27/08/2011 - interior - jornal semanário

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Com o talento afiado Uma profissão diferente e que depende de dedicação e vocação. Adelar Filippon é cuteleiro, fabrica facas e canivetes artesanais para colecionadores. A tradição veio da Itália, quando seu avô, Osvaldo Filippon, trouxe para o Brasil a produção destes objetos de corte. Filippon ensina a técnica que usa, que faz com que seus produtos recebam o nome de faca forjada. Conhecido no ramo pelo seu talento, ele produz os cabos das facas com materiais exóticos, como osso de girafa, marfim de mamute e outros acessórios. MONTE BELO DO SUL Quarta-feira, 31 de agosto de 2011 Social Confira fotos da festa de São Miguel página 4 Garibaldi Fenachamp já tem ingressos à venda página 2 Faria Lemos Aprenda a receita de geleia de uva página 3 e Região Asfalto Lideranças querem asfalto para Rota do Pão e Vinho página 3 página 2 Interior

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Jornal Semanário - Edição 2751 - 27/08/2011 - Bento Gonçalves

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Page 1: 27/08/2011 - Interior - Jornal Semanário

Com o talento afiadoUma profissão diferente e que depende de dedicação e vocação. Adelar Filippon é cuteleiro, fabrica facas e canivetes artesanais para colecionadores.A tradição veio da Itália, quando seu avô, Osvaldo Filippon, trouxe para o Brasil a produção destes objetos de corte.

Filippon ensina a técnica que usa, que faz com que seus produtos recebam o nome de faca forjada. Conhecido no ramo pelo seu talento, ele produz os cabos das facas com materiais exóticos, como osso de girafa, marfim de mamute e outros acessórios.

MONTE BELO DO SUL

Quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Social

Confira fotos da festa de São Miguel

página 4

Garibaldi

Fenachamp já tem ingressosà venda

página 2

Faria Lemos

Aprenda a receita de geleia de uva

página 3

e Região

Asfalto

Lideranças querem asfalto para Rota do Pão e Vinho

página 3

página 2

Interior

Page 2: 27/08/2011 - Interior - Jornal Semanário

2 Quarta-feira, 31 de agosto de 2011 Interior e Região

Monte Belo do Sul

Talento passado por geraçõesAfiando o dom de construir facas e canivetes, Adelar Filippon é referência em sua profissão, herdada pelo seu bisavô

Raquel Fronza

Com paciência e talento é que Adelar Filippon dá

continuidade à tradição de sua família. Seu bisavô, Os-valdo Filippon, trouxe da Itá-lia o dom de produzir facas e canivetes artesanais, com a técnica chamada “faca for-jada”. Filippon afirma que o diferencial de seu trabalho é que nenhuma peça se repete, ou seja, cada faca possui um detalhe que a torna diferen-te das demais.

O tempo dedicado para a confecção de cada faca pode variar. “Existem peças que le-vo três dias de trabalho, e ou-tras que em poucas horas es-tão prontas”, afirma Filippon. Ele trabalha, principalmen-te, para colecionadores, que chegam a pagar mais de R$ 1,5 mil para ter uma peça di-ferente. “Quem compra essas facas mais caras geralmente não chega a usá-las”, explica.

A tradição centenária, vin-da da Itália, não evoluiu mui-to, avalia Filippon. De acordo com ele, por ser um traba-lho feito à mão, o processo não sofreu mudanças, apenas

com pequenas interferências da tecnologia. “O que mudou foi apenas a inserção de al-gumas máquinas elétricas, na hora de forjar a faca”, explica.

As facas

O material com que cada faca é feita depende do de-sejo de cada cliente. Mui-tos enviam modelos italia-nos antigos para restauro, outros preferem pequenas amostras de materiais exóti-cos. Marfim de mamute, os-so de girafa, conchas, madei-ras diferenciadas e antigas se transformam em cabos de fa-ca, o que valoriza o objeto e o personaliza.

Os clientes que já conhe-cem Filippon não costumam trocar o trabalho dele. Os pe-didos chegam de várias par-tes do Brasil, e são poucos os que vêm da região. “Os cole-cionadores vem de todos os lugares”, conta.

O processo

Uma das facas mais inu-sitadas que Filippon mode-la é chamada de Damasco.

A lâmina do objeto é com-posta por milhares de outras chapas, que se transformam em uma única lâmina de es-pessura fina. “A parte metá-lica é feita como se fosse um sanduíche, com dois tipos de aço que se intercalam por até 120 vezes”, explica Filippon.

A faca deve ser fundida ao ca-lor de 1.200° C, por cerca de 20 minutos, e então, tomar forma. “Forjar a faca signifi-ca batê-la ou prensá-la, o que fazemos diversas vezes para deixar a lâmina com a menor espessura possível”.

A Damasco é semelhante

à faca utilizada pelos samu-rais, inclusive em filmes on-de estes personagens lutam. O diferencial dela são os de-senhos que a lâmina revela quando mergulhada no ácido, que nunca são semelhantes.

[email protected]

As facas que Filippon cria são feitas sob uma temperatura de 1.200°C, por até 20 minutos

ITR Garibaldi

Ingressos para Fenachamp já estão à venda

Os ingressos para o públi-co conferir a Festa Nacional do Champanha (Fenachamp) já estão disponíveis. O ingres-so normal não sofreu reajus-te em relação a Fenachamp 2009, sendo cobrado R$ 5. In-gressos antecipados custarão R$ 3,50. Também está a dis-posição o passaporte, com di-reito de acesso a todos os dias do evento e estacionamento, por R$ 50.

Idosos, que comprarem in-gresso na bilheteria terão 50% de desconto sob o ingresso normal. Já as empresas podem optar pelo Ingresso Preferen-cial, que podem ser distribuí-

dos a clientes e fornecedores, os quais somente serão pagos caso forem utilizados.

Informações e reservas de ingressos podem ser obti-das pelos fones 3462.1419 ou 8111.6770, junto ao Centro Empresarial e Cultural (CEC).

Entre os shows musicais e culturais confirmados, desta-cam-se Renato Teixeira, João Chagas Leite, Fábio e Renan, Pouca Vogal, Oswaldo Mon-tenegro, Patati Patatá, Dante Ramon Ledesma, The Feavers, Texerinha Filho, The Beatles Fun Club, Papas da Língua, The Travelles, Marcelo Caminha e Guri de Uruguaiana.

Declaração segue até setembroIniciou no dia 22 de agos-

to e encerra no dia 30 de se-tembro o prazo para decla-ração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Ru-ral (ITR). Devem efetuar o pagamento da declaração to-dos os proprietários de imó-veis localizados fora da zona urbana do município.

O sindicato

De acordo com o advogado do Sindicato dos Trabalha-dores Rurais de Bento Gon-çalves, com extensão de ba-se em Monte Belo do Sul e Santa Tereza, Edson Carlos Zandoná, o ITR é um impos-to brasileiro federal, de com-

petência exclusiva da União. “O Sindicato atua no auxílio quanto ao preenchimento de tal Imposto, cuja base de cál-culo depende de cada imóvel, entre outros procedimentos a serem avaliados a partir da documentação a ser apre-sentada pelo proprietário no momento do preenchimen-to”, destaca Zandoná.

Ainda conforme o Advoga-do, ao contrário do IPTU, que é lançado pelas prefeituras, cabe ao proprietário rural lançar o valor de sua proprie-dade no ITR, ou seja, ele paga em cima daquilo que declara. “Tal documento é de suma importância ao proprietário rural, pois sua inexistência

impossibilita a compra e ven-da, o andamento de inven-tários e partilhas, entre ou-tros”, enfatiza.

A presidente do Sindica-to, Inês Fagherazzi Bettoni, ressalta que a falta ou insu-ficiência de pagamento do imposto, no prazo fixado, su-jeita o contribuinte ao paga-mento do valor que deixou de ser pago, acrescido de multa e juros. “Estamos dedican-do este período exclusiva-mente às declarações de ITR. Nossa equipe está prepara-da para atender os nossos agricultores, esclarecer dúvi-das, enfim, dar todo o supor-te necessário a respeito des-te assunto”, diz Inês.

RAQUEL FRONZA

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3Quarta-feira,31 de agosto de 2011Interior e Região

Faria Lemos

Receita de quem entende de doceMarilice Dall’Oglio ensina como fazer geleia de uva. Ela fez parte dos cursos de qualificação da secretaria da Agricultura

Raquel Fronza

Além de saber exatamente quais os ingredientes usa-

dos para a produção de doces caseiros, outro detalhe que se faz importante quando Marilice Dall’Oglio inicia o preparo das geleias é o carinho, que se mistu-ra aos condimentos que ela usa. Com apenas 29 anos, ela prepara geleias de frutas, de vários sabo-res, há mais de 10 anos.

Os amigos e parentes sem-pre se beneficiaram com o do-te culinário de Marilice. Ela aprendeu a receita das ge-leias com sua sogra, dona Ledy Dall’Oglio, que sabe preparar as geleias com muita facili-dade. São receitas de família, que agora garantem uma fon-te de renda alternativa para os Dall’Oglio.

As geleias

Geleia de maçã, de pêra, goiaba, marmelo e, principal-mente, figo e uva.

“Tenho clientes de cidades como Porto Alegre e outras regiões, que são fiéis ao meu trabalho”, comemora Marilice. Os sabores mais pedidos são

Santa Tereza

Representantes buscam asfalto para Rota do Pão e VinhoJUREMIR VERSETTI/ESPECIAL

Lideranças de municípios da Serra Gaúcha se reuniram para solicitar o asfaltamento do trecho

Com o intituito de solicitar o asfaltamento do trecho chama-do Rota do Pão e do Vinho, uma comitiva de representantes da Serra Gaúcha viajou até Bra-sília. Prefeitos de cidades vizi-nhas, como Diogo Siqueira, de Santa Tereza, e Ademir Dallé, de Monte Belo do Sul, se fize-ram presentes em reuniões com parlamentares para expor a ne-cessidade da pavimentação as-fáltica do trecho.

“Nós demonstramos à ban-cada gaúcha de deputados fe-derais a importância do proje-to da Rota do Pão e do Vinho. E buscamos também recursos para a sua concretização”, expli-ca Siqueira.

Após as reuniões com os re-

presentantes, Siqueira afirma que um grande passo já foi dado em busca do objetivo do grupo. “Conseguimos conversar com os deputados e senadores gaúchos, tivemos uma recepção muito in-teressada por parte deles. Ire-mos aumentar a mobilização pa-ra buscar esse recurso federal”, comentou Siqueira.

Rota do Pão e Vinho

A rota liga o Vale dos Vinhe-dos com o Vale do Taquari. São cerca de 60 km, com um custo estimado em R$ 60 milhões. Fazem parte diretamente San-ta Tereza, Roca Sales, Muçum, Encantado, Dr. Ricardo e An-ta Gorda.

Programação

São Pedro - Linha São JoséPinto Bandeira - Linha 28Pinto Bandeira - Linha BrasilVale dos Vinhedos - 40 da Graciema

12 a 16 de setembro26 a 30 de setembro

3 a 7 de outubro7 a 11 de novembro

Marilice Dall’Oglio prepara geleias e chimias baseadas em frutas colhidas em sua propriedade

RAQUEL FRONZA

os de figo e uva, e cada geleia é produzida na época de safra destes frutos.

Receita

Um dos sabores mais co-muns (e, de acordo com Mari-lice, um dos mais saborosos) é a geleia de uva. A receita, que rende um quilo de geleia, con-ta com um litro de suco de uva e 800 gramas de açúcar. Deve--se ferver o suco por 25 minu-tos, e colocar o açúcar em três porções enquanto o suco fer-ve, com aproximadamente 250 gramas de açúcar por vez.

Depois, deve-se fazer o teste da colher, para verificar se a ge-leia está no ponto. Dentro de um copo de água, pinga-se uma gota de geleia. Se ela se diluir na água, significa que não está pronta. Mas se a gota permanecer con-sistente, já é hora de degustar.

Qualificação

Marilice participou de um dos cursos organizados pela secretaria de Agricultura, o de Processamento de Frutas, que faz parte do Programa Muni-cipal de Qualificação da Agri-

cultura Familiar. O objetivo do projeto é apoiar os agriculto-res no cultivo e administração de sua propriedade. Confira ao lado a programação dos cursos.

[email protected]

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4Quarta-feira, 31 de agosto de 2011Interior e Região

Sociais doInterior FOTOS RAQUEL FRONZA

Antônio Dal Osbel e Valdomiro Zanin participaram da festividade

Marinês Zanin e Alexandra Oliveira festejaram São Miguel

São Miguel

Festa em honra ao padroeiro

A comunidade da Linha São Miguel, no distrito de São Pedro, esteve em festa no dia 16 de agosto. A equipe diretiva composta por Ivo e Ivone Zanatta, Ivan Carlos e Carina Canei e Rodrigo e Deise Agnoletto foi quem organizou a festa, que reuniu mais de 900 pessoas. Confira mais fotos sociais de quem esteve marcando presença no evento.

Os amigos Alcindo Rustick, Idivar Ibas e Angelo Centenario marcaram presença na festa da comunidade

Líria e Juliana Bazzo estiveram presentes na festa em honra ao santo