27/06/2015 - jornal semanário - edição 3.142

28
Como atrair o turista para a área central? Alternativas como a revitalização da Casa do Vinho e o retorno da La Fontana são alguns dos projetos que serão desenvolvidos pelo Poder Público BENTO GONÇALVES Sábado 27 DE JUNHO DE 2015 ANO 48 N°3142 R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br Feiras Itinerantes Nova lei para proteger o comércio Legislação será votada na Câmara na segunda-feira, 29, e visa evitar a evasão fiscal no município Página 20 Turismo CRISTIANO MIGON Páginas 22 e 23

Upload: jornalsemanario1-sistemas

Post on 22-Jul-2016

261 views

Category:

Documents


25 download

DESCRIPTION

27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142 - Bento Gonçalves/RS

TRANSCRIPT

Page 1: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Como atrair o turista para a área central?

Alternativas como a revitalização da Casa do Vinho e o retorno da La Fontana são alguns dos projetos que serão desenvolvidos pelo Poder Público

BENTO GONÇALVESSábado27 DE JUNHO DE 2015ANO 48 N°3142

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Feiras Itinerantes

Nova lei para proteger o comércioLegislação será votada na Câmara na segunda-feira, 29, e visa evitar a evasão fiscal no município Página 20

Turismo

CRISTIAN

O M

IGO

N

Páginas 22 e 23

Page 2: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Turistas no CentroEditorial

Em qualquer cidade turística do Brasil, o Centro sempre é uma atração para quem vem de fora. Seja ele histórico, ou não, é o coração de qualquer município e precisa ser mantido como um local que chame a atenção pela beleza e seus cuidados. O Poder Público de Bento Gonçalves, em parceria com as enti-dades de classe (leia-se CDL, Sindilojas, Sindicato dos Comer-ciários e Sindicato de Bares, Hotéis e Restaurantes) precisam pensar em qual será o futuro de nossa área central.

Pois hoje, o turista não passa mais pelo Centro da Capital do Vinho. Eles entram na cidade para se hospedar ou apenas jantar. Esta área deixou de ser rota turística. Pa-rece não fazer mais parte deste eixo, sendo substituída pelo enoturismo e as atrações existentes nos distritos.

O retorno da La Fontana (aquela fonte que jorra vinho) e a revitalização da Casa do Vinho são algumas alternativas que podem ajudar neste processo de atração dos visitantes. Porém, estes dois elementos sozinhos não são capazes de inverter a atual situação. Precisamos de mais, muito mais. Uma boa opção é termos mais restaurantes abrindo aos do-mingos, com cardápios diferenciados e que remetam a nossa

O Centro revitalizado não será apenas para os turistas, mas para toda a comunidade

tradicional cultura italiana. Além disso, é preciso rever as questões sindicais e trabalhis-

tas, onde seja permitido a abertura do comércio aos domingos. Afinal, uma cidade turística precisa sair dos conceitos tradicio-nais e oferecer alternativas para quem vem de fora. Pois hoje, quem visita o Centro aos domingos não encontra nenhum lo-cal para comprar uma lembrancinha da cidade que está visi-tando. O turista não dispõe de um café para fazer um lanche

rápido e uma atração musical que seja para ficar contemplando enquanto tira fotos dos prédios históricos e da igreja Santo Antônio. Nossa história precisa ser preservada, cultua-da e mais divulgada. É uma relíquia que me-rece ser apreciada pelos visitantes.

A Via del Vino precisa, urgentemente, vol-tar a ser um referencial em atração turística para Bento Gon-çalves, que carece de atrativos longe dos parreirais. Há um po-tencial enorme para que isso aconteça, mas não se pode deixar tudo na mão do Poder Público. Se cada um fizer a sua parte, teremos uma nova realidade na área central. Um espaço que não será de usufruto apenas dos turistas, mas da comunidade bento-gonçalvense como um todo.

Sábado, 27 de junho de 2015 2 Opinião

SEDEWolsir A. Antonini, 451

Bairro Fenavinho - Caixa Postal 12695 700.000 - Bento Gonçalves - RS

ESCRITÓRIO CENTRALMal. Deodoro, Centro, 101Galeria Central - Sala 501

DIRETOR PRESIDENTE HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

DIRETORES ANA INÊS FACCHIN

HENRIQUE ANTÔNIO FRANCIO

FALE COM A GENTE

Telefones:Central/Fax: 3455.4500

Escritório Centro: 3452.2186Rádio - Estúdio: 3455.4530

Rádio - Coordenação: 3455.4535Noi - 3455.4513 ou 9923.1411

Atendimento ao assinante: 3055.3073 ou 9971.6364

E-mails:[email protected]

[email protected]@radiorainha.fm.br

[email protected]

Sites:www.jornalsemanario.com.br

www.radiorainha.fm.brwww.revistanoi.com.br

JORNALISTA RESPONSÁVEL HENRIQUE ALFREDO CAPRARA

Registro Prof. DRT 3321

CirculaçãoQuartas-feiras e sábados

Somos filiados à ADJORI / RSEste jornal não se responsabiliza por conceitos emitidos em artigos assinados e não devolve

originais que não foram publicados.

EXPEDIENTE

Siga-nos no Twitter:@jsemanario

Curta a fanpage:fb.com/jornalsemanario

Leia também no nosso site:www.jornalsemanario.com.br

Semanário na Internet

REPRESENTANTE EM PORTO ALEGRE Grupo de Diários

Rua Garibaldi, 659, Conjunto 102Centro - POA - Fone: (51) 3272.9595

e-mail: [email protected]

Antes que o tempo a apague da memória, até que surja a próxima quero falar da ExpoBento. Para um empreendimento de tamanho ní-vel e qualidade, não se pode festejar a presença de um público de 200 mil pessoas, é muito pouco. Leve-se em conta o aporte considerável de verba da municipalidade, paralelo ao que não se viu nem distribuição gratuita de ingressos a carentes, não se viu relativo retorno promocio-nal no campo do turismo e lazer. É uma feira em que os comerciantes pagam o espaço, pagam caro, e tratam, durante o evento, de vender o máximo possível para se ressarcir dos custos, sem nenhuma vantagem de descontos ao público consumidor.

Então o que se vê é uma massa humana circulando pelo corredor sem olhar para os lados, sem se deter, em sua grande maioria, no que é expos-to, sem interesse em comprar. Isso faz com que se ouça gente lamentando e apontar para a desistência de expor no próximo evento. Pagar-se R$ 10 por 1/3 de copo de champanha é demasiado. Comprar-se laticínios, ou embutidos, sem ver claramente o licenciamento da vigilância sanitária, inibe. Adentrar ao banheiro e verificar que faltam toalhas de papel é de-sagradável e põe em cheque a validade do ingresso cobrado. Verificar-se, no entorno dos pavilhões, o estado de abandono de calçadas e embeleza-mento é deplorável, era, e não é mais, um belíssimo parque público.

Verificar-se, no palco de apresentações artísticas, crianças se apresen-tando continuadamente, com pessoas se chegando cada vez mais sem ver um banner indicativo de quem estava ali se apresentando é falta de sensi-bilidade. Verificar-se que, nem mesmo num evento de tamanha magnitu-de, foi dada a atenção que deveria ser dada a mobilidade urbana, com en-garrafamento desestimulantes à presença em próximas edições, algumas providências atenuantes do problema não foram tomadas. Verificar-se a existência de um policiamento fixo, inflexível, com roubos de veículos a poucos passos dele, também suscitou lamentos. Verificou-se que a praça de alimentação foi, mais uma vez, deficiente.

Viu-se um restaurante Canta Maria, de qualidade e atendimento in-ternacionais, instalado num ambiente simples, pouco aconchegante e nada tendo a ver com o charme dos ambiente das casas dos Geremia espalhadas pelo estado com extraordinário sucesso. As novidades in-troduzidas pela ExpoBento, através de Gourmets foram para um se-leto público, uma inovação aplaudida mas que não provocou grandes efeitos a não ser promocionais. A ExpoBento está muito fundamen-talista, tem pouca leveza, lhe falta alegria, animação nos corredores,

Henrique Alfredo [email protected]

A EXPOBENTO nem a Banda se viu tocar, o governador veio visitá-la em regime de segredo de Justiça, com sisudez, nada tendo a ver com governadores abertos, populares, simpáticos, destes que tem a missão também de suavizar as dores e angustias da população diante da crise, postura que Lula está pedindo que Dilma assuma e ela não assume.

Quanto formalismo, eu sinto falta de um Brizola, de um Meneghet-ti, de um Perachi, de um Darcy Pozza com seu chapeuzinho surrado andando pelas ruas parando de pessoa em pessoa. O povo precisa de carinho, de amparos, de conforto, as crianças precisam de motivação para ir a uma ExpoBento, querem mais do que um Jump-Trampolim, querem alegria se não tiver isso não querem mais que os pais a levem àquele lugar. Mais uma coisa que eu não gostei na ExpoBento, aquela galeria da Imigração, levada efeito pelo Centro de Cultura Italiana. A Galeria tem grandes méritos, ela perpetua nossa memória mas mistura mortos e vivos, é notória a inclusão nela de pessoas que pouco fizeram pela comunidade, outras de comportamento social que as impediria de estar ali em meio a verdadeiros construtores de nosso município. É notório que a influencia política determinou aquela misturama.

Talvez essa seja a razão de que, ao pé de cada quadro não tenha sido co-locado um pequeno currículo e sim apenas o nome. A Galeria estava sem-pre vazia pois foi colocada no lugar errado, não havia uma recepcionista ou historiadores, coisa que não falta por aqui, para explicar à população e visitantes quem eram verdadeiramente aquelas pessoas e sua importân-cia para o município. Tão importante quanto o que estava ali seria colo-car-se, junto, a Galeria dos ex-prefeitos de Bento, onde está?, quem tem acesso a ela?. Somos um município tão grandioso que deveríamos estar mostrando tudo isso, de sala de aula em sala de aula, através de um museu de imagem e som, itinerante. Eu queria enfim, mais da Expobento, mas querer é uma coisa poder é outra. Poderia falar mais mas concluo que gos-tei de ver a ExpoBento exibindo indústrias com produtos e tecnologia de ponta. De resto vesti gala para ir a uma festa, não encontrei champanha e vinhos baratos, comi meus tortéis de abóbora de qualidade internacional, vi lindas flores, que me deleitaram, de resto, busquei motivação para vol-tar na próxima, ano que vem. Que venha pois o evento é importantíssimo para o município mesmo padronizado demais, o que facilita sua perfeita organização. Parabéns ao CIC e às pessoas que a conduziram, trabalho comunitário a gente não critica, faz análises construtivas, espero ter feito, são poucos os “moicanos” que se doam por aqui, parece ser uma raça em extinção. Em tempo: nos livramos (nós colorados) do helicóptero sobre nossas cabeças na ExpoBento. Vamos nos livrar do Tigres.

Page 3: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Painel

A “paradinha” rápida e irregular de um motorista em uma vaga exclusiva para pessoas com deficiência, em uma avenida de Ma-ringá, no Noroeste do Paraná, rendeu a ele uma baita lição na tarde desta quarta-feira, 24. Enquanto o infrator desceu e cami-nhou pelo Centro por cerca de meia hora, um grupo da cidade, que mantém um canal de pegadinhas no Youtube, adesivou todo o veículo e ainda destacou o símbolo que indica a parada especial.

Um dos responsáveis pela “trolagem”, o produtor musical Vini-cius Moretto, conta que, ao voltar para o carro e se deparar com a situação, o motorista se irritou com o grupo, mas nem teve tem-po de bater boca e acabou multado por um agente da Secretaria de Trânsito e Segurança (Setrans) por causa do estacionamento irregular. Com a multa em mãos, o motorista saiu acelerando e cantando pneus. O vídeo foi um dos mais vistos na internet.

Os moradores das localidades de Tuiuty e São Valentim pas-saram a contar com um médico o dia inteiro para realizar aten-dimento nas Unidades Básicas de Saúde. Na quarta-feira, 24, a profissional Samara Camargo Paes e Lima começou o atendi-mento aos pacientes. Segundo a enfermeira responsável pe-las Unidades Básicas de Saúde (UBSs), Chrystiane Ineu Batista de Oliveira, o cronograma será de segunda à sexta-feira no turno da manhã, com a profissional aten-dendo em Tuiuty, e de segunda à quinta-feira, realizando consultas em São Valentim.

Na manhã desta sexta-feira, 26, o Sistema S de Comuni-cação recebeu a comissão do Festiqueijo 2015. O presiden-te do festival, Marcos Schnei-der, a secretária da Indústria, Comércio e Turismo de Car-los Barbosa, Jéssica Dalcin Andrioli, a Senhorita Fes-tiqueijo, Tamara Emer, e a Dama de Companhia, Guima-ra Bulegon, concederam uma entrevista à Rádio Rainha, conheceram as instalações do

Jornal Semanário e conversa-ram com o diretor do Sistema S de Comunicação, Henrique Alfredo Caprara.

A 26ª edição do festival ocorre entre os dias 2 e 26 de julho de 2015, no Salão da Igreja Matriz Nossa Senhora Mãe de Deus, localizado no calçadão da cidade de Carlos Barbosa. Os ingressos cus-tam R$ 88 nas sextas-feiras e aos domingos e R$ 98 aos sá-bados. Para o dia da abertura

oficial, na quinta-feira, 2 de julho, o valor será de R$ 88. Mediante apresentação de documento, crianças de zero a 7 anos não pagam ingresso, e crianças entre 8 e 12 anos pagam R$ 45. Cada bilhete dá direito a uma taça de vidro e um garfinho para degusta-ção. A programação comple-ta está disponível no site da Prefeitura de Carlos Barbosa. Mais informações pelos tele-fone (54) 3433.2196.

Festiqueijo no Sistema S de Comunicação

Vaga para deficientes

Atendimento

Sábado, 27 de junho de 2015 3

O Bento Vôlei contrata, contrata, o Esportivo afunda, afunda. Será que vamos ver o Brasil de Farroupilha na Primeira Divisão e o Esportivo na Segunda?Envie sua sugestão de pergunta no e-mail: [email protected]

A pergunta que não quer calar

CURTI!

NÃO CURTI...

O início das obras do Centro de Treinamento do Rúgbi. Este é o primeiro passo dado pelo Farrapos numa parceria que vem dando cer-to com a prefeitura.

Os problemas enfrentados pelos bairros pe-riféricos da cidade nos dias de chuva. Entra ano e sai ano e a coisa não muda. Buracos, inundações e muito barro nas ruas.

PainelREPRO

DU

ÇÃO

CRISTIAN

O M

IGO

N

HUMOR Moacir Arlan

Page 4: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 20154 Geral

Quem está ganhando?

Sim, alguém está!

A saúde em crise

A saúde em crise II

Sempre que algo está acontecendo, há quem perca e quem ganhe com esse “algo”. Isso está intrínseco na humanidade, desde que passaram a existir relações comerciais. Todas as guerras havidas sempre, sem nenhuma exceção, tiveram o po-der econômico como mote. Desde que se tem notícias sobre os povos do mundo, se menciona os conquistadores (como “heróis”) e os conquistados (como “os fracos”). E segue sendo assim em todas as nações do mundo, inclusive com o adven-to da “Guerra Fria”, termo usado para qualificar o confronto entre EUA e a União Soviética. E o que se vê acontecendo, nos últimos anos, no Brasil, senão uma verdadeira guerra políti-co-partidária, sem quartel, sem regras, completamente sem noção? A pergunta que se impõe é: quem está ganhando com ela? O povo, obviamente, está perdendo.

Pois é, obviamente alguém está lucrando com esse mas-sacre que parte de todos os lados, notadamente da chama-da “grande imprensa”, multiplicando geometricamente essa “crise” econômica brasileira. Sim, econômica, porque a crise política está batendo todos os recordes de estupidez, idioti-ce, um paraíso para os mal-intencionados, para os dotados de moral, ética e honestidade seletivos. Há que se dizer, tam-bém, que, pelas evidências, essa “crise” está atingido a gran-de maioria, sejam pessoas físicas ou jurídicas. E, pelo visto, essa maioria está começando a perceber que uma minoria esperta leva vantagem em tudo. Por isso, tenho esperança de que, brevemente – creio que já no segundo semestre – as coisas comecem a mudar. Oremos, portanto!

A saúde, sem sombra de dúvidas, está em crise e séria. Te-nho dito e repetido que, quando inventaram essa “constitui-çãozinha” fajuta que aí está, determinando que “a saúde é um direito de todos e dever do estado (União, Estados e Muni-cípios)”, esqueceram de dizer de onde sairia o dinheiro para custear tudo. O ex-presidente FHC inventou a CPMF. Não deu certo porque ela deveria complementar as verbas que os esta-dos, os municípios e a União já destinavam à saúde. E, mais, o montante arrecadado pelos bancos é desconhecido (pelo me-nos eu jamais vi números confiáveis) e o que foi destinado, efetivamente à saúde, também. Pois agora a bomba explodiu. Estados, municípios e a União estão com suas finanças em ru-ínas – e não é pelo que investem em favor da população, seja na saúde, educação, segurança pública, etc. – e cortam verbas a todo o momento. Onde irá terminar tudo isso?

O Governo Federal, cheio de boas intenções, tem, ao longo da última década, lançado programas ótimos visando atender a demanda pela saúde. Centenas de UPA’S, de SAMU’s, de pos-tos de saúde e muitas outras medidas foram implementadas, em parceria com estados e municípios. Todos, porém, erraram nas contas. Desde 1988 essas contas carecem de auditorias, pelo jeito. O SUS, um “plano de saúde” que está sendo copiado por vários países, não tem correção dos valores para pagar os atendimentos há mais de dez anos. Imagine-se se tivessem sido corrigidos, no mínimo, pelos índices inflacionários. Agora, es-tados e municípios esperam por mais verbas federais. Hospitais filantrópicos e públicos esperam por verbas. UPA’s aguardam verbas federais e estaduais para funcionarem. Profissionais de saúde precisam ser contratados. Em síntese, a saúde dos brasi-leiros está da UTI financeira. Algo precisa ser feito. É chegado o momento de tributar mais os que ganham mais e têm mais posses. O povão não tem mais como contribuir.

ÚLTIMAS

Primeira: E o inútil semáfo-ro localizado no final de Via Del Vino, esquina com a Rua Júlio de Castilhos, foi retirado. O bom senso prevaleceu. Agora devem estudar pontos críticos onde se-máforos são, verdadeiramente, necessário;

Segunda: A Receita Federal está fazendo sobrevoos de heli-cóptero na região metropolitana e no litoral norte, buscando loca-lizar imóveis de luxo não declara-dos no IR pelos seus donos;

Terceira: Se a Receita Fede-ral conferir dados nos registros de veículos, de imóveis, contas bancárias e outras, certamente a arrecadação aumentará conside-ravelmente;

Quarta: E se as multas aplicadas por sonegação forem cobradas, acabando com as falcatruas dos recursos sobre recursos, sobrarão bilhões para a saúde, sem dúvidas;

Quinta: Tenho recebido mui-tas críticas sobre as ações da Po-lícia Rodoviária Federal na BR-470 (São Vendelino), multando por excesso de velocidade, onde há placas de 50, 60 e 70 km/h. Revisar essas placas é necessá-rio, sem dúvidas;

Sexta: Tão necessário quanto recuperar o asfalto da rodovia que está virado num chapéu ve-lho. E há alguma novidade sobre a sinalização da RS-122 e 444?

Sétima: Impressionante o que faz a paixão no futebol. Um time joga um ovo, perde ridiculamente, mas se no jogo seguinte vence é o suficiente para nova empolgação;

Oitava: Hoje o Grêmio en-frenta o Avaí, em Floripa. Jogo no qual o otimismo deve ceder espaço para o temor. Não me surpreenderei com qualquer re-sultado;

Nona: Já o Inter, contra o San-tos, coloca seus titulares. É a re-tomada vermelha rumo ao título. Afinal, é favorito;

Décima: E a “selecinha” do Dunga passará pelo Paraguai? A conferir!

Antô[email protected] Três projetos de lei estão na

pauta de votação da sessão ordinária da Câmara Munici-pal de Bento Gonçalves desta segunda-feira, 29, que tem início às 18h. Entre as maté-rias, uma foi protocolada pelo Poder Executivo e duas são de autoria parlamentar.

A primeira proposta previs-ta para ser votada é o Proje-to de Lei Ordinária (PLO) nº 88/2015, de autoria do Poder Executivo. A medida volta à ordem do Dia após receber um pedido de vistas do líder de governo na Câmara, vereador Moisés Scussel Neto (PMDB), na sessão legislativa do dia 22 de junho. A matéria, que tra-mita em regime de urgência e deve ser apreciada em vota-ção única, visa regulamentar a realização de feiras eventu-ais ou itinerantes que visam a comercialização de serviços, produtos e mercadorias a va-rejo no município. Segundo a justificativa do projeto, a regulamentação é necessária para que se possa resguardar a segurança física e moral do público visitante, zelar pela atividade do comércio local e regular a incidência de taxas municipais e impostos, uma vez que as feiras eventuais/itinerantes ocorrem de forma desregrada, criando uma si-tuação de insegurança nas di-versas áreas.

Em seguida, os vereado-res devem apreciar o PLO nº

30/2015, de autoria do líder da bancada do PT, vereador Moacir Camerini. O projeto obriga a Prefeitura a publi-car em seu site oficial as lis-tas de empresas terceirizadas com as quais tenha firmado contrato administrativo, com a respectiva relação de fun-cionários que fazem parte do quadro funcional da empre-sa. Segundo a justificativa da proposta, a contratação de empresas terceirizadas pelo Poder Público deve ser reali-zada com total transparência, para que as verbas públicas sejam investidas de maneira adequada.

Por fim, deve ser votado o PLO nº 91/2015, de autoria do vereador Moisés Scussel Neto, que visa instituir o pro-grama Farmácia Solidária no município. A proposta tem o objetivo de fornecer gratui-tamente medicamentos à po-pulação de baixa renda e aos idosos, por meio da arreca-dação de sobras medicamen-tosas não vencidas junto à população e sua subsequente distribuição pelas unidades básicas de saúde. De acordo com a justificativa do projeto, embora haja a farmácia popu-lar custeada pelo governo fe-deral, é de extrema importân-cia a criação de outros meios para que se possa suprir a gigantesca demanda por me-dicamentos, combatendo o desperdício.

Três projetos em pauta para votação na segunda

Câmara de Vereadores

Page 5: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 5

Page 6: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 20156 Geral

Itacyr Luiz Giacomello | [email protected] | n° 1.982

IGVariedades

A FRASE

Nunca aceite a derrota como perda definitiva! (.)

XXV Congresso MovergsO XXV Congresso Movergs reunirá cerca de 500 participantes

dia 1º de julho 2015, quarta-feira, das 8h às 16h com intervalo ao meio dia no Dall’Onder Grande Hotel. O Congresso é promovido pela Movergs - Associação das Indústrias de Móveis do Estado do Rio Grande do Sul e seu presidente Ivo Cansan e Diretoria aguar-dam um encontro expressivo que abordará o atual cenário econô-mico do setor. Conhecimento e atualização ao empresariado da cadeia produtiva madeira-móveis visando novos desafios. O XXV Congresso Movergs contará com painéis abordando o mercado, investimentos e competitividade nos negócios Palestrantes; Mar-celo Prado, José Roberto Mendonça de Barros, Luciano Almeida e Pedro Janot! Informe-se 2102.2450! É o setor moveleiro em ação!

Aristides BertuolCenário de grandes emoções e saudades! No palco, convidados,

amigos, familiares e imprensa para um encontro ao entardecer de 15 de junho de 2015, Leopoldina Jardim - Via Trento 2915 - 6 da Leo-poldina, Vale dos Vinhedos - Bento Gonçalves-RS - marcado por um motivo todo especial - A apresentação oficial do Projeto Aristides Ber-tuol-. O Piloto da Carretera Nº 4 com o lançamento do livro que conta-rá a trajetória histórica do destacado bento-gonçalvense e grande ven-cedor do automobilismo aqui e no exterior da década de 1940 e 1950.

A história de um campeão

Rotary – Mulheres da Serra

Saúde - Tacchimed

O livro dedicado a Aristides Bertuol – o piloto da carretera nº4 – retrata ainda sua vida familiar, como empresário e político e terá a coordenação editorial do jornalista e fotógrafo Fabiano Mazzotti e textos do jornalista Guilherme Arruda, que ao lado de Gilberto Mejolaro destacaram a importância da iniciativa e do encontro com a família Bertuol! Reconhecimento saudado pela amabilidade e palavras fraternas do filho Carlos Bertuol, empre-sário e diretor da Meber que agradeceu a todos os presentes. Re-conhecimento a um grande líder do automobilismo!

Autoridades, convidados, clubes rotários e imprensa no encontro na Vinícola Lovara, na noite de 18 de junho 2015, que oportunizou o Rotary Club Bento Gonçalves Mulheres da Serra comemorar o 7º aniversário de fundação e a serviço do bem comum. O Rotary Mu-lheres da Serra vem atuando na área assistencial junto a várias en-tidades apoiando projetos sociais entre os quais: Seja Paciente no Trânsito Para Não Ser No Hospital e Projeto Acordes. Ao saudar a Secretária Municipal de Habitação e Assistência Social, Roseli Fac-cio Fornazier representando o prefeito Guilherme Pasin a presidente Renita Boscardin Portaluppi destacou a importância da efeméride e atividades desenvolvidas homenageando com o troféu símbolo do Rotary a ex-presidente Valéria Camerini Belusso pelo seu trabalho de equipe. A ex-presidente Iraci Dalla Valle e Governadora Assisten-te do Distrito 4700 do Rotary Internacional destacou o significado do evento e a atuação social junto a comunidade do RC Mulheres da Serra, Unidas Realizando Sonhos-! O bolo de aniversário, o cantar parabéns e a mestre de cerimônia Caroline Todeschini Lazzarotto anunciando o show musical de Gilmar Dias. Encontro inesquecível!

O importante é ter uma vida com qualidade e ingredientes de bem estar e tranquilidade. É uma questão de opção e princípios que regem os passos do ser humano! E em se tratando de saúde os cui-dados devem ser maiores. É uma questão de princípios razão pela qual a segurança de uma vida mais tranquila passa por um plano de saúde que possa oferecer serviços de forma segura e qualificada. Assim, o Plano de Saúde Tacchimed é uma boa opção para quem deseja Saúde e Paz com qualidade de vida! Informe-se e salute!

cir Rubbo (PDT), destaca a importância do uso do mo-delo de portal oferecido pelo Interlegis para modernizar o site da Câmara. “Transpa-rência é uma obrigação, é lei, mas podemos dizer que nosso diferencial está em oferecer para a população uma melhor experiência de acesso à infor-mação no site”, afirma.

A Câmara também é exibida como destaque em transpa-rência na região Sul do país em outro trecho da revista, no qual o presidente e servi-dores da Casa apontam os be-nefícios propiciados ao bom funcionamento do Poder Le-gislativo de Bento Gonçalves pelas ferramentas e serviços oferecidos pelo programa Interlegis, como o SAPL e o Portal Modelo. “Temos hoje nas ferramentas oferecidas

pelo Interlegis a certeza de estarmos dando transparên-cia às ações legislativas, de forma organizada, padroniza-da e com economia de recur-sos públicos, uma vez que os sistemas utilizados são intei-ramente gratuitos”, apontou Rubbo na publicação.

Além das inovações propi-ciadas pelo site, que foram destaque no ano passado, em 2015 a Câmara está apri-morando ainda mais sua transparência ao ampliar seus canais de comunicação com a comunidade, através de iniciativas como a criação de uma ouvidoria e os lança-mentos da página da Casa no Facebook e da nova progra-mação da TV Câmara Bento, no canal 16 da NET, que ago-ra tem também seu próprio canal no Youtube.

A Câmara Municipal de Ben-to Gonçalves figura com

destaque na revista comemo-rativa aos 18 anos do progra-ma Interlegis do Senado Fe-deral. A publicação foi lançada recentemente para marcar o aniversário do lançamento do programa, em 1997, que busca o fortalecimento do Poder Le-gislativo brasileiro por meio do estímulo à modernização, inte-gração e cooperação das casas legislativas nas esferas federal, estadual e municipal, confor-me o site do Interlegis.

Na revista, é citado o re-cebimento, pela Câmara, do prêmio ‘Boas Práticas de Transparência na Internet’ do Tribunal de Contas do Esta-do do Rio Grande do Sul em 2014. Na matéria em questão, o presidente do Legislativo municipal, vereador Valde-

Parlamento foi citado após receber prêmio do Tribunal de Contas

Câmara de Vereadores é destaque no Interlegis

Cidade em foco

Page 7: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 7

Page 8: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 20158 Geral

[email protected]

DenisedaRé

O Livro PretoNa época de ginásio, não consegui assinar o famoso Livro

Preto, onde eram registradas as infrações das alunas. Ten-tei de tudo, mas tudo era nada em relação às colegas mais populares, sempre às voltas tomando bronca das freiras. O que é que aquelas meninas tinham que eu não tinha? Ma-landragem! E longas melenas loiras, ruivas e castanhas. Ou seja: o modelo a ser perseguido por toda nerd.

Pra minha infelicidade, passei o ginásio completamente ficha limpa. Depois veio o curso Normal, equivalente ao Magistério de hoje, e o Livro Preto, já desmitificado, ficou em alguma gaveta da memória, que acabo de abrir.

Abro também um parêntese para mostrar outro extre-mo, vivenciado por minha colega de trabalho, num colégio daqui. Contou-me que, com sete anos apenas, ela e uma vizinha, ficavam de castigo num compartimento pequeno e escuro. Sendo a punição repetitiva sem que elas soubes-sem o porquê, as baixinhas passaram a esquadrinhar o ambiente e descobriram que se tratava de uma despensa. A partir daí, o castigo virou hora da guloseima: enfiavam o dedo indicador nas caixas de “marmeladas” diversas e depois lambiam. Parêntese fechado.

Então normalista, os interesses mudaram. Mas, por al-guma ironia do destino, me vi, de repente, não diante do tal Livro Preto, e sim de uma carta de suspensão de sete dias. O que é que eu tinha feito que as outras não fize-ram? “Uma perguntinha!” Só umazinha sobre o formato da prova, na qual ganhara nota seis. Acho até que foi uma pergunta capciosa de quem começava a dar sinais de que o cérebro servia também para questionar.

Bom, os tempos evoluíram. O mundo anda numa veloci-dade medida em gigabytes, com novidades que envelhe-cem de um dia para outro. A sociedade, a família, os para-digmas se transformaram. A Internet aproxima distâncias eliminando fronteiras...

E a escola? Vai bem, obrigada! Obrigada a enfrentar os problemas antigos somados aos atuais.Mas, em se tratan-do do Livro Preto, ah, quanta diferença: hoje pode ser de qualquer cor.

Joelho de Fora Essa minha colega – aí, de cima – também me contou

que sua escola levava os alunos à missa, em ocasiões es-peciais. Certa vez, a menina teve a bainha de sua saia de pregas baixada porque os joelhos estavam à mostra. Que desrespeito! Um par de joelhos de sete aninhos afrontan-do à Igreja!

Tudo bem, a gente entende, afinal eram os anos sessen-ta do século passado. Mas qual não foi a minha surpresa quando, em passeio pelo Vaticano, a guia nos avisou que, para visitar a Catedral, o museu e a Capela Cistina, as mu-lheres teriam que cobrir ombros e joelhos. Aquilo ficou martelando na minha cabeça, até que cheguei ao motivo da exigência: evitar a tentação das dezenas ou centenas de homens nus esculpidos em pedra que povoam aqueles lugares sagrados...

foi a remoção do semáforo de veículos para utilizar a haste de suporte na recolocação do controlador de pedestres. “Não tínhamos estruturas disponí-veis para manter os dois re-guladores em funcionamento. Como ainda não realizamos um estudo real sobre a necessidade

do controlador de fluxo no en-troncamento, optamos por uti-lizar a estrutura no controle de fluxo de transeuntes”, explica. Segundo o secretário, somente após a realização de uma aná-lise mais detalhada será defini-do se o equipamento deverá ou não ser reinstalado na via.

Após apenas três meses de uso, o semáforo instalado

entre as ruas Marechal Floriano e Júlio de Castilhos, no Centro, foi removido há poucos dias. Em seu lugar, uma antiga placa sinalizando parada obrigató-ria de veículos foi reinstalada. De acordo com a Secretaria de Gestão Integrada e Mobilidade Urbana (Segimu), a retirada do controlador de fluxo foi uma manobra emergencial, para so-lucionar uma situação gerada após um acidente de trânsito.

Segundo o secretário Mauro Moro, há alguns dias um mo-torista perdeu o controle do veículo, e acabou avariando severamente a estrutura de su-porte do semáforo de pedestres, localizado entre as ruas Salda-nha Marinho e Marechal Flo-riano. Como o suporte é feito sob medida e demora um tem-po significativo para produção, a saída encontrada pela Segimu

Haste foi usada na reposição de controlador de pedestres após acidente

CRISTIAN

O M

IGO

N, A

RQU

IVO

Prefeitura irá analisar necessidade de recolocação do equipamento

Semáforo é removido para reutilização de estrutura

Trânsito

Cristiano [email protected]

Page 9: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 9Geral

Na busca por mais pra-ticidade no transporte

público, cerca de 100 idosos compareceram na reunião pública realizada nesta quin-ta-feira, 25, no Plenário da Câmara de Vereadores, or-ganizada pelo vereador Mo-acir Camerini (PT). Durante a reunião, foram discutidos temas relacionados a situa-ções enfrentadas pela terceira idade ao utilizarem o trans-porte público. Dentre as rei-vindicações, foi apresentado ao parlamentar os problemas provenientes do sistema de biometria, instalado nos ôni-bus da cidade.

A alegação dos idosos é que o sistema acaba causando entra-ves e embaraços, visto que nem sempre a digital é reconhecida. Na ocasião, Camerini apre-sentou aos idosos o Projeto de Lei nº 09/2015, que dispõe sobre a utilização apenas do cartão magnético para idosos no transporte público coletivo de Bento Gonçalves, ficando vedada a utilização de identi-ficação biométrica. O projeto foi debatido pelos presentes e muitas reclamações foram relatadas pelos usuários do serviço, como a dificuldade de utilização da identificação biométrica, fazendo com que eles passem por situações constrangedoras e tenham

que pagar a passagem para não descer do coletivo.

“Ouvimos todos os relatos atentamente. Algumas situa-ções apresentadas são novas. Vamos encaminhar todas as reivindicações aos responsá-veis. A respeito do nosso pro-jeto, foi unânime a aceitação, pois grande parte dos idosos já enfrentaram dificuldades na identificação biométrica. Esperamos que nosso projeto vire Lei no município e auxi-lie essas pessoas”, comenta Camerini.

Biometria no transporte coletivo

Biometria é uma das mais novas tecnologias para con-firmar uma identidade atra-vés da impressão digital en-contrada em nossos dedos. Dessa forma, as empresas po-dem garantir que a pessoa é realmente a beneficiada pelo serviço, dando segurança a quem tem direito à gratuida-de, como idosos, estudantes e pessoas com deficiências.

O sistema biométrico foi instalado com a finalidade de funcionar como ferramen-ta de segurança tanto para o usuário, quanto para a em-presa de transportes, redu-zindo significativamente a possibilidade de fraudes.

Idosos reivindicam o uso de cartão magnético

DIVU

LGA

ÇÃO

Solicitação foi apresentada durante reunião pública, na quinta, 25

Transporte coletivo

Page 10: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201510 Geral

AssuntaDeParis

Primeiras escolas são comunitárias, resultado da iniciativa espontânea dos imigrantes (140 anos)

Instalados na região da Serra Gaúcha e no Centro do estado a partir de 1875, os imigrantes italianos contaram com a pouca ou quase nenhuma assistência do Poder Público. Pela força do macha-do e da enxada, começaram transformar as matas em lavouras para o sustento. Mas como “não só de pão vive o homem”, os imigrantes buscaram também construir espaços que proporcionassem uma vida social onde pudessem partilhar suas dores e alegrias.

Oriundos, em sua grande maioria, do norte da Itália, marcado profundamente pela presença institucional da Igreja, os coloniza-dores encontraram na “capela” um ponto de partida para construir uma vida social. Pouco a pouco passaram a construir pequenos ora-tórios dedicados aos santos de suas localidades de origem. Nestas pequenas igrejas, reuniam-se aos domingos e dias festivos para re-zar e conviver.

A iniciativa para a organização da capela e dos próprios imigran-tes. Os primeiros padres, ao visitarem a região, encontraram as capelas já prontas. As capelas respondiam não só as suas neces-sidades religiosas, mas também às econômicas e de sociabilidade. O complexo que envolvia o espaço físico para oração, a escola, a “bodega comunitária que servia de pequeno entreposto de comér-cio de produtos de primeira necessidade, o salão para as festas e o cemitério”. Junto com as estruturas, foram nascendo as lideranças. Também surge o professor que ensinava o rudimentar da língua italiana, portuguesa e de matemática, também se ensinava a dou-trina cristã. Diferente do que muitas vezes se afirma, a maior parte dos imigrantes trazia da Itália um mínimo de educação formal. A luta pela sobrevivência fazia com que toda a mão de obra disponí-vel inclusive a infantil, fosse ocupada com o trabalho na lavoura ou o trabalho doméstico, o que levava os pais a deixarem em segundo plano o envio dos filhos à escola.

A dificuldade para consolidação das escolas comunitárias nas co-lônias italianas deve-se também à carência de professores, suprida, num primeiro momento com indicação, pela comunidade, de al-guns imigrantes que tivesse conhecimentos mínimos da gramática italiana, matemática e língua portuguesa. Formados pela iniciativa espontânea dos moradores da “capela” e sem qualquer relação com o Poder Público, as escolas apareciam e desapareciam sem deixar registro.

Em meio a todas as carências , as escolas foram vistas como um fator de integração dos filhos dos imigrantes à sociedade brasileira. A partir da Proclamação da República, ser alfabetizado passou a ser uma condição para poder exercer o direito de voto e assim integrar--se efetivamente como cidadãos brasileiros.

A experiência das escolas comunitárias, mesmo que limitada, foi significativa pois representava autonomia e a possibilidade de êxito na nova Pátria.

Indústria acredita que medida pode melhorar os índices de venda externa

Pilares do Plano Nacional de ExportaçõesAcesso a mercados: ampliação de parcerias por meio da re-

moção de barreiras;

Promoção comercial: governo diz ter identificado 32 merca-dos prioritários;

Facilitação do comércio: desburocratização e simplificação dos processos aduaneiros com o objetivo de reduzir prazos e custos;

Financiamento e garantia às exportações: aperfeiçoamento e aumento de recursos para o Programa de Financiamento às Expor-tações (Proex), o BNDES-Exim e o Seguro de Crédito à exportação;

Aperfeiçoamento de mecanismos e regime tributários para o apoio às exportações: governo quer reformar o PIS e a Cofins com um novo formato já em 2016.

Plano de Exportações é a alternativa para empresários

Setor moveleiro

O Governo Federal anunciou, na quarta-feira, 24, o Plano

Nacional de Exportações 2015-2018. O objetivo é fortalecer o comércio exterior e estabelecer cinco pilares destinados a ga-rantir a previsibilidade, a abor-dagem sistêmica do comércio exterior e o desenvolvimento regional por meio das exporta-ções. Para o polo moveleiro de Bento Gonçalves, as exporta-ções ajudam na manutenção e ampliação de empregos, melhor qualificação e remuneração da mão de obra, estímulo à inova-ção e maior produtividade.

Segundo o presidente do Sindmóveis, Henrique Tec-chio, ainda há muito a ser feito, já que o Brasil tem um dos piores ambientes de ne-gócios do mundo, ocupando a posição 120 de 189 países no ranking de facilidade de negociação. “É um alívio que o Governo tenha iniciado um movimento para possibilitar o crescimento das empresas. Todavia, o plano ainda é inci-piente e precisamos de ações

para promover benefícios palpáveis”, avalia.

A situação das exportações no polo moveleiro de Bento Gonçalves é crítica. Depois de atingir um valor de US$ 57,7 milhões em 2012, houve duas quedas consecutivas em 2013 e 2014, quando exportou pouco mais de US$ 48 milhões. Nes-se ano, os dados de janeiro a

maio mostram queda de 21,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar do in-centivo às exportações, o Sind-móveis pontua desafios inter-nos a serem superados, como a complexidade tributária, infra-estrutura precária e burocracia elevada, incluindo a desacele-ração do PIB, incertezas eco-nômicas e a alta inflação.

Page 11: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 11Geral

Adolescente volta hoje para o México, e leva junto novas amizades, cultura diferente e paixão pela gastronomia local

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

Vicente Miranda, do Rotary Planalto, com a intercambista Ana Paola

Estudante mexicana conhece BentoRotary

Cristiane Grohe [email protected]

A estudante do 2º ano do ensi-no médio da Escola Estadual

de Ensino Médio Mestre Santa Bárbara, Ana Paola Arizpe, 16 anos, ficou em Bento Gonçalves de julho de 2014 até hoje, quan-do volta para a terra natal. Da ci-dade de Monclova, localizado na região norte do México ela veio para a cidade por meio do pro-grama de Intercâmbio do Rotary Club. Desde a década de 20, a as-sociação tem mandado pessoas de todo mundo para experimen-tar novas culturas.

O presidente do Rotary Bento Gonçalves Planalto, Vicente Mi-randa, explica que o programa, proporciona para filhos de ro-tarianos ou não, a possibilidade de viagens para estudo, períodos de curta ou longa duração, de 30 dias até um ano. “Queremos promover a integração de cultu-ras entre países, ajudando os in-teressados a conhecer, estudar

e falar outros idiomas”, afirma Miranda. Segundo o presidente não existe faixa definida, mas é preferencialmente acima de 15 até 65 anos. “A bento-gonçal-vense, Monique Walendorf, foi em agosto de do ano passado para o México, na mesma épo-ca que a Ana Paola veio para o Brasil e retorna no mesmo mês desse ano”, explica.

Ana Paola chegou a Bento sem falar português. “As primeiras

semanas foram as mais difíceis para me comunicar com as ou-tras pessoas, mas no terceiro mês já entendia e falava o idio-ma com fluência”, lembra. Para estudante, as diferenças entre os países são muitas, princi-palmente porque na região em que mora é plaina e desértica. “No verão a temperatura da minha cidade chega a 50°C. Lá também faz frio, só que aqui é o clima é mais úmido”, avalia. Ela

admite que ficou surpresa com a beleza das paisagens de Bento Gonçalves e do Rio Grande do Sul. “Aqui é tudo muito lindo e as pessoas são hospitaleiras, tive sorte de ficar nessa cidade”, salienta. A aluna relata que o Brasil é muito conhecido pelo Carnaval e pelo samba. “O Rio Grande do Sul é diferente nesses aspectos”, avalia.

No tempo em que ficou no Bra-sil fez muitos amigos e se apai-xonou pela gastronomia local. “Adorei a polenta frita, a pizza doce, a torta de bolacha e o estro-gonofe”, fala a intercambista. No início ela sentiu falta da pimenta, muito usada no México, mas se adaptou e acabou gostando da culinária do Sul do país. “Vou sentir falta dos pratos típicos, mas principalmente das pessoas e dos amigos que fiz aqui”, revela A adolescente conviveu com três famílias de Bento. Outro ponto diferente para ela são as datas comemorativas, como o Natal e o Ano Novo. “Onde moro é inver-

no e aqui fomos à praia, pulamos ondas e usamos roupas claras na chegada de 2015”, destaca a estu-dante lembrando que no México as tradições são diferentes. “Cos-tumava usar até preto na virada do ano”, completa.

Ana confessa que sentia falta dos pais e dos dois irmãos du-rante o período que esteve fora, mas a saudade era amenizada pelas redes sociais. “Estou ansio-sa para encontrar toda a família, mas já sinto falta das pessoas da-qui”. Ela revela que foi uma ex-periência valiosa. “Conheci mui-tas pessoas, lugares e costumes diferentes, e um novo idioma”, ressalta. A garota afirma que vol-ta para Monclova mais madura e preparada para conhecer outros lugares. “O programa é maravi-lhoso e o tempo que fiquei aqui foi de muito crescimento”, ana-lisa. Ela projeta que a carreira que quer seguir é a de medicina. “Gosto de ajudar as pessoas e acho com essa profissão vou po-der fazer isso”, finaliza.

Page 12: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201512 Geral

Bento Digital

Internet das praças está sem conexãoMoradores relatam que sinal Wi-Fi disponibilizado pela Prefeitura em seis pontos está fora do ar há mais de 60 dias

Cleunice [email protected]

A Prefeitura de Bento Gon-çalves, por meio da Co-

ordenadoria de Tecnologia de Informação e Comunicação (Ctec), implantou internet sem fio (wireless) em vários locais do município e deveria funcionar 24 horas por dia, mas não é isso que acontece. Alguns lugares estão sem co-nexão há mais de dois meses.

Ao todo, seis locais contam com o acesso à internet sem fio e gratuita para a população (pra-ça da Igreja São Roque; praça do bairro Fátima; Centenário e Vico Barbieri, no Centro; Achy-les Mincarone, no São Bento, e Rui Lorenzi - Praça das Rosas, no Cidade Alta). A conexão dis-ponível é de 5 Mbps por local de download e upload efetivos.

Porém, os moradores ficam a mercê da tecnologia. Eles rela-tam que muitas vezes o acesso

CRISTIAN

O M

IGO

N

não é possível. De acordo com Nadiese Rossatti, comerciante do bairro Fátima, a placa de in-ternet gratuita está no local há aproximadamente seis ou sete meses. “Colocaram a placa, mas a internet aqui no bairro não funciona, a maioria dos dias

não pega, e só funciona quando eles vêm arrumar. Ficaria bom se tivesse, mas é difícil se co-nectar”, relata.

Quem também fala da situa-ção é Guinter Peglow. Ele mora no bairro desde fevereiro, e res-salta que naquela época o sinal

Tiago Ribeiro frequenta a Praça Vico e aponta a dificuldade de conexão

era bom. “Quando cheguei aqui funcionava muito bem, agora dificilmente pega. Há cerca de um mês não está funcionando adequadamente”, salienta.

Além do bairro Fátima, quem mora no Centro também relata a dificuldade em acessar a rede. Cleonice Cogo ressalta que nem sabia que havia inter-net nos locais denominados. “Meu celular fica sempre com o Wi-Fi ligado, mas geralmen-te nem funciona nestes luga-res, pois nem sinal tem. Se tem a placa e não tem sinal, é pro-paganda enganosa”, ressalta.

O morador do bairro Fena-vinho, Éverton Costa, também afirma que não sabia que em Bento havia internet gratuita em alguns lugares. “Não sabia que tinha Wi-Fi aqui. É legal ter tudo isso instalado, mas tinha que funcionar realmente”, esclarece.

Sabrina Schiapperin fre-quenta a praça da Vico Bar-bieri semanalmente. Ela lem-

bra que no início a internet funcionava e agora não mais. “Funcionou por um bom tem-po, mas agora está há alguns meses está sem, acho que de-vem ter desligado”, comenta.

O caso também é acompanha-do por Tiago Ribeiro, frequen-tador diário da Praça Vico. “Os meus amigos, frequentam a pra-ça comigo e muitas vezes tentam se conectar e não conseguem, ou seja, é para ter e não tem. Real-mente não funciona”, afirma.

O problema já foi constatado pela Coordenadoria de Tecno-logia do Município. Segundo o coordenador Roberto Carra-ro, existe sim problemas com a internet. “Estamos com pro-blemas na fibra que afeta a Wi-Fi também. Mas acredita-mos que na próxima semana estará resolvida, dependemos do tempo também, pois como tivemos alguns dias de chuva impossibilitou a manutenção no local”, explica.

Page 13: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 13Geral

Desafios enfrentados pelo setor e a necessidade das empresas criarem alternativas serão temas do evento da Movergs

JEFFERSON

SOLD

I/EXATA CO

MU

NICA

ÇÃO, D

IVULG

AÇÃ

O

ProgramaçãoData: 1º de julhoHorário: 8hLocal: Dall’Onder Grande Hotel – Salão Mal-

bec, em Bento Gonçalves.Palestrantes: Diretor do Instituto de Estudos e

Marketing Industrial (IEMI): Marcelo Prado

Economista: José Roberto Mendonça de BarrosAdministrador: Luciano Santos Tavares de

AlmeidaEx-executivo da Zara, Azul Linhas Aéreas

e do Pão de Açúcar: Pedro Janot

Encontro reúne profissionais e empresários do segmento moveleiro

Congresso aborda cenário econômicoMercado de móveis

Cristiane Grohe [email protected]

O XXV Congresso Movergs que será realizado na pró-

xima quarta-feira, 1º de julho, irá reunir empresários e profis-sionais da cadeia de madeira. Serão abordados os desafios da realidade econômica e a necessi-dade das empresas repensarem, recriarem e reinventarem alter-nativas para manterem compe-titivas. O evento é promovido pela própria Associação das In-dústrias de Móveis do Estado Rio Grande do Sul (Movergs).

Segundo o presidente da enti-dade, Ivo Cansan, o setor move-leiro gaúcho tem sentido muito a péssima situação econômica do país. “A alta dos juros e da inflação – que está fora de con-trole –, o aumento do desempre-go, aliado ao endividamento do consumidor, que perdeu signifi-cativamente o poder de compra, são fatores que têm dificultado a continuidade do fluxo do comér-cio”, analisa. Para Cansan, essa queda do consumo afeta dire-tamente a produção das indús-trias, deixando, por vezes poucas saídas para os fabricantes, além de adotar medidas que visem a sobrevivência de seus negócios. “Estamos encarando o momen-to com preocupação, pois o setor investiu ao longo dos últimos anos, preparando-se para produ-zir e atender as necessidades dos consumidores ávidos por mó-veis”, afirma. O presidente com-plementa lamentando que a falta de planejamento do Governo pôs todo esse investimento a perder – ou seja, a continuidade do cres-cimento que estava sendo propa-ganda não ocorreu, deixando as

empresas ociosas. “Agora, resta buscar diariamente alternativas para enfrentar a grave crise que foi imposta”.

De acordo com Ivo Cansan, um dos grandes receios da indústria é perder o seu poder de compe-tição não só em nível nacional, mas também em internacional (onde a recuperar um espaço perdido é muito mais delicado, demorado e oneroso), pois a cada dia é apresentada uma nova dificuldade para as empresas, como o aumento de impostos, o corte de benefícios, restrições de acesso ao crédito, prática de preços fora de controle de alguns insumos extremamente necessá-rios para produzir – sendo, esse caso, um dos mais graves, pois inexistem alternativas que os fa-bricantes possam buscar. “Tudo isso torna o produto final menos competitivo e atrativo para o consumidor, que deixa de com-prá-lo, gerando um ciclo de de-saquecimento e estagnação para as indústrias”, constata.

Para o presidente existem al-ternativas para sair da crise. “A primeira delas é fazer o tema de casa: cabe às indústrias conti-nuar eliminando custos, buscar métodos e processos para pro-duzir da melhor forma, porém sem encarecer o processo pro-dutivo e, principalmente, o pro-duto final, intensificar a inserção de design e tecnologia nos mó-veis”, analisa. Depois, para ele, é importante buscar fortemente o contato com o consumidor, para atender suas necessidades reais, sejam estas através de um ótimo produto ou de um excelente ser-viço. “Dessa forma será possível abrir um longo caminho de con-tinuidade”, finaliza.

Page 14: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201514

Page 15: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 15Geral

Page 16: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201516 Geral

Aumento na procura pelas Unidades Básicas de Saúde e por Unidade Pronto Atendimento chega a aproximadamente 30%

Falta de médicos especialistas é um problema a ser resolvido

CRISTIAN

E GRO

HE A

RROYO

A dona de casa Rosália faz aferição da pressão arterial toda a semana

Caren Rinaldi, acompanhada pela mãe Lourdes, procurou a UBS do bairro Licorsul, com dor de garganta

Atendimentos aumentam com o frioDoenças respiratórias

Cristiane Grohe [email protected]

A chegada do inverno, carac-terizado pelo predomínio

do frio, umidade e tempo ins-tável no município, aumenta a procura por atendimentos de saúde, especialmente relacio-nados a problemas respirató-rios. Segundo a coordenadora das Unidades Básicas de Saúde (UBS) e enfermeira, Carmem Schulz, entre as moléstias mais comuns estão os resfriados, gri-pes, pneumonias, rinites, otites, febre, falta de ar relacionada às doenças respiratórias, asma, bronquiolíte em crianças e do-enças obstrutivas crônicas. As crianças e os idosos estão entre o grupo de pessoas que mais so-frem com o período. “O aumen-to pela procura de atendimento nesse período é de 25 a 30%”, afirma Carmem. Ela acredita este ano, devido aos picos de frio estarem menores, oscilando com temperaturas mais ame-nas, o aumento pode ser menor.

Para a coordenadora do Pro-grama de Melhoria do Acesso e da Qualidade da Atenção Básica das UBSs, a enfermeira Evelise Bender, quando os primeiros sintomas de doença aparece-rem é importante procurar um médico. Agir na prevenção é a principal orientação. “Medi-das simples diminuem consi-deravelmente o risco de várias infecções do sistema respirató-rio”, afirma. Para evitar a con-taminação de enfermidades tí-picas do frio, a profissional cita

ações como vacinação, lavar as mãos, evitar contato com olhos e bocas, cobrir a boca ao tossir ou espirrar, man-ter a casa arejada e manter o corpo hidratado. “Em caso de sintomas como esses o pacien-te deve procurar a UBS mais próxima de sua residência”, acrescenta a coordenadora.

A Unidade de Pronto Atendi-mento (UPA), localizada no bair-ro Botafogo, recebe cerca 30% de pessoas a mais durante o período de inverno. Conforme a coorde-nadora de Enfermagem, Taciane Duarte de Oliveira, não há um

ajuste de recursos humanos nes-ta época, o quadro de funcioná-rios é o mesmo ao longo do ano. “Os pacientes devem procurar a UPA em caso de urgência e emer-gência, principalmente nos casos de falta de ar grave, febre alta aguda e sintomas gripais com início em até 24 horas”, orien-ta. Taciane explica que o tempo de espera na UPA pode variar conforme a demanda de atendi-mentos de cada dia. “Quem está febril, com sinais vitais alterados é atendido dentro de um tempo de espera de aproximadamente 30 minutos, dependendo da de-

manda de casos”, salienta.De acordo com o coordenador

do Setor de Imunizações, o en-fermeiro, Maichel Manfredini, ainda não é possível mensurar a eficácia da campanha de vacina-ção contra a gripe devido ao perí-odo de soroconversão que é de 10 a 15 dias e a imunização encerrou a pouco mais de 10 dias. “Neste ano tivemos uma maior adesão dos grupos prioritários, como idosos, gestantes, puérperas, portadores de doenças crônicas e trabalhadores da área da saú-de”, analisa Manfredini. Segun-do ele, mesmo com a divulgação

da campanha o único grupo que não foi atingido foi o das crianças de 6 meses a menores de 5 anos. “Nossa expectativa é que dimi-nuam os casos de atendimento causados pelos vírus da influen-za”, avalia o enfermeiro.

Dor de garganta e febre

A estudante de Design, Caren Rinaldi, 22 anos, procurou a Unidade Básica de Atendimento do bairro Licorsul, na quinta--feira, 25, para tratar a dor de garganta que já havia começado há alguns dias. “Consegui mar-car e ser atendida no mesmo dia, coisa que eu não consigo nem com plano de saúde particular”, relata. Acompanhada da mãe, a aposentada Lourdes Kazenski Rinaldi, 53, Caren saiu da UBS atendida e medicada. “O atendi-mento foi muito bom e eficien-te”, avalia a estudante.

O trabalhador da área move-leira, Tiago Amaral, 26, levou as filhas Kelaine Rocha Amaral, 5, e Ketlen Rocha do Amaral, 8, para consultar na Unidade de Pron-to Atendimento. “As duas estão com tosse, febre alta e não que-rem se alimentar”, explica Ama-ral. Ele revela que as meninas foram atendidas em 30 minutos e procurou a UPA por considerar que o caso das filhas era de emer-gência. “Minha sugestão é um painel eletrônico com as chama-das e senhas, dessa forma facili-taria o atendimento porque algu-mas pessoas não ouvem quando são chamadas”, sugere.

A dona de casa Rosália de Matos Rudek, 65, vai a UBS do bairro Vila Nova toda a sema-na. Ela é hipertensa e precisa controlar a pressão para que os problemas não se agravem. “O atendimento é ótimo e todos os funcionários são atenciosos”, relata. A reclamação é quanto a demora em ser atendida por um médico oftalmologista. “Estou esperando por uma consulta há quase um ano e me explicaram que tem muitas pessoas na mi-nha frente”, lamenta.

A aposentada Lourdes Ka-zenski Rinaldi, 53, acompa-

nhou Caren na consulta da UBS do bairro Licorsul e ava-lia o serviço. “No geral é muito bom, recebemos também vistas de profissionais do Saúde da Família mas quando se trata de uma consulta com um médico especialista o tempo de espera é grande”, avalia. Ela comenta que está esperando por um fi-sioterapeuta faz quase um ano. “Meu problema é no joelho, mas passou tanto tempo do en-caminhamento que talvez ele já tenha melhorado com medi-cações”, ressalta.

O coordenador da Secreta-

ria Municipal da Saúde (SMS), Marco Antônio Ebert, explica que a demora para atendimen-to em Bento é maior em espe-cialidades como ortopedia e oftalmologia.“Dependemos de outras cidades, que são refe-rências nessas áreas, definidas pelo Sistema Único de Sáude (SUS)”, ressalta. Além disso, parte dos médicos não querem trabalhar na rede pública. A espera por ortopedista é justi-ficada também pela quantidade reduzida de ortopedista no Es-tado, são ao todo 816 especialis-tas na área.

Page 17: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 17Geral

Internet nas escolas

Mais velocidade para o aprendizadoParceria entre a Prefeitura de Bento Gonçalves e a empresa NET/Claro possibilita sinal de acesso mais rápido nos colégios

Cleunice [email protected]

As escolas do município serão contempladas por

um projeto da Secretaria de Educação (Smed) com a ofer-ta de internet com uma me-lhor velocidade. O contrato de parceria será assinado na próxima terça-feira, 30, às 14h, na Sala de Cinema da Fundação Casa das Artes.

A Prefeitura de Bento Gon-çalves por meio da Smed e da Coordenadoria de Tecnologia da Informação e Comunicação (Ctec) em conjunto com o Ben-to Vôlei, estabeleceu um con-vênio com a empresa NET/Cla-ro. A parceria vai proporcionar maior velocidade de acesso à Internet às escolas municipais instaladas em locais que pos-suem a rede de transmissão do sinal da empresa.

De acordo com a profes-sora Fernanda Nardini, do setor de educação da Ctec, o programa beneficiará, em um primeiro momento, 23 colégios. “Trata-se do proje-to ‘Educonex@o’ que, na pri-meira fase, vai beneficiar 23 escolas públicas municipais, sendo 12 de Ensino Funda-mental e 11 de Educação In-fantil. Pelo convênio, cada estabelecimento de ensino vai receber um ponto de In-ternet com velocidade de 10 MB (atualmente, o município conta com 2 MB recebidos através do sistema público)

Escolas beneficiadasEscola Municipal de Tempo Integral (São Roque);Escola Espe-

cial Caminhos do Aprender (São Bento); Anselmo Luigi Piccoli (Licorsul); Doutor Tancredo de Almeida Neves (São Vendelino); Ernesto Dorneles (Universitário); Fenavinho; Ouro Verde; Prince-sa Isabel (Vila Nova); Professor Agostino Brun (Imigrante); Pro-fessor Noely Clemente de Rossi (Santa Marta); Professora Maria Margarida Zanbom Benini (Vila Nova); Santa Helena.

Escolas de Educação Infantil

e mais dois pontos de TV a Cabo. As demais escolas vão ser beneficiadas quando pas-sar a instalação de rede da NET onde estão localizadas”, esclarece. O contrato também vai proporcionar a capacita-ção para os professores da rede pública municipal, com palestras que serão ministra-das através do convênio entre a NET e o Instituto Crescer para a Cidadania.

Ainda, todas as escolas mu-nicipais possuem internet fibra óptica. “Elas possuem uma velocidade de aproxima-damente 81Mbps, estando to-das interligadas e facilitando o acesso a dados e a segurança de informação. O banco de da-dos fica armazenado no Data Center da prefeitura. Além disso, todas as instituições de Ensino Fundamental e Médio possuem também internet banda larga da OI, com velo-cidade de 2MG nos laborató-rios de informática”, esclare-ce. As escolas que ainda não serão beneficiadas com a nova parceria, continuarão com a internet banda larga até que a nova instalação seja efetuada.

Atualmente, 22 colégios possuem laboratório de in-formática equipados com computadores e data show, e 19 destas têm lousa digital. “Contamos também, em todas as escolas, com instrutores de informática capacitados para dar assistência aos alunos e professores no uso dos re-

cursos tecnológicos”, relata a secretária de Educação Iraci Luchese Vasques.

A Smed e a Ctec proporcio-nam aos professores da rede e aos instrutores de informá-tica cursos profissionalizan-tes, como o de informática, e oficinas para uso de recursos tecnológicos, como: lousa di-gital, instalação de data show, softwares educativos, entre outros. Desta forma incentiva e qualifica esses profissionais na utilização das tecnologias no contexto educacional.

Expectativa

Uma das instituições bene-ficiadas com a nova parceria é a Anselmo Luigi Piccoli, do bairro Licorsul. De acordo com a diretora, Andreia Mello De-conto, mais de 190 alunos, do Jardim A ao 9º ano do Ensino Fundamental, serão atendidos com a instalação da Internet mais rápida. “É importante que a escola avance nesse sen-tido. A tecnologia deve estar aliada à educação. A gente vê que os alunos entendem, e a escola deve estar caminhando junto com eles para proporcio-nar o uso de novas ferramentas tecnológicas, pois mais impor-tante que usar o computador, é o professor torná-lo interes-sante através das ferramentas disponíveis”, ressalta. A escola conta com uma monitora de informática que orienta os es-tudantes e os professores.

Alunos da Escola Anselmo Piccoli serão beneficiados com o projeto

CLEUN

ICE PELLENZ

Doce Infância (Aparecida); Educador Paulo Freire (Panorâmi-co); Espaço dos Sonhos (Licorsul); Feliz da Vida (Borgo); Luz do Amanhã (Vila Nova); Mamãe Coruja (São Roque); Pinguinho de Gente (Santa Marta); Pingos e Anjos (Santa Helena); Raio de Sol (Licorsul); Recanto Alvi-Azul (São Vendelino); Recanto dos Beija-Flores (Progresso).

Page 18: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201518

Page 19: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 19Geral

Licorsul

Escola Anselmo trabalha projeto sobre inclusãoAlunos do jardim A ao 5º ano estudam o livro “Tudo bem ser diferente”

Cleunice [email protected]

Mais de 100 alunos, do Jardim A ao 5º ano da

Escola Municipal de Ensino Fundamental Anselmo Luigi Piccoli, do bairro Licorsul, es-tão inseridos no projeto de in-clusão baseado no livro “Tudo bem ser diferente”. A partir da obra literária e da doação de bonecos da Associação de As-sistência a Criança Deficiente (AACD) pela Caixa Econômica Federal, as turmas adotaram um mascote e os professores desenvolvem estudos com os alunos sobre os tipos das defi-ciências.

Segundo a diretora, Andreia Melo Deconto, a instituição de ensino possui estudantes deficientes. Para ela, é impor-tante proporcionar e discutir

o tema. “A formação dos pro-fessores é voltada para a inclu-são, e visa melhorar o conheci-mento sobre as deficiências e a aceitação do relacionamen-to com a escola. Propiciamos este trabalho para educadores e educandos”, ressalta.

Além disso, as crianças par-ticipam de atividades que en-volvem as famílias. “Cada tur-ma possui seu mascote, que foi inserido em uma sacola com um livro de relatos. Dessa forma, para envolver todos os alunos, cada dia um deles leva para casa a boneca, e devem relatar neste livro o dia com ela. Os familiares dos meno-res auxiliam com a escrita e o desenvolvimento da atividade. Incluir é uma forma de aceita-ção e eles aprendem isso com este plano”, relata.

Adriana afirma que o municí-

pio de Bento Gonçalves investe muito em educação. “Aqui é algo bem ágil quando existe algo relacionado à educação, de proporcionar melhorias e o avanço na infraestrutura. Isso é importante”, salienta.

A diretora revela, ainda, que outros projetos são idealiza-dos e colocados em prática. “Desenvolvemos diversas ati-vidades, de acordo com a faixa etária. Por exemplo, com os alunos do 9º ano, trabalhamos com a preparação para o mun-do do trabalho, com questões de responsabilidade e de ado-lescência. Abordamos temas relacionados ao cotidiano, com os projetos de vida destes alu-nos e seus hábitos de estudo. Então, para cada turma, reali-zamos uma ação diferente, de acordo com as necessidades e faixa etária”, esclarece.

Estudantes do jardim A, acompanhados da diretora, Andreia Deconto, mostram o mascote de sua turma

CLEUN

ICE PELLENZ

Page 20: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201520 Geral

muita reclamação dos lojistas locais, após constatarem que as feiras geravam uma concor-rência desleal, por ter um cus-to baixo de instalação, além da possibilidade de trabalhar sem um respaldo pós venda, caso esses produtos viessem a apre-sentar algum problema após a venda”, explica.

Segundo Amadio, outro fa-tor que deverá sofrer melhoras significativas após a vigência da norma será a segurança dispo-nibilizada a clientes e vende-dores. “Atualmente, além dos feirantes não disponibilizarem outros espaços, caso os nossos comerciantes se dispusessem a participar, e tampouco efe-tuarem pagamentos referentes a impostos e autorizações, as feiras itinerantes nem sempre apresentam segurança estrutu-ral e de pessoal para o público em geral, o que será regulamen-tado com a nova regra”, afirma. O presidente ressalta que a pro-posta da lei não é de proibição, mas sim, a regulamentação dos eventos, a fim de dar igualdade de condições a todos.

Alternativa contra a evasão fiscal

Como ferramenta de contro-le a evasão fiscal, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojis-tas de Bento Gonçalves (CDL--BG), Marcos Carbone, acredi-ta que a lei será um divisor de águas no combate a venda de mercadorias sem comprovan-te de compra. “Com essa re-gulamentação é possível inibir e evitar a compra e venda de

mercadorias sem nota fiscal, documento que é uma segu-rança para o consumidor. Ou-tro ponto importante que será fixado será a inibição da con-tratação informal de mão de obra, preservando os direitos dos profissionais que atuam nesse ramo. Assim, busca-se, também, eliminar a concorrên-cia desleal no setor”, assegura.

A fiscalização sobre o cum-primento e realização da regra, além da liberação de autoriza-ções ficará a encargo da Secreta-ria de Desenvolvimento Econô-mico. Tendo em vista os pontos abordados pela norma, o secre-tário, Neri Mazzochin, acredita que, se aprovada, a proposta trará mais severidade no com-bate a quem não paga tributos. “Considerando que atualmente as feiras itinerantes não têm re-gramento municipal específico para acontecer, o que impacta nos estabelecimentos que cum-prem com os deveres legais a eles impostos, ficou sob nossa responsabilidade a supervisão. Sempre que houver pedido para autorização para este tipo de evento, serão exigidas as ade-quações necessárias, conforme a norma e a fiscalização muni-cipal estarão atentas ao evento, observando se ocorre o cumpri-mento das normas”, garante.

A lei estava pautada para ser apreciada na segunda-feira, 22, entretanto, o projeto recebeu pedido de vistas, solicitado pelo vereador Moisés Scussel Neto (PMDB). A expectativa é que a norma passe pela primeira vo-tação na próxima sessão ordi-nária, na segunda-feira, 29.

Visando a regularização de feiras eventuais e itine-

rantes, tramita pela Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 88/2015. O texto pro-põe a criação de uma norma direcionada à comercializa-ção de serviços, produtos e mercadorias a varejo no mu-nicípio, tendo em vista que a cidade é um polo turístico e atrai pessoas de diversas lo-calidades para a exploração das atividades econômicas.

De acordo com a proposta, serão enquadrados na legisla-ção todos os eventos tempo-rários de natureza comercial ou de prestação de serviços, cuja atividade seja a venda direta ao consumidor de pro-dutos industrializados, ma-nufaturados, agropecuários, artesanais ou de serviços. Caso o documento seja aprovado pela Câmara e posteriormente sancionado pelo prefeito Gui-lherme Pasin, passando a vigo-rar como lei, o Governo Muni-cipal terá artifícios legais para realizar cálculos de demanda, fundamentando os critérios de análise para eventual auto-rização, a cobrança de taxas e impostos decorrentes, assim como, promover a sua adequa-da fiscalização.

Entre os outros pontos apon-tados pelo texto, tem destaque a necessidade de resguardar a segurança física e moral do visitante, o zelo pela atividade do comércio local e a regulari-zação dos pagamentos de taxas municipais e impostos, uma vez que as feiras eventuais e itinerantes ocorrerem de for-ma desregrada. Para garantir que a norma trará abrangência total no âmbito municipal, o texto foi elaborado em parce-ria com centros, sindicatos e representantes do comércio. Participante ativo da criação do texto, o presidente regio-nal do Sindicado do Comércio Varejista de Bento Gonçalves (Sindilojas), Daniel Amadio, avalia a proposta como sendo imprescindível ao setor comer-cial. “O projeto foi embasado em cidades que apresentaram resultados positivos após a im-plementação da norma. Havia

Em trâmite na Câmara de Vereadores, a norma 88/2015 objetiva regulamentar mercado eventual e informal na cidade

ARQ

UIVO

Proposta também visa o aumento na segurança estrutural dos eventos

O que propõe o projeto:Compete ao Poder Executivo Municipal, por meio da Secretaria de

Desenvolvimento Econômico, analisar e autorizar a realização das fei-ras eventuais e itinerantes no município de Bento Gonçalves, mediante a apresentação dos seguintes documentos pela empresa solicitante:

I) Inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ);II) Alvará do Plano de Prevenção Contra Incêndio (APPCI), regu-

larmente expedido pelo Corpo de Bombeiros, para o local em que se realizará o evento, observando a finalidade a que se destina;

III) Relação dos participantes comerciários no evento, devendo ser, exclusivamente, pessoa jurídica, apontando a inscrição no CNPJ;

IV) Liberação do Fisco Estadual de Bento Gonçalves das empresas com registro no ICMS em outro domicílio fiscal, mediante a apresen-tação e carimbo nas notas fiscais de transferência de mercadorias a serem comercializadas na feira;

V) Comprovante de cadastramento da empresa junto ao Setor de Cadastro da Secretaria de Finanças do Município de Bento Gonçalves;

VI) Laudo de liberação da Secretaria Municipal da Saúde; VII) Estudo de Impacto de Vizinhança e laudo técnico estrutural do

evento, elaborados por profissional técnico habilitado; VIII) Contrato de locação do local de realização da feira eventu-

al/ itinerante; IX) Apresentação dos atos constitutivos, estatutos ou contrato so-

cial em vigor, devidamente registrado, em se tratando de sociedade comercial e, para empresa individual, o respectivo Registro Comer-cial. No caso de Sociedade por Ações/ Anônima, acompanhados do documento de eleições dos administradores e Registro Comercial.

A solicitação da autorização para o evento deverá ser protocolada junto à Secretaria Municipal de Finanças com prazo mínimo de 60 dias de antecedência para sua realização;

Autorizada a realização da feira, a empresa promotora do evento deverá efetuar o pagamento de uma taxa, por participante do even-to, no valor de 0.5 Unidade de Referência Municipal (URM), por dia de duração do evento, recolhidos antecipadamente junto ao Muni-cípio de Bento Gonçalves;

A empresa promotora da feira deverá comprovar a entrega de con-vites e oferta aos órgãos CIC-BG, CDL e Sindilojas, com vistas à par-ticipação das empresas locais interessadas no evento, com prazo de antecedência de 60 dias, disponibilizando 40% dos estandes da fei-ra para as empresas e entidades do Município de Bento Gonçalves;

As empresas e entidades locais terão o prazo de 15 dias para ma-nifestar formalmente o interesse na participação e comercialização dos espaços da respectiva feira;

As feiras eventuais ou itinerantes poderão ter duração máxima de até 10 dias;

Na constatação do descumprimento de qualquer exigência desta lei ou da legislação vigente, a autorização poderá ser cassada e o evento suspenso por tempo indeterminado, até a regularização da situação;

Ficam exclusas da presente lei as feiras realizadas no Parque de Eventos da Fundaparque, cujo local é destinado oficialmente à rea-lização dos eventos do município de Bento Gonçalves. As feiras sem fins lucrativos destinados à manutenção de entidades assistenciais estabelecidas, assim como as feiras inseridas no calendário oficial de eventos do município.

Por um comércio regularizado e justoLei de Feiras Itinerantes

Cristiano [email protected]

Page 21: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 21Geral

Parece que as práticas de abandono, sublocação e

invasões no condomínio Novo Futuro serão controladas. Após as denúncias feitas pelo Semanário, a Secretaria de Ha-bitação e Assistência Social fez uma reunião com o Ministério Público Federal, e a Caixa Eco-nômica Federal que resultou em um recadastramento de cada uma das famílias do com-plexo. Ao fim do estudo, a Se-cretaria apontou que, em mé-dia, 8% dos apartamentos do empreendimento Minha Casa, Minha Vida estão ocupados de forma irregular. Os resultados foram encaminhados para a Caixa Federal, que é responsá-vel pelo local.

As irregularidades, segundo moradores, sempre existiram, já que muitos dos apartamen-tos foram direcionados para pessoas que não se enquadra-riam nas exigências impostas pelo Programa do Governo Fe-deral. A secretária de Habita-

Recadastramento de moradores feito pela Secretaria de Habitação e Assistência Social foi encaminhado à Caixa Federal

PREFEITURA

DE BEN

TO G

ON

ÇALVES, D

IVULG

AÇÃ

O

Estudo não avaliou vulnerabilidade ou situação econômica das pessoas

Estudo indica 8% de moradias irregularesNovo Futuro

Vitória [email protected]

ção e Assistência Social, Rosali Fornazier, relata que as visitas iniciaram em maio e segui-ram até o início de junho. Ela explica que entrevistas foram realizadas com os moradores, em segundas, quintas-feiras e também aos sábados, com o objetivo de avaliar qual é a real situação do local. “As famílias foram bem receptivas e ouvi-mos elogios constantes pelo serviço que estava sendo reali-zado”, afirma.

Nas conclusões do estudo, Ro-sali constatou todas as irregula-ridades que foram denunciadas: invasões, aluguéis, vendas e imóveis cedidos para terceiros. Contudo, na abordagem, não foi avaliada a condição de cada fa-mília irregular. “Não foi avaliada a situação social, econômica e de vulnerabilidades das pessoas que estão morando de forma ir-regular”, determina.

O resultado foi encaminha-do para a Promotoria de Jus-tiça Federal e para a Caixa Fe-deral, as quais estão avaliando os dados. “Ainda não temos nenhum retorno da Caixa Fe-

deral e também ainda não sei como serão solucionadas as si-tuações irregulares, visto que estas famílias dependem dos critérios que serão adotados a cada irregularidade cometi-da”, ressalta. Contudo, Rosali diz estar otimista para que as soluções sejam encontradas, já que existe uma lista de pes-soas suplentes, onde muitas famílias que se enquadram nos critérios do Minha Casa, Minha Vida aguardam para serem chamadas.

Em 2014, um primeiro estu-do foi realizado pela Univer-sidade de Caxias do Sul com o objetivo de distribuição de in-formações básicas os morado-res. “Este trabalho foi realizado nos sentido de pós-moradia com oficinas, palestras, cursos e orientações, e foi apenas um dos trabalhos executados que visaram buscar a emancipação das famílias. O levantamento realizado em 2014 foi válido e será realizado novamente en-quanto houver vigência do con-trato das famílias com a Caixa Econômica Federal”, completa.

Page 22: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201522 Geral

Bento Gonçalves é uma cida-de turística, tem belezas na-

turais e inúmeros passeios que imergem o visitante na cultura italiana e do vinho. Turistas de todos os lugares do país e até fora dele lotam os hotéis em fins de semana e feriados. O que não ocorre com frequência é a visita destes turistas para a área central. Especificamente a Via Del Vino, mesmo com seu con-texto histórico, pode passar em branco para aqueles que che-gam na cidade. Nos períodos onde há mais concentração de visitantes, que são os finais de semana e feriados, a área ofere-ce de forma muito singela locais para alimentação. O comércio em geral não abre e as opções de lazer são restritas.

Mesmo com a apresentação deste cenário, o secretário de Tu-rismo, Gilberto Durante, defende que a situação não é tão ruim. Ele apresenta os eventos realizados pelo Poder Público na Via Del Vino e afirma que os hotéis loca-lizados nas proximidades, assim como o tour de prédios históri-cos, ajudam a fomentar o turis-mo. “Essa é uma batalha de anos. Sabemos que o local pode ser mais bem ocupado, mas também

Com atrações concentradas nos distritos, maioria dos visitantes deixa de conhecer o perímetro urbano do município

Horário de funcionamento do comércio é entrave

VITÓRIA

LOVAT

Via Del Vino normalmente não entra nas rotas turísticas da cidade

Os desafios de tornar o Centro atrativoTurismo

Vitória [email protected]

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Ben-to Gonçalves (Sindilojas BG), Daniel Amadio, afirma que os horários de atendimentos já foram discutidos em diver-sas reuniões, mas que vários fatores precisam ser levados em consideração. “Isso é um ciclo: o comércio não abre porque não tem movimento, mas as pessoas também não vão ao Centro talvez porque não encontram as opções que queriam. Por isso é preciso que seja feito um trabalho de análise para que com o resul-tado possa se criar um cenário com mais turistas no centro”, avalia.

Amadio aponta que nem sempre os empresários estão dispostos a abrir em fins de

não podemos dizer que ele nunca é visitado pelos turistas, já que realizamos atividades específicas durante todo o nosso calendário de atrações, além de ter um pas-seio específico”, justifica.

O titular da pasta explica que o Tour Via Del Vino contempla um passeio pelos 13 prédios históri-cos da área central, com infor-mações da época e construções que fizeram parte da memória da cidade, como o prédio da prefei-tura, que foi construído em 1901. Porém, o passeio nem sempre é incluído nas rotas turísticas de quem fica pouco tempo em Ben-to Gonçalves. Além do tour, o secretário pontua grandes even-tos realizados ali, como, recente-mente, a Feira do Livro Infantil.

Na relação de restaurantes, bares e cafés, as proximidades da Via Del Vino aparecem como o segundo lugar com maior con-centração de estabelecimentos do ramo, depois apenas das imediações da rua Henry Hugo Dreher. “Contudo, se os locais não estiverem abertos nos fins de semana e feriados, quando há mais pessoas circulando, de nada adianta. Não podemos ser to-talmente responsabilizados por isso, porque não temos controle sobre os horários de atendimen-to. O grande fluxo de turistas é nos fins de semana e feriados e

quase não vemos estabelecimen-to abertos aos domingos. Temos poucas opções”, lamenta.

O secretário destaca também que é preciso avaliar quais são os tipos de produtos oferecidos nos estabelecimentos e qual é a pre-ferência dos turistas no momen-to das compras. “Outra situação que foge do nosso controle é a oferta de produtos. Os visitantes que vêm para cá saem dos gran-des centros e capitais onde há muitas opções. Por isso, as busca por produtos que representem a nossa cidade é maior, como vi-nhos, artesanatos e produtos tí-picos italianos”, destaca.

Em um cenário de poucas op-ções na área central, o titular do Turismo afirma que a in-formação deve ser preservada, para que os visitantes possam usufruir do que está disponí-vel. “Nós procuramos dar todas as informações possíveis para os nossos turistas, por isso te-mos materiais impressos, com guias, mapas e descrição de tudo o que podem encontrar aqui. Também possuímos um aplicativo para smartphones onde todas as informações dos impressos estão concentradas, desde a relação de estabeleci-mentos de cada área, até sua lo-calização em mapas e o horário de funcionamento”, explica.

semana, feriados ou estender seus horários, já que isso im-pacta nos seus gastos e envol-ve, inclusive questões traba-lhistas. “É difícil pedir para um estabelecimento abrir em um domingo ou feriado quando ele não tem certeza de que haverá retorno para o investimento que está fazendo”, completa.

O presidente do Sindilojas acredita que somente a união de esforços pode solucionar a situação, ao menos em parte. Segundo Amadio, o investi-mento nessa área deve ser em estabelecimentos específicos que vendam produtos de in-teresse dos que nos visitam. “Precisamos observar o que é o comércio de interesse do turista que vem a Bento. Não adianta colocarmos esse as-

sunto em pauta com todas as lojas, já que as pessoas que visitam nossa cidade não vão comprar, por exemplo, eletro-domésticos”, aponta. Outra pauta que ele acha de extrema importância para deixar a Via Del Vino mais bonita é a fina-lização do processo de enterro dos fios, como já foi feito em parte dela.

Restaurantes e cafés

A presidente do Sindica-to dos Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares (SHRBS), Márcia Ferronato, tem o mes-mo posicionamento de Ama-dio. Segundo ela, esta é uma questão onde alguém precisa dar o primeiro passo e, em conjunto, será possível movi-

mentar mais o Centro. “A par-tir do momento que tiver mais pessoa para ocupar o centro, consequentemente os estabe-lecimento irão abrir mais dias ou estender seus horários de funcionamento. Mas a ques-tão é: como vamos atrair mais pessoas se não temos opções de atividades para oferecer para elas?” analisa.

Contudo, Márcia diz que existem estabelecimentos abertos de noite e aos domin-gos, mas que é importante que as informações cheguem até os turistas. “Não podemos dizer que não há nada aberto no Centro por que existe sim, mas sei que ainda são poucas opções. Os proprietários têm custos altos para abrir seus estabelecimentos e fica difícil

investir se há o risco de ficar vazio. Existem sérios fatores que precisam ser levados em conta, como por exemplo, a segurança”, explica.

A soma de esforços, para ela, também é a solução e aposta no novo projeto do Po-der Público como um passo para que o espaço seja mais valorizado. “Devagar, está melhorando. Já tivemos al-gumas alterações de horários de atendimento e proprietá-rios que aceitaram abrir em fins de semana. Mas ainda há muito que se fazer. Acredito que depois da revitalização da Via Del Vino, terei mais argu-mento para incentivar os pro-prietários a trabalharem nos horários onde ainda há pouca oferta”, finaliza.

Page 23: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Um dos principais cartões postais do município vai vol-tar. La Fontana, popularmente conhecia como chafariz do vi-nho será reinstalada na Via Del Vino para alegria da popula-ção. A medida faz parte de uma ação de revitalização da área, onde também haverá modifi-cações na Casa do Vinho, uma nova proposta de café e pal-co móvel para a realização de eventos e a realocação do Cen-tro de Atendimento ao Turista (CAT) que hoje funciona no prédio da prefeitura. O projeto tem objetivo de aproveitar me-lhor o espaço central, fomentar o turismo e passar a incluí-lo mais nas rotas turísticas.

O prefeito Guilherme Pasin, reitera que nunca foi a favor da retirada da antiga fonte e que, desde que assumiu o Poder Público, busca encontrar uma oportunidade de trazê-la de volta. Segundo ele, o retorno da antiga, não significa a saída do moderno chafariz instalado na Administração do ex-prefeito Roberto Lunelli. “De forma al-guma a nova fonte será retirada de onde está. Um valor conside-rável foi investido ali e nós res-peitamos as decisões que foram tomadas na época”, aponta.

O que sobrou da antiga Fon-tana foi apenas dois arcos e a bomba que era utilizada. Os arcos serão reutilizados, mas

La Fontana retorna à Via Del Vino em projeto de revitalização

IEDA BELTRÃ

O, DIVU

LGA

ÇÃO

Iniciativa traz mudanças também para a Casa do Vinho, no intuito de fomentar o turismo na área central

Sábado, 27 de junho de 2015 23Geral

a bomba, trocada. Por isso, a taipa, que é o muro que envol-ve a fonte, precisará ser refei-ta, contudo, Pasin explica que ela será feita com o máximo de proximidade da primeira fonte instalada. “Não queremos rein-ventar nada. Vamos deixar ela com a aparência a mais próxi-ma possível da antiga”, garante. As obras devem começar em pouco mais de 30 dias e a ideia é terminar até a Semana do Município, em outubro.

A Casa do Vinho ganhará, além de reformas, uma nova proposta onde as associações

da cidade atuarão em rodízio para vender suas bebidas no local. Pasin destaca que é ne-cessário valorizar mais a cul-tura que existe ali, inclusive na Casa do Artesão. “Precisamos enaltecer tudo o que há de bo-nito e histórico escondido ali e que não é valorizado. Mostrar mais as pipas, levar as pessoas para comprar vinhos, artesa-natos e até produtos coloniais. Com isso, espero valorizar mais o nosso espaço central, dar mais vida a ele e não deixar que a Via Del Vino caia do es-quecimento”, completa.

História do chafariz do vinho

La Fontana, muito antes de ser concretizada, já era citada em um poema em 1967, de Maria Borges Frota. “Bento Gonçalves querida, bordada de parreirais, onde o vi-nho borbulhante, jorra, jorra em cascatas reais”, dizia o texto que, de tão próximo à realidade histó-rica e cultural, se tornou hino do município. O que ninguém sabia é que 23 anos depois, a letra se tornaria realidade e, de fato, vi-nho jorrava na cidade, mesmo que de forma fictícia.

A construção da fonte foi feita com retalhos de pedras, imitan-do as taipas construídas pelos imigrantes italianos que coloni-zaram a região. As taipas eram muros formados por empilha-mento das pedras encontradas nas terras ocupadas pelos colo-nizadores. A água com corante que enaltecia a Via Del Vino fazia com que crianças e até turistas acreditassem que era vinho real que jorrava por aqui.

A historiadora Assunta De Pa-ris enfatiza que o monumento representava o município, não apenas por ser algo único, mas também por sintetizar a cultura de forma diferente. “La Fontana foi instalada no aniversário de 100 anos de Bento Gonçalves, em 1990 e, por mais de vinte anos, fomentou o turismo na Via Del Vino, representou a nossa histó-ria e fez com que Bento Gonçal-ves fosse cenário de muitas re-portagens nacionais”, relata.

Assunta lembra a tristeza que sentiu quando a fonte foi retira-da, mas pior ainda, ela afirma, foi explicar aos turistas porque La Fontana foi retirada do Cen-tro da cidade. “Ao me deparar com a reação das pessoas ao saberem que a fonte não estava mais aqui, eu fiquei realmente triste. Não sabia que tínhamos essa projeção em nível nacional e que ela era tão valorizada fora da cidade”, lamenta.

Verba: o projeto de revitalização ainda não foi finalizado e os valores totais não foram divulgados. Com exceção da Fontana, o restante do projeto terá que ser executado por meio de licitação.

Local: La Fontana será reinstalada a 30 metros de onde ficava a antiga, em frente à prefeitura. O cha-fariz de águas dançantes, instalado em 2012, não será retirado do local, ambos fi-carão lado a lado.

Execução: a realização da nova fonte será da Secretaria de Meio Ambiente, sem a ne-cessidade de passar o projeto por um processo licitatório, o que acelera a entrega.

La Fontana Antiga: da pri-meira estrutura, sobrou apenas os arcos que jorravam a água com corante e a bomba. Os materiais estavam, desde 2012, armazena-dos na Secretaria de Turismo.

Quando começa: segundo o pre-feito Pasin, a obra deve iniciar em pouco mais de um mês.

Prazo de término: segundo Pasin, seria perfeito concluir a obra na Semana do Município, em outubro. Porém, se ela ficar pronta antes disso, será entregue da mesma forma. O que o Poder Público quer evitar, é de entregar depois de outubro.

O chafariz não será moderni-zado: como sobrou pouca estrutura da antiga Fontana, apenas os arcos serão reutilizados. A bomba, que ainda existe, será substituída por uma nova e a taipa, que é o muro de pedras, será refeita. Porém, ela será igual a antiga, ou o mais próximo possível disso.

Porque o retorno: segundo o prefeito Gilherme Pasin, La Fontana sempre foi um cartão postal da cidade e um marco que representava a história de Bento Gonçalves. Ele afirma que o Poder Público sempre quis colocar de volta o chafariz e viu neste período o momento certo para a execução da obra

REPROD

UÇÃ

O

Saiba mais sobre a nova fonte de vinho

Page 24: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201524 ObituárioFalecimentos

DANILO TREVISAN, no dia 18 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Pedro Trevisan e Anna Buratti Trevisan e tinha 67 anos.

INÊS TEREZINHA TONIETTO, no dia 17 de Junho de 2015. Natural de Barão, RS, era filha de Pedro Tonietto e Naide Angela Tonietto e tinha 67 anos.

MARIZA MACHADO DA SILVA, no dia 18 de Junho de 2015. Natural de Minas do Butiá, RS, era filha de Antônio Machado da Silva e Degenira Chamenes da Silva e tinha 66 anos.

RICARDO CABRAL PIEGAS, no dia 18 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filho de Geraldo Piegas e Berenice Cabral Piegas e tinha 52 anos.

SUELI REGINA LORENZINI ERTHAL, no dia 17 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Alderico Lorenzini e Lucinda Rosa Vicentin Lorenzini e tinha 58 anos.

ELOI DE FÁTIMA DE OLIVEIRA PEREIRA, no dia 19 de Junho de 2015. Natural de Jaboticaba, RS, era filho de Valdevino Rodrigues Pereira e Juraci de Oliveira Pereira e tinha 43 anos.

SELVINA FRANZOSI STRAPPAZZON, no dia 19 de Junho de 2015. Natural de Nova Araça, RS, era filha de Alexandre Franzoni e Josefina Canan e tinha 84 anos.

ONILTA OLIVEIRA DA SILVA, no dia 19 de Junho de 2015. Natural de Giruá, RS, era filha de Ildefonso Alves de Oliveira eVivaldina Gonçalves de Oliveira e tinha 63 anos.

ITALIA MARIA CHIMELLO RUBBO, no dia 20 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Pedro Chimello e Luiza Massocco e tinha 93 anos.

VITORIO SUDER, no dia 20 de Junho de 2015. Natural de Nova Prata, RS, era filho de Francisco Suder e Inêz Akonieska Suder e tinha 82 anos.

ANNA THEREZINHA BALDISSARELI MINUSCULI, no dia 20 de Junho de 2015. Natural de Guaporé, RS, era filha de Roberto Baldissareli e Domingas Giordani e tinha 79 anos.

MARIA DE NAZARÉ CORDEIRO CORTI, no dia 21 de Junho de 2015. Natural de Mãe do Rio, PA, era filha de Berenice Cordeiro da Costa e tinha 30 anos.

ZENAIDE SCARAVONATTO CHIMINAZZO, no dia 21 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Fioravante Scaravonatto e Vitória Putton e tinha 71 anos.

NOE MARQUES, no dia 22 de Junho de 2015. Natural de São Gabriel, RS, era filho de Aristeu Marques e Doralice Marques e tinha 72 anos.

REALDINO DELAZZERI, no dia 22 de Junho de 2015. Natural de Garibaldi, RS, era filho de Eugenio Delazzeri e Adelaide Angela Malvessi Delazzeri e tinha 68 anos.

MERCEDES ALICCE DE MOZZI PEDROTTI, no dia 23 de Junho de 2015. Natural de Bento Gonçalves, RS, era filha de Crispin De Mozzi e Domenica Tomasi De Mozzi e tinha 88 anos.

ZANDIR ZALAMENA, no dia 21 de Junho de 2015. Natural de Ilópolis, RS, era filho de Angelina Zalamena e tinha 71 anos.

Page 25: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 25Regional

A Escola Municipal de Ensi-no Fundamental Senador

Salgado Filho, no Distrito de Tuiuty, está desenvolvendo neste ano, um projeto de lei-tura baseado nas literaturas da escritora Leia Cassol. O programa tem como objeti-vo motivar os alunos a lerem diferentes gêneros textuais sensibilizando-os através de contações de histórias a escre-verem a sua própria história.

A diretora do colégio, Jus-sara Teresinha Bortoncello Rossatto De Bona, explica que o projeto em andamento está aliado a proposta para este ano letivo da Secreta-ria Municipal de Educação. “Cada turma está trabalhan-do com uma obra da escrito-ra. A ideia é aliar o conteúdo com a literatura”, comenta. Para ela, é tão importante motivar para a leitura quanto valorizar o que foi construído a partir dela.

O projeto “Leitura: uma jane-la aberta para o mundo”, conta

Estudantes do colégio Senador Salgado Filho dedicam 15 minutos diários em sala de aula para a leitura de obras

DIVU

LGA

ÇÃO

Peça teatral “Papelito” marcou o início do programa na instituição

A escritora:

Obras a serem trabalhadas:

Nasceu no Paraná em 1974, mas mora em Porto Alegre há18 anos;

Ganhou dois prêmios de destaque cultural na Sema-na Farroupilha, em 2006 e 2007. E nos anos de 2007 e 2008, ganhou o prêmio de destaque expositor da área infanto-juvenil, da Feira do Livro de Porto Alegre

É contadora de histórias, escritora de literatura infan-to-juvenil.

Homero;

A bela Baratinha;

Era uma vez uma fruta amarela;

Álbum da Fe Li Cidade;

Ana, o cachorro e a boneca.

Escola desenvolve projeto literárioTuiuty

Estefania V. [email protected]

também com a “Caixa mágica de leitura”. Um caixote é utili-zado para armazenar cerca de 50 títulos de livros de diversos autores e diferentes gêneros li-terários. Jussara esclarece que a unidade fica uma semana em cada sala de aula. “Os alunos se dedicam 15 minutos diários à

leitura”, esclarece. Após deter-minado período as obras serão substituídas por outras para que novos títulos sejam dispo-nibilizados aos educandos.“Os estudantes curtem esse mo-mento”, afirma.

Para marcar o início do projeto, os alunos assisti-

ram à peça teatral, que con-ta a história de uma folha de papel em branco que queria conhecer o mundo por meio dos livros. “Esse é um alerta para que não se deixe de lado a leitura no livro em si, olhan-do apenas para a tecnologia”, comenta. A educadora lembra que o professor compete dia-riamente com as ferramentas tecnológicas, mas ao mesmo tempo também precisar aliar--se a ela, e utilizá-la na sala de aula na hora do aprendizado.

O colégio possui cerca de 50 alunos, do Jardim A ao 4º ano. A diretora pondera que a instituição de ensino possui uma longa caminhada incen-tivando à leitura. “Os estu-dantes são agraciados diaria-mente com diversos gêneros textuais. Isso motiva a ter ideias para escrever e o voca-bulário fica mais amplo”, des-taca. Ela ressalta que é pos-sível explorar vários pontos como os autores, a ilustração, o professor consegue explorar sem ser maçante. O objetivo da atividade é que a criança tenha prazer ao ler.

Page 26: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 201526 Segurança

Nova tragédia

Segunda vítima fatal em uma semana na ERS-444Colisão de quinta-feira ocorreu no mesmo trecho da morte no domingo

Leonardo [email protected]

Em menos de uma semana, a segunda morte na ERS-

444. Marlon Ambrosi, 36 anos, acabou falecendo após um aci-dente de trânsito do tipo abal-roamento. Informações do Gru-po Rodoviário e do Serviço de Atendimento Médico Urgência (Samu) apontam que a vítima não usava o cinto de segurança.

O acidente ocorreu por vol-ta das 6h40min desta quinta--feira, 25, no quilômetro 3 da rodovia do Barracão. Ambrosi conduzia um Celta, com placas de Bento Gonçalves, que seguia em direção a Farroupilha. Ele perdeu o controle em uma cur-va, foi atingido por um Kadett, de Caxias do Sul, e capotou.

O Corpo de Bombeiros e o Samu atenderam a ocorrên-cia. Ambrosi foi socorrido e encaminhado para o Hospital Tacchini, porém não resistiu. A outra vítima foi identificada como Getúlio dos Santos, 41. Ele estava em estado estável, mas ainda passaria por avalia-ção com um médico traumato.

Conhecido pelo apelido de Bolinha, Ambrosi estudava na Universidade de Caxias do Sul (UCS) e jogava futebol nos fi-nais de semana com os amigos

Operação Irmandade

Ação apreende 159kgde maconha em Canoas

Foram encontrados 179 tijolos da droga dentro de um HB20 clonado

A Polícia Civil apreendeu 159kg de maconha e um HB20 clonado em Canoas na tarde de terça-feira, 23. Parte des-ta droga seria entregue para traficantes da Serra Gaúcha. A Operação Irmandade foi resultado de investigações conjuntas da 1ª Delegacia de Polícia (1ª DP) de Bento Gon-çalves e a 3ª Delegacia de In-vestigações do Narcotráfico (3ª DIN) do Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc).

De acordo com a investiga-ção, a maconha vinha do Para-guai e era agenciada no estado por traficantes da Serra em conluio com uma facção crimi-nosa de Canoas. “Esta é uma investigação de dois meses atrás que foi ampliando e por isso fizemos contato com o De-narc. A associação criminosa trazia drogas do Paraguai, pas-sava pelo Paraná e era entregue na Região Metropolitana. Parte

desta droga era encaminhada para Bento Gonçalves e Caxias do Sul”, explica a delegada Ma-ria Isabel Zerman, da 1ª DP.

Os 179 tijolos de maconha foram localizados em um ve-ículo HB20 clonado que esta-va estacionado em via pública no bairro Rio Branco, em Ca-noas. Como o veículo estava adulterado, não foi possível identificar o proprietário e nenhuma prisão foi feita du-rante a ação. O prejuízo para os traficantes foi calculado em mais de R$ 125 mil.

A ação conjunta entre o De-narc e a 1ª DP foi exaltada na Região Metropolitana. “Com o somatório das informações, foi possível chegar a apreen-são de grande quantidade de droga, bem como a identifi-cação de grandes traficantes gaúchos e paranaenses envol-vidos no esquema criminoso”, relatou o delegado Rafael Pe-reira, da 3ª DIN/Denarc.

Marlon Ambrosi conduzia um Celta que colidiu contra um Kadett

CLAUD

IR PON

TIN/ESTA

ÇÃO

FM, D

IVULG

AÇÃ

O

Um revólver calibre .32 foi apreendido em uma boate do bairro Santa Rita na madrugada de quarta-feira, 24. Uma muni-ção estava percutida, porém não foram encontrados o dono da arma ou feridos. O caso será in-vestigado pela Polícia Civil.

Conforme as informações da Brigada Militar, por volta das 2h40min, denúncias alertaram sobre disparos de arma de fogo na boate da rua Antônio Miche-lon. Foram realizadas averigua-ções e o revólver foi localizado em cima de um banco coberto

por casacos. A arma não tinha numeração e nenhuma marca aparente. O revólver estava mu-niciado com três cartuchos, sen-do um deles percutido, e duas munições de festim.

Haviam várias pessoas no am-biente, porém ninguém assumiu a propriedade do revólver. Foi feita uma relação dos presentes para posterior depoimento. A proprietária das roupas utili-zadas para esconder a arma foi qualificada como testemunha do caso, junto com o proprietá-rio da boate.

Denúncias

Revólver é apreendido em boate no Santa Rita

Em Passo Fundo

Policiais realizam aprimoramento

Instruções de tiro e abordagens foram desenvolvidas por dois dias

Em busca da excelência no serviço à comunidade, 34 po-liciais militares do 3° Bata-lhão de Policiamento de Áre-as Turísticas (BPAT), sediado em Bento Gonçalves, partici-param de um aprimoramen-to junto ao 3° Batalhão de Operações Especiais (BOE) de Passo Fundo. A integração ocorreu na segunda e terça--feira, dias 22 e 23 de junho.

Foram compartilhadas téc-nicas de operações especiais, com instruções de tiro com armas de grosso calibre, pro-gressão em ambientes de crise e terreno urbano e abordagem a transportes coletivos.

BRIGA

DA M

ILITAR, D

IVULG

AÇÃ

O

POLÍCIA

CIVIL, DIVU

LGA

ÇÃO

do time Xerife’s. Em sua pá-gina do Facebook foram dei-xadas dezenas de mensagens enfatizando amigo e parceiro Bolinha. O estudante foi sepul-tado no cemitério do Santo An-tão na tarde de sexta-feira, 26.

Alerta pelo uso do cinto de segurança

Esta foi a segunda morte na ERS-444 neste ano. Na manhã de domingo, 21, Maria de Na-zaré Cordeiro Corte, 31 anos, faleceu após um acidente tipo saída de pista de uma Palio Weekend, de Farroupilha, no quilômetro 2. A suspeita é que

ela também estava sem cinto de segurança.

As duas mortes em menos de uma semana e sem o uso de um equipamento obrigatório preo-cupou os patrulheiros rodoviá-rios, que renovam o alerta. “In-felizmente os condutores não usam. Sabemos por estatísticas que cerca de 70% dos acidentes de trânsito no qual as pessoas morrem ou tem lesões graves, é pela falta do cinto de seguran-ça. Por isso sempre alertamos os condutores a importância deste equipamento”, reforça o sargento César Dias, do 3º Ba-talhão Rodoviário da Brigada Militar (3º BRBM).

Page 27: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Sábado, 27 de junho de 2015 27Segurança

Menor tempo de espera

Esforços por um plantão mais ágilRepresentantes da Polícia Civil exaltam conquistas do novo formato da Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento

Leonardo [email protected]

Para a maioria das pessoas uma delegacia de polícia é

um ambiente constrangedor. Por isso, a Polícia Civil exalta o modelo adotado na Delegacia de Polícia de Pronto Atendi-mento (DPPA) neste ano, que diminuiu o tempo de espera e disponibilizou mais agentes em ocorrências de cidades vizi-nhas. Porém, a autoridade po-licial reforça a recomendação pela Delegacia Online, mais prática para registros de per-das de documentos, maus tra-tos contra animais e acidentes de trânsito sem feridos.

A mudança ocorreu após a chegada de 10 novos policiais civis para o município. A pri-meira mudança foi aumento nas equipes de plantão dispo-nibilizando três agentes para o atendimento a população (antes eram dois). A carga ho-rária também foi alterada de 24h para 12h. “Assim o agente trabalha 12h e folga 24h, antes de entrar em um novo plantão. Este período de descanso para o pessoal se recompor ajuda bastante no atendimento”, res-salta o delegado Álvaro Pache-co Becker, titular da 2ª DP e interinamente na DPPA.

A alteração seguinte foi a cria-ção de uma unidade volante, que concentrou o atendimen-to das ocorrências de plantão da microrregião ao efetivo da DPPA. Uma estratégia para con-tornar a histórica falta de efetivo

Chegada de novos servidores em janeiro permitiu alteração e diminuiu tempo de espera da população

LEON

ARD

O LO

PES

de policiais. “A principal mu-dança foi a criação desta volan-te, ou seja, policiais que, fora do horário comercial e nos finais de semana, atendem as cidades da microrregião. Após a notificação das ocorrências, se houver a ne-cessidade, os policiais deslocam e tomam as devidas providên-cias”, resume o delegado.

A unidade móvel atende os municípios de Garibaldi, Car-los Barbosa, Veranópolis, San-ta Tereza, Monte Belo do Sul, Pinto Bandeira, Cotiporã São Valentim do Sul e Vila Flores. Localidades que possuem um ou nenhum delegado.

Por outro lado, a DPPA con-

tinua desfalcada de três dele-gados. “Seguem as nossas rei-vindicações. Além desta vaga no comando da DPPA, ainda faltam outros dois delegados plantonistas”, ressalta o de-legado Paulo Roberto Rosa, responsável pela 8ª Delegacia Regional em Caxias do Sul.

O delegado regional entende que em certas ocasiões o aten-dimento ainda pode ser lento, porém pede compreensão e garante os esforços da Polícia Civil em cumprir sua missão com a comunidade. “Os casos de flagrante têm, por natureza, uma demora maior, conforme a sua complexidade. É uma sé-

rie de normas constitucionais, como aguardar um defensor para parte do acusado subme-ter o acusado aos exames de corpo de delito, há a situação do pagamento da fiança e os casos de embriaguez ao vo-lante são o melhor exemplo. A Polícia Civil também tem por prioridade o atendimento ao policial militar para que este possa rapidamente voltar ao seu posto de trabalho”, relata o delegado Paulo Rosa.

Já o delegado Álvaro Becker prefere salientar as medidas po-sitivas e o relacionamento com a comunidade. “Claro que ain-da não é o ideal, mas diria que

melhorou. E quem ganha é a população. Antes haviam mais reclamações. Atualmente, pelo que tenho notado, diminuiu. De modo geral, a rotatividade está dinâmica e o atual plantão está aprovado”, argumenta.

Reforço pela Delegacia Online

O volume de ocorrências re-gistradas este ano na DPPA é estimado em 10 mil. Destes, 30% dos registros são de perda de documentos. Uma ocorrên-cia simples, mas que o atendi-mento dura cerca de oito mi-nutos, que acaba auxiliando na formação de filas, e que pode-ria ser resolvido pela Delegacia Online. “Pedimos a colabora-ção. Não precisa vir até a dele-gacia, se expor a filas e talvez ficar horas esperando. Às vezes o pessoal fica bravo, mas casos de flagrante e ocorrências gra-ves tem prioridade. O pessoal pode acessar a Delegacia Onli-ne e evitar tudo isso”, explica o delegado Álvaro.

Além de perdas de docu-mento, acidentes com danos materiais, furtos descuidos e registros de maus tratos contra animais podem ser feitos pela internet. “O site tem o passo a passo, é orientativo e o pro-cesso é simples. O protocolo é feito, depois a ocorrência é homologada por um policial e é enviada para o solicitante. É um documento válido igual ao feito na delegacia”, corrobora o delegado regional.

Page 28: 27/06/2015 - Jornal Semanário - Edição 3.142

Cuidados com o rosto

Os melhores tratamentos faciais para o inverno

Saúde & Beleza

Fetrameiag-RS

Entidade realiza ação contra terceirização

Empresas & Empresários

Há mais de 60 dias rede Wi-Fi nas praças não funciona

E o sinal sumiu...

Página 12

A Edição www.jornalsemanario.com.br56 páginas

Primeiro Caderno ......................28 páginasCaderno S ................................12 páginas Saúde & Beleza .........................8 páginasEmpresas & Empresários ...........4 páginasEsportes....................................4 páginas

BENTO GONÇALVESSábado27 DE JUNHO DE 2015ANO 48 N°3142

R$ 3,00 www.jornalsemanario.com.br

Bento Digital

CRISTIAN

O M

IGO

N