2ºmodelo-projeto
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Tema: “Pela nossa vontade”: estratégias de negociação e convivência em terras
Guajajara (1840 - 1870).
Renata Carvalho Silva.
1. INTRODUÇÃO
O projeto de pesquisa aqui apresentado, têm por finalidade discutir as relações
de poder estabelecidas entre um determinado grupo indígena e os órgãos estatais a que
estes estariam subordinados, em meados do século XIX, a partir da análise das
estratégias de negociação e resistência étnica e cultural, quer sejam elas diretas ou
indiretas, encontradas em diversas fontes documentais no período acima assinalado.
Trata-se aqui especificamente, dos grupos indígenas da etnia Guajajara situados às
margens do Rio Pindaré (leste maranhense), nas extintas colônias de São Pedro do
Pindaré e Januária, tanto a partir do levantamento feito em documentos referentes às
raras, porém existentes falas de indivíduos pertencentes ao referido grupo, inseridas
estas no conjunto documental das Diretorias Parcias a que estas se referem, bem como
das Diretorias Gerais de Índios a que se encontravam subordinadas, existentes no
Arquivo Público do Estado do Maranhão, bem como das já conhecidas Falas e
Relatórios de Presidentes de Província da época.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
A percepção cada vez mais forte entre alguns historiadores do grande equívoco
que vem se reproduzindo, ao longo dos anos, com relação ao lugar reservado ao
elemento nativo na construção e permanente reconstrução das histórias nacionais e
regionais, me fez atentar para a necessidade de se introduzir um debate acerca da
construção de uma história dos povos indígenas, não pautada exclusivamente a partir
dos discursos produzidos pelo colonizador acerca dos mesmos.
Durante um longo espaço de tempo a historiografia tradicional tratou os
processos históricos enquanto um encadeamento linear e progressivamente ascendente
dos acontecimentos, onde as abordagens política e econômica, corporificadas no
destaque dado aos seus personagens-símbolos, ocuparam o centro da construção desse
mesmo conhecimento (Cardoso, 1997, p. 03-09)
Contudo, a percepção do caráter restrito e limitado dessa forma de
compreensão dos referidos processos, foi o que determinou um alargamento no início
do século XX, por alguns historiadores franceses como Marc Bloch e Lucien Le Febvre,
nos horizontes de possibilidades da construção historiográfica, admitindo para isso, a
necessidade do auxílio de outras ciências humanas, tais como a sociologia, a estatística,
a geografia, a antropologia, entre outras (Vainfas, 1997, p.130-131).
Essa reviravolta no método de elaboração do conhecimento histórico ficou, a
partir de então, conhecido como Nova História ou História dos Annalles. Nova
perspectiva que abriu caminho para outros personagens, que até então se encontravam à
margem dos grandes eventos, a partir da admissão da importância dos constructos
sócio-culturais das sociedades analisadas, para uma maior compreensão desses mesmos
processos.
Durante todo o século XIX, e durante uma considerável parte do século XX,
muitos foram os intelectuais que baseados na “tradicional teoria da evolução das
culturas” (Ferreira Neto, 1997, p. 319), buscaram a superação do barbarismo atribuído a
todos aqueles grupos nativos de que se tinha conhecimento, em nome de uma
“civilidade humanizadora”, que supostamente nos colocaria em pé de igualdade com as
nações mais desenvolvidas do Velho Mundo, e de quebra resolveria o problema da
inserção dos mesmos no projeto de elaboração da grande nação brasileira.
Foi somente a partir de um questionamento do conceito de que esses
indivíduos ditos “selvagens” apenas nos reportavam a um estágio anterior do
desenvolvimento humano é que se deu início um processo de revisão nos estudos que
incluíam comunidades com parâmetros culturais divergentes, na construção do
conhecimento histórico-sociológico. Tal questionamento remetia a uma percepção das
variantes ao modelo de sociabilidade ocidental, inicialmente com trabalhos de cunho
antropológico como os de autores como Evans-Pritchard, que partindo de uma
convivência direta com comunidades tribais africanas, revelou a “complexidade
extraordinária dos povos ‘selvagens’ e seus elaborados processos de abstração, nem
sempre abarcáveis pela razão ocidental” (Ferreira Neto, 1997, p. 321).
Contudo, toda essa reelaboração conceitual do que é e do como ou o que se
deve ocupar o conhecimento histórico, está inevitavelmente ligado a uma tradição da
escrita que, apesar de todos os avanços e perspectivas, permanece atado ao rigorismo
analítico exigido pelo método cientificista e, acima de tudo, vivendo sob a égide
documental, ou seja, “a imensa transformação que se operou no campo da história a
partir da França, e que se difundiu para outros países, tampouco questionou a
valorização das fontes escritas, ao contrário reafirmou-a” (Ferreira, 2002, p. 319).
Contudo, o que proponho aqui não é a total anulação do uso das fontes
documentais ou o questionamento quanto a sua eficiência, mas sim o entendimento de
que a exclusividade da sua utilização não se faz suficiente para o estudo de povos e
grupos que não dependeram, necessariamente, da escrita para a manutenção de suas
heranças culturais. A análise dos não ditos das documentações oficiais conjuntamente
aos poucos, porém ricos relatos de autoria dos próprios indivíduos pertencentes ao
referido grupo étnico trabalhado serão de extrema importância para o trabalho aqui
proposto.
Desde o início da colonização lusa, a legislação concernente às populações
indígenas, oscilou entre as necessidades de mão-de-obra, defesa de fronteiras e
usurpação de suas terras:
“[...] para resolver todos esses problemas, a Metrópole Lusa se voltou para o índio. Retirá-lo de sua condição original e transformá-lo em associado português fora entendido como a solução do problema da definição das fronteiras, pois, como vassalo, o índio tornaria efetivo o direito português às terras que ocupava. Assim, em seis de junho de 1755, o rei de Portugal assinou a lei que concedia a liberdade aos índios e os tornavam vassalos de Portugal” (Coelho, 2006, p.119).
“Transformá-lo como associado português”, como diz Mauro Cezar Coelho,
predispunha, como já ressaltamos, catequizá-lo e civilizá-lo, o que mais uma vez levava
a um redirecionamento das diretrizes voltadas à política indigenista1·. Esse
redirecionamento, que a partir da Lei de 27 de outubro de 1831 “estabelecia a abolição
formal do cativeiro indígena” (Coelho, 2006, p.130), se desdobraria nos Avisos e Leis
concernentes à direção e tutoramento desses grupos recém-desterrados, especificamente
as Leis n.285 de 21 de junho de 1843 e n.317 de 21 de outubro de mesmo ano,
referentes, respectivamente, à regularização do Governo sobre a catequese dos índios e
a vinda de missionários capuchinhos encarregados de desenvolvê-lo.
1 Sobre as várias etapas da política voltada ao indígena no Brasil ver: Gileno, Carlos Henrique. A Legislação Indígena: ambigüidades na formação do estado-Nação no Brasil e Ribeiro, Berta G. O Índio na História do Brasil, no Maranhão: Coelho, Elisabeth Maria Beserra. A Política Indigenista no Maranhão Provincial.
Esses missionários estabelecem o então chamado: Plano das Missões, que em
24 de julho de 1845, com o Decreto n.426, se concretizaria através do Regimento das
Missões, documento em que se estabeleciam todas as medidas que se deveriam tomar
relativamente à civilização desses indígenas, principalmente à criação das Diretorias de
Índios e os deveres de seus respectivos diretores. Assim, criam-se as Diretorias Gerais,
responsáveis pela administração das diversas Colônias e Diretorias Parciais das várias
regiões. No Maranhão, ainda segundo Coelho, a partir da segunda metade do XIX, são
criadas 26 diretorias parciais e 7 colônias ou missões indígenas (Coelho, 1990, p. 86-
141).
O presente projeto pretende abordar especificamente duas dessas Colônias e
Diretorias parciais, a de São Pedro do Pindaré, criada em 1840, na margem direita do rio
Pindaré, 6 léguas2 acima da Freguesia de Monção e a da Januária, criada em 11 de abril
de 1854, no lugar onde o rio Caru se lança no Pindaré, ambas constituídas de índios
Guajajaras (Marques, 1970, p.206), sendo esta última hoje conhecida como aldeia
Januária.
Portanto, com base na análise das fontes documentais dessas duas Diretorias
Parciais, pretende-se debater as tradicionais referências à cordial submissão do indígena,
em especial aqueles pertencentes à etnia Guajajara, ao modelo de organização formal
estabelecido pelo estado através das Colônias e Diretorias de Índios, bem como um
pretenso conceito de acomodação desse mesmo elemento nativo. Busca-se igualmente
entender os processos que levaram à falência dessas colônias interrogando afirmativas
que apontam para a ineficiência de seus administradores ou à uma dita incompetência
de seus aldeados. Buscar-se-á para isso uma via interpretativa que contemple a ação
direta desses indivíduos na construção de sua própria trajetória, inclusive de maneira a -
através da incorporação daquilo que poderia ser aproveitado do sistema em que se viam
inseridos e de estratégias de aparente submissão - negociarem a própria existência e
conseqüente sobrevivência do grupo.
2 Os portugueses adotaram para o seu sistema de medidas do século 16, a légua de sesmaria que tem um comprimento de 3.000 braças e equivale a aproximadamente 6.600 metros. A légua de sesmaria foi adotada no Brasil até o ano de 1968 quando o decreto nº 63.233 definiu o "sistema métrico internacional decimal" como o único padrão de medida a ser utilizado e respeitado no país. CASILLAS, A. L. Maquinas: formulário tecnico 3. ed. Sao Paulo, Mestre Jou, 1981.
3. JUSTIFICATIVA
O projeto de pesquisa em questão se justifica ao tentar suscitar um debate em
torno da construção de uma história dos povos indígenas do Maranhão, haja a vista a
pouca literatura existente a esse respeito - ver Elizabeth Maria Beserra Coelho: A
Política Indigenista no Maranhão Provincial - baseando-se não só em uma
documentação produzida pelo elemento colonizador, mas também a partir do
conhecimento do que é, hoje, reconhecido enquanto história do grupo, ou grupos,
Guajajara.
Mas especificamente no caso da análise aqui proposta, a saber das
comunidades Guajajara do Alto Pindaré (São Pedro do Pindaré e Januária), busca-se
compreender como se deu os processos de mediação e conflito entre o elemento nativo e
o colono responsável pela sua “civilização”, bem como o de buscar uma outra
interpretação para o conceito de submissão e cordialidade atribuída ao nativo Guajajara,
pretendendo-se com isso, compreender as bases de estruturação da sua identidade, a
partir dos processos de embate e negociação.
Partindo dessa ação de repensar um tradicional conceito de que os grupos
indígenas seriam apenas receptores passivos num processo de dominação física e
simbólica, inseridos num contexto de conquista e colonização, estudar as comunidades
Guajajara do Alto Pindaré, é corroborar com outras abordagens já realizadas e que
identificam o indígena enquanto sujeito/ator da sua própria permanência étnica, além de
questionar outros conceitos como o de vitimização, subjugamento e aniquilamento dos
mesmos, tão ainda em voga nas bibliografias sobre História do Brasil, que tendem a
projetar seu possível desaparecimento por conta de uma total inserção na cultura não-
indígena (Silva, 2005, p. 03)
Por tudo isso, acreditamos contribuir sobremaneira com esse trabalho, para
uma maior popularização do conhecimento das diferentes culturas e sociedades
indígenas, no intuito de diminuir assim as barreiras e discriminações que ainda nos dias
de hoje, se erguem com relação ao respeito às comunidades nativas, compreendendo
assim a grande importância em se refletir e perceber a multipolaridade de processos
existentes na construção do espaço regional, que não se realizam unilateralmente,
tomando por base, apenas, os discursos do dominante.
4. REFERENCIAL TEÓRICO / ESTUDO DAS FONTES
O referencial teórico norteador da referida pesquisa é o da História Cultural, na
medida em que esta compreende a análise das produções e apreensões dos códigos,
práticas e determinantes simbólicas e materiais das sociedades historicamente
localizadas, abarcando, assim como a noção de cultura, as mais diversas vertentes e
campos de estudo: das representações sociológicas às culturas populares. Com isso,
permite-se a entrada – a partir das últimas décadas do século XX – de temas e atores
sociais até então ignorados pelo misancene das grandes produções historiográficas, uma
vez que passa a ficar claro que apenas podesse entender os mecanismos de ação e
retração históricos das sociedades, se estes forem estudados dentro das suas respectivas
esferas e estruturas sócio-simbólicas. (Barros, ?, p. 55-61).
Logo, ainda seguindo o referencial de uma História Cultural parte-se, mais
especificamente, do campo de pesquisa da Etno-História e da metodologia da História
Oral para uma mais aprofundada abordagem do tema em questão.
A Etno-História, sendo um campo e um método de pesquisa que combina práticas
da História, da Antropologia e da Arqueologia, é a que melhor abarca a análise de
sociedades que não se utilizam da escrita como mecanismo de aassimilação da
realidade, atuando através da prática etnográfica, no sentido de lhes apreender suas
dimensões culturais e tradição oral.
A Etno-História se aplica então, como método de apreensão e “reconstrução das
sociedades pré-letradas, antes e depois do contato com o europeu, utilizando fontes
escritas, orais e arqueológicas, além dos conceitos e critérios da antropologia cultural e
social” (Cohn, ?, p.01).
Partindo da premissa de que tais comunidades prescindam da escrita e da
produção sistemática de fontes documentais, outro método a ser utilizado aqui é o da
História Oral, uma vez que as mesmas reúnem suas memórias de grupo, numa rica e
vasta tradição oral, que convincentemente já se mostrou passível de ser “apreendida,
registrada, confrontada, verificada e usada para fins históricos” (Abraham: 1961;
Vansina: 1961; M. G. Smith: 1961 apud Cohn, ?, p.06).
Dessa forma, muito mais que mero mecanismo de preenchimento das lacunas
deixadas pelos documentos escritos, a utilização dos métodos de entrevista e colhimento
das histórias de vidas particulares e dos grupos, nos permite entrar em contato com o
universo simbólico desses indivíduos, e a partir disso, compreender seus processos de
construção de identidades e transformações sociais (Ferreira: 2002; Ferreira Neto:
1997).
Com relação às fontes documentais a serem utilizadas durante a pesquisa,
pretendemos analisar documentos manuscritos encontrados especialmente no Arquivo
Público do Estado do Maranhão, e que dizem respeito aos ofícios produzidos pelos
Diretores Parciais das já mencionadas Colônias Indígenas do Alto Pindaré - a saber, São
Pedro do Pindaré e Januária -, assim como dos Diretores Gerais dos Índios do
Maranhão, empossados e em vigor durante os anos de permanência das ditas Diretorias
Parciais (1840-1870).
Esses documentos fazem referência às mais variadas estratégias de convivência,
negociação e enfrentamento direto em relação aos poderes direcionais a que esses
grupos estavam sujeitos, bem como uma clara demonstração do caráter maleável e por
vezes influentes dos grupos indígenas para com seus respectivos diretores, em vários
momentos corporificado na figura de seus Principais (Chefias Indígenas) 3.
Os documentos necessários à concretização da pesquisa já foram localizados,
e na análise preliminar que realizada, percebeu-se que fornecem as informações
necessárias à identificação das práticas indígenas de negação das imposições provinciais
enquanto práticas de resistência à dominação sócio-cultural a eles impostas.
Além dos documentos manuscritos, pretende-se utilizar uma vasta literatura
de outros autores que se encarregaram de tratar da questão indígena durante todo o XIX,
como João Francisco Lisboa, Antônio Gonçalves Dias, César Augusto Marques, Adolfo
Varnhagen, entre outros que, principalmente, se ocuparam em apresentar um estereótipo
3 Para conhecer um pouco mais sobre as Chefias Indígenas, ver: Coelho, Mauro Cezar. O Diretório dos Índios e as Chefias Indígenas: Uma inflexão. Campos - Revista de Antropologia Social, v. 7, n. 1 (2006).
do aspecto bravio desses grupos e de suas práticas, que justificariam ações igualmente
violentas, porém embasadas em vias legais.
Enfocaremos igualmente idéias de dominação simbólica e fronteiras
encontradas em trabalhos como os do sociólogo francês Pierre Bourdieu e Homi K.
Bhabha, análise de aspectos relacionados aos processos históricos de resistência e
negociação entre o elemento nativo e colonos, como João Rênor, Mauro Cezar Coelho,
Edson Silva, alem de outros que a partir de uma revisão dos documentos e falas dos
povos indígenas remanescentes, contribuem sobremaneira para a construção e inserção
da História Indígena e do Indigenismo no seleto rol das historiografias nacionais.
5. OBJETIVOS
Gerais: Compreender as articulações de negociação e conflito das
comunidades indígenas Guajajaras do Alto Pindaré, durante a permanência das
Diretorias Indígenas e, posteriormente, o processo emergente na fronteira da
convivência entre essas comunidades remanescentes e as vizinhanças não-índias.
Específicos:
Analisar documentos que relatam os processos de sublevação e ataques a
povoamentos de colonos, enquanto formas de resistência física à política dos Diretórios;
Identificar outras formas de resistência simbólica, praticadas a partir do
escamoteamento de uma inserção ao projeto civilizatório;
Abordar aspectos de negociação de interesses praticados entre os grupos em
questão (colonos/nativos);
Compreender de que forma essas ações ainda permanecem nas tradições orais
desses grupos, e em que medida definem práticas e percepções de suas vivências atuais.
6. CRONOGRAMA
Etapas da Pesquisa 2012 2013
ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR
Levantamento X X
Bibliográfico
Estudo Teórico X X X X
Levantamento da
Documentação X X
Transcrição da
Documentação X X X X X X X
Leitura e Análise
Documental X X X X X
Elaboração de Relatórios X X
Apresentação (parcial) X
da Pesquisa
Redação Preliminar X X X X X
de Textos
Apresentação e Divulgação X
dos Resultados Finais da
Pesquisa
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