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SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B 1749-099 LISBOA DIRECTORA: PAULA LEVY B O L E T I M CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA MUNICIPAL RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO SUMÁRIO 15 QUINTA-FEIRA MARÇO 2007 ANO XIV N. o 682 3,25 2.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 682 ASSEMBLEIA MUNICIPAL Deliberações (Reunião da Assembleia Municipal de Lisboa de 6 de Março de 2007): - Deliberação n.º 1/AM/2007 (Proposta n.º 576/ /2006) - Aprovar a autorização para escolha do Concurso Público Internacional destinado à contra- tação da aquisição da prestação de serviços de limpeza necessários aos vários Serviços Municipais e repartição de encargos, bem como aprovar o Programa de Concurso e Caderno de Encargos e a designação do Júri do Concurso e delegar no mesmo a realização da audiência prévia, nos termos da proposta [pág. 492 (18)]. - Deliberação n.º 2/AM/2007 (Proposta n.º 577/ /2006) - Aprovar a nova alteração do ponto 4 da Deliberação n.º 83/AM/2005 (Proposta n.º 354/CM/ /2005), nos termos da proposta [ pág. 492 (19) ]. - Deliberação n.º 3/AM/2007 (Proposta n.º 2/ /2007) - Aprovar a fixação da data para o início do pagamento à Sociedade Parque Expo 98, S. A., de juros sobre a importância em dívida, conforme Proposta n.º 20/2005, nos termos da proposta [pág. 492 (20)]. - Deliberação n.º 4/AM/2007 (Proposta n.º 3/ /2007) - Aprovar a desafectação do domínio público para o domínio privado municipal da parcela de terreno, sita no Alto do Lumiar - Área Edificável 14, designado por Azinhaga de Santa Susana (Processo privativo n.º 58/DPI/06), nos termos da proposta [pág. 492 (20)]. - Deliberação n.º 5/AM/2007 (Proposta n.º 6/ /2007) - Aprovar a suspensão dos Capítulos III e IV do Regulamento Municipal de Cargas e Descargas e das Bolsas de Estacionamento para Comerciantes, aprovado pela Deliberação n.º 85/ /AM/2004, nos termos da proposta [pág. 492 (21)]. - Deliberação n.º 6/AM/2007 (Proposta n.º 7/ /2007) - Aprovar o Plano Estratégico para a Juventude 2007/2009, nos termos da proposta [pág. 492 (22)]. - Deliberação n.º 7/AM/2007 (Proposta n.º 37/ /2007) - Aprovar a minuta do Protocolo de Cooperação entre o Município de Lisboa e as Sociedades de Reabilitação Urbana (Lisboa Ocidental, SRU, Baixa Pombalina, SRU e Lisboa Oriental, SRU), nos termos da proposta [pág. 492 (53)].

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SEDE: CAMPO GRANDE, 25, 1.º-B1749-099 LISBOA

DIRECTORA: PAULA LEVY

B O L E T I M

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AMUNICIPAL

RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO

SUMÁRIO

15 Q U I N T A - F E I R AM A R Ç O 2 0 0 7

ANO XIVN.o 682

3,25

2.º SUPLEMENTO AO BOLETIM MUNICIPAL N.º 682

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Deliberações (Reunião da Assembleia Municipalde Lisboa de 6 de Março de 2007):

- Deliberação n.º 1/AM/2007 (Proposta n.º 576//2006) - Aprovar a autorização para escolha doConcurso Público Internacional destinado à contra-tação da aquisição da prestação de serviços delimpeza necessários aos vários Serviços Municipaise repartição de encargos, bem como aprovar oPrograma de Concurso e Caderno de Encargos ea designação do Júri do Concurso e delegar nomesmo a realização da audiência prévia, nostermos da proposta [pág. 492 (18)].- Deliberação n.º 2/AM/2007 (Proposta n.º 577//2006) - Aprovar a nova alteração do ponto 4 daDeliberação n.º 83/AM/2005 (Proposta n.º 354/CM//2005), nos termos da proposta [pág. 492 (19)].- Deliberação n.º 3/AM/2007 (Proposta n.º 2//2007) - Aprovar a fixação da data para o iníciodo pagamento à Sociedade Parque Expo 98,S. A., de juros sobre a importância em dívida,conforme Proposta n.º 20/2005, nos termos daproposta [pág. 492 (20)].

- Deliberação n.º 4/AM/2007 (Proposta n.º 3//2007) - Aprovar a desafectação do domíniopúblico para o domínio privado municipal daparcela de terreno, sita no Alto do Lumiar - ÁreaEdificável 14, designado por Azinhaga de SantaSusana (Processo privativo n.º 58/DPI/06), nostermos da proposta [pág. 492 (20)].- Deliberação n.º 5/AM/2007 (Proposta n.º 6//2007) - Aprovar a suspensão dos Capítulos IIIe IV do Regulamento Municipal de Cargas eDescargas e das Bolsas de Estacionamento paraComerciantes, aprovado pela Deliberação n.º 85//AM/2004, nos termos da proposta [pág. 492(21)].- Deliberação n.º 6/AM/2007 (Proposta n.º 7//2007) - Aprovar o Plano Estratégico para aJuventude 2007/2009, nos termos da proposta[pág. 492 (22)].- Deliberação n.º 7/AM/2007 (Proposta n.º 37//2007) - Aprovar a minuta do Protocolo deCooperação entre o Município de Lisboa e asSociedades de Reabilitação Urbana (LisboaOcidental, SRU, Baixa Pombalina, SRUe Lisboa Oriental, SRU), nos termosda proposta [pág. 492 (53)].

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MARÇO 2007

RESOLUÇÕES DOS ÓRGÃOS DO MUNICÍPIO

- Deliberação n.º 8/AM/2007 (Proposta n.º 42//2007) - Aprovar a desafectação ao domíniopúblico municipal das parcelas de terrenodesignadas pelas letras A a N, nos termosda proposta [pág. 492 (58)].- Deliberação n.º 9/AM/2007 (Proposta n.º 43//2007) - Aprovar as alterações de âmbito formalaos estatutos da Empresa Municipal LXDesporto decorrentes da entrada em vigor

da Lei de Sector Empresarial Local, nos termosda proposta [pág. 492 (60)].- Deliberação n.º 10/AM/2007 (Proposta n.º 68//2007) - Aprovar a alteração ao n.º 1 do artigo 19.ºdos Estatutos da Empresa Municipal de Desporto«LX Desporto, EEM», que se traduz em novacalendarização do Capital Estatutário, nos termosda proposta [pág. 492 (70)].

dois períodos de igual duração, podendo, assim, a contra-tação abranger o período de 1 de Julho de 2007a 30 de Junho de 2010;

VIII - Os princípios e normas plasmados no Decreto--Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, deverão nortear a contra-tação pública;

IX - É aplicável o Concurso Público Internacional quandoo valor do contrato seja igual ou superior a 125 mil euros,nos termos do disposto no artigo 80.º, n.º 1 e se encontreabrangido pelo disposto no artigo 191.º, ambos do Decreto--Lei n.º 197/99, de 8 de Junho;

X - O Concurso sub judicie terá por objecto a prestaçãode serviços de limpeza nos edifícios e instalações definidosnos oito lotes descritos no Anexo I e nos termos constantesdos respectivos planos de limpezas no Anexo II, ambos anexadosao Programa de Concurso vertente (em suporte informático).

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere:

1 - Submeter à Assembleia Municipal para autorização, nostermos dos artigos 18.º, n.º 1, alínea b) e 22.º do Decreto--Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, conjugado com oartigo 11.º, n.os 4.1 e 4.2 do Regulamento do Orçamentoem vigor, o seguinte:

a) A escolha do Concurso Público Internacional comoprocedimento destinado à contratação da aquisição daprestação de serviços de limpeza necessários aos váriosServiços Municipais, com fundamento no disposto nosartigos 80.º, n.º 1 e 191.º, ambos do Decreto-Lei n.º 197//99, de 8 de Junho;

b) A repartição do encargo total com a aquisição, que seestima, para 2007 a 2010, em 10 527 000 euros (IVAincluído) e se irá enquadrar na Classificação Orça-mental 02.00/02.02.02, nos seguintes moldes:

Nota: Os valores dos anos 2007 e 2010 correspondemapenas a 6 meses.

ASSEMBLEIA MUNICIPAL

Deliberações

Sessão de 6 de Março de 2007

- Deliberação n.º 1/AM/2007 (Deliberação n.º 576/CM//2006):

Considerando que:

I - A Câmara Municipal de Lisboa, por unanimidade,deliberou adjudicar à Deloitte & Touche Quality Firm -Serviços Profissionais de Auditoria e Consultoria, S. A.,a prestação de serviços para o desenvolvimento e imple-mentação do modelo de gestão centralizada de aprovisi-onamento de bens móveis e serviços;

II - O modelo de gestão centralizada de aprovisionamento debens móveis e serviços do Município de Lisboa, está emfase de implementação, mais concretamente na primeiravaga do projecto, incluindo, assim, a contratação daprestação de serviços de limpeza dos diversos edifícios ondeestão instalados serviços e equipamentos municipais;

III - A centralização do processo de aprovisionamento revelaum crucial potencial para criar eficiências financeirase administrativas;

IV - É essencial para o projecto em curso assegurara aquisição centralizada da prestação de serviços delimpeza necessários ao funcionamento dos diversos ServiçosMunicipais;

V - A estratégia de compras para o tipo de serviços em causaresultou do trabalho desenvolvido no âmbito do referidoprojecto, consubstanciada no «Sumário da Estratégia deSourcing para Vigilância e Segurança e Limpeza de Edifícios»,na parte meramente respeitante aos serviços de limpeza,e ora anexo à presente proposta;

VI - O valor anual estimado para a contratação da prestaçãode serviços necessária importa no montante de cerca de2 900 000 euros, montante ao qual acresce IVA à taxa legalem vigor;

VII - É proposto um prazo de duração da prestaçãode serviços anual, com início previsto para 1 de Julho de2007, prazo aquele que poderá ser prorrogado por mais

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MARÇO 2007

2 - Aprovar o Programa de Concurso e Caderno de Encargos,constantes em anexo à presente Proposta, como peçasdo procedimento concursal;

3 - Designar, nos termos estipulados artigo 90.º do Decreto--Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, o Júri do Concurso,a quem competirá a condução de todas as operaçõesdo Concurso, com a seguinte constituição:

- Membros Efectivos:

- Presidente: José Avelino de Afonseca;- 1.º Vogal: Fátima Maria Fernandes Barreto;- 2.º Vogal: Dina Maria Fonseca.

- Membros Suplentes:

- 1.º Vogal: Armando Pereira da Silva;- 2.º Vogal: Tatiana Duarte Santos Silva.

O 1.º Vogal Efectivo substituirá o Presidente nas suas faltase impedimentos.

O Júri poderá, para o efeito, solicitar apoio técnico à Equipade Projecto «Gestão centralizada de aprovisionamentos debens e serviços», ao abrigo do disposto no artigo 92.º,n.º 1 do Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho.

4 - Delegar, nos termos e para efeitos do artigo 108.ºdo Decreto-Lei n.º 197/99, de 8 de Junho, no Júri doConcurso, acima designado, competência para a realizaçãoda audiência prévia dos concorrentes se tal for necessário.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS,PCP e CDS/PP), votos contra (PEV) e abstenções (Blocode Esquerda).]

Nota: Os documentos anexos encontram-se arquivadosna Divisão de Apoio à Câmara Municipal - DACM.

- Deliberação n.º 2/AM/2007 (Deliberação n.º 577/CM//2006):

Considerando que:

- A evolução do sistema de estacionamento de duraçãolimitada tem-se traduzido em avultados investimentos navia pública em resposta às necessidades da cidade, dosresidentes e dos utentes que, nos anos recentes e frutodo vandalismo, tem conduzido a EMEL a resultadosoperacionais negativos;

- Pela Deliberação n.º 73/AM/94 (Deliberação n.º 242/CM//94) que criou a EMEL, conforme o seu ponto 4, foi fixadoem 50 % das Receitas Brutas o montante a pagar à CMLcomo contrapartida da cedência da gestão dos espaçosde estacionamento pagos;

- Posteriormente, pelas Deliberações n.º 87/AM/2001(Deliberação n.º 391/CM/2001) e Deliberação n.º 83/AM//2005 (Deliberação n.º 354/CM/2005) foi a referidapercentagem fixada em 25 %;

- A fixação destes valores, independentemente das neces-sidades de investimento na empresa ou da sua situaçãofinanceira líquida, tem constituído um custo da empresaque condiciona a própria prestação do serviço público;

- Assim, numa perspectiva de adequar a remuneração aauferir pela CML às actuais condições de exploração,cria-se um novo modelo, integrando uma remuneração comuma componente fixa e outra variável, em função dosproveitos da EMEL, mantendo também a possibilidade daCML auferir uma remuneração de capital sobre osresultados líquidos após impostos sobre lucros.

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, nos termosda alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º da Lei n.º 169/99, de18 de Setembro, na redacção que lhe foi dada pela Lein.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro, aprovar e submeter à aprovaçãoda Assembleia Municipal nova alteração à redacção do ponto 4da Deliberação n.º 73/AM/94 (Proposta n.º 242/CM/94),alterada posteriormente pela Deliberação n.º 87/AM/2001(Proposta n.º 391/CM/2001) e pela Deliberação n.º 83/AM//2005 (Proposta n.º 354/CM/2005), o qual passará a tera seguinte redacção:

« - 4

a) Fixar em 12,5 % o montante fixo da compensação a pagaranualmente à CML, com base nos proveitos operacionaisdecorrentes da actividade objecto de concessão pela CâmaraMunicipal de Lisboa;

b) Fixar uma remuneração variável, em conformidade comoseguinte quadro:

Para efeito de aplicação da tabela acima indicada, o valordos proveitos anuais da EMEL será sucessivamenterepartido entre os diversos escalões, aplicando, relativa-mente a cada escalão, a percentagem correspondente.

c) Após aplicação do disposto nas alíneas a) e b), a CMLpoderá fixar anualmente, a título de remuneração decapital, uma percentagem sobre o resultado líquido doexercício, após imposto sobre lucros;

d) Anualmente, o Conselho de Administração da EMELpoderá deliberar a atribuição aos restantes trabalhadoresdesta empresa municipal uma percentagem de 15 % sobreos lucros do exercício, até ao limite do valorcorrespondente a um salário base por trabalhador, nãoincluindo o Conselho de Administração».

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD e CDS//PP) e votos contra (PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV).]

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MARÇO 2007

- Deliberação n.º 3/AM/2007 (Deliberação n.º 2/CM/2007):

Considerando que, através da Proposta n.º 20/2005,a Câmara Municipal propôs a deliberação da AssembleiaMunicipal, com a justificação exposta nos respectivosconsiderandos, a aceitação da transferência da gestãourbana sobre o domínio público da Área de Intervenção daExpo 98 e seus Planos de Pormenor, assumindo igualmenteos valores em dívida à respectiva Sociedade Gestora,derivados da execução e gestão destas infra-estruturas, bemcomo do adiantamento relativo a encargos que cabiam aoMunicípio, no âmbito da intervenção necessária à realizaçãoda Exposição Mundial de Lisboa de 1998;

Considerando que, cessado o regime de excepção legale tendo em vista a assumpção directa da gestão do domíniopúblico pelo Município, foi estabelecido o dia 1 de Janeirode 2005 para o seu início, facto que não se concretizoupor não ter sido possível definir o modelo de estrutura quea concretizaria;

Considerando que, entretanto, se deu sequência aosaspectos financeiros da referida deliberação, mediante acelebração de acordo com a Parque Expo, para clausularos termos dos pagamentos devidos, não sendo, porém,regulada a forma de transmissão dos bens do domíniopúblico e da sua gestão, pelo que não se iniciou a contagemde juros a que se refere a «Condição de acordo» n.º 4 damesma deliberação;

Considerando que, não só a data da cessação dos poderesexcepcionais da Parque Expo, S. A., ocorrida em 31 deDezembro de 1999, como ainda a previsão do momento datransferência da gestão urbana e o tempo entretantodecorrido tornam pouco razoável a demora no pagamentodos juros clausulados sobre a importância em dívida,impondo à Parque Expo um sacrifício injustificável;

Considerando, por outro lado, que a redacção da notaexplicativa que acompanhou a Proposta referenciada -n.º 20/2005 - no capítulo respeitante a «Acessibilidades eexpropriações», pode prestar-se a interpretação errada,por referir que ficava excluída do acordo que deduziu àdívida o valor de terrenos entregues a importância relativaa subscrição do capital na sociedade gestora do PavilhãoAtlântico, quando se pretendia significar que a deduçãodesse valor, agora feita em custo de obras, conformepatenteado no Anexo n.º 3 que integrou a Proposta, alteravao previsto na Proposta n.º 357/94 (pagamento em terrenos),cuja escritura não havia ainda sido celebrada;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, nos termosdas alíneas c) do n.º 2, a) do n.º 6, b) e d) do n.º 7 doartigo 64.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, aceitare submeter a aprovação da Assembleia Municipal, nos termosdas alíneas a) e b) do n.º 2 e b) do n.º 4 do artigo 53.ºda mesma Lei:

1 - Fixar a data de 1 de Janeiro de 2007 para iníciode pagamento à Sociedade Parque Expo 98, S. A., de jurossobre a importância que estiver em dívida, nos termose condições previstas na Condição 4.ª da Deliberaçãotomada a coberto da Proposta n.º 20/2005;

2 - Interpretar a «Nota explicativa» que acompanhou a Propostaantes referida - na parte que se refere à realização do capitalda Sociedade Gestora do Pavilhão Atlântico - nos termosque decorrem do Anexo n.º 3 da mesma Proposta(Apreciação sobre Acessibilidades/Expropriações), isto é,que o respectivo valor foi deduzido em custos deacessibilidades, concretamente na obra da AvenidaMarechal Gomes da Costa, apesar de a escritura que ocontemplava ainda não ter sido celebrada, devendo sê-locom consideração deste facto.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PSe CDS/PP), votos contra (PCP e PEV) e abstenções (Blocode Esquerda).]

- Deliberação n.º 4/AM/2007 (Deliberação n.º 3/CM/2007):

Considerando que:

O Plano de Urbanização do Alto do Lumiar (PUAL), aprovadoconforme publicação em «Diário da República» n.º 248 -I.ª Série, de 1998/10/27, determina a plena disponibilizaçãodos terrenos em que o mesmo se desenvolve;

A área de intervenção da operação de loteamento da ÁreaEdificável 14 integrada no referido Plano é atravessada porum antigo leito de via pública que integra o domínio público;

Para a execução da Área Edificável 14, referida anterior-mente, se torna necessário disponibilizar os terrenos em quea mesma se desenvolve;

Através da Deliberação n.º 10/AM/2004 (Proposta n.º 938//CM/2004) foi aprovada por unanimidade em reunião deCâmara realizada em 6 de Dezembro de 2004 e pelaAssembleia Municipal em 11 de Janeiro de 2005,a desafectação do domínio público para o domínio privadomunicipal da parcela de terreno com a área de 17,16 m2,sita no Alto do Lumiar - Área Edificável 14, representadaa cor amarela na cópia da Planta n.º 04/185/02do Departamento do Património Imobiliário;

A desafectação do domínio público para o domínio privadoda Câmara, da parcela de terreno relativa ao antigo leitode via pública, resulta da Planta de Cadastro da Divisãode Inventário e Cadastro, datada de 7 de Dezembro de 2006,que se anexa à presente minuta;

Se torna necessário desafectar aquele troço do domínio públicopara integração no domínio privado municipal, não resultandodo facto qualquer prejuízo para a circulação local;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere submeterà Assembleia Municipal, nos termos da alínea a) do n.º 6do artigo 64.º e da alínea b) do n.º 4 do artigo 53.º daLei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro:

- A desafectação do domínio público para o domínio privadomunicipal da parcela de terreno com a área de 13,94 m2,sita no Alto do Lumiar - Área Edificável 14, proveniente deum antigo leito de via pública, designado por Azinhagade Santa Susana, representada a cor rosa (desafectações)na cópia da Planta n.º 06/043/02 do Departamento dePatrimónio Imobiliário, à qual se atribui, apenas para

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efeitos de registo, o valor de 69,70 euros (sessenta e noveeuros e setenta cêntimos), resultante de um valor simbólicode 5 euros/m2 de terreno.

Confrontações da parcela a desafectar:

- Norte - CML;- Sul - CML e privado;

- Nascente - CML;- Poente - Antigo leito de via pública - Azinhaga de SantaSusana.

(Processo privativo n.º 58/DPI/06.)

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, PS,PCP e CDS/PP) e abstenções (Bloco de Esquerda e PEV).]

- Deliberação n.º 5/AM/2007 (Deliberação n.º 6/CM/2007):

Considerando que:

- O Regulamento Municipal de Cargas e Descargas e dasBolsas de Estacionamento foi aprovado por Deliberação daAssembleia Municipal, sob o n.º 85/AM/2004 e publicadoem Edital com o n.º 58/2004, no Suplemento ao BoletimMunicipal n.º 551, de 9 de Setembro de 2004;

- O antedito Regulamento versa sobre um conjunto extensode matérias, como sejam as restrições de circulação dasvárias categorias de veículos, respectivos horários, bemcomo a paragem e estacionamento destes para efeitode cargas e descargas, tendo ainda criado bolsas de estacio-namento para actividades comerciais;

- Parte substancial da exequibilidade deste Regulamentodepende de soluções tecnológicas inovadoras, indispensá-veis quer para a utilização destas funcionalidades

pelos sujeitos, quer ainda para a eficácia da fiscalizaçãodo seu cumprimento pelas entidades a quem incumbe porlei tal competência;

- Face ao adiamento da plena adequação da tecnologia quese lhe encontra subjacente ao fim pretendido constata-se,na prática, que este Regulamento não está a ser cumprido,com as incontornáveis consequências ao nível da fluidezdo trânsito e desordenamento das paragens e estaciona-mento para cargas e descargas na Cidade de Lisboa;

- Por se manter a concordância com os princípios subja-centes ao Regulamento em causa, não se justifica a suarevogação ou alteração, antes a sua suspensão até queas soluções tecnológicas que se lhe encontram subjacentesmostrem um grau de adequação e eficácia compatível comos objectivos que são visados pelo normativo em causa.

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Assim, tenho a honra de propor que a Câmara delibereaprovar e submeter à Assembleia Municipal, nos termos daaplicação conjugada da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.ºe da alínea a) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99,de 18 de Setembro, revista e republicada pela Lein.º 5-A/2002, de 11 Janeiro:

- Suspender a eficácia dos Capítulos III e IV do RegulamentoMunicipal de Cargas e Descargas e das Bolsas deEstacionamento, aprovado pela Deliberação n.º 85/AM//2004.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD, 1 Dep.do PS e CDS/PP) e abstenções (PS, PCP, Bloco de Esquerdae PEV).]

- Deliberação n.º 6/AM/2007 (Deliberação n.º 7/CM/2007):

Considerando que:

O Pelouro da Juventude direcciona a sua acção para a promoçãode associações de âmbito juvenil, grupos informais de jovense organizações cuja acção se dirija particularmente aosjovens, estabelecendo, de igual modo, relações de cooperaçãocom os órgãos da Administração Central com competênciana área da juventude;

O Pelouro da Juventude tem, de entre o seu conjuntode competências, as de:

- Programar e planear projectos de apoio à juventudee às organizações de juventude;

- Estudar permanentemente a realidade juvenil da cidade;- Promover acções de informação e apoio às organizações;- Estudar e apoiar diferentes programas apresentados pelasorganizações;

- Programar e promover iniciativas do Município dirigidasà juventude;

- Criar e dinamizar centros de recurso para apoio a iniciativasde jovens;

- Proceder ao levantamento e planeamento das diferentesrespostas existentes ou a criar, de molde a conhecer epromover um trabalho articulado ao nível de toda a cidade.

A complexidade das matérias adstritas às competênciasdo Pelouro da Juventude é particularmente significativa,donde resulta a impreterível necessidade de melhor direccionaros meios para atingir convenientemente os fins consubstan-ciados nas competências do Pelouro da Juventude;

Tal como acontece em qualquer contexto administrativo,é crucial, para o bom desempenho da missão do Pelouroda Juventude e correcta prestação de serviços para osmunícipes, avaliar periodicamente as acções que têm sidodesenvolvidas ao longo do tempo para prossecução dascompetências do Pelouro da Juventude e do InteressePúblico;

A avaliação das acções tem revelado a inexistênciade critérios objectivos, conhecidos e partilhados pelosrecursos do Pelouro da Juventude, o que potencia adiscricionariedade da política de apoio e, por essa razão,questiona a própria existência de uma política de apoiouniversalista, legalista e sobretudo eficaz;

A política de apoio do Pelouro da Juventude tem reveladograves desajustamentos em relação aos seus objectivos,padecendo de quatro anomalias críticas e que, sintetica-mente, se traduzem: 1) no providencialismo da política;2) na concentração da iniciativa no Pelouro da Juventudesem descentralização para as associações juvenis; 3) no dese-quilíbrio social, com uma oferta direccionada para ospúblicos culturais e negligenciando os restantes; e, porúltimo; 4) no desequilíbrio espacial, pois os equipamentossob gestão do Pelouro da Juventude concentram-se nocentro da cidade, marginalizando a necessidade de assumira cidade como o todo de coesão social e de igualdadede oportunidades;

As causas das anomalias críticas parecem dever-se ao factode a política de apoio do Pelouro da Juventude se manter,ainda, no «grau 0» das políticas públicas de âmbito local,familiares à constituição do poder local democrático,mas que não acompanharam a maior complexidade dasociedade contemporânea e naturalmente a alteraçãodos parâmetros relacionais entre a autarquia e os munícipes,bem como das necessidades, aspirações e expectativasdestoutros;

Uma política de apoio coerente e bem sucedida teráde basear-se nos três eixos da gestão pública, designadamenteos da Eficiência e da Economia;

Uma política de apoio baseada nos eixos referidosno parágrafo anterior tem de apresentar três elementosconstitutivos: os Objectivos (para quem fazer), a Estratégia(o que fazer) e a Metodologia (como fazer), elementos quea actual política de apoio do Pelouro da Juventudenão parece estar em condições de congregar.

Assim,

Tendo por base a necessidade de implementar uma políticade apoio dirigida aos jovens da cidade de Lisboa eficaz,eficiente e económica e, por essa razão, mais sustentadae racional;

Salientando a urgência de aumentar o capital social,profissional, cultural, educacional e económico dos jovensde Lisboa, particularmente daqueles que se encontram emsituações de risco de marginalização e mesmo de exclusãosocial, de maneira a que nenhum jovem fique para trás naeconomia do conhecimento;

Propondo uma estratégia renovada e uma metodologiaconsonantes com os objectivos gerais da política de apoioprosseguida pelo Pelouro da Juventude, aspirando trans-formar as associações juvenis em escolas de vida para osseus membros, contribuindo, dessa forma, para o crescimentopessoal e colectivo dos cidadãos e induzindo capital socialpara a comunidade, tornando as associações de âmbitojuvenil as embaixadoras da cidade de Lisboa no paíse no mundo;

Contribuindo para um novo paradigma social que tenhana noção de rede, designadamente na rede cooperativaentre associações de âmbito juvenil e destas com os gruposinformais de jovens, com as organizações cuja acçãose dirija particularmente aos jovens, com os órgãosda Administração Central com competência na área da juventude,

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com as juntas de freguesia e naturalmente com os restantesServiços Camarários, o novo paradigma para a valorizaçãodo trabalho associativo, sendo que ao Pelouro da Juventudecaberá o papel de orquestrador desta rede de actores;

E estendendo a presença dos equipamentos do Pelouroda Juventude a toda a cidade de Lisboa, sob os signos dadescentralização territorial e do reforço da coesão social.

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal de Lisboadelibere aprovar e submeter à Assembleia Municipal de Lisboa

o Plano Estratégico para a Juventude 2007/2009,em anexo à presente proposta e considerando-se como parteintegrante da mesma, ao abrigo do disposto na alínea a)do n.º 2 do artigo 64.º e alínea a) do n.º 3 do artigo 53.º,todos da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, com a redacçãodada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD,PS e CDS/PP) e abstenções (1 Dep. do PS, PCP,Bloco de Esquerda e PEV).]

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- Deliberação n.º 7/AM/2007 (Deliberação n.º 37/CM/2007):

O Decreto-Lei n.º 104/2004, de 7 de Maio (doravante DL 104//2004), criou um regime jurídico excepcional com a finalidadede reabilitar as zonas históricas e áreas críticas de recuperaçãoe de reconversão urbanística, nos termos do qual foi concedidaaos Municípios a possibilidade de constituírem Sociedadesde Reabilitação Urbana;

Ao abrigo desta legislação o Município constituiu trêsSociedades de Reabilitação Urbana, a «Lisboa Ocidental,SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana, E. M.», a «BaixaPombalina, SRU - Sociedade de Reabilitação Urbana, E. M.»e a «SRU Oriental - Sociedade de Reabilitação Urbana,E. M.»;

De acordo com o artigo 6.º do referido Decreto-Lei,o legislador transferiu dos Municípios para as Sociedadesde Reabilitação Urbana, após a aprovação dos DocumentosEstratégicos e no âmbito do procedimento de reabilitaçãourbana, as seguintes competências:

«a) Licenciar e autorizar operações urbanísticas;b) Expropriar os bens imóveis e os direitos a eles inerentes

destinados à reabilitação urbana, bem como constituirservidões administrativas para os mesmos fins;

c) Proceder a operações de realojamento;d) Fiscalizar as obras de reabilitação urbana, exercendo,

nomeadamente as competências previstas na Secção Vdo Capítulo III do Regime Jurídico da Urbanização e daEdificação, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 555/99,de 16 de Dezembro, na redacção em vigor, com excepçãoda competência para aplicação de sanções administrativaspor infracção contra-ordenacional, a qual se mantém comocompetência do Município;

e) Exercer as competências previstas na alínea b) do n.º 1do artigo 42.º, no n.º 2 do artigo 44.º e no artigo 46.º,todos da Lei dos Solos».

O mesmo artigo prescreve, ainda, que «. . . as atribuições ecompetências referidas nas alíneas a), b), d) e e) consideram-setransferidas dos Municípios para as SRU, que as exercerãoem exclusivo, durante o procedimento de reabilitação urbana,nas respectivas zonas de intervenção.» e que «Mantêm-se ascompetências dos Órgãos Autárquicos no que diz respeito aobras a executar nas zonas de intervenção antes da aprovaçãodo documento estratégico, bem como, depois da aprovaçãodeste documento, relativamente a obras que não se insiramno procedimento de reabilitação urbana.».

A transferência legal de competências do Município para asSociedades de Reabilitação Urbana dever-se-á operacionalizarde uma forma planeada, organizada e perceptível para osmunícipes, a qual será garantida através de normas quedisciplinem e regulem o exercício das competênciasespecíficas de cada entidade e a forma de relacionamentoentre os Serviços Municipais e as Sociedades de ReabilitaçãoUrbana;

Ao abrigo do disposto na alínea d) do n.º 7 do artigo 64.º,na alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º e na alínea h)do n.º 2 do artigo 53.º, todos da Lei n.º 169/99,de 18 de Setembro, com a redacção dada pela Lei n.º 5-A//2002, de 11 de Janeiro e nos artigos 6.º e 42.º do Decreto--Lei n.º 104/2004, de 7 de Maio, temos a honra de proporao Plenário da Câmara Municipal de Lisboa deliberaraprovar e submeter à Assembleia Municipal de Lisboa aminuta do Protocolo de Cooperação, junta em anexo,a celebrar entre o Município de Lisboa e cada uma dassupra-identificadas Sociedades de Reabilitação Urbana.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD e PS),votos contra (PCP, Bloco de Esquerda e PEV) e abstenções(CDS/PP).]

PROTOCOLO DE COOPERAÇÃO

Considerando que:

A) Através do Decreto-Lei n.º 104/2004, de 7 de Maio(doravante DL 104/2004), foram transferidas do Muni-cípio para as Sociedades de Reabilitação Urbana, entreoutras, as competências de licenciamento e autorizaçãode operações urbanísticas, fiscalização da sua execução,promoção de operações de realojamento e de tomada deposse administrativa, para efeito de execução de operaçõesurbanísticas, inseridas em procedimento de reabilitaçãourbana, nas respectivas Zonas de Intervenção, após aprovaçãodos Documentos Estratégicos;

B) A transferência legalmente cometida às SRU deverá serefectuada de uma forma planeada e organizada, no sentidode clarificar os termos em que as competências específicasde cada entidade deverão ser exercidas e a forma comoo relacionamento entre os Serviços Municipais e asSociedades de Reabilitação Urbana se deverá desenvolver;

C) Os Serviços da Câmara Municipal de Lisboa, em conjuntocom cada uma das Sociedades de Reabilitação Urbana,Lisboa Ocidental, SRU, Baixa Pombalina, SRU e SRUOriental, elaboraram uma Minuta de Protocolo de Cooperação,norteado pelo dever de cooperação expresso no artigo 42.ºdo DL 104/2004;

D) O Protocolo foi elaborado, no espírito do Diploma, coma finalidade de dotar a Sociedade de Reabilitação Urbanados meios necessários ao rigoroso exercício das suascompetências, dentro dos prazos legalmente fixados;

E) Este Protocolo estabelece ainda regras relativas aosprocessos em curso na CML e à instrução dos novosprocedimentos de reabilitação urbana por parte daSociedade de Reabilitação Urbana, de modo a garantira sua compatibilização com os métodos e procedimentosutilizados pelos Serviços Municipais.

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Entre:

O Município de Lisboa, pessoa colectiva n.º 500051070,com sede na Praça do Município, neste acto representadopelo Ex.mo Senhor Presidente da Câmara Municipal,Prof. António Carmona Rodrigues, como Primeiro Outorgante,

e

A . . . - Sociedade de Reabilitação Urbana, E. M., pessoacolectiva n.º . . ., com sede . . ., neste acto representada pelo. . ., com poderes para o acto, adiante designada por SRU,como Segunda Outorgante,

É celebrado, recíproca e livremente aceite o presenteProtocolo de Cooperação, doravante designado por Protocolo,que se rege pelas cláusulas seguintes:

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Cláusula 1.ª

Objecto

O presente Protocolo visa estabelecer formas de articulaçãodas competências específicas dos Órgãos do Município e daSRU e de relacionamento desta Sociedade com os ServiçosMunicipais, no âmbito da aplicação do Regime JurídicoExcepcional de Reabilitação Urbana de Zonas Históricas ede Áreas Críticas de Recuperação e Reconversão Urbanís-tica, aprovado pelo DL 104/2004.

Cláusula 2.ª

Âmbito de aplicação

1 - Este Protocolo aplica-se nas Unidades de Intervenção daSRU, nos termos e para os efeitos previstos no artigo 6.ºdo DL 104/2004, após a aprovação dos respectivosDocumentos Estratégicos.

2 - A SRU deve informar a CML da aprovação de cadaDocumento Estratégico, por escrito e no prazo de cinco diasúteis, identificando claramente as operações urbanísticasobjecto dos procedimentos de reabilitação urbana.

3 - Após a recepção da informação referida no númeroanterior, a CML fornece à SRU, no prazo de sete dias úteis,informação actualizada sobre todos os processos, em curso,relativos a operações urbanísticas que envolvam ou serelacionem com prédios abrangidos por procedimentode reabilitação urbana da Unidade de Intervenção respectiva.

4 - O licenciamento, autorização, execução e fiscalização deoperações urbanísticas, que não respeitem a procedimentosde reabilitação urbana, inseridas na Zona de Intervençãoda SRU é da competência dos Órgãos Municipais.

Cláusula 3.ª

Informações e consultas às SRU

A CML deve consultar a SRU sobre todas as matérias quepossam influenciar a reabilitação urbana da sua Zonade Intervenção.

Cláusula 4.ª

Emissão de certidões

A emissão de certidão, reprodução ou declaração auten-ticada de documentos que constem de processos, que correramseus termos na CML, é da competência dos Órgãose funcionários municipais.

CAPÍTULO II

LICENCIAMENTO E AUTORIZAÇÕES DE OPERAÇÕES URBANÍSTICAS

Cláusula 5.ª

Âmbito

As competências da SRU para licenciar e autorizar operaçõesurbanísticas, nomeadamente operações de loteamento, obrasde urbanização, obras de construção, de reconstrução,de ampliação, alteração ou demolição de edifícios e deutilização ou alteração de utilização de edifícios ou fracçõesautónomas são exercidas de acordo com o disposto:

a) No «Regime Jurídico Excepcional da Reabilitação Urbanade Zonas Históricas e de Áreas Críticas de Recuperaçãoe Reconversão Urbanística», regulado pelo DL 104/2004;

b) No «Regime Jurídico da Urbanização e da EdificaçãoUrbana», regulado pelo Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 deDezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 177//2001, de 4 de Junho (doravante DL 555/99), comexcepção das competências previstas na Secção IVdo Capítulo III, com as necessárias adaptações;

c) Nos Planos Municipais de Ordenamento do Territórioe demais normas legais e regulamentares aplicáveisnas Unidades de Intervenção.

Cláusula 6.ª

Novos pedidos

Após a aprovação dos Documentos Estratégicos, os ServiçosMunicipais deverão encaminhar para a SRU os munícipesque pretendam apresentar Comunicações Prévias, Pedidosde Informação Prévia, de Licenciamento ou de AutorizaçãoAdministrativa relativos a operações urbanísticas dereabilitação urbana de prédios ou fracções autónomasabrangidos pela Zona de Intervenção da SRU.

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Cláusula 7.ª

Processos em curso

A decisão sobre processos cuja apreciação esteja em cursona CML, relativos a operações urbanísticas de reabilitaçãourbana e de conservação do edificado, ainda que incluídosna Zona de Intervenção da SRU, é da competência dosÓrgãos Municipais.

Cláusula 8.ª

«Volumes Obra»

1 - Os designados «Volumes Obra», respeitantes a edifícioslocalizados na Zona de Intervenção da SRU, continuarãodepositados no Arquivo Municipal.

2 - Mediante solicitação escrita da SRU, a Divisão de Gestãode Arquivos da CML disponibiliza, no prazo de dois diasúteis, os «Volumes Obra» requisitados, encarregando-sea SRU do seu levantamento e transporte.

3 - A SRU é responsável pela integridade dos «Volumes Obra»durante o tempo de permanência dos mesmos na sua posse.

4 - A SRU remete à Divisão Geral de Arquivos todosos processos respeitantes às operações urbanísticas de reabi-litação urbana desenvolvidas na sua Zona de Intervenção,logo que os respectivos procedimentos se extingam,mediante decisão final.

5 - Os «Volumes Obra» e os processos referidos no númeroanterior são enviados pela SRU à Divisão Geral de Arquivosda CML logo que deles não necessite, acompanhados,sempre que for o caso, das respectivas actualizações.

Cláusula 9.ª

Pareceres e informações dos Serviços Municipais

No âmbito do Procedimento Especial de Licenciamentoou Autorização referido no artigo 10.º do DL 104/2004,os Serviços Municipais que devam emitir parecer, nostermos dos Regulamentos Municipais, pronunciam-se noprazo fixado na comunicação de consulta expedida pelaSRU, ao abrigo do disposto nos n.os 3 e 5 do artigo 10.ºdaquele diploma legal.

Cláusula 10.ª

Comissão Especial de Apreciação

1 - A SRU pode promover a constituição de uma ComissãoEspecial de Apreciação, nos termos e para os efeitosdo disposto no artigo 11.º do DL 104/2004.

2 - Os elementos dos Serviços Municipais, que integrema Comissão, estão sujeitos ao cumprimento do dispostono artigo 11.º do DL 104/2004.

Cláusula 11.ª

Licenciamentos ou autorizações especiais

1 - As decisões sobre pedidos de informação prévia, bemcomo a licença ou autorização de operações urbanísticasinseridas em procedimentos de reabilitação urbana, cujosprojectos, nos termos da legislação especial aplicável, careçade aprovação da Administração Central, são da competênciada SRU.

2 - A SRU, após a recepção do pedido, instaura o respectivoprocedimento administrativo, promovendo as consultasnecessárias de acordo com a legislação em vigor, aplicável.

3 - Os Serviços Municipais consultados devem emitirparecer, no prazo fixado na comunicação de consultaexpedida pela SRU, ao abrigo do disposto nos n.os 3 e 5do DL 104/2004.

Cláusula 12.ª

Ocupação de via pública

1 - A emissão de licenças de ocupação de via pública comtapumes, andaimes, depósitos de materiais, equipamentose contentores ou outras instalações, bem como a aprovaçãodo respectivo Plano de Ocupação de Via Pública relacionadase ou dependentes com as operações urbanísticas dereabilitação urbana, integradas nas Unidades de Intervençãocom Documento Estratégico aprovado, é da competênciada SRU.

2 - O procedimento de aprovação do Plano de Ocupaçãode Via Pública pela SRU é instruído nos termos do dispostono respectivo Regulamento Municipal.

3 - Para o efeito, a SRU promove a consulta, por escrito,aos Serviços Municipais competentes, os quais devemresponder no prazo máximo de 5 dias úteis, fixadona respectiva comunicação.

Cláusula 13.ª

Taxas

1 - A liquidação e cobrança das taxas devidas pela emissãodas licenças ou autorizações administrativas são da compe-tência da SRU, a qual é exercida ao abrigo do disposto naalínea a) do n.º 1 do artigo 6.º e na alínea b) do n.º 1do artigo 18.º do DL 104/2004, nos termos dos n.os 1 e4 do artigo 116.º e do n.º 1 do artigo 117.º do DL 555//99, com as necessárias adaptações, e da Tabela de Taxase Outras Receitas Municipais, em vigor.

2 - A liquidação e cobrança da Taxa Municipal pelaRealização de Infra-estruturas Urbanísticas são da compe-tência do Órgão Municipal, a qual é exercida nos termosdos n.os 2 e 3 do artigo 116.º e dos n.os 1 e 2 do artigo 117.ºdo DL 555/99 e do Regulamento Municipal da TRIU,em vigor.

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3 - Para os efeitos previstos no número anterior, na faseda entrega dos projectos das especialidades, deve a SRUremeter ao Órgão Municipal competente o respectivoprocesso para efeitos de liquidação da TRIU.

4 - Após o despacho de liquidação da TRIU, os ServiçosMunicipais remetem o processo à SRU respectiva paraefeitos de deferimento do pedido de licença ou autorizaçãoadministrativa.

5 - O despacho de liquidação da TRIU é notificado aorequerente, pela SRU, aquando da notificação do despachode deferimento do pedido de licença ou autorizaçãoadministrativa.

6 - Após a recepção do requerimento de alvará de licençaou autorização administrativa, a SRU deve solicitar aosServiços Municipais competentes a emissão da Guia daTRIU, bem como a sua colocação a pagamento na Tesourariada CML, para efeitos de cobrança e pagamento.

7 - Para efeitos de emissão do alvará de licença ouautorização administrativa, da competência da SRU, deveo requerente apresentar, nos serviços da SRU, documentocomprovativo do pagamento da TRIU na Tesouraria da CML.

CAPÍTULO III

UTILIZAÇÃO E CONSERVAÇÃO DO EDIFICADO

Cláusula 14.ª

Âmbito

1 - Nas Unidades de Intervenção com Documento Estratégicoaprovado, ao abrigo do disposto na alínea e) do n.º 1 doartigo 6.º do DL 104/2004 e, nos termos do disposto naalínea b) do n.º 1 do artigo 42.º do n.º 2 do artigo 44.ºe do artigo 46.º da Lei dos Solos, aprovada pelo Decreto--Lei n.º 794/76, de 5 de Novembro, a SRU é competentepara determinar a posse administrativa de quaisquerimóveis, para fixar o prazo para início e conclusão dostrabalhos de demolição, de reparação e beneficiação deedifícios, para proceder ao despejo administrativo dosprédios a demolir e ao despejo temporário daqueles quecareçam de obras de reabilitação urbana, cuja realizaçãodas respectivas operações urbanísticas não possa ser feitasem a desocupação.

2 - Para o regular exercício das competências identificadasno número anterior, devem os Serviços Municipais,nomeadamente a Polícia Municipal e o Regimento deSapadores Bombeiros, prestar à SRU toda a colaboraçãonecessária.

Cláusula 15.ª

Processos relativos ao dever de conservação

A decisão sobre os processos relativos ao dever de conservaçãoprevisto no artigo 89.º do DL 555/99 é da competênciados Órgãos Municipais.

Cláusula 16.ª

Estado de necessidade

É da competência dos Órgãos Municipais a intervenção nassituações previstas na lei para o estado de necessidade,nomeadamente as decorrentes de risco iminente, dedesmoronamento ou grave perigo para a saúde pública, deedifícios de propriedade privada, situados nas Unidades deIntervenção da SRU.

CAPÍTULO IV

FISCALIZAÇÃO

Cláusula 17.ª

Âmbito

1 - Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do DL 104//2004, compete à SRU a fiscalização das obras de reabi-litação urbana realizadas nas Unidades de Intervençãocom Documento Estratégico aprovado.

2 - A competência de fiscalização das obras referidasno número anterior será exercida de acordo com:

a) O «Regime Jurídico Excepcional da Reabilitação Urbanade Zonas Históricas e de Áreas Críticas de Recuperaçãoe Reconversão Urbanística», regulado pelo DL 104/2004;

b) A Secção V do Capítulo III do «Regime Jurídico daUrbanização e da Edificação Urbana», aprovado pelo DL 555//99, com as necessárias adaptações;

c) Os instrumentos de Gestão Territorial, em vigor;d) Demais normas legais e regulamentares aplicáveis.

Cláusula 18.ª

Fiscalização de operações urbanísticas licenciadas ou autorizadaspelos Órgãos do Município

1 - A fiscalização administrativa da realização de operaçõesurbanísticas de reabilitação urbana, licenciadas ou autori-zadas pela CML é da competência dos Órgãos Municipais.

2 - A fiscalização administrativa de operações urbanísticasde reabilitação urbana licenciadas ou autorizadas pela CML,cuja execução ainda não tenha iniciado é da competênciada SRU.

3 - Para os efeitos previstos no número anterior, a CML,remete à SRU os respectivos processos, após o levantamentodo alvará de licença de construção pelo requerente.

Cláusula 19.ª

Medidas de tutela da legalidade urbanística

Para o regular exercício das competências previstas naSubsecção III do Capítulo III do «Regime Jurídico da Urbani-zação e da Edificação Urbana», aprovado pelo DL 555/99,a Polícia Municipal colaborará com a SRU nos mesmostermos em que o faz com os demais Serviços Municipais.

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Cláusula 20.ª

Sanções

Nos termos da alínea d) do n.º 1 do artigo 6.º do DL 104//2004, a aplicação de sanções administrativas por infracçõescontra-ordenacionais, é da competência dos ÓrgãosMunicipais, devendo, para o efeito, a SRU comunicar à CMLa ocorrência de quaisquer factos susceptíveis de configurarinfracções desta natureza.

CAPÍTULO V

ESPAÇO PÚBLICO

Cláusula 21.ª

Projectos e obras no espaço público

1 - Os Serviços Municipais devem informar a SRU sobretodos os projectos e obras de iniciativa municipal a efectuarno espaço público inserido na sua Zona de Intervenção.

2 - A CML poderá encarregar a SRU da execução de projectose das respectivas obras para o espaço público inseridona sua Zona de Intervenção.

3 - A SRU poderá apresentar à CML propostas de intervençãopara o espaço público inserido na sua Zona de Intervenção,de acordo com os Planos para a Gestão Integradado Ambiente Urbano de Lisboa.

4 - Os projectos e a execução das obras referidas nos n.os 2e 3 deverão ser aprovados pelos Serviços Municipais competentes.

5 - Para efeitos do número anterior, a SRU notificará a CMLpara que se pronuncie, devendo da notificação constar todosos elementos disponíveis sobre os projectos e obras.

6 - A CML deverá pronunciar-se no prazo máximo de 20 diasúteis, contados da recepção da notificação, considerando-seos projectos e obras autorizados se não se pronunciarnaquele prazo.

Cláusula 22.ª

Obras de urbanização e infra-estruturas urbanísticas

1 - O licenciamento ou autorização dos projectos de obrasde urbanização respeitantes a operações urbanísticasde loteamento e de edificação inseridas em procedimentode reabilitação urbana são da competência da SRU.

2 - Os processos relativos a pedidos de licenciamento ou deautorização e comunicações prévias para obras de infra--estruturas e saneamento com intervenções no subsolo enos pavimentos das vias públicas continuarão a serda responsabilidade dos Órgãos e Serviços do Município.

3 - O acompanhamento e a execução de obras de infra--estruturas urbanísticas primárias e secundárias, cuja realização,remodelação ou reforço seja consequência de operaçõesurbanísticas inseridas em procedimento de reabilitaçãourbana, são da competência dos Órgãos Municipais.

4 - A SRU deverá ser, sempre que possível, consultada pelosServiços Municipais sobre todos os processos referidos nonúmero anterior, que decorram na sua Zona de Intervenção,com excepção dos casos de manifesta impossibilidade(intervenções urgentes), em que os Serviços Municipaisdeverão informar a SRU dos mesmos.

CAPÍTULO VI

DISPOSIÇÕES FINAIS

Cláusula 23.ª

Programas, fundos e incentivos

No sentido de apoiar a reabilitação urbana, no âmbito dassuas atribuições e competências, a SRU pode apresentarcandidaturas, nos mesmos termos que o Município, a programas,fundos e incentivos disponibilizados, nomeadamente peloEstado Português e pela União Europeia.

Cláusula 24.ª

Realojamentos

1 - A competência de proceder a operações de realojamento,referida na alínea c) do n.º 1 do artigo 6.º do DL 104/2004,será exercida pela SRU, sem exclusividade, durante o proce-dimento de reabilitação urbana na sua Zona de Intervenção.

2 - A SRU deverá informar a CML das operações de realojamentoque pretenda promover na sua Zona de Intervenção.

3 - Sempre que a CML entenda por conveniente, as operaçõesde realojamento, que não decorram do despejo administrativodos prédios a demolir, bem como o despejo temporário parao efeito exclusivo de realização das operações urbanísticasinseridas em procedimento de reabilitação urbana, podemintegrar a estratégia de Habitação Social da CML.

4 - No âmbito da sua política de Acção Social, a CMLassegurará o acompanhamento destas operações com vistaao desenvolvimento integrado da comunidade.

Cláusula 25.ª

Relacionamento entre o Município e as SRU

A SRU e a CML comprometem-se a cooperar empenhadamentena prossecução do interesse público da Reabilitação Urbana,nomeadamente ao nível do intercâmbio de informaçãoe apoio técnico.

Cláusula 26.ª

Alterações ou modificações

Quaisquer alterações ou modificações ao presente Protocolosó produzirão efeitos, entre as Partes, após aprovaçãoda Câmara Municipal de Lisboa.

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Cláusula 27.ª

Vigência

O presente Protocolo de Cooperação entra em vigor na datada sua assinatura pelas Partes, sendo válido pelo períodode duração da actividade de Reabilitação Urbana de cadaSRU, salvo denúncia de qualquer das Partes.

Cláusula 27.ª

Foro

1 - Quaisquer questões emergentes da aplicação do presenteProtocolo serão dirimidas previamente por acordo entre asPartes.

2 - Os litígios emergentes da aplicação do presente Protocoloserão submetidos ao Foro de Lisboa, com expressa renúnciaa qualquer outro.

- Deliberação n.º 8/AM/2007 (Deliberação n.º 42/CM/2007):

Considerando que:

A empresa «Carlos Saraiva, Ltd.ª» adquiriu um prédio urbanoem 2001, sito à Rua da Penha de França, 15, com 6722 m2

de área total;

Este prédio, na sequência do propósito do seu ulterior reapro-veitamento urbanístico, veio a ser desmembrado através deuma operação de destaque da qual resultaram duas parcelas(prédios):

- A parcela 1 com 477,75 m2, constituída pelos artigosurbanos 523 e 725 da freguesia da Penha de França, coma descrição n.º 916/19991117 da freguesia dos Anjos,a que corresponde o Processo de licenciamento n.º 579//EDI/2003; e

- A parcela 2 com 6244,25 m2, relativa a um artigo omissona matriz que resultou da desanexação do prédio descritosob o n.º 916/19991117, actualmente descrita sob o n.º 1071//20040716 da freguesia dos Anjos, e a que correspondeo Processo de licenciamento n.º 467/EDI/2003.

Os respectivos projectos de arquitectura foram aprovadospela então Vereadora Eduarda Napoleão, em 2003/08/26,para o processo 579/EDI/2003 e em 2003/08/19, parao processo 467/EDI/2003;

A conformação urbana aprovada nos termos dos Despachosde aprovação dos projectos de arquitectura, determinacedências de áreas ao domínio público em ambos osprocessos, respectivamente, de 255,49 m2 para a parcela 1e de 1578,15 m2 para a parcela 2, destinando-se a totalidadedesta área (1833,64 m2) a passeios, vias e estacionamentoque, para além de servirem a própria operação urbanística,asseguram um percurso mais curto entre a Rua AntónioMaria Batista e a Rua da Penha de França;

Por outro lado, em algumas das parcelas a ceder pelaempresa, existem espaços verdes, os quais importaprovidenciar pela sua manutenção;

Para continuação da tramitação dos Processos de Licencia-mento, torna-se necessário que «Carlos Saraiva, Ltd.ª» efectuea doação das parcelas remanescentes para o domínio público;

Tenho a honra de propor que a Câmara delibere, ao abrigodas disposições conjugadas do artigo 64.º, n.º 1, alínea h)e n.º 6, alínea a), e do artigo 53.º, n.º 4, alínea b), ambosda Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro, na redacção dadapela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro:

- Aceitar de «Carlos Saraiva, Ltd.ª», ou de quem no actoda escritura prove ser o legítimo proprietário, a doaçãode 13 parcelas de terreno, designadas pelas letras A a N,identificadas a tracejado de cor amarela, rosa e verdena cópia da Planta n.º 06/085/04 do Departamento dePatrimónio Imobiliário/Divisão de Estudos e Valorizaçãodo Património Imobiliário, com a área total de 1833,64 m2,destinadas a domínio público municipal, para viabilizar aconstrução de dois edifícios na Rua da Penha de França,15, com a localização, áreas, valores para efeito de escriturae confrontações a seguir indicadas; e

- Submeter à Assembleia Municipal a afectação ao domíniopúblico municipal das referidas parcelas de terreno doadas.

Caracterização das parcelas

Parcela 1 (lote) - Parcelas A a C:

- Parcela A:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 147,88 m2;- Valor: 739,40 euros (setecentos e trinta e nove eurose quarenta cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML; Nascente- Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª; Poente - Domíniopúblico da CML; e Sul - Domínio público da CML.

- Parcela B:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 54,91 m2;- Valor: 274,55 euros (duzentos e setenta e quatro eurose cinquenta e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Logradouro dos edifícios n.os 15 a19 na Rua da Penha de França; Nascente - Propriedadede Carlos Saraiva, Ltd.ª; Poente - Domínio público da CML;e Sul - Domínio público da CML.

- Parcela C:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 52,70 m2;- Valor: 263,50 euros (duzentos e sessenta e três eurose cinquenta cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML; Nascente- Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª; Poente - Domíniopúblico da CML; e Sul - Logradouro dos edifícios n.os 5a 7 na Rua da Penha de França.

Parcela 2 (lote) - Parcelas D a N:

- Parcela D:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 703,77 m2;- Valor: 3518,85 euros (três mil quinhentos e dezoito eurose oitenta e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML e propriedadede Carlos Saraiva, Ltd.ª; Nascente - Domínio público daCML, logradouros dos edifícios n.o 1 e n.º 3 da Rua António

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Maria Baptista e logradouros dos edifícios n.os 15 a 47 daRua da Penha de França; Poente - Domínio público da CMLe propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª; e Sul - Domíniopúblico da CML.

- Parcela E:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 113,19 m2;- Valor: 565,95 euros (quinhentos e sessenta e cinco eurose noventa e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML e propriedadede Carlos Saraiva, Ltd.ª; Nascente - Domínio público daCML, logradouros dos edifícios n.os 2 a 5 da Rua da Penhade França e logradouros dos edifícios n.os 2 a 14 da RuaAngelina Vidal; Poente - Propriedade de Carlos Saraiva,Ltd.ª; e Sul - Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª,logradouros dos edifícios n.os 2 a 5 da Rua da Penhade França e edifícios n.os 2 a 14 da Rua Angelina Vidal.

- Parcela F:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 45,40 m2;- Valor: 227 euros (duzentos e vinte e sete euros);- Confrontações: Norte - Domínio público da CML; Nascente- Domínio público da CML; Poente - Domínio públicoda CML; e Sul - Domínio público da CML.

- Parcela G:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 73,95 m2;- Valor: 369,75 euros (trezentos e sessenta e nove eurose setenta e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª;Nascente - Domínio público da CML; Poente - Propriedadede Carlos Saraiva, Ltd.ª; e Sul - Domínio público da CML.

- Parcela H:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 147,12 m2;- Valor: 735,60 euros (setecentos e trinta e cinco eurose sessenta cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da Rua AntónioMaria Baptista; Nascente - Domínio público da CML; Poente- Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª; e Sul - Domíniopúblico da CML.

- Parcela I:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 152,63 m2;- Valor: 763,15 euros (setecentos e sessenta e três eurose quinze cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da Rua AntónioMaria Baptista; Nascente - Propriedade de Carlos Saraiva,Ltd.ª; e Poente - Domínio público da CML e logradourodo edifício n.º 1 da Rua Feio Terenas (Rua António MariaBaptista); e Sul - Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª.

- Parcela J:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 31,39 m2;- Valor: 156,95 euros (cento e cinquenta e seis eurose noventa e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML; Nascente- Logradouro dos edifícios n.os 15 a 19 da Rua da Penhade França; Poente - Domínio público da CML; e Sul -Domínio público da CML.

- Parcela L:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 94,29 m2;- Valor: 471,45 euros (quatrocentos e setenta e um eurose quarenta e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML e logradourosdos edifícios n.os 15 a 47 da Rua da Penha de França;Nascente - Logradouros dos edifícios n.os 15 a 47 da Ruada Penha de França; Poente - Domínio público da CML;e Sul - Logradouros dos edifícios n.os 15 a 47 da Ruada Penha de França.

- Parcela M:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 104,28 m2;- Valor: 521,40 euros (quinhentos e vinte e um eurose quarenta cêntimos);

- Confrontações: Norte - Logradouro do edifício n.º 1 da RuaFeio Terenas; Nascente - Domínio público da CML; Poente- Logradouros dos edifícios n.os 40 a 44 da Rua AngelinaVidal; e Sul - Propriedade de Carlos Saraiva, Ltd.ª e domíniopúblico da CML.

- Parcela N:

- Localização: Rua da Penha de França, 15;- Área: 112,13 m2;- Valor: 560,65 euros (quinhentos e sessenta eurose sessenta e cinco cêntimos);

- Confrontações: Norte - Domínio público da CML; Nascente- Domínio público da CML e propriedade de Carlos Saraiva,Ltd.ª; Poente - Domínio público da CML; e Sul - Propriedadede Carlos Saraiva, Ltd.ª.

Condições de Acordo

1 - As parcelas a transmitir à Câmara Municipal de Lisboa deverãoestar livres e desocupadas aquando da conclusão da obra.

2 - Os proprietários dos edifícios a erigir nos citados prédios916 e 1071 da Freguesia dos Anjos, ficam obrigados a fazera manutenção dos espaços verdes de uso colectivointegrantes das parcelas ora doadas.

3 - Deverá ser garantido o direito de passagem a peões e veículosna superfície das parcelas O e P, identificadas a tracejado corvermelho na cópia da mesma planta, com as respectivas áreasde 178,63 m2 e 376,22 m2, a partir das cotas constantesno projecto, referidas ao nivelamento geral do País.

4 - A licença de utilização a atribuir a cada um dos edifíciosa que se reportam os presentes Processos de Licenciamento,só poderão ser emitidas após celebração das corresponden-tes escrituras de cedência das áreas aqui referidas,ao domínio público municipal e registados os ónus referidosem 2 e 3 anterior.

(Processo privativo n.º 84/DPI/06.)

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD),votos contra (PCP, Bloco de Esquerda e PEV) e abstenções(PS e CDS/PP).]

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- Deliberação n.º 9/AM/2007 (Deliberação n.º 43/CM/2007):

Considerando que:

1 - Na sua reunião de 15 de Novembro de 2006 o ÓrgãoExecutivo deliberou submeter, por maioria, através daProposta n.º 525/2006, à apreciação e votação da AssembleiaMunicipal, a criação de uma Empresa Municipal, denominada«Lx Desporto, E. M.», nos termos do Projecto de Estatutos,Estudo de Viabilidade Económica e Definição Estratégica,entre outros, apresentados;

2 - A Assembleia Municipal na sua reunião de 19 de Dezembrode 2006 deliberou, por maioria, aprovar a criação da EmpresaMunicipal «Lx Desporto, E. M.», nos termos da propostaapresentada pela Câmara Municipal;

3 - Entretanto, foi publicado no dia 29 de Dezembro, o RegimeJurídico do Sector Empresarial Local, vertido na Lei n.º 53-F//2006, com a entrada em vigor a partir de 1 de Janeiro;

4 - Foi, por sua vez também publicada a Lei n.º 53/2006,de 7 de Dezembro, vulgo Lei da Mobilidade. Nesta lei,as comissões de serviço passam a ter as designações deafectação específica e de cedência especial e correspondema uma natureza jurídica própria e diferenciada dos regimesanteriormente previstos nos Estatutos (requisiçãoe destacamento).

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere,nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º, e alínea l)do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99, de 18 de Setembro,com redacção dada pela Lei n.º 5-A/2002, de 11 de Janeiro,e artigo 33.º da Lei n.º 53-F/06, de 29 de Dezembro,submeter à Assembleia Municipal para aprovação:

§ único - As alterações de âmbito formal aos Estatutosda Empresa Municipal «Lx Desporto, E. M.», que passaráa designar-se «LX Desporto, EEM», propostas em anexoque fazem parte integrante da presente proposta.

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD,PS e CDS/PP) e votos contra (PCP, Bloco de Esquerdae PEV).]

ANEXO À PROPOSTA N.º 43/2007

Alterações aos Estatutos da Empresa Municipal «LX Desporto, E. M.»

Alterar a designação de «EM» para «EEM»

Artigo 1.º, n.º 2

Onde se lê: «poderes de superintendência»

Deve ler-se: «poderes de superintendência e tutela»

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Artigo 1.º, n.º 4

A - Onde se lê: «Lei n.º 58/98, de 18 de Agosto - Lei dasEmpresas Municipais, intermunicipais e regionais - »

Deve ler-se: - «Regime Jurídico do Sector Empresarial Local»

B - Onde se lê: «e subsidiariamente pelo Regime das EmpresasPúblicas, vertido no Decreto-Lei n.º 558/99, de 17 de Dezembro»;

Deve ler-se: «e subsidiariamente pelo Regime Jurídicodo Sector Empresarial do Estado»;

C - Onde se lê: «à sociedades comerciais»

Deve ler-se: «às sociedades comerciais»;

Artigo 2.º, n.º 1

A - Onde se lê: «. . .»;

Deve ler-se: «Edifício Municipal, Rua Cais do Gás,ao Cais do Sodré, rés-do-chão - 1249-145 Lisboa»

B - Onde se lê: «durará por tempo ilimitado»;

Deve ler-se: «durará por tempo indeterminado»;

Artigo 16.º

Onde se lê: «g)»

Deve ler-se: «2»

Onde se lê: «h)»

Deve ler-se: «3»

Onde se lê: «i)»

Deve ler-se: «4»

Artigo 18.º (Epígrafe)

Onde se lê: «superintendência»

Deve ler-se: «superintendência e tutela»

Artigo 18.º, n.º 1, n.º 2 e n.º 3

Onde se lê: «superintendência»;

Deve ler-se: «superintendência e tutela»;

Artigo 19.º, n.º 1

A - Onde se lê: «3 000 000,00»;

Deve ler-se: «3 000 000 euros»;

B - Onde se lê: «1 500 000,00 (um milhão e quinhentos mil)»;

Deve ler-se: «1 500 000 euros (um milhão e quinhentos mileuros)»;

Artigo 29.º

N.º 2 - Onde se lê: «Os funcionários da Administração Central,Regional, Local e de outras entidades públicas podem exercerfunções na Empresa, mantendo todos os direitos inerentes aolugar de origem, designadamente, o direito à carreira, à SegurançaSocial, considerando-se para todos os efeitos, o período decomissão de serviço, requisição ou destacamento como tempode serviço efectivamente prestado no lugar de origem.»;

Deve ler-se: «Os funcionários e agentes da AdministraçãoCentral, Regional e Local, incluindo os Institutos Públicos,podem exercer funções na empresa em regime de afectaçãoespecífica ou de cedência especial nos termos da legislaçãogeral em matéria de mobilidade».

N.º 3 - Onde se lê: «Os funcionários da empresa podemexercer funções na Administração Central, Regional, Locale de outras entidades públicas, mantendo todos os direitosinerentes ao lugar de origem, designadamente, o direitoà carreira, à Segurança Social, considerando-se para todosos efeitos, o período de comissão de serviço, requisiçãoou destacamento como tempo de serviço efectivamenteprestado no lugar de origem»;

Deve ler-se: «Podem ainda exercer funções na empresaos trabalhadores de quaisquer empresas públicas em regimede cedência ocasional, nos termos previstos no Código deTrabalho»;

N.º 4 - Onde se lê: «do número anterior»;

Deve ler-se: «dos números anteriores»;

N.º 5 - Onde se lê: «as comissões de serviço, as requisiçõesou os destacamentos»;

Deve ler-se: «as afectações específicas e os acordosde cedência especial»

Artigo 33.º, n.º 2

Onde se lê: «Em regime de comissão de serviço, requisiçãoou destacamento, nos termos do artigo 37.º da Lei n.º 58//98, de 18 de Agosto, mantém o direito à Segurança Social»;

Deve ler-se: «Em regime de afectação específica ou cedênciaespecial mantém a opção pelo direito à Segurança Socialinerente ao lugar de origem, nos termos da legislaçãoem vigor»;

ESTATUTOS DA EMPRESA MUNICIPAL «Lx Desporto,EEM»

CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES FUNDAMENTAIS

SECÇÃO I

Denominação, natureza e sede

Artigo 1.º

(Natureza e denominação)

1 - A Empresa Municipal «Lx Desporto, EEM», adiantedesignada abreviadamente por Empresa, é uma empresapública municipal dotada de personalidade jurídica, comautonomia administrativa, financeira e patrimonial.

2 - A Câmara Municipal de Lisboa exerce em relação àEmpresa os poderes de superintendência e tutela previstosnos presentes Estatutos.

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3 - A capacidade jurídica da Empresa compreende o universodos direitos e obrigações necessários à prossecução do seuobjecto social.

4 - A empresa rege-se pelo Regime Jurídico do SectorEmpresarial Local, pelos presentes Estatutos,subsidiariamente, pelo Regime Jurídico do Sector Empre-sarial do Estado e, naquilo que não for especialmenteprevisto, pelas normas aplicáveis às sociedades comercias,em particular, às sociedades anónimas.

Artigo 2.º

(Sede e duração)

1 - A Empresa tem a sua sede em Lisboa, no EdifícioMunicipal, Rua Cais do Gás, ao Cais do Sodré, rés-do-chão- 1249-145 Lisboa, e durará por tempo indeterminado,podendo criar ou extinguir delegações, agências, sucursais,gabinetes ou qualquer outra forma de representação ondefor julgado necessário para o cumprimento dos seus fins.

2 - Por deliberação do Conselho de Administração a Empresapoderá alterar a sua sede social.

SECÇÃO II

Objecto e atribuição da Empresa

Artigo 3.º

(Objecto social)

1 - A Empresa tem por objecto social:

a) A gestão, administração, conservação, manutençãoe requalificação de equipamentos desportivos perten-centes, seja a que título for, ao Município de Lisboa;

b) A promoção e fomento da prática da actividade físicae desportiva, em todos os seus domínios e planos,com o objectivo fundamental de contribuir para a concre-tização do direito constitucional ao desporto, numaperspectiva de universalidade do acesso à práticadesportiva e de participação dos cidadãos;

c) Estabelecimento de Parcerias Público/Públicas e Público//Privadas, nos termos da legislação aplicável à utilizaçãodo domínio público, da ocupação ou do exercício deactividades desportivas, conexas ou instrumentaisnos terrenos, edificações e outras infra-estruturas quelhe estejam afectas, que a CML determinar;

d) Gestão de concessões atribuídas pelo Município nostermos da lei.

2 - A actividade descrita no número anterior compreendea construção, requalificação, ampliação, reparação, renova-ção, conservação e manutenção, concessão das instalaçõese equipamentos desportivos.

3 - As obras enunciadas no número anterior não carecemde licenciamento se os respectivos projectos tiverem sidoaprovados pela CML.

4 - Complementarmente administrará o património que lhefor afecto, promovendo, designadamente as compras,permutas ou vendas que a Câmara Municipal de Lisboalhe cometer através de deliberação expressa.

5 - A Empresa pode ainda desenvolver outros projectosou acções especialmente cometidos pela Câmara Municipalde Lisboa desde que inseridos ou relacionados com o seuobjecto social.

6 - Acessoriamente a Empresa poderá desenvolver outrasactividades relacionadas com o seu objecto social, desdeque não sejam excluídas por lei.

Artigo 4.º

(Atribuições)

1 - Constituem atribuições da Empresa:

a) Promover e gerir de forma integrada e participadaos equipamentos que lhe tenham sido atribuídos pelaCâmara Municipal de Lisboa, dinamizando a suautilização e aproveitamento;

b) Gerir técnica e administrativamente os equipamentosdesportivos, incluindo o estacionamento de viaturassempre que neles integrado;

c) Promover a manutenção e conservação dos equipamentos;d) Promover a implementação de Parcerias Público/Públicas

e Público/Privadas, após prévio acordo da CâmaraMunicipal, para as instalações desportivas municipais,para as quais se mostre adequado e rentável, no respeitointegral pelo princípio da prossecução do interessepúblico, este tipo de gestão;

e) Assegurar acções de promoção e desenvolvimentodos equipamentos;

f) Assegurar a obtenção de receitas, mediante a exploraçãodos equipamentos, nomeadamente através de fixaçãode tarifas, cobrança de ingressos, preços, taxas, rendasdas concessões ou outras de semelhante natureza,tais como publicidade, vending, entre outras, procedendoàs respectivas actualizações;

g) Promover todas as acções e mecanismos legalmenteprevistos para realizar o controle de execuçãodas concessões dos equipamentos desportivos afectosà Empresa;

h) Efectuar acções de informação junto das populaçõesbeneficiárias, visando a exploração racional dos mesmos;

i) Promover e assegurar a execução das obras de conservaçãoe beneficiação nos edifícios onde se encontrem a funcionaros equipamentos desportivos e, bem assim, promovere assegurar o arranjo dos espaços exteriores circundantes;

j) Promover a compra, venda, permuta, ou concessãode quaisquer bens imóveis que a Câmara Municipallhe cometa, nos termos da legislação em vigor;

k) Promover e assegurar a correcta gestão financeirados seus recursos;

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l) Promover e colaborar com a CML na realização de actividadesfísicas e desportivas diversificadas acessíveis a todosos cidadãos na perspectiva do princípio constitucionalpropugnado no artigo 79.º da Constituição da RepúblicaPortuguesa «Todos têm direito à cultura física e ao desporto»;

m) Desenvolver acções de formação direccionadas paratodos os agentes intervenientes no processo desportivo,nomeadamente os voluntários;

n) Promover exposições, cursos, colóquios, conferênciasou manifestações de qualquer outro tipo que contribuampara a realização do objecto social da Empresa;

o) Desenvolver iniciativas de marketing e de difusãodos princípios da ética desportiva e do «fair play»;

p) Promover o estabelecimento de Protocolos com outrasentidades, públicas ou privadas, no que respeita à gestãode actividades e instalações desportivas;

q) Promover o intercâmbio com instituições congéneresnacionais ou estrangeiras no domínio das suas actividades;

r) Exercer todas as actividades descritas neste artigo e, bemassim, exercer todas as actividades conexas, complemen-tares e subsidiárias relacionadas com as anteriores,praticando todos os actos necessários ou convenientesà boa prossecução das respectivas atribuições;

s) Instaurar e instruir os processos sancionatórios, puniras infracções e cobrar os valores das respectivas coimasque sejam da sua competência no âmbito dos poderesde autoridade que lhe sejam cometidos pelo Municípiode Lisboa.

2 - A Empresa promoverá todas as actividades quecontribuam para a rentabilização económica e financeirado património que gere ou de que é titular e lhe está afecto.

CAPÍTULO II

ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO

SECÇÃO I

Órgãos da Empresa

Artigo 5.º

(Órgãos)

1 - São órgãos da Empresa:

a) O Conselho de Administração;b) O Fiscal Único;c) O Conselho Geral.

2 - Os membros do Conselho de Administração, o Fiscal Únicoe a parte dos membros do Conselho Geral, a nomear pelaCâmara Municipal de Lisboa, são nomeados e exonerados pelaCâmara Municipal de Lisboa, sob proposta do seu Presidenteou do Vereador em quem estiver delegada a competênciarelativa ao Desporto.

3 - Os membros dos órgãos da Empresa tomam posseperante o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa.

4 - O mandato dos titulares dos órgãos da Empresaé coincidente com o dos titulares dos Órgãos Autárquicos,sem prejuízo dos actos de exoneração e da continuaçãode funções até à efectiva substituição.

Artigo 6.º

(Substituição)

1 - Os membros dos órgãos da Empresa cujo mandatoterminar antes de decorrido o período para o qual foramdesignados, por morte, impossibilidade, renúncia, destitui-ção ou perda de direitos ou de funções indispensáveisà representação que exercem, serão substituídos, atravésde acto de nomeação pela CML.

2 - Em caso de impossibilidade temporária, física ou legal, parao exercício das respectivas funções os membros impedidospodem ser substituídos enquanto durar o impedimento.

3 - Tanto nos casos de substituição definitiva como nos desubstituição temporária o substituto é designado pela mesmaforma por que tiver sido designado o substituído, sem prejuízodo disposto no número seguinte, e cessa funções no termodo período para que este tiver sido nomeado, salvo se,no caso de substituição temporária, o substituído regressarantes daquele termo ao exercício de funções.

4 - Nas suas ausências e impedimentos, o Presidente serásubstituído pelo membro do Conselho de Administraçãopor si designado ou, na falta de designação, pelo membrodo Conselho de Administração mais idoso.

SECÇÃO II

Conselho de Administração

Artigo 7.º

(Natureza e composição)

1 - O Conselho de Administração é o órgão de gestão daEmpresa, sendo composto por três membros, um dos quaisé o Presidente.

2 - Os titulares dos órgãos sociais poderão acumular o exercíciodas suas funções profissionais, devendo atender-se, contudo,às incompatibilidades estabelecidas na lei.

3 - Os membros do Conselho de Administração estãodispensados da prestação de caução.

Artigo 8.º

(Funções e competência do Conselho de Administração)

1 - Compete ao Conselho de Administração, praticar todosos actos necessários à administração e gestão da Empresaque sejam adequados e conformes à prossecução do seuobjecto, designadamente:

a) Definir e manter actualizadas as políticas e objectivosgerais da Empresa e controlar permanentemente a suaexecução e adequação;

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b) Tomar e executar as deliberações necessárias à concretizaçãodas orientações recebidas da CML ou do titular em quemesta tiver delegado as suas competências;

c) Superintender nos serviços e na orientação geral da actividadeda Empresa;

d) Estudar e emitir parecer sobre matérias que a CâmaraMunicipal de Lisboa ou o titular em quem esta tiver delegadoas suas competências entendam dever submeter-lhe, noâmbito das atribuições da Empresa e de matérias conexas;

e) Administrar e zelar pelo seu património próprio, bem comoaquele que lhe seja predisposto pelo Município de Lisboa;

f) Adquirir, alienar e onerar direitos ou bens móveise imóveis de acordo com as orientações da CML;

g) Organizar o cadastro dos bens da Empresa e do domíniodo Município a seu cargo, até 31 de Dezembro de cada ano;

h) Contrair empréstimos, angariar financiamentos e realizaroutro tipo de operações, tendo por objectivo a realizaçãodo seu projecto, de acordo com a legislação nesta matéria;

i) Estabelecer a organização técnico administrativa da Empresae as normas do seu funcionamento interno, designadamenteem matéria de pessoal e da sua remuneração;

j) Estabelecer os regulamentos internos referentes aos bense equipamentos a cargo da Empresa;

k) Estabelecer o quadro de pessoal, contratar, louvar oupremiar os trabalhadores, fazer cessar os respectivoscontratos mediante algum dos termos legalmenteadmissíveis e exercer sobre eles os inerentes poderesde direcção e disciplinar;

l) Definir os preços a cobrar pelos serviços e bens a prestar;m) Autorizar a execução dos trabalhos e obras, fixando

os termos e condições a que devem obedecer;n) Elaborar os planos anuais e plurianuais e a demonstração

previsional dos fluxos de caixa;o) Regular o modo de constituição das provisões e das reservas,

o sistema de amortização de bens e o modo de distribuiçãodos resultados de exercício, em tudo o que não contrarieo presente Estatuto;

p) Elaborar anualmente o relatório de actividades;q) Elaborar anualmente o relatório de gestão, balanço,

demonstração de resultados e anexos;r) Submeter a aprovação superior ou autorização dos Órgãos

do Município todos os actos que nos termos da lei e dospresentes Estatutos o devam ser;

s) Representar a Empresa em quaisquer actos em que devaintervir ou em quaisquer contratos a outorgar, podendofazer-se representar por pessoa habilitada para o efeito;

t) Negociar e celebrar todos os contratos necessários àprossecução do objecto social e atribuições da Empresade forma principal ou acessória, independentementedo seu valor ou natureza sem prejuízo no dispostono artigo 18.º do presente Estatuto;

u) Praticar os actos necessários com vista à candidaturapara obtenção de subsídios atribuídos por fundoscomunitários;

v) Praticar todos os actos necessários à exploração dos bense equipamentos de que possa dispor, independentementedo título que legitime tal disponibilidade;

w) Aprovar projectos e actividades que lhe sejam submetidosà apreciação pelos trabalhadores da Empresa;

x) Acolher sugestões dos trabalhadores da Empresa quandoestas contribuam para uma maior eficácia na prosse-cução dos objectivos e atribuições da Empresa e nãocomprometam os instrumentos de planeamento em vigor;

y) Constituir mandatários com os poderes que julgueconvenientes, incluindo os de substabelecer;

z) Designar o pessoal que exercerá competências e prer-rogativas de autoridade pública, nos termos da lei;

aa) Praticar os demais actos que lhe sejam cometidos pelospresentes Estatutos, leis, regulamentos, Órgãos do Municípioou titular em que este tiver delegado as suas competências;

bb) Dirigir e instaurar os processos sancionatórios relativosàs infracções previstas nas atribuições da Empresa.

2 - O Conselho de Administração poderá delegar em qualquerdos seus membros algumas das suas competências,definindo em acta os limites e condições do seu exercício.

3 - Aos membros do Conselho de Administração é aplicávelo regime de assistência e patrocínio judiciário previstono Decreto-Lei n.º 148/2000, de 19 de Julho.

4 - Os membros executivos do Conselho de Administraçãoexercem as suas funções em regime de tempo inteiro.

Artigo 9.º

(Competências do Presidente)

1 - Compete, em especial, ao Presidente do Conselhode Administração:

a) A coordenação das actividades de gestão e administraçãoda Empresa, tendo em vista a realização do seu objecto,no respeito pelas orientações da Câmara Municipal deLisboa ou do titular em quem esta tiver delegado as suascompetências;

b) Exercer a representação da Empresa em juízo e fora dele,activa e passivamente, podendo confessar, transigire desistir no âmbito dos respectivos processos;

c) Convocar e presidir às reuniões do Conselho deAdministração, dirigindo os trabalhos e providenciar pelaexecução plena das deliberações tomadas;

d) Suspender a execução das deliberações do Conselhode Administração que contrariem os presentes Estatutosou enfermem de algum outro vício, submetendo essasdeliberações à apreciação directa do Município;

e) Os efeitos de suspensão mencionada na alínea anteriorcessam com a confirmação da deliberação pelo Município,presumindo-se confirmada na ausência de posiçãoexpressa no prazo de 15 dias úteis, contados do conhe-cimento daquela;

f) Solicitar reuniões conjuntas com o Fiscal Único,quando o entender conveniente;

g) Exercer os poderes que o Conselho de Administraçãonele delegar.

2 - Desempenhar as demais competências estabelecidasna lei, nos presentes Estatutos e nos regulamentos internosda Empresa;

3 - O Presidente, bem como aquele que o substitua,tem voto de qualidade.

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Artigo 10.º

(Estatuto remuneratório)

1 - Aos membros do Conselho de Administração seráatribuída uma remuneração mensal, igual e sucessiva.

2 - O estatuto remuneratório, ajudas de custo, prémiosanuais de gestão e demais regalias dos membros doConselho de Administração são definidos pela CâmaraMunicipal de Lisboa tendo em conta o Estatuto dos GestoresPúblicos.

Artigo 11.º

(Reuniões, deliberações e actas)

1 - O Conselho de Administração fixará as datas ou a periodicidadedas suas reuniões ordinárias e reunirá, extraordinariamente,sempre que o Presidente o convoque ou a maioria dos seusmembros o requeira.

2 - As reuniões do Conselho de Administração terão lugarna sede da Empresa ou noutro local.

3 - O Conselho de Administração não pode funcionar semque esteja presente a maioria dos seus membros.

4 - As deliberações do Conselho de Administração sãotomadas por maioria de votos dos membros presentes.

5 - O direito de voto é estritamente pessoal, sendo proibidoo voto por correspondência ou por procuração.

6 - As actas das reuniões serão lavradas em livro próprioe assinadas pelos membros do Conselho de Administraçãopresentes à reunião.

Artigo 12.º

(Vinculação da Empresa)

1 - A Empresa obriga-se pela intervenção conjunta, atravésda assinatura de dois membros do Conselho de Adminis-tração, devendo um deles ser o Presidente ou quemo substituir.

2 - A Empresa obriga-se ainda pela intervenção,designadamente através da assinatura, de um dos membrosdo Conselho de Administração, de mandatário ou procura-dor, nos actos e contratos para os quais o Conselho deAdministração ou o Presidente tenham delegado poderesdentro dos limites da delegação, do mandato ou da procuraçãooutorgada para o efeito.

3 - Nos actos de mero expediente é suficiente a intervenção,designadamente através da assinatura, de qualquer dosmembros do Conselho de Administração.

SECÇÃO III

Fiscal Único

Artigo 13.º

(Competência)

1 - A fiscalização da Empresa é exercida por um Revisorou por uma Sociedade de Revisores Oficias de Contas, queprocederá à revisão legal, a quem compete, designadamente:

a) Fiscalizar a acção do Conselho de Administração e velarpelo cumprimento das leis, dos regulamentos dos ÓrgãosMunicipais e das orientações dimanadas da CâmaraMunicipal de Lisboa ou do titular em quem esta tiverdelegado as suas competências;

b) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticose documentos que lhe servem de suporte;

c) Participar aos órgãos competentes as irregularidades, bemcomo os factos que considere reveladores de gravesdificuldades na prossecução do objecto da Empresa;

d) Proceder à verificação e conferência dos valorespatrimoniais da Empresa ou por ela recebidos emgarantia, depósito ou outro título;

e) Remeter semestralmente à Câmara Municipal de Lisboainformação sobre a situação económica e financeirada Empresa;

f) Pronunciar-se sobre qualquer assunto de interesse paraa Empresa, a solicitação do Conselho de Administração;

g) Emitir parecer sobre os instrumentos de gestãoprevisional, bem como sobre o relatório do Conselhode Administração e contas de exercício;

h) Emitir parecer sobre o valor das indemnizaçõescompensatórias a receber pela Empresa;

i) Emitir a certificação legal das contas da Empresa.

Artigo 14.º

(Remuneração)

1 - Ao Fiscal Único será atribuída uma remuneração a fixarpela Câmara Municipal de Lisboa nos termos das normaslegais aplicáveis em matéria dos honorários dos RevisoresOficiais de Contas.

2 - A remuneração e demais encargos com o Fiscal Únicoserão suportados pela Empresa.

SECÇÃO IV

Conselho Geral

Artigo 15.º

(Composição)

1 - O Conselho Geral é composto pelos seguintes membros:

a) O Presidente, a designar pela CML, que deverá ser umapersonalidade de reconhecido mérito na área do Desporto;

b) Um representante de cada partido político, ou coligaçãode partidos com representação na Câmara Municipalde Lisboa;

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c) Dois membros, a designar pela Câmara Municipalde Lisboa, sendo um da área da gestão financeira e outrodo Departamento de Desporto da CML;

d) Três membros, a indicar pela Assembleia Municipalde Lisboa;

e) Um representante a indicar pelo Comité OlímpicoPortuguês;

f) Um representante da DECO - Associação Portuguesa paraa Defesa do Consumidor;

g) Um representante a indicar pelos trabalhadores da Empresa.

2 - Os membros do Conselho de Administração da Empresapodem participar nas reuniões do Conselho Geral, mas nãotêm direito a voto.

3 - A Empresa notifica as entidades com direito a nomearrepresentantes nos termos do disposto no n.º 1 do presenteartigo, para que o façam no período de tempo que for fixado,o qual nunca será inferior a dez dias.

4 - Na falta de indicação, no prazo fixado, dos representantesde alguma das entidades referidas no número um do presenteartigo, entende-se que esta prescinde do seu direito de se fazerrepresentar no Conselho Geral, o qual se considera regu-larmente constituído pelos restantes membros indicados.

Artigo 16.º

(Competência)

1 - Compete ao Conselho Geral:

a) Elaborar e aprovar o respectivo Regimento;b) Eleger os membros da mesa;c) Pronunciar-se sobre o programa de actividades da Empresa

e sobre actividades sectoriais por esta prosse-guidas emconformidade com as suas atribuições e competências;

d) Emitir parecer sobre os instrumentos de gestão previsional;e) Pronunciar-se sobre quaisquer assuntos de interesse para

a Empresa, podendo emitir os pareceres ou recomenda-ções que considere convenientes;

f) Exercer os demais poderes que lhe forem conferidospor lei ou pelos Estatutos.

2 - O Conselho Geral reúne sempre que convocado pelo seuPresidente com uma antecedência mínima de quinze diase, pelo menos, uma vez por ano.

3 - O Conselho Geral poderá solicitar ao Conselho deAdministração todos os elementos de informação queentenda necessários para o desempenho das suas funções.

4 - Os pareceres e recomendações do Conselho Geralnão são vinculativos.

Artigo 17.º

(Remuneração)

1 - Os membros do Conselho Geral não são remunerados.

2 - Sem prejuízo no disposto no número anterior, poderá,por deliberação da Câmara Municipal de Lisboa, ser-lheabonada uma importância, a fixar mediante o pagamentode senhas de presença.

CAPÍTULO III

PODERES DA CÂMARA MUNICIPAL DE LISBOA

Artigo 18.º

(Superintendência e tutela)

1 - Os poderes de superintendência e tutela cabem aoMunicípio de Lisboa e são exercidos pela Câmara Municipalde Lisboa.

2 - A Câmara Municipal de Lisboa assegura a supremaciado interesse público e a prossecução das atribuiçõesmunicipais de gestão de espaços e equipamentos desportivosmunicipais entregues à Empresa, mediante o exercíciode poderes de superintendência e tutela estabelecidos nospresentes Estatutos e demais legislação aplicável.

3 - Os poderes de superintendência e tutela compreendem:

a) A orientação da política estratégica da Empresa;b) A emissão de directivas e instruções genéricas

ao Conselho de Administração no âmbito dos objectivosa prosseguir;

c) A autorização de alterações estatutárias;d) A aprovação dos instrumentos de gestão previsional;e) A aprovação do relatório do Conselho de Administração,

as contas de exercício e a proposta de aplicaçãode resultados, bem como o parecer do Fiscal Único;

f) A aprovação ou homologação das tarifas, preços e taxas,nos termos da lei, sob proposta do Conselhode Administração da Empresa;

g) A autorização da aquisição de participação no capitalde sociedades;

h) A autorização da contracção de empréstimos de médioe longo prazo;

i) A definição do estatuto remuneratório dos membrosdo Conselho de Administração e a fixação da remune-ração do Fiscal único;

j) A nomeação dos membros do Conselho de Administraçãoe do Presidente do Conselho Geral;

k) A realização de auditorias e averiguações ao funciona-mento da Empresa;

l) A autorização da implementação de Parcerias Público//Públicas e Público/Privadas;

m) O estabelecimento da relação jurídica da Empresa faceaos equipamentos por si designados para gestão da Empresa;

n) O poder de se pronunciar sobre quaisquer assuntosde interesse para a Empresa, podendo emitir parecerese recomendações que considere convenientes;

o) A supervisão dos actos dos membros dos órgãos sociaisda Empresa, o acompanhamento da sua actividadee o controle da respectiva gestão;

p) A solicitação de quaisquer informações, relatórios oudocumentos relacionados com a actividade da Empresae, bem assim, determinar a abertura de inquéritos,a promoção de inspecções ou a realização de quaisquerdiligências que repute necessárias, independentementedas circunstâncias que lhe possam ter dado origem;

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q) A autorização para aquisição, transmissão, constituição,modificação e extinção de direitos sobre imóveis;

r) A autorização da reavaliação do activo imobilizado;s) A autorização de aquisição e alienação de bens de valor

superior ao anualmente fixado pela Câmara Municipalde Lisboa;

t) A aprovação dos acordos de saneamento económicoe financeiro e os Contratos-programa;

u) O exercício de outros poderes que lhe sejam conferidospela Lei ou pelos presentes Estatutos.

4 - Os poderes da Câmara Municipal de Lisboa previstos nonúmero anterior poderão ser delegados, nos termos da lei,no seu Presidente e, por este, subdelegados em Vereador.

CAPÍTULO IV

CAPITAL E PATRIMÓNIO

Artigo 19.º

(Capital estatutário e património)

1 - O Capital Estatutário é de 4 500 000 euros (quatro milhõese quinhentos mil euros), 3 000 000 euros (três milhões deeuros) dos quais integralmente realizados em numerário.Os restantes 1 500 000 euros (um milhão e quinhentos mileuros) serão realizados seis meses após a data da escrituranotarial de constituição.

2 - Constitui património da Empresa o universo de bens,direitos e obrigações que lhe forem conferidos nos termosdo presente Estatutos, os que adquira na prossecuçãodo seu objecto e das suas atribuições ou aqueles que lhevenham a ser atribuídos a qualquer título.

3 - O Município de Lisboa transferirá para a Empresa osbens e valores que considere necessários e/ou convenientespara a boa prossecução do seu objecto social.

Artigo 20.º

(Transmissão de bens e outros valores)

1 - O Município de Lisboa é o único e legítimo proprietáriodos equipamentos desportivos municipais cuja gestãoe administração seja transferida para a Empresa.

2 - Os bens referidos no número anterior, bem como todosaqueles que o Município, supervenientemente, entendertransmitir, são cedidos à Empresa a título gratuito e precáriopara a prossecução dos seus objectivos.

3 - A extinção da Empresa implica a reversão para o Municípiode Lisboa de todos os seus bens, direitos e obrigações.

CAPÍTULO V

GESTÃO PATRIMONIAL E FINANCEIRA

Artigo 21.º

(Princípios de gestão)

1 - Salvaguardadas as limitações impostas pelos presentesEstatutos ou decorrentes da lei, a Empresa gere com totalautonomia o seu património.

2 - Os investimentos da Empresa devem respeitar o critérioda organização da gestão do seu património e visar a plenaautonomia financeira da mesma relativamente ao Orça-mento da CML.

3 - A gestão da Empresa deve articular-se com os objectivosprosseguidos pelo Município, visando a promoção e desen-volvimento desportivo e assegurando a sua viabilidadeeconómica e equilíbrio financeiro.

4 - Na gestão da Empresa devem ter-se em conta,nomeadamente os seguintes objectivos:

a) Adaptação da oferta à procura economicamente rentável,salvo quando sejam acordadas com a Câmara Municipalespeciais obrigações decorrentes de Contratos-programaa celebrar;

b) Prática de tarifas e preços que permitam o equilíbrioda exploração a médio prazo;

c) Obtenção de índices de produtividade compatíveiscom padrões nacionais e internacionais;

d) Evolução da massa salarial adequada aos ganhosde produtividade e ao equilíbrio financeiro da empresa;

e) Subordinação de novos investimentos e critérios dedecisão empresarial, nomeadamente em termos de taxade rendibilidade, período de recuperação do capital e graude risco, excepto quando sejam acordados com a CâmaraMunicipal outros critérios a aplicar;

f) Adequação dos recursos financeiros à natureza dos activosa financiar;

g) Compatibilidade de estrutura financeira com a rendibilidadeda exploração e o grau de risco da actividade;

h) Adopção de uma gestão previsional por objectivos, assentena descentralização e delegação de responsabilidadese adaptada à dimensão da Empresa.

5 - Por força de imperativos inerentes ao serviço públicodesenvolvido pela Empresa e por expressa indicação daCâmara Municipal, havendo lugar à prossecução de objectivosou investimentos de natureza político-social de que resulteafastamento de princípios de equilíbrio da gestão empresarial,devem ser acordadas as contrapartidas destinadas a reequilibrara equação económica que existiria se não houvesse lugaraos referidos investimentos.

Artigo 22.º

(Instrumentos de gestão previsional)

A gestão económica e financeira da Empresa é disciplinadapelos seguintes instrumentos de gestão previsional:

a) Planos plurianuais e anuais de actividades, de investimentoe financeiros;

b) Orçamento anual de investimento;c) Orçamento anual de exploração, desdobrado em orçamento

de proveitos e orçamento de custos;d) Orçamento anual de tesouraria;e) Balanço previsional;f) Contratos-programa, quando os houver.

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Artigo 23.º

(Receitas)

1 - Constituem receitas da Empresa:

a) As geradas por força da prossecução da sua actividade;b) As que lhe forem atribuídas por transferência

do Orçamento da CML;c) As comparticipações, dotações, subsídios do Estado e de

Institutos Públicos, doações, patrocínios, mecenato,heranças ou legados que lhe sejam atribuídos oudeixados por qualquer pessoa individual ou colectiva,pública ou privada;

d) Os rendimentos dos bens próprios e daqueles que lheestão afectos;

e) O produto da alienação e/ou oneração quer de benspróprios, quer dos que lhe tenham sido afectos e daconstituição de direitos sobre eles;

f) Produto da contracção de empréstimos a curto, médio elongo prazo, bem como a emissão de obrigações e doproduto das mais-valias devidas pela valorização do seupatrimónio;

g) Quaisquer outras que lhe sejam ou venham a seratribuídas por lei ou contrato.

2 - Todas as receitas e créditos, actuais e futuros, relativosunicamente à gestão dos equipamentos desportivos afectosà Empresa «Lx Desporto, EEM» são transferidos paraa Empresa.

Artigo 24.º

(Contratos-programa)

1 - A celebração de Contratos-programa será feita nos termosda lei.

2 - A Empresa celebrará com o Município de LisboaContratos-programa sempre que este pretenda que aquelaprossiga objectivos sectoriais, realize investimentos derendibilidade não demonstrada ou adopte preços sociais.Nos mencionados Contratos serão acordadas as condiçõesa que as Partes se obrigam para a realização dos objectivosprogramados.

3 - Os Contratos-programa integram o plano de actividadesda Empresa para o período a que respeitam.

4 - Dos Contratos-programa deve constar, obrigatoriamente,o montante dos subsídios e das indemnizações compensa-tórias que a Empresa terá direito a receber em contrapartidadas obrigações assumidas.

Artigo 25.º

(Reservas)

1 - A Empresa deve constituir as provisões e reservasjulgadas necessárias, nomeadamente reserva de investimen-tos, reserva social e outras, sendo obrigatória a constituiçãoda reserva legal.

2 - A dotação anual para o reforço da reserva legal não podeser inferior a 10 % do resultado líquido do exercício,deduzido da quantia necessária à cobertura de prejuízostransitados.

3 - A reserva legal só pode ser utilizada para incorporaçãono capital ou para cobertura de prejuízos transitados.

4 - A reserva de investimentos é constituída pela parte dosresultados apurados em cada exercício e, para além disso,o que lhe for anualmente destinado e ainda pelas receitasprovenientes de doações.

5 - A reserva para fins sociais será fixada em percentagemdos resultados e destina-se a financiar benefícios sociaisa atribuir à prestação de serviços colectivos aos trabalha-dores da Empresa.

6 - A Empresa pode ainda constituir outras reservas e fundosconsiderados necessários.

Artigo 26.º

(Aplicação de resultados)

Os resultados positivos líquidos do exercício devem tera seguinte aplicação:

a) Um mínimo de 10 % para constituição de um fundode reserva;

b) O remanescente será aplicado na reserva de investimen-tos, na reserva social e noutras reservas consideradasconvenientes.

Artigo 27.º

(Contabilidade)

1 - A contabilidade da empresa deve respeitar o Plano Oficialde Contabilidade e responder às necessidades de gestão daEmpresa, permitindo um controlo orçamental permanente,bem como a fácil verificação da correspondência entreos valores patrimoniais.

2 - A organização e execução da contabilidade e orçamentos,bem como as respectivas actualizações, devem processar--se em conformidade com os regulamentos a estabelecerde harmonia com os presentes Estatutos e as leis em vigor.

Artigo 28.º

(Prestação e aprovação de contas)

1 - A Empresa elabora, com referência a 31 de Dezembrode cada ano, os seguintes documentos:

a) Balanço;b) Demonstração de resultados;c) Anexo ao balanço e à demonstração de resultados;d) Demonstração dos fluxos de caixa;

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e) Relação das participações no capital de sociedades e dosfinanciamentos concedidos a médio e a longo prazo;

f) Relatório sobre a execução plurianual de investimentos;g) Relatório do Conselho de Administração e proposta

de aplicação de resultados;h) Parecer do Fiscal Único.

2 - Os documentos referidos no número anterior devemser enviados à CML, até 31 de Março, para apreciaçãoe aprovação.

3 - O relatório anual do Conselho de Administração, o balanço,a demonstração de resultados e o parecer do Fiscal Únicodevem ser publicados no «Diário da República», no BoletimMunicipal e num dos jornais mais lidos do Concelho de Lisboa.

CAPÍTULO VI

REGIME DO PESSOAL/REGIME FISCAL

Artigo 29.º

(Regime do pessoal)

1 - O Regime Jurídico do Pessoal da Empresa é definido:

a) Pelas leis gerais que regem o contrato individualde trabalho;

b) Pelos instrumentos de regulamentação colectivade trabalho aplicáveis;

c) Pelas demais normas aplicáveis ao pessoal da Empresa.

2 - Os funcionários e agentes da Administração Central,Regional e Local, incluindo os Institutos Públicos, podemexercer funções na Empresa em regime de afectaçãoespecífica ou de cedência especial, nos termos da legislaçãogeral em matéria de mobilidade.

3 - Podem ainda exercer funções na Empresa os trabalha-dores de quaisquer empresas públicas em regimede cedência ocasional, nos termos previstos no Códigode Trabalho.

4 - Os trabalhadores em exercício de funções na Empresa,nos termos dos números anteriores, poderão optar pelovencimento auferido no seu quadro de origem ou pelacorrespondente às funções a desempenhar.

5 - As afectações específicas e os acordos de cedênciaespecial feitos ao abrigo do presente artigo não determinama abertura de vaga no quadro de origem.

6 - O pessoal que, por deliberação do Conselho de Admi-nistração, for designado para exercer competênciase prerrogativas de autoridade pública, fica investido de taispoderes de autoridade, nomeadamente os constantesno Decreto-Lei n.º 433/82, de 27 de Outubro, destinadosà fiscalização do cumprimento das disposições legaisaplicáveis, no âmbito do seu objecto.

7 - O exercício dos poderes e prerrogativas de autoridadedelegadas na Empresa é regulamentado pelo Conselhode Administração.

8 - No recrutamento devem ser adoptados métodosde selecção adequados à comprovação da competênciae idoneidade dos candidatos.

Artigo 30.º

(Órgão representativo e participação na gestão)

1 - O órgão representativo do pessoal da Empresa é a respectivaComissão de Trabalhadores, cuja constituição e actividadedeve obedecer à legislação em vigor.

2 - A participação na gestão é efectivada pela Comissãode Trabalhadores nos termos do Código de Trabalhoe respectiva Regulamentação.

Artigo 31.º

(Arquivo)

1 - Todos os documentos da escrita principal e a corres-pondência devem ser conservados em arquivo pela Empresapelo prazo de dez anos.

2 - O arquivo referido no número anterior poderá sermicrofilmado depois de autenticados os respectivosdocumentos com a assinatura de responsável indicadopela Câmara Municipal de Lisboa.

3 - Os originais dos documentos microfilmados nos termosdo número anterior poderão ser destruídos.

4 - As reproduções autenticadas dos documentos micro-filmados, nos termos dos números anteriores, têm a mesmaforça probatória que os originais, mesmo que se tratede ampliações de microfilmes.

Artigo 32.º

(Quadro de Pessoal)

O Quadro de Pessoal será submetido pelo Conselho de Admi-nistração à aprovação da Câmara Municipal de Lisboa,num prazo máximo de 90 (noventa) dias após a respectivatomada de posse.

Artigo 33.º

(Regime da Segurança Social)

1 - O pessoal da Empresa está sujeito ao Regime Geralda Segurança Social.

2 - O pessoal da Empresa que exerça funções em regimede afectação específica ou cedência especial, mantém a opçãopelo direito à Segurança Social inerente ao lugar de origem,nos termos da legislação em vigor.

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

492 (70) N.º 68215 Q U I N T A - F E I R A

MARÇO 2007

Artigo 34.º

(Regime Fiscal)

1 - A Empresa está sujeita a tributação directa e indirectanos termos gerais.

2 - O pessoal da Empresa fica sujeito, quanto às respectivasremunerações, à tributação que incide sobre as remune-rações pagas aos trabalhadores das empresas privadas.

3 - A Empresa utiliza, no âmbito das dívidas resultantes dacobrança de prestações pecuniárias, o processo de execuçãofiscal, nos termos do artigo 155.º do Código de ProcedimentoAdministrativo.

CAPÍTULO VII

INTERPRETAÇÃO, EXTINÇÃO E DISPOSIÇÕES FINAIS

Artigo 35.º

(Interpretação)

As dúvidas de interpretação dos presentes Estatutos sãoresolvidas pela Câmara Municipal de Lisboa, que pode delegaressa competência no seu Presidente, autorizando-oa subdelegar em Vereador.

Artigo 36.º

(Extinção, cisão ou fusão)

1 - A deliberação de extinção da Empresa deve ser tomadanos termos e sob a forma prevista na lei para a criaçãode empresas municipais e deve destinar-se a pôr termoà sua actividade, ou pode visar a reorganização das activi-dades da Empresa mediante a sua cisão ou fusão com outras.

2 - Não são aplicáveis à Empresa as regras sobre dissoluçãoe liquidação de sociedades nem os institutos da falênciae insolvência.

Artigo 37.º

(Tribunais competentes)

1 - Compete aos Tribunais Judiciais o julgamento de todosos litígios em que a Empresa seja parte.

2 - É da competência dos Tribunais Administrativos o julgamentodo contencioso de anulação dos actos praticados pelosórgãos da Empresa quando actuem no âmbito do direitopúblico, bem como o julgamento das acções emergentes doscontratos administrativos que celebram e das que se refiramà responsabilidade civil que a sua gestão pública provoque.

- Deliberação n.º 10/AM/2007 (Deliberação n.º 68/CM//2007):

Considerando que na sua reunião de 30 de Janeiro de 2007o Órgão Executivo deliberou submeter, por maioria,através da Proposta n.º 43/2007, à apreciação e votaçãoda Assembleia Municipal, as alterações de âmbitoformal aos Estatutos da Empresa Municipal, denominada«LxDesporto, EEM», nos termos e fundamentos entãoapresentados e que fundamentaram a respectiva proposta;

Considerando que um dos objectivos essenciais da gestãocamarária é a competente e capaz adequação dos recursosfinanceiros aos objectivos traçados nas Grandes Opçõesdo Plano 2007/2010 e Orçamento para 2007, em funçãodas prioridades definidas;

Considerando que na actual proposta se mantém o valorglobal do capital estatutário que é de 4 500 000 euros (quatromilhões e quinhentos mil euros), alterando-se unicamentea forma da sua realização, em função do exposto no pontoanterior;

Considerando que previamente à apreciação desta Propostapelo Órgão Executivo, foi implementado procedimentode modificação do Orçamento em vigor, nos termosdo n.º 8.3.1 do Plano Oficial de Contabilidadedas Autarquias Locais (POCAL), anexo ao Decreto--Lei n.º 54-A/99, de 22 de Fevereiro;

Tenho a honra de propor que a Câmara Municipal delibere,nos termos da alínea a) do n.º 6 do artigo 64.º,e alínea l) do n.º 2 do artigo 53.º da Lei n.º 169/99,de 18 de Setembro, com redacção dada pela Lei n.º 5-A//2002, de 11 de Janeiro, e artigo 33.º da Lei n.º 53-F//2006, de 29 de Dezembro, submeter à AssembleiaMunicipal para aprovação:

§ único - A alteração ao n.º 1 do artigo 19.º dos Estatutosda Empresa Municipal de Desporto «LX Desporto, EEM»,que passará a ter a seguinte redacção:

- «O Capital estatutário é de 4 500 000 euros (quatro milhõese quinhentos mil euros), dos quais 2 500 000 euros(dois milhões e quinhentos mil euros) integralmenterealizados em numerário no acto da escritura.Os restantes 2 000 000 euros (dois milhões de euros)serão realizados após essa data e até ao finaldo 1.º trimestre de 2008».

[Aprovada por maioria, com votos a favor (PPD/PSD), votoscontra (PS, PCP, Bloco de Esquerda e PEV) e abstenções(CDS/PP).]

C Â M A R A M U N I C I P A L D E L I S B O AM U N I C I P A LB O L E T I M

492 (72) N.º 68215 Q U I N T A - F E I R A

MARÇO 2007

Publica-se às 5.as-feirasISSN: 0873-0296 Depósito Legal n.o 76 213/94 Tiragem 800Assinatura Semestral: 59,87 Assinatura Anual: 119,74

Composto e Impresso na Imprensa MunicipalToda a correspondência relativa ao Boletim Municipal deve ser dirigida à CML - Divisão de Imprensa MunicipalEstrada de Chelas, 101 – 1900-150 Lisboa Telef. 21 816 14 20 Fax 21 812 00 36 E-mail: [email protected]