2º período jesuítico

37
HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL - PERÍODO JESUÍTICO (1549-1759) 1

Upload: marcilio-santos

Post on 25-Jul-2015

129 views

Category:

Education


4 download

TRANSCRIPT

HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO

NO BRASIL - PERÍODO JESUÍTICO

(1549-1759)1

• Início do Capitalismo Comercial na Europa

• Formação dos Estados Nacionais

• Absolutismo monárquico

Contexto da Colonização do Brasil em 1500

2

• Fortalecimento da burguesia mercantil e financeira

• Política Mercantilista

• Grandes navegações

• Reforma e contra-reforma

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PERÍODO COLONIAL

- Necessário para garantir a defesae valorização do território

- Colônia de exploração -fornecimento de gênerosinexistentes na Europa.

- Monocultura.

3

- Agroexportação.

- Latifúndio.

- Escravismo.

- Pacto Colonial - monopólio decomércio da metrópole sobre acolônia.

-Sociedade sem classes;

-Pequeno desenvolvimento técnico: inexistência de

excedentes;

-Trocas rituais;

Primeiros habitantes: a vida em Pindorama

-Trocas rituais;

-Educação indígena: convívio grupal;

-Respeito à memória dos ancestrais;

- Para os invasores: apenas “bárbaros” a serem explorados e

escravizados4

Etapas da colonização no Brasil

• Primeiro momento: desinteresse pela novas

terras

• Expedições de exploração – 1501, 1503

• Expedições guarda-costas – 1516 – 1528

• Estabelecimento de feitorias

5

• Estabelecimento de feitorias

• Expedições colonização - 1530

• Capitanias hereditárias – 1532

• Governo Geral – 1548

Pau-brasil

Ausência da presença indígena

na pirâmide social brasileira

6

na pirâmide social brasileira

entre os séculos XVI e XVIII

4/9/2010 7

4/9/2010 8

TRÁFICO NEGREIRO

Comércio de Escravos

4/9/2010 9

4/9/2010 10NAVIO NEGREIRO

4/9/2010 11Navio Negreiro

4/9/2010 12

4/9/2010 13

4/9/2010 14

4/9/2010 15Venda de Escravos

4/9/2010 16

4/9/2010 17

4/9/2010 18

4/9/2010 19

20

21

Educação no Brasil Colônia

• Objetivo da metrópole: lucro por meio da exploração das riquezas

naturais

• Educação - objetivo de contribuir nesse processo por meio da

conversão dos nativos à fé professada pelos dominadores

22

CRONOLOGIA DA EDUCAÇÃO NO BRASIL COLÔNIA

Fase Heróica: de 1549 a 1570

Catequese

Fase de Consolidação: de 1570 a 1759

23

Fase de Consolidação: de 1570 a 1759

Expansão do Ensino Secundário nos Colégios

Reformas Pombalinas: de 1759 a 1808

Instrução Pública

Primeiro momento: “Soldados de Deus em Terras Selvagens”

• Instituição do Governo Geral – 1549

• Chegada do primeiro governador Tomé de Sousa,

em Salvador, acompanhado por quatro padres e

dois irmãos jesuítas chefiados por Manoel da

NóbregaNóbrega

• Missão: difundir a fé católica

• Objetivos: conversão dos indígenas, por meio da

catequese e instrução

• A ação da Companhia de Jesus assegura a

hegemonia espiritual sobre a colônia

• Conquista pela persuasãoPadre Anchieta

24

AS MISSÕES

Nas Missões Jesuíticas,

os índios foram integrados a

ordem civilizatória do europeu.

Os aldeamentos tinham

como objetivo retirar os nativos

25

como objetivo retirar os nativos

da “ociosidade”, da “preguiça”,

da “indisciplina” e da

“desorganização”.

26

27

Fases do Trabalho Educativo dos Jesuítas

• Primeira Fase: plano de estudos de Manoel da Nóbrega

• Esbarra em resistência no seio da ordem religiosa

• Constituições da Companhia de Jesus (1556) –

concentração dos esforços na educação dos filhos do

colonos e dos futuros padres

• Segunda fase: inspirada nos Princípios da Ratio• Segunda fase: inspirada nos Princípios da Ratio

Studiorum

• Primeiro momento – colonização/exploração: conversão e

instrução indígena

• Segundo momento – povoamento: educação focada no

elementos da cultura européia, para oferecer um brilho

cultural à elite colonial

29

Fase de Consolidação: de 1570 a 1759

Expansão do Ensino Secundário nos Colégios

A estrutura da educação jesuítica a partir do século XVI, pode ser

compreendida da seguinte forma, após a aprendizagem de “ler escrever,

e contar” nos colégios:

�Letras Humanas (Humanidades);

30

�Letras Humanas (Humanidades);

�Filosofia e Ciência (ou artes);

�Teologia e Ciências Sagradas

Esses três cursos eram destinados a formação do humanista, do filósofo e

do teólogo.

Plano Nóbrega X Ratio Studiorum

1. Aprendizado do português

2. Doutrina cristã

3. Escola de ler e escrever

(tradicionalmente oferecido no

interior das famílias)

1. Curso de Humanidades

(estudos menores – quatro

séries de gramática, uma de

humanidades e uma de

retórica)

4. Música instrumental ou Canto

orfeônico

5. Gramática latina ou aprendizado

profissional e agrícola

6. Viagem à Europa

retórica)

2. Curso de Filosofia

3. Curso de Teologia

4. Viagem à Europa

31

• Marcada pela intensa rigidez na maneira de pensar e

interpretar a realidade,

• Especial atenção ao preparo de seus professores

Educação Jesuítica

• Importância social dos religiosos: única força capaz

de influir no domínio do senhor de engenho

• De 1549 a 1759: dezessete colégios e seminários,

um colégio e um recolhimento feminino, vinte e

cinco residências e trinta e seis missões

32

Reformas Pombalinas: de 1759 a 1808

Instrução Pública

Marquês de Pombal primeiro ministro de D.

José I : esforço para recuperar a economia através

da concentração do poder real

Expulsão do jesuítas – 1759

33

Marquês de Pombal

Motivos Apontados:

Enriquecimento dos Jesuítas no Brasil;

Formação do chamado “Império Temporal Cristão”;

Empecilho na conservação da unidade cristã e da

sociedade civil;

Educação Cristã para a Companhia e não para os

interesses do país

Período Pombalino (1750 – 1777)

• Despotismo esclarecido

• Instituição do Estado Laico

• Poder público estatal – agente responsável pela definição de rumos

no campo educacional: oficialização do ensino

• Criação da Mesa Censória, encarregada dos negócios da educação –

17681768

• Criação das Escolas Menores – 1772

• Cobrança do “Subsídio literário” (taxas sobre a carne, o sal, a

aguardente, o vinagre e outros), criado em 1772 e extinto em 1835 -

imposto único destinado à manutenção do ensino primário e

secundário

34

Período Pombalino

• Nomeação dos primeiros professores régios – 1760: um para o Grão-

Pará, dois para Pernambuco

• Alvará de novembro de 1772 – autoriza o funcionamento de 15 aulas

de gramática latina, 3 de línguas gregas, 6 de retórica e 3 de filosofia

racional (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas gerais, Pernambuco,

Maranhão)

• Entre 1778 -1780: indicação de mais doze professores (Rio de Janeiro,

São Paulo, Minas Gerias, Olinda e Pará)

• Aulas régias: pedagogicamente representaram um retrocesso

• Criação de dois colégios: Seminário de Olinda (1798), em Pernambuco

e o Colégio do Caraça (1820), dos padres lazaristas, em Minas Gerais

35

Com a expulsão, saíram do Brasil 124 jesuítas da Bahia, 53 de

Pernambuco, 199 do Rio de Janeiro e 133 do Pará.

Com eles levaram também a organização monolítica baseada no

Ratio Studiorum.

Desta ruptura, pouca coisa restou de prática educativa no Brasil.

36

Continuaram a funcionar o Seminário Episcopal, no Pará, e os

Seminários de São José e São Pedro, que não se encontravam sob a

jurisdição jesuítica; a Escola de Artes e Edificações Militares, na Bahia, e a

Escola de Artilharia, no Rio de Janeiro.

Nesse período, os padres aprenderam a língua tupy-

guarani e elaboraram textos para a catequese, ficando a cargo

de Anchieta a organização de uma gramática tupi.

Inicialmente os curumins aprendiam a ler e escrever ao

lado dos filhos dos colonos. Anchieta usava diversos recursos

para atrair a atenção das crianças: teatro, música, poesia,

37

para atrair a atenção das crianças: teatro, música, poesia,

diálogos em verso. Pelo teatro e dança, os meninos, aos poucos,

aprendiam a moral e a religião cristã. (ARANHA, 2006:140-141)

voltar