mais um dos votos;

§ 2º. Nos casos omissos, e subsidiariamente, será aplicado o procedimento previsto pela

Lei nº. 11.107 de 06 de abril de 2005, pelo seu Decreto Regulamentar nº 6.017 de 17 de

janeiro de 2007 e demais legislações aplicáveis à matéria; e

§ 3º. Da decisão do órgão que decretar a exclusão caberá recurso de reconsideração

dirigido à Assembléia Geral, o qual não terá efeito suspensivo.

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Convênio 012/2009 – MMA 73

TÍTULO IX

DA ALTERAÇÃO E DA EXTINÇÃO

DO CONTRATO DE CONSÓRCIO PÚBLICO

CLÁUSULA OCTAGÉSIMA-NONA - DA EXTINÇÃO

A extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento aprovado pela

Assembléia Geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados.

§ 1º. Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de

serviços públicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos

aos titulares dos respectivos serviços;

§ 2º. Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes

consorciados responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes. garantido o

direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação;

§ 3º. Com a extinção, o pessoal cedido ao consórcio público retornará aos seus órgãos de

origem; e

§ 4º. A alteração do contrato de consórcio público observará o mesmo procedimento

previsto no caput.

TÍTULO X

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA NONAGÉSIMA – DO REGIME JURÍDICO

O Consórcio será regido pelo disposto na Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005; pelo seu

Decreto Regulamentar nº 6.017, de 01 de janeiro de 2007, por seu regulamento; pelo

Contrato de Consórcio Público originado pela ratificação do presente Protocolo de Intenções e

pelas leis de ratificação, as quais se aplicam somente aos entes federativos que as

emanaram.

PARÁGRAFO ÚNICO. O Consórcio por sua natureza, reger-se-á também pelas Leis de nº.

11.445/2007, nº. 12.305/2010 e nº. 9.605/1998.

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Convênio 012/2009 – MMA 74

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-PRIMEIRA – DA INTERPRETAÇÃO

A interpretação do disposto neste Protocolo deverá ser compatível com o exposto em seu

Preâmbulo, bem como aos seguintes princípios:

I – respeito à autonomia dos entes federativos consorciados, pelo que o ingresso ou retirada

do Consórcio depende apenas da vontade de cada ente federativo, sendo vedado que se lhe

ofereça incentivos para o ingresso;

II – solidariedade, em razão da qual os entes consorciados se comprometem a não praticar

qualquer ato, comissivo ou omissivo, que venha a prejudicar a boa implementação de

qualquer dos objetivos do Consórcio;

III – eletividade de todos os órgãos dirigentes do Consórcio;

IV – transparência, pelo que não negará ao Poder Executivo ou ao Legislativo de cada ente

federativo consorciado o acesso a qualquer reunião ou documento do Consórcio; e

V – eficiência, o que exigirá que todas as decisões do Consórcio tenham explícita e prévia

fundamentação técnica que demonstrem sua viabilidade e economicidade.

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-SEGUNDA – DA EXIGIBILIDADE

Quando adimplente com suas obrigações, qualquer ente consorciado é parte legítima para

exigir o pleno cumprimento das cláusulas previstas neste Protocolo.

TÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-TERCEIRA - DA DESIGNAÇÃO PRO TEMPORE DE

MEMBROS DO CONSELHO DE REGULAMENTAÇÃO

Até a realização da conferência mencionada no § 1º da Cláusula Sexagésima-Quarta, o

Conselho de Regulação funcionará com representantes indicados, em caráter pro tempore,

pelos Conselhos Municipais.

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Convênio 012/2009 – MMA 75

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-QUARTA – DA TRANSIÇÃO

Motivada por incapacidade técnica e material, poderá a Assembléia Geral sobrestar por até

04 (quatro) anos a aplicação as normas previstas neste Protocolo, acerca da prestação de

serviço público e respectivos direitos dos usuários, por decisão de metade mais um, desde

que presentes metade mais dois dos consorciados.

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-QUINTA – DA CORREÇÃO

A Diretoria Executiva, mediante aplicação de índices oficiais, poderá corrigir monetariamente

os valores previstos neste Protocolo.

PARÁGRAFO ÚNICO. A critério da Diretoria Executiva, os valores poderão ser fixados em

valor inferior à aplicação do índice de correção oficial, inclusive para facilitar o manuseio.

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-SEXTA - DOS INSTRUMENTOS ECONÔMICOS

O Consórcio poderá instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para atender

prioritariamente desde que aprovadas em Assembléia, as iniciativas de implantação de infra-

estrutura física e aquisição de equipamentos para cooperativas ou outras formas de

associação de catadores de matérias reutilizáveis e recicláveis, formadas por pessoas de

baixa renda.

PARÁGRAFO ÚNICO. Deverão ser respeitadas as limitações da Lei Complementar nº.

101/2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal).

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-SÉTIMA - DAS PROIBIÇÕES

Para efeito do Consórcio e de seus entes consorciados são proibidas:

§ 1º As seguintes formas de destinação ou disposição final de resíduos sólidos ou rejeitos:

I - lançamento em praias, no mar ou em quaisquer corpos hídricos;

II - lançamento in natura, a céu aberto, excetuados os resíduos de mineração;

III - queima a céu aberto ou em recipientes, instalações e equipamentos não licenciados para

essa finalidade; e

IV - outras formas vedadas pela legislação.

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Convênio 012/2009 – MMA 76

§ 2º. São também proibidas as seguintes atividades nas áreas de disposição final de resíduos

ou rejeitos:

I – utilização dos rejeitos dispostos como alimentação;

II - catação;

III - criação de animais domésticos;

IV – fixação de habitações temporárias ou permanentes; e

V – outras atividades vedadas pela legislação.

§ 3º. A importação de resíduos sólidos perigosos e rejeitos, bem como de resíduos sólidos

cujas características causem dano ao meio ambiente, a saúde pública e animal e a sanidade

vegetal, ainda que para tratamento, reforma, re-uso, reutilização ou recuperação.

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-OITAVA - DA REPARAÇÃO DE DANOS

Sem prejuízo da obrigação de indenizar, independente da existência de culpa e, mesmo

havendo a reparação dos danos causados por ação ou omissão de pessoas físicas ou

jurídicas, mas que importem na inobservância aos preceitos da legislação brasileira em vigor,

o Consórcio participará aos órgãos de controle ambiental para que estes apliquem aos

infratores as sanções penais e administrativas em conformidade com a Lei. nº 9.605/1998.

CLÁUSULA NONAGÉSIMA-NONA – DA OPERACIONALIDADE DE ATERRO

A operacionalidade do aterro para efetiva disponibilidade final adequada dos rejeitos deverá

ser implantada até 30 de julho de 2014.

TÍTULO XII

DO FORO

CLÁUSULA CENTÉSIMA – DO FORO

Para dirimir eventuais controvérsias deste Protocolo de Intenções e do Contrato de Consórcio

Público que originar, fica eleito o foro da sede do Consórcio.

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Convênio 012/2009 – MMA 77

Local, data de 2013.

MUNICÍPIO DE

MUNICÍPIO DE

MUNICÍPIO DE

MUNICÍPIO DE

MUNICÍPIO DE

ANEXO A

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Convênio 012/2009 – MMA 78

Emprego

Qtde

Salário

Carga

horária

Provimento

Escolaridade

mínima

Gerencia Administrativa e Financeira

Gerente Administrativo-Financeiro 1 Concurso

Assistente Administrativo 1 Concurso

Contador 1 Concurso

Advogado 1 Concurso

Gerencia Técnica/Operacional

Gerente 1 Concurso

Secretária 1 Concurso

Auxiliar Geral 2 Concurso

Auxiliar Operacional 2 Concurso

Setor de Fiscalização

Engenheiro civil, ou ambiental ou químico ou

agrônomo

1 Concurso

Assistente Administrativo 1 Concurso

Técnico em Meio Ambiente 2 Concurso

Setor Operacional de Planejamento

Engenheiro civil, ou ambiental ou

químico ou agrônomo

2 Concurso

Técnico em Meio Ambiente 1 Concurso

Assistente Administrativo 1 Concurso

Setor de Inclusão Social e Apoio às Centrais

de Triagem

Sociólogo ou Psicólogo Social ou Assistente

Social ou Biólogo

1 Concurso

Profissional de Comunicação Social 1 Concurso

Setor de Educação Ambiental

Sociólogo ou Biólogo ou Comunicação Social 1 Concurso

Professores 3 Concurso

Centro de Comecialização Materiais

Recicláveis

Administrador 1 Concurso

Assistente Administrativo 1 Concurso

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Convênio 012/2009 – MMA 79

ANEXO II – LEI DE CRIAÇÃO

LEI MUNICIPAL Nº xx

Ratifica o Protocolo de Intenções firmado pelo Município

de xxxxxx e Consórcio Publico XXXXXX para gestão

dos serviços , limpeza, coleta, educação ambiental,

reciclagem, tratamento e destinação final relativos

resíduos sólidos urbanos.

A Câmara Municipal de xxx aprova e o Prefeito Municipal sanciona a seguinte Lei:

Art.1º. Fica ratificado o Protocolo de Intenções firmado pelo Município para a gestão dos

serviços , limpeza, coleta, educação ambiental, reciclagem, tratamento e destinação final

relativos resíduos sólidos urbanos.

Parágrafo único. A partir da vigência desta Lei fica o Protocolo de Intenções mencionado no

caput deste artigo convertido em contrato de consórcio público.

Art. 2º. O contrato de consórcio público deverá ter seu extrato publicado na Imprensa Oficial

do Estado xxxxx.

Parágrafo Único. Deverá constar da publicação menção ao local em que a íntegra do

contrato de consórcio público estará à disposição para acesso ao seu inteiro teor.

Art. 3º. O Poder Executivo Municipal deverá consignar, nas leis orçamentárias futuras,

dotações para atender à celebração de contratos de rateio com o consórcio público.

§1º. O contrato de rateio será formalizado em cada exercício financeiro e seu prazo de

vigência não será superior ao das dotações que o suportam, com exceção dos contratos que

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Convênio 012/2009 – MMA 80

tenham por objeto exclusivamente projetos consistentes em programas e ações contemplados

em plano plurianual ou a gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou

outros preços públicos.

§2º. É vedada a aplicações dos recursos entregues por meio de contrato de rateio para o

atendimento de despesas genéricas, inclusive transferências ou operações de crédito.

Art. 4º. O Consórcio xxxxxx, passa a integrar a administração pública indireta do Município,

nos exatos termos da Lei Federal nº 11.107/05

Art. 5º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Local, data.

Prefeito de xxxxxxxxx

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Convênio 012/2009 – MMA 81

ANEXO III – MODELO DE ESTATUTO

ESTATUTO DO

CONSÓRCIO PÚBLICO DE XXXXXXXXXXXX

ESTATUTO TÍTULO I

DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS CAPÍTULO I

DA CONSTITUIÇÃO

CLÁUSULA PRIMEIRA. O CONSÓRCIO PÚBLICO XXXXXXX –, é constituído pelos municípios que, por meio de Lei, ratificaram o Protocolo de Intenções e celebraram o Contrato de CONSÓRCIO Público de xxxxxxxx CLÁUSULA SEGUNDA. O Protocolo de Intenções, após sua ratificação por pelo menos 1/4 dos entes da Federação que o subscreveram, converter-se-á em Contrato de Consórcio Público, ato constitutivo do CONSÓRCIO PÚBLICO DExxxxxxxx § 1º. Somente será considerado consorciado o ente da Federação subscritor do Protocolo de Intenções que o ratificar por meio de lei. § 2º. Serão automaticamente admitidos no Consórcio os entes da Federação que efetuarem ratificação em até dois anos, a contar da publicação da Ata da Assembléia Estatuinte do Consórcio. § 3º. A ratificação realizada após dois anos da subscrição somente será válida após homologação da Assembléia Geral do Consórcio, a contar da Assembléia Estatuinte do Consórcio. § 4º. A subscrição pelo Chefe do Poder Executivo não induz a obrigação de ratificar, cuja decisão pertence, soberanamente, ao Poder Legislativo. § 5º. Somente poderá ratificar o Protocolo de Intenções o ente da Federação que o tenha subscrito. § 6º. O ente da Federação não designado no Protocolo de Intenções não poderá integrar o Consórcio, salvo por meio de instrumento de alteração do Contrato de Consórcio Público. § 7º. A lei de ratificação poderá prever reservas para afastar ou condicionar a vigência de cláusulas, parágrafos, incisos ou alíneas do Protocolo de Intenções. Nessa hipótese, o consorciamento dependerá de que as reservas sejam aceitas pelos demais entes da Federação subscritores do Protocolo.

CAPÍTULO II DOS CONCEITOS

CLÁUSULA TERCEIRA. (Dos conceitos). Para os efeitos deste estatuto e de todos os atos emanados ou subscritos pelo Consórcio Público ou ente consorciado, consideram-se:

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Convênio 012/2009 – MMA 82

I – saneamento básico: conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações operacionais de: a) abastecimento de água potável: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição; b) esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente; c) limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destino final do lixo doméstico e do lixo originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas; d) drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas; II - gestão associada: associação voluntária de entes federados, por convênio de cooperação ou Consórcio Público, conforme disposto no art. 241 da Constituição Federal. III - universalização: ampliação progressiva do acesso de todos os domicílios ocupados ao saneamento básico; IV - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que garantem à sociedade informações, representações técnicas e participações nos processos de formulação de políticas, de planejamento e de avaliação relacionados aos serviços públicos de saneamento ambiental; V - prestação regionalizada: aquela em que um único prestador atende a 2 (dois) ou mais titulares; VI - subsídios: instrumento econômico de política social para garantir a universalização do acesso ao saneamento básico, especialmente para populações e localidades de baixa renda; a) subsídios simples: aqueles que se processam mediante receitas que não se originam de remuneração pela prestação de serviços públicos de saneamento básico; b) subsídios cruzados: aqueles que se processam mediante receitas que se originam de remuneração pela prestação de serviços públicos de saneamento básico; c) subsídios cruzados internos: aqueles que se processam internamente à estrutura de cobrança pela prestação de serviços no território de um só Município ou na área de atuação do Consórcio Público. d) subsídios cruzados externos: aqueles que se processam mediante transferências ou compensações de recursos originados de área ou território diverso dos referidos no Inciso XIX deste artigo; e) subsídios diretos: aqueles que se destinam a usuários determinados; VII - salubridade ambiental: qualidade das condições em que vivem populações urbanas e rurais no que diz respeito à sua capacidade de inibir, prevenir ou impedir a ocorrência de doenças relacionadas com o meio ambiente, bem como de favorecer o pleno gozo da saúde e o bem-estar; VIII - planejamento: as atividades de identificação, qualificação, quantificação, organização e orientação de todas as ações, públicas e privadas, por meio das quais um serviço público deve ser prestado ou colocado à disposição de forma adequada em determinado período para o alcance das metas e resultados pretendidos;

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Convênio 012/2009 – MMA 83

IX - fiscalização: as atividades de acompanhamento, monitoramento, controle e avaliação, exercidas pelo titular do serviço público, inclusive por entidades de sua administração indireta ou por entidades conveniadas, e pelos cidadãos e usuários, no sentido de garantir a utilização, efetiva ou potencial, do serviço público; X - prestação de serviço público: a execução, em estrita conformidade com o estabelecido na legislação em vigor, de toda e qualquer atividade ou obra com o objetivo de permitir o acesso a um serviço público com características e padrão de qualidade determinada; XI - projetos associados aos serviços públicos de saneamento básico: os desenvolvidos em caráter acessório ou correlato à prestação dos serviços, capazes de gerar benefícios sociais, ambientais ou econômicos adicionais, dentre eles o aproveitamento de energia de qualquer fonte potencial vinculada aos serviços, inclusive do biogás resultante de aterros sanitários, estações de tratamento de esgotos ou, outros processos de tratamento de resíduos sólidos. XII – quorum qualificado: Qualquer quorum superior ao de maioria simples (metade mais um).

TÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, PRAZO E SEDE

CLÁUSULA QUARTA. O CONSÓRCIO xxxxxxxx é pessoa jurídica de direito público interno, do tipo associação pública, de natureza autárquica. Integrará a administração indireta de todos os entes da Federação consorciados. CLÁUSULA QUINTA. (Do prazo de duração). O Consórcio vigorará por prazo indeterminado. CLÁUSULA SEXTA. (Da sede). A sede do Consórcio é no Município xxxxxx, Rua xxxxx PARÁGRAFO ÚNICO. Mediante decisão de dois terços (2/3) dos consorciados, em Assembléia Geral, poderá ser alterada a sede do Consórcio.

CAPÍTULO II DOS OBJETIVOS

CLÁUSULA SÉTIMA. O Consórcio tem por objetivo o gerenciamento dos serviços , limpeza, coleta, educação ambiental, reciclagem, tratamento e destinação final relativos resíduos sólidos urbanos nos municípios que integram este Consórcio, para tanto poderá: I – Prestar, quer através de contratação, quer através de concessão ou parcerias público privadas, serviços públicos inerentes ao gerenciamento, tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios integrantes do Consórcio, observada a legislação vigente e aplicável; II Cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental, bem como qualquer outra legislação correlata, relacionada com o gerenciamento do tratamento e da destinação final dos resíduos sólidos urbanos dos Municípios integrantes do CONSÓRCIO;

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Convênio 012/2009 – MMA 84

III o planejamento, a regulação, a fiscalização e, nos termos de contrato de programa, a prestação do serviço público para promover gerenciamento, e a destinação ou disposição final de resíduos e rejeitos sólidos, na área de atuação da Administração Pública dos municípios identificados na Cláusula Primeira do presente Protocolo; IV – a implementação de melhorias nas condições de vida dos munícipes, desenvolvendo alternativas para programas de educação, saúde e gestão ambiental, sem prejuízo das ações e programas desenvolvidas individualmente pelos entes consorciados; VI – a capacitação técnica de forma continuada do pessoal encarregado no manuseio e prestação do serviço de coleta, transferência e reciclagem dos resíduos sólidos produzidos pelos Municípios consorciados; VII – a realização de licitações compartilhadas das quais, em cada uma delas, decorram dois ou mais contratos, celebrados por Municípios consorciados ou entes de sua administração indireta; VIII – a aquisição ou a administração dos bens que possam estar direta ou indiretamente relacionados ao funcionamento de Aterro para uso compartilhado do Consórcio ou de seus Municípios integrantes; § 1º. Mediante requerimento do interessado, é facultado à Assembléia Geral devolver qualquer dos poderes mencionados no inciso I do caput à administração direta do Município consorciado; § 2º. O Consórcio somente poderá prestar serviço público nos termos de contrato de programa que celebrar com o ente consorciado; § 3º. Os bens adquiridos ou administrados na forma do inciso V do caput serão de uso exclusivo dos entes que contribuíram para a sua aquisição ou administração, na forma de regulamento da Assembléia Geral. Nos casos de retirada de consorciado ou de extinção do Consórcio, os bens permanecerão em condomínio, até autorização que seja extinto mediante ajuste entre os interessados; § 4°. Priorizar nas aquisições e contratações do Consórcio produtos reciclados e recicláveis, bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis, com padrões de consumo social e ambientalmente sustentáveis; e § 5º. Havendo declaração de utilidade, necessidade pública ou interesse social emitida pelo Município em que o bem ou direito se situe, fica o Consórcio autorizado a promover as desapropriações, proceder a requisições ou instituir as servidões necessárias à consecução de seus objetivos; IX – a promoção de toda e qualquer comercialização de matéria prima e/ou produtos derivados do funcionamento do aterro sanitário, revertendo para o Consórcio os valores arrecadados desta operação; X – a busca de alternativas e tecnologias para o desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental, voltados para a melhoria do reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluindo a recuperação e o reaproveitamento energético, com base em experiências comprovadas e economicamente viáveis, que permitam soluções efetivas de combate à poluição e degradação ambiental, preservando os recursos naturais e promovendo o tratamento e a conseqüente eliminação de gases nocivos a vida; XI – o zelo pela proteção da saúde pública e da qualidade ambiental no desempenho de suas funções;

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Convênio 012/2009 – MMA 85

XII – o incentivo a não geração, a redução, a reutilização, a reciclagem e o tratamento dos resíduos sólidos, bem como promover a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos que forem direcionados ao aterro; XIII – a promoção e a articulação entre as diferentes esferas do poder público e, destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e financeira para gestão associadas dos resíduos sólidos; XIV - a adoção, o desenvolvimento o aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos ambientais; XV– a segurança a regularidade, a continuidade, a funcionalidade e a universalização da prestação dos serviços públicos de manejo de resíduos e rejeitos sólidos, com adoção de mecanismos gerencias e econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados como forma de garantir sua sustentabilidade operacional e financeira em conformidade com o estabelecido na Lei nº.11.445/2007; XVI - o reconhecimento do resíduo sólido, reutilizado e reciclado como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania; e XVII - a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. XVIII - Prestar, quer através de contratação, quer através de concessão ou parcerias público privadas, serviços públicos inerentes ao gerenciamento, tratamento e a destinação final dos resíduos sólidos urbanos gerados pelos municípios integrantes do Consórcio, observada a legislação vigente e aplicável; XIX - Representar o conjunto dos Municípios que o integram, em matéria referente a sua finalidade, perante quaisquer outras entidades de direito público ou privado, nacionais e internacionais; XX - Planejar, supervisionar, coordenar, orientar, gerir, controlar e avaliar as ações e atividades do CONSÓRCIO; XXI - Cumprir e fazer cumprir a legislação ambiental, bem como qualquer outra legislação correlata, relacionada com o gerenciamento do tratamento e da destinação final dos resíduos sólidos urbanos dos Municípios integrantes do CONSÓRCIO; XXII - Celebrar acordos, ajustes, parcerias, convênios, e contratos inerentes ou compatíveis coma finalidade e os objetivos do CONSÓRCIO, com a administração pública, a iniciativa privada, entidades do terceiro setor e organismos internacionais, conforme legislação vigente e aplicável; XXIII - Definir preços e tarifas, bem como seu reajuste, revisão e reequilíbrio financeiro, levando em conta, além dos custos operacionais, os critérios definidos pela legislação vigente de cada ente consorciado pela oferta do serviço público, respeitando as regras de rateio estabelecidas nos instrumentos contratuais, quantidade de resíduos gerada em cada município, e legislação vigente. XXIV - Firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo; XXV - promover reivindicações, estudos e propostas junto aos órgãos federais e estaduais de interesse comum dos associados;

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TÍTULO III DA GESTÃO ASSOCIADA DE SERVIÇOS PÚBLICOS DE SANEAMENTO BÁSICO

CAPÍTULO I DA GESTÃO ASSOCIADA

CLÁUSULA OITAVA. (Da autorização da gestão associada de serviços públicos). Os Municípios consorciados autorizam a gestão associada de serviços públicos de saneamento básico. § 1º. A gestão associada autorizada no caput refere-se: I – ao planejamento, a fiscalização, a regulação e a prestação dos serviços públicos de gerenciamento dos serviços, limpeza, coleta, educação ambiental, reciclagem, tratamento e destinação final relativos resíduos sólidos urbanos; II – a prestação de serviços, a execução de obras e o fornecimento de bens à administração direta ou indireta dos entes consorciados; III – a realização de licitações compartilhadas das quais, em cada uma delas, decorram dois ou mais contratos, celebrados por municípios consorciados ou entes de sua administração indireta; IV – aquisição ou administração dos bens para o uso compartilhado dos Municípios consorciados; § 2º. Mediante solicitação, é facultado à Assembléia Geral devolver qualquer dos poderes mencionados no inciso I do caput à administração direta de município consorciado. § 3º. Para atender as políticas de resíduos sólidos, federal, estadual e dos municípios consorciados, conforme determina a Lei nº. 12.305/2010, o Consórcio poderá utilizar os seguintes instrumentos, dentre outros:

a – os planos municipais de resíduos sólidos;

b – a coleta seletiva, os sistemas de logística reversa e outras ferramentas relacionadas à

implementação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;

c – o incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas ou demais formas de

associações de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis, nos municípios

integrantes do Consórcio;

d – a cooperação no monitoramento e na fiscalização ambiental, sanitária e agropecuária

quando couber;

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Convênio 012/2009 – MMA 87

e – a cooperação técnica e financeira entre os setores públicos dos entes consorciados ou

não, para o desenvolvimento de pesquisas, métodos, processos e tecnologias de gestão,

reciclagem, reutilização, tratamento de resíduos e disposição final ambientalmente

adequada dos rejeitos;

f – a educação ambiental;

g – os incentivos fiscais, financeiros, e creditícios;

h – os fundos de meio ambiente e os sistemas de informações sobre gestão dos resíduos

sólidos e de saneamento básico;

j – os órgãos colegiados municipais e estaduais, destinados ao controle social dos serviços

de resíduos sólidos urbanos e os conselhos de meio ambiente, e no que couber os de

saúde; e

l – os instrumentos da política nacional e estadual de resíduos sólidos e meio ambiente, no

que couber, tais como: padrões de qualidade ambiental, cadastros técnicos, sistemas de

informações, termos de compromisso e ajustamento de conduta, dentre outros.

CLÁUSULA NONA. (Área da gestão associada de serviços públicos). A gestão associada abrangerá somente os serviços prestados nos territórios dos municípios que efetivamente se consorciarem.

CLÁUSULA DÉCIMA. (As competências cujo exercício se transferiu ao Consórcio). Para a consecução da gestão associada, os Municípios consorciados transferem ao Consórcio o exercício das competências de planejamento, da regulação e da fiscalização do serviço público para destinação e disposição final de resíduos e rejeitos sólidos. § 1º. As competências cujo exercício fora transferido, incluem dentre outras atividades: I – o exercício do poder de polícia no sentido de fiscalizar e multar o descumprimento de preceitos administrativos e legais que prejudiquem a preservação da saúde e do meio ambiente relativos à coleta, destinação e disposição do lixo;

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Convênio 012/2009 – MMA 88

II - a elaboração de planos de investimentos para a expansão, a reposição e a modernização tecnológica do Aterro; III – a elaboração de planos de recuperação dos custos do serviço; IV – o acompanhamento e a avaliação das condições de prestação do serviço; e V – o apoio à prestação do serviço, destacando-se: a) a aquisição, a guarda e a distribuição de materiais para a manutenção, a reposição, a expansão e a operação do serviço; b) a manutenção de média e alta complexidade dos equipamentos utilizados na prestação do serviço; c) o controle de qualidade do serviço público; e d) a restrição de acesso ou a suspensão da prestação do serviço em caso de inadimplência das obrigações assumidas por um dos entes consorciados, sempre precedida por prévia notificação. § 2º - Fica o Consórcio autorizado a receber a transferência do exercício de outras competências referentes ao planejamento, regulação e fiscalização do serviço público previstos no Contrato de Consórcio. PARÁGRAFO ÚNICO. Os entes consorciados, mediante Contrato de Programa poderão transferir ao Consórcio outras competências relativas ao gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos.

CLÁUSULA DÉCIMA-PRIMEIRA. (Das diretrizes para os serviços públicos de

gerenciamento integrado dos resíduos sólidos urbanos.). No que não contrariar a legislação

federal, estadual e municipal dos entes consorciados, são diretrizes básicas dos serviços

públicos essenciais e complementares providos pelo Consórcio ou pelos Municípios

consorciados:

I - a universalização, consistente na garantia a todos de acesso ao serviço, indistintamente

e em menor prazo, observado o gradualismo planejado da eficácia das soluções, sem

prejuízo da adequação às características locais, em benefício da saúde pública, da

preservação do meio ambiente e de outros interesses coletivos correlatos;

II - a integralidade, compreendida como a provisão dos serviços públicos básicos,

essenciais e complementares de toda natureza proporcionando o acesso à população na

conformidade de suas necessidades e a maximização da eficácia das ações e resultados;

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Convênio 012/2009 – MMA 89

III - a eqüidade, entendida como a garantia de fruição em igual nível de qualidade dos

benefícios pretendidos ou ofertados, sem qualquer tipo de discriminação ou restrição de

caráter social ou econômico, salvo os que visam priorizar o atendimento da população de

menor renda;

IV - a regularidade, concretizada pela prestação do serviço sempre de acordo com a

respectiva regulação e com as outras normas aplicáveis;

V - a continuidade, consistente na obrigação de prestar o serviço público sem interrupções,

salvo nas hipóteses previstas em lei;

VI - a eficiência, por meio da prestação do serviço de forma a satisfazer as necessidades

dos munícipes com a imposição do menor encargo sócio-ambiental e econômico possível;

VII - a segurança, implicando na prestação do serviço com os menores riscos possíveis

para os usuários, os trabalhadores que os presta e a população;

VIII - a atualidade, que compreende em modernidade das técnicas, dos equipamentos e

das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria contínua do serviço;

IX - a cortesia, traduzida no bom atendimento ao público, inclusive para fornecer as

informações referentes ao serviço que seja de interesse dos usuários e da coletividade;

X - a modicidade dos preços públicos, inclusive das tarifas e das taxas, caso seja assim

regulado;

XI - a sustentabilidade, pela garantia do caráter duradouro dos benefícios das ações,

considerados os aspectos jurídico-institucionais, sociais, ambientais, energéticos e

econômicos relevantes ao objeto do Consórcio;

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Convênio 012/2009 – MMA 90

XII - a intersetorialidade, compreendendo a integração de determinadas ações entre si e

com as demais políticas públicas, em geral;

XIII - a cooperação federativa, buscando a melhoria das condições de vida de todos os

munícipes dos entes consorciados;

XIV - a participação da sociedade na formulação e implementação das políticas e no

planejamento, regulação, fiscalização, avaliação e prestação do serviço por meio de

instâncias de controle social;

XV - a promoção da educação sanitária e ambiental, fomentando os hábitos higiênicos, o

uso sustentável dos recursos naturais, a redução de desperdícios, a correta utilização dos

materiais, sua reciclagem e reaproveitamento;

XVI - a promoção e a proteção da saúde, mediante ações preventivas de coleta e

condicionamento do lixo de forma a evitar contaminação e proliferação de doenças;

XVII - a preservação e a conservação do meio ambiente, mediante ações orientadas para a

coleta e condicionamento de resíduos e rejeitos sólidos notadamente em proximidades aos

recursos naturais, de forma seletiva e sustentável, bem como promover a reversão de

degradação ambiental existente, observada as normas ambientais;

XVIII – a promoção do direito a um ambiente ecologicamente equilibrado;

XIX – o respeito às diversidades locais e regionais, na implementação e na execução do

serviço de coleta, destinação e disposição final dos resíduos e rejeitos sólidos;

XX - a promoção e a defesa da saúde e segurança do trabalhador na execução das

atividades relacionadas ao Consórcio;

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Convênio 012/2009 – MMA 91

XXI - o respeito e a promoção dos direitos básicos da coletividade; e

XXII - o fomento pela busca de conhecimento científico e tecnológico, bem como a difusão

de conhecimentos adquiridos que possam ser de interesse da comunidade, visando

melhores condições de vida.

PARÁGRAFO ÚNICO. Na prestação do serviço público prevista neste Estatuto, deverá ser

considerada a universalidade em um território quando assegurar o atendimento, no mínimo,

das necessidades básicas vitais de todas as pessoas, independentemente de sua condição

sócio-econômica e de convivência social, de forma aceitável e adequada nos locais de sua

aplicação.

CLÁUSULA DÉCIMA-SEGUNDA. (Dos regulamentos). Atendidas as diretrizes fixadas

neste Estatuto, resolução aprovada pela Assembléia Geral do Consórcio estabelecerá as

normas de regulação e fiscalização, que deverão compreender pelo menos:

I – os indicadores de qualidade do serviço e de sua adequada e eficiente prestação;

II – as metas de expansão e qualidade do serviço e os respectivos prazos, quando

adotadas metas parciais ou graduais;

III - sistemas de faturamento e cobrança do serviço;

IV – o método de monitoramento dos custos e de reajustamento e revisão das tarifas ou

preços públicos;

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Convênio 012/2009 – MMA 92

V – os mecanismos de acompanhamento e avaliação dos serviços e procedimentos para

recepção, apuração e solução de queixas e de reclamações dos cidadãos e dos demais

usuários;

VI – os planos de contingência e de segurança; e

VII – as penalidades a que estarão sujeitos os usuários, consumidores, geradores e os

prestadores.

CLÁUSULA DÉCIMA-TERCEIRA. (Das tarifas). Os valores das tarifas e de outros preços

públicos, bem como seu reajuste e revisão, observarão os seguintes critérios:

I - a tarifa se comporá de duas partes, uma referida aos custos do serviço local, a cargo

dos entes consorciados, e outra referida aos custos do Consórcio, que engloba os custos

de prestação dos serviços públicos a seu cargo, dos serviços vinculados e os relativos à

reposição e à expansão futuras;

II - ambas as partes da estrutura de custos serão referenciadas em relatórios mensais de

acompanhamento;

III - as tarifas serão progressivas e diferenciadas de acordo com a natureza do material

coletado; e

IV - as tarifas poderão ser reajustadas ou revistas para atender à necessidade de execução

de programas de melhoria e ampliação do serviço prestado.

PARAGRAFO ÚNICO. Regulamento adotado pelo Consorcio poderá, caso comprovada a

inviabilidade, adotar formas referenciais de cobranças pelo recebimento de lixo de

determinada espécie de material coletado, sempre em conformidade com a legislação

específica, além do disposto na Lei nº 12.305/2010.

CAPÍTULO II DO CONTRATO DE PROGRAMA

CLÁUSULA DÉCIMA-QUARTA. (Do contrato de programa). Ao Consórcio somente é permitido firmar contrato de programa para prestar serviços por meios próprios ou sob sua gestão administrativa ou contratual, em estrita observância a legislação vigente.

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Convênio 012/2009 – MMA 93

CLÁUSULA DÉCIMA-QUINTA. São cláusulas necessárias do contrato de programa celebrado pelo Consórcio Público as que estabeleçam: I – o objeto, a área e o prazo da gestão associada de serviços públicos, inclusive a operada com transferência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços; II – o modo, forma e condições de prestação dos serviços; III – os critérios, indicadores, fórmulas e parâmetros definidores da qualidade dos serviços; IV - o cálculo de tarifas e de outros preços públicos na conformidade da regulação dos serviços a serem prestados; V – procedimentos que garantam transparência da gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um de seus titulares, especialmente de apuração de quanto foi arrecadado e investido nos territórios de cada um deles, em relação a cada serviço sob regime de gestão associada de serviço público; VI – os direitos, garantias e obrigações do titular e do Consórcio, inclusive os relacionados às previsíveis necessidades de futura alteração e expansão dos serviços e conseqüente modernização, aperfeiçoamento e ampliação dos equipamentos e instalações; VII – os direitos e deveres dos usuários para obtenção e utilização dos serviços; VIII – a forma de fiscalização das instalações, dos equipamentos, dos métodos e das práticas de execução dos serviços, bem como a indicação dos órgãos competentes para exercê-las; IX – as penalidades e sua forma de aplicação; X – os casos de extinção; XI – os bens reversíveis; XII – os critérios para o cálculo e a forma de pagamento das indenizações devidas ao Consórcio relativas aos investimentos que não foram amortizados por tarifas ou outras receitas emergentes da prestação dos serviços; XIII – a obrigatoriedade, forma e periodicidade da prestação de contas do Consórcio ao titular dos serviços; XIV – a periodicidade em que o Consórcio deverá publicar demonstrações financeiras sobre a execução do contrato; XV – o foro e o modo amigável de solução das controvérsias contratuais. § 1º. No caso de a prestação de serviços for operada por transferência total ou parcial de encargos, serviço, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços transferidos, também são necessárias as cláusulas que estabeleçam: I - os encargos transferidos e a responsabilidade subsidiária da entidade que os transferiu; II - as penalidades no caso de inadimplência em relação aos encargos transferidos; III - o momento de transferência dos serviços e os deveres relativos a sua continuidade; IV - a indicação de quem arcará com o ônus e os passivos do pessoal transferido; V - a identificação dos bens que terão apenas a sua gestão e administração transferida e o preço dos que sejam efetivamente alienados ao contratado; VI - o procedimento para o levantamento, cadastro e avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizado mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da prestação dos serviços. § 2º. Os bens vinculados aos serviços públicos serão de propriedade da administração direta do Município contratante, sendo onerados por direitos de exploração que serão exercidos pelo Consórcio pelo período em que viger o contrato de programa.

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Convênio 012/2009 – MMA 94

§ 3º. Nas operações de crédito contratadas pelo Consórcio para investimentos nos serviços deverá se indicar o quanto corresponde aos serviços de cada titular, para fins de contabilização e controle. § 4º. Receitas futuras da prestação de serviços poderão ser entregues como pagamento ou como garantia de operações de crédito ou financeiras para a execução dos investimentos previstos no contrato. § 5º. A extinção contrato de programa dependerá do prévio pagamento das indenizações eventualmente devidas, especialmente das referentes à economicidade e viabilidade da prestação dos serviços pelo Consórcio, por razões de economia de escala ou de escopo. § 6º. O contrato de programa continuará vigente nos casos de: I – o titular se retirar do Consórcio ou da gestão associada, e II – extinção do Consórcio.

TÍTULO IV DA ORGANIZAÇÃO DO CONSÓRCIO

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA DÉCIMA-SEXTA. (Dos estatutos). O presente estatuto organizará o funcionamento do Consórcio Público, tornando-se nula a cláusula que não respeitar as disposições do Contrato de Consórcio Público, bem como da Lei Federal nº. 11.107, de 06 de abril de 2005, regulamentada pelo Decreto n°. 6.017, de 17 de janeiro de 2007. PARÁGRAFO ÚNICO. Os estatutos poderão dispor sobre o exercício do poder disciplinar e regulamentar, do procedimento administrativo e outros temas referentes ao funcionamento e organização do Consórcio, sendo a Assembléia Geral, órgão responsável pela aprovação dos mesmos.

CAPÍTULO II DOS ÓRGÃOS

CLÁUSULA DÉCIMA-SÉTIMA. (Dos órgãos). O Consórcio é composto dos seguintes órgãos: I - Assembléia Geral; II – Presidência; III -Diretoria Executiva; IV - Conselho Fiscal; V – Conselho Técnico Consultivo;

CAPÍTULO III DA ASSEMBLÉIA GERAL

Seção I Do funcionamento

CLÁUSULA DÉCIMA-OITAVA. (Natureza e composição). A Assembléia Geral, instância máxima do Consórcio, é órgão colegiado composto pelos Chefes do Poder Executivo de todos os entes consorciados.

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Convênio 012/2009 – MMA 95

§ 1º. Os vice-prefeitos e o vice-governador poderão participar de todas as reuniões da Assembléia Geral com direito a voz. § 2º. No caso de ausência do prefeito ou do governador, o vice-prefeito ou o vice- governador assumirá a representação do ente federativo na Assembléia Geral, inclusive com direito a voto. § 3º. O disposto no § 2º desta cláusula não se aplica caso tenha sido enviado representante especialmente designado pelo Prefeito ou Governador, com poderes específicos. § 4º. O servidor de um Município não poderá representar o Estado ou outro Município na Assembléia Geral. A mesma proibição se estende aos servidores do Consórcio. CLÁUSULA DÉCIMA-NONA. (Das reuniões). A Assembléia Geral reunir-se-á ordinariamente 04 vezes por ano, nos meses de março, junho, setembro e dezembro, e, extraordinariamente, sempre que convocada, pelo Presidente do Consórcio, ou por, no mínimo um terço (1/3) dos entes consorciados. PARÁGRAFO ÚNICO. A convocação das Assembléias Gerais Ordinárias e Extraordinárias será feita com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas em relação a sua realização, com ampla divulgação por meio de publicação no órgão de imprensa oficial do Consórcio, bem como via internet. CLÁUSULA VIGÉSIMA. (Dos votos). Cada ente consorciado terá direito a 01 voto na Assembléia Geral. § 1º. Não se admite o voto por procuração. § 2º. O voto será público e nominal, admitindo-se o voto secreto somente nos casos de julgamento em que se suscite a aplicação de penalidade a servidores do Consórcio ou a ente consorciado. § 3º. O Presidente do Consórcio, salvo nas eleições, destituições e nas decisões que exijam quorum qualificado, votará apenas para desempatar. § 4°. Havendo consenso entre os membros, às eleições e as deliberações poderão ser adotadas por aclamação. CLAUSULA VIGÉSIMA-PRIMEIRA. (Do quorum). A Assembléia Geral será instalada com a presença de entes federados consorciados que representem metade mais um dos votos totais do Consórcio, os quais poderão deliberar sobre todas as matérias de competência do Consórcio por maioria simples, ou seja, metade mais um dos votos, salvo as exceções previstas neste Estatuto. § 1º. Matérias que versem sobre aprovação e alteração de estatutos, alteração de sede e cedência de funcionários para o Consórcio deverão ter a presença de, no mínimo, dois terços (2/3) dos votos totais do Consórcio. § 2º. Aprovação e alteração dos estatutos, respeitando-se o disposto no parágrafo 1º, deste caput deverão ser homologadas pela Assembléia Geral, com no mínimo dois terços (2/3) dos votos dos entes consorciados presentes na Assembléia.

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Convênio 012/2009 – MMA 96

Seção II Das competências

CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEGUNDA. (Das competências). Compete à Assembléia Geral: I – homologar o ingresso no Consórcio de ente federativo que tenha ratificado o Protocolo de Intenções após dois anos de sua subscrição; II – aplicar a pena de exclusão do Consórcio; III - elaborar os estatutos do Consórcio e aprovar as suas alterações; IV – eleger ou destituir o Presidente do Consórcio, para mandato de 02 (dois) anos, permitida a reeleição para um único período subseqüente; V – ratificar ou recusar a nomeação ou destituir os demais membros da Diretoria Colegiada; VI – aprovar: a) orçamento plurianual de investimentos; b) programa anual de trabalho; c) o orçamento anual do Consórcio, bem como respectivos créditos adicionais, inclusive a previsão de aportes a serem cobertos por recursos advindos de contrato de rateio; d) a realização de operações de crédito; e) a fixação, a revisão e o reajuste de tarifas e outros preços públicos, bem como de outros valores devidos ao Consórcio pelos consorciados, inclusive os oriundos de contrato de rateio e de doação; f) a alienação e a oneração de bens do Consórcio ou daqueles que, nos termos de contrato de programa, lhe tenham sido outorgados os direitos de exploração; VII – homologar os pareceres do Conselho Fiscal; VIII – aceitar a cessão de servidores por ente federativo consorciado ou conveniado ao Consórcio; IX – aprovar planos e regulamentos dos serviços públicos de saneamento básico; X – aprovar a celebração de contratos de programa, os quais deverão ser submetidos a sua apreciação em no máximo cento e vinte dias, sob pena de perda da eficácia; XI – apreciar e sugerir medidas sobre: a) a melhoria dos serviços prestados pelo Consórcio; b) o aperfeiçoamento das relações do Consórcio com órgãos públicos, entidades e empresas privadas. XII – homologar retificações propostas ao Contrato de Consórcio, com no mínimo dois terços dos votos (2/3), dos entes consorciados presentes na assembléia; § 1º. Somente será aceita a cessão de servidores com ônus para o Consórcio mediante decisão unânime da Assembléia Geral, presente pelo menos 2/3 (dois terços) dos membros consorciados com direito a voto. No caso de o ônus da cessão ficar com o consorciado, exigir-se-á, para a aprovação, 2/3 (dois terços) dos votos. § 2º. Não será aceita, em hipótese alguma, cessão de servidores ao Consórcio oriundos de órgãos governamentais e não-governamentais, bem como de entes federativos não consorciados. § 3º Fica autorizada a contratação de estagiários pelo Consórcio, desde que devidamente homologadas, por maioria simples dos votos válidos, em Assembléia Geral.

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Convênio 012/2009 – MMA 97

CLÁUSULA VIGÉSIMA-TERCEIRA. (Da eleição). O Presidente será eleito em Assembléia especialmente convocada, podendo ser apresentadas candidaturas nos primeiros trinta minutos. Somente serão aceitas como candidato Chefe de Poder Executivo de ente consorciado. § 1º. O Presidente será eleito mediante voto público e nominal. § 2º. Será considerado eleito o candidato que obtiver ao menos 2/3 (dois terços) dos votos, não podendo ocorrer a eleição sem a presença de pelo menos 3/5 (três quintos) dos consorciados. § 3º. Caso nenhum dos candidatos tenha alcançado os 2/3, realizar-se-á segundo turno da eleição, cujos candidatos serão os dois candidatos mais votados. No segundo turno será considerado eleito o candidato que obtiver metade mais um dos votos, considerados os votos brancos. § 4º. Não obtido o número de votos mínimo mesmo em segundo turno, será convocada nova Assembléia Geral, a se realizar entre 20 (vinte) e 40 (quarenta) dias, caso necessário prorrogando-se pro tempore o mandato do Presidente em exercício. CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUARTA. (Da nomeação e da homologação da Diretoria). Proclamado eleito candidato a Presidente, a ele será dada a palavra para que nomeie os restantes membros da Diretoria Executiva os quais, obrigatoriamente, serão Chefes de Poder Executivo de entes consorciados. § 1º. Uma vez nomeados, o Presidente da Assembléia indagará, caso presente, se cada um dos indicados aceita a nomeação. Caso ausente, o Presidente eleito deverá comprovar o aceite por meio de documento subscrito pelo indicado. § 2º. Caso haja recusa de nomeado, será concedida a palavra para que o Presidente eleito apresente nova lista de nomeação. § 3º. Estabelecida lista válida, as nomeações somente produzirão efeito caso aprovadas por 3/5 (três quintos) dos votos, exigida a presença da maioria absoluta de associados. CLÁUSULA VIGÉSIMA-QUINTA. (Da destituição do Presidente e de Diretor Executivo). Em qualquer Assembléia Geral poderá ser destituído o Presidente do Consórcio ou qualquer dos Diretores Executivos, bastando ser apresentada moção de censura com apoio de pelo menos dois terços (2/3) dos entes consorciados. § 1º. Em todas as convocações de Assembléia Geral deverá constar como item de pauta: “apreciação de eventuais moções de censura”. § 2º. Apresentada moção de censura, as discussões serão interrompidas e será ela imediatamente apreciada, sobrestando-se os demais itens da pauta. § 3º. A votação da moção de censura será efetuada depois de facultada a palavra, por quinze minutos, ao seu primeiro subscritor e, caso presente, ao Presidente ou ao Diretor que se pretenda destituir. § 4º. Será considerada aprovada a moção de censura por metade mais um dos votos dos representantes presentes à Assembléia Geral, em votação pública e nominal. § 5º. Caso aprovada moção de censura do Presidente do Consórcio, ele e a Diretoria Executiva estarão automaticamente destituídos, procedendo-se, na mesma Assembléia, à eleição do Presidente para completar o período remanescente de mandato.

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§ 6º. Na hipótese de não se viabilizar a eleição de novo Presidente, será designado Presidente pro tempore por metade mais um dos votos presentes. O Presidente pro tempore exercerá as suas funções até a próxima Assembléia Geral, a se realizar entre 20 (vinte) e 40 (quarenta) dias. § 7º. Aprovada moção de censura apresentada em face de Diretor Executivo, ele será automaticamente destituído e, estando presente, aberta a palavra ao Presidente do Consórcio, para nomeação do Diretor que completará o prazo fixado para o exercício do cargo. A nomeação será incontinenti submetida à homologação. § 8º. Rejeitada moção de censura, nenhuma outra poderá ser apreciada na mesma Assembléia e nos sessenta dias seguintes. CLÁUSULA VIGÉSIMA-SEXTA. (Da Assembléia estatuinte). Pelo menos 3/4 que tenham ratificado o Protocolo de Intenções convocarão Assembléia Geral para a elaboração dos estatutos do Consórcio, por meio de publicação e correspondência dirigida a todos os subscritores e ratificadores do Protocolo de Intenções. § 1º. Confirmado o quorum de instalação, a Assembléia Geral, por maioria simples, elegerá o Presidente e o Secretário da Assembléia e, ato contínuo, aprovará resolução que estabeleça: I – o texto do projeto de estatutos que norteará os trabalhos; II – o prazo para apresentação de emendas e de destaques para votação em separado; III – o número de votos necessários para aprovação de emendas ao projeto de estatutos. § 2º. Sempre que recomendar o adiantado da hora, os trabalhos serão suspensos para recomeçarem em dia, horário e local anunciados antes do término da sessão. § 3º. Da nova sessão poderão comparecer os entes que tenham faltado à sessão anterior, bem como os que, no interregno entre uma e outra sessão, tenham também ratificado o Protocolo de Intenções. § 4o. Os estatutos do Consórcio e suas alterações entrarão em vigor após publicação na imprensa oficial.

Seção III Das atas

CLÁUSULA VIGÉSIMA-SÉTIMA. (Do registro). Nas atas da Assembléia Geral serão registradas: I – por meio de lista de presença, todos os entes federativos representados na Assembléia Geral, indicando o nome do representante e o horário de seu comparecimento; II – de forma resumida, todas as intervenções orais e, como anexo, todos os documentos que tenham sido entregues ou apresentados na reunião da Assembléia Geral; III – a íntegra de cada uma das propostas votadas na Assembléia Geral e a indicação expressa e nominal de como cada representante nela votou, bem como a proclamação de resultados. § 1º. No caso de votação secreta, a expressa motivação do segredo e o resultado final da votação. § 2º. Somente se reconhecerá sigilo de documentos e declarações efetuadas na Assembléia Geral mediante decisão na qual se indique expressamente os motivos do sigilo.

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Convênio 012/2009 – MMA 99

A decisão será tomada pela metade mais um dos votos dos presentes e a ata deverá conter indicação expressa e nominalmente os representantes que votaram a favor e contra o sigilo. § 3º. A ata será rubricada em todas as suas folhas, inclusive de anexos, por aquele que a lavrou e por quem presidiu o término dos trabalhos da Assembléia Geral. CLÁUSULA VIGÉSIMA-OITAVA. (Da publicação). Sob pena de ineficácia das decisões nela tomadas, a íntegra da ata da Assembléia Geral será, em até dez dias úteis, publicada no sítio que o Consórcio manter na rede mundial de computadores – Internet. PARÁGRAFO ÚNICO. Mediante o pagamento das despesas de reprodução, cópia autenticada da ata será fornecida para qualquer do povo.

CAPÍTULO IV DA DIRETORIA

CLÁUSULA VIGÉSIMA-NONA. (Do número de membros). A Diretoria Executiva é composta por quatro membros, neles compreendido o Presidente, o vice-presidente, o diretor geral e o diretor financeiro. § 1º. Nenhum dos Diretores perceberá remuneração ou qualquer espécie de verba indenizatória. § 2º. Somente poderão ocupar cargos na Diretoria chefes do poder executivo de ente federativo consorciado. § 3º. Os Diretores serão nomeados na Assembléia Estatuinte, após indicação do Presidente, aceitação dos indicados e homologação da Assembléia Geral, com no mínimo, três quintos (3/5) dos votos. § 4º. A formalização da nomeação da Diretoria Executiva, dar-se-á através da aprovação da Ata da Assembléia Geral, em que a mesma foi composta. CLÁUSULA TRIGÉSIMA. (Dos Diretores). Mediante proposta do Presidente do Consórcio, aprovada por metade mais um dos votos da Diretoria, poderá haver redesignação interna de cargos, com exceção do de Presidente. CLÁUSULA TRIGÉSIMA-PRIMEIRA. (Das deliberações). A Diretoria deliberará de forma colegiada, exigida a maioria simples de votos. Em caso de empate, prevalecerá o voto do Presidente. PARÁGRAFO ÚNICO. A Diretoria Executiva reunir-se-á mediante a convocação do Presidente. CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SEGUNDA. (Das competências) Compete à Diretoria dentre outras atribuições: I – julgar recursos relativos à: a) homologação de inscrição e de resultados de concursos públicos; b) impugnação de edital de licitação, bem como os relativos à inabilitação, desclassificação e homologação e adjudicação de seu objeto; c) aplicação de penalidades a servidores do Consórcio.

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II – autorizar que o Consórcio ingresse em juízo, reservado ao Presidente a incumbência de, ad referendum, tomar as medidas que reputar urgente; III – autorizar a dispensa ou exoneração de empregados e de servidores temporários. IV – analisar, previamente, a disponibilidade de cedência de funcionários ao Consórcio, com origem de entes federativos consorciados, emitindo parecer sobre o assunto, para análise e deliberação da Assembléia Geral.

CAPÍTULO V DO PRESIDENTE

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-TERCEIRA. (Da competência). Incumbe ao Presidente: I – representar o Consórcio judicial e extrajudicialmente; II – ordenar as despesas do Consórcio e responsabilizar-se pela sua prestação de contas; III – convocar as reuniões da Diretoria Executiva; IV – zelar pelos interesses do Consórcio, exercendo todas as competências que não tenham sido outorgadas pelo Contrato de Consórcio Público ou pelo presente estatuto a outro órgão do Consórcio; V – convocar a Assembléia Geral do Consórcio; VI – analisar e encaminhar para deliberação da Assembléia Geral do Consórcio os casos omissos, não previstos neste Estatuto e/ou no Contrato de Consórcio Público. § 1º. Com exceção da competência prevista no inciso I, todas as demais poderão ser delegadas ao Superintendente. § 2º. Por razões de urgência ou para permitir a celeridade na condução administrativa do Consórcio, o Superintendente poderá ser autorizado a praticar atos ad referendum do Presidente. § 3. No caso de vacância haverá nova Assembléia Geral de eleição do Presidente do Consórcio.

CAPÍTULO VI DO CONSELHO FISCAL

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-QUARTA. (da composição). O Conselho Fiscal é composto por: I – Três conselheiros titulares e dois suplentes representantes dos entes consorciados, eleitos juntamente com o Presidente em Assembléia Geral. II – Cinco conselheiros titulares e cinco suplentes representantes dos usuários, homologados em Assembléia Geral. § 1º. O Conselho Fiscal será eleito e empossado de nove a seis meses antes do término do mandato do Presidente do Consórcio, em Assembléia Geral, salvo, os membros citados no inciso I. § 2º. Para fins de composição do Conselho Fiscal, os representantes dos usuários serão divididos em cinco grupos: I –– xxxxxx; II - xxxxxxxx; III –xxxxxxxxxx; IV – Entidades Ambientalistas;

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V – Instituições de Ensino Superior. § 3º. Serão eleitos, em Assembléia Geral, um titular e um suplente, de cada grupo citado no parágrafo segundo deste caput que representarão no Conselho Fiscal os usuários. § 4. O Diretor Geral do Consórcio será o responsável pela condução do processo de escolha do Conselho Fiscal. § 5º. Os representantes dos entes consorciados serão indicados pelo Presidente do Consórcio e homologados pela Assembléia Geral, por maioria simples. § 6º. A Diretoria Executiva do Consórcio fixará o prazo máximo para as entidades se manifestarem, quanto ao interesse de comporem o Conselho Fiscal, ficando a cargo dos entes consorciados de fazerem a divulgação em suas respectivas regiões, consoante parágrafo 4º. deste caput. § 7º. Em hipótese alguma serão aceitas indicações para composição do Conselho realizadas fora do prazo estipulado pela Diretoria Executiva. § 8º. A manifestação da entidade de compor o Conselho deverá ser feita mediante: I – documento formal remetido ao Presidente, encaminhado à sede do Consórcio, respeitando-se o disposto no parágrafo 6º. deste caput; II – indicação nominal do representante da entidade, informando o nome completo, CPF e função que exerce na entidade, bem como formas de contato com o mesmo; III – envio de documentação comprobatória da situação regular da entidade (Estatuto, CNPJ). § 9º. A entidade, para compor o Conselho, deverá estar sediada em território de algum dos entes consorciados ou mediante qualquer documento formal comprovar sua atuação na área da Bacia. § 10º. O não cumprimento do disposto no parágrafo 9º deste caput, automaticamente, desqualifica a entidade de compor o Conselho. § 11º. A homologação dos Conselheiros titulares e suplentes que comporão o Conselho será, exclusivamente, de competência da Assembléia Geral, respeitando-se a rotatividade das entidades em cada grupo, assegurando-se a legitimidade do Conselho. § 12º. Caso não haja o número mínimo de inscrições, para composição das vagas de suplência poderá a única entidade escrita e qualificada no grupo indicar, também, o suplente. § 13º. Os membros do Conselho Fiscal somente poderão ser afastados de seus cargos mediante moção de censura aprovado por dois terços (2/3) de votos da Assembléia Geral, exigida a presença mínima de 3/5 (três quintos) de entes consorciados. § 14. O presidente do Conselho Fiscal será um representante de ente consorciado indicado pelo Presidente do Consórcio e homologado pela Assembléia Geral, por maioria simples, juntamente com as demais representações do Conselho. CLÁUSULA TRIGÉSIMA-QUINTA. (Da competência). Compete ao Conselho Fiscal exercer o controle da legalidade, legitimidade e economicidade da atividade patrimonial e financeira do Consórcio, com o auxílio, no que couber, do Tribunal de Contas. PARÁGRAFO ÚNICO. O disposto no caput deste parágrafo não prejudica o controle externo a cargo do Poder Legislativo de cada ente consorciado, no que se refere aos recursos que cada um deles efetivamente entregou ou compromissou ao Consórcio.

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CAPÍTULO VII DO CONSELHO TÉCNICO CONSULTIVO

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SEXTA. (Da composição). O Conselho Técnico Consultivo será composto pelos membros da Diretoria Executiva do Consórcio e por representantes dos usuários, assegurando-se a estes pelo menos um terço da composição. § 1º. Os representantes dos usuários serão divididos em xx grupos, consoante parágrafo segundo da cláusula trigésima quarta deste estatuto, sendo que da cada grupo saíra uma indicação para compor o Conselho Técnico Consultivo que será homologada em Assembléia Geral do Consórcio. § 2º. O presidente do Conselho Técnico Consultivo será eleito dentre os membros da Diretoria Executiva. § 3º. O Conselho Técnico Consultivo será composto por xx membros, xxx da Diretoria Executiva, e xx dos usuários indicados consoante parágrafo primeiro deste caput, com mandato coincidente com o da Diretoria Executiva. § 4º. O Diretor Geral do Consórcio será o responsável pela condução do processo de escolha do Conselho Técnico Consultivo. § 5. A manifestação da entidade para compor o Conselho Técnico Consultivo será feita conforme disposto no parágrafo oitava da cláusula trigésima quarta deste Estatuto. § 6. Não será permitida indicação de mesma entidade para representar dois grupos diferentes dos usuários. § 7. A eleição do Conselho Técnico Consultivo, bem como do seu Presidente, este membro da Diretoria Executiva, dar-se-á em Assembléia Geral. CLÁUSULA TRIGÉSIMA-SÉTIMA. (Das competências). Compete ao Conselho Técnico Consultivo emitir parecer sobre as proposta de regulamento a serem submetidas à Assembléia Geral e sobre as propostas de revisão e de reajuste de tarifas. CLÁUSULA TRIGÉSIMA-OITAVA (Das deliberações). O Conselho Técnico Consultivo deliberará quando presente três quintos (3/5) e suas decisões serão tomadas mediante voto de pelo menos metade mais um de seus membros. PARÁGRAFO ÚNICO: As reuniões do Conselho Técnico Consultivo serão convocadas pelo seu Presidente.

TÍTULO V

DA GESTÃO ADMINISTRATIVA CAPÍTULO I

DOS AGENTES PÚBLICOS Seção I

Disposições Gerais

CLÁUSULA TRIGÉSIMA-NONA. (Do exercício de funções remuneradas). Somente poderão prestar serviços remunerados ao Consórcio os contratados para ocupar os empregos públicos previstos em cláusula do presente documento.

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§ 1º. A atividade da Presidência do Consórcio, dos demais cargos da Diretoria Executiva, do Conselho Fiscal, do Conselho Técnico Consultivo e de outros órgãos diretivos que sejam criados por demais estatutos, bem como a participação dos representantes dos entes consorciados na Assembléia Geral e em outras atividades do Consórcio não será remunerada, sendo considerado trabalho público relevante. § 2º. O Presidente e demais Diretores, os membros do Conselho Fiscal, do Conselho Técnico Consultivo, bem como os que integrem outros órgãos do Consórcio não serão remunerados e não poderão receber qualquer quantia do Consórcio, inclusive à título indenizatório ou de compensação.

Seção II Dos empregos públicos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA. (Do regime jurídico). Os servidores do Consórcio são regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. § 1º. O regulamento deliberará sobre a estrutura administrativa do Consórcio, obedecido ao disposto no Contrato de Consórcio Público e neste Estatuto, especialmente a descrição das funções, lotação, jornada de trabalho e denominação de seus empregos públicos. § 2º. A dispensa de empregados públicos dependerá de autorização da Diretoria Executiva. CLÁUSULA QUADRAGÉSSIMA-PRIMEIRA. (Do quadro de pessoal). O quadro de pessoal do Consórcio será composto por de (xx) empregados públicos: I – Assistente Administrativo II – Engenheiro Civil ou Agrônomo; III – Químico ou Engenheiro Químico; IV – Biólogo; V – Contador; VI – Economista; VII – Assessor Jurídico; VIII – Técnico em Meio Ambiente; IX – Técnico em Contabilidade; X – Assistente Administrativo nível médio; XI – Auxiliar Operacional; XII – Auxiliar Geral; § 1º. A remuneração e a carga horária dos empregos públicos são: I – Superintendente de Autarquia: carga horária de quarenta (40) horas semanais, com remuneração de R$ x;xx II – Cargos do Inciso II ao VII, do caput: carga horária de quarenta (40) horas semanais, com remuneração de R$ xxxxx; III – Cargos de Nível Técnico: carga horária de quarenta (40) horas semanais, com remuneração de R$ xxxxx IV – Nível Médio, agente administrativo: carga horária de quarenta (40) horas semanais, com remuneração de R$ xxxxxx

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§ 2º. Até o limite fixado no orçamento anual do Consórcio a Diretoria Executiva poderá conceder aumento de remuneração. § 3º. O Consórcio poderá firmar convênios com as Universidades sediadas no território dos entes consorciados, com vistas a contratação de estagiários, com pagamento de bolsa auxílio, devidamente, dividida através de contrato de rateio entre todos os entes consorciados. § 4. O número de estagiário não poderá ultrapassar o número dos cargos públicos, bem como deverá respeitar as disposições das legislações vigentes pertinentes ao assunto, no que se refere a proporcionalidade entre estagiário em relação aos servidores efetivos. § 4º. As atribuições dos cargos arrolados nos Incisos do caput, serão descritas no Anexo 1 deste estatuto. § 5. Poderão ser agregados ao quadro de pessoal do Consórcio funcionários cedidos, dos órgãos públicos da administração direta e indireta dos entes federativos consorciados, com ônus à origem, casos estes, devidamente analisados e homologados pela Diretoria Executiva do Consórcio e Assembléia Geral. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-SEGUNDA. (Do concurso público). Os editais de concurso público deverão ser subscritos pelo Presidente e, pelo menos, mais dois Diretores da Diretoria Executiva. § 1º. Por meio de ofício, cópia do edital será entregue a todos os entes consorciados. § 2º. O edital, em sua íntegra, será publicado em sítio que o Consórcio mantiver na rede mundial de computadores-Internet, bem como, na forma de extrato, será publicado na imprensa oficial. § 3º. Nos trinta primeiros dias que se decorrem da publicação do extrato mencionado no § anterior, poderão ser apresentadas impugnações ao edital, as quais deverão ser decididas em quinze dias. A íntegra da impugnação e de sua decisão serão publicadas no sítio que o Consórcio manter na rede mundial de computadores – Internet.

Seção III Das contratações temporárias

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-TERCEIRA. (Hipótese de contratação temporária). Somente admitir-se-á contratação por tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público na hipótese de preenchimento de emprego público vago, até o seu provimento efetivo por meio de concurso público. PARÁGRAFO ÚNICO. Os contratados temporariamente exercerão as funções do emprego público vago e perceberão a remuneração para ele prevista. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-QUARTA. (Da condição de validade e do prazo máximo de contratação). As contratações temporárias serão automaticamente extintas caso não haja o início de inscrições de concurso público para preenchimento efetivo do emprego público nos sessenta dias iniciais da contratação. § 1º. As contratações terão prazo de até três meses. § 2º. O prazo de contratação poderá ser prorrogado até atingir o prazo máximo de um ano. § 3º. Não se admitirá prorrogação quando houver resultado definitivo de concurso público destinado a prover o emprego público.

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Seção IV

Das Concessões, Deveres, Proibições e Responsabilidades dos Servidores Públicos

CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-QUINTA. (Das concessões) Sem qualquer prejuízo poderá o servidor ausentar-se do serviço, com prévia manifestação formal: I – por um dia, em cada doze meses de trabalho, para doação de sangue; II – até dois dias, para se alistar como eleitor; III – até três dias consecutivos, por motivo de falecimento de avô ou avó, tios, sogros, cunhados, genros, noras e netos; IV – até cinco dias consecutivos por motivo de nascimento ou adoção, para o pai ou adotante, a contar da data do evento para o primeiro caso e da determinação judicial que conceder a guarda provisória ou do trânsito em julgado da decisão judicial que julgar pelo deferimento da adoção, para o segundo; V – até oito dias consecutivos, por motivo de: a) casamento; b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos ou enteados e irmãos. VI – até quinze dias, por motivo de doença ou acidente, sendo obrigatória a apresentação de atestado firmado por profissional médico e cumprimentos dos demais dispositivos legais pertinentes, podendo este documento ser submetido à avaliação da medicina do trabalho do município, na forma do decreto municipal. § 1º. A servidora terá direito a uma hora por dia para amamentar o próprio filho até que este complete seis meses de idade. A hora poderá ser fracionada em dois períodos de meia hora, se a jornada for de dois turnos. Se a saúde do filho o exigir, o período de seis meses poderá ser dilatado, por prescrição médica, em até três meses. § 2º. O servidor terá direito a se ausentar do serviço, mediante compensação acordada com sua chefia imediata e apresentação de atestado firmado por profissional médico, para acompanhar seu filho menor de idade à consulta médica. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-SEXTA. (Do horário especial) Poderá ser concedido horário especial ao servidor estudante quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, desde que não haja prejuízo ao exercício do cargo. PARÁGRAFO ÚNICO. Para efeitos do disposto nesta cláusula, será exigida a compensação de horários, respeitada a duração semanal do trabalho. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-SÉTIMA. (Dos deveres) São deveres do servidor: I – exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo; II – lealdade ao Consórcio; III – observância das normas legais e regulamentares; IV – cumprimento às ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; V – atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo;

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b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse pessoal; c) às requisições para a defesa do Consórcio Público; VI – levar ao conhecimento da autoridade superior as irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo; VII – zelar pela economia do material e conservação do patrimônio público; VIII – guardar sigilo sobre assuntos da repartição; IX – manter conduta compatível com a moralidade administrativa; X – ser assíduo e pontual ao serviço; XI – tratar com urbanidade as pessoas; XII – representar contra ilegalidade ou abuso de poder; XIII – apresentar-se ao serviço em boas condições de asseio e convenientemente trajado ou com o uniforme que for determinado; XIV – observar as normas de segurança e medicina do trabalho estabelecidas, bem como o uso obrigatório dos equipamentos de proteção individual (EPI) que lhe forem fornecidos; XV – manter espírito de cooperação e solidariedade com os colegas de trabalho; XVI – freqüentar cursos e treinamentos instituídos para seu aperfeiçoamento e especialização; XVII – apresentar relatórios ou resumos de suas atividades nas hipóteses e prazos previstos em lei ou regulamento, ou quando determinado pela autoridade competente; XVIII – sugerir providências tendentes à melhoria ou aperfeiçoamento do serviço. PARÁGRAFO ÚNICO. Nas mesmas penas por faltas funcionais incorre o superior hierárquico que, recebendo denúncia ou representação a respeito de irregularidades no serviço ou falta cometida por servidor, seu subordinado, deixar de tomar as providências necessárias à sua apuração. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-OITAVA. (Das proibições) É proibido ao servidor qualquer ação ou omissão capaz de comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência do serviço ou causar dano à Administração Pública, especialmente: I – ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do chefe imediato; II – retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III – recusar fé a documentos públicos; IV – opor resistência injustificada ao andamento de documento e/ou processo, ou execução de serviço; V – promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição; VI – referir-se de modo depreciativo ou desrespeitoso às autoridades públicas ou aos atos do Poder Público, mediante manifestação escrita ou oral; VII – cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o desempenho de encargo que seja de sua competência ou de seu subordinado; VIII – compelir ou aliciar outro servidor no sentido de filiação à associação profissional ou sindical, ou a partido político; IX – valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública;

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X – atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes até o segundo grau, cônjuge ou companheiro; XI – receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer espécie, em razão de suas atribuições; XII – praticar usura sob qualquer de suas formas; XIII – proceder de forma desidiosa no desempenho das funções; XIV – cometer a outro servidor atribuições estranhas às do cargo que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; XV – utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; XVI – exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; XVII – ingerir bebidas alcoólicas durante o horário de trabalho ou apresentar-se alcoolizado ao serviço; XVIII – consumir substâncias psicoativas e apresentar-se drogado ao serviço; PARÁGRAFO ÚNICO. É lícito ao servidor criticar atos do Poder Público do ponto de vista doutrinário ou da organização do serviço, em trabalho assinado, respondendo, porém, civil ou criminalmente na forma da legislação aplicável, se de sua conduta resultar delito penal ou dano moral. CLÁUSULA QUADRAGÉSIMA-NONA. (Das responsabilidades) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelos atos praticados, enquanto no exercício do cargo. § 1º. A responsabilidade civil decorre de ato omisso comissivo, doloso ou culposo, de que resulte prejuízo ao erário ou terceiros. I – a indenização de prejuízo causado ao Erário deverá ser liquidada. II – tratando-se de dano causado a terceiros responderá o servidor perante o Consórcio em ação regressiva, sem prejuízo de outras medidas administrativas e judiciais cabíveis. III – a obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. § 2º. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor. § 3º. A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado por servidor investido no cargo ou função pública. § 4º. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. § 5º. A responsabilidade civil ou administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal definitiva que negue a existência do fato ou a sua autoria.

Seção V Das penalidades aos Servidores Públicos

CLÁUSULA QUINQUAGÉSIMA. (Das penalidades) São penalidades disciplinares aplicáveis ao servidor após procedimento administrativo em que lhe seja assegurado o direito de defesa: I – advertência;

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II – suspensão; III – demissão; § 1º. Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes. § 2º. Não poderá ser aplicada mais de uma pena disciplinar pela mesma infração. § 3º. No caso de infrações simultâneas, a maior absorve as demais, funcionando estas como agravantes na gradação da penalidade. § 4º. O ato da imposição da penalidade mencionará sempre o fundamento legal. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-PRIMEIRA. (Da advertência e suspensão) Observado o disposto na cláusula e parágrafos anteriores, a pena de advertência ou suspensão será aplicada, a critério da Diretoria Executiva, por escrito, na inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamento ou norma interna, nos casos de violação de proibição que não tipifique infração sujeita à penalidade de demissão. § 1º. A pena de suspensão não poderá ultrapassar sessenta dias. § 2º. Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de cinqüenta por cento (50%) por dia de remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço e a exercer suas atribuições legais. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-SEGUNDA. (Da demissão) Será aplicada a pena de demissão nos casos de: I – crime contra a administração pública; II – abandono de cargo; III – indisciplina ou insubordinação graves ou reiteradas; IV – inassiduidade ou impontualidade habituais; V – improbidade administrativa; VI – incontinência pública e conduta escandalosa; VII – ofensa física contra qualquer pessoa, cometida em serviço, salvo em legítima defesa; VIII – aplicação irregular de dinheiro público; IX – revelação de segredo apropriado em razão do cargo; X – lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio municipal; XI – corrupção; XII – acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções. § 1º. A acumulação de que trata o inciso XII do caput acarreta a demissão de um dos cargos, empregos ou funções, dando-se ao servidor o prazo de cinco dias para opção. I – se comprovado que a acumulação se deu por má fé, o servidor será demitido de ambos os cargos e obrigado a devolver o que houver recebido dos cofres públicos; II – na hipótese do parágrafo anterior, sendo um dos cargos, empregos ou funções exercido na União, nos Estados, no Distrito Federal ou Município, a demissão será comunicada ao outro órgão ou entidade onde ocorre acumulação. § 2º. A demissão nos casos dos incisos V, VIII e X do caput implicará em ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível. § 3º. Configura abandono de cargo a ausência intencional ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.

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§ 4º. A demissão por inassiduidade ou impontualidade somente será aplicada quando caracterizada a habitualidade de modo a representar séria violação dos deveres e obrigações do servidor, após anteriores punições por advertência ou suspensão. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-TERCEIRA (Do procedimento para aplicação da penalidade) Para aplicação de penalidade ao servidor público, dever-se-á respeitar os seguintes procedimentos: I – Advertência: Será feita de maneira formal pela Diretoria Executiva, não sendo necessária abertura de processo administrativo; II – Suspensão: Será realizada de maneira formal pela Diretoria Executiva, não sendo necessária abertura de processo administrativo; III – Demissão: Será instaurado processo administrativo contendo: a) toda documentação comprobatória do ato do réu e/ou da situação que ocasionou abertura do processo administrativo; b) depoimento do réu; c) depoimento das testemunhas; d) cópia da legislação e/ou citação que embasa a acuação; e) cópia da ata da reunião da Diretoria Executiva que for analisado e deliberado sobre o processo, bem como indicação da posição de cada membro, caso haja votação.. § 1º. O Superintendente será responsável pela instituição do processo administrativo, bem como instrução do mesmo, para posterior análise da Diretoria Executiva; § 2º. A Diretoria Executiva intimará o funcionário “réu” a depor e anexara o depoimento no processo administrativo instaurado para apurar o ato ilícito; § 3º. A Diretoria Executiva convocará para depor testemunhas que poderão colaborar no andamento do processo administrativo, bem como na situação de haver contradição dos depoimentos convocar os dois lados para acareação. § 4º. Será estendido o prazo de três (3) dias a contar do recebimento de notificação, para que o funcionário “réu” apresente defesa. § 5º. O “réu” terá direito de dez (10) dias para apresentar contraditório; § 6º. A Diretoria Executiva terá o prazo de sessenta dias (60), prorrogáveis por mais trinta dias (30), para finalizar o processo administrativo. § 7º. Após decisão da Diretoria Executiva o réu terá dez (10) dias para se manifestar. § 8º. Caso não haja manifestação por parte do réu, após a decisão da Diretoria Executiva e/ou a mesma seja indeferida, proceder-se-á execução da determinação exarada pela mesma. § 9º. Resultando o processo administrativo em demissão do funcionário, dever-se-á notificar a mesma via documento formal, devidamente registrado, informando-lhe todos os procedimentos adotados, bem como os próximos andamentos.

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Convênio 012/2009 – MMA 110

TÍTULO VI

DA GESTÃO ECONÔMICA E FINANCEIRA CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-QUARTA. (Do regime da atividade financeira) A execução das receitas e das despesas do Consórcio obedecerá às normas de direito financeiro aplicáveis às entidades públicas. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-QUINTA. (Das relações financeiras entre consorciados e o Consórcio). Os entes consorciados somente entregarão recursos ao Consórcio quando: I – tenham contratado o Consórcio para a prestação de serviços, execução de obras ou fornecimento de bens, respeitados os valores de mercado; II – houver contrato de rateio. § 1°. Os entes consorciados respondem subsidiariamente pelas obrigações do Consórcio. § 2º. – Os dirigentes do consórcio responderão pessoalmente pelas obrigações por ele contraídas caso pratiquem atos em desconformidade com a lei, o Contrato de Consórcio Público, os Estatutos ou decisão da Assembléia Geral. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-SEXTA. (Da fiscalização). O Consórcio estará sujeito à fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos que os entes da Federação consorciados vierem a celebrar com o Consórcio.

CAPÍTULO II DA CONTABILIDADE

CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-SÉTIMA. (Da segregação contábil). No que se refere à gestão associada, a contabilidade do Consórcio deverá permitir que se reconheça a gestão econômica e financeira de cada serviço em relação a cada um seus titulares. PARÁGRAFO ÚNICO. Anualmente deverá ser apresentado demonstrativo que indique: I - o investido e arrecadado em cada serviço, inclusive os valores de eventuais subsídios cruzados; II - a situação patrimonial, especialmente quais bens que cada Município adquiriu isoladamente ou em condomínio para a prestação dos serviços de sua titularidade e a parcela de valor destes bens que foi amortizada pelas receitas emergentes da prestação de serviços.

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CAPÍTULO III DOS CONVÊNIOS

CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-OITAVA. (Dos convênios). Com o objetivo de receber transferência de recursos, o Consórcio fica autorizado a celebrar convênios com entidades governamentais ou privadas, nacionais ou estrangeiras. PARÁGRAFO ÚNICO. O Consórcio fica autorizado a, em nome dos Municípios consorciados, elaborar estudos e projetos que visem a captação de recursos junto às entidades citadas no caput para aplicação nos sistemas de saneamento básico. CLÁUSULA QUINQÜAGÉSIMA-NONA. (Da interveniência). Fica o Consórcio autorizado a comparecer como interveniente em convênios celebrados por entes consorciados e terceiros, a fim de receber ou aplicar recursos.

CAPÍTULO IV DO USO DE BENS E SERVIÇOS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA. (Dos Bens e Serviços). Terão acesso ao uso dos bens e serviços do Consórcio os entes consorciados que contribuíram para sua aquisição e promoção. PARÁGRAFO ÚNICO: O acesso disposto no caput dependerá da situação de adimplência com o Consórcio. CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-PRIMEIRA. (Cedência de Bens). Observadas as legislações municipais, os entes consorciados poderão ceder ao Consórcio bens de seu próprio patrimônio e os serviços de suas administrações, para uso comum, de acordo com regulamentação específica, casa a caso aprovada pela Assembléia Geral.

TÍTULO VII DOS DIREITOS, DEVERES,

PENALIDADES E EXCLUSÃO DOS ENTES

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SEGUNDA. (Dos direitos). O ente consorciado tem direito a: I – tomar parte nas deliberações, obedecidas as disposições deste Estatuto e do Protocolo de Intenções, discutindo e votando os assuntos nelas tratados; II – propor ao Presidente do Consórcio ou a quem de direito medidas de interesse do Consórcio; III – votar e ser votado para ocupar cargos nos órgãos do Consórcio ou integrá-los; IV – solicitar por escrito, a qualquer tempo quaisquer informações sobre os negócios e/ou ações do Consórcio; V – desligar-se do Consórcio, obedecidas as condições estabelecidas neste Estatuto e no Protocolo de Intenções. § 1º. Ao ente consorciado é facultado pedido de retirada com prévia comunicação formal de sessenta (60) dias, obtida a devida autorização legislativa. § 2º. A Assembléia Geral providenciará, a partir da comunicação de exclusão de que trata o caput desta Cláusula, a compatibilização dos custos dos planos, projetos, estudo, programas,

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ou atividades de que participe o consorciado excludente, entre os demais consorciados participantes. CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-TERCEIRA. (Dos deveres). O ente consorciado tem o dever e obrigação de: I – cumprir as disposições da Lei, do Protocolo de Intenções, do Estatuto e respeitar as resoluções regularmente tomadas no âmbito do Consórcio; II – satisfazer pontualmente seus compromissos para com o Consórcio; III – prestar ao Consórcio esclarecimentos sobre as atividades desenvolvidas por si que sejam objetos das atividades do Consórcio; IV – trabalhar em prol dos objetivos do Consórcio, respeitando os dispositivos estatutários, zelando pelo bom nome do Consórcio, pelo patrimônio deste e pela integração de seus membros. CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-QUARTA. (Das penalidades). Os entes consorciados estão sujeitos as seguintes penalidades: I – infringir as disposições do Estatuto e do Protocolo de Intenções: pena de suspensão de 30 dias; II – concorrer para o descrédito das unidades administrativas e/ou qualquer pessoa física ou jurídica direta ou indiretamente ligada ao Consórcio: pena de exclusão; III – reincidir nas atividades ensejadoras da aplicação de suspensão: pena de exclusão. § 1º. A aplicação das penalidades é de competência do Presidente, salvo disposição expressa em contrário, que ao fazê-lo deverá considerar os antecedentes do infrator, bem como os dados constantes em processo disciplinar dirigido e supervisionado pela Assembléia Geral. § 2°. Nas penalidades aplicadas cuja pena seja a de suspensão, caberá pedido de reconsideração, dentro de cinco (5) dias úteis, contados da data de entrega do documento de notificação da suspensão. § 3°. O Ente inconformado poderá solicitar a reconsideração por escrito à Assembléia Geral, cabendo a mesma instruir da maneira que entender conveniente e por ela julgado, dentro do prazo de oito (8) dias úteis. § 4°. De todas as penalidades aplicadas, no prazo de dez (10) dias úteis seguintes a comunicação escrita ao infrator, poderá este recorrer, sem efeito suspensivo, para a Assembléia Geral, a qual, em reunião extraordinária, deverá apreciar a julgar o caso. § 5º. Todas as penalidades deverão ser instruídas através de processo administrativo interno do Consórcio, sendo, conforme mencionado nos parágrafos anteriores do caput ser estendido o amplo direito de defesa ao infrator. CLAÚSULA SEXAGÉSIMA-QUINTA. (Da exclusão). Perderá a qualidade de consorciados todo aquele que infringir as disposições do presente Estatuto, do Protocolo de Intenções ou da Lei. § 1º. A exclusão do consorciado, que será aplicada em virtude de infração à Lei, ao Contrato do Consórcio Público ou a este Estatuto, será feita por decisão da Assembléia Geral, exigido o mínimo de metade mais um dos votos, observada a ampla defesa e o contraditório.

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§ 2º. Decretando-se a exclusão caberá recurso de reconsideração dirigido à Assembléia Geral, o qual não terá efeito suspensivo, e será interposto no prazo de dez (10) dias úteis contados da ciência da decisão. § 3º. Além de outros motivos, será aplicada a exclusão ao consorciado que: I – vier a exercer qualquer atividade considerada prejudicial ao Consórcio ou que colida com seus objetivos; II – deixar de realizar com o Consórcio as operações as operações que constituem seu objetivo social; III – depois de notificado, voltar a infringir disposições da Lei, deste Estatuto, das resoluções ou deliberações regularmente tomadas pelo Consórcio ou do Protocolo de Intenções; IV – usar o nome do Consórcio para fins alheios aos seus objetivos e fundamentos. § 4°. Cópia autenticada de decisão será remetida, no prazo máximo de trinta (30) dias ao interessado, por processo que comprove as datas de remessa e do recebimento.

TÍTULO VIII DA ALTERAÇÃO E DA EXTINÇÃO

DO CONTRATO DE CONSÓRCIO PÚBLICO

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SEXTA. (Da extinção) A extinção de contrato de consórcio público dependerá de instrumento aprovado pela assembléia geral, ratificado mediante lei por todos os entes consorciados. § 1º. Os bens, direitos, encargos e obrigações decorrentes da gestão associada de serviços públicos custeados por tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos aos titulares dos respectivos serviços. § 2º. Até que haja decisão que indique os responsáveis por cada obrigação, os entes consorciados responderão solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantido o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou dos que deram causa à obrigação. § 3º. Com a extinção, o pessoal cedido ao consórcio público retornará aos seus órgãos de origem. § 4º. A alteração do contrato de consórcio público observará o mesmo procedimento previsto no caput. § 5º. Os encargos provenientes das obrigações trabalhistas legais contidas na CLT, oriundas da exoneração dos servidores públicos concursados do consórcio, em virtude da extinção do mesmo, serão solidariamente compartilhados por todos os entes federativos consorciados. § 6. Havendo manifestação de interesse poderão os servidores públicos concursados do consórcio, serem transferidos com ônus pleno ao destino, ao ente federativo consorciado que esboçar interesse, unicamente, na hipótese de extinção do Consórcio Público, respeitando-se as disposições da legislação vigente de cada ente consorciado.

TÍTULO IX

DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-SÉTIMA. (Do regime jurídico). O Consórcio será regido pelo disposto na Lei nº. 11.107, de 6 de abril de 2005; regulamentada pelo decreto nº. 6017 de 17

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de janeiro de 2007 que dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios públicos e dá outras providências, pelo Contrato de Consórcio Público originado pela ratificação do Protocolo de Intenções, pelas leis de ratificações, as quais se aplicam somente aos entes federativos que as emanaram e pelo presente Estatuto. CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-OITAVA. (Da exigibilidade). Quando adimplente com suas obrigações, qualquer ente consorciado é parte legítima para exigir o pleno cumprimento das cláusulas previstas neste Estatuto.

TÍTULO XI

DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS

CLÁUSULA SEXAGÉSIMA-NONA. (Da correção). A Diretoria Executiva, mediante aplicação de índices oficiais, poderá corrigir monetariamente os valores previstos neste Estatuto.

TÍTULO XI DO FORO

CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA. (Do foro). Para dirimir eventuais controvérsias deste Estatuto que venha a se originar, fica eleito o foro do Município de São Leopoldo. CLÁUSULA SEPTUAGÉSIMA-PRIMEIRA. (Do vigor). O presente Estatuto aprovado pela Assembléia Geral entrará em vigor na data de sua publicação no diário oficial do Rio Grande do Sul. Município de xxxxx/xxxx data; O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO O MUNICÍPIO O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE Presidente do Consórcio xxxxxxxx O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE O MUNICÍPIO DE Dra. xxxxxx OAB xxxxxxxx

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Procuradora-Geral do Município de Santo Antônio da Patrulha responsável pela Comissão de Elaboração do Estatuto ANEXO 1 Descrição das atribuições dos cargos públicos do Consórcio xxxxxxxxxx: Gerente Técnico/Operacional: Cargo que se destina a promover e coordenar a elaboração de planos e programas de trabalho acompanhando e controlando sua execução; coordenar a realização periódica de levantamento de dados e informações de interesse para o planejamento e execução das atividades do consórcio; participação da elaboração de estudos e projetos voltados aos sistemas de saneamento básico; estudar e propor medidas de proteção ambiental e preservação dos recursos naturais a ser realizada em gestão associada; coordenar a conservação e manutenção de instalações dos sistemas necessários à prestação dos serviços envolvendo os resíduos sólidos urbanos; manter articulação permanente com todos os entes associados; coordenar estudos sobre captação de recursos para elaboração e implementação de projetos, acompanhar, fiscalizar e coordenar todos os órgãos operacionais Consórcio, desempenhar outras atividades designadas pelo presidente; desempenhar outras atividades afins. Economista: Coligir, analisar e interpretar dados econômicos; fazer estudos gerais sobre finanças; emitir pareceres fundamentados sobre a criação alteração ou suspensão de tributos; participar da elaboração da proposta orçamentária; acompanhar a implantação e execução do orçamento; realizar estudos de caráter econômico acerca de comunidades alvo; efetuar pesquisas para racionalizar custos de manutenção e implementação de ações na área de saneamento básico; responsabilizar-se por equipes auxiliares necessárias à execução das atividades próprias do cargo; executar tarefas afins, inclusive as editadas no respectivo regulamento da profissão. Técnico em Meio Ambiente: Cargo que se destina a executar, orientar e dar suporte técnico aos projetos e trabalhos na área de resíduos solidos; coordenar o levantamento de dados visando fornecer subsídios para diagnósticos técnicos; participar ou desenvolver estudos, levantamentos, planejamentos e implantação de serviços e rotinas de trabalho; redigir ou auxiliar na redação de relatórios e pareceres técnicos; colaborar com os técnicos de nível superior da área, na elaboração de projetos; estudar processos referentes a assuntos específicos de sua unidade e propor soluções; executar outras atribuições afins. Assistente Administrativo: Cargo que se destina a executar tarefas de apoio administrativo, financeiro e comercial. Atender ao público, interno e externo, pessoalmente ou por telefone, obtendo e/ou prestando informações, recebendo e encaminhando correspondências; operar microcomputador, utilizando programas básicos e aplicativos de informática, para incluir, alterar e obter dados e informações, bem como consultar registros; digitar ou determinar a digitação de textos, documentos, formulários, tabelas e outros originais redigidos e aprovados,

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conferindo sua digitação; elaborar ou colaborar na elaboração de relatórios parciais e anuais, atendendo às exigências ou normas da unidade administrativa; estudar processos referentes a assuntos de caráter geral; realizar, sob orientação específica, coleta de preços e concorrências públicas e administrativas para aquisição de material; receber material de fornecedores, conferindo as especificações dos materiais com os documentos de entrega, bem como descompor e/ou supervisionar o descarregamento dos mesmos a fim de evitar extravios ou danos; controlar estoques, distribuindo o material quando solicitado e providenciando sua reposição de acordo com normas preestabelecidas; orientar e supervisionar as atividades de controle de estoque, a fim de assegurar a perfeita ordem de armazenamento, conservação e níveis de suprimento; preencher fichas, formulários e mapas, conferindo as informações e os documentos originais; elaborar demonstrativos e relações, realizando os levantamentos necessários; fazer cálculos simples; executar outras atribuições afins. Gerente Executivo: promover a execução das atividades e gestão do (Sigla do nome do Consórcio), realizar concursos públicos e promover a contratação, demissão e aplicação de sanções aos empregados públicos, bem como praticar todos os atos relativos à gestão dos recursos humanos, mediante homologação do Presidente do xxxxx, elaborar a Proposta Orçamentária Anual e o Plano de Trabalho a serem submetidos à apreciação da Assembléia Geral do CIGA; elaborar a Prestação de Contas e o Relatório de Atividades a serem submetidos ao Presidente do Conselho de Administração, ao Conselho Fiscal e à Assembléia Geral do xxxxx; elaborar as prestações de contas dos auxílios e subvenções concedidas ao xxxxx para ser apresentada pelo Presidente ao órgão concedente; movimentar, quando a este delegado, as contas bancárias e os recursos financeiros do xxxx; executar a gestão administrativa e financeira do xxxx dentro dos limites do orçamento aprovado pela Assembléia Geral, e observada a legislação em vigor, em especial as normas da administração pública; designar seu substituto, em caso de impedimento ou ausência para responder pelo expediente e pelas atividades do xxxx; providenciar as convocações, agendas e locais para as reuniões da Assembléia Geral, Conselho de Administração e Conselho Fiscal; providenciar e solucionar todas as diligências solicitadas pelo Conselho Fiscal; autorizar as compras e elaborar os processos de licitação para contratação de bens e serviços; propor ao Conselho de Administração a requisição de servidores públicos para servir ao xxxxx. Gerente Administrativo: Organizar e executar a gestão administrativa do consórcio, em especial a recursos humanos e aos processos burocráticos do consórcio, executar os processos de licitação pública e os contratos administrativos, supervisionar e os aspectos contábeis e financeiros do consórcio, auxiliar o Diretor Executivo em suas atribuições. Gerente Técnico/Operacional: Elaborar, Coordenar e supervisionar os projetos relacionados aos objetivos do consórcio, gerenciar a equipe técnica e operacional, prestar contas sobre os andamentos dos projetos ao Diretor Executivo e apoiar a execução das atribuições deste. Contador: Supervisionar, coordenar e orientar e realizar a escrituração dos atos ou fatos contáveis; examinar e elaborar processos de prestação de contas; auxiliar na elaboração da proposta orçamentária; examinar e realizar empenhos de despesas, verificando sua

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classificação e a existência de saldo nas dotações orçamentárias; informar, através de relatórios sobre a situação financeira e Patrimonial do Consórcio, elaborar os balanços e balancetes patrimoniais e financeiros; executar outras tarefas afins. Assessor Jurídico: Representar em juízo ou fora dele o Consórcio, nas ações em que for autora, ré ou interessada, acompanhando o andamento do processo, prestando assistência jurídica, apresentando recursos em qualquer instância, comparecendo a audiência em outros atos, para defender direitos ou interesses; redigir ou elaborar documentos jurídicos, pronunciamentos, minutas e informações sobre questões de natureza administrativa, fiscal, civil, comercial, trabalhista, penal ou outras aplicando a legislação, forma e terminologia adequadas ao assunto em questão, para utiliza-los na defesa do Consórcio. Orientar o Consórcio com relação aos seus direitos e obrigações legais. Prestar consultoria e assessoria aos municípios consorciados em matérias relacionadas as publicações legais e o Diário Oficial dos Municipios, ou outras matérias solicitadas pela administração do xxxxx. Prestar apoio aos demais setores do xxxx, incluindo licitações, controle interno e outras áreas da administração do Consórcio. Engenheiro químico/ambiental: Elaborar, executar e dirigir projetos de engenharia na área ambiental, bem como coordenação elaboração, implantação e monitoramento contínuo do Plano Intermunicipal de RSU, apoio Contratação , e coordenação de projetos para implantação das rotas tecnológicas, definição e planejamento de rotas de coleta e transporte de resíduos sólidos na região, definição de tecnologias de tratamento e disposição final adequadas para a região, elaboração de projetos, auxílio técnico na elaboração de editais e contratações técnicas. Contratação de estudos de viabilidade e de recuperação de áreas degradas. Exercer outras atividades, compatíveis com sua formação, previstas em lei, regulamento ou por determinação de superiores hierárquicos. Sugerir melhorias, realizar capcitações e fornecer suporte aos programas do xxxxx voltados a questão de obras; Acompanhar projetos de pesquisa, desenvolvimento e implantação relacionados a Cadastramento Multifinalitário;

Engenheiro civil: Elaborar, executar e dirigir projetos de engenharia civil relativo a rodovias, ruas, pontes e outras obras civis; Orientar a construção, manutenção e reparo de obras civis; Avaliar as condições requeridas para a obra; Examinar as característica do terreno a ser utilizado para a obra; Calcular os esforços e deformações previstos na obra projetada ou que afetem a mesma, como: carga calculada, pressões de água, resistência aos ventos e mudanças de temperatura; Elaborar projeto de construção, preparando plantas, especificações de obras, indicando tipos e qualidade de materiais, equipamentos e mão-de-obra necessários, efetuando um cálculo aproximado dos custos; Acompanhar à medida em que avançam as obras para assegurar o cumprimento dos prazos e dos padrões de segurança recomendados; Exercer outras atividades, compatíveis com sua formação, previstas em lei, regulamento ou por determinação de superiores hierárquicos. Sugerir melhorias, realizar capacitações e fornecer suporte aos programas do xxxxx voltados a questão de obras; Acompanhar projetos de pesquisa, desenvolvimento e implantação relacionados a Cadastramento Multifinalitário;

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Assistente Administrativo: Auxiliar o Gerente Administrativo e o Diretor Executivo em suas atribuições, responsabilizar-se pelo almoxarifado, patrimônio, arquivo morto, correspondências, secretaria geral do consórcio, participar nos processos de licitação, realizar o controle de documentos de pessoal do consórcio, demais atividades administrativas do consórcio. Auxiliar de serviços gerais: Auxiliar na execução de atividades genéricas do consórcio, em especial a limpeza e conservação da sede do consórcio, executar serviços de entrega de malotes e documentos e demais serviços de apoio às atividades administrativas do consórcio. Assistente social/ Sociólogo/Psicólogo: Elaborar, executar e dirigir projetos de Inclusão Social, prestando apoio as entidades de catadores, realizando cadastro destes, tanto dos catadores informais e de entidades nos municípios. Prestar auxílio direto na formalização e gestão de associações e cooperativas de catadores existentes na região, cadastro de entidades de triagem, cadastro de empresas compradoras de materiais recicláveis, promoção de cursos de capacitação, auxílio psicossocial, auxílio na venda de materiais recicláveis recuperados, auxílio na busca de financiamentos, auxílio na adesão em programas federais, estaduais e municipais de inclusão social. Biólogo: Elaborar, executar e dirigir projetos que envolvam ensino, planejamento, supervisão, coordenação e execução de trabalhos relacionados com estudos, pesquisas, projetos, consultorias, emissão de laudos, pareceres técnicos e assessoramento técnico-científico nas áreas das Ciêcias Biológicas, ligada à Biologia Sanitária, Saúde Pública, Epidemiologia de doenças transmissíveis, Controle de vetores e Técnicas de saneamento básico; Atividades complementares relacionadas à conservação, preservação, erradicação, manejo e melhoramento de organismos e do meio ambiente e à Educação Ambiental. Pedagogo, ou jornalista ou profissional da Assistência Social: Elaboração e Promoção de programas de educação ambiental nos municípios, promoção de eventos de divulgação das ações do consórcio, elaboração de materiais de divulgação e de sensibilização junto à população, divulgação de locais para a disposição correta de materiais recicláveis e resíduos especiais na região.

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ANEXO IV – MODELO DE CONTRATO DE RATEIO

CONTRATO DE RATEIO Nº xxxxxx

Pelo presente, de um lado, e conforme a Cláusula XXXX do Contrato referente à

constituição do CONSÓRCIO PÚBLICO XXXXXXX, oriundo da ratificação, por lei, do

Protocolo de Intenções, o MUNICIPIO XXX, inscrito no CNPJ sob o nº XXXXXXXX,

representado por seu Prefeito XXXXXXX, RG nº XXXXXXX e CPF nº XXXXXX, doravante

denominado contratante, e, de outro, CONSÓRCIO PÚBLICO xxxxxx, Pessoa Jurídica de

Direito Público, inscrito no CNPJ do MF sob o nº XXXXXXX com sede na XXXXX, S/N,Bairro

XXXXXX, no Município de XXXXX, Estado de XXXXXX, neste ato representado por seu

Presidente ao final assinado, doravante denominado contratado, têm entre si justo e acertado,

com inteira sujeição à Lei Federal nº. 8.666/93, à Lei Federal nº. 11.107/2005, Decreto

Federal nº. 6017/2007 e ao Contrato de Consórcio Público, o que se segue.

CLÁUSULA PRIMEIRA – DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL

O presente CONTRATO DE RATEIO se regerá pelo disposto no art. 8º da Lei Federal nº

11.107,de 6 de abril de 2005, art. 13 e ss. do Decreto Federal nº 6.017, de 17 de janeiro de

2007, bem como dos demais normativos pertinentes à matéria.

CLÁUSULA SEGUNDA – DO OBJETO

Constitui-se como Objeto do presente CONTRATO DE RATEIO, a definição das regras e

critérios de participação do CONTRATANTE junto ao CONTRATADO, nos repasses de

obrigações financeiras, de modo a assegurar o custeio de todas as atividades a serem

desenvolvidas pelo consórcio em consonância com o definido no Contrato de Programa

formalizado entre as partes ora contratantes.

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Convênio 012/2009 – MMA 120

CLÁUSULA TERCEIRA - DA PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA

O CONTRATANTE, para o exercício financeiro de xxxx, deverá consignar como crédito

adicional especial em sua Legislação Orçamentária pertinente, dotação suficiente para

suportar as despesas assumidas através do presente CONTRATO DE RATEIO.

Parágrafo Único – Poderá ser o CONTRATANTE excluído do CONSÓRCIO PÚBLICO

XXXXXXX, em conformidade com o contrato de constituição do Consórcio, e após prévia

suspensão, quando não consignar, como crédito adicional especial na sua legislação

orçamentária pertinente, dotações suficientes para suportaras despesas assumidas por meio

do presente CONTRATO DE RATEIO.

CLÁUSULA QUARTA – DOS VALORES

No rateio proporcional das obrigações financeiras para ocorrer com as despesas das

atividades do Consórcio, o CONTRATANTE fica comprometido perante o CONTRATADO

com sua Cota-Parte Anual de 2013 no valor total de R$ XXXXX (XXXXXXXXXX), obrigando-

se repassar em11 (onze) parcelas mensais iguais de R$ XXXXXXXX. (XXXXXXX), devendo

ser creditado na Conta Bancária do Banco, Agência, Conta nº pelo CONTRATADO, até o dia

xx de cada mês.

Parágrafo Único - As despesas decorrentes da execução deste contrato correrão à conta da

seguinte dotação: XXXXXXXXXXXXXXX

CLÁUSULA QUINTA – DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE

I – Repassar recursos financeiros ao CONTRATADO somente mediante o estabelecido no

presente CONTRATO DE RATEIO;

II – Exigir, o pleno cumprimento das obrigações previstas no CONTRATO DE PROGRAMA,

quando na condição de adimplente.

CLÁUSULA SEXTA – DAS OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO

I- Aplicar os recursos oriundos do presente CONTRATO DE RATEIO na consecução dos

objetivos definidos no CONTRATO DE PROGRAMA, observadas as normas da contabilidade

pública;

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II - Executar as receitas e despesas em conformidade com as normas de direito financeiro,

aplicáveis às entidades públicas;

III - Os recursos repassados ao CONTRATADO poderão ser aplicados no mercado financeiro,

desde que os resultados dessa aplicação sejam apropriados, integralmente, pelo objeto do

Contrato de Programa.

CLÁUSULA SÉTIMA - DA VIGÊNCIA

Para os efeitos deste CONTRATO DE RATEIO, a vigência inicia na data de sua assinatura

com término em 31 de dezembro de 2013, em estrita observância a legislação orçamentária e

financeira de cada ente consorciado e nunca superior as dotações que o suportam.

CLÁSULA OITAVA - DO FORO

Para dirimir eventuais controvérsias deste CONTRATO DE RATEIO, fica eleito o foro da

Comarca de XXXX/XXXX.

E por estarem de acordo com as cláusulas e condições acima estabelecidas, assinam o

presente CONTRATO DE RATEIO em 02 (duas) vias de igual teor e forma, na presença das

testemunhas abaixo identificadas, para que surta os devidos efeitos legais.

XXXXXXX, XXX de XXX de 20XX.

________________ ____________________

CONTRATANTE CONTRATADO

TESTEMUNHAS:

Nome: _________________________________________________________________

RG: __________________________ Assinatura: ______________________

Nome: _________________________________________________________________

RG: __________________________ Assinatura: ______________________

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ANEXO V – CONTRATO DE PROGRAMA

CONTRATO DE PROGRAMA

Nos termos do estabelecido no Convênio de Cooperação xxx firmado pelo Consórcio xxxxxx

e o Município de xxxxx, publicado no Diário Oficial de xxxx de (data), o Município de , xxxxx

inscrito no CNPJ nº , sediado na , neste ato representado por seu Prefeito , inscrito no CPF

sob o nº e portador da Cédula de Identidade xxxx, doravante denominado MUNICÍPIO e o

Consórcio Público xxxxxx, pessoa jurídica de direito público inscrito no CNPJ nº xxxxxxxx,

sediado na xxxxx, prédio, em xxxx, neste ato representada por seu Presidente, xxxxxxxxx e

portador da Cédula de Identidade nº xxxxx , doravante denominado CONSÓRCIO;

CONSIDERANDO que a gestão de resíduos sólidos urbanos, integrante do conceito de

saneamento básico estabelecido no art. 3º, I, “c”, da Lei Federal nº 11.445/2007, é um dos

maiores desafios enfrentados pelo Estado xxxxx na tentativa de erradicar os “lixões”;

CONSIDERANDO que a gestão compartilhada entre os municípios, reduz significativamente

os custos para realizar o transbordo, o tratamento e a disposição final dos resíduos sólidos

urbanos;

CONSIDERANDO que a gestão associada ou compartilhada de serviços públicos, além de

constitucionalmente prevista (art. 241, Constituição Federal), é também especificamente

indicada como uma das soluções no âmbito dos serviços de saneamento básico (arts. 3º, II e

8º, da Lei Federal nº 11.445/2007), entre os quais se inclui o de manejo dos resíduos sólidos

(art. 3º, I, “c”, da Lei Federal nº 11.445/2007);

CONSIDERANDO que a Lei Federal nº 11.445/2007 prevê especificamente a possibilidade de

prestação regionalizada dos serviços de saneamento básico, dentre os quais se situa o de

manejo de resíduos sólidos, em que há um único prestador dos serviços para vários

municípios, contíguos ou não, observada a uniformidade de regulação e fiscalização bem

como de compatibilidade de planejamento (art. 14);

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Convênio 012/2009 – MMA 123

CONSIDERANDO que é diretriz da Política Estadual de Resíduos Sólidos a integração dos

entes federados na utilização de áreas de disposição final de resíduos sólidos, nos termos do

art.xx, inciso xx da Lei Estadual nº xxxxx;

CONSIDERANDO que a disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos deverá ser

implantada em até 4 (quatro) anos após a data de publicação da Lei Federal nº 12.305/2010,

conforme disposto em seu art. 54;

CONSIDERANDO que a gestão integrada de resíduos sólidos e a articulação entre as

diferentes esferas do Poder Público, e destas com o setor empresarial são objetivos da

Política Nacional de Resíduos Sólidos, com vistas à cooperação técnica e financeira para a

gestão integrada de resíduos sólidos nos termos do art. 7°, incisos VII e VIII da Lei Federal nº

12.305/2010;

CONSIDERANDO que, de acordo com o art. 11, inciso I da Lei Federal nº 12.305/2010,

incumbe aos Estados promover a integração da organização, do planejamento e da execução

das funções públicas de interesse comum relacionadas à gestão dos resíduos sólidos nas

regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, nos termos do §3° do art. 25

da Constituição Federal de 1988, permitindo a perspectiva da prestação regionalizada dos

serviços de saneamento, na forma prevista no art. 14 da Lei Federal nº 11.445/2007;

CONSIDERANDO a edição dos Planos Regionais e Municipal de Gerenciamento de

Resíduos Sólidos Urbanos;

CONSIDERANDO a submissão da minuta do Contrato de Programa à prévia consulta e

audiência pública, nos termos do art. 11, IV, da Lei Federal nº 11.445/2007;

CONSIDERANDO a celebração do Convênio de Cooperação entre o Consórcio XXXX e o

Município de xxxxxx, na data de __/__/___, para a delegação da Organização, Regulação e

Fiscalização dos Serviços Públicos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos;

CONSIDERANDO o atendimento dos demais requisitos de validade nos contratos envolvendo

a prestação de serviço de saneamento básico nos termos do art. 11 da Lei 11.445/2007;

Celebram o presente CONTRATO DE PROGRAMA, doravante designado CONTRATO,

resultante de dispensa de licitação, nos termos do inciso XXVI do artigo 24 da Lei Federal n°

8.666/1993, dos arts. 8º, 10, 11 e 14 a 17 da Lei Federal nº 11.445/2007 e do art. 13 da Lei

Federal n° 11.107/2005, em conformidade com as cláusulas e condições a seguir pactuadas:

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Convênio 012/2009 – MMA 124

CLÁUSULA PRIMEIRA – DO OBJETO

Constitui objeto do presente CONTRATO a delegação do MUNICÍPIO para o CONSÓRCIO

da PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS GERADOS NO MUNICÍPIO DE xxxxx, conforme detalhado

no Termo de Referência, Anexo I deste Contrato.

Parágrafo Primeiro: Estão excluídos do presente objeto, os serviços de COLETA e

TRANSPORTE de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS (se for o caso – depende da

necessidade de cada município) até o sistema de TRANSBORDO, TRATAMENTO e

DISPOSIÇÃO FINAL de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, os quais permanecem sob a

responsabilidade exclusiva do MUNICÍPIO.

Parágrafo Segundo: Fica o Consórcio autorizado, nos termos da deliberação da Assembléia

de (data), e do Covênio de Cooperação xxxx, a delegar para o setor privado, por meio de

Parceria Público-Privada, na modalidade Concessão Administrativa, precedida de licitação, a

prestação dos serviços objeto deste CONTRATO.

CLÁUSULA SEGUNDA – DO PLANO REGIONAL E MUNICIPAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS

Os serviços delegados na Cláusula Primeira deverão ser prestados de acordo com o que se

encontra previsto nos Planos de Resíduos Sólidos Urbanos, editados por ato da (sigla) e

aprovados por meio do Decreto Municipal nº , de / / .

CLÁUSULA TERCEIRA – DO PRAZO

O presente CONTRATO vigorará pelo prazo de 20 (vinte) anos, contados a partir da data de

sua assinatura, podendo ser prorrogado, observado o prazo máximo de vigência do contrato

de Parceria Público- Privada, na modalidade Concessão Administrativa, a que se faz

referência na Cláusula Décima.

Parágrafo Primeiro: A parte que não se interessar pela prorrogação deverá notificar a outra,

com antecedência mínima de 5 (cinco) anos do advento do termo contratual, para que se

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Convênio 012/2009 – MMA 125

possa viabilizar a assunção dos serviços pelo MUNICÍPIO, sem interrupção de sua

continuidade, minimizando os transtornos à população decorrentes da transição.

Parágrafo Segundo: A prestação dos serviços prevista na Cláusula Primeira deste

CONTRATO só ocorrerá após a conclusão do processo de licitação da Parceria Público-

Privada, na modalidade Concessão Administrativa, e encerramento do prazo para a

efetivação da entrada em operação da CONCESSIONÁRIA, de modo que, enquanto isso não

se realize, o MUNICÍPIO continuará responsável pela DESTINAÇÃO FINAL dos RESÍDUOS

SÓLIDOS URBANOS, devendo observar as determinações contidas na legislação vigente.

CLÁUSULA QUARTA – DO VALOR

O valor global deste CONTRATO é de R$ (valor por extenso), obtido a partir de estudos sobre

a quantidade total de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS a ser gerada no Município de xxxxxx,

englobando a quantidade atualmente gerada e a estimativa do virá a ser gerado nos próximos

20 (vinte) anos, conforme Anexo II deste CONTRATO.

CLÁUSULA QUINTA – DA FORMA DE PAGAMENTO

O pagamento do valor referido na Cláusula Quarta será efetuado na forma do art. 40, XIV, “a”,

da Lei Federal nº 8.666/1993, em parcelas trimestrais e consecutivas, por meio de Documento

xxxx , a ser emitido pelo Consórcio em nome do MUNICÍPIO, após a aferição da Parcela

Remuneratória Municipal (PRM), observadas as determinações constantes nos parágrafos

deste artigo.

Parágrafo Primeiro: O valor a ser pago pelo MUNICÍPIO será calculado de acordo com a

seguinte fórmula: (exemplo)

PRM = QRS x R$ xxx,00/tonelada

Em que: PRM = Parcela Remuneratória Municipal;

QRS = Quantidade (em toneladas) de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS entregues à

CONCESSIONÁRIA, devidamente pesada.

Parágrafo Segundo: O cálculo do valor a ser pago pelo MUNICÍPIO, previsto no Parágrafo

Primeiro desta Cláusula, será apurado com a incidência, quando for o caso, das Cláusulas

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Convênio 012/2009 – MMA 126

Sétima e Oitava deste CONTRATO, que preveem a concessão de ESTÍMULOS e aumento do

valor da Parcela Remuneratória Municipal.

CLÁUSULA SEXTA – DO REAJUSTE E DA REVISÃO DE PREÇO

A Parcela Remuneratória Municipal, fixada no Parágrafo Primeiro da Cláusula Quinta, será

objeto de reajuste anual, sempre a contar da data de publicação deste CONTRATO, conforme

a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, apurado e divulgado pelo

IBGE, devendo ser aplicado o IPCA referente ao mês subsequente ao início da vigência do

contrato.

Parágrafo Primeiro: O valor por tonelada também poderá ser revisto em razão das revisões

periódicas dos Planos Municipais e Regionais de Resíduos Sólidos Urbanos, nos termos da

Cláusula Segunda deste CONTRATO.

Parágrafo Segundo: O valor por tonelada também poderá ser objeto de revisão

extraordinária quando, nos termos do art. 38, II, da Lei Federal nº 11.445/2007, ocorrerem

fatos não previstos neste CONTRATO, fora do controle do prestador dos serviços, que

alterem o seu equilíbrio econômico- financeiro.

Parágrafo Primeiro: Compete à xxxxxxx decidir sobre o reajuste e a revisão dos preços

relativos à Parcela Remuneratória Municipal - PRM.

CLÁUSULA SÉTIMA – DAS HIPÓTESES EM QUE O MUNICÍPIO PASSARÁ A ARCAR

COM VALOR DIFERENCIADO

Fica estabelecido que o valor de R$ XX,00/tonelada (XXX reais por tonelada), aplicado na

fórmula constante do Parágrafo Primeiro da Cláusula Quinta deste CONTRATO, passará a

ser de R$ XX,00/tonelada (XXX reais por tonelada) caso o MUNICÍPIO, salvo por razões de

caso fortuito ou força maior, deixe de agir diligentemente, de forma a dificultar a execução da

prestação dos serviços por parte do ESTADO, por meio de Parceria Público- Privada, na

modalidade Concessão Administrativa, não cumprindo com suas obrigações ou não adotando

medidas visando a implementar e/ou atingir as metas relacionadas à COLETA SELETIVA,

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Convênio 012/2009 – MMA 127

observadas, ainda, as especificações constantes no Termo de Referência, Anexo I deste

CONTRATO.

Parágrafo Primeiro: Os valores estabelecidos no caput poderão ser revistos e reajustados

aplicando-se lhes os mesmos índices fixados para atualização do preço por tonelada a ser

pago pelo MUNICÍPIO, conforme previsão da Cláusula Sexta deste CONTRATO.

Parágrafo Segundo: A análise quanto à incidência, ou não, do caso concreto nas hipóteses

em que o MUNICÍPIO passará a arcar com valor diferenciado caberá, nos termos do

Parágrafo Sétimo da Cláusula Décima deste CONTRATO, à xxxx, devendo ser observadas,

ainda, as diretrizes constantes no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO.

Parágrafo Terceiro: No processo administrativo a ser conduzido pela (sigla) deverá ser

assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

Parágrafo Quarto: O valor diferenciado incidirá a partir da data da verificação do

descumprimento e persistirá enquanto não adotadas as medidas tendentes a regularizar a

atuação do MUNICÍPIO em relação ao objeto deste CONTRATO.

Parágrafo Quinto: O MUNICÍPIO, assim que tomadas todas as medidas competentes, pode

comprovar, a qualquer momento, perante a (sigla) a regularização da situação que ensejou o

incremento de sua parcela remuneratória, com o consequente cancelamento da incidência do

valor diferenciado, a partir da efetiva comprovação da cessação do fato que lhe deu causa.

CLÁUSULA OITAVA – DAS DOTAÇÕES ORÇAMENTÁRIAS

As despesas do presente CONTRATO correrão à conta das dotações orçamentárias nos e as

dos exercícios subsequentes pelas dotações próprias a serem fixadas.

CLÁUSULA NONA – DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS

O CONSÓRCIO, por meio de Parceria Público-Privada, na modalidade Concessão

Administrativa, durante todo o prazo de vigência do presente instrumento, prestará serviços

adequados, assim entendidos aqueles prestados em condições efetivas de regularidade,

continuidade, eficiência, segurança, atualidade e generalidade, de acordo com o disposto na

legislação pertinente, no Convênio de Cooperação celebrado entre o MUNICÍPIO e O

CONSÓRCIO e no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO.

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Convênio 012/2009 – MMA 128

Parágrafo Primeiro: O MUNICÍPIO autoriza o CONSÓRCIO a subdelegar, nos termos do art.

16, II, da Lei Federal nº 11.445/2007, por meio do competente processo licitatório, a prestação

dos serviços públicos previstos na Cláusula Primeira, de acordo com o que se encontra

estabelecido no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO, à CONCESSIONÁRIA

contratada por meio de Parceria Público-Privada, na modalidade Concessão Administrativa, a

fim de permitir a execução do objeto deste instrumento, em sintonia com a prestação dos

serviços de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.

Parágrafo Segundo: A prestação dos serviços indicados no caput pressupõe e depende do

cumprimento, por parte do MUNICÍPIO e do CONSÓRCIO, das obrigações expressas neste

CONTRATO, bem como em seu Termo de Referência, além daquelas estipuladas no

Convênio de Cooperação, celebrado entre o CONSÓRCIO e os Municípios da REGIÃO 17no

Convênio de Cooperação Técnica a ser firmado entre o MUNICÍPIO e CONSÓRCIO.

Parágrafo Terceiro: Não se caracteriza como descontinuidade a interrupção do serviço

prestado pelo CONSÓRCIO, por meio de Parceria Público-Privada, na modalidade

Concessão Administrativa, após prévio aviso, ou em situações de emergência, nas seguintes

hipóteses:

a) razões de segurança nas instalações ou de ordem técnica;

b) necessidade de efetuar reparos, modificações ou melhorias de qualquer natureza, nas

instalações ou na infraestrutura componente do serviço;

c) realização de serviços de manutenção e de adequação dos sistemas, visando ao

atendimento do crescimento vegetativo;

d) caso fortuito ou força maior.

Parágrafo Quarto: O CONSÓRCIO, a seu critério, poderá realizar interrupção motivada dos

serviços por razões de ordem técnica, devendo comunicar previamente ao MUNICÍPIO,

ressalvados os casos de iminente ameaça ou comprometimento da segurança de instalações

ou pessoas.

Parágrafo Quinto: O CONSÓRCIO deverá, em qualquer das hipóteses relacionadas nos

Parágrafos Terceiro e Quarto, adotar as providências cabíveis e necessárias para minimizar a

descontinuidade do serviço.

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Convênio 012/2009 – MMA 129

Parágrafo Sexto: O CONSÓRCIO, de acordo com as normas dos órgãos de controle e

fiscalização, poderá exigir que o MUNICÍPIO cumpra com suas obrigações no que se refere

aos serviços de COLETA e TRANSPORTE de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, os quais

permanecem sob a responsabilidade exclusiva do MUNICÍPIO.

Parágrafo Sétimo: No caso de descumprimento, pelo MUNICÍPIO, das obrigações a que se

faz referência no parágrafo anterior, a (sigla) procederá à alteração dos valores praticados,

estabelecendo, para tanto, valor diferenciado, nos termos da Cláusula Oitava.

Parágrafo Oitavo: Os casos omissos e as dúvidas surgidas no relacionamento entre as

partes, em decorrência da aplicação das condições previstas neste CONTRATO, serão

resolvidos pelo CONSÓRCIO.

CLÁUSULA DÉCIMA – DO SERVIÇO PÚBLICO ADEQUADO

O serviço público objeto de delegação neste CONTRATO deverá ser prestado de forma

adequada, de modo a satisfazer as condições de regularidade, continuidade, eficiência,

atualidade, generalidade e cortesia na sua prestação, observados os parâmetros

estabelecidos no regulamento elaborado pelo CONSÓRCIO, por meio da Portaria xxxxx,

publicada no Diário Oficial xxx de xxxxx, editada a partir da competência delegada no

Convênio de Cooperação Técnica celebrado entre o consórcio e o MUNICÍPIO.

CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA – DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DO ESTADO

1. São obrigações do CONSÓRCIO:

a) prestar auxílio ao MUNICÍPIO, a ser realizado por meio de cooperação técnica, nos moldes

do art. 15, Parágrafo Único, da Lei Federal nº 11.445/2007, nas revisões e adequações do

Plano Municipal, bem como realizar as revisões e adequações que se fizerem necessárias no

Plano Regional e Plano Municipal de Resíduos Sólidos Urbanos;

b) disponibilizar os recursos institucionais, técnicos e financeiros que forem necessários, para

o desenvolvimento das funções de organização, fiscalização, implantação e operação dos

serviços de TRANSBORDO, TRATAMENTO e DISPOSIÇÃO FINAL de RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS;

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Convênio 012/2009 – MMA 130

c) empreender esforços para realizar o procedimento licitatório visando contratação de

Parceria Público-Privada, na modalidade Concessão Administrativa, para a PRESTAÇÃO

DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE TRANSBORDO, TRATAMENTO E

DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS;

d) acompanhar e fiscalizar o contrato de Parceria Público-Privada na modalidade, Concessão

Administrativa porventura firmado com a CONCESSIONÁRIA;

e) aferir os indicadores de desempenho dos serviços prestados pela CONCESSIONÁRIA;

f) adimplir as obrigações assumidas no contrato de Parceria Público-Privada na modalidade

Concessão Administrativa, porventura firmado com a CONCESSIONÁRIA;

g) arcar com o pagamento da contraprestação devida à CONCESSIONÁRIA em virtude da

prestação de serviços que compõem o objeto deste CONTRATO, incluída a Parcela

Remuneratória Municipal, que será aferida, e posteriormente recebida, nos moldes da

Cláusula Quinta deste CONTRATO;

h) indicar os locais de destinação dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS coletados pelo

MUNICÍPIO;

i) manter disponível para consulta do MUNICÍPIO, registro dos custos e receitas dos serviços

prestados.

2. São direitos do CONSÓRCIO :

a) receber do MUNICÍPIO, em condições adequadas, os RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

oriundos dos serviços operacionais de COLETA e TRANSPORTE, de acordo com o que se

encontra estabelecido no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO;

b) receber a Parcela Remuneratória Municipal, nos moldes da Cláusula Quinta deste

CONTRATO;

c) cobrar, judicial e extrajudicialmente, do MUNICÍPIO todos os débitos vencidos e não pagos;

d) reter, nos casos de inadimplência, eventuais repasses de recursos de natureza tributária do

CONSÓRCIO para o MUNICÍPIO, com a possibilidade de condicionamento do repasse à

satisfação do crédito estatal, conforme estabelecido no art. 160, Parágrafo Único, inciso I, da

Constituição Federal, e nos termos esposados pelo Tribunal de Contas do xxxx na

CONSULTA Nº. xxxx (Tribunal Pleno na Sessão do dia xxxxx);

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Convênio 012/2009 – MMA 131

e) auferir receitas decorrentes de fontes alternativas, complementares, acessórias ou de

projetos associados, consoante artigo 11 da Lei Federal nº 8.987/1995, as quais poderão ser

compartilhadas com a CONCESSIONÁRIA.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA – DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS DO MUNICÍPIO

1. São obrigações do MUNICÍPIO:

a) realizar as revisões e adequações que se fizerem necessárias no Plano Municipal de

Transbordo, Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos, contando com o

auxílio do ESTADO, a ser realizado por meio de cooperação técnica, nos moldes do art. 15,

Parágrafo Único, da Lei Federal nº 11.445/2007;

b) arcar com o pagamento da Parcela Remuneratória Municipal, que será aferida, e

posteriormente adimplida, nos moldes da Cláusula Quinta deste CONTRATO;

c) implementar ações que visem a garantir a boa prestação dos serviços pelo ESTADO;

d) realizar, com exclusividade, as AÇÕES DE LIMPEZA URBANA, contemplando a operação

e manutenção dos sistemas físicos, operacionais e gerenciais de COLETA e TRANSPORTE

dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS;

e) realizar COLETA dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS em seus limites territoriais,

fazendo uso de equipamentos de COLETA em situação que atenda à legislação vigente;

f) destinar os RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS coletados aos locais indicados pelo ESTADO;

g) manter ou ampliar o atual atendimento da sua COLETA de RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS, buscando sempre atingir o patamar de 100% (cem por cento) da sua população;

h) realizar e valorizar as atividades de COLETA SELETIVA, observados, ainda, os

ESTÍMULOS e as metas estabelecidas no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO;

i) promover ações de mobilização, controle e fiscalização, necessárias ao bom funcionamento

da COLETA SELETIVA;

j) destinar os RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS provenientes da COLETA SELETIVA às

Organizações de Catadores de Materiais Recicláveis;

k) assegurar que o produto da COLETA SELETIVA não seja encaminhado para a

CONCESSIONÁRIA;

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Convênio 012/2009 – MMA 132

l) promover campanhas de EDUCAÇÃO AMBIENTAL para incentivar a importância de não

gerar, repensar, recusar, reduzir, reutilizar e reciclar RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS;

m) comunicar, fundamentada e formalmente à xxxxx, no prazo máximo de 72 (setenta e duas

horas), a ocorrência de qualquer desconformidade técnica e operacional, na prestação dos

serviços pelo ESTADO, por meio de Parceria Público-Privada, na modalidade Concessão

Administrativa;

n) identificar os passivos ambientais anteriores à entrada em operação da

CONCESSIONÁRIA, relacionados ao manejo dos RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

(incluindo áreas contaminadas), e adotar respectivas medidas saneadoras, bem como, se for

o caso, estabelecer e executar todos os procedimentos necessários ao encerramento das

áreas de disposição irregular de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS;

o) acompanhar a execução deste CONTRATO.

2. São direitos do MUNICÍPIO:

a) receber os serviços objeto deste CONTRATO em condições adequadas, de acordo com o

que se encontra estabelecido no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO;

b) celebrar instrumentos contratuais com terceiros para a prestação dos serviços não

abrangidos pelo presente instrumento, aos quais faz referência o Parágrafo Primeiro da

Cláusula Primeira, observada a legislação pertinente e garantido o cumprimento de todas as

normas inerentes à sua prestação, observado, ainda, no que couber, o que se encontra

estabelecido no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO;

c) receber, quando do preenchimento dos requisitos estabelecidos, o ESTÍMULO à COLETA

SELETIVA, de acordo com o que se encontra previsto no Termo de Referência, Anexo I deste

CONTRATO.

d) consultar, junto ao CONSÓRCIO, os registros dos custos e receitas dos serviços

prestados;

e) ter conhecimento sobre a adoção de providências cabíveis pelo CONSÓRCIO quando do

recebimento de reclamações pelos usuários em decorrência da prestação dos serviços;

f) acompanhar a aferição, pelo CONSÓRCIO, dos indicadores de desempenho dos serviços

prestados pela CONCESSIONÁRIA.

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Convênio 012/2009 – MMA 133

CLÁUSULA DÉCIMA TERCEIRA – DAS OBRIGAÇÕES E DIREITOS COMUNS ÀS

PARTES

O CONSÓRCIO e o MUNICÍPIO observarão o planejamento regional e municipal por eles

elaborados para a PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS DE

GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS, nos termos do

Convênio de Cooperação celebrado entre o MUNICÍPIO e o CONSÓRCIO, e em consonância

com o Plano Regional e com os Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos

Urbanos.

Parágrafo Único: Deverão, ainda, ser observadas as obrigações que se encontram

estabelecidas no Termo de Referência, Anexo I deste CONTRATO.

CLÁUSULA DÉCIMA QUARTA– DOS BENS

Os bens aplicados na prestação dos serviços prevista neste CONTRATO, a serem

executados pela CONCESSIONÁRIA, reverterão para o a CONSÓRCIO, que ao final deste

CONTRATO e do contrato de Parceria Público- Privada, na modalidade Concessão

Administrativa, a que se faz referência na Cláusula Décima, poderá deliberar sobre o repasse

dos mesmos para o MUNICÍPIO.

CLÁUSULA DÉCIMA QUINTA – DAS LICENÇAS AMBIENTAIS E PROTEÇÃO

AMBIENTAL

A obtenção das Licenças Ambientais ficará a cargo da CONCESSIONÁRIA, que deverá

submeter os projetos elaborados à aprovação pelo CONSÓRCIO antes de iniciar os

processos visando à obtenção de Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO)

junto aos órgãos ambientais competentes.

CLÁUSULA DÉCIMA SEXTA – DA FISCALIZAÇÃO

A fiscalização da prestação dos serviços objeto deste contrato será feita pela (sigla), nos

termos do Convênio de Cooperação xxxx firmado pelo xxxxxxx e o Município de XXXXXXX,

publicado no Diário Oficial xxxxx nos termos do convênio de cooperação técnica firmado entre

o MUNICÍPIO e (sigla).

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Convênio 012/2009 – MMA 134

Parágrafo Primeiro: A transferência da fiscalização para a entidade de regulação não exime

o MUNICÍPIO de também promover o acompanhamento da execução deste contrato, que

será exercida por servidor do MUNICÍPIO, devidamente designado para tanto.

Parágrafo Segundo: Ao servidor designado nos termos do Parágrafo Primeiro, competirá

velar pela perfeita exação do pactuado, em conformidade com o previsto neste instrumento.

Em caso de eventual irregularidade, inexecução ou desconformidade na execução do

contrato, o agente fiscalizador dará ciência à XXXXX, fazendo-o por escrito.

CLÁUSULA DÉCIMA SÉTIMA – DA AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO

METROPOLITANA DE xxxxxx

A organização, a regulação e a fiscalização dos serviços públicos municipais de

TRANSBORDO, TRATAMENTO e DISPOSIÇÃO FINAL de RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

ficarão a cargo xxxxxxxx, para a qual o MUNICÍPIO delegou as competências aqui previstas

por meio do competente instrumento de convênio de cooperação.

Parágrafo Primeiro: Será garantida (sigla) independência decisória, autonomia administrativa,

orçamentária e financeira, nos termos do art. 21 da Lei Federal nº 11.445/2007, devendo

atuar com transparência, tecnicidade, celeridade e objetividade nas suas decisões.

Parágrafo Segundo: A (sigla) será responsável por determinar procedimentos que garantam

a transparência da gestão econômica e financeira na prestação dos serviços, inclusive

através da publicação periódica das demonstrações financeiras relativas à gestão associada

dos serviços prestados.

Parágrafo Terceiro: O CONSÓRCIO poderá vir a instituir taxa de fiscalização a ser paga pela

CONCESSIONÁRIA, cuja arrecadação será destinada em favor da (sigla).

CLÁUSULA DÉCIMA OITAVA – DAS SANÇÕES E PENALIDADES ADMINISTRATIVAS

O descumprimento pelas partes de qualquer cláusula ou condição deste CONTRATO, bem

como de normas atinentes ao seu objeto, poderá ensejar, sem prejuízo do disposto nas

demais cláusulas, a aplicação das seguintes penalidades e sanções:

a) retenção, nos casos de inadimplência, de eventuais repasses de recursos de natureza

tributária do CONSÓRCIO para o MUNICÍPIO, com a possibilidade de seu condicionamento à

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Convênio 012/2009 – MMA 135

satisfação do crédito estatal, conforme estabelecido no art. 160, Parágrafo Único, inciso I, da

Constituição Federal, e nos termos esposados pelo Tribunal de Contas do Estado xxxxx na

CONSULTA Nº. xxxxx (Tribunal Pleno na Sessão do dia 18/03/09);

b) imediata paralisação das transferências voluntárias disciplinadas pelo art. 25 da Lei

Complementar nº 101/2000, realizadas pelo CONSÓRCIO em favor do MUNICÍPIO;

c) impedimento de realização de novos ajustes entre o MUNICÍPIO e o CONSÓRCIO;

d) advertência;

e) multa.

Parágrafo Primeiro: As sanções e penalidades administrativas serão aplicadas na forma do

regulamento específico a ser estabelecido pela (sigla).

Parágrafo Segundo: O CONSÓRCIO poderá aplicar de ofício as penalidades estabelecidas

nas alíneas “a”, “b” e “c”, assegurando-se, todavia, nos casos de não concordância do

MUNICÍPIO, o direito de submeter a questão à (sigla).

Parágrafo Terceiro: As sanções previstas nas alíneas “d” e “e” apenas serão aplicadas após

O encerramento do competente procedimento administrativo a ser tramitado no âmbito da

(sigla), assegurado o contraditório e a ampla defesa.

Parágrafo Quarto: As sanções previstas nas alíneas “d” e “e” desta Cláusula, respeitados os

limites previstos no Parágrafo Primeiro, serão aplicadas pela (sigla), segundo a gravidade da

infração. A decisão proferida deverá ser motivada e fundamentada, apontando-se os

elementos acatados ou não na defesa apresentada pela parte processada.

Parágrafo Quinto: O valor total das multas aplicadas a cada trimestre não poderá exceder a

20% (vinte por cento) do valor da Parcela Remuneratória Municipal (PRM) aferida, nos termos

da Cláusula Quinta deste CONTRATO, no trimestre imediatamente anterior à aplicação da

multa, devendo ser observados ainda, subsidiariamente, os parâmetros estabelecidos xxxxxx.

Parágrafo Sexto: Deverão ser observados, ainda, os parâmetros para aplicação das sanções

e penalidades administrativas estabelecidos no Termo de Referência, Anexo I deste

CONTRATO.

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Convênio 012/2009 – MMA 136

CLÁUSULA DÉCIMA NONA – DA EXTINÇÃO DO CONTRATO

A extinção do presente CONTRATO, obedecidos o artigo 11, Parágrafo Segundo, e o artigo

13, Parágrafo Sexto, da Lei Federal nº 11.107/2005, podendo ainda decorrer de consenso

entre as partes, ocorrerá por:

a) advento do termo contratual;

b) encampação;

c) caducidade;

d) rescisão;

e) anulação.

Parágrafo Primeiro: Considerada a competência metropolitana, no caso da prestação

regionalizada dos serviços objeto deste CONTRATO no âmbito da Região 17, a encampação

dos serviços, por motivo de interesse público, só poderá ser deflagrada mediante prévia

aprovação da Assembléia Metropolitana instaurada nos termos da Lei Complementar

Estadual nº xxxxxxx

Parágrafo Segundo: Após a aprovação da Assembléia, o MUNICÍPIO deverá, ainda, editar

autorização legislativa específica para tanto e pagar, previamente, as indenizações devidas, a

serem calculadas de acordo com o que se encontra estabelecido na Cláusula Vigésima

Primeira deste CONTRATO, nos termos do art. 37 da Lei Federal nº 8.987/1995.

Parágrafo Terceiro: Enquanto não for paga a indenização, o CONSÓRCIO continuará como

prestador dos serviços previstos neste CONTRATO.

Parágrafo Quarto: A inexecução total ou parcial de obrigação contratual relevante dará ensejo

ao procedimento de caducidade, mediante a formalização de processo próprio, assegurado o

direito ao contraditório e à ampla defesa, nos termos do art. 38 da Lei Federal nº 8.987/1995.

Parágrafo Quinto: O procedimento de caducidade será cabível quando imprescindível para

garantir a prestação adequada dos serviços públicos objeto deste contrato, mediante a

formalização de processo administrativo prévio, assegurada a ampla defesa e o contraditório,

com observância do seguinte:

a) o processo de caducidade não será instaurado até que tenha sido dado inteiro

conhecimento ao CONSÓRCIO, em detalhes, das infrações incorridas, bem como tempo

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Convênio 012/2009 – MMA 137

suficiente para providenciar as correções de acordo com os termos de processo de

fiscalização da (sigla);

b) o processo administrativo de declaração de caducidade será instaurado pela (sigla), a

quem competirá sua instrução e emissão de parecer final;

c) caso o parecer final da xxx opine no sentido de improcedência da declaração de

caducidade, o processo administrativo será arquivado;

d) caso o parecer final da xxxxxx opine no sentido da procedência da declaração de

caducidade, o processo administrativo será encaminhado à Assembléia para deliberar a

respeito;

e) no caso de caducidade será devida indenização, a ser calculada de acordo com o que se

encontra estabelecido na Cláusula Vigésima deste CONTRATO, nos termos do art. 38 da Lei

Federal nº 8.987/1995.

CLÁUSULA VIGÉSIMA – DA INDENIZAÇÃO

A encampação e a caducidade, referidas na Cláusula Vigésima, somente serão possíveis

após prévio pagamento de indenização, a ser fixada no caso concreto, a partir de avaliação

por técnicos da xxxxx, considerando-se os investimentos realizados com o objetivo de garantir

a continuidade e atualidade do serviço concedido, levando-se em conta, ainda, a perda da

economia de escala, em procedimento administrativo a ser tramitado no âmbito da (sigla), no

qual deverá ser assegurado o direito ao contraditório e à ampla defesa.

CLÁUSULA VIGÉSIMA PRIMEIRA– DA INTERVENÇÃO

Sem prejuízo das penalidades cabíveis e das responsabilidades incidentes, a(sigla), poderá

intervir, sempre e quando a ação ou a omissão do CONSÓRCIO, por meio de Parceria

Público-Privada, na modalidade Concessão Administrativa, ameaçar a regularidade e a

qualidade da prestação dos serviços objeto deste CONTRATO, com o fim de assegurar a

continuidade da prestação dos serviços e o fiel cumprimento das normas contratuais,

regulamentares e legais pertinentes.

Parágrafo Primeiro: A intervenção será determinada por ato próprio e específico da ARMBH,

que determinará seu prazo, seus objetivos e limites, devendo ser instaurado, no prazo

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Convênio 012/2009 – MMA 138

máximo de 30 (trinta) dias, contados do ato de intervenção, o correspondente procedimento

administrativo para apurar as causas determinantes da medida e as responsabilidades

incidentes, assegurando-se o direito à ampla defesa e ao contraditório.

Parágrafo Segundo: Se o procedimento administrativo não for concluído no prazo máximo de

180 (cento e oitenta) dias, será declarada

inválida a intervenção, devolvendo-se ao CONSÓRCIO, por meio de Parceria Público-

Privada, na modalidade Concessão Administrativa, a total administração dos serviços, sem

prejuízo de seu direito à indenização.

CLÁUSULA VIGÉSIMA SEGUNDA – DA PUBLICAÇÃO

No prazo de 20 (vinte) dias, contados da data da assinatura do presente CONTRATO, deverá

ser providenciada a publicação do extrato deste instrumento.

Parágrafo Único: A publicação deste instrumento ficará a cargo da Prefeitura Municipal de

xxxx, no âmbito local, e a cargo da xxxx do CONSÓRCIO, observadas as disposições legais

vigentes.

CLÁUSULA VIGÉSIMA TERCEIRA – DAS ALTERAÇÕES

As alterações que às partes convier introduzir nas cláusulas deste CONTRATO serão objeto

de termo de aditamento, desde que não impliquem alteração de seu objeto.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUARTA – DO FORO

Os CONTRATANTES elegem, com exclusão de qualquer outro, o foro da Comarca de xxxx,

para nele serem resolvidas todas as questões judiciais derivadas deste CONTRATO.

CLÁUSULA VIGÉSIMA QUINTA – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

É condição de validade do presente CONTRATO a celebração, pelo CONSÓRCIO, do

contrato de Parceria Público-Privada, sob a modalidade CONCESSÃO ADMINISTRATIVA

para a GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS dos Municípios

convenentes da REGIÃO 17.

Page 140: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 139

Parágrafo Único: O CONTRATO continuará vigente, pelo prazo e condições nele estipulados,

mesmo quando extinto o CONVÊNIO DE COOPERAÇÃO que autorizou a gestão associada

de serviços públicos, conforme estabelecido no art.13, §4º, da Lei Federal nº 11.107/2005.

Integra o presente instrumento o seguinte documento:

Anexo I – Termo de Referência;

Anexo II – Justificativa de Preço.

E, por estarem de acordo, as partes assinam o presente CONTRATO em três vias, de igual

teor e forma, na presença das testemunhas abaixo assinadas.

Local e data

NOME DO PREFEITO

Prefeito do Município deXXXX

Presidente do CONSÓRCIO PÚBLICO XXXXXX

Testemunhas:

__________________________ ____________________________

Nome: Nome:

CPF: CPF:

Page 141: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 140

PEGIRSU – PR Plano de Gestão Integrada e Associada de

Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná

Junho de 2013

Convênio 718498/2009 Ministério do Meio Ambiente Convênio com o Ministério do Meio Ambiente sob o número 718498/2009 – Proposta 75539/2009 Processo 02000.002273/2009-61

Objetivo do Convênio refere-se à Regionalização da Gestão Integrada de

Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná e elaboração do Plano de

Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos.

REFERÊNCIA:

Portaria Interministerial 127, de 29 de maio de 2008, vigente na data da

assinatura do convênio 718498/09. A mesma regula os convênios, os

contratos de repasse, e os termos de cooperação celebrados pelos órgãos e

entidades da administração pública federal com órgãos ou entidades

públicas ou privadas sem fins lucrativos para execução de programas,

projetos e atividades de interesse recíproco, que envolvem a transferência

de recursos financeiros oriundos do orçamento Fiscal e da Seguridade

Social da União.

SEMA

SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS HÍDRICOS

R. Desembargador Motta, 3384 – Mercês – CEP 80430-200 – Curitiba – PR

Fone: (41) 3304-7712 – Coordenadoria de Resíduos Sólidos – CRES

www.meioambiente.pr.gov.br

Page 142: 3 1 1 Documentos Tecnicos Juridicos

Convênio 012/2009 – MMA 141

Convênio SICONV 718498/2009 – MMA

Prestação de Serviços para a Elaboração de Plano de Regionalização da

Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná e

Elaboração do Plano para a Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos

Urbanos.

LICITAÇÃO 01/2011 – Empresa Engebio Engenharia e Meio Ambiente S/S Ltda.

ENTIDADE GOVERNAMENTAL CONCORRÊNCIA

EQUIPE TÉCNICA

Dr. Eng.o Químico Mario Saffer – Coordenador

Eng.o Químico Guilherme Augusto Araújo Duarte

Bióloga Melissa Kaori Izawa

Téc. Ambiental e acad. de Ciências Sociais Eduardo Bayon Britz

Eng.o Civil e Sanitarista Nicolau Obladen

Eng.o Ambiental Luiz Guilherme Grein Vieira

Eng.o Ambiental Mariana Schaedler

Analista de Sistemas Luciana Vargas Rocha

Advogada Ms. Tirzáh Rodrigues

EQUIPE DE APOIO

Acad. Eng. Ambiental Henrique dos Santos Delabary

Acad. Eng. Ambiental Leonardo Quintela

Acad. Eng. Química Paula Aldrovandi

Geógrafo Ernesto Getúlio Michielin Vieira