27mpf - direitos humanos

Upload: pierreobatista

Post on 02-Jun-2018

223 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    1/121

    27MPF GI - PIDH1

    SUMRIO

    Ponto 1.a. Violao de direitos humanos e responsabilidade internacional do Estado....................4

    Ponto 1.b. Relao entre violao de direitos humanos e crimes internacionais conexos:apartheid, tortura, desaparecimento forado, enoc!dio, trabalho e com"rcio escravo, crimes deuerra e crimes contra a humanidade..............................................................................................#

    Ponto 1.c. Proteo internacional dos direitos humanos e a reserva de $urisdio interna doEstado: limites e aplicabilidade do art. %&, para. '#(, da )arta da *+..........................................-

    Ponto %.a. Princ!pio da universalidade dos direitos humanos e o relativismo cultural. ram/ticasdiferenciadas de direitos. * ius coens internacional em mat"ria de direitos humanos................10

    Ponto %.b. Princ!pio da indivisibilidade dos direitos humanos. teoria das 2era3es de direitos.5iferenas entre obria3es decorrentes da arantia de direitos civis e pol!ticos e obria3esdecorrentes da arantia de direitos econ6micos, sociais e culturais..............................................%7

    Ponto %.c. 5ireitos humanos e arantias constitucionais fundamentais: conver8ncias ediver8ncias conceituais. 9ratamento diferenciado entre direitos fundamentais e direitos sociaisna )onstituio ederal.................................................................................................................%;

    Ponto 0.a. Relao entre o reime de proteo internacional de direitos humanos, o direitointernacional humanit/rio, o direito de minorias, o direito de refuiados e o direito internacional

    penal...............................................................................................................................................%#

    Ponto 0.b. Efic/cia vertical e hori

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    2/121

    27MPF GI - PIDH2

    seurana e ordem pJblica, direitos de outros, saJde pJblica, moral pJblica como crit"rio dedelimitao do o

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    3/121

    27MPF GI - PIDH3

    Ponto 11.c. *s pactos internacionais da *+ de 1-CC. 5ireitos proteidos e sistemas demonitoramento.............................................................................................................................11C

    ITEM 1

    Ponto 1.a. Violao d di!ito" #$%ano" !"&on"a'ilidad int!na(ional do E"tado.

    Kherson Maciel Gomes Soares

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada") Resumo dos rupos %;& e %C& )PRO l/via Piovesan. 5ireitos?umanos e 5ireito )onstitucional nternacional, 1% Edio. Ed. AaraivaO /bio )onder)omparato. firmao ?istDrica dos 5ireitos ?umanos, 4& Edio. Ed. AaraivaO EAFP.Fanual Pr/tico de Proteo de 5ireitos ?umanos nternacionais.

    *+i"lao ,"i(a) ), rtios 1&, 0&, 4&, ;&, C&, 0#O )onveno mericana de 5ireitos

    ?umanosO Kurisprud8ncia +acional e nternacionalO

    ntroduo: *s direitos humanos no so um dado, mas um constru!do, frutos de um espaosimbDlico de luta e ao social, sob um vi"s emancipatDrio. 2+o mais se discute, na atualidade,a fora vinculante do 5ireito nternacional dos 5ireitos ?umanos. Esse ramo do 5ireitonternacional consiste no con$unto de direitos e faculdades previstas em normas internacionais,Gue asseura a dinidade da pessoa humana. 2* estudo da proteo internacional aos direitoshumanos est/ intimamente relacionado ao estudo da responsabilidade internacional do Estado,

    pois tal responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    4/121

    27MPF GI - PIDH4

    importante perceber Gue, mesmo nesses contextos excepcionais, o Estado, Guando mitiadeterminados direitos humanos, deve pautar seu comportamento com base no princ!pio da

    proporcionalidade. demais, 2al"m disso, h/ direitos humanos Gue $amais podem ser suspensos,porGue tal medida seria sempre desproporcional. Esses direitos so fixados pelas cl/usulas dederroao como direitos humanos 2no derro/veis. +em sempre so os mesmos direitos.Suem l8, por exemplo, o art. %#T '%( da )onv5? ')onveno mericana sobre 5ireitos?umanos(, vai descobrir Gue ele " mais abranente do Gue o art. 4T '%( do P5)P 'Pactonternacional sobre 5ireitos )ivis e Pol!ticos(. 5ireitos no derro/veis Gue praticamente todasas cl/usulas de derroao t8m em comum so o direito I vida, a proibio da tortura e daescravido e servido, assim como o princ!pio da lealidade 'nulla poena sine lee( e da nodiscriminao por motivos de raa, cor, sexo, idioma, reliio ou oriem social. 'Fanual praticode Proteo de 5ireitos ?umanos, p. 11H(.

    ormas de responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    5/121

    27MPF GI - PIDH5

    mesmo, mas por falta da devida dili8ncia para prevenir a violao '...( 2Essa devida dili8nciaconstitui um air ra

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    6/121

    27MPF GI - PIDH6

    no se poderia invocar a tese defensiva de Gue a violao teria sido ocasionada pelo PoderKudici/rio, Gue seria independente, uma ve< Gue a responsabilidade " do Estado como um todo.

    *it$!a (o%&l%nta!) rtio de autoria de ndr" )arvalho Ramos intitulado

    2Responsabilidade nternacional do Estado por Violao aos 5ireitos ?umanos, artio da R.)EK, Lras!lia, n. %-, p. ;0MC0, abr.Q$un. %77;O

    Ponto 1.'. Rlao nt! iolao d di!ito" #$%ano" (!i%" int!na(ionai" (on:o")a(art)eid; to!t$!a; d"a&a!(i%nto 9o!ado; +no(

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    7/121

    27MPF GI - PIDH7

    )om efeito, a construo da ideia de crimes internacionais " tamb"m fen6meno t!pico de ummundo em Gue h/ certa conver8ncia em relao a uma pauta m!nima de valores e no Gual h/muitas Guest3es Gue di

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    8/121

    27MPF GI - PIDH8

    5ireitos das Pessoas com 5efici8ncia '*+, %77C(O a )onveno nternacional sobre a Proteodos 5ireitos de todos os 9rabalhadores Firantes e dos Fembros de suas am!lias 'Resoluo n&4;Q1;H, da *+, 1--7(O a )onveno contra a 9ortura e outros 9ratamentos ou Penas cru"is,desumanos e deradantes '*+, 1-H4(, a )onveno para a Preveno e Represso do )rime deenoc!dio '1-4H(.

    *it$!a (o%&l%nta!) P*R9EN, Paulo ?enriGue onalves. 5ireito internacional PJblico ePrivado. Aalvador: KusPodivm, %77-. P*VEA+, l/via. 2* direito de asilo e a proteointernacional dos refuiados.n: P*VEA+, l/via. 9emas de 5ireitos ?umanos. Ao Paulo:Fax Nimonad, %770. P*VEA+, l/via. 5ireitos humanos e $ustia internacional. Ao Paulo:Aaraiva, %77C.

    Ponto 1.(. P!oto int!na(ional do" di!ito" #$%ano" a !"!a d 8$!i"dio int!na doE"tado) li%it" a&li(a'ilidad do a!t. 2=; &a!a. 73; da /a!ta da O>U.

    Kherson Maciel Gomes Soares

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada") Resumo dos rupos %;& e %C& )PRO l/via Piovesan. 5ireitos?umanos e 5ireito )onstitucional nternacional, 1% Edio. Ed. AaraivaO M * artio intitulado2 +9ERVE+WX* ?F+9YR )*F* *RF NEZ9F 5E PR*9EWX* 5*A5RE9*A ?F+*A de autoria de 2nita [ons da AilveiraO /bio )onder )omparato. firmao ?istDrica dos 5ireitos ?umanos, 4& Edio. Ed. AaraivaO EAFP. Fanual Pr/tico de

    Proteo de 5ireitos ?umanos nternacionais.*+i"lao ,"i(a) ), rtios 1&, 0&, 4&, ;&, C&, 0#O )onveno mericana de 5ireitos?umanosO Kurisprud8ncia +acional e nternacionalO )arta das +a3es nidas '1-4;(.

    +o3es erais: *s tratados internacionais volvidos I proteo dos direitos humanos, ao mesmotempo em Gue afirmam a personalidade internacional do indiv!duo e endossam a concepouniversal dos direitos humanos, acarretam aos Estados Gue os ratificam obria3es no planointernacional. )om efeito, se, no exerc!cio de sua soberania, os Estados aceitam as obria3es

    $ur!dicas decorrentes dos tratados de direitos humanos, passam ento a se submeter I autoridadedas institui3es internacionais, no Gue se refere I tutela e fiscali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    9/121

    27MPF GI - PIDH9

    Nimites e aplicabilidade do art. %&, para. '#(, da )arta da *+: a incluso da obriao de serespeitarem os direitos humanos na )arta da *+ foi um marco histDrico no 5ireitonternacional PJblico, pois pela primeira ve< os Estados comprometiamMse perante outrosEstados a adotar um comportamento determinado ante os no su$eitos do direito internacional,ou se$a, seus habitantes desprovidos de direitos. Entretanto, a )arta da *+ " um documentoamplo. Aendo um tratado constitutivo de uma orani

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    10/121

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    11/121

    27MPF GI - PIDH11

    Gue a *raniO PENNE9, lain. 5ireito nternacional PJblico. 9rad. V!tor FarGues)oelho. Nisboa: undao )alouste ulben>ian, %770. p. 4;#

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    12/121

    27MPF GI - PIDH12

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumo do rupo do %;& )PRO Resumo do rupo do %C& )PROFarcelo 5. Varella. 5ireito nternacional PJblico. 0 Edio. Ed. AaraivaO lavia Piovesan.5ireitos humanos e $ustia internacional. % ed. Ed. AaraivaO Paulo ?enriGue onalves Portela.5ireito internacional pJblico e privado. % ed. Ed. KuspodivmO Ramos, ndr" de )arvalho.9eoriaeral dos direitos humanos na ordem internacional Q ndr" de )arvalho Ramos %. ed. AoPaulo : Aaraiva, %71%.

    *+i"lao '"i(a: 5eclarao niversal de 1-4H. 5eclarao de 5ireitos ?umanos de Viena'1--0(. )onveno de Viena sobre 5ireitos dos 9ratados ')V59(.

    U>IVERS?*ID?DE E RE*?TIVISMO /U*TUR?*)

    internacionali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    13/121

    27MPF GI - PIDH13

    restrio dos 2direitos inerentes a todo ser humano no estreito fiurino dos 2direitos postospelo ordenamento estatal. *u se$a, os direitos humanos eram locais e no universais, dependendodas leis internas de cada Estado. ssim, cada pa!s poderia, a seu talante, conceder ou retirardireitos dos indiv!duos em seu territDrio. universalidade foi resatada com ainternacionali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    14/121

    27MPF GI - PIDH14

    tradicional. Em relao I ob$eo dita 2eopol!tica, noteMse Gue a mesma cr!tica pode ser feitaem relao a GualGuer tema do 5ireito nternacional. li/s, diaMse Gue " $ustamente no dom!niodos direitos humanos Gue esto sendo desenvolvidos mecanismos coletivos de apurao deviola3es de direitos humanos, Guase $udiciais ou $udiciais, o Gue representa um ine/vel

    proresso rumo ao banimento da seletividade e do double standard atacado pela ob$eo ora emcomento. Suanto I cr!tica 2desenvolvimentista I universalidade dos direitos humanos restaressaltar Gue tal arumento, em s!ntese, nos leva a posterar o o

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    15/121

    27MPF GI - PIDH15

    cidadania com o discurso social, elencando tanto direitos civis e pol!ticos 'arts. 0 a %1(, comodireitos sociais, econ6micos e culturais 'arts. %% a %H(.

    O*US C+GE#S I>TER>?/IO>?* EM M?TARI? DE DIREITOS HUM?>OS

    S$&!io!idad no!%atia. O (on(ito d 8$" (o+n" "$a ol$o no Di!ito Int!na(ional.+o 5ireito nternacional, a norma imperativa em sentido estrito 'tamb"m denominadas normacoente ou norma de $us coens( " aGuela Gue cont"m valores considerados essenciais para acomunidade internacional como um todo, e Gue, por isso, possui superioridade normativa nochoGue com outras normas de 5ireito nternacional. A t9t!lo de conhecimento: )R denomina2norma imperativa em sentido amplo o con$unto de normas Gue cont"m valores essenciais paraa comunidade internacional como um todo, o Gue abrane as obria3es era omnes e as normasimperativas em sentido estrito ')RVN?* RF*A, ndr" de. Processo internacional dedireitos humanos. %. ed., rev. e ampl. Ao Paulo: Aaraiva, %711(. ssim, pertencer ao $us coensno sinifica ser considerado norma obriatDria, pois todas as normas internacionais o so:

    sinifica Gue, al"m de obriatDria, a norma coente no pode ser alterada pela vontade de umEstado e sim pela comunidade internacional como um todo. AabeMse Gue I essa cateoria denormas no se aplica a fiura do 2persistent ob'ector 'utili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    16/121

    27MPF GI - PIDH16

    passaens de votos isolados, defendendo a exist8ncia de uma ordem pJblica internacional, Gueno poderia ser vulnerada pela vontade dos Estados 'exemplo de casos citados: caso 4scarChinn- caso do S!doeste A7ricano- caso da "lata7orma do Mar do Norte(. ssim, em Gue pesemas inJmeras manifesta3es favor/veis da doutrina e dos votos dissidentes de membros detribunais internacionais, a contribuio da )omisso de 5ireito nternacional, ao introdu

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    17/121

    27MPF GI - PIDH17

    $ur!dico internacional contempor@neo e, ento, a norma de direitos humanos " normahierarGuicamente superior no ordenamento, Gue se$a pelo crit"rio material 'conteJdo( ou pelocrit"rio formal 'norma de $us coens(. s conseGu8ncias de tal Gualidade de $us coens dasnormas protetoras de direitos fundamentais no so meramente teDricas. 9ratados tradicionais,como os de extradio, podem ser considerados ofensivos ao $us coens por terem violadodireitos fundamentais do extraditando. Fesmo condutas unilaterais dos Estados ou coletivas,adotadas no seio de orani

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    18/121

    27MPF GI - PIDH18

    Ponto 2.'. P!in(

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    19/121

    27MPF GI - PIDH19

    indivisibilidade dos direitos humanos no plano internacional tamb"m foi reconhecida naPrimeira )onfer8ncia Fundial de 5ireitos ?umanos em 1-CH, patrocinada pela *rani numa confer8nciana d"cada de 1-;7.

    ParteMse do crit"rio do momento histDrico em Gue o direito foi concebido. +o se trata desucesso eracional de direitos, mas de expanso, cumulao ou fortalecimento dos direitoshumanos, todos essencialmente complementares.

    tualmente prefereMse usar o termo dimens3es para diferenciar os direitos civis e pol!ticos,consarados na fase liberal do Estado de 5ireito, daGueles reconhecidos a partir das lutas sociaisao lono do s"culo vinte. Fuitos autores descrevem o direito ao meio ambiente, aodesenvolvimento e ao patrim6nio cultural como direitos de terceira erao e ainda h/ Guem

    acrescente uma Guarta e Guinta erao, em fase de consolidao.Primeira erao: fundamento na liberdade individual, tendo a estrutura de direitos de defesa'presta3es estatais neativas(. Aeunda erao: fundamento na iualdade material, tendo aestrutura de direito prestacionais 'prestao estatal positiva(. 9erceira erao: fundamento nasolidariedade ou fraternidade , so de titularidade coletiva e indivis!veis, no fracion/veisGuanto aos seus destinat/rios. luns autores aventam a exist8ncia de direitos de Guarta erao,liados I democracia participativa 'plebiscito, referendo, iniciativa popular, ao popular( e Idemocrati

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    20/121

    27MPF GI - PIDH20

    9al teoria foi lanada pelo $urista franc8s de oriem checa, [REN VA[, Gue, em)onfer8ncia proferida no nstituto nternacional de 5ireitos ?umanos no ano de 1-#-,classificou os direitos humanos em tr8s era3es, cada uma com caracter!sticas prDprias. ssim,a teoria eracional dos direitos humanos divide os direitos proteidos em tr8s 'para aluns,Guatro( era3es.

    primeira erao enloba os chamados direitos de liberdade, Gue so direitos Is chamadaspresta3es neativas, nas Guais o Estado deve proteer a esfera de autonomia do indiv!duo. Para)+*9N?*, so direitos de defesa, possuindo o car/ter de distribuio de compet8ncias'limitao( entre o Estado e o ser humano, sendo denominados direitos civis e pol!ticos.

    Por isso, so conhecidos como direitos ou liberdades individuais, Gue tem como marco asrevolu3es liberais do s"culo UV na Europa e Estados nidos, Gue visavam restrinir o poderabsoluto do monarca, impinindo limites I ao estatal. Ao, entre outros, o direito I liberdade,iualdade perante a lei, propriedade, intimidade e seurana, tradu

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    21/121

    27MPF GI - PIDH21

    lobali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    22/121

    27MPF GI - PIDH22

    nternacional de 5ireitos )ivis e Pol!ticos e o Pacto nternacional de 5ireitos Econ6micos,Aociais e )ulturais.

    ssim, foram classificados os direitos proteidos em cinco esp"cies, a saber: direitos civis,

    pol!ticos, econ6micos, sociais e culturais. Por direitos civis, entendemMse os direitos deautonomia do indiv!duo contra interfer8ncias indevidas do Estado ou de terceiros. ssim, oconteJdo de tais direitos " relativo I proteo dos atributos da personalidade e dinidade da

    pessoa humana.

    * Pacto nternacional de 5ireitos )ivis e Pol!ticos menciona expressamente o direito I vida'artio Co(, estabelecendo restri3es I pr/tica da pena de morte 'crime rave, fruto de sentenatransitada em $ulado e impossibilidade de sua imposio para menores e mulheres r/vidas(,direito I interidade f!sica, abolindo os tratamentos cru"is, deradantes e desumanos 'artio #o(,direito I liberdade, admitindoMse os trabalhos forados como pena, mas proibindoMseexpressamente a priso por descumprimento de obriao contratual 'artio 11(, o direito ao

    devido processo leal 'artio -o(, o direito de locomoo 'artio 1%(, direito I iualdade perantea lei 'artio %C(, bem como as arantias de um $ulamento $usto, o Gue inclui o direito ao duplorau de $urisdio 'artio 14(, direito I intimidade 'artio 1#(, direito I liberdade reliiosa e seusconsect/rios 'artio 1H(, direito I liberdade de expresso, com a ressalva da proibio de

    propaanda em favor da uerra ou Ddio nacional, racial ou reliioso 'artios 1- e %7(, direito Iassociao, aceitandoMse, contudo, restri3es ao exerc!cio desse direito aos membros das forasarmadas ou at" da pol!cia, o direito a constituir fam!lia sempre de modo consentido e nuncaforado, asseurandoMse a iualdade de direitos e deveres dos esposos 'artio %0( e finalmente odireito da criana a medidas de proteo por parte da sociedade e do Estado 'artio %4(.

    K/ os direitos pol!ticos so direitos de participao, ativa ou passiva, na elaborao das decis3espol!ticas e na esto da coisa pJblica. * Pacto nternacional de 5ireitos )ivis e Pol!ticos

    reconhece o direito de participar, sem GualGuer discriminao odiosa, na conduo dos neDciospJblicos, diretamente ou por meio de representantes. l"m disso, reconhece o direito ao voto emelei3es periDdicas, aut8nticas, reali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    23/121

    27MPF GI - PIDH23

    se inclusive a implementao proressiva da ratuidade da educao de n!vel superior 'artio10(.

    Por fim, os direitos culturais so aGueles relacionados I participao do indiv!duo na vida

    cultural de uma comunidade, bem como a manuteno do patrim6nio histDricoMcultural, Gueconcreti

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    24/121

    27MPF GI - PIDH24

    propiciem o bemMestar a todos Gue residem em seus territDrios. 5ireitos culturais so 2direito depreservar e o

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    25/121

    27MPF GI - PIDH25

    Gue se$am desconstitu!das as conGuistas $/ alcanadas pelo cidado ou pela formao social emGue ele vive. 'RE C0-00# R Q AP, % 9, 7H.%711, rel. )elso Fello(.

    NE9R )*FPNEFE+9R: Fanual Pr/tico de 5ireitos ?umanos nternacionais, Escola

    Auperior 5o Finist"rio PJblico 5a nio, )oordenador Aven Peter>e, %717, p/inas HH a -7.

    ITEM

    Ponto .a. Rlao nt! o !+i% d &!oto int!na(ional d di!ito" #$%ano"; o di!itoint!na(ional #$%anit!io; o di!ito d %ino!ia"; o di!ito d !9$+iado" o di!ito

    int!na(ional &nal.0endell Ara!'o

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumo do rupo do %;& )PRO Resumo do rupo do %C& )PROeore Farlmelstein Nima. )urso de 5ireitos undamentais, %ed., Ao Paulo: tlas, %717OPaulo ?enriGue Portela. 5ireito nternacional PJblico e Privado, 0 ed., Aalvador: Kuspodivm,%711O Valerio de *liveira Fa

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    26/121

    27MPF GI - PIDH26

    Roma de 1--H 'no Lrasil, 5ec. n. 4.0HHQ%77%(. +o se confunde com o 5ireito Penalnternacional, remo do 5ireito das entes Gue reula a cooperao internacional entre os Estadosno combate I criminalidade comum interna.

    Embora estes 5ireitos constituam reimes formalmente distintos cada Gual com sua peculiarnormati

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    27/121

    27MPF GI - PIDH27

    aplicao das normas relativas ao 5ireito dos Refuiados e ao 5ireito ?umanit/rio no excluia aplicao concorrente das normas relativas aos 5ireitos ?umanos 'dado seu car/ter deeneralidade(, o Gue restou reconhecido na )onfer8ncia Fundial de 5ireitos ?umanos 'Viena,

    $unho de 1--0(. obriao passa a ser incondicional e partilhada por todos.Princ!pios comuns ao 5ireito nternacional dos 5ireitos ?umanos e ao 5ireito nternacional?umanit/rio: inviolabilidade da pessoa 'enlobando o direito I vida, I interidade f!sica emental e aos atributos da personalidade(O noMdiscriminao 'de GualGuer tipo(O seurana da

    pessoa 'abarcando a proibio de repres/lias, de penas coletivas e de tomada de ref"nsOobserv@ncia das arantias $udiciais, da inalienabilidade dos direitos e da responsabilidadeindividual(.

    * chamado 5ireito das Finorias serve como contraponto e mitiao do 5ireito dos Povos.EnGuanto este Jltimo relacionaMse com o direito das popula3es de se autoerirem e de se

    autodeterminarem, formando um Estado nacional, aGuele o 5ireito das Finorias relacionaMsecom os deveres cometidos I nao assim constitu!da, o Estado, no sentido de respeitar aseventuais particularidades reliiosas, culturais ou linu!sticas de determinada parcela da

    populao desse mesmo Estado. ssim, o direito de autodeterminao e de autoesto '5ireitodos Povos( encontraMse $uridicamente limitado pelo dever correlato de respeitar a livre expressode eventuais minorias '5ireito das Finorias(.

    mat"ria, depois do fim da Primeira uerra, passou a ser ob$eto de acordos internacionaisespec!ficos, no @mbito da Nia das +a3es e da *+. viente Resoluo 4#Q10;, de 1H dede

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    28/121

    27MPF GI - PIDH28

    tenham aderido ao 9PP, podeMse coitar da responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    29/121

    27MPF GI - PIDH29

    Ponto .'. E9i((ia !ti(al #o!i5ontal d di!ito" #$%ano" BD!itti!$n+C3. O'!i+aod !"&ita! d +a!anti! !"&ito a di!ito".

    0endel Ara!'o e ;ebert !n.(O outra denominao " 2efeitos hori

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    30/121

    27MPF GI - PIDH30

    existem ainda as seuintes teorias: a( Efic/cia indireta 'mediata(: prevalecente na lemanha, estacorrente Gue nea a possibilidade de aplicao direta nas rela3es privadas, pois a )onstituiono investe os particulares em direitos sub$etivos privados, mas ela contem normas ob$etivas,cu$os efeitos de irradiao levam a imprenao das leis civis por valores constitucionais. oKudici/rio sobraria o papel de preencher as clausulas indeterminadas criadas pelo leislador,levando em considerao os direitos fundamentais ou re$eitar, por inconstitucionalidade, aaplicao de normas privadas incompat!veis com tais direitos. aplicabilidade as rela3es

    privadas dependeria, portanto, da atuao do leislador infraconstitucional. Prevalece tal teoriatamb"m na Yustria e na rancaO b( 5everes de proteo: na lemanha, autores ')anaris, sensee(consideram Gue o Estado tem a obriao no apenas de absterMse de violar os direitosfundamentais, mas tamb"m de prote8Mlos diante de les3es e ameaas provenientes de terceiros,inclusive particularesO c( )onver8ncia estatista, de Kuren Ach=abe 'lemanhaM1-#1(:considerando o Estado sempre o ultimo respons/vel por les3es a direitos fundamentais Gue temoriem nas rela3es privadas. ndr" de )arvalho Ramos ensina Gue h/ duas modalidades: a(

    primeira: reconhece no corpo do prDprio tratado a vinculao dos particulares aos direitosproteidos, exemplo: )onveno para a Eliminao de 9odas as ormas de 5iscriminao Raciale a )onveno para a Eliminao de 9odas as ormas de 5iscriminao contra a Fulher'respectivamente, artio %o, 2d, e artio %o, 2e(O b( seunda 'mais comum(: 2consiste emfiscali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    31/121

    27MPF GI - PIDH31

    Em 1--C, RE 1C1.%40Q5, Rel. Fin. )arlos Velloso: Empreado da ir rance. plicou opreceito da sonomia por no vislumbrar raa@" Unida" a &!o%oo $ni!"al do" di!ito" #$%ano") intli+n(ia doa!t. 1=; &a!a. 3; da /a!ta da O>U. Valo! no!%atio da D(la!ao Uni!"al do" Di!ito"H$%ano".

    0endell Ara!'oe La!ra Alencar

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    32/121

    27MPF GI - PIDH32

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumo do rupo do %;& )PRO Resumo do rupo do %C& )PROndr" de )arvalho Ramos. Processo nternacional de 5ireitos ?umanos. Ao Paulo: Aaraiva,%71%O l/via Piovesan. 5ireitos ?umanos e o 5ireito )onstitucional nternacional, 17 ed., AoPaulo: AaraivaO nt6nio uusto )anado 9rindade. ?umani

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    33/121

    27MPF GI - PIDH33

    55? no " um tratado, sendo adotada sob a forma de Resoluo 'Resol.Q*+ %1# (no possuindo fora de lei 'P*VEA+, p. 14C(. Ela foi adotada por unanimidade, fato Guerefora sua fora pol!tica. Aeu texto combinou, de forma in"dita, o discurso liberal com odiscurso social contemplando tantos os direitos civis e pol!ticos 'at" o artio %1(, Guanto osdireitos econ6micos, sociais e culturais 'dos artios %% em diante(. 5eclarao cria um padrom!nimo para proteo dos direitos humanos no @mbito mundial. declarao tem Gualidade defonte $ur!dica 'inspirao( dos tratados internacionais de direitos humanos. l"m dessarepercusso no @mbito internacional, h/ tamb"m, nos textos das constitui3es dos pa!ses com aincorporao I Nei Faior dos direitos proclamados na 55?. Aeundo Eduardo ntunes 'apudP*VEA+, %77-, p. 10-(, Ba 5eclarao consolida a afirmao de uma "tica universal aoconsarar um consenso sobre os valores de cunho universal a serem seuidos pelos EstadosB.

    +a )omisso de 5ireitos ?umanos, houve acalorado debate para definir se a 26nternational illo7 ;!man

    5ireitos ?umanos tem fundamento vinculante no direito internacional costumeiro. K/ comrelao a outros `p.ex. direitos iuais no matrim6nio e possibilidade de mudana de reliio empa!ses isl@micos, " fato, por"m, Gue o consenso sobre sua aceitao como norma $ur!dicadirecionada I proteo obriatDria pelos estados ainda no se acha consolidado, por mais Gue emforos internacionais se afirme recorrentemente o car/ter universalista da declarao.

    ndr" )arvalho Ramos: 2*///, a 2eclarao Eniersal de 2ireitos ;!manos 7oi ori.inalmenteadotada pela

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    34/121

    27MPF GI - PIDH34

    5estaGueMse, por oportuno, o entendimento parcialmente diverente de Fa

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    35/121

    27MPF GI - PIDH35

    Ponto .a . P!o(di%nto" "&(iai" no J%'ito do /on"l#o d Di!ito" H$%ano" daO>U. O" &!o(di%nto" da" R"ol$@" E/OSO/ 12K 1KL. ?" !lato!ia" "&(iai". O"i"t%a d &! !i.

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    36/121

    27MPF GI - PIDH36

    e c( procedimentos de reclamao 'marca: acessibilidade( M antio procedimento 1;70 da)omisso 'reclama3es de indiv!duos(.

    *s procedimentos especiais suriram da pr/tica da )omisso de 5ireitos ?umanos de investiar

    no Estados espec!ficos, mas temas. ?o$e, t8m a finalidade de elucidar e relatar viola3esmacias e sistem/ticas- aos dir. humanos e pode abraner Estados espec!ficos 'mandatosnacionais( ou temas 'mandatos tem/ticos(17. )onsistem em investia3es independentesreali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    37/121

    27MPF GI - PIDH37

    procedimento 1%0;, com a criao de Dros especiais de investiao de car/ter eor/fico pQestudar viola3es ravas e macias de dir. humanos, mas sem limitao com o tema decoloni

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    38/121

    27MPF GI - PIDH38

    alterandoMse a denominao. Trmite: ?/ dois rupos de trabalho: o rupo de 9rabalho sobre)omunica3es e rupo de 9rabalho sobre Aitua3es. * primeiro composto por ; membros,indicados pelo )5?, fa< a triaem das Gueixas, com excluso das an6nimas e as manifestamente

    ile!timas''$u!

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    39/121

    27MPF GI - PIDH39

    viola3es de 5?, Guando constatado Gue estas se inseriam num padro consistente de atuao doEstado violador.

    ?" !lato!ia" "&(iai") relator especial " um e)pert escolhido por um Dro do sistema

    universal '*+( ou reional '*E( pQ preparar relatDrios reulares sobre a situao dos dir.humanos de um determinado pa!s 'relator especial pQ um determinado pa!s(, efetuar visitas inloco'com anu8ncia estatal( ou sobre uma tem/tica de dir. humanos espec!fica 'relator tem/tico(,

    bem como elaborar relatDrios finais com recomenda3es de a3es aos Estados. Ae a pessoa forescolhida pelo Aecret/rio eral da *+, pode ser chamada tamb"m de 2representante especial.ma funo similar pode ser tamb"m a do e)pert independente. * )onselho de 5ir. ?umanostem poderes pQ instituio de relatores especiais / Cr9tica: o Gue " levado em considerao para oestabelecimentos pJblicos por meio de relatores especiais " sobretudo a capacidade de influ8nciado overno iniciador da ideia $unto aos demais membros do )onselho, assim como o peso

    espec!fico ou a frailidade pol!tica do pa!ses Guestionado. ssim, a instituio de relatoresespeciais " um mecanismo de controle pol8mico. Por seu car/ter inevitavelmente seletivo, Gue se

    presta I manipulao pol!tica, o mecanismo tem a sua efici8ncia e validade muitas ve

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    40/121

    27MPF GI - PIDH40

    Trmite ( *ane)o da

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    41/121

    27MPF GI - PIDH41

    espec!ficos de defesa dos direitos humanos. m exemplo " o )omit8 do Pacto nternacionalsobre os 5ireitos )ivis e Pol!ticos 'P5)P(. )omp3e o chamado sistema vertical de proteo,tendo em vista Gue a responsabilidade de efetuar o monitoramento " atribu!da a Dros

    internacionais.RlatN!io" &!iNdi(o" " o principal mecanismo no contencioso, pelo Gual os Estados, aoratificar os tratados, comprometemMse a enviar informes sobre as a3es Gue reali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    42/121

    27MPF GI - PIDH42

    sociedade civil 'aumento das fontes alternativas('shaddo= report(Oiii( a diversidade dos )omit8sprodu< pr/ticas desiuais e sobrecara de trabalhos nos Estados, com poss!veis redund@ncias nosrelatDrios.'coordenao de esforosO evitaMse repetio de trabalhos(O iv( recomenda3es

    contraditDrias ou suicidas entre os )omit8s 'no so vinculados, necessidade de um sistemaunificado(O v( sem 7ora inc!lante: o sistema convencional no contencioso baseiaMse nodi/loo e na implementao volunt/ria dos direitos proteidos., o Gue explica pouca repercussoGue suas observa3es possuem no Lrasil da atualidade.

    ssim, o 2calcanhar de Guiles do sistema de relatDrios " a inexist8ncia de um sistema maisefetivo de responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    43/121

    27MPF GI - PIDH43

    pelos princ!pios do contraditDrio e da ampla defesa. 0o(: no m"rito, a )omisso delibera e fixa aexist8ncia ou no de violao de direito proteido e, em caso positivo, estabelece medidas aoEstado infrator. Esta via de acesso tamb"m " destinada a pessoas coletivas, como representantes

    da sociedade civil e *+s.

    pressuposto para sua aceitao o esotamento pr"vio dos recursos internos. l"m desse, "tamb"m reGuisito de admissibilidade Gue no ha$a litispend8ncia internacional, ou se$a, Gue noha$a outro Dro de monitoramento analisando a Guesto em @mbito internacional. Em tese, h/um pra

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    44/121

    27MPF GI - PIDH44

    Ponto .(. Di!ito" #$%ano" o'!i+a@" erga (artes erga omnes. Di!ito d E"tado"int!9!i!% % "it$a@" d +!a" iola@" d di!ito"

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    45/121

    27MPF GI - PIDH45

    )orte, nesse caso, traou importante distino entre obria3es de um Estado para com acomunidade como um todo %erga omnes'e entre um Estado e outro na esteira da proteodiplom/tica. Essa diferenciao delineou as obria3es er.a omnes07como normas Gue alberam

    interesse $ur!dico de toda a comunidade internacional, por isso sua violao ense$aresponsabilidades Gue extrapolam as obria3es entre EstadoMinfrator e seus indiv!duos, ou entreaGuele e o EstadoMv!tima.

    9al percepo, pautada no conceito de obria3es er.a omnes, est/ assente no pro$eto de %771 da)omisso de 5ireito nternacional das +a3es nidas sobre Responsabilidade nternacional,mais especificamente no seu artio 4H.1, onde um Estado pode invocar a responsabiliic 8T alo 9P decidiuGue todos os Estados t8m interesse Kur!dico de ver cumpridas as obria3es er.a omnes/ +adeciso da )K, no caso arcelona Tration, fe< diferenas entre direitos humanos

    b/sicosQfundamentais 'car/ter er.a omnes( e dir. humanos erais. Essa diferenciao perdeimport@ncia Guando h/ tratados, por"m anha fora na aus8ncia desses, uma ve< Gue, cada veationsrechte ou Komm!ni>ations7reiheit " bivetorial, enlobando o direito docomunicante e o do recipiente 'Eu8nio rao, em resposta a recurso da prova ob$etiva %C&)PR(. AituaMse dentro da liberdade de expresso. ideia eral " Gue ninu"m pode ser obstadode expressar o pensamento ou de sofrer GualGuer esp"cie de danos pelo exerc!cio dos direitoscomunicativos. * direito de comunicarMse livremente conectaMse com a caracter!stica dasociabilidade, essencial ao ser humano 'Fendes e Lranco, p. %-#(. liberdade de expresso 'naGual inseridos os direitos comunicativos( " instrumento valoroso para o funcionamento e a

    preservao da democracia, eis Gue o pluralismo de opini3es " essencial para Gue a vontade seforme livremente.

    %. )onceito. 2EntendeMse por direitos comunicativos a liberdade de expressar opini3es, pontos devista reliiosos e conceitos em ci8ncia e arte, assim como os direitos de Guem sofre o impactodessa expresso. 'Suesto 10 do %C& )PR(. *s direitos comunicativos abranem no sD aliberdade de expressarMse, mas, tamb"m, imp3e deveres e limites Gue se forem violadossu$eitaro o infrator a sano. +o Lrasil, as san3es podem ser de nature

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    69/121

    27MPF GI - PIDH69

    0. Nimites. s liberdades pJblicas no so incondicionais, por isso devem ser exercidas demaneira harm6nica, observados os limites definidos na prDpria ) 'art. ;&, \ %&, primeira parte('A9, ?) H%.4%4(. 5e modo eral, " vedado fa

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    70/121

    27MPF GI - PIDH70

    pluralista, em Gue reine a toler@ncia, para fins de preservao dos valores inerentes a umasociedade pluralista e da dinidade da pessoa humana.

    verdade tamb"m " uma forma de limite aos direitos comunicativos, dado Gue a liberdade de se

    expressar no implica a de mentir, especialmente por parte dos aentes pJblicos. Para a doutrina,a verdade, na sua dimenso "tica, e mesmo na sua dimenso f/tica, pode ser considerada como ofundamento da liberdade de expresso e comunicao. ')arvalho, p. C#-(. Por fim, a violao dosiilo das comunica3es tamb"m " uma forma de limitao, pois o direito de ouvir no abrane ode violar o seredo de outrem, Guando este no autori

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    71/121

    27MPF GI - PIDH71

    +o entanto manifesta3es de GualGuer ordem Gue no se destinem a fao V. de. 2ireitos ;!manos das "op!laDes 6nd9.enas. Revista5ireitos ?umanos, p. 1-. A?, Falcolm +.2ireito 6nternacional.

    *+i"lao '"i(a: 5eclarao niversal sobre a 5iversidade )ultural '%771(. )onveno sobrea Proteo e Promoo da 5iversidade das Express3es )ulturais '%77;(. )onveno 1C- da *9.

    5eclarao das +a3es nidas sobre os 5ireitos dos Povos nd!enas. 5ecreto n.& H7.-#HQ##')onveno Relativa I Proteo do Patrim6nio Fundial, )ultural e +atural, de 1-#%(. 5ecreton.& %.;1-Q-H ')onveno sobre 5iversidade LiolDica, de 1--%(. 5ecreto n.& C.747Q7# 'Pol!tica

    +acional de 5esenvolvimento Austent/vel dos Povos e )omunidades 9radicionais(.

    1. Povos ind!enas e comunidades tradicionais em face do 5ireito nternacional. Para o 5ireitonternacional a expresso BpovoB est/ liada ao princ!pio da autodeterminao dos povos 'art. 1&,item %, da )arta das +a3es nidas e art. 1&, item 1, do Pacto nternacional sobre os 5ireitosEcon6micos, Aociais e )ulturais(, o Gue confere o direito de determinar livremente o seu

    Bestatuto pol!ticoB. resoluo n. 1;14 'UV(, conhecida como 5eclarao sobre a )oncesso dendepend8ncia aos Pa!ses e Povos )oloniais, adotada em 1-C7, por oitenta e nove votos a

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    72/121

    27MPF GI - PIDH72

    autodeterminaoO em virtude desse direito, livremente determinam seu qstatusq pol!tico elivremente buscam seu desenvolvimento econ6mico, social e cultural 'Aha=, p. 1HH(.

    )onstituio brasileira no utili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    73/121

    27MPF GI - PIDH73

    +o Lrasil, so reconhecidos como comunidades tradicionais as popula3es ind!enas,Guilombolas, ribeirinhos, Guebradeiras de coco babau, serinueiros, faxinalenses, comunidadesde fundos de pasto, pomeranos, cianos, erai

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    74/121

    27MPF GI - PIDH74

    prol das era3es futuras e atuais. ( princ!pio do acesso eGuitativoO h( princ!pio da abertura e doeGuil!brio, isto " a abertura a outras culturas do mundo para favorecer a diversidade dasexpress3es culturais.

    4. nforma3es erais sobre este ponto. nstitucionalmente o FP Guer arantir os direitos dospovos e comunidades tradicionais, especialmente: !ndios e GuilombolasO comunidadesextrativistas e ribeirinhasO cianos e outros. atuao do FP visa a asseurar a esses povos:demarcao, titulao e posse das terras tradicionalmente ocupadasO saJde e educaoO reistrocivil, com autoidentificaoO autossustentaoO preservao cultural. * FP tamb"m ae paraGue o uso da terra pelas comunidades tradicionais ocorra dentro dos princ!pios dedesenvolvimento sustent/vel, baseado na erao de renda a partir da manuteno dos recursosnaturais. instituio se orienta por estudos antropolDicos sobre os costumes, tradi3es enecessidades desses povos e pelo preceito constitucional Gue estabelece a pluralidade de etnias e

    culturas do Estado brasileiro. atuao do FP na defesa dos direitos das comunidadestradicionais ocorre principalmente por meio de: a3es civis pJblicasO termos de a$ustamento decondutaO recomenda3es a Dros overnamentais como unai, unasa e ncra. * FP tamb"m

    prop3e pol!ticas de educao e saJde para essas comunidades e ae como mediador de conflitospela posse de terras ocupadas por ind!enas, Guilombolas ou ribeirinhos, assim como emneocia3es entre a unai e lideranas ind!enas.

    ;. 5ec/loo dos direitos dos povos ind!enas e comunidades tradicionais '5uprat(: 1( * Lrasil "uma sociedade plural, onde se respeitam todos os rupos "tnicoMculturaisO %( )ada rupo "tnicoMcultural constitui uma coletividade com modos prDprios de fa

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    75/121

    27MPF GI - PIDH75

    Ponto 7.(. Valo! do t!atado d di!ito" #$%ano" na /on"tit$io Fd!al. Hi!a!4$ia"$&!al+al. T!atado" 4$ialnt" a %nda" (on"tit$(ionai".

    Andr( 8stima de So!za Leite e Aderr!an

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    76/121

    27MPF GI - PIDH76

    Em relao ao 5ecreto de Promulao, ndr" de )arvalho Ramos '%71%, pp. %41( defende asua desnecessidade para todo e GualGuer tratado incorporado, pois 2a publicidade da ratificao eentrada em vior internacional deve ser apenas atestada 'efeito meramente declaratDrio( nosreistros pJblicos dos atos do Finist"rio das Rela3es Exteriores '5i/rio *ficial da nio(.

    +a doutrina tem prevalecido Gue os tratados internacionais de direitos humanos tem nature

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    77/121

    27MPF GI - PIDH77

    1. >o@" G!ai". restrio I pena de morte visa salvauardar o direito I vida em seu aspectovertical, Gue, seundo ndr" de )arvalho Ramos, envolve a proteo da vida nas diferentes fases

    do desenvolvimento humano 'da fecundao I morte(, esse direito consistiria no 2direito a nointerrupo dos processos vitais do titular mediante interveno de terceiros e, principalmente,das autoridades estatais. ?/ ainda a sua dimenso hori

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    78/121

    27MPF GI - PIDH78

    excepcionalmente, a aplicao da pena de morte caso o Estado, no momento da ratificao ouadeso, declare Gue se reserva o direito de aplic/Mla em tempo de uerra, por delitos sumamenteraves de car/ter militar.

    >a /onno ?%!i(ana d Di!ito" H$%ano"; a !"t!io &na d %o!t (on"ta doa!ti+o =; it% 2; in !'i") Bno" &a

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    79/121

    27MPF GI - PIDH79

    ?TE>O) tais conhecimentos foram exiidos na Guesto 14 prova ob$etiva do %C&, Gueconsiderou correta a seuinte assertiva: %'o!a no &!oi'ida $ni!"al%nt a &na d%o!t3; # "$a a'olio n$% J%'ito !+ional E$!o&$3 &!oi'io d "$a !int!od$o4$ando o E"tado a tn#a a'olido % o$t!o J%'ito !+ional ?%!i(ano3C.

    +a )arta fricana dos 5? ')arta de Lan$ul(, os artios 4.& e ;.& proteem a interidade edinidade humanas, embora sem tomar posio expl!cita sobre a pena de morte, nem definir anoo de vida. RefereMse apenas Gue ninu"m pode ser 2arbitrariamente privado do direito Ivida, sem delimitar com rior o sentido do termo, o Gual tanto pode sinificar ilealidade, comooportunidade por oposio a necessidade. +oteMse, por"m, Gue todas as )onstitui3es dosEstados fricanos de l!nua portuuesa pro!bem expressamente a pena de morte.

    . /a"$o@" G!ai". +a antiuidade, embora houvesse traos iniciais precursores dos direitoshumanos, viorava a ideia de Gue tais direitos sD pertenceriam a aluns membros das respectivas

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    80/121

    27MPF GI - PIDH80

    comunidades, no beneficiando os estraneiros ou escravos, por exemplo. Por isso, no havia auniversalidade, caracter!stica fundamental dos direitos humanos. 'P*R9EN, p. #7%M#7;(

    )om o in!cio da era crist, passouMse a difundir a ideia de universalidade 'o termo 2)atDlico se

    oriina do reo >atholi>os-sinificando o Gue " 2eral, 2universal(. +a dade F"dia, a re$a)atDlica passou a preconi

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    81/121

    27MPF GI - PIDH81

    limitao I concepo de soberania estatal absoluta, uma ve< Gue o Estado Gue descumprisseobria3es decorrentes da )onveno da Nia das +a3es, de 1-%7, submetiaMse a um reime desan3es internacionais, Gue poderiam variar desde retalia3es econ6micas a interven3esmilitares. Nia das +a3es, entretanto, fracassou em seu propDsito de arantir a pas 'esse " o nome de uma manso em ashinton, onde ocorreram as reuni3es(, em 1-44:

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    82/121

    27MPF GI - PIDH82

    traou diretri

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    83/121

    27MPF GI - PIDH83

    +as m"ricas o sistema internacional de proteo dos 5ireitos ?umanos " exercido pela)omisso nteramericana 'sede em ashintonQE( e pela )orte nteramericana de 5ireitos?umanos 'Ao Kos" da )osta Rica( da *rani

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    84/121

    27MPF GI - PIDH84

    1. >o@" G!ai". )onveno nternacional sobre os 5ireitos das Pessoas com 5efici8ncia')onveno de +ova orGue( foi aprovada em %77C. * Lrasil ratificouMa em %77-. Aeundo

    P*R9EN, a )onveno de +ova orGue e seu protocolo adicional foram os primeiros tratadosde Gue o Estado brasileiro " sinat/rio Gue foram aprovados nos termos do \ 0 do artio ;& da)R, " !"t%; &o!tanto; d di+nidad (on"tit$(ional.

    2. F$nda%nto". dinidade da pessoa humana e os valores inerentesO os direitos iuais einalien/veis de todos os membros da fam!lia humana como o fundamento da liberdade, da $ustiae da pa< no mundo, considerando, ainda, a universalidade, a indivisibilidade, a interdepend8nciae a interMrelao de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais, bem como anecessidade de Gue todas as pessoas com defici8ncia tenham a arantia de poder desfrut/Mlos

    plenamente, sem discriminao.

    . O'8tio". * propDsito da )onveno " o de promover, proteer e asseurar o desfrute pleno

    e eGuitativo de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais por parte de todas aspessoas com defici8ncia e promover o respeito pela sua inerente dinidade.

    . /on(ito d d9i(in(ia l$5 da /onno3. Aeundo a )onveno, pessoas comdefici8ncia so aGuelas Gue t8m impedimentos de natureU. )onveno sobre os 5ireitos das Pessoas com 5efici8ncia da *+ aprovada em de

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    85/121

    27MPF GI - PIDH85

    brasileira em %77H, como eGuivalente Is emendas constitucionais, seundo disp3e o art.;&, \0&,)RLQHH '5ecreto Neislativo n. 1HC, LRAN, %77H(. 9rataMse do primeiro caso em Gue tratadointernacional recebe status diferenciado de Emenda )onstitucional, compondo o bloco deconstitucionalidade sob um aspecto material.

    ITEM

    Ponto .a. In"tit$i@" T!atado" d Di!ito" H$%ano" d 4$ o ,!a"il &a!t.

    Ale)andre Vasconcelos Garcia ?ri.erio

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumos dos rupos %;& e %C& )PRO

    T!atado" d Di!ito" H$%ano" &!o%$l+ado" no ,!a"il.

    "t2 :HAA)

    T!atado Data d a""inat$!a o$ ad"o&lo ,!a"il

    P!o%$l+ao

    D(!to n. Data

    /onn@" "o'! 9!ido" n9!%o" no" :!(ito" %(a%&an#a "o'! o"

    &!i"ioni!o" d +$!!a;9i%ada" % Gn'!a; a 27 d

    8$l#o d 12.

    %#.7#.1-%- %%.40; 7#.7%.1--0.

    /onn@" "o'! di!ito" d!" do" E"tado" "o'!a"ilo &ol

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    86/121

    27MPF GI - PIDH86

    +no(

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    87/121

    27MPF GI - PIDH87

    Pol

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    88/121

    27MPF GI - PIDH88

    /onno ?%!i(ana "o'! Di!ito" H$%ano" Pa(to d So 0o" da /o"ta Ria3.ssinaturaQdeso em 7-.7#.1--%. Promulao: 5ecreto C#H em 7C.11.1--%

    P!oto(olo I II3 ?di(ional " /onn@" d Gn'!a d 12 d a+o"to d 1; adotado

    &la (on9!n(ia di&lo%ti(a "o'! a !a9i!%ao o d"noli%nto do di!itoint!na(ional #$%anit!io a&li(l ao" (on9lito" a!%ado". ssinaturaQdeso em17.7C.1-##. Promulao 5ecreto H4- em %;.7C.1--0.

    /onno Int!a%!i(ana "o'! a R"tit$io Int!na(ional d Mno!"; adotada %Montid$. ssinaturaQdeso em 1;.7#.1-H-. Promulao: 5ecreto 1.%1% em 70.7H.1--4.

    /onno Int!a%!i(ana "o'! a /o!!$&o. ssinaturaQdeso em %-.70.1--C.Promulao: 5ecreto 4.417 em 7#.17.%77%.

    /onno Int!a%!i(ana &a!a P!ni!; P$ni! E!!adi(a! a ioln(ia (ont!a a %$l#!/onno d ,l% do Pa!3. ssinaturaQdeso em 7-.7C.1--4. Promulao: 5ecreto1.-#0 em 71.7H.1--C.

    /onno Int!a%!i(ana "o'! T!9i(o Int!na(ional d Mno!". ssinaturaQdeso em1H.70.1--4. Promulao: 5ecreto %.#47 em %7.7H.1--H.

    P!oto(olo /onno ?%!i(ana "o'! Di!ito" H$%ano" !latio ?'olio da Pna d%o!t. ssinaturaQdeso em 7#.7C.1--4. Promulao: 5ecreto %.#;4 em %#.7H.1--H.

    ?(o!do /on"tit$tio do F$ndo &a!a o d"noli%nto" do" &oo" ind

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    89/121

    27MPF GI - PIDH89

    P!oto(olo Fa($ltatio /onno "o'! o" Di!ito" da /!iana !9!nt nda d(!iana"; &!o"tit$io in9antil &o!no+!a9ia in9antil. ssinaturaQdeso em %;.7;.%777.Promulao: 5ecreto ;.77# em 7H.70.%774.

    P!oto(olo ?di(ional (onno da" >a@" Unida" (ont!a o (!i% o!+ani5adot!an"na(ional; !latio ao (o%'at ao t!9i(o d %i+!ant" &o! ia t!!"t!; %a!in#a a!a. ssinaturaQdeso em 1;.11.%777. Promulao: 5ecreto ;.71C em 1%.70.%774.

    P!oto(olo ?di(ional (onno da" >a@" Unida" (ont!a o (!i% o!+ani5adot!an"na(ional; !latio P!no; R&!""o P$nio do T!9i(o d &""oa"; % "&(ial%$l#!" (!iana". ssinaturaQdeso em 1;.11.%777. Promulao: 5ecreto ;.71# em1%.70.%774.

    /onno da" >a@" Unida" (ont!a a (o!!$&o. ssinaturaQdeso em 7-.1%.%770.Promulao: 5ecreto ;.CH# em 01.71.%77C.

    P!oto(olo Fa($ltatio /onno (ont!a a to!t$!a o$t!o" t!ata%nto" o$ &na" (!$i";d"$%ano" o$ d+!adant". deriu em 10.17.%770. Promulao: 5ecreto C.7H; em1-.74.%77#.

    /onno "o'! a &!oto &!o%oo da di!"idad da" E:&!""@" /$lt$!ai".ssinaturaQdeso em %7.17.%77;. Promulao: 5ecreto C.1## em 71.7H.%77#.

    /onno Int!na(ional "o'! o" Di!ito" da" &""oa" (o% d9i(in(ia "$ &!oto(olo9a($ltatio. ssinaturaQdeso em 07.70.%77#. Promulao: 5ecreto C.-4- em %;.7H.%77-.

    P!o%$l+a o &!oto(olo d ?""$no "o'! /o%&!o%i""o (o% a &!o%oo a &!oto do"di!ito" #$%ano" no %!(o"$l. ssinaturaQdeso em %7.7C.%77;. Promulao: 5ecreto#.%%; em 71.7#.%717.

    g Nembrar Gue h/ uma )onveno eGuivalente I Emenda )onstitucional 'art. ;&\0& )RQHH(:/onno Int!na(ional "o'! o" Di!ito" da" &""oa" (o% d9i(in(ia "$ &!oto(olo9a($ltatio. ssinaturaQdeso em 07.70.%77#. Promulao: 5ecreto C.-4- em %;.7H.%77-.

    Reconhecimento de compet8ncia de Dros de defesa de 5ireitos ?umanos:

    ?eclara/0o de Recon)ecimento da Com(et1ncia o4rigatria da Corte *nteramericana

    de ?ireitos )umanos so4 reserva de reci(rocidade. 'deriu em 17.1%.1--H Promulou em7H.11.%77% pelo 5ecreto 4.4C0(.

    7rotocolo 9acultativo I Conven/0o (ara a elimina/0o de todas as 3ormas de

    discrimina/0o contra as mul)eres J que con3ere ao seu Comit1 a (ossi4ilidade de rece4er

    (eti/5es de vtimas.'deriu em 10.70.%771 Promulou em 07.7#.%77% pelo 5ecreto 4.01C(.

    ?eclara/0o 9acultativa I Conven/0o *nternacional so4re elimina/0o de Todas as

    9ormas de ?iscrimina/0o Racial recon)ecendo a com(et1ncia do Comit1 *nternacional (ara

    a Elimina/0o da ?iscrimina/0o Racial (ara rece4er e analisar den8ncias de viola/0o dos

    direitos )umanos co4ertos na mencionada Conven/0o. 'deriu em 1#.7C.%77% Promulouem 1%.7C.%770 pelo 5ecreto 4.0#H(.

    Estatuto de Roma que recon)ece Burisdi/0o sem reservas do T7*. 'deriu em7#.7%.%777 Promulou em %;.7-.%77% pelo 5ecreto 4.0HH(.

    7rotocolo 3acultativo I Conven/0o contra a Tortura e outros tratamentos ou (enas

    cru2is desumanos ou degradantes que esta4elece a com(et1ncia (ara 3ins (reventivos doSu4comit1 de 7reven/0o da Tortura e outros tratamentos ou (enas cru2is desumanos ou

    degradantes/'deriu em 10.17.%770. Promulou em 1-.74.%77# pelo 5ecreto C.7H;(.

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    90/121

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    91/121

    27MPF GI - PIDH91

    deciso do A9 na 5P ;10 no pode impedir o cumprimento da deciso da )ortenternacional. Nei de anistia passou no controle de constitucionalidade, mas no no deconvencionalidade.

    )5? no revisa ou reforma as decis3es do A9. Ao sistemas distintos, Gue no se colidem. )QHH reconhece a $urisdio da )5? 'artio #& da 5)9( e acolhe os tratados de direitoshumanos 'artio ;&, \\ %& e 0&(. * estudo promovido pela % ))R do FP concluiu Gue 2ocorol/rio natural do reconhecimento de um tribunal internacional " cumprir suas sentenas. *sEstados se obriam a cumprir a )onveno mericana de 5? de acordo com a interpretaodada pela )5?.

    +o sistema interamericano, em caso de raves viola3es de direitos humanos, o dever do Estadoparte de investiar e, se o caso, $ular o punir os respons/veis " arantia prevista no artio 1.1'2obriao de respeitar os direitos( , %& '2dever de adaptar o direito interno( , H.1 '2arantias

    $udiciais( e %;.1 '2proteo $udicial(, todos da )onveno mericana.

    Di9!n(iao no to(ant a &!do; +!aa ind$lto) ma das mais antias formas de extinoda pretenso punitiva " a 2indul8ncia do pr!ncipe, conferida por circunst@ncias pol!ticas,econ6micas e sociais. Ae expressa por tr8s modos: anistia, raa e indulto.

    ?ni"tia tem por ob$eto fatos, e no pessoas, e " reservada, especialmente, para os crimespol!ticos ou coletivos. +ada impede, por"m, Gue se$a utili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    92/121

    27MPF GI - PIDH92

    Ponto .(. In(idnt d d"lo(a%nto d (o%&tn(ia &a!a a 0$"tia Fd!al) (o%&tn(ia&a!a &!o(""o 8$l+a%nto; #i&Nt"" d (a'i%nto at!i'$io do P!o($!ado!-G!al da

    R&Q'li(a. Int!no 9d!al &a!a +a!antia do" di!ito" #$%ano") (ondi@" &a!ad(!tao "(o&o da %dida.

    4reste 2allocchio Neto e Anselmo G!imares

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada" *+i"lao '"i(a: 9eoria eral dos direitos humanos na ordeminternacional Q ndr" de )arvalho Ramos %. ed. Ao Paulo : Aaraiva, %71%.

    * in(idnt d d"lo(a%nto d (o%&tn(ia ID/ " fruto da E) 4;Q%774, a Gual inseriu noart. 17- da )RLQHH o \;&, para possibilitar, nas causas de rave violao de direitos humanos, odeslocamento da compet8ncia para a Kustia ederal.

    9rataMse de incidente processual, Gue deve ser provocado pelo ProcuradorMeral da RepJblicaperante o A9K, em GualGuer fase do inGu"rito ou processo. finalidade prec!pua " asseurar ocumprimento de obria3es decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos Guaiso Lrasil se$a parte.

    sso ocorre porGue somente o Estado " o respons/vel internacionalmente, independentemente, deGue a ofensa a direitos humanos tenha ocorrido no @mbito de compet8ncia interna de um Enteederado, como o Estado ou Funic!pio. 5esse modo, Guando se verificar Gue a Kustia Estadualno tem condi3es de adeGuadamente investiar, processar e $ular a rave violao a direitoshumanos, caber/ ao PR iniciar o incidente para deslocamento da compet8ncia para a Kustiaederal, ha$a vista ser a nio, o Dro central Gue representa a RepJblica ederativa do Lrasil

    internacionalmente 'art. %1, , )RLQHH(.* $ulamento do 5)M1 pelo A9K acabou por fixar os reGuisitos para o processamento doincidente. )onsinouMse neste $ulamento Gue a medida deve ser concedida apenas no caso dein"rcia, de neli8ncia, de falta de vontade pol!tica ou de condi3es reais do EstadoMmembro, porsuas institui3es, de proceder I devida persecuo penal. * 5)M1, referente ao caso doassassinato da mission/ria 5oroth Atan, foi neado pelo A9K, uma ve< Gue o Estado do Par/estaria sendo diliente com o processamento dos acusados, bem como a concesso da medida

    poderia representar atraso ao processo, Gue $/ estava bastante encaminhado. )onsinouMse,todavia, Gue todo homic!dio doloso tem repercusso nacional e internacional como raveviolao de direitos humanos, notadamente o direito I vida.

    Em outubro de %717, foi $ulado o 5)M%, foi concedido pelo A9K o deslocamento dacompet8ncia para processo e $ulamento do homic!dio perpetrado contra o exMvereador FanoelFattos, na Para!ba. +este 5)M%, foi fixado Gue para a concesso do deslocamento devem estar

    presentes:

    M exist8ncia de crime Gue acarrete rave violao de direitos humanosO

    M risco de responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    93/121

    27MPF GI - PIDH93

    Suanto I int!no 9d!al &a!a +a!antia do" di!ito" #$%ano", encontramos tal medidaprevista no RA9 e no art. 04, V, 2b, da )RLQHH, Gue trata da interveno da nio, nosEstados ou no 5istrito ederal, parra asseurar a observ@ncia de princ!pios constitucionaissens!veis, dentre eles, os di!ito" da &""oa #$%ana.+os termos do art. 0C, , a decretao dainterveno federal depender/ de provimento, pelo A9, de representao do ProcuradorMeralda RepJblica, seu Jnico leitimado ativo. *u se$a, cabe a iniciativa ao ProcuradorMeral daRepJblica, ficando a caro do Plen/rio do Aupremo 9ribunal ederal apurar ainconstitucionalidade do ato impunado por ofensa aos princ!pios sens!veis 'controle $ur!dico(.Esta medida " conhecida como !&!"ntao int!ntia ou ao di!ta din(on"tit$(ionalidad int!ntia, por meio da Gual se busca a interidade da ordem $ur!dica.

    Provida a representao pelo A9, a mat"ria " remetida ao Presidente da RepJblica, Gue estar/obriado a decretar a interveno por meio de d(!to 'compet8ncia privativa art. H4, U,)RLQHH(, Gue especificar/ a amplitude, o pra

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    94/121

    27MPF GI - PIDH94

    +o h/ dJvidas de Gue a viol8ncia contra a mulher constitui violao dos direitos humanos eliberdades fundamentais, constituindo uma rave ofensa I dinidade humana e " manifestaodas rela3es de poder historicamente desiuais entre mulheres e homens. viol8ncia contra a

    mulher permeia todos os setores da sociedade, independentemente de classe, raa ou rupo"tnico, renda, cultura, n!vel educacional, idade ou reliio, e afeta neativamente suas prDprias

    bases.

    ssim sendo, e reconhecendo Gue a eliminao da viol8ncia contra a mulher " condioindispens/vel para seu desenvolvimento individual e social e sua plena e iualit/ria participaoem todas as esferas de vida, os Estados, no @mbito do sistema interamericano, resolveram adotara )onveno nteramericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Viol8ncia contra a Fulher, aB)onveno de Lel"m do Par/B.

    )onveno pormenori

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    95/121

    27MPF GI - PIDH95

    ./ estabelecer mecanismos '!diciais e administratios necess$rios para asse.!rar &!e a m!lhers!'eitada a iol+ncia tenha e7etio acesso a restit!io- reparao do dano e o!tros meios decompensao '!stos e e7icazesU

    h/ adotar as medidas le.islatias o! de o!tra nat!reza necess$rias J i.+ncia desta Coneno/

    * art. H tra< a previso de medidas espec!ficas Gue os Estados devem adotar. 5estacaMse Gue oart. - prev8 a situao da mulher refuiada. ssim, 2para a adoo das medidas a &!e se re7ereeste cap9t!lo- os 8stados "artes learo especialmente em conta a sit!ao da m!lher!lner$el a iol+ncia por s!a raa- ori.em (tnica o! condio de mi.rante- de re7!.iada o! dedeslocada- entre o!tros motios/ Tamb(m ser$ considerada s!'eitada a iol+ncia a .estante-de7iciente- menor- idosa o! em sit!ao s%cio5econ1mica des7aor$el- a7etada por sit!aDes decon7lito armado o! de priao da liberdade. 'art. -(.

    * sistema de monitoramento da )onveno encontraMse previsto no art. 17 Gue determina Gue a

    fim de proteer o direito de toda mulher a uma vida livre de viol8ncia, os Estados Partes deveroincluir nos relatDrios nacionais I )omisso nteramericana de Fulheres informa3es sobre asmedidas adotadas para prevenir e erradicar a viol8ncia contra a mulher, para prestar assist8ncia Imulher afetada pela viol8ncia, bem como sobre as dificuldades Gue observarem na aplicao dasmesmas e os fatores Gue contribuam para a viol8ncia contra a mulher.

    l"m do usual sistema de RelatDrios diriidos pelos Estados I )omisso nteramericana deFulheres, a )onveno permite a denJncia pessoal I )omisso nteramericana de 5ireitos?umanos por violao ao art. # da )onveno Gue trata dos deveres dos Estados a seremcumpridos Bsem demoraB 'art. 1%(. )onveno tra< em seu bo$o o princ!pio da prima

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    96/121

    27MPF GI - PIDH96

    )arvalho Ramos destaca Gue a aus8ncia de punio dos respons/veis era uma violaopermanente da )onveno.

    * tema em Guesto refereMse aos mandados internacionais de criminali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    97/121

    27MPF GI - PIDH97

    Asseero!5se &!e- ao criar mecanismos espec97icos para coibir e preenir a iol+ncia dom(stica contra am!lher e estabelecer medidas especiais de proteo- assist+ncia e p!nio- tomando como base o .+neroda 9tima- o le.islador teria !tilizado meio ade&!ado e necess$rio para 7omentar o 7im traado pelo

    re7erido preceito constit!cional/ Ad!zi!5se no ser desproporcional o! ile.9timo o !so do se)o comocrit(rio de di7erenciao- isto &!e a m!lher seria eminentemente !lner$el no tocante aconstran.imentos 79sicos- morais e psicol%.icos so7ridos em mbito priado/ ?riso!5se &!e- na searainternacional- a Lei Maria da "enha seria harm1nica com o &!e disposto no art/ \- item c- daConeno de el(m do "ar$ *///, e com o!tros tratados rati7icados pelo pa9s/ Sob o en7o&!econstit!cional- consi.no!5se &!e a norma seria corol$rio da incid+ncia do princ9pio da proibio de

    proteo ins!7iciente dos direitos 7!ndamentais/ S!blinho!5se &!e a lei em comento representariamoimento le.islatio claro no sentido de asse.!rar Js m!lheres a.redidas o acesso e7etio J reparao-J proteo e J '!stia/ 2iscorre!5se &!e- com o ob'etio de prote.er direitos 7!ndamentais- J l!z do

    princ9pio da i.!aldade- o le.islador editara microssistemas pr%prios- a 7im de con7erir tratamentodistinto e proteo especial a o!tros s!'eitos de direito em sit!ao de hiposs!7ici+ncia- como o 8stat!todo 6doso e o da Criana e do Adolescente *8CA,/B '5) 1-, Rel. Fin. Farco ur"lio, $ulamento em -M%M%71%, Plen/rio, nformativo C;4.

    ITEM 1L

    Ponto 1L.'. Pola(ional d Di!ito" H$%ano". O = Plano >a(ional d Di!ito"H$%ano". O /on"l#o d D9"a do" Di!ito" da P""oa H$%ana - /DDPH. O Mini"t!ioPQ'li(o a d9"a do" di!ito" #$%ano".

    0endell Ara!'o

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumo do rupo do %;& )PRO Resumo do rupo do %C& )PROhttp:QQportal.m$.ov.brQm=MinternalQde;fs%0hu#0dsQproressidK>P*o+t%vOhttp:QQ===.prrn.mpf.ov.brQatuacaoQprdc Ohttp:QQpfdc.pr.mpf.ov.brQpfdcQinstitucionalQencontrosMnacionaisMdosMprocuradoresMdosMdireitosM

    doMcidadaoMenpdcQxvMencontroQapresentacoesMeMrelatoriosM%CM7HQ)aso%7uerrilha%7do%7rauaiaEuenioraao.pdfO http:QQpfdc.pr.mpf.ov.brQpfdcQinstitucionalQencontrosMnacionaisMdosMprocuradoresMdosMdireitosMdoMcidadaoMenpdcQxvMencontroQapresentacoesMeMrelatoriosM%CM7HQRelatoriauerrilharauaiaNucianaPortal.pdf.

    *+i"lao '"i(a: Nei n& 4.01-, de 1C de maro de 1-C4O 5ecreto n.& #.70#, de %1 de de

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    98/121

    27MPF GI - PIDH98

    Estados. Por isso, recomendou Gue os pa!ses formulassem e implementassem Proramas ePlanos +acionais de 5?.

    *s planos e proramas de 5? so instrumentos de avaliao de pol!ticas pJblicas e de pactuao

    das demandas da sociedadeO recursos para definir metas, orientar e consolidar as estrat"ias deao do Estado nesse campo, al"m de indicar I sociedade civil caminhos de monitoramento das

    pol!ticas pJblicas. * P+5? contribui ainda para ampliar a participao do Lrasil nos sistemas:lobal 'da *+( e reional 'da *E( de promoo e proteo dos 5?, por meio dacontinuidade da pol!tica de adeso a pactos e conven3es internacionais de 5? e de plenainsero do Pa!s no sistema interamericano.

    s diretri

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    99/121

    27MPF GI - PIDH99

    * )onselho de 5efesa dos 5ireitos da Pessoa ?umana M )55P? " um Dro coleiado, criadopela Nei n& 4.01-, de 1C de maro de 1-C4, com representantes de setores representativos,liados aos 5?, e com import@ncia fundamental na promoo e defesa destes direitos no Pa!s.

    * )onselho tem como principal atribuio receber denJncias e investiar, em con$unto com asautoridades competentes locais, viola3es de 5? de especial ravidade e com abran8ncianacional, como chacinas, exterm!nio, assassinatos de pessoas liadas I defesa dos 5?,massacres, abusos praticados por pol!cias militares, etc. Para tanto, o )onselho constituicomiss3es especiais de inGu"rito e atua por meio de resolu3es. 9amb"m promove estudos paraaperfeioar a defesa e a promoo dos 5?, bem como presta informa3es a oranismosinternacionais de defesa destes direitos.

    histDria do )55P? " reflexo da prDpria histDria pol!tica brasileira e do processo deorani

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    100/121

    27MPF GI - PIDH100

    *s Procuradores da RepJblica, com atuao na PR5), realiU d 13) (on(ito (on!+n(ia (o% o &!in(U R"ol$o 22K 17L3da ?""%'lia G!al da O>U3.

    0endell Ara!'o

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada": Resumo do rupo do %;& )PRO Resumo do rupo do %C& )PROA?, Falcolm +. 5ireito nternacional. Ao Paulo: Fartins ontes, %717 e nternational Na=.Cth edition. )ambride niversit Press, %77HO [*NA[, Fateus, B Pa< na Kurisprud8nciado 9ribunal nternacional de KustiaB, dispon!vel em:http:QQ===.publicacoesacademicas.uniceub.brQindex.phpQrelacoesinternacionaisQarticleQdo=nloadQ1%H4Q11H0O RF+, Narissa. * Princ!pio da utodeterminao dos Povos e seus Paradoxos:a aplicao na uerra do )/ucaso de %77H, dispon!vel em:http:QQ===.conpedi.or.brQmanausQarGuivosQanaisQfortale

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    101/121

    27MPF GI - PIDH101

    *+i"lao '"i(a: )arta das +a3es nidas, Pacto nternacional de 5ireitos )ivis e Pol!ticos eo Pacto nternacional dos 5ireitos Econ6micos, Aociais e )ulturais 'ambos de 1-CC(, )onveno1C- da *9, Resoluo 141; 'UV( de 1-C7 da ssembleia eral da *+, Resoluo %C%;

    'UUV( de 1-#7 do mesmo Dro e Resoluo 1%44 de 1--- do )onselho de Aeurana da *+.

    autodeterminao dos povos consta de v/rios tratados e declara3es internacionais, bem comoassume um conteJdo normativo distinto conforme as peculiaridades do contexto em Gue "invocado '*LA.: conforme a an/lise do tDpico v8Mse Gue o examinador distinuiu entre direito Iautodeterminao e princ!pio da autodeterminao, o Gue, seundo o diplomata P9R)[N+, est/ eGuivocado, pois na verdade se trata de um princ!pio eral de direito internacionalGue se desdobra em dois direitos distintos conforme o contexto em Gue " invocado, ora enGuantodireito I autonomia, ora enGuanto direito I independ8ncia como ser/ visto a seuir(.

    )anado 9rindade 'apud 5ebres( afirma Gue o direito I autodeterminao democr/tica revelaclaramente duas dimens3es: externa e interna. externa consiste no repJdio I dominaoestraneira erando o direito de independ8ncia e secesso, enGuanto a dimenso interna consisteno direito I autonomia, ou se$a, na faculdade de decidir sobre si mesmo e sobre seu prDpriodestino, Gue corresponde essencialmente I proteo dos direitos fundamentais das minoriasoprimidas dentro de um Estado, ocorrendo Guando este Jltimo arante a determinado rupominorit/rio o direito de expressarMse em sua l!nua, praticar sua cultura e participar efetivamenteda comunidade pol!tica, afastadas GuaisGuer pretens3es de secesso 'seundo o ndr" de)arvalho Ramos `)R, condi< com os preceitos de v/rios dispositivos da )onveno 1C- da

    *9 sobre os Povos nd!enas e 9ribais dos Pa!ses ndependentes(.

    )R, assim como Patric> Nuna, coita de uma interpretao extensiva do direito Iautodeterminao dos povos como direito de independ8ncia nas hipDteses de povos submetidos aum poder claramente exDeno, ainda Gue no colonial, como " o caso da palestina Gue seencontra sob ocupao militar por parte de srael.

    Falcolm Aha= trata a autodeterminao dos povos em 70 cap!tulos de sua obra:

    1. 2Au$eitos do 5ireito nternacional, afirma Gue o princ!pio da autodeterminao permite Gueuma unidade territorial, definida no per!odo colonial, livremente determine seu status pol!tico,

    podendo resultar em sua independ8ncia, na interao com um Estado vi

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    102/121

    27MPF GI - PIDH102

    0. 29erritDrio, adota uma viso peculiar do direito I autodeterminao dos povos, vinculandoMoao princ!pio da interidade territorial, enGuanto direito latente de independ8ncia de um povolocali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    103/121

    27MPF GI - PIDH103

    como definindo a autodeterminao dos povos como 2o estabelecimento de !m 8stado soberanoe independenteU a lire associao o! inte.rao dentro de !m 8stado independente o! aemer.+ncia em &!al&!er o!tro stat!s pol9tico liremente determinado por !m poo constit!em

    modos de implementar o direito de a!todeterminao por a&!ele poo. partir da an/lise da evoluo da autodeterminao dos povos nos documentos internacionais 'oGue no afasta a extrema import@ncia da Kurisprud8ncia nternacional Gue ser/ analisada aseuir(, observaMse Gue de mero princ!pio proram/tico norteador das rela3es internacionaisentre os Estados constante da )arta da *+, a autodeterminao dos povos foi adGuirindocar/ter normativo enGuanto direito de independ8ncia em decorr8ncia da pr/tica da *+ e deseus EstadosMmembros 'A?( numa escala de intensidade cada ve< maior em virtude daResoluo 1;14 de 1-C7 da da *+ 'Gue consolidou a dimenso externa 2anticolonialdeste direito(, dos dois Pactos nternacionais de 1-CC 'Gue reafirmaram tal dimenso $/ aora

    desvinculada de GualGuer refer8ncia colonial enGuanto direito humano, bem como consolidaramsua dimenso interna( e, por fim, com a Resoluo %C%; de 1-#7 'Gue, por seu turno, vincula odireito I autodeterminao externa dos povos enGuanto direito humano I pa< e seuranainternacionais, bem como estabelece a necessidade de sua harmoni

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    104/121

    27MPF GI - PIDH104

    ustr/lia com relao ao 9imor Neste, de acordo com a Gual o pa!s demandado teria, por seucomportamento, 2desconhecido a obriao de respeitar os deveres e as compet8ncias do poderadministrativo de Portual no 9imor Neste e o direito do povo locali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    105/121

    27MPF GI - PIDH105

    reconhecida por outros Estados. * Suebec no se enGuadra no contexto de um povo colonial ouoprimido, assim como no se pode arumentar Gue aos GuebeGuenses foi neado acessosinificativo ao overno para buscar o seu desenvolvimento pol!tico, econ6mico, cultural e

    socialO';( +o Parecer )onsultivo da )K de %717 reGuerido pela ssembl"ia eral da *+ sobre a5eclarao de ndepend8ncia do [osovo 'antia prov!ncia aut6noma da A"rvia(, proclamada em1# de fevereiro de %77H pela ssembl"ia [osovar, a )orte afirmou 'fa

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    106/121

    27MPF GI - PIDH106

    *+i"lao '"i(a: )onveno mericana sobre 5ireitos ?umanosM art. %& O )onveno de Vienasobre o 5ireito dos 9ratados de 1-C-M art. %CQ%#.

    )onveno de Viena sobre o 5ireito dos 9ratados de 1-C-, H7incorporado pelo 5ecreto#.707Q%77-, constitui o arcabouo b/sico para GualGuer discusso sobre a nature

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    107/121

    27MPF GI - PIDH107

    devem ser compat!veis com seus acordos internacionais anteriores, sob pena de ser o Estadoresponsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    108/121

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    109/121

    27MPF GI - PIDH109

    K/ na seunda hipDtese, os tratados internacionais de direitos humanos estaro a interar,complementar e estender a declarao constitucional de direitos. )om efeito, a partir dosinstrumentos internacionais ratificados pelo Estado brasileiro, " poss!vel elencar inJmeros

    direitos Gue, embora no previstos no @mbito nacional, encontramMse enunciados nesses tratadose, assim, passam a se incorporar ao 5ireito brasileiro. t!tulo de ilustrao, cabe mencionar osseuintes direitos: a( direito de toda pessoa a um n!vel de vida adeGuado para si prDprio e suafam!lia, inclusive I alimentao, vestimenta e moradia, nos termos do art. 11 do P5EA)O b(

    proibio de GualGuer propaanda em favor da uerra e proibio de GualGuer apoloia ao Ddionacional, racial ou reliioso, Gue constitua incitamento I discriminao, I hostilidade ou Iviol8ncia, em conformidade com o art. %7 do P5)P e art. 10 ';( da )onveno mericanaO c(direito das minorias "tnicas, reliiosas ou linu!sticas de ter sua prDpria vida cultural, professar e

    praticar sua prDpria reliio e usar sua prDpria l!nua, nos termos do art. %# do P5)P e art. 07

    da )onveno sobre os 5ireitos da )rianaO d( possibilidade de adoo pelos Estados de medidastempor/rias e especiais Gue ob$etivem acelerar a iualdade de fato entre homens e mulheres, nostermos do art. 4& da )onveno sobre a Eliminao de todas as formas de 5iscriminao contra aFulher, dentre muitos outros.

    Esse elenco de direitos enunciados em tratados internacionais de Gue o Lrasil " parte inova eamplia o universo de direitos nacionalmente asseurados, na medida em Gue no se encontram

    previstos no 5ireito interno.

    * 55? ainda permite, em determinadas hipDteses, o preenchimento de lacunas apresentadaspelo 5ireito brasileiro. t!tulo de exemplo, merece destaGue deciso proferida pelo A9 acerca

    da exist8ncia $ur!dica do crime de tortura contra criana e adolescente HH. +esse caso, o A9enfocou a norma constante no E) Gue estabelece como crime a pr/tica de tortura contra crianae adolescente 'art. %00(. pol8mica se instaurou dado o fato de essa norma consarar um 2 tipo

    penal aberto, pass!vel de complementao no Gue se refere I definio dos diversos meios deexecuo do delito de tortura. +esse sentido entendeu o A9 Gue os instrumentos internacionaisde direitos humanosH-permitem a interao da norma penal em aberto, a partir do reforo douniverso conceitual relativo ao termo 2tortura. +oteMse Gue apenas em # de abril de 1--# foieditada a Nei n. -.4;;, Gue define o crime de tortura.

    Suanto I terceira hipDtese, de um eventual conflito entre o 55? e o 5ireito interno, " Gue

    encerra maior problem/tica, pois suscita a seuinte indaao: como solucionar eventualconflito entre a )onstituio e determinado tratado internacional de proteo de direitoshumanos

    * crit"rio a ser adotado se orienta pela escolha da norma mais favor/vel I v!tima, norma maisfavor/vel ao indiv!duo, titular do direito 'Prima

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    110/121

    27MPF GI - PIDH110

    humanos apenas v8m aprimorar e fortalecer, nunca restrinir ou debilitar, o rau de proteo dosdireitos consarados no plano normativo constitucional.

    Suanto I adeso do Lrasil ao 9ribunal Penal nternacional '9P(, criado pelo Estatuto de Roma,

    h/ certa discusso sobre a plena adeGuao do ordenamento interno brasileiro. "rimeiro: h/ aGuesto da potencial entrea de brasileiro nato para ser $ulado pelo 9P, sendo Gue a )RQHHveda a extradio desse tipo de brasileiro. Fas h/ a superao desse Dbice pelo fato do prDprioEstatuto diferenciar a Entrea 'Gue ocorre em relao ao 9P( da Extradio 'Gue se reali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    111/121

    27MPF GI - PIDH111

    deciso feriria a soberania do Lrasil e, ademais, o A9 no " subordinado I )orte. +o entato, os9ratados assumidos devem ser observados, e o Lrasil, assim, se comprometeu a acatar asdecis3es da )orte nteramericana, o Gue no representa desprest!io I Auprema )orte Lrasileira,

    mas apenas exerc!cio de fun3es distintas. ?/ Guem proponha uma superao para esse impassepor meio de uma atuao do Neislativo, de modo Gue revoando a lei de anistia estariaultrapassada GualGuer inconru8ncia entre a deciso da )orte nteramericana e a do A9,

    podendo 'e devendo( o Lrasil cumprir aGuela deciso sem GualGuer ofensa ao Gue decidido pelanossa )orte Auprema, $/ Gue a deciso do A9 $/ teria perdido o seu ob$eto.

    Para execuo da sentena da )orte 5?, h/ ,seundo RF*A '%71%:pa.0;;(, duas reras pQexecuo 'art.CH.1-0(: a( depende da normatividade interna: cabe a cada Estado escolher a melhorforma, de acordo com seu 5ireito, de executar os comandos da )orte 5?. b(utili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    112/121

    27MPF GI - PIDH112

    Ponto 11.'. E:&!i%ntao #$%ana. *i%it" 'ioti(o". /a"o" d (on!+n(ia (o% o(on(ito d to!t$!a.

    Gioana Noronha

    P!in(i&ai" o'!a" (on"$ltada") Resumo do %;T e do %CT )PRO 5a Lio"tica ao 5ireito MFanipulao en"tica e 5inidade ?umana. Aimone Lorn de *liveira. Editora Kuru/. %77C. *Estado tual do Liodireito. Faria ?elena 5ini

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    113/121

    27MPF GI - PIDH113

    cient!fica e moral das a3es desse Estado totalit/rio mas, simultaneamente, violava o princ!piodo consentimento volunt/rio das pessoas contido nas 5iretri

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    114/121

    27MPF GI - PIDH114

    subdesenvolvidas, estantes nutri

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    115/121

    27MPF GI - PIDH115

    vacinas contra var!ola e hidrofobia, a descoberta da insulina, os estudos sobre a febre amarela, apreveno da pelra e a histDria das pesGuisas em anestesioloia. Entretanto, estas devem pautarem um procedimento norteado pela tecnicidade do m"dico Gue a produ, em +ova kor>, in$etaram o v!rus da hepatite em crianas comdefici8ncia mentalO 'b( ustr/lia 1-4#Q1-#7 crianas pobres e filhos de mes solteiras foramsubmetidos a testes de vacinas de coGueluche, ripe, herpes, etcO 'c( Lrasil 1. plicao ileal em

    0.170 mulheres de anticoncepcionais +orplant R e +orplant , mediante in$e3es subcut@neas,Gue lhes causaram rande sofrimento. %. Aantana map/: realiU d 1. Di!ito" &!ot+ido" "i"t%a" d%onito!a%nto.

    Gilson

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    116/121

    27MPF GI - PIDH116

    P5)P( e o Pacto nternacional dos 5ireitos Econ6micos, Aociais e )ulturais de 1-CC '5ecreton. ;-1Q-% P5EA)(.

    Int!od$o.2* 5ireito nternacional dos 5ireitos ?umanos consiste no con$unto de direitos efaculdades Gue protee a dinidade do ser humano e se beneficia de arantias internacionaisinstitucionali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    117/121

    27MPF GI - PIDH117

    da )onfer8ncia de Viena em 1--0, " o lto )omissariado das +a3es nidas para os 5ireitos?umanos.

    Por fim, o 5ireito nternacional dos 5ireitos ?umanos " suplementar e paralelo ao direito

    interno, possuindo seus procedimentos especiais uma nature

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    118/121

    27MPF GI - PIDH118

    direitos humanos 'idem(. *u se$a, so mecanismos criados atrav"s de resolu3es de Drosleislativos da *+, como a )omisso de 5ireitos ?umanos, o )onselho Econ6mico e Aocialou a ssembleia eral.

    Para uma melhor clarificao sobre o tema, ve$amos a classificao suerida pelo ilustre Prof.ndr" de )arvalho Ramos sobre os mecanismos de apurao das viola3es de direitos humanosna *+ 'sistema lobal(. 1( Fecanismo )onvencional: a( no contencioso 'bons of!cios,conciliao e relatDrios periDdicos(O b( Guase $udicial 'peti3es de Estados e peti3es de

    particulares contra Estados(O c( $udicialQcontencioso 'processo $udicial de responsabili

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    119/121

    27MPF GI - PIDH119

    nicialmente, o art 1 do Pacto )ivil consara o direito I autodeterminao dos povos,2entendido como o direito de os povos determinarem livremente seu estatuto pol!tico,asseurarem livremente seu desenvolvimento econ6mico, social e cultural e disporem livrementede suas riGue

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    120/121

    27MPF GI - PIDH120

    Resumidamente, os mecanismos de controle so: i( relatDrios: o Estado uma ve< por ano relata asituao dos direitos humanos no seu territDrioO ii( comunica3es interestataisQreclama3esinterestatais: um Estado comunica o descumprimento de direitos humanos reali

  • 8/10/2019 27MPF - Direitos Humanos

    121/121

    27MPF GI - PIDH121

    o Gue propiciou a participao de cerca de duas mil orani