29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/arquivo_jornal.pdf · josias gomes – os dois últimos...

16

Upload: others

Post on 19-May-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e
Page 2: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 20182

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Bárbara Silveira Projeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Alexandre Galvâo, Bárbara Silveira, Gabriel Nascimento e Matheus MoraisRevisão Bárbara Silveira

Fotos Tácio MoreiraComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

CAÇADOR DE FAKE NEWSO governador também tem se preo-cupado em desmentir — seja nas co-letivas de imprensa ou no programa “Papo Correria” — as fake news rela-cionadas a ele ou ao governo. Se foi fake news ele logo diz: “A imprensa deu barrigada”. Agora não passa nada no pente fino do petista.

PUXA-SACOO vereador Kiki Bispo (PTB) passou dos li-mites na puxação de saco ao prefeito ACM Neto. Ele propôs e o democrata aceitou que o Centro de Convenções municipal se chame Antonio Carlos Magalhães. Já com tantas ho-menagens prestadas a ACM, o vereador po-deria passar sem esse constrangimento...

PAI DA OPOSIÇÃODizem na Câmara Municipal de Salva-dor que Leo Prates (DEM) foi o presiden-te que deu mais atenção aos pleitos dos vereadores de oposição. Coincidência ou não, o chamego do democrata com a líder dos oposicionistas na Casa, Marta Rodri-gues, só faz crescer!

HOJE NÃOIncomodado com a quantidade de sel-fies tiradas por um assessor com ele durante um evento, Neto não se fez de rogado e chamou a atenção do rapaz: “Você não se cansa disso, não?” Enver-gonhado, o moço logo saiu de cena ca-ladinho. Xelpo!

Como o pessoal da internet não perdoa nada e nem ninguém, já andam reclamando que um ex-pre-feito de Feira de Santana — que é médico — só posta fotos de gente doente em suas redes sociais. Dá gastura só de olhar...

O governador Rui Costa (PT) tem levado no maior bom humor a composição da chapa que vai encabeçar em busca da reeleição. Sobre a pretensão do presidente da Assembleia, Angelo Coronel, de disputar uma vaga ao Senado, Rui tem dito: “Ele anda doido pra ser promovido a marechal”, e cai na gargalhada!

ADOECEU, CAIU NA REDE

SUBINDO DE POSTO?

EU LÁ E VOCÊ CÁNa viagem de número 400 do go-vernador ao interior, o vice-gover-nador, João Leão (PP), teve que sair mais cedo e o deputado Marcelo Nilo chegou atrasado. A turma do “deixa disso”, que adora abafar um problema, deu logo graças a Deus pelo desencontro!

tácio moreira/metropress

tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress tácio moreira/metropress

tácio moreira/metropress

Page 3: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 3

29/3SÓ ATÉ

Page 4: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 20184

Benefício é garantido a deputados, filhos e companheiros; Ministério Público Federal tenta frear distribuição irregular do passaporte

REGALIA FORA DA LEIDos 39 deputados federais baianos, 32 burlam a lei com passaportes diplomáticos ilegais para familiares

As viagens da família Cajado ao exterior, pelo menos na par-te da imigração, acontecem sem muitos percalços. Munidos do passaporte diplomático – que deveria ser restrito a autoridades e pessoas que prestam serviços ao país – o deputado Cláudio Ca-jado (DEM), sua esposa Andréia e três filhos detêm a cadernetinha vermelha. O uso do documento por famílias de políticos, no en-tanto, não é raro. Um levanta-mento do Jornal da Metrópole aponta que 32 parlamentares in-correm na irregularidade.

Além de permitir que os por-tadores não fiquem em filas co-muns, o benefício faz com que a pessoa receba um tratamento menos rigoroso por parte das autoridades e algumas nações

dispensam o visto para quem tem a autorização. A emissão não custa nada para quem pede, mas quem paga, no fim das con-tas, é o contribuinte brasileiro.

Contatado pela reportagem, Cajado disse ter o documento com permissão do Itamaraty. “Se tenho, é porque permitiram. A minha família, quando viaja, usa sim, pois é o único passapor-te que temos”, reconheceu.

49é o número de documentos emitidos para políticos baianos

Política

Foto Tácio Moreira Texto Alexandre Galvão [email protected] macedo/camara dos deputados

Page 5: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 5

Em 2013, o filho de Lula teve seu

documento invalidado

Tia Eron está entre o hall de parlamentares que embarcam na irregularidade dos passaportes diplomáticos; lei limita benefício Cajado é o deputado com maior número de passaportes diplomáticos emitidos

A emissão do documente se-gue regras estabelecidas pelo Mi-nistério das Relações Exteriores. De acordo com a lei, podem re-querer o passaporte diferenciado o presidente, o vice e ex-coman-dantes da República. Também são autorizados os ministros de Estado e dos tribunais superiores, governadores, funcionários de

carreira diplomática, membros do Congresso Nacional, procurador--geral da República e juízes bra-sileiros em Cortes internacionais.

A concessão a companheiros e aos dependentes das pessoas indicadas depende de aprovação do Itamaraty, que avalia se o so-licitante presta serviço em função de interesse do país no exterior.

Além de Cajado, outros 31 con-gressistas baianos integram o hall dos irregulares: os democratas Ar-thur Maia, Elmar Nascimento, Pau-lo Azi e José Carlos Aleluia; os petis-tas Jorge Solla, Robinson Almeida e Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e Sérgio Brito, todos do

PSD; Márcio Marinho, Pastor Lu-ciano e Tia Eron – licenciada (PRB); João Carlos Bacelar, José Carlos Araújo e José Rocha (PR); Antonio Imbassahy, João Gualberto e Jutahy Júnior (PSDB); Mário Negromon-te Jr. e Roberto Britto (PP); Daniel Almeida (PCdoB), Irmão Lázaro (PSC), Bebeto (PSB), Benito Gama (PTB) e Félix Mendonça Jr. (PDT).

Com a farra generalizada, não só na Bahia, mas também em outros estados, o Minis-tério Público Federal tem ingressado com ações para pedir a suspensão dos docu-mentos de pessoas que não teriam direito a tê-lo. Os ca-sos mais emblemáticos são

dos filhos do ex-presidente Lula e do deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ).

Em 2016, a Justiça Fede-ral entendeu haver “desvio de finalidade” e determinou a nulidade do passaporte di-plomático de Felipe Dytz da Cunha.

LEI LIMITA CONCESSÃO DO PASSAPORTE DIFERENCIADO; SAIBA QUEM TEM DIREITO

DOS 39 DEPUTADOS BAIANOS, 32 BURLAM A LEI

MPF TENTA REVERTER FARRA

6DEPUTADOS

baianos portam exclusivamente o passaporte diplomático.

Dos 39 parlamentares baia-nos, só seis portam apenas o pas-saporte diplomático: Bacelar (Po-demos), Cacá Leão (PP), Davidson Magalhães (PCdoB), Uldurico Junior (PV), Luiz Caetano e Moe-ma Gramacho (PT) – que agora é prefeita de Lauro de Freitas, mas mantém o benefício até 2019.

Uldurico, que é o deputado mais jovem do país, disse ser con-tra até mesmo a cessão de docu-mentos diferenciados para con-gressistas. “Não precisamos ter mais do que a população. Eu fiz uma viagem oficial e usei o meu passaporte comum”, relatou.

ALGUNS AINDA ANDAM NA LINHA

Uldurico cobrou fim da prática e explicação de deputados que aderiram ao passaporte

Política

gustavo lima/camara dos deputados

ananda borges/camara dos deputados

alex ferreira/camara dos deputados

Page 6: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 20186

“Moradores de Lauro de Freitas ficaram sem energia até 20h30”

– Rose Albuquerque, dona de casa

Eram pouco mais de 15h40 quando a energia simplesmen-te acabou para cerca de 5,9 mi-lhões de pessoas ligadas à rede da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), na última quarta-feira (20). Em Salvador, o apagão — que du-rou cerca de três horas — defla-grou um verdadeiro caos, já que quem estava fora de casa pre-cisou enfrentar problemas nas linhas I e II do metrô, ônibus superlotados e enormes con-gestionamentos. “Esperei mais de duas horas no ponto de ôni-bus e nada do carro passar no fim de linha de Pau da Lima. A população fica a mercê”, recla-

mou a comerciária Rita Souza. Sem falar na interrupção de

serviços em órgãos públicos e fechamento de estabelecimen-tos comerciais.

Mas os baianos não foram os únicos “premiados”. Nos es-tados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Rio Grande do Norte, Maranhão, Paraíba, Piauí e Ce-ará, no Nordeste, Amapá, Ama-zonas, Pará e Tocantins, no Norte, a história foi semelhan-te. Até às 21h, não havia infor-mações concretas sobre o que provocou a falta de luz, mas mi-nistro de Minas e Energia, Fer-nando Coelho Filho, disse que o apagão aconteceu por causa de uma falha num transmissor ligado à Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

Brasil

Causas do apagão que atingiu diversos estados ainda não foram esclarecidas pelo Governo Federal

NORDESTE TOTALMENTE ÀS ESCURASInterrupção no fornecimento de energia deixou cidades do Norte e Nordeste sem luz por quase 3 horas

Queda de energia deixou o trânsito

ainda pior na cidade

Foto Tácio MoreiraTexto Gabriel [email protected]

marcelo camargo/abr

Page 7: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 7

Engarrafamento na região do Shopping Salvador teve início logo após a queda de energia Estabelecimentos comerciais ficaram às escuras até o início da noite em Salvador

Brasil

Pelas ruas e avenidas da capital dava para sentir de longe a indignação da popu-lação. Não é para menos: no próximo mês, as contas de energia devem ter um aumen-to de 15,42%. “Se continuar com esses apagões, a conta até que vai vir mais baixa”, ironi-zou Juan Pablo Droguett na página da Metrópole no Face-book. Já a nutricionista Bruna Oliveira relatou o transtorno vivido entre o Stiep e Avenida Tancredo Neves. “O trânsito é ruim às 18h, ficou pior hoje. Demorei mais de 40 minutos nesse trecho. Em dias normais são 15. As sinaleiras todas apagadas”, disse.

O Aeroporto de Salvador também ficou às escuras. No entanto, de acordo com a asses-soria da Vinci Airports, o breu durou somente dez minutos até que os geradores começas-sem a funcionar. Segundo nota, os voos não sofreram atrasos. O apagão também afetou gran-de parte dos shoppings da ci-

dade. O Center Lapa e Piedade, no Centro, fecharam logo após a queda no fornecimento. No Salvador Shopping, algumas lojas permaneceram abertas durante o breu. “É um absurdo. O governo falta com o forneci-mento e nós pagamos a conta”, reclamou a aposentada Neusa Mathis.

QUEDA DE ENERGIA GEROU CAOS NO TRÂNSITO E APAGOU SINALEIRAS

SHOPPINGS FECHADOS: “PAGAMOS A CONTA”

3 HORAS

após o apagão, a luz começou a ser reestabelecida.

Se um engarrafamento de veículos é sinônimo de sufoco, imagine um engarrafamento de gente numa estação de metrô. Foi o que aconteceu em alguns terminais do sistema metrovi-ário da cidade, principalmente na Estação da Lapa. A CCR Me-trô disse que dois trens pararam fora das estações e os passagei-ros precisaram caminhar pelos trilhos até uma parada mais pró-xima. “Caos na Lapa e a popula-ção à espera do metrô”, relatou o passageiro André Santana. Os trens do Subúrbio também dei-xaram de operar no período.

PASSAGEIROS RELATAM CAOS NA LAPA

Metrô parou e estação da Lapa ficou completamente lotada de passageiros

andre santana/foto do leitor

wilson dias/abr

foto do leitor

Page 8: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 20188

Entrevista

O secretário de Infraestru-tura do Estado, Marcus Caval-canti, conversou com Mário Kertész na última terça-feira (20) sobre os investimentos feitos no setor pela gestão de Rui Costa (PT). Na oca-sião, Cavalcanti lembrou a dificuldade na liberação de um empréstimo no valor de R$ 600 milhões pelo Governo Federal, que só foi encami-nhado ao Governo da Bahia após uma ação judicial. “O dinheiro tem sido útil. Temos uma série de obras em execu-ção. São 3 mil quilômetros em

recuperação hoje. Vamos che-gar ao mês de dezembro com 5 mil quilômetros recupera-dos ou em obras. Mesmo as-sim, ainda temos um emprés-timo retido. Conseguimos o primeiro com [ex-presidente da República] Dilma, esse se-gundo agora [que foi barrado] e tem o do Banco Europeu de Investimento que até hoje não tivemos a liberação do governo federal para encami-nhar ao Senado para garantia soberana (...) Impedir inves-timentos é burrice política”, afirmou, citando ainda outros financiamentos que não fo-ram liberados pela União.

Conforme adiantou o se-cretário, o governo vai abrir licitação para a obra da es-trada que liga o município de Santo Antônio de Jesus a Amargosa. “Estamos com uma série de obras em execução. Na semana passada nós tive-mos no município de Várzea Nova dando ordem de serviço para recuperar totalmente a

estrada de Morro do Chapéu a Várzea Nova e Lage do Batata, que era uma que a gente tinha uma série de críticas. Esta-remos no dia 10 em Ipecaetá dando ordem de serviço para começar a obra Santo Estevão a Ipecaetá. Estamos abrin-do proposta da estrada Santo Antônio de Jesus Amargosa”, garantiu.

OBRAS NO INTERIOR

Ponte Salvador-Itaparica promete acabar com a espera nos terminais do ferryboat

Foto Tácio Moreira

“IMPEDIR INVESTIMENTO É BURRICE POLÍTICA”Secretário de Infraestrutura condenou vetos a empréstimos que prejudicam o trabalho na Bahia

Marcus Cavalcanti, secretário Estadual de Infraestrutura

E o secretário não trouxe boas notícias ao motorista que aguarda o início das obras da ponte Salvador-Itaparica. Se-gundo Cavalcanti, o projeto só deve andar após a eleição. “Estamos em um momento de instabilidade, as empresas não querem se arriscar, mas estamos trabalhando e discutindo com todos os interessados”, disse. Ainda de acordo com o titular da Seinfra, o governo já tem o estu-do, o licenciamento ambiental e o projeto de engenharia. “Es-tamos conversando com grupos estrangeiros. Um investimento desses: o Estado não tem con-dição de fazer com recurso pró-prio”, reconheceu.

PONTE SSA-ITAPARICA? SÓ APÓS ELEIÇÃO

Recuperação da BA-233, em Riachão do Jacuípe,

será iniciada

Bahia tem 3 mil quilômetros de

estradas recuperadas

divulgação

Page 9: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 9

Page 10: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 201810

Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

“Tão logo sejam recapeadas, a Transalvador entra com todo o processo de sinalização”

“Vamos levar a rodoviária para Águas Claras. Esse edital será lançado em janeiro. A obra está orçada em cerca de R$ 100 milhões”

“Vou ter um encontro com a Secretaria de Meio Ambiente. Tanta gente está tentando ajudar, mas ainda não saiu uma posição”

– Fabrizzio Muller, superintendente da Transalvador em agosto de 2017– Bruno Dauster, chefe da Casa Civil do Estado em novembro de 2016

– Ivan Cravo, curador do acervo e filho de Mário Cravo em outubro de 2017

Cidade

A GENTE NÃO ESQUECE DE COBRARJornal da Metrópole continua cobrando obras e realizações que ficaram só na promessa

Os políticos e administra-dores públicos da Bahia — e do Brasil — têm um grande pro-blema: não lembram do que falam. Na verdade, a gente acha mesmo é que eles fingem não lembrar, mas é melhor dar o be-nefício da dúvida. Por isso, se-manalmente, o Jornal da Metró-pole elenca algumas promessas ou declarações marcantes sobre obras cujos prazos foram igno-rados pelo Poder Público.

Nesta edição, vamos tratar do acervo de Mário Cravo, no Parque de Pituaçu, da nova rodoviária de Salvador e outras cobranças que nós não esquecemos!

8MESES

é o tempo que já dura a gestão da Vinci no comando do aeroporto

ACERVO MÁRIO CRAVO

NOVA RODOVIÁRIA FAIXAS DA AV. PARALELA

Page 11: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 11

“Nossas prioridades incluem reparos nos banheiros e sistema de ar condicionado”

“Entre um ano e um ano e meio estará em operação [o novo Centro de Convenções]. Pretendemos, ainda nesse mês, abrir uma PMI”

– Vinci Airports, em dezembro de 2017 – Bruno Dauster, chefe da Casa Civil do Governo em agosto de 2017

Cidade

MELHORIAS AEROPORTO NOVO CENTRO DE CONVENÇÕES

Quando pequeno, Álvaro Bahia sonhavaem ser médico e salvar vidas.Do seu sonho, nasceu, em 1965,o Hospital Martagão Gesteira

HospitalMartagão GesteiraHá 53 anoscuidando da saúdede novosSonhadores

Page 12: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 201812

“Nós teríamos outros empregos envolvidos: pessoal de transporte, manutenção”

– Deyvid Bacelar, coordenador Sindipetro

Bahia

DESEMPREGO À VISTABahia deve perder até 700 postos de trabalho com o fechamento da Fafen; refinaria vive realidade similar

Até o fim do primeiro semes-tre de 2018, a Bahia vai perder a Fábrica de Fertilizantes Nitroge-nados da Bahia (Fafen-BA), ins-talada no Polo Petroquímico, que teve o fechamento anunciado pela Petrobras na última terça--feira (20). Dados do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Química, Petroquímica, Plásti-ca e Farmacêutica do Estado da Bahia (Sindiquímica) apontam que o fechamento da unidade de Camaçari vai representar o en-cerramento de aproximadamen-te 700 postos de trabalho — cerca de 300 funcionários próprios e 400 terceirizados.

Para justificar o término dos trabalhos, a Petrobras alegou o prejuízo acumulado nos últimos anos. “Identificou-se que o seg-mento de fertilizantes possuía

historicamente retornos abaixo do esperado. Em 2017, a Fafen--SE e Fafen-BA apresentaram resultados negativos de cerca de R$ 600 milhões e R$ 200 milhões, respectivamente. Além disso, nossa projeção de futuro indi-ca resultados negativos para os próximos 12 anos”, disse, anun-ciando também o fechamento da unidade de Sergipe.

Mas para o coordenador do Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro), o número de desempregados deve ser muito maior. “Quando você observa a cadeira produtiva que gira em torno da Fafen, normalmente, pelo IBGE, você multiplica esse número [700 postos de trabalho] por quatro. Nós teríamos outros empregos envolvidos: pessoal de transporte, hotelaria, manuten-ção que é realizada para Fafen. A redução é para além”, pontuou.

RUI CITA “PÉSSIMA DECISÃO”: “ODEIAM O NORDESTE”

Para o governador Rui Cos-ta (PT) o fechamento da Fafen Bahia e Sergipe foi uma “pés-sima decisão”. “O nosso Brasil está se afirmando como uma nova potência da agricultura fa-miliar. Infelizmente, a nação que quer ser celeiro do mundo fecha essas fábricas. O que o governo

quer fechando duas fábricas tão importantes para a produção de alimentos no Brasil? Vai nos-sa manifestação de repúdio ao governo federal. Eu não consigo entender porque o governo fe-deral e seus aliados nos estados odeiam tanto o Nordeste”, disse, em transmissão no Facebook.

Aproximadamente 15 empresas atuam na Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia, segundo dados do Sindipetro

Funcionários da Fafen se reuniram em ato realizado pelo sindicato da categoria no início da semana, em Camaçari

Texto Bárbara [email protected]

foto do leitor

sind

ipet

ro/d

ivul

gaca

o

Page 13: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 13

Bahia

DESTINO DE CONCURSADOS É INCERTO; SINDICATO TEME

REFINARIA PERDEU MAIS DE 7 MIL POSTOS De acordo com o Sindipe-

tro, não é possível dar garan-tias nem mesmo aos funcio-nários concursados da Fafen. “Há uma incógnita em rela-ção aos concursados da Pe-trobras. O RH vai tentar fazer um processo de transferência dessas pessoas para outras áreas do país, mas pelo que estamos observando, a Pe-trobras não está absorvendo essa quantidade de pessoas”, explicou Deyvid Bacelar.

Prefeito de Camaçari, Eli-naldo Araújo afirmou que vai tentar reverter o quadro que impacta diretamente na eco-

nomia do município. “A in-dústria vem enfrentando di-ficuldades no cenário global que afeta o nosso município a ponto de colocar em risco os empregos das pessoas da cidade”, frisou.

Responsável por 99,32% do refino de petróleo no estado, a refinaria Landulpho Alves, a se-gunda maior do país, também vive dias de crise e instabilidade. “Hoje a refinaria está com 50% da capacidade para favorecer as importadoras. Em 2013 tínha-mos 1.400 concursados e hoje estamos com 870. Terceirizados em 2013 chegamos a 8 mil, hoje temos 1.200. Isso falando das pessoas que trabalham lá den-tro, mas isso tem um efeito cas-cata grande”, explicou o coorde-nador do Sindipetro.Sindicatos cobram solução para a perda de mais de 700 postos de trabalho na Fafen

7,3 MIL

postos de trabalho foram extintos na Refinaria desde 2013.

sindipetro/divulgacao

Page 14: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 201814

Projeto prevê desmatamento de

52 campos de futebol

“Jogado no mato”De acordo com o empresário Luciano Rodrigues, o lixo reciclável não tem o tratamento necessário. “A gente separava e a Prefeitura fazia a coleta. Agora isso não acontece mais. O lixo é jogado no mato”.

Lixo é problemaNo início de março, o Jornal da Metrópole mostrou a revolta de moradores e ambientalistas com a falta de regularidade na coleta de lixo em Boipeba.

Bahia

PRESERVAÇÃO EM RISCOConstrução de resort de luxo na ilha de Boipeba pode desmatar até 52 campos de futebol de vegetação nativa

A construção de um resort em Boipeba, que fica em Cairu, ameaça a sustentabilidade do local. O empreendimento ocu-paria 20% do território da Praia dos Castelhanos, onde o acesso é feito só por barcos. O Projeto Fazenda Ponta dos Castelhanos tem Armínio Fraga, Irineu Ma-rinho, Arthur Bahia e a Voto-rantim como sócios, e pretende construir 69 lotes para implan-tação de residências fixas e de veraneio, píer, aeródromo, cam-po de golfe, além de estradas e infraestrutura.

Apesar da badalação que o projeto deve levar ao arquipéla-go de Tinharé, a empresa alega,

na proposta encaminhada ao Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado da Bahia (Inema), que a construção “terá baixa ocupação e privaci-dade, harmonizando-se com a paisagem e o patrimônio natural insular”.

Na justificativa apresenta-da para obter o licenciamento do projeto, a empresa Mangaba Cultivo de Coco diz ter escolhido Boipeba justamente pelo cuida-do com a natureza adotado no local. “A ilha foi escolhida tanto pela extensão de área disponí-vel, como por suas condições ambientais e natureza exube-rante ainda preservada”. Mas os nativos custam a acreditar na manutenção da calmaria.

LICENÇAS AINDA ESTÃO PENDENTES, DIZ INEMA

A empresa ainda não obteve as licenças legais para iniciar a construção. O Inema afirmou ao JM ter concedido autorização pré-via, que indica a localização inicial do empreendimento, mas ressalta que não liberou a intervenção. Se-gundo a Prefeitura de Cairu, o re-sort está “em fase inicial de licen-

ciamento estadual, porém ainda sem formalização de pedido junto aos órgãos municipais”.

A construtora precisa ainda de autorização da Secretaria de Pa-trimônio da União (SPU), Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Marinha, Tamar/ICMBIo e Fun-dação Cultural Palmares. População acredita que construção vai acabar com o equilíbrio ambiental da área e pede a mudança para outro local da ilha de Boipeba

Praia dos Castelhanos fica em local remoto da ilha de Boipeba, cercada por vegetação nativa, matas e área de mangue

Texto e Fotos Alexandre Galvã[email protected]

Page 15: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 2018 15

Mas moscas irritam“A gente acredita que seja esse acúmulo do lixo que atrai as moscas. O aumento aconteceu depois do Ano Novo e do Carnaval. Não sei se é coincidência. Os hóspedes reclamam muito disso”, apontou Rodrigues.

Prefeitura negaApesar das imagens do lixo amontoado em áreas de Mata Atlântica, a prefeitura de Cairu nega que tenha suspendido o recolhimento de ma-terial reciclável e garante que tudo transcorre dentro da normalidade.

Bahia

PRESERVAÇÃO EM RISCO

O projeto apresentado pela Mangaba Cultivo de Coco pre-vê a devastação de mais de 37 hectares de vegetação — equi-valente a 52 campos de fute-bol em um local onde a mata é quase intocável. Porém, a

planta ressalta que do mon-tante, “apenas 17,8 hectares são de vegetação relevante”, o que corresponde a 25 campos de futebol. Entre os biomas que podem ser destruídos es-tão áreas de manguezais.

UM RESORT E MENOS 37 HECTARES DE VEGETAÇÃO

POPULAÇÃO TENTA FREAR

A criação de novos empregos e a possibilidade de mais desen-volvimento para Boipeba garan-tem a simpatia de alguns nativos com o projeto. Mas o desma-tamento e a descentralização econômica, no entanto, desen-corajam. Moradores criaram um abaixo-assinado, em 2013, para tentar barrar as intervenções e o licenciamento no Inema. O Mo-vimento Boipeba Viva também fez apelo à Secretaria do Desen-volvimento Sustentável (Sedur) para impedir a obra.

Projeto Fazenda Ponta dos Castelhanos detalha área da Ilha de Boipeba e ressalta que maior parte da vegetação que seria dizimada não é “relevante”.

“Ali é uma área que, para construir, tem que desmatar muito”

– Morador que não quis se identificar

LOCALIZAÇÃO

Page 16: 29/3radiocidade.com.br/arquivo/jornal/167/ARQUIVO_JORNAL.pdf · Josias Gomes – os dois últimos fora do mandato; Antonio Brito, Fer-nando Torres, José Nunes, Paulo Magalhães e

Jornal da Metrópole, Salvador, 22 de março de 201816