2º relatÓrio - separação de misturas e solubidade das substâncias - 9,3
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2º Prática de LaboratórioTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCOCURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICADISCIPLINA: QUÍMICA GERALPROFESSORA: ANDRÉA FERRAZ
RELATÓRIO DE EXPERIMENTO
“SEPARAÇÃO DE MISTURAS E SOLUBILIDADE DAS SUBSTÂNCIAS”
Alunos: Audenor dos Santos Ribeiro Júnior
Bruno Rafael da Silva Santos
Paulo Marcelo Mudo
Turma: Engenharia Elétrica 2012.2
Data: 14/01/2013
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Juazeiro-Bahia
1. INTRODUÇÃO TEÓRICA
É comum em nosso dia a dia misturarmos ingredientes (suco, café com leite,
bolo), por outra via é comum também no universo químico separar “ingredientes”,
mas usual afirmando: substâncias, heterogêneas ou homogêneas, intercalando
estados físicos líquidos, gasosos e sólidos. Dessa maneira faz-se necessário a
obtenção das mesmas em seu estado mais puro possível, para atingir resultados
corretos e eficientes em pesquisas e experiências. Em Química, separações de
misturas são utilizadas para separar substâncias em um sistema qualquer nos dois
ou mais componentes originais. É realizada para as mais diversas finalidades, da
química analítica à engenharia química ou de petróleo. Dentre os métodos, alguns,
por mais que pareçam ter pouca utilidade, são essenciais em processos de
mineração ou análises farmacêuticas. [1]. Diversas técnicas então existem para tal
fim como: Filtração, Peneiração, Decantação, Centrifugação, Evaporação, Catação,
Sublimação, Levigação, Dissolução simples e fracionadas, Destilação Simples e
Fracionada e Separação magnética.
Elementos inexcluiveis de uma mistura simples são: Soluto e Solvente, em
um exemplo bem didático como água com açúcar ou sal, a água é o solvente e o
açúcar é o soluto, observamos que a água permanece em seu estado original liquido
enquanto que o açúcar desaparece perdendo a propriedade sólida formando com a
mesma um aspecto homogêneo, assim solvente é uma substância que solve outra
permanecendo em seu estado físico comum enquanto que o soluto é uma substância
que se dissolve em outra mudando seu estado físico, por fim solubilidade é em tese
uma mistura saturada, ou seja, o máximo que uma substancia se dissolve em outra a
uma certa temperatura. 1. Propriedade do que é solúvel. 2. Propriedade que possui
uma substância de poder dissolver-se noutra. 3. Concentração do soluto presente
em uma solução saturada. [2].
2. OBJETIVOS
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Aprender a utilizar as técnicas mais simples de separação de substâncias e
usar o conceito de solubilidade nelas separadas, verificando e analisando se os
resultados estão compatíveis com o conceito padrão.
3. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
3.1 Material Utilizado
Vidrarias
1. 2 Béquers de 100 mL.
2. 1 Béquer de 50 mL.
3. Proveta de 50 mL.
4. Vidro de Relógio
5. Bastão de Vidro
Equipamentos
1. Garra para funil
2. Funil
3. Estufa
4. Suporte Universal
5. Chapa de Aquecimento
6. Papel Filtro
7. Pinça Metálica
8. Imã
9. Capsula de Porcelana
10. Banho de Gelo
11. Balança Analítica
Mistura Heterogênea
1. Areia Lavada
2. Limalha de Ferro
3. Cloreto de Sódio
4. Dicromato de Potássio
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Reagente
1. Água Destilada
3.2 Procedimento
A experiência consistia em separar uma mistura heterogênea contendo:
Dicromato de Potássio, Cloreto de Sódio (Sal), Limalha de Ferro e Areia Lavada.
Realizamos a pesagem de todos os materiais uteis aos cálculos, dividimos esse
experimento em seis etapas:
Etapa 1: Dissolução Fracionada
Inicialmente adicionou-se 10 mL de água ao béquer de 100 mL com a
mistura que vamos nomina-lo de béquer 1, aqueceu-se o mesmo até quase a
ebulição, separando assim os Solutos (Cloreto de Sódio e Dicromato de Potássio)
da mistura bruta (Areia Lavada e Limalha de Ferro), também foi aquecido um
béquer de 50 mL contendo 10 mL de água destilada.
Etapa 2: Filtração A
Durante o aquecimento preparamos a estrutura para a Filtração A, fixando o
funil e introduzindo o papel filtro, com a mistura aquecida realizamos a primeira
filtração transferindo a mistura para outro béquer de 100 mL, o béquer 2, utilizamos
os 10 mL de água destilada aquecidos ao béquer 1 para ser utilizado o máximo da
mistura, pesamos a mesma e anotamos o resultado. A primeira filtração resultou na
separação do Dicromato de Potássio com o Cloreto de Sódio da Areia com a
Limalha de Ferro.
Etapa 3: Separação Magnética
Retiramos o papel filtro apoiamos sobre o vidro de relógio e colocamos para
secar, após a secagem pesamos o conjunto e realizamos a separação magnética.
Separando assim a Limalha de Ferro da Areia Lavada, realizamos as pesagens e
anotamos o resultado.
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OBS: Após a etapa 3 continuaramos o relatório como se tivesse ocorrido, ou seja o que esperaríamos que
acontecesse, foi utilizado uma quantidade superior a indicada para o Dicromato de Potássio não
possibilitando o termino da experiência.
Etapa 4: Precipitação
Pesamos o Béquer 2 contendo o Dicromato de Potássio e o Cloreto de Sódio
e o colocamos em banho gelo e esperamos precipitar.
Etapa 5: Filtração B
Após a precipitação, filtramos novamente a mistura contendo agora somente
o Dicromato de Potássio e o Cloreto de Sódio, transferindo-a para o béquer 1 de 100
mL já lavado, utilizando outro papel filtro, apoiamos o mesmo no vidro de re lógio e
colocamos para secar na estufa, após a secagem transferimos o Dicromato de
Potássio para a capsula de Porcelana, fez-se a pesagem e anoutou-se o resultado.
Etapa 6: Evaporação
Por fim tínhamos agora o Cloreto de Sódio e a água que estavam no béquer 1,
para separar o mesmo foi aquecido e esperamos a água evaporar, restando apenas o
Cloreto de Sódio, Pesamos o mesmo e anotamos o resultado.
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
A solubilidade como já foi mencionado é o máximo que uma substância se
dissolve em outra a uma dada temperatura, nosso intuito então além de separar a
mistura é o de medir essa solubilidade em comparação a padrão, assim inicialmente
faz-se necessário à quantificação de todas as substâncias da mistura e a pesagem dos
materiais utilizados. Apresentamos então as massas dos mesmos.
Tabela 1: Massa dos materiais.
Nº MATERIAL MASSA (g)
1 Béquer 1 de 100 mL com a Mistura 47,6751 g
2 Béquer 2 vazio 34,9537 g
3 Capsula de Porcelana 92,8938 g
4 Vidro de Relógio 28,8917 g
5
5 Papel de Filtro 1 0,8873 g
6 Papel de Filtro 2 0,8981 g
A necessidade da eficiência e a realização dos cálculos conduzem também a
termos os valores em gramas de cada substância utilizada na mistura.
Tabela 2: Massa das Substâncias das Misturas.
Nº SUBSTÂNCIA MASSA (g)
1 Areia Lavada 5,0 g
2 Limalha de Ferro 1,0 g
3 Cloreto de Sódio (NaCl) 1,0 g
4 Dicromato de Potássio ( ) 1,0 g
Como já foi mencionado acima não foi possível concluir o experimento,
não obtendo então a separação do Dicromato de Potássio com o Cloreto de
Sódio, dessa maneira não podemos realizar os cálculos que seriam comparados
com o padrão que seriam:
Gráfico 1: Densidade e Solubilidade dos Solventes.
Densidade do Cloreto de Sódio: 2,165 g/cm³ - Solubilidade do Cloreto de Sódio: 35,6 g/100 mL(25ºC)
Densidade do Dicromato de Potássio: 2,676 g/cm³ - Solubilidade do Dicromato de Potássio: 4,9 g/100 mL(25ºC)
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Observando o gráfico e os dados concluímos que o Cloreto de Sódio (NaCl)
tem densidade menor e solubilidade maior que a do Dicromato de Potássio (
).
Concluindo-se essa discussão, o que se pode calcular são os rendimentos das
substâncias utilizadas na mistura que foram separadas, esses cálculos são
importantes e fundamentais para obter os resultados da solubilidade que iriamos
obter. Assim fizeram-se os cálculos das massas restantes, subtraindo-se a massa dos
mateiras com a substância separada da massa do material vazio, após calculamos o
rendimento dessa tal substancia pela seguinte fórmula:
[ R = MR x 100% ] MI
( R : Rendimento / MR : Massa Restante / MI : Massa Inicial)
As subtrações realizadas estão apresentadas na tabela 3.
Tabela 3: Massa das Substâncias.
Nº MATERIAL MASSA DO MATERIAL COM A MISTURA (g)
-- MASSA DO MATERIAL (g)R (g)
1Limalha
de Ferro
Béquer 1+Limalha de Ferro – Béquer 11,0361
39,7311 – 38,6950
2Areia
Lavada
Papel Filtro 1+Areia+Vidro – Papel Filtro 1–Vidro5,3791
35,1581 - 29,7790
Gráfico 2: Rendimento X Massa Restante.
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A tabelas e o gráfico nos mostram que os rendimentos foram acima do
esperado, não positivos, esperava-se ou sempre espera-se que o rendimento seja
inferior a 100 %, contrariamente o rendimento da limalha de ferro foi de 107,582 %
e o da areia lavada foi de 103,61, e massas respectivamente 5,3791 g e 1,0361 g,
para tal fato inusitado subtende-se que a pesagem dos materiais e substâncias ou
quantidade inicial das substancias estavam incertos.
5. CONCLUSÕES
Concluímos e provamos que é possível realizar a separação de substâncias
sejam elas heterogêneas ou homogêneas, separando solido-solido ou solido-
liquido, utilizando técnicas mais simples, a água como solvente universal
auxiliou particularmente essa experiência por ter essa característica
possibilitando a separação dos solutos das demais substâncias existentes, por não
termos concluído o experimento não significa que ele é impossível, o motivo já
foi explicado anteriormente, a temperatura também é um fator fundamental para
as etapas do experimento, pois ela é necessária, dependendo da substância que
queira separar, para a conclusão do experimento. Não foi possível realizar o
cálculo da solubilidade dos solutos, onde faríamos uma comparação com a
solubilidade real, porém nosso trabalho não foi em vão, realizamos o rendimento
da massa da areia e da limalha de ferro, que por sinal não foi o que realmente se
esperava, mas também não foi distante do ideal, por fim em análise geral a
experiência resultou na ampliação de nossos conhecimentos sobre solubilidade
de substâncias e maior habilidade prática nas técnicas de separação.
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6. REFERËNCIAS
[1] Separação de Misturas, Wikipédia: Enciclopédia Livre. Disponível em:
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Separa%C3%A7%C3%A3o_de_misturas
Acessado em: 14 jan. 1993.
[2] HOUAISS, Dicionário Online da Língua Portuguesa. Disponível em:
<http://200.241.192.6/cgibin/houaissnetb.dll/frame?palavra=solubilidad>
Acessado em: 14 jan. 1993.
7. QUESTÕES
1) Não, nenhuma substância tem o grau de pureza de 100%.
2) O primeiro método utilizado foi o da Dissolução Fracionada, esse método é
utilizado para separar sistemas heterogêneos de dois ou mais sólidos, quando
apenas um dos componentes se dissolve em um dado solvente.com um dos
componentes dissolvido, é possível separar-se o outro componente.
Esse método apresenta alta eficiência, porém, não pode ser utilizado se todos
os componentes da mistura forem solúveis no solvente utilizado; o segundo
método foi à Separação Magnética, em que se utiliza um campo magnético
para separar duas substâncias, esse método apresenta também bom
rendimento, com o pesar de que só pode ser utilizado para separar uma
substância metálica de uma não metálica; a Filtração, que é utilizada para
separar um sólido de um fluido, tem uma boa eficiência como método de
separação, um dos pesares desse método é a perda de uma pequena parte do
resíduo da filtração, no caso em particular a areia, que fica no material usado
como filtro, no caso o papel de filtro. E por fim a Evaporação, nesse processo
o líquido é aquecido até evaporar, deixando assim o soluto, seu grande
inconveniente é a perda da parte líquida.
3) Coeficiente de solubilidade pode ser definido como a quantidade de um
soluto necessário para saturar um solvente a uma determinada temperatura.
Os coeficientes de solubilidade do cloreto de sódio e do dicromato de
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potássio em água a 0°C são respectivamente, 35,6g/100 ml e 4,9/100ml,
como o coeficiente de solubilidade aumenta conforme aumenta a
temperatura, ao se resfriar a solução aquosa de dicromato de potássio e
cloreto de sódio, era esperado o aparecimento de corpo de fundo do
dicromato de potássio, visto que esse possui coeficiente de solubilidade
menor que o cloreto de sódio.
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