2º congresso de tricologia do estado de goiás

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Novas Químicas para cosméticos: Alisamentos Uma abordagem científica Mitos e Verdades Rodolfo Marques

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Page 1: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

Novas Químicas para cosméticos:

Alisamentos

• Uma abordagem científica• Mitos e Verdades

Rodolfo Marques

Page 2: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• 1930 Cabelisador:

Haste de metal aquecida

• 1940 até Dec. 80: Pente de metal

• A partir da década de 50:

Soda Caustica (Hidróxido de Sódio)

Associado ao ferro de passar roupas

• A partir da década de 80:

Produtos compostos com Queratina,

mais suaves e com menor poder de

alisamento. (Relaxamentos)

• A partir do ano de 2000:

Formol em alisamentos capilares

• A partir de 2010?

Novas químicas para alisamento

A História do

alisamento

Page 3: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Marketing x Ciência

• Falta de literaturas científicas

• Composições geralmente

unificadas

Alisamentos

Capilares

Page 4: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

CITOLOGIA

CAPILAR

Page 5: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

Lisos / Lisótricos

Ondulados / Sinótricos

Crespos / Ulótricos

CURVATURA

CAPILAR

Page 6: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Ligação de Hidrogênio

• Ligações Salínas

• Ligação de Dissulfeto

AS LIGAÇÕES

LATERAIS

Page 7: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Alisamentos Físicos

• Alisamentos Químicos

• Alisamentos Físico - Químicos

MECANISMOS DE

AÇÃO

Page 8: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Hidróxidos de: Sódio, Cálcio,

Potássio, Lítio, Magnésio, Carbonato

de Guanidina

• Quantidade máxima permitida por

legislação: 4,5%

• Até 12,58% Fonte: (Boletim

Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)

HIDRÓXIDOS

pH 12,0 a 13,0

Page 9: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

HIDRÓXIDOS

MECANISMO DE AÇÃO

• Ação: Seu alto pH quebra as cadeias salinas, fazendo com que a fibra fique mais

maleável. Sua estrutura extremamente alcalina ainda dissolve uma das ligações de

sulfetos fazendo com que o fio perca força tensora formando o que chamamos de

relaxamento.

• Neutralização: Essa nova cadeia é chamada de Lantionina e é neutralizada através

de ativos ácidos chamados shampoo indicador que fazem com que o fio volte próximo

ao seu pH fisiológico porém já em seu novo formato.

Page 10: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Tioglicolato de Amônio, Lactato de

Etanolamina...

• Quantidade máxima permitida por

legislação: 11%

• Até 12,50% Fonte: (Boletim

Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)

TIOGLICOLATOS

pH 9,0 a 9,5

Page 11: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

TIOGLICOLATOS

MECANISMO DE AÇÃO

• Ação: Promove a quebra da ligação de dissulfeto pelos átomos de enxofre deixando

as cadeias instáveis e maleáveis para assumirem um novo formato que pode ser reto

(liso) ou sinuoso (cacho).

•Neutralização: A cisteína é oxidada pelo processo de oxidação voltando a sua

conformação estrutural porém assumindo o novo formato.

Page 12: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Usado a mais de 50 anos

Cria uma película sobre a fibra que

progressivamente proporciona o

efeito liso, geralmente entre a 15 e 25

aplicação.

Mitos e Verdades

• Henê tem chumbo?

• Henê provoca câncer?

UERJ (Dr. Israel Felzenszwalb)

Por estar em meio ácido se anula o

efeito cancerígeno da composição.

• Henna e Henê:

Henê é um alisante que colore Henna é uma coloração natural

HENÊ

(PIRAGOLOL)

Page 13: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Totalmente proibido para alisamento

capilar.

• Considerado altamente cancerígeno

pela OMS (Organização Mundial de

Saúde)

• Quantidade máxima permitida por

legislação: 0,2%

• Até 10,98% Fonte: (Boletim

Epidemiológico Paulista BEPA Vol. 5 N 54)

FORMALDEÍDO

(FORMOL)

Page 14: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

FORMALDEÍDO (FORMOL)

MECANISMO DE AÇÃO

Ação: Atua formando uma película impermeável na fibra chamada película vítria.

Essa película impede a entrada de hidrogênio evitando que o fio, alisado pelo

processo físico volte ao seu formato original em contato com a água.

Impactos na fibra

• Impede a absorção de nutrientes e óleos essenciais

• Faz com que a fibra se torne rígida e se quebre facilmente.

• Dissolve a membrana celular que envolve a queratina, o que justamente protege,

lubrifica e ajuda a hidratar o fio de cabelo deixando o fio exposto a agressões físicas e

químicas.

Page 15: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

Derivados de Formaldeído (Formol) ou

liberadores de Aldeídos

• Ácido Fórmico (Formol), Formalina,

Glutaraldeído, Ácido Glioxílico,

Carbocisteína, Ácido Carboxílico,

Metanol, Ácido Metanoico, Ácido

Amínico, Ácido Formílico, Ácido

Hidrogênico, Fenoxietanol entre

outros.

• Ácidos Orgânicos

• Ácido da maça, pera etc.

• Veneno de formiga

• Pimenta

• Ácido da cebola (propenilsulfênico)• Chocolate, menta etc...

FORMALDEÍDO

MITOS E VERDADES

Page 16: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Agente condicionante e hidratante

• Estima-se que ela tenha bioafinidade com

as cutículas promovendo a retenção

hídrica.

• Ao ser absorvida associada com o Ácido

Glioxílico, interage com as cadeias

polipeptídicas potencializando o resultado.

MITOS:

• Carbocisteína alisa cabelos?

• Carbocisteína é um aminoácido?

• Aminocarbocisteína é carbocisteína?

Carbocisteína

Page 17: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

ÁCIDO GLIOXÍLICO

MECANISMO DE AÇÃO

AGENTE ÂNIONICO

Ação em composições :Promove o aumento da anionização da fibra favorecendo a

dilatação das cutículas agindo como um facilitador de absorção de outras

composições .

Ação no fio: Ele doa uma molécula de carbono aos sulfetos formando uma nova

cadeia chamada carboxila deixando o fio rígido e facilitando um novo formato

interrompendo assim a força tensora da fibra.

Page 18: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Composto fenólico, proveniente do

metabolismo secundário das plantas.

• Definido como polímeros solúveis em água

que precipitam proteínas

• Propriedades Farmacológicas:

Antioxidantes, Adstringente, Hemostática,

Cicatrizante, Antisséptica entre outras.

TANINO

(ÁCIDO TÂNICO)

Page 19: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

TÂNINO (ÁCIDO TÂNICO)

MECANISMO DE AÇÃO

Ação no fio: Contem grupos hidroxila fenólicos em quantidade suficiente para

permitir a formação de ligações cruzadas com proteína.

No caso da Queratina do cabelo, as ligações com a mesma promovem o

rompimento das ligações laterais entre as queratinas realinhando novamente os

fios pelo calor controlado da prancha.

Page 20: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

• Ureia : Agente Hidratante

Permitido até 10% pela ANVISA

Proibido para mulheres grávidas

Não consegue alisar cabelos

• Ácido Lático: Agente sequestrante,

regulador do pH e acidificante.

Relatos de que a associação com Ácido

Glioxilico, promove a liberação de

Formaldeído, quando submetidos ao calor

da prancha. Porém sem literaturas.

• Ácido Cítrico: Acidificante, umectante e

regulador de pH

Não alisa cabelos

• Ácido Hialurônico: Agente Hidratante

Forma uma película superficial que ajuda a

manter a hidratação.

Ajuda a preservar a integridade das fibras

assim como as capilares.

• Ácido propenilsulfênico (cebola)

Não há na literatura qualquer ligação desse

ácido com os cabelos.

OUTRAS

COMPOSIÇÕES

(MITOS E VERDADES)

Page 21: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

LITERATURAS E BIBLIOGRAFIAS CONSULTADAS

• Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) www.anvisa.gov.br• BEPA Boletim Epidemiológico Paulista volume 5 Num. 54 ISSN 1806-423-X Instituto Adolfo Lutz• International Angency for Research on Câncer. IARC Classification Formal to Humans. www.monographs.iarc.fr• Farmacopéia Brasileira. Parte 1 . 4 Edição São Paulo: Atheneu; 1988. P. 5.1, 6.1 – v.5. 1.7-6• A química da estética capilar como temática no ensino de química e na capacitação dos profissionais da beleza. Universidade Federal de Santa Maria RS , programa de pós Graduação em Ciências.• Manual Técnico Salvatore Cosméticos, 1 Edição 2012 Rodolfo Marques www.salvatorecosmeticos.com.br• Cosmetics: science and technology BALSAN, MS.; SAGARINED, ED: MALABAR KRIEGER PUBLISHING, 1992. V2• Compêndio de Dermatologia BECHELLI, L. M, ED: 6 ATHENEU, 1988• Dermatologia Farmacêutica GANOMAL, AL, JUÍZ DE FORA: 1999• Anatomia e Fisiologia da pele SAMPAIO S. A. P. E RIVITTTI E, ED: ARTES MÉDICAS LTDA 2000• Histologia Básica JUNQUEIRA, L.C; ED: RIO DE JANEIRO GUANABARA KOOGAN S. A, 1999• Propedêutica das doenças do cabelo e do couro cabeludo PERREIRA J. ED: ATENEU, 2001• Ciência Cosmética, ASOCIACIÓN PERUANA DE QUÍMICA COSMÉTICA, CONGRESSO LATINO AMERICANO E IBÉRICO DE QUÍMICOS COSMÉTICOS.• Manual da Terapêutica Dermatológica e Cosmetologia, FONSECA A. ROCA: 2000• Biofísica aplicada a dermocosméticos, GISELE S. G. PATRÍCIA M. C. BRAZILIAN JOURNAL OF PHARMACEUTICAL SCIENCES VOL 45, MAR 2009.• Tricologia e a Química Cosmética Capilar, tradução da quinta edição norte americana, John Halal. Cengage Learning.

Page 22: 2º Congresso de Tricologia do Estado de Goiás

“A melhor de todas as coisas é aprender.

O dinheiro pode ser perdido ou roubado, a

saúde e força podem falhar, mas o que você

dedicou à sua mente é seu para sempre”

(Louis L’Amour)

Rodolfo Marques

facebook.com/rodolfojmarques85