26ª edição - revista o empresário

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1 Entidades empresariais, de classe e instituições de ensino reagem à falta de mão-de-obra qualificada Esforço concentrado Energia Eletrosul investe pesado na geração eólica e solar Gestão Pública Prefeitos eleitos querem trabalhar em parceria

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26ª Edição - Novembro/Dezembro 2012 - Revista O Empresário

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Page 1: 26ª Edição - Revista O Empresário

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Entidades empresariais, de classee instituições de ensino reagem à faltade mão-de-obra qualificada

Esforçoconcentrado

EnergiaEletrosul investe pesado

na geração eólica e solar

Gestão PúblicaPrefeitos eleitos querem

trabalhar em parceria

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DIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃODIREÇÃO

Andreia Thives Borges

JORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTJORNALISTA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVELA RESPONSÁVEL

Carla Pessotto - MTb 21692 - SP

TEXTTEXTTEXTTEXTTEXTOSOSOSOSOS

Carla Pessotto - MTb 21692 - SP

Luciane Zuê - SC 00354 -JP

Mirela Maria Vieira - SC 00215 JP

DESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICODESIGN GRÁFICO

Luciane Zuê

PLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTPLANEJAMENTO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVO EXECUTIVOOOOO

Andreia Borges Publicidade Ltda

COMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃOCOMERCIALIZAÇÃO

Andreia Borges Publicidade Ltda

contato@revistaoempresário.com.br

[email protected]

REPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTREPRESENTANTEANTEANTEANTEANTE

Virtual Brazil - Paulo Della Pasqua

[email protected]

FONESFONESFONESFONESFONES

(48) 3034 7958 / 7811 1925

TIRATIRATIRATIRATIRAGEMGEMGEMGEMGEM

8.000 exemplares

Expediente

EDITEDITEDITEDITEDITORIALORIALORIALORIALORIAL

Caroleitor,

Tere

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a B

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Andreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives BorgesAndreia Thives Borges

F altam poucos dias para darmos boas-vindas a 2013. No ano que

termina, todos nós – país, estado, empresários – enfrentamos

momentos difíceis, principalmente em função da situação

macroeconômica nacional e internacional. Mas, como sempre,

soubemos driblar os problemas, com a criatividade que é inerente ao

brasileiro e, especialmente ao catarinense, e temos também coisas a

comemorar.

Esta é a última edição do ano da revista e na reportagem de capa

abordamos um entrave para o crescimento de Santa Catarina e,

particularmente, da Grande Florianópolis: a carência de profissionais

especializados em diferentes segmentos, mas com maior ênfase em áreas

como construção civil e tecnologia da informação. Mas, mais do que apenas

relatar essa carência e suas consequências, mostramos as estratégias que

entidades e instituições de ensino estão desenvolvendo para acabar ou

pelo menos minimizar o problema.

O próximo ano também será marcado por novas administrações

municipais, com os prefeitos eleitos em outubro passado tomando posse.

Aqui, mostramos os planos de ação de quatro deles – Capital, São José,

Biguaçu e Santo Amaro da Imperatriz. Em comum nos discursos, a vontade

de trabalhar em parceria para resolver problemas que afetam a todos, caso

da mobilidade urbana.

E para 2013, nós, da Revista O Empresário, também teremos grandes

novidades para nossos leitores e parceiros comerciais. Mas, não vamos

nos antecipar ainda, deixando um pouco de curiosidade no ar.

Desejamos a todos um final de ano com muita paz de espírito e um

2013 de sucesso e realizações.

Boa leitura.

Page 5: 26ª Edição - Revista O Empresário

5

índi

ce 060814182432343642616264

entrevistaGlauco José Côrte, presidente da Fiesc

capaEstratégias para vencer a baixa qualificação e a carência de profissionais

construção civilSteinmetz - Gilberto – Habitatus

decoração & interioresSanta Maria Casa – Roka – J. Ziliotto

case de negóciosBellacotton investe em reposicionamento da marca

gestãoMPEs catarinenses estão entre as que mais crescem no país

coluna mercadoNegócios & tendências

energiaOs planos da Eletrosul no setor de geração

gestão públicaPrefeitos eleitos apostam na união de forças para vencer desafios

crônicas do cotidianoMamão com mel, por Mário Motta

gastronomiaNovo cardápio do Joy Joy Bistrot traz referências francesa e espanhola

socialModecol na Mostra Casa Nova – Os 34 anos da AM Construções

Page 6: 26ª Edição - Revista O Empresário

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ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Glauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José Côrte

A indústria brasileira e a catarinense padecem da faltade competências técnicas para acompanhar as exi-gências de competitividade e inovação do mercadomundial, calcanhar de Aquiles da economia nacionalque pode desequilibrar perigosamente a balançacomercial e manter o gigante recém-desperto nolimbo da produção bruta e da importação de bensde maior valor agregado. Conforme o Mapa do Tra-balho Industrial 2012 do Senai Nacional, o Brasil teráque formar 7,2 milhões de trabalhadores em níveltécnico e em áreas de média qualificação para atua-rem em profissões industriais até 2015. Em SantaCatarina, o estudo apontou uma demanda de maisde 400 mil. Em entrevista exclusiva à Revista O Em-presário, o presidente da Federação das Indústriasde Santa Catarina (Fiesc), Glauco José Côrte, faz umaradiografia das necessidades do parque industrialcatarinense e das ações necessárias e em curso paragarantir competitividade e inovação.

culdades para encontrar profissionais qualificados.As deficiências dos candidatos podem estar tantorelacionadas à falta de educação básica (ensinos fun-damental ou médio incompletos), quanto à falta di-ploma de qualificação profissional. Em outras palavras,precisamos de mais pessoas com as competênciastécnicas para desempenhar as funções demandadas.A maior dificuldade é encontrar pessoas para cargosoperacionais e técnicos. Enquanto 61% das empre-sas reclamam da falta de engenheiros, a carência deoperadores de máquinas e técnicos atinge, respecti-vamente, 82% e 94% das empresas. Levantamentodo Senai Nacional estima que, até 2015, será precisoqualificar profissionalmente cerca de 461 mil pesso-as em Santa Catarina. Não se trata de apontar os se-tores de maior demanda, mas, sim, funções. Esse le-vantamento, por exemplo, mostra que a maior parteda carência será nas chamadas funções transversais(úteis para vários setores) como técnico emeletrotécnica, em eletrônica ou em controle de pro-dução, além de mecânicos de manutenção.

OE - Segundo pesquisa do IBGEOE - Segundo pesquisa do IBGEOE - Segundo pesquisa do IBGEOE - Segundo pesquisa do IBGEOE - Segundo pesquisa do IBGE, apenas 7% da po, apenas 7% da po, apenas 7% da po, apenas 7% da po, apenas 7% da po-----pulação catarinense acima de 25 anos tem escolari-pulação catarinense acima de 25 anos tem escolari-pulação catarinense acima de 25 anos tem escolari-pulação catarinense acima de 25 anos tem escolari-pulação catarinense acima de 25 anos tem escolari-dade média completa. Como resolver os problemasdade média completa. Como resolver os problemasdade média completa. Como resolver os problemasdade média completa. Como resolver os problemasdade média completa. Como resolver os problemasestruturais do nosso sistema educacional?estruturais do nosso sistema educacional?estruturais do nosso sistema educacional?estruturais do nosso sistema educacional?estruturais do nosso sistema educacional?GJC -GJC -GJC -GJC -GJC - Uma visão que tem ganhado força na socieda-de, com grande aceitação no meio empresarial, é ade que é preciso melhorar a gestão da educação nopaís. Pois hoje se gasta muito, especialmente no en-sino superior, mas sem conseguir alcançar nível dequalidade satisfatório. A questão não é aumentar de5% para 10% do PIB o investimento em educação e,sim, melhorar a forma como os recursos são utiliza-dos. Para isso, uma das ações propostas é fazer comque a educação seja melhor avaliada. Não só o resul-tado obtido por alunos, mas também professores, ainfraestrutura, a proposta pedagógica. Enfim, a edu-cação como um todo.

OE - O Sistema FOE - O Sistema FOE - O Sistema FOE - O Sistema FOE - O Sistema Fiesc planeja investir R$ 330 milhõesiesc planeja investir R$ 330 milhõesiesc planeja investir R$ 330 milhõesiesc planeja investir R$ 330 milhõesiesc planeja investir R$ 330 milhõesna educação de trabalhadores do setor industrial ena educação de trabalhadores do setor industrial ena educação de trabalhadores do setor industrial ena educação de trabalhadores do setor industrial ena educação de trabalhadores do setor industrial e

O Empresário - Qual o tamanho do déficit de mãoO Empresário - Qual o tamanho do déficit de mãoO Empresário - Qual o tamanho do déficit de mãoO Empresário - Qual o tamanho do déficit de mãoO Empresário - Qual o tamanho do déficit de mão-----dedededede-----obra especializada, qualificada adequadamente paraobra especializada, qualificada adequadamente paraobra especializada, qualificada adequadamente paraobra especializada, qualificada adequadamente paraobra especializada, qualificada adequadamente paraatender às demandas impostas pela tecnologia na li-atender às demandas impostas pela tecnologia na li-atender às demandas impostas pela tecnologia na li-atender às demandas impostas pela tecnologia na li-atender às demandas impostas pela tecnologia na li-nha de produção, e quais os setores industriais esnha de produção, e quais os setores industriais esnha de produção, e quais os setores industriais esnha de produção, e quais os setores industriais esnha de produção, e quais os setores industriais es-----pecíficos mais atingidos por essa carência?pecíficos mais atingidos por essa carência?pecíficos mais atingidos por essa carência?pecíficos mais atingidos por essa carência?pecíficos mais atingidos por essa carência?Glauco José Côrte - Glauco José Côrte - Glauco José Côrte - Glauco José Côrte - Glauco José Côrte - Uma pesquisa realizada pela Con-federação Nacional da Indústria (CNI) em 2011 mos-trou que 69% das empresas ouvidas enfrentam difi-

“É preciso melhorar a gestão da educação”

"O mercado necessita de mais pessoas com as competências

técnicas para desempenhar as funções demandadas"

A questão não é aumentar de 5%para 10% do PIB o investimento emeducação e, sim, melhorar a forma comoos recursos são utilizados.

Page 7: 26ª Edição - Revista O Empresário

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ENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTENTREVISTA / A / A / A / A / Glauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José CôrteGlauco José Côrte

realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos.realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos.realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos.realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos.realizar cerca de 795 mil matrículas em três anos.Quais as estratégias e ações concretas para alcan-Quais as estratégias e ações concretas para alcan-Quais as estratégias e ações concretas para alcan-Quais as estratégias e ações concretas para alcan-Quais as estratégias e ações concretas para alcan-çar essa meta?çar essa meta?çar essa meta?çar essa meta?çar essa meta?GJC - GJC - GJC - GJC - GJC - A ampliação das matrículas se dará pela atua-ção das entidades que compõem o Sistema Fiesc(Sesi, Senai e IEL), cujas ações educacionais preten-dem fomentar a elevação da educação básica, conti-nuada e profissionalizante dos trabalhadores das in-dústrias, a educação executiva para gerentes e diri-gentes de empresas, programas de estágio ecapacitações para estagiários e supervisores de está-gio. Soma-se a essas ações a criação de centros detecnologia para incentivo e promoção da inovação deprodutos, processos e modelo de negócio. Vamosoferecer quase 200 modalidades de cursos e assumoo compromisso de estruturar as capacitações que aindústria precisar, caso não as tenhamos. Em 2011,registramos 95 mil matrículas pelo Senai e 97,5 milpelo Sesi, totalizando 197 mil por anos. Porém, paraalcançar a meta de 795 mil matrículas nos próximostrês anos, precisamos da adesão da indústria ao Mo-vimento A Indústria pela Educação. Hoje, sabemosque a produtividade de quem tem mais tempo de es-tudo é melhor, e é isso que queremos para fazer San-ta Catarina ser ainda mais competitiva.

OE - O Movimento projeta cercar o déficit no setorOE - O Movimento projeta cercar o déficit no setorOE - O Movimento projeta cercar o déficit no setorOE - O Movimento projeta cercar o déficit no setorOE - O Movimento projeta cercar o déficit no setortecnológico e de inovação com a criação de oito instecnológico e de inovação com a criação de oito instecnológico e de inovação com a criação de oito instecnológico e de inovação com a criação de oito instecnológico e de inovação com a criação de oito ins-----titutos de tecnologia que serão referência em suastitutos de tecnologia que serão referência em suastitutos de tecnologia que serão referência em suastitutos de tecnologia que serão referência em suastitutos de tecnologia que serão referência em suasáreas de conhecimento. Como fará isso em um pra-áreas de conhecimento. Como fará isso em um pra-áreas de conhecimento. Como fará isso em um pra-áreas de conhecimento. Como fará isso em um pra-áreas de conhecimento. Como fará isso em um pra-zo de apenas três anos?zo de apenas três anos?zo de apenas três anos?zo de apenas três anos?zo de apenas três anos?GJC - GJC - GJC - GJC - GJC - Para criação de institutos de tecnologia e deinovação do Senai, o Sistema Fiesc realizou workshopsinternacionais que apontaram as tendências de cadaárea, além de levantar demandas junto às empresas.Também temos parcerias com instituições mundiaisde referência em cada uma dessas áreas, para acele-rar o processo de implantação. Cito, por exemplo,parceria com o MIT, dos Estados Unidos, e a Socieda-de Fraunhofer, da Alemanha.

OE - Qual a contrapartida do Estado neste esforçoOE - Qual a contrapartida do Estado neste esforçoOE - Qual a contrapartida do Estado neste esforçoOE - Qual a contrapartida do Estado neste esforçoOE - Qual a contrapartida do Estado neste esforçoque a indústria está fazendo?que a indústria está fazendo?que a indústria está fazendo?que a indústria está fazendo?que a indústria está fazendo?

GJC - GJC - GJC - GJC - GJC - Por estar ligado ao meio empresarial, o SistemaIndústria tem como prática a eficiência, a eficácia e autilização racional de recursos. Assim, a partir do mo-mento em que o Estado percebe que não consegue,sozinho, resolver o problema da educação no País, oadequado é permitir que outros agentes possam darsua contribuição. É o caso do Pronatec, o ProgramaNacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego,que tem repassado recursos para entidades do Siste-ma S*, incluindo o Senai, para que seja possível am-pliar a oferta de educação profissional.

OE - Quanto estes setores que carecem de mãoOE - Quanto estes setores que carecem de mãoOE - Quanto estes setores que carecem de mãoOE - Quanto estes setores que carecem de mãoOE - Quanto estes setores que carecem de mão-----dedededede-----obra especializada estão perdendo, no contextoobra especializada estão perdendo, no contextoobra especializada estão perdendo, no contextoobra especializada estão perdendo, no contextoobra especializada estão perdendo, no contextobrasileiro de economia em crescimento que se con-brasileiro de economia em crescimento que se con-brasileiro de economia em crescimento que se con-brasileiro de economia em crescimento que se con-brasileiro de economia em crescimento que se con-trapõe ao quadro internacional recessivo, o que nostrapõe ao quadro internacional recessivo, o que nostrapõe ao quadro internacional recessivo, o que nostrapõe ao quadro internacional recessivo, o que nostrapõe ao quadro internacional recessivo, o que nosdaria condições de ampliar os espaços que ocupa-daria condições de ampliar os espaços que ocupa-daria condições de ampliar os espaços que ocupa-daria condições de ampliar os espaços que ocupa-daria condições de ampliar os espaços que ocupa-mos no mercado mundial?mos no mercado mundial?mos no mercado mundial?mos no mercado mundial?mos no mercado mundial?GJC - GJC - GJC - GJC - GJC - Não possuímos dados que deem a estimativafinanceira do quanto se perde com a falta de trabalha-dores qualificados. Mas temos consciência de queesse déficit afeta a produtividade, a qualidade dos pro-dutos e a capacidade de acompanhar novas tecno-logias e de inovar. Aliás, essa é a razão principal paraa baixa produtividade do trabalho no Brasil.

OE - Qual o nosso prazo para não perder o compassoOE - Qual o nosso prazo para não perder o compassoOE - Qual o nosso prazo para não perder o compassoOE - Qual o nosso prazo para não perder o compassoOE - Qual o nosso prazo para não perder o compassocom este contexto positivo para o desenvolvimentocom este contexto positivo para o desenvolvimentocom este contexto positivo para o desenvolvimentocom este contexto positivo para o desenvolvimentocom este contexto positivo para o desenvolvimentoda indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carên-da indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carên-da indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carên-da indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carên-da indústria? Ou seja, se não cobrirmos essas carên-cias com agilidade e eficácia, estagnamos?cias com agilidade e eficácia, estagnamos?cias com agilidade e eficácia, estagnamos?cias com agilidade e eficácia, estagnamos?cias com agilidade e eficácia, estagnamos?GJC - GJC - GJC - GJC - GJC - Essa mudança deve ser feita urgentemente.Por isso estamos trabalhando com metas ousadas,como a de dobrar o número de matrículas em um pra-zo de três anos.

RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira

* - O sistema S é formado por organizações e instituiçõestodas referentes ao setor produtivo, tais como industrias,comércio, agricultura, transporte e cooperativas que têmcomo objetivo, melhorar e promover o bem estar de seusfuncionários na saúde e no lazer, por exemplo, e tambémdisponibilizar uma boa formação profissional. Asinstiuições do Sistema S não são públicas, mas recebemsubsídios do governo.

A produtividade de quem tem maistempo de estudo é melhor, e é isso quequeremos para fazer Santa Catarinaser ainda mais competitiva

Fotos: Divulgação/Fiesc

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CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

A

Estratégias

escassez de profissionais de áre-

as como tecnologia e construção

civil pode se tornar um entrave

para o crescimento da Grande Florianópolis,

contra o apagão educacionalFalta de qualificação e carência de

profissionais em setores comoconstrução civil e tecnologia podem

comprometer crescimento

que tem boa parte da sua economia basea-

da nestes setores. O Brasil, por exemplo,

tem uma carência de 150 mil engenheiros,

segundo levantamento da Confederação Na-

cional da Indústria (CNI). A boa notícia é que

diferentes entidades e instituições de ensi-

no da região e do Estado estão realizando

um esforço extra para mudar esse cenário.

A Federação das Indústrias de Santa

Catarina (Fiesc) lançou em outubro o Movi-

mento A Indústria pela Educação, que pre-

vê investimentos de R$ 330 milhões na edu-

cação de trabalhadores do setor (veja en-

trevista nas páginas 6 e 7). E o Centro Uni-

versitário Estácio de Sá, em São José, inau-

gura três novos cursos de Engenharia –

Ambiental, Civil e de Produção – em 2013.

O déficit na engenharia é um dos

mais emblemáticos. Em 2010, data do últi-

mo Censo de Educação do Superior do

MEC, 38 mil novos engenheiros se gradua-

ram. Mais da metade deles em engenharia

civil. Na Coréia do Sul, o índice é de 80 mil

novos engenheiros por ano, decorrência di-

reta da revolução promovida naquele país

no ensino básico nos últimos 20 anos. Lá,

dos 125 mil profissionais que trabalham

com pesquisa e inovação, 90 mil são enge-

nheiros. Aqui, apenas 13% dos alunos do

ensino médio optam por carreiras da

Engenharia e 40% dos que o fa-

zem abandonam o curso nos

dois primeiros anos.

As deficiências do ensi-

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CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

no fundamental e médio são a raiz do

“apagão” que paralisa obras e projetos por

todo o país e inibe a capacidade de inova-

ção. O país despencou nove posições em

apenas um ano no ranking mundial dos paí-

ses mais inovadores, ficando em 58º lugar

em 2011. Aliada as deficiências da educa-

ção básica, a estagnação de duas décadas

da economia, nos anos 80 e 90 do século

passado, pavimentaram o caminho para o

atual gargalo do desenvolvimento brasileiro.

Para o diretor do Sindicato dos Engenheiros

(Senge-SC), recém-eleito vice-presidente da

Federação Nacional dos Engenheiros (FNE),

Carlos Abraham, o momento é favorável à

reversão deste quadro. “É fundamental não

importar profissionais e criar mecanismos de

estímulo, valorização e qualificação continu-

ada”, enfatiza. Atualmente, apenas 33% dos

formandos em engenharia atua na profissão

escolhida, segundo o MEC.

Nessa linha, o Promove - Programa

de Mobilização e Valorização das Engenha-

rias, criado pela Financiadora de Estudos e

Projetos (Finep) investiu mais de R$ 45 mi-

lhões em projetos de estímulo à formação

de engenheiros e à inovação. Outros R$ 16

milhões bancaram competições e desafios

em escolas de ensino médio, visando des-

pertar crianças e adolescentes para o mun-

do das engenharias e das invenções. O Pro-

grama está alinhado ao Inova Engenharia,

lançado pela Confederação Nacional das

Indústrias (CNI) no mesmo ano e que conta

com o apoio de universidades e agências

do governo.

A elevada demanda, e com ela o sal-

to nos salários - um engenheiro do setor

petrolífero e de gás ganha hoje entre R$ 7

mil e R$ 15 mil mensais -, também está fa-

zendo a sua parte. Em 2001, 65 mil ingres-

saram nas faculdades da área. Em 2010,

foram quase 200 mil.

RRRRReportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Veportagem: Mirela Maria Vieiraieiraieiraieiraieira

Estácio cria novos cursosde Engenharia

Três novos cursos de Engenharia - Ambiental, Civil e de Produção

- e um de Tecnólogo em Jogos Digitais, começam suas aulas em 2013,

no Centro Universitário Estácio de Sá de Santa Catarina. Localizado em

São José, é um dos resultados positivos das pressões impostas pelo

déficit de pessoal especializado em setores ávidos por destravar o de-

senvolvimento reprimido com inovação, como a construção civil e a

área de Tecnologia em Informação e Comunicação (TIC).

Para as 540 empresas do setor em Florianópolis, que projetam o

primeiro bilhão em faturamento neste ano, a iniciativa amplia as pers-

pectivas no pequeno universo de 23 cursos disponíveis na área em todo

o Estado, conforme dados do mapeamento realizado pela Associação

Catarinense de cursos superiores de Tecnologia em Informação e Co-

municação (TIC). Desde 2004, a Estácio já oferece o curso de Tecnólogo

em Redes de Computadores. “Há carência de profissionais na área de

TI para atender à oferta anual de 2.000 vagas na grande Florianópolis,

como mostrou o estudo da Acate feito em 2010”, resume o coordena-

dor dos dois cursos da Estácio, Clodomir Coradini.

Na área de engenharia, existem 140 cursos no estado, diluídos

por mais de 60 especialidades. Em Engenharia Ambiental só apenas

quatro reconhecida pelo Ministério da Educação. A Engenharia Civil con-

centra o maior número, 24, seguida da Engenharia de Produção, com

23. “A escassez de engenheiros deve-se, em parte, à baixa oferta de

cursos de ensino superior na área das engenharias na grande

Florianópolis”, afirma a engenheira e professora dos cursos Maria da

Glória Peruch. Além do momento favorável, observa ela, as projeções

do IBGE mostram um grande contingente populacional em idade de

frequentar o ensino superior nos próximos anos em Santa Catarina.

(MMV).

Carlos AbrahamCarlos AbrahamCarlos AbrahamCarlos AbrahamCarlos Abraham

Diretor do SengeDiretor do SengeDiretor do SengeDiretor do SengeDiretor do Senge-----SCSCSCSCSC

Page 10: 26ª Edição - Revista O Empresário

10

Canteiro de obras

QConstrução civil investe na

qualificação, mas não conseguedar conta da demanda

carece de serventesa engenheiros

básicas ligadas à obra - pedreiros, serven-

tes, técnicos e mestres de obras – até às

de nível superior como engenheiros e ar-

quitetos”, afirma o presidente do Sindica-

to da Indústria da Construção Civil da Gran-

de Florianópolis (Sinduscon), Helio Bairros.

As construtoras ainda conseguem

formar mão-de-obra de base nos canteiros,

conforme Bairros. “O operário pode iniciar

em funções como servente e ajudante de

pedreiros e aprender na prática a profis-

são. Mas, não temos como formar um en-

genheiro”. Entre janeiro e agosto deste

ano, as indústrias da Grande Florianópolis

contrataram 26 engenheiros. Numa rápida

pesquisa nos sites de empresas que recru-

tam mão de obra, 76 vagas para a região

eram anunciadas na segunda quinzena de

setembro. Todas para contratação imedia-

ta, com ofertas salariais variando de R$ 2

mil, para recém-formados, a R$ 15 mil, para

graus mais especializados. Os salários mais

atrativos, no entanto, não garantem o re-

crutamento necessário. “Temos sete mil

engenheiros civis registrados no Crea-SC,

mas isso não significa que todos estes es-

tão atuando em sua área, nem tão pouco

que tenham a qualificação exigida pelos

novos padrões de sustentabilidade e de

inovação do setor”, salienta Bairros. Para

ele, o fortalecimento do ensino básico é

primordial para atacar o problema na ori-

gem. “É a base da escolha da profissão e

das qualificações posteriores”.

De imediato, segundo ele, as indús-

trias da construção civil têm cobrado con-

tinuamente das autoridades públicas inves-

timentos na captação de profissionais. As

uarto lugar na relação do Cadastro

Geral de Empregados e Desemprega-

dos (Caged), do Ministério do Traba-

lho e Emprego, com 9,7% dos 150.334

empregos formais criados no país em se-

tembro, a indústria da construção civil

amarga obras mais caras e menos eficien-

tes pela falta de mão-de-obra especializa-

da. No primeiro semestre, as empresas

catarinenses do setor contabilizaram cin-

co mil postos de trabalho para contratação

imediata. “A escassez de trabalhadores

qualificados atinge desde as funções mais

CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

Page 11: 26ª Edição - Revista O Empresário

11

parcerias para capacitação com empresas

do setor e fabricantes de insumos (Fiesc e

Senai), têm ajudado a contornar o proble-

ma com relação aos trabalhadores de ní-

vel fundamental e médio. “Além disso, bus-

camos uma constante valorização do se-

tor e de seus profissionais, prestando ser-

viços fundamentais para a qualificação e a

proteção dos trabalhadores, orientando

sobre as normas técnicas, realizando tra-

balhos de prevenção a acidentes, ao alco-

olismo e uso de drogas”, afirma Bairros.

(MMV).

Indicadores do setorTotal de empresas em Santa Catarina 12.169

Total de empresas na Grande Florianópolis 2.080

Total de trabalhadores formais no estado 105.238

Contratações em 2011 8.817 trabalhadores,10,74% a mais no contingente de mão de obrado início de janeiro aofinal de dezembro.

Participação no PIB catarinense 5,2%

Fontes: Fiesc/Ministério do Trabalho e Emprego/CAGED e IBGE (Censo 2009)

Média de salários para a engenharia civil em Santa CatarinaSomente na Catho as ofertas para engenheiros civil: 16 vagas

Engenheiro civil júnior R$ 4 mil a R$ 7 mil

Engenheiro civil - Estruturas R$ 9 mil a R$ 12 mil

Engenheiros civil sênior R$ R$ 7mil a R$ 15 mil

Fonte: Catho On line; Manager On line; Indeed

CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

Mercado para engenheirosDemanda atual 150 milDemanda reprimida 60mil/anoÁreas de maior demanda petrolífero, construção

civil e minasMédia anual de formandos em Engenharia 40 milTotal de vagas preenchidas nas escolasde engenharia 120 milTotal de vagas disponíveis nas escolasde engenharia 302 milRelação do número de engenheiros por habitante seis para cada 100 mil.

Em países desenvolvi-dos, como EUA e Japão,a relação é de 25 por100 mil habitantes.

Fontes: MEC, Sistema Confea/CREA e FNE

SAIBA MAIS

Comparativo de engenheirosentre os BRICs*País Formados/ano

China 400 mil

Índia 250 mil

Rússia 100 mil

Coréia do Sul 80 mil

Brasil 40 mil

* Sigla que se refere a Brasil, Rússia, Índia e China que sedestacam como países em desenvolvimento.

Fonte: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)

Ranking de salários

Área específica Crescimento Média salarialmédio (maio/2011)

Engenhariaagrícola 38,2% R$ 5.965,00

Engenhariageológica 21,4% R$ 9.239,00

Engenhariade minas 21% R$ 14.22,00

Engenhariade petróleo 20,8% R$ 15.303,00

Engenhariaambiental 20,4% R$ 4.362,00

Engenhariade alimentos 20,2% R$ 4.302,00

Engenhariacivil 19% R$ 11.134,00

Fonte: Catho On line

Helio BairrosHelio BairrosHelio BairrosHelio BairrosHelio Bairros

PPPPPresidente Sindusconresidente Sindusconresidente Sindusconresidente Sindusconresidente Sinduscon

Grande FlorianópolisGrande FlorianópolisGrande FlorianópolisGrande FlorianópolisGrande Florianópolis

Page 12: 26ª Edição - Revista O Empresário

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CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

Sobram vagas no setor

N

Até 2015, SantaCatarina irá

precisar de seismil novos

profissionais

de tecnologiao ano passado, o setor de Tecnologia

em Informação e Comunicação (TIC)

em Santa Catarina empregava 10 mil

pessoas, 36% deste total em Floria-

nópolis, e contabilizava quase três mil va-

gas em aberto. Até 2015, serão necessá-

rios quase seis mil profissionais para aten-

der a demanda somente das empresas de

tecnologia e inovação no Estado, concen-

tradas em nove pólos regionais, o maior

deles em Florianópolis com 540 empre-

sas e participação de cerca de R$ 1 bi-

lhão no PIB da cidade. No mesmo prazo,

as corporações que atuam em outras áre-

as do arranjo produtivo catarinense terão

quase três mil postos de trabalho abertos

em TIC.

Os dados são do segundo Mapea-

mento de Recursos Humanos e Cursos de

TIC executado pela Associação Catarinense

de Empresas de Tecnologia (Acate), entre

setembro e dezembro de 2011. “A deman-

da maior é por profissionais especializados

na área das linguagens específicas de pro-

gramação, principalmente Java, Delphi,

C++, que podem ser de nível técnico”,

afirma Guilherme Stark Bernard, presiden-

te da Acate e sócio da Reason, empresa

sediada em Florianópolis e dedicada ao

desenvolvimento de soluções para o sis-

tema elétrico e industrial com tecnologia

desenvolvida no país. Com os dados em

mãos, empresas do setor esperam incre-

mentar e aperfeiçoar iniciativas próprias e

programas governamentais, como o

GeraçãoTec, instituído em 2011 pelo gover-

no catarinense para a profissionalização de

jovens e adultos a partir de 17 anos em

nível técnico, executado através de parce-

rias com Senai, Sesi, empresas, institutos

de tecnologia e ACATE. “Temos que ampli-

ar o número de cursos em nível

profissionalizante e superior direcionando-

Guilherme Stark BernardGuilherme Stark BernardGuilherme Stark BernardGuilherme Stark BernardGuilherme Stark Bernard

PPPPPresidente da Acateresidente da Acateresidente da Acateresidente da Acateresidente da Acate

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Resultados do GeraçãoTECCandidatos inscritos nos cursos 5.718

Candidatos selecionados 1.852

Formados 474

Alunos em curso 749

Empregabilidade 499 dos alunos desenvolvematividades profissionais, com vínculo

empregatício ou autônomo.Destes, 341 atuam no setor de TIC.

Em processo seletivo 500

Meta de formação profissional para 2012 1.150 pessoas

Cidades contempladas pelo projeto Blumenau, Chapecó, Criciúma,Grande Florianópolis, Itajaí,

Jaraguá do Sul, Joaçaba, Joinville,Lages, Rio do Sul e Tubarão

Fonte: http://geracaotec.sc.gov.br/

Empregabilidade e cursos no setor de TIC em Santa CatarinaTotal de trabalhadores 10.098, 36% somente em Florianópolis

Total de vagas abertas em 2011 2.272

Projeção de vagas abertas para 2012 5.711

Projeção de postos de trabalho para 2015 11.771

Vagas nas pequenas empresas 1.011 para contratação em 2011,2.399 até 2012 e 4.807 até 2015

Vagas nas microempresas 3.806 em 2015

Vagas nas médias empresas 2.419 em 2015

Grandes organizações 606 postos de trabalho em 2015

23 faculdades ou universidades, a maioria deles na microrregião de Florianópolis (9), seguida deBlumenau (3), Joinville (3), Chapecó (2), Criciúma (2), Jaraguá do Sul (2), Rio do Sul (1) e Tubarão(1). O Mapeamento não detectou cursos superiores de TIC na microrregião de Lages.- Em 2011, estes cursos possuíam 4.065 vagas, 38% a mais do que em 2010.- A taxa de evasão nos cursos de graduação foi de 85% em 2011. Foram 2.235 evasões presenciais.No mesmo ano, formaram-se 385 profissionais.

Fonte: Mapeamento de Recursos Humanos e Cursos de TIC

CAPCAPCAPCAPCAPAAAAA

SAIBA MAIS

os melhor para a empregabilidade”, salien-

ta o empresário.

Para isso, é preciso avançar na for-

mação educacional básica e incluir nos

currículos atividades que despertem o in-

teresse de crianças e jovens para a mate-

mática, a física e o desenvolvimento do

raciocínio lógico. “A Acate desenvolve pro-

gramas e jornadas em parceria com o Sesi,

em que jovens de 11 a 16 anos aprendem

a montar e programar robótica. A experi-

ência comprova que a capacidade de assi-

milação e o interesse pelas áreas

tecnológicas crescem de forma significati-

va”, destaca. Um elemento que pode esti-

mular ainda mais é o crescimento dos sa-

lários no setor, que tiveram incremento de

88% de 2011 para este ano, conforme pes-

quisa realizada no Rio e em São Paulo.

(MMV)

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Com 700 m2 de área construída,empreendimento tem potencial

para abrigar instalações desegmentos variados

P alhoça acaba de ganhar um empre-

endimento diferenciado, idealizado

para abrigar lojas de comércio com

conforto e qualidade, independente do

segmento.

Construída em harmonia com os

modernos padrões arquitetônicos, a nova

loja planejada pela Steinmetz- Gilberto trou-

xe ao centro da cidade um ambiente de 700

m2 e área de estacionamento para 27 car-

ros, o que confere ao espaço uma perfeita

integração ao local.

Com uma fachada moderna, o em-

preendimento chama a atenção e se des-

taca na região, funcionando realmente

como uma grande vitrine. Na duas frentes

da loja (ruas Capitão Augusto Vidal e Julia

Mônica da Silveira), a predominância dos

vidros confere ainda maior amplitude à

construção, e sem deixar a segurança e o

conforto de lado. O vidro é laminado e pos-

sui um excelente isolamento acústico e, em

caso de acidentes, não estilhaça, evitando

maiores inconvenientes.

Mas os cuidados com a escolha de

materiais foram muito além, englobando

itens que dão ao empreendimento caracte-

rísiticas diferenciadas.As telhas são cons-

tituídas por uma espécie de “sanduíche”

EPP termilor, que envolve uma camada de

espuma rígida de poliuretano. São termo-

Vitrine dif

acústicas e na cor cinza claro, garantindo

uma combinação harmônica com a leveza

dos vidros e esquadrias.

Na parte interior, chamam atenção

o cuidado com o acabamento e a inexis-

tência de colunas, que amplia o vão livre e

otimiza a ocupação do ambiente. O forro

foi executado com um sistema modular em

placas PVC de alta resistência e a susten-

tação é garantida no requadramento de

perfis metálicos, pintados com tinta epoxi

na cor branca.

A iluminação foi desenvolvida da for-

ma ergonômica e é composta por lâmpa-

CONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVIL

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erenciada

das de teto, luminárias de embutir, refleto-

res e aletas anodizadas. Para o piso, foram

escolhidos modelos de grande durabilida-

de, ideais para ambientes com alto tráfe-

go de pessoas.

Essas características, aliadas à ex-

celente localização, capacitam a constru-

ção a receber qualquer tipo de estabele-

cimento,desde concessionárias de auto-

móveis, agências bancárias, lojas de mó-

veis, decoração ou departamentos

O espaço é amplo, arejado e con-

fortável, e está pronto para utilização ime-

diata, bastando para isso pequenas ade-

quações ao segmento. Os detalhes da nova

loja foram pensados para garantir confor-

to, tanto para os locatários quanto para o

público que utilizar o ambiente. O sistema

de tubulação de ar-condicionado está pron-

to para a instalação dos aparelhos.

Trata-se de mais altenativa ofereci-

da pela Steinmetz que, sintonizada com o

desenvolvimento de Palhoça, imprime ca-

racterísticas ainda mais empreendedoras

às suas iniciativas.

ONDE ENCONTRAR

(48) 9983 9385

CONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVIL

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CONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVILCONSTRUÇÃO CIVIL

CAtender

diferentesperfis de

consumidores éestratégia da

Habitatus parase destacar no

mercado

riada há apenas cinco anos, a Habitatus

Empreendimentos Imobiliários, sediada

em São José, registra números expressi-

vos tanto em unidades entregues quanto em

obras em andamento, o que a coloca na linha

de frente no competitivo mercado da cons-

trução civil de Florianópolis. Nesse período,

a empresa contabiliza dois empreendimentos

entregues, um que será entregue em março

de 2013 e três em construção, além de dois

projetos a serem anunciados entre 2013 e

2014.

Do primeiro empreendimento, o Vista

Nobre, lançado em 2008 na Palhoça, até os

residenciais de alto padrão Zelia Freitas e Elza

Momm, ambos em obras no Centro de Flori-

anópolis, a preocupação maior da Habitatus

é construir empreendimentos com qualidade,

integrados ao ambiente e que satisfaçam os

interesses dos clientes.

Essa é o cuidado demonstrado pelo di-

retor da empresa, José Elson Lopes de Freitas

Junior, que destaca a versatilidade da empre-

sa, interessada e disposta a atuar em toda a

Grande Florianópolis e com diferentes padrões

de construção. “Trabalhamos com apartamen-

tos de R$ 120 mil a R$ 1,8 milhão, mas sem-

pre com a certeza de que dentro de cada seg-

mento podemos oferecer aquilo que o cliente

SAIBA MAISA Habitatus possui os seguintes empreendimentos:Vista Nobre, localizado em Barreiros, com 14 pavimentos e 60 unidades, entregue emdezembro de 2010.

Parque da Ponte, na Ponte do Imaruim, com 336 unidades habitacionais e quatrosalas comerciais, entregue em julho de 2012.Elza Momm, no centro de Florianópolis, com um apartamento por andar e até trêsvagas de garagem coberta, que será entregue em março de 2013.

Bosque das Estações, no Bela Vista, com 384 unidades habitacionais e seis salascomerciais, com previsão de entrega para dezembro de 2013.Stellato, no Pagani (Palhoça), com 14 pavimentos, 108 unidades e previsão de entre-ga para julho de 2014.Zélia Freitas, no centro de Florianópolis, empreendimento de alto padrão que seráentregue em dezembro de 2015.

precisa, deseja e merece ter. Queremos que

sintam orgulho de morar em nossos empre-

endimentos”, afirma.

Formado em Administração, Junior pos-

sui MBA em Gestão de Negócios da Constru-

ção Civil iniciado com a criação da empresa, e

acredita que a convivência com os profissionais

do ramo durante o curso aliada ao interesse

pelos locais e modo de vida das pessoas que o

acompanha desde a infância contribuem para

o sucesso do negócio.

A Habitatus conta hoje com 45 funcio-

nários em sua área administrativa, e terceiriza

todos os serviços de mão-de-obra. Ele explica

que com a escolha de arquitetos renomados

e de profissionais capacitados em todas as

áreas, agrega valor aos seus empreendimen-

tos, que se adaptam às tendências e aos am-

bientes em que se inserem.

A meta da Habitatus é continuar cres-

cendo e se destacando, sem abrir mão da qua-

lidade. Por isso, Junior faz questão de partici-

par de todo o processo de desenvolvimento dos

projetos. “Desde a escolha dos terrenos até

concepção final do projeto arquitetônico, tudo

tem minha participação”, explica.

Apesar da competitividade existente no

mercado da construção civil, o empresário

acredita que ainda há muito espaço para ser

ocupado. Para comprovar, cita como exemplo

o Residencial Zelia Freitas, empreendimento

de alto padrão com previsão de entrega para

dezembro de 2015 e com apartamentos de

valor diferenciado, que teve 1/3 de suas uni-

dades comercializadas apenas na primeira se-

mana de lançamento. “Quando criamos o pro-

duto certo no lugar certo, não tem como as

pessoas não se interessarem”, finaliza.

ONDE ENCONTRAR

www.habitatus.com.br

Ao gosto do cliente

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DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO & INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES

Santa Maria Casa mescla móveis eobjetos premiados de designers com

peças elaboradas por artesãos

P eças exclusivas, vindas de todos os

cantos do Brasil, verdadeiras obras

de arte nascidas das mãos de gen-

te anônima, feitas com matéria-prima local

e técnicas tradicionais de produção com

baixo impacto ambiental. Todas com o ape-

lo irresistível da praticidade, beleza e

criatividade que inspiram a decoração da

casa. Com este diferencial, e carregada da

paixão e respeito pelas comunidades que

Talentoconheceu em suas viagens pelos mais di-

versos recantos do país, a empresária Ma-

ria Carolina Duva oferece, há seis anos, em

sua loja de decorações multimarcas Santa

Maria Casa, uma diversidade de móveis e

objetos de decoração comercializados nos

mercados de Santa Catarina, Rio de Janei-

ro, São Paulo, Rio Grande do Sul e já se

prepara para iniciar as vendas pela internet.

“A loja representa, basicamente, ta-

lentos brasileiros, desde o artesanato com

peças que trazemos através de parcerias

com ONGs, cooperativas e associações,

até objetos premiados de designers como

os tapetes de Babba Vaccaro, que conquis-

bra

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DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO & INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES

tou recentemente o prêmio Planeta Casa

de Sustentabilidade, conferido pela Revis-

ta Casa Claudia”, sintetiza Maria Carolina.

Trabalhar sob este conceito, assinala, teve

seus contratempos no começo, gerados

por dificuldades de organização das comu-

nidades, muitas delas isoladas, e pelo es-

tágio incipiente da economia sustentável.

Com a parceria mantida desde o início com

entidades como o Instituto Meio, voltado

à organização empresarial de comunidades

de regiões rurais e pequenas cidades, a

empresária conseguiu estabelecer uma

logística eficaz de comunicação, vendas e

distribuição que dispensam intermediários.

“Hoje posso negociar produtos e preços

via internet”, afirma.

Todas as peças são selecionadas

pessoalmente por Maria Carolina, com cri-

térios como alto valor agregado, desenho

diferenciado e acabamento impecável. Ca-

racterísticas cada vez mais valorizadas por

consumidores que também anseiam por

sair do frio e cinzento vanguardismo urba-

no. De bancos e pufes de taboa (capim alto

que prolifera nos brejos), feitos em Rio Bri-

lhante, no Pantanal matogrossense e cam-

peões de vendas, a objetos de capim-dou-

rado feitos em Tocantis, os produtos ofe-

recidos pela Santa Maria Casa sintetizam

pedacinhos da imensa diversidade brasi-

leira. “Tenho muito orgulho de vender es-

sas peças produzidas na maior parte das

vezes em lugares isolados, por pessoas

talentosas, que representam uma cultura”,

comenta a empresária, empolgada com a

SAIBA MAIS

O Instituto Meio é uma organização privada, sem fins lucrativos,fundada em 2005, com o objetivo de gerir investimentos sociaisprivados e públicos focados na ampliação das oportunidades deemprego e renda sobre os princípios da sustentabilidade ambiental,econômica, social e cultural. Congrega hoje 50 comunidades emtodo o Brasil, principalmente nas regiões rurais ou pequenas cida-des, auxiliando cerca de 1,5 mil pessoas a divulgar e comercializarseus produtos.www.institutomeio.org

sileiroencomenda recém-chegada de mantas

bordadas e brinquedos de madeira confec-

cionados por índios de diversas regiões

especialmente para o Natal.

ONDE ENCONTRAR

www.santamariacasa.com.br

Maria Carolina DuvalMaria Carolina DuvalMaria Carolina DuvalMaria Carolina DuvalMaria Carolina Duval

EmpresáriaEmpresáriaEmpresáriaEmpresáriaEmpresária

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DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO & INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES

Roka Ideias e Objetos aposta em grifes nacionais eestrangeiras para seduzir consumidor

o garimpo feito em feiras e ateliers

especiais no Brasil e no exterior,

mãe e filha transformaram o ato de

decorar em um ritual que conquis-

ta uma clientela fiel e multipli-

cadora, desde dezembro de 1993.

A estratégia de compra direta de

peças exclusivas, com uma eco-

nomia de até 30% nos custos,

garantiu o sucesso da Roka Ideias

e Objetos, das empresárias Rosa

e Ana Paula Rigon, desde que fo-

ram abertas as portas da primei-

ra loja, na rua Almirante Lamego,

em Florianópolis.

Dezenove anos depois, a

marca Roka tem duas lojas em

shoppings da capital catarinense

- a primeira delas completou cin-

co anos em julho passado - e ven-

de para todo o país por meio do

seu site e das listas de presen-

tes. São mais de 5 mil itens de

grifes internacionais e nacionais,

cobiçadas por arquitetos,

decoradores profissionais e cen-

tenas de decoradores amadores

ou amantes da cozinha, área que

responde por cerca de 40% do

faturamento da Roka atualmente.

O atendimento personaliza-

do, com direito a espumante nas

Ritual de

D lojas e a especial orientação, na verdade

quase uma consultoria especializada, que

Rosa e Ana Paula oferecem aos clientes, é

outro diferencial responsável pela estatus

de grife conquistado pela marca Roka. “So-

mos referência na área de presentes e de-

corações de bom gosto, comercializando as

maiores e melhores grifes nacionais e inter-

nacionais”, assinala Ana Paula. Afirmação

comprovada pela distinção da arquiteta

Roberta Zimmermann Buffon, feita no es-

paço Giro da Decoração, da Casa Vogue.

A Roka também é referência do Na-

tal catarinense desde a primeira edição da

Casa do Papai Noel - by Roka, que funcio-

na de outubro aos primeiros dias do ano

seguinte, no piso das Garagens GI do

Shopping Iguatemi. Em 350 metros qua-

drados, são oferecidos mais de 2 mil itens,

de árvores de Natal dos mais diversos e

inusitados modelos e campeãs de vendas,

aos tradicionais presépios. O espaço já se

tornou atração turística, chamando a aten-

ção de grupos de crianças e jovens do in-

terior do estado, e vem registrando aumen-

to constante nas vendas. “No ano passa-

do, tivemos um crescimento de 20%,

percentual que deve se repetir neste ano”,

afirma Ana Paula.

ONDE ENCONTRAR

www.rokanet.com.br

Ana PAna PAna PAna PAna Paula (E) e Raula (E) e Raula (E) e Raula (E) e Raula (E) e Rosa Rigonosa Rigonosa Rigonosa Rigonosa Rigon

SóciasSóciasSóciasSóciasSócias

bom gosto

Foto

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ção

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21

Page 22: 26ª Edição - Revista O Empresário

22

DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO & INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES

á quase 20 anos, quando iniciou

suas atividades, a J. Ziliotto era

uma loja de varejo, que comercia-

lizava apenas móveis e máquinas para es-

critório. Em pouco tempo, o empresário

Jaime Ziliotto percebeu a grande deman-

da que se instalava no mercado

corporativo, e optou pela estratégia de dar

mais ênfase a essa clientela, passando a

oferecer soluções completas em móveis,

equipamentos e decoração e tornando-se

uma loja referência no segmento não ape-

nas em Florianópolis. mas também em ou-

tras regiões do Estado.

“Nossa base de atuação sempre foi

Florianópolis, mas graças aos nossos par-

ceiros comerciais atendemos empresas

em toda Santa Catarina, e atualmente

estamos em um processo de expansão

diferenciado, com a contratação de repre-

sentantes comerciais nas principais cida-

des do Estado, o que amplia ainda mais

nossa capacidade de atendimento”, expli-

ca Ziliotto, que em 2013 comemora 20

anos na direção da empresa, comerciali-

zando móveis para escritório em geral,

uma diversa coleção de cadeiras, divisóri-

as e até carpetes.

De acordo com o empresário, par-

te da estratégia de atendimento pratica-

da pela J. Ziliotto consiste em dispo-

nibilizar assessoria completa aos clientes,

com colaboradores treinados nas indús-

trias parceiras e uma equipe de retaguar-

da, que cuida da elaboração de projetos e

atende especificamente os profissionais

de arquitetura e decoração de todo o es-

tado. Esse fato, aliado à variedade e qua-

l idade das marcas que compõem o

portfólio da empresa, acaba configuran-

do-se como o grande diferencial da loja

em relação à concorrência.

“O escritório moderno precisa ser

planejado para ocupar os espaços com

inteligência, modernidade, tecnologia e

ergonomia”, explica Ziliotto, que em seu

show-room possui móveis de marcas re-

conhecidas, como a Flexform, hoje a mai-

or indústria de cadeiras da América Lati-

na e a que detém a maior tecnologia em

cadeiras para escritório, e as divisórias

DivDesign, que, segundo afirma, trata-se

Soluções paraambientes

corporativosJ. Ziliotto expande atuação por todo o Estado

HJaime ZiliottoJaime ZiliottoJaime ZiliottoJaime ZiliottoJaime Ziliotto

DiretorDiretorDiretorDiretorDiretor

Page 23: 26ª Edição - Revista O Empresário

23

DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO DECORAÇÃO & INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES INTERIORES

da única indústria de paredes divisórias

com todas as certificações (ISO9000,

ISO14000 e ABNT). “Temos soluções para

todas as necessidades em instalações

para escritório administrativos, e apesar

de nosso foco principal ser o segmento

corporativo, nos destacamos, também, no

atendimento ao pequeno consumidor”,

acrescenta Jaime Ziliotto.

Para o empresário, o ano de 2012

foi um período de consolidação do relaci-

onamento com os parceiros comerciais,

possibilitando a definição de novos pro-

dutos a oferecer, instalação de novo

showroom, intensificação de treinamen-

to da equipe, além da participação em

eventos de decoração, que trouxeram ain-

da mais visibilidade e, consequentemente,

novos clientes. Além da garantia mínima

de cinco anos nos produtos que comerci-

aliza, a empresa garante também prazo de

entrega, seja de uma poltrona ou de um

escritório completo.

“Estamos entrando na maioridade

com muito mais experiência, e acredito

que esse seja um ingrediente essencial

para a qualidade dos serviços que presta-

mos”, defende Ziliotto, que destaca o res-

peito ao cliente, a atenção no atendimento

e, principalmente, a ética profissional como

fatores que ajudaram na consolidação da

empresa no mercado catarinense. “Posso

garantir que ao optar pela J.Ziliotto o clien-

te tem a certeza de fazer um bom negó-

cio” finaliza.

ONDE ENCONTRAR

www.jziliotto.com.br

Page 24: 26ª Edição - Revista O Empresário

24

Bellacotton buscareposicionamento de marca

Com visual renovado, empresa quer ampliarvendas no mercado nacional

e olho na crescente expansão do

mercado nacional brasileiro de pro-

dutos de higiene pessoal, que há

quase uma década cresce cerca de 25%

anualmente, conforme a Associação Bra-

sileira da Indústria de Higiene Pessoal, Per-

fumaria e Cosméticos (Abihpec), o

catarinense Jacinto Silveira e o francês

Etienne Gruhier, investiram meio milhão em

marketing e na reformulação da marca

Bellacotton.

Criada pelos sócios em 2007, a mar-

D ca é exclusiva dos produtos de higiene

pessoal à base de algodão fabricados pela

Flexicotton, instalada em 1997 em Santo

Amaro da Imperatriz pelo grupo francês

Lemoine, maior manufaturador de algodão

hidrófilo da qual Silveira e Gruhier eram di-

retores. Em 2009, com o quadro econômi-

co positivo nacional contrapondo-se à cri-

se que assola EUA e Europa, os dois ad-

quiriram 100% das operações da unidade.

Hoje, a Flexicotton é líder nacional do se-

tor, negocia com países do Mercosul, como

CASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOS

Page 25: 26ª Edição - Revista O Empresário

25

SAIBA MAIS

A Flexicotton, fabricante da marca Bellacotton, mantém a parceria com afrancesa Lemoine e é grande propulsora na garantia de produtos inovadorese tecnologia em maquinário. Tem 105 funcionários, dos quais 80 sãomulheres. Em 2010, registrou faturamento de R$ 15 milhões, cerca de 40%a mais do que nos anos anteriores. No ano seguinte, aumentou para R$ 20milhões, 30% a mais que 2010. A expectativa para 2012 é fechar com umcrescimento de 50% que significam R$ 30 milhões em faturamento.

Chile, Argentina, Uruguai e Colômbia, além

de manter operações com a Guatemala, na

América Central e tem a pretensão de con-

quistar a liderança do mercado na Améri-

ca Latina até 2015.

Com a criação da marca Bellacotton,

nascida sob o conceito da sustentabilidade,

inovação e responsabilidade, e a

reformulação administrativa promovida

pela dupla, os negócios da Flexicotton ti-

veram um incremento considerável. No ano

passado, fechou o ano com faturamento

de R$ 20 milhões, projetando 50% de ex-

pansão para este ano, boa parte disso an-

corada no sucesso da Bellacotton, que tem

um mix de 20 itens entre curativos, hastes

flexíveis exclusivas para bebês e uma linha

completa de produtos de algodão.

O crescimento registrado pela mar-

ca e a necessidade de ampliar a linha de

produtos levou a empresa a realizar um

estudo de branding, cujo resultado confir-

mou o feeling dos empresários, que inicia-

ram o trabalho de reformulação há um ano.

“Reformulamos o visual para adequá-lo ain-

da mais à realidade do conceito de inova-

ção e sustentabilidade com preços com-

petitivos. Além de modernizar as embala-

gens a marca ficou muito mais visível e atra-

tiva”, afirma Gruhier. Como a comercializa-

ção é 100% terceirizada, também vem in-

tensificando a expansão através de incen-

tivos de positivação de pontos de venda.

“A Bellacotton já possui uma forte presen-

ça no mercado. Queremos continuar o tra-

balho forte de distribuição no território na-

cional, e para isso, precisamos manter a

eficiência no atendimento ao cliente vare-

jista, o lead time curto, ampliar o mix de

produtos e estar sempre em busca da ino-

vação”, salienta Gruhier, que projeta um

aumento de 90% no faturamento da

Bellacotton em 2012, sobre os R$ 3,5 mi-

lhões obtidos no ano passado.

ONDE ENCONTRAR

www.bellacotton.com.br

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Page 26: 26ª Edição - Revista O Empresário

26

CASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOS

Técnica, oferecida com exclusividadeem SC ajuda Grupo Seguridade a

aumentar receita

presidente do Grupo Seguridade,

corporação que vem registrando

20% de aumento no faturamento

anual nos últimos cinco anos, já comemo-

ra o sucesso da técnica de limpeza a gelo

seco em terras catarinenses. Pedro

Ambrósio não fala em números, mas ga-

rante que o novo serviço vai incrementar

ainda mais o desempenho invejável do Gru-

po, que projeta um faturamento de R$ 64

milhões para este ano, 21% a mais que no

ano passado.

GeloO O serviço começou a ser oferecido

em Santa Catarina a partir de 2011 e aten-

de todos os segmentos industriais. “Somos

os únicos a oferecer o serviço aqui e te-

mos clientes nos três outros estados do

Sul do Brasil. A grande vantagem do pro-

cesso é sua flexibilidade que permite seu

uso em uma ampla escala de aplicações e

de setores produtivos”, assinala Ambrósio.

De simples borras até a limpeza de circui-

tos elétricos industriais delicados e livros,

o processo é efetuado por apenas uma

unidade móvel composta por caminhão,

compressor de ar, secador de ar e máqui-

na jateadora. Além da flexibilidade, confor-

me Ambrósio, a técnica não deixa resídu-

os, não agride as máquinas nem o meio

ambiente.

O Grupo com matriz em Joinville,

fundado em 1991, possui carteira com mais

de 200 clientes, entre eles Klabin, Malwee,

Marisol, Tigre, Univille, Unisul e Bradesco

e uma rede de 2 mil colaboradores. Nos

últimos cinco anos, o faturamento cresceu

92%. Em 2011, a receita foi de R$ 53 mi-

lhões.

ONDE ENCONTRAR

www.seguridade.com.br

na sujeira

Fotos:Divulgação

Page 27: 26ª Edição - Revista O Empresário

27

,

Page 28: 26ª Edição - Revista O Empresário

28

O Sindicato da Indústria do Mobiliário daGrande Florianópolis (SIM), considera 2012 umano especial, marcado por iniciativas importan-tes, que evidenciaram nossa disposição em es-treitar ainda mais os laços com as empresasque representamos e, ao mesmo tempo, esta-belecer um efetivo canal de comunicação como consumidor.

Com o lançamento da campanha “Conhe-ça quem trabalha para você: Credibilidade nãoé uma questão de sorte”, o SIM chamou parasi a responsabilidade de orientar empresas e,especialmente, consumidores a respeito de de-talhes que não podem ser desprezados no mo-mento de se fechar um contrato.

Tomamos uma decisão corajosa, que dei-xou clara nossa disposição de fortalecer as em-presas por nós representadas, que atuam emum mercado amplo e extremamente competi-tivo, e que por isso mesmo algumas vezes atraiconcorrentes nem sempre dispostos a traba-lhar com a idoneidade e comprometimento re-

Um anomarcante

INFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIO

comendados e cobrados pela diretoria do SIM.Em nossas ações, contamos com o suporte

de entidades como a Federação das Indústrias doEstado de Santa Catarina (Fiesc) e a Associaçãodos Sindicatos Filiados à Fiesc da Região Sudes-te, administrado pelo Presidente Vitor Mario Za-netti. Foram, sem dúvidas, apoios importantes,que conferiram credibilidade às nossas iniciativas.

Mas não podemos deixar de destacar a ade-são de empresas que atuam no nosso segmento,essenciais no processo de “fazer acontecer”, ini-ciado com nossa campanha. Às marcenariasArcoban Móveis Sob Medida, Benatto MóveisEspeciais, Heider Móveis e Esquadrias em PVC,Ideal Móveis e Alumínio, Incoplasa Indústria deCozinhas Planejadas, J Móveis e Artefatos deMadeira, GS Móveis Planejados, MarcenariaCatarinense, Mário Móveis, Modecol Móveis e De-corações, Móveis Arno, Móveis RR, MSB Indús-tria e Comércio de Móveis, Novo Espaço Móveise Renovar Móveis; às marmorarias Marmoraria Ca-pital, Marmoraria Pedra Branca e Rajada Marmo

Page 29: 26ª Edição - Revista O Empresário

29

Granitaria; e à Estofaria Tarcísio Schweitzer, nos-so sincero agradecimento. Sem a participaçãodessas empresas a campanha não teria sido reali-zada.

O retorno que recebemos nos deu a certezaque o mercado consumidor quer empresas cons-cientes e responsáveis.

Queremos aproveitar este espaço para con-clamar as empresas que atuam no mercado domobiliário na Grande Florianópolis a se associa-rem ao SIM. Todos os meses realizamos reuniõesnas quais acontecem importantes trocas de ex-periências e são tomadas decisões a respeito deencaminhamentos discutidos pela categoria. Aosassociados oferecemos orientações trabalhistas,assessoria jurídica, convênios com clínicas médi-cas e odontológicas, laboratórios de análises clí-nicas, cursos e palestras, SESI, SENAI e IEL, alémda oportunidade de participar ativamente do for-talecimento de nosso segmento.

Diretoria do SIMDiretoria do SIMDiretoria do SIMDiretoria do SIMDiretoria do SIM

PPPPPara maiores informações, acesse o site do sin-ara maiores informações, acesse o site do sin-ara maiores informações, acesse o site do sin-ara maiores informações, acesse o site do sin-ara maiores informações, acesse o site do sin-dicato wwwdicato wwwdicato wwwdicato wwwdicato www.simgf.simgf.simgf.simgf.simgf.com.br ou entre em contato.com.br ou entre em contato.com.br ou entre em contato.com.br ou entre em contato.com.br ou entre em contatopelo telefone 3025.3377.pelo telefone 3025.3377.pelo telefone 3025.3377.pelo telefone 3025.3377.pelo telefone 3025.3377.

Encerramos o ano com asensação de dever cumprido,de realização e de sucesso,

agradecendo mais uma vez aosque estiveram do nosso ladoapoiando todo este processo,

na certeza de queestaremos unidos no novo ano

que se aproxima e quecertamente nos trará novas

conquistas.

Feliz Natal e um Próspero AnoNovo, com muita Paz, Sucesso

e Saúde para todos.

INFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIOINFORME PUBLICITÁRIO

Page 30: 26ª Edição - Revista O Empresário

30

Aposta noNatal

Atender demanda de empresas porbrindes diferenciados é estratégia do

Atelier das Cestas

Comemorando um crescimento de

60% nas vendas em apenas dois

ano de atuação, a empresária

Andréa Luciana Balestreri, do Atelier das

Cestas, aposta no atendimento a empre-

sas no período de Natal para dar um incre-

mento ainda maior ao faturamento e se

consolidar no ramo.

Acostumada a atender pessoas que

buscam presentes diferenciados a preços

médios de R$ 100,00, Andréa precisou se

adequar às necessidades dos novos clien-

tes, e por isso foram necessárias algumas

mudanças, tanto na estrutura do negócio

quanto no estilo das cestas oferecidas. O

primeiro passo foi a formalização da em-

presa, criando condições de ampliar o aten-

dimento a corporações. Mas não foi só

isso. “Como se trata de uma data especial,

em que as empresas oferecem brindes e

C

CASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOS

30

Page 31: 26ª Edição - Revista O Empresário

31

lembranças em grande quantidade, foi ne-

cessário criar alternativas que conservas-

sem a qualidade, da qual não abro mão,

mas com preços competitivos”, explica

ELA, que criou kits diferenciados, com pre-

ços a partir de R$ 50,00. Espumante, mini

panetones, cookies, castanha e amendo-

im estão entre os itens oferecidos nos kits.

A ideia é que a relação com esse ni-

cho de mercado não se limite ao período

das festas de final de ano, mas, sim, se

consolide como uma opção de vendas,

direcionada, por exemplo, a imobiliárias e

concessionárias, que normalmente presen-

teiam seus clientes e buscam alternativas

criativas. “Já atendo a alguns representan-

tes desses segmentos, mas pretendo in-

tensificar esse tipo de vendas, pois já com-

provei que a demanda é grande. Basta dar

a ideia e fornecer os meios que o mercado

se encarrega do resto”, defende.

Concentrando 90% de sua divulga-

ção na internet, Andréa acredita que boa

parte de seu sucesso deriva desse tipo de

publicidade, principalmente pela facilidade

de acesso às informações. “Quase todas

as minhas encomendas são feitas a partir

do catálogo virtual que disponibilizo no site,

e o endereço é facilmente encontrado em

páginas de busca. Mesmo que os investi-

mentos em divulgação sejam altos, uma

vez que que os valores variam de acordo

com o número de acessos - o que aumen-

ta muito em datas especiais - ,o retorno

nas vendas compensa o investimento”, diz.

Em relação aos primeiros meses de

2012, Andréia afirma que o faturamento em

Andréa LAndréa LAndréa LAndréa LAndréa Luciana Balestreriuciana Balestreriuciana Balestreriuciana Balestreriuciana Balestreri

PPPPProprietáriaroprietáriaroprietáriaroprietáriaroprietária

CASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOSCASE DE NEGÓCIOS

outubro foi surpreendente, com uma mé-

dia de seis cestas entregues a cada dia.

Embora o site do Atelier das Cestas

tenha condições de oferecer a venda on

line, por enquanto Andréa não pretende

disponibilizar esse serviço. Para ela, a ne-

gociação feita por e-mail ou telefone abre

a possibilidade da personalização das ces-

tas, além de evitar problemas relaciona-

dos à taxa e horários de entrega. “Já

recebi encomendas feitas por e-

mail às três da manhã, solicitan-

do entrega às seis, e com o pe-

dido feito o cliente considera

tudo acertado. Prefiro conver-

sar para acertar detalhes e quan-

do for o caso, oferecer alternati-

vas de personalização das cestas,

como uma caneca diferenciada, um car-

tão especial para a data, etc.”, explica.

Além das vendas conquistadas pela

internet, a empresária contabiliza clientes

que chegam até o site através de indicações

de amigos, familiares e conhecidos, e esta

é, segundo acredita, a melhor prova de sa-

tisfação e reconhecimento de seu trabalho.

“O retorno que recebo é o melhor ter-

mômetro para saber se o pro-

duto que ofereço atende às

expectativas dos clien-

tes. Considero a reven-

da a comprovação do

sucesso do meu negó-

cio”, afirma.

ONDE ENCONTRAR

www.atelierdascestas.com.br

31

Page 32: 26ª Edição - Revista O Empresário

32

GESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃO

Ranking das 250 micro MPEsque mais crescem no país

destaca 15 empresas deSanta Catarina

uinze catarinenses se destacam

entre as 250 micro e pequenas

empresas (MPEs) brasileiras com

receita de até R$ 300 milhões ao ano, em

ranking realizado pela consultoria Deloitte

e Revista Exame. Um dos destaques são

as empresas de tecnologia: das 15, qua-

tro são do setor e, destas, três da Capital,

o que confirma uma

das vocações eco-

nômicas da cidade.

No ranking geral, a

Reuter, da área de

construção civil e

sediada em Timbó,

tem o melhor de-

sempenho, ficando

em segundo lugar

nacional.

De acordo

com o estudo, as

empresas classifica-

das para o ranking

vêm construindo

Q

Fôlegouma trajetória consistente de expansão, dei-

xando lições importantes em um país que

busca hoje alternativas para superar garga-

los históricos que ainda dificultam o pleno

desenvolvimento do potencial empreende-

dor do empresário brasileiro.

A Arvus Tecnologia, que desenvol-

ve softwares e equipamentos de precisão

para o setor de agronegócio e silvicultu-

ra, alcançou a melhor posição (18º) entre

as empresas de tecnologia do Estado.

Entre 2009 e 2011, a empresa obteve in-

cremento de 371%, alcançando receita de

R$ 4,4 milhões no ano passado. Para

2012, a expectativa é crescer 100%.

“Com tecnologias nacionais inovadoras,

a Arvus está aproveitando o momento

favorável do agronegócio brasileiro para

a sua rápida expansão”, diz o diretor

Bernardo de Castro.

“Atualmente existe uma forte pres-

são pelo aumento rápido de produção de

alimentos e biocombustíveis, sem com-

prometimento de recursos naturais. As

tecnologias da empresa visam a otimi-

zação do uso de recursos como fertilizan-

tes, defensivos e combustíveis, além de

promover o aumento de produtividade, ou

seja, produzir mais sem necessariamente

explorar novas áreas. É neste cenário que

a Arvus projeta crescimentos ainda maio-

de gente grande

Bernardo de CastroBernardo de CastroBernardo de CastroBernardo de CastroBernardo de Castro

Diretor da Arvus TDiretor da Arvus TDiretor da Arvus TDiretor da Arvus TDiretor da Arvus Tecnologiaecnologiaecnologiaecnologiaecnologia

Page 33: 26ª Edição - Revista O Empresário

33

res para a década atual”, argumenta. Pelo

segundo ano consecutivo, a Cianet, fabri-

cante de equipamentos triple-play (dados,

TV e telefonia) e provedora de soluções

em comunicação de dados, figura no

ranking. No 75o lugar, a empresa obteve

um crescimento de 115,9% no total e de

46,9% ao ano. Segundo João Francisco,

presidente da Cianet, o sucesso da em-

presa se deve à constante atenção às de-

mandas do mercado e à atual profissio-

nalização de sua gestão. “Hoje, além de

nos mantermos como fabricantes de equi-

pamentos nacionais, ampliamos o

portfolio para soluções de banda larga

baseadas nas tecnologias HPN e Gepon.

Assim, provedores de internet de todos os

GESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃOGESTÃO

Posição das catarinenses na classificação geral

portes passam a contar com a consultoria

tecnológica e de negócio da Cianet, indo

muito além do simples fornecimento de

equipamentos”.

Para ele, “Figurar novamente entre

as 250 pequenas e médias empresas que

mais crescem no Brasil significa que

estamos no caminho certo. Representa que

nosso crescimento é sustentável e estru-

turado, o que é ainda mais importante, por-

que mostra que podemos ainda muito

mais”, destaca.

ONDE ENCONTRAR

www.cianet.ind.br

www.arvus.net.br

Fotos: Divulgação

João FJoão FJoão FJoão FJoão Franciscoranciscoranciscoranciscorancisco

PPPPPresidente da Cianetresidente da Cianetresidente da Cianetresidente da Cianetresidente da Cianet

Posição Empresa Segmento Sede

2º Reuter construção civil Timbó

9º EQS Engenharia construção civil São José

18º Arvus informática, TI e internet Florianópolis

57º Ogochi têxtil e calçados São Carlos

75º Cianet Networking informática, TI e internet Florianópolis

136º Ekotex indústria química Pomerode

142 º Copa&Cia comércio varejista e atacadista Blumenau

144º Domínio Sistemas informática, TI e internet Criciúma

153º Pesqueira Pioneira Da Costa alimentos Florianópolis

156º Vitsolo transporte Balneário Camboriú

190º Reivax energia elétrica, gás e saneamento Florianópolis

204º Tecnoblu Your Id têxtil e calçados Blumenau

205º Selbetti comércio varejista e atacadista Joinville

224º Teclan informática, TI e internet Florianópolis

231º Farben indústria química Içara

Page 34: 26ª Edição - Revista O Empresário

34

MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO

Com quase o dobro da meta inicial

estabelecida pelo Guinness Book, a Campa-

nha Floripa no Guinness espera colocar a ca-

pital no livro dos recordes como a cidade que

mais recicla óleo de cozinha no mundo. Em

30 dias, foram recolhidos 18.670 litros de óleo

de cozinha, muito além dos 10 mil litros suge-

ridos pela publicação. A campanha foi promo-

vida pelo programa ReÓleo da Associação

Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif)

e, segundo o coordenador e diretor do ReÓleo,

Luiz Falcão de Moura, o título deve ser anun-

ciado em novembro. A iniciativa movimentou

toda a comunidade - moradores e proprietári-

os de restaurantes -, que deixaram de descar-

tar o óleo usado na pia de cozinha ou jogá-lo

direto no solo. O material passou a ser colo-

cado em garrafas ou bombonas e entregue

em um dos mais de 40 pontos de entrega da

cidade. O óleo coletado é transformado em

produtos de limpeza pela curitibana Ambiental

Santos, parceira do programa.

A grife gaúcha de sapatos e acessórios Jorge Bischoff abriu

sua sexta loja em território catarinense no Continente Park Shopping,

em São José. A nova operação faz parte do plano de expansão da

grife em Santa Catarina. “É uma praça especial, com um público dife-

renciado que tem tudo a ver com o estilo único e exclusivo da grife”,

comenta Rodrigo Tineu, supervisor das franquias do Estado. Com lo-

jas exclusivas nos principais endereços de moda e mais de 600 pon-

tos de venda multimarcas, a Jorge Bischoff está presente em todo o

Brasil e em outros 30 países. Em dezembro de 2011, abriu sua pri-

meira loja licenciada no exterior, em Barbados, no Caribe. Em Santa

Catarina, também tem lojas em Blumenau, Balneário Camboriú,

Joinville e Florianópolis.

Em www.jorgebischoff.com.br.

Bischoff expandeem SC

Guiness ambiental

O alto valor do frete é um dos principaisO alto valor do frete é um dos principaisO alto valor do frete é um dos principaisO alto valor do frete é um dos principaisO alto valor do frete é um dos principais

componentes do custo logístico no Brasil. Pcomponentes do custo logístico no Brasil. Pcomponentes do custo logístico no Brasil. Pcomponentes do custo logístico no Brasil. Pcomponentes do custo logístico no Brasil. Paraaraaraaraara

facilitar a vida dos empresários e consumidoresfacilitar a vida dos empresários e consumidoresfacilitar a vida dos empresários e consumidoresfacilitar a vida dos empresários e consumidoresfacilitar a vida dos empresários e consumidores

que precisam do serviço de transporte, o siteque precisam do serviço de transporte, o siteque precisam do serviço de transporte, o siteque precisam do serviço de transporte, o siteque precisam do serviço de transporte, o site

Axado oferece pesquisa completa, com as viasAxado oferece pesquisa completa, com as viasAxado oferece pesquisa completa, com as viasAxado oferece pesquisa completa, com as viasAxado oferece pesquisa completa, com as vias

de transporte, prazo de entrega e cotação de va-de transporte, prazo de entrega e cotação de va-de transporte, prazo de entrega e cotação de va-de transporte, prazo de entrega e cotação de va-de transporte, prazo de entrega e cotação de va-

lores envolvidos no processo. Desenvolvido jolores envolvidos no processo. Desenvolvido jolores envolvidos no processo. Desenvolvido jolores envolvidos no processo. Desenvolvido jolores envolvidos no processo. Desenvolvido jo-----

vens recém-graduados de Florianópolis, emvens recém-graduados de Florianópolis, emvens recém-graduados de Florianópolis, emvens recém-graduados de Florianópolis, emvens recém-graduados de Florianópolis, em

2010, o site é produto da 2010, o site é produto da 2010, o site é produto da 2010, o site é produto da 2010, o site é produto da startstartstartstartstart-up-up-up-up-up homônima. Em homônima. Em homônima. Em homônima. Em homônima. Em

2011, por meio do investidor anjo Marcelo2011, por meio do investidor anjo Marcelo2011, por meio do investidor anjo Marcelo2011, por meio do investidor anjo Marcelo2011, por meio do investidor anjo Marcelo

Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-Amorim, a empresa recebeu um aporte financei-

ro da Jacard Investimentos e, atualmente, pasro da Jacard Investimentos e, atualmente, pasro da Jacard Investimentos e, atualmente, pasro da Jacard Investimentos e, atualmente, pasro da Jacard Investimentos e, atualmente, pas-----

sa por uma segunda rodada de investimentos.sa por uma segunda rodada de investimentos.sa por uma segunda rodada de investimentos.sa por uma segunda rodada de investimentos.sa por uma segunda rodada de investimentos.

PPPPPara os próximos meses, por meio da obtençãoara os próximos meses, por meio da obtençãoara os próximos meses, por meio da obtençãoara os próximos meses, por meio da obtençãoara os próximos meses, por meio da obtenção

de recursos, os empreendedores pretendem in-de recursos, os empreendedores pretendem in-de recursos, os empreendedores pretendem in-de recursos, os empreendedores pretendem in-de recursos, os empreendedores pretendem in-

vestir em novos produtos da empresa como pla-vestir em novos produtos da empresa como pla-vestir em novos produtos da empresa como pla-vestir em novos produtos da empresa como pla-vestir em novos produtos da empresa como pla-

taforma para cálculo de frete em etaforma para cálculo de frete em etaforma para cálculo de frete em etaforma para cálculo de frete em etaforma para cálculo de frete em e-----commerce,commerce,commerce,commerce,commerce,

plataformas C2C e portais de eplataformas C2C e portais de eplataformas C2C e portais de eplataformas C2C e portais de eplataformas C2C e portais de e-procurement. Em-procurement. Em-procurement. Em-procurement. Em-procurement. Em

wwwwwwwwwwwwwww.axado.com.br.axado.com.br.axado.com.br.axado.com.br.axado.com.br.....

Cotação onlinede fretes

Page 35: 26ª Edição - Revista O Empresário

35

MERCADOMERCADOMERCADOMERCADOMERCADO

A empresa catarinense de tecnologia Sports

Intelligence desenvolveu um sistema de autenticação de pro-

dutos licenciados para ajudar no combate à comercialização

de produtos falsificados e ilegais. O Figueirense é o primeiro

clube do Brasil a apostar nesta nova tecnologia e oferecer

este sistema de gestão de produtos para os seus licencia-

dos. A partir de agora, cada produto licenciado do clube dei-

xará de ter selos holográficos para possuir uma TAG com QR

Code – código de barras em 2D que pode

ser escaneado pela maioria dos apare-

lhos celulares que possuem câmeras fo-

tográficas – o que permitirá maior

rastreabilidade e autenticidade dos pro-

dutos. De acordo com Maurício Dobes

(foto), sócio-diretor da Sports

Intelligence, o torcedor poderá conferir

se o produto é original, quem é seu fa-

bricante, detalhes sobre o item. “Na mes-

ma tela onde aparece a foto do produto,

se o cliente observar alguma irregulari-

dade, ele pode denunciar pelo próprio

aplicativo a falsificação, que será enca-

minhada diretamente para o Clube e para

a polícia, para que as providências legais

sejam tomadas”.

Contra a pirataria

Em um espaço de 16 mil m2 - crescimen-

to em estrutura de 30% em relação à edição

anterior –, a Exponáutica 2012, realizada entre

os dias 15 e 18 de novembro, na Marina Pier

33, em Biguaçu, é exemplo da consolidação do

Setor náuticosetor náutico catarinense, que ocupa o terceiro

lugar no ranking nacional em número de esta-

leiros. São mais de 30 empresas fabricando

desde as pequenas embarcações funcionais até

as mais luxuosas, que podem custar milhões

de reais. Entre os equipamentos em exposição

no evento – que reuniu mais de 50 expositores

de todo o país –, o Sea Gold 255 (foto), do esta-

leiro gaúcho Ocean Boats, foi um dos desta-

ques. A lancha, com capacidade para até dez

pessoas, traz, entre os itens de série, o painel

de comando central com amplo espaço para

eletrônicos, seis cunhos de amarração em inox

e o estofamento externo completo na cor que o

cliente desejar.

O Registro de Imóveis de São

José e o 1º Registro de Imóveis de

Joinville são os primeiros cartórios de

Santa Catarina que recebem certificação

da Associação Brasileira de Normas Téc-

nicas (ABNT). O reconhecimento é re-

sultado de uma nova era vivenciada pe-

los cartórios do Estado. “Foram investi-

mentos em equipamentos tecnológicos

e sistemas de informação, melhorias

nas instalações e qualificação profissio-

nal, realizados nos últimos anos, que

agora resultam na prestação de um

atendimento diferenciado e de qualida-

de”, destaca o Presidente da Associa-

ção dos Notários e Registradores de

Santa Catarina (Anoreg/SC), Otávio Mar-

garida. A certificação é concedida com

base na norma técnica 15.906/2010, que

estabelece critérios de excelência na

gestão dos cartórios extrajudiciais.

“Quem ganha é o usuário, que poderá

contar com um serviço que segue os

padrões defendidos pela ABNT”, apon-

ta Margarida.

Cartóriosem alta

Page 36: 26ª Edição - Revista O Empresário

36

ENERGIAENERGIAENERGIAENERGIAENERGIA

Eletrosul investeR$ 3 bilhões na geraçãode energia eólica e solar

om a intenção de se tornar uma

das protagonistas da geração de

energia eólica e solar no cenário

brasileiro de suprimento com baixo im-

pacto ambiental, a Eletrosul está inves-

tindo cerca de R$ 3 bilhões em quatro

complexos eólicos, todos no Rio Grande

do Sul, e na maior usina solar fotovoltaica

do País integrada à edificação, com ca-

pacidade instalada de um megawatt-pico

e que servirá de experiência referencial

de comercialização deste tipo de energia

para o Sistema Eletrobras.

O Complexo Eólico de Cerro Chato

foi o primeiro dos quatro em construção

a entrar em operação, com a estimati-

va de gerar neste ano 300

gigawatts-hora (GWh), reforçan-

do o suprimento de energia

para o Sistema Interligado

Nacional (SIN) e diminu-

indo a dependência

das termelé-

tricas. Os qua-

tro parques,

C

A força da

um deles o maior da América Latina, es-

tarão a pleno funcionamento em janeiro

de 2014. Juntos somarão 570 megawatts

(MW) de capacidade, aproximadamente

35% da geração eólica atual do Brasil, su-

ficiente para atender três milhões de con-

sumidores. “Os impactos ambientais são

mínimos. Restringem-se, na fase de im-

plantação, à poeira e ao barulho dos ca-

minhões e, na fase de operação, ao ruído

das pás, reduzido a quase zero com as

tecnologias disponíveis.”, assinala o pre-

sidente da Eletrosul, Eurides Mescolotto.

Os empreendimentos resultam do primei-

ro leilão específico para geração de ener-

gia eólica realizado pelo governo federal

em 2009.

naturezaFoto: Hermínio Nunes/ Divulgação

Eurides MescolottoEurides MescolottoEurides MescolottoEurides MescolottoEurides Mescolotto

PPPPPresidenteresidenteresidenteresidenteresidente

36

Page 37: 26ª Edição - Revista O Empresário

37

Consolidada com o maior estatal de

geração eólica, a Eletrosul começou a im-

plantar em novembro o Projeto Megawatt

Solar, que vai transformar a sede da esta-

tal na capital catarinense na primeira usi-

na solar integrada à edificação no Brasil,

até julho de 2013. O Consórcio Efacec

Megawatt Solar, constituído pela portu-

guesa Efacec e Efacec do Brasil, foi sele-

cionado na modalidade menor preço para

executar o projeto, a um custo de R$ 8

milhões financiados pelo banco de fo-

mento alemão KfW. A energia gerada,

conforme Mescolotto, será conectada à

rede elétrica local e comercializada em

leilões a consumidores livres. Um dos

critérios dos leilões será a comprovação

do comprometimento dos interessados

na compra com o desenvolvimento sus-

tentável. “Os compradores terão que ter

o Selo Solar, certificação desenvolvida

pelo Instituto Ideal em parceria com a

Câmara de Comercialização de Energia

Elétrica (CCEE), que serve como espécie

de atestado do comprometimento da

empresa com o desenvolvimento susten-

tável”, explica o presidente.

ONDE ENCONTRAR

www.eletrosul.gov.br

ENERGIAENERGIAENERGIAENERGIAENERGIA

SAIBA MAIS

Projeto Megawatt SolarSegue o modelo BIPV – sigla em inglês para Sistema Fotovoltaico Integrado à Edificação.

Módulos fotovoltaicos serão instalados na cobertura do prédio e dos estacionamentos da sede da Eletrosul, num total de 10 mil metros quadrados.

Vai produzir em média 1,2 gigawatts-hora (GWh) por ano, equiva lente ao consumo anual de cerca de 570 residências

Energia Eólica

Complexo Eólico Cerro ChatoLocal: Sant’Ana do Livramento (RS)

SPE Eólica Cerro Chato I, II e III – Eletrosul (90%) / Wobben(10%)Capacidade instalada – 90 MWEm operação desde maio de 2011 (todo o complexo entrou emoperação em dezembro de 2011)

Complexo Eólico LivramentoLocal: Sant’Ana do Livramento (RS)

Eletrosul (49%) / FIP Rio Bravo (41%) / Elos (10%)capacidade instalada – 78 MWPrevisão de entrada em operação: 2013Obs.: as obras estão em andamento com a construção das ba-ses dos aerogeradores

Complexo Eólico Santa Vitória do PalmarLocal: Santa Vitória do Palmar (RS)

Holding Santa Vitória do Palmar – Eletrosul (49%) /FIP Rio Bravo (51%)Capacidade instalada – 258 MWPrevisão de entrada em operação: janeiro de 2014

Complexo Eólico ChuíLocal: Chuí (RS)

Holding Chuí – Eletrosul (49%) / FIP Rio Bravo (51%)Capacidade instalada – 144 MWPrevisão de entrada em operação: janeiro de 2014

Page 38: 26ª Edição - Revista O Empresário

38

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

O nosso planeta Terra é umafrágil embarcação ou nave espacial,viajando pelo espaço sideral imensoe sujeito às dificuldades próprias des-sa viagem, com os demais corpos ce-lestes, numa peregrinação insólita ea mercê das leis da física e da mecâ-nica celeste.

E se isso não bastasse, a Terratambém sofre a intervenção huma-na, que na verdade se projeta numafragilidade e limitação insustentá-veis. Se nos determos em estudosgeológicos, notamos que nosso pla-neta já passou por vários problemas e dificuldadescomo violentos terremotos, erupções vulcânicas,rompimento da crosta terrestre e impactos de gran-des meteoros. E, mesmo assim, conseguiu sobre-viver, resistindo às drásticas mudanças no ambien-te terrestre.

Como exemplo, em épocas geológicas passa-das, muito antes do homem aprender a acender fo-gueiras, houve períodos críticos de extinções maci-ças de espécies animais como na época dos dinos-sauros e vegetais gigantes. Naquela época, mais de90% das espécies desapareceram.

Ambiente e vidaMas hoje, diante de estudos e ex-

periências vividas, notamos que nossoplaneta nada mais é do que um ser vivo,um superorganismo que sempre seadapta às perturbações sofridas, bus-cando manter mínimas condições devida, sem privilegiar nenhuma forma devida especial.

Contudo, a humanidade está“condenada” ao desenvolvimento e ohomem continuará a comer o pão como suor do seu rosto, muito embora estesuor deixe de correr para manifestar-se em outras dificuldades. Tudo tem

seu preço. A vida se torna cara nos países de altonível de vida. As atribulações da sociedade industri-al são numerosas e requintadas, cheias de vazio emovidas pelo combustível da sociedade.

Assim caminha a humanidade, até que as con-trações de um mundo novo a expulsem para fora des-sa geração multimilenar e dolorosa, atirando-a parauma nova vida.

Ivani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoIvani Zechini BuenoProfessor da UFSC, mestre em Engenharia,

agrônomo e gestor ambiental.

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Há três meses, os ministros do Supremo Tri-bunal Federal (STF) iniciaram o julgamento da AçãoPenal 470, referente ao rumoroso caso do“mensalão”. Se no início havia uma certa desconfi-ança por parte daqueles que pouco conheciam otrabalho da Justiça, agora o que se observa é ummisto de otimismo e orgulho, por conta doposicionamento firme dos julgadores da SupremaCorte, os quais mostraram, por meio de seus votos,que o Poder Judiciário brasileiro não compactua como malfeito e muito menos anda de mãos dadas coma impunidade.

Também caiu por terra a tese de que as indica-ções político-partidárias poderiam comprometer aindependência dos ministros indicados pelos doisúltimos presidentes da República. Como se viu, osministros têm votado de maneira técnica, de acor-do com a lei e não pouparam o réu “A” ou “B” porser desse ou daquele partido.

A própria entrevista concedida por um dos en-volvidos a uma revista de grande circulação nacionalrevela que, se havia a esperança de que tudo acaba-ria em pizza, de que as amizades influentes poderi-am de alguma forma ajudar numa mudança no rumodas decisões, que pudesse livrá-los das condenações,o fato é que nada disso se confirmou. Ao contrário, oSTF mostrou a que veio e reforçou o seu compromis-so com a República, com o povo brasileiro e, princi-palmente, com a Constituição Federal.

O julgamento do caso do “mensalão” vai, de

A Justiça a serviço do cidadãofato, se confirmandocomo um marco na his-tória política e jurídicabrasileira. Ele represen-ta não só um divisor deáguas para a Justiça,mas também para o País, que acompanha, por meiodo relevante trabalho da imprensa, a firme disposi-ção da Justiça em dar um basta aos desmandos con-tra a administração pública. Importante frisar quenão só os ministros dos tribunais superiores, masjuízes e desembargadores que atuam em todas asunidades da Federação há muito cumprem o seupapel com o mesmo rigor.

Infelizmente, todo esse esforço do juiz brasi-leiro, considerado um dos mais produtivos do mun-do, não aparece, justamente porque a magistraturanão tem o hábito de se comunicar, de levar ao co-nhecimento da sociedade o que faz cotidianamenteem favor da cidadania. Esse quadro precisa mudare está mudando, não só para fazer justiça aos maisde 17 mil juízes do País, os quais, enquantoaplicadores da lei, têm sido tão rigorosos (ou mais)quanto os nossos ministros da Suprema Corte, maspara ajudar o cidadão brasileiro a construir um Paísmais justo e igualitário...Uma Nação de verdade!

Juiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio LJuiz Sérgio Luiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz Junkuiz JunkesesesesesPresidente da Associação dos Magistrados

Catarinenses (AMC)

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

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Page 42: 26ª Edição - Revista O Empresário

42

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

César Souza Júnior defende união deforças e prioridade para o plano diretor

E leito prefeito de Florianópolis em

uma das campanhas mais acirradas

que a Capital já vivenciou, César Sou-

za Junior PSD, credita sua vitória ao “senti-

mento de mudança que tomou conta da

cidade nos últimos dias antes da votação”,

reforçado, segundo afirma, por um traba-

lho comprometido da militância e pelo seu

desempenho nos debates que acontece-

ram no curto período que dura a campa-

nha do segundo turno.

OE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações do

senhor quando assumir a prefeitura dasenhor quando assumir a prefeitura dasenhor quando assumir a prefeitura dasenhor quando assumir a prefeitura dasenhor quando assumir a prefeitura da

Capital, em janeiro?Capital, em janeiro?Capital, em janeiro?Capital, em janeiro?Capital, em janeiro?

César Souza Junior - Nossa primeira

ação será encaminhar à Câmara o novo pla-

no diretor da cidade. Florianópolis hoje é

uma cidade sem lei, sem ordenamento.

Candidato a prefeito pela primeira vez

em 2008, quando ficou em terceiro lugar,

com 30.834 votos, em 2012 Cesar Souza

Junior conquistou 117.834 eleitores, o que

correspondeu a 52,64% dos votos válidos.

A coligação que o elegeu – Por uma cidade

mais humana - foi formada pelos partidos

PSC, DEM, PSDC, PSB, PSD e PP, partido

de João Amim, que será seu vice-prefeito.

Durante a maratona de compromis-

sos que enfrentou nos dois dias que se

seguiram à vitória, o prefeito eleito reafir-

mou promessas firmadas durante a cam-

panha e listou as prioridades de seu man-

dato que se inicia em 10 de janeiro de 2013.

Cesar Souza adota o discurso do

“trabalho conjunto” para solucionar proble-

mas que atingem os municípios da Gran-

de Florianópolis, e antes de partir para a

Disney – “Esta promessa fiz para minha fi-

lha, Lara” – o prefeito eleito deu início ao

processo de transição de governo ao se

reunir com Dario Berger (PMDB).

Capital: trabalho conjuntoem prol do

desenvolvimento

Cesar Souza JuniorCesar Souza JuniorCesar Souza JuniorCesar Souza JuniorCesar Souza Junior

PPPPPrefeito eleito de Florianópolisrefeito eleito de Florianópolisrefeito eleito de Florianópolisrefeito eleito de Florianópolisrefeito eleito de Florianópolis

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CASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOS

SAIBA MAISLocalização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em

Guaraciaba, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota dafronteira entre Brasil e Argentina, a 730 quilômetros deFlorianópolis.

Capacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

Área construída do complexo grana padana: 12 mil metros quadrados(seis vezes maior que a área inicial)

Empregos diretos com o novo complexo: 200

Faturamento previsto para o novo complexo: R$ 150 milhões/ ano

também o governo federal, a quem pode-

mos pedir que a concessionária responsá-

vel pelas obras da BR-101 seja obrigada a

cumprir o acordo e fazer o contorno da

Grande Florianópolis.

OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-

volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-

indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?

CSJ - CSJ - CSJ - CSJ - CSJ - Um dos nossos principais pro-

jetos é implantar na cidade, no interior da

ilha e no continente, núcleos para forma-

ção de mão-de-obra para a indústria da

tecnologia, uma das nossas principais vo-

cações depois do turismo. Atualmente, as

empresas de tecnologia buscam trabalha-

dores em outros locais porque não encon-

tram aqui. Temos que reverter esse qua-

dro. Vamos, em parceria com a Acate, ofe-

recer formação qualificada para que os jo-

vens possam entrar no rentável mercado

da tecnologia.

Outro ponto diz respeito às ações

na área do turismo, buscando atrair gran-

des eventos para os meses fora da tempo-

rada de verão, como forma de combater a

sazonalidade e aquecer a economia no

período da baixa temporada. (R(R(R(R(Reportagem:eportagem:eportagem:eportagem:eportagem:

LLLLLuciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

Vamos finalizar a formatação do novo pla-

no, tendo como base as diretrizes

estabelecidas nas mais de 1,4 mil reuniões

comunitárias e encaminhá-lo para aprova-

ção na Câmara. Com o apoio dos vereado-

res, vamos finalmente aprovar o novo tex-

to e fazer com que Florianópolis volte a pla-

nejar o futuro, com foco no desenvolvimen-

to ordenado, proposta que defendi com fir-

meza durante toda a minha campanha. Não

vamos permitir novas alterações de

zoneamento sem antes aprovarmos o pla-

no, e também não vamos autorizar cons-

truções em locais onde não haja saneamen-

to básico, sistema viário e infraestrutura

urbana adequada.

OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-

des gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretende

trabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outros

prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?

CSJ -CSJ -CSJ -CSJ -CSJ - Como prefeito da Capital vou

procurar os demais prefeitos da Grande

Florianópolis para tratar desse e de outros

problemas que dizem respeito a toda re-

gião metropolitana. Hoje, essa relação se

resume a reuniões esporádicas entre os

prefeitos, e acabada a reunião cessa a co-

municação. Temos que ter uma estrutura

permanente, que pense e planeje as ações

de forma conjunta e continuada. Um dos

pontos mais importantes nessas discus-

sões deve ser o trânsito, que depende tam-

bém de obras estruturantes como o novo

anel viário.

OE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluída

a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-

de Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitos

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?

CSJ – CSJ – CSJ – CSJ – CSJ – Novamente o ponto funda-

mental é o trabalho conjunto. Devemos

fazer uma união de forças que envolva to-

dos os prefeitos, o governo do Estado e

Page 44: 26ª Edição - Revista O Empresário

44

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

Segundo Adeliana Dal Pont, planejamentoe orientação técnica

vão nortear gestão

C om 66.602 votos conquistados nas

urnas, a prefeita eleita de São José,

Adeliana Dal Pont (PSD), acredita que

os números são resultado de um trabalho

iniciado há mais de um ano, quando deci-

diu investir na união dos partidos de opo-

sição, numa aliança que, afirma, deu cer-

to. Em sua segunda tentativa de conquis-

tar o cargo, ela participou da coligação Para

Cuidar de São José (PP, PSC, PPS,

DEM,PSB, PSDB e PSD), que trouxe o ex-

secretário de Turismo, Cultura e Esporte,

OE - Quais serão as primeiras ações daOE - Quais serão as primeiras ações daOE - Quais serão as primeiras ações daOE - Quais serão as primeiras ações daOE - Quais serão as primeiras ações da

senhora quando assumir a prefeitura desenhora quando assumir a prefeitura desenhora quando assumir a prefeitura desenhora quando assumir a prefeitura desenhora quando assumir a prefeitura de

São José, em janeiro?São José, em janeiro?São José, em janeiro?São José, em janeiro?São José, em janeiro?

Adeliana Dal PAdeliana Dal PAdeliana Dal PAdeliana Dal PAdeliana Dal Pont -ont -ont -ont -ont - Seguindo o que

estabelecemos em nosso plano de gover-

no e o que foi confirmado em nossas reuni-

ões durante a campanha, nossas primeiras

ações serão na área da saúde, que é uma

de nossas grandes prioridades. Vamos cui-

dar desse setor, que merece e carece de

muita atenção.

Além disso, vamos investir também

na educação em todos os níveis, com ações

que vão das creches à universidade muni-

cipal, que precisa ser fortalecida. Na nossa

administração queremos transformar a uni-

José Natal Pereira (PSDB) como vice, e im-

pôs à atual administração uma derrota sig-

nificativa, ao ficar com 61,19% dos votos

válidos.

“Tivemos muito trabalho, mas a

equipe estava afinada e fiquei com a parte

boa da campanha, que é sair para as ruas

e conversar, ouvir o que as pessoas queri-

am e confirmar a ideia de que a cidade pre-

cisava mudar”, comemora Adeliana.

Passada a eleição, as atenções se con-

centram agora no processo de transição de

governo, e segundo a prefeita eleita, o im-

portante é que esse período seja tranquilo e

transparente, para dar segurança às pesso-

as. “Não será um governo de grandes obras,

mas sim de grandes ações”, adianta.

São José: prioridadepara ações

AAAAAdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pdeliana Dal Pontontontontont

PPPPPrefeita eleita de São Josérefeita eleita de São Josérefeita eleita de São Josérefeita eleita de São Josérefeita eleita de São José

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CASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOS

SAIBA MAISLocalização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em

Guaraciaba, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota dafronteira entre Brasil e Argentina, a 730 quilômetros deFlorianópolis.

Capacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

Área construída do complexo grana padana: 12 mil metros quadrados(seis vezes maior que a área inicial)

Empregos diretos com o novo complexo: 200

Faturamento previsto para o novo complexo: R$ 150 milhões/ ano

to dessa natureza e importância, que influ-

encia a vida de milhares de pessoas. Além

disso, a implantação é uma questão de con-

trato, e vamos exigir que o que foi assinado

seja cumprido pela concessionária.

OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-OE - Quais são os projetos para o desen-

volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-

indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?

ADP –ADP –ADP –ADP –ADP – Estamos trabalhando com

afinco, sem esquecer que os quatro anos

de governo começam efetivamente em ja-

neiro, e precisamos cuidar, primeiramen-

te, do processo de transição de governo.

Mas tive reuniões importantes para tratar

desse assunto, uma delas na Fiesc, e já

estamos desenvolvendo algumas ideias.

Temos um compromisso com a área da

tecnologia da informação, que atualmente

é uma grande força econômica, e nesse

sentido tenho conversado também com o

Secretário de Desenvolvimento Econômi-

co do Estado. Estamos, nesse momento,

apenas estabelecendo contatos para agir

com tranquilidade e serenidade. (R(R(R(R(Reporta-eporta-eporta-eporta-eporta-

gem: Lgem: Lgem: Lgem: Lgem: Luciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).uciane Zuê).

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

versidade municipal em um braço de inte-

ligência da prefeitura, e isso significa valo-

rizar os profissionais que ali atuam. Nós va-

mos cuidar da cidade, seguindo as priori-

dades que foram identificadas junto à po-

pulação.

OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-

des gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretendedes gargalos da região. Como pretende

trabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outrostrabalhar isso em parceria com os outros

prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?prefeitos eleitos?

ADP - ADP - ADP - ADP - ADP - A afinidade entre os prefeitos

para resolver o bem comum é primordial.

Já nos encontramos com alguns prefeitos

eleitos e, estamos aguardando o resulta-

do da Palhoça para dar início às ações de

forma efetiva, contando, inclusive, com o

apoio do governo do Estado. Nosso com-

promisso é trabalhar de forma conjunta

para resolver esse problema que atinge a

todos os municípios da Grande Florianó-

polis. O importante é que sejam escolhi-

das para comandar esse trabalho pessoas

da área técnica, com condições de discu-

tir com todos os órgãos envolvidos as me-

didas que podem ser tomadas. É preciso

planejar, porque as decisões são políticas

– e há inclusive leis sobre mobilidade ur-

bana que precisam ser cumpridas -, mas

os estudos precisam ser técnicos.

OE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluída

a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-

de Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitos

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?

ADP – ADP – ADP – ADP – ADP – Logo depois da eleição tive

uma conversa muito produtiva com o pre-

feito de Biguaçu, que incluiu este tema.

Estamos esperando os resultados finais do

pleito para trabalhar em conjunto e, assim,

garantir que a região tenha mias força para

cobrar resultados, e tenho certeza de que

vamos sensibilizar a presidência da repúbli-

ca a respeito da necessidade de um proje-

Page 46: 26ª Edição - Revista O Empresário

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GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

José Castelo Deschamps pretende fazerreformas no secretariado para acelerar

ainda mais as ações

P ara governar Biguaçu por mais qua-

tro anos, o prefeito reeleito José

Castelo Deschamps (PP), deve con-

tar com o apoio de 2/3 da Câmara, uma

vez que a coligação “Pra Frente Biguaçu”

(que além do partido de Castelo, reuniu

também o PDT,PSC, PR, PPS, DEM, PRTB,

PV, PRP e PSDB) elegeu dez dos 15 verea-

dores do município.

O prefeito acredita que essa é a

comprovação de que a população deseja

OEOEOEOEOE- Quais serão as suas primeiras ações- Quais serão as suas primeiras ações- Quais serão as suas primeiras ações- Quais serão as suas primeiras ações- Quais serão as suas primeiras ações

quando o senhor assumirquando o senhor assumirquando o senhor assumirquando o senhor assumirquando o senhor assumir, em janeiro?, em janeiro?, em janeiro?, em janeiro?, em janeiro?

José Castelo Deschamps - José Castelo Deschamps - José Castelo Deschamps - José Castelo Deschamps - José Castelo Deschamps - Vamos,

desde o primeiro dia, trabalhar muito para

a consecução do nosso plano de governo,

baseado em obras que visam continuar fa-

zendo de Biguaçu, cada vez mais, uma ci-

dade excelente para se viver, investir e tra-

balhar. Queremos dar continuidade às

obras estruturantes iniciadas em nossa

primeira gestão, como o Projeto de Macro-

drenagem Urbana de Biguaçu, projeto que

envolve recursos da ordem de quase R$

35 milhões obtidos no Governo Federal por

meio do Programa de Aceleração do Cres-

cimento (PAC). Além disso, vamos traba-

lhar em conjunto com a Casan, que tem

a continuidade do trabalho iniciado há qua-

tro anos, e aponta a macrodrenagem, a

construção de creches e do hospital como

ações que, diz, fizeram a diferença no re-

sultado das urnas.

Mesmo não alcançando os 20 mil

votos que esperava (foram 18.064), Castelo

e seu vice, Ramon Wollinger (PSDB), con-

quistaram 52,6% do eleitorado e após uma

breve comemoração deram início às discus-

sões para formar o governo do segundo

mandato. “Teremos mudança para a próxi-

ma gestão”, afirmou o prefeito, que tem

como meta transformar Biguaçu em uma

cidade melhor tanto para seus moradores

quanto para os investidores.

Biguaçu: continuidade,mas com mudanças

José Castelo DeschampsJosé Castelo DeschampsJosé Castelo DeschampsJosé Castelo DeschampsJosé Castelo Deschamps

PPPPPrefeito reeleito de Biguaçurefeito reeleito de Biguaçurefeito reeleito de Biguaçurefeito reeleito de Biguaçurefeito reeleito de Biguaçu

Terezinha Bonfanti

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SAIBA MAISLocalização: O parque industrial da Gran Mestri fica às margens da BR163, em

Guaraciaba, entre São Miguel do Oeste e Dionísio Cerqueira, rota dafronteira entre Brasil e Argentina, a 730 quilômetros deFlorianópolis.

Capacidade total de armazenamento nas 12 câmaras frias: 1 milhão de quilos

Área construída do complexo grana padana: 12 mil metros quadrados(seis vezes maior que a área inicial)

Empregos diretos com o novo complexo: 200

Faturamento previsto para o novo complexo: R$ 150 milhões/ ano

Biguaçu já entrou na Justiça com um pedi-

do de bloqueio legal da cobrança de pedá-

gio da concessionária. Pretendemos acele-

rar o processo de conclusão da obra, e pela

ação na Justiça, pretendemos que a receita

oriunda do pagamento de pedágios na ro-

dovia fique depositada em juízo até a con-

clusão da alça de contorno, assumida por

eles em contrato que está sendo, sistema-

ticamente, descumprido. Acredito que a

união de todos os prefeitos dos municípios

envolvidos e que se sentem prejudicados

pelo atraso, seja fundamental para mostrar-

mos que essa obra precisa ser concluída

no menor espaço de tempo possível.

OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-

volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-

indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?

JCD - JCD - JCD - JCD - JCD - Biguaçu tem sido considera-

da como uma excelente opção de investi-

mentos na área da construção civil e na

área industrial. Plantamos os alicerces des-

se crescimento por meio de obras

estruturantes, que de 2009 a 2012 atingi-

ram a marca de R$ 120 milhões. Além dis-

so, destaco a atuação do Conselho de De-

senvolvimento Municipal, órgão colegiado

composto por representantes da socieda-

de organizada, que estimula a vinda de

novos empreendimentos, mas não abre

mão de garantir as contrapartidas sociais

para garantir o nosso desenvolvimento sus-

tentável. (R (R (R (R (Reportagem: Leportagem: Leportagem: Leportagem: Leportagem: Luciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)

um compromisso assumido conosco de ini-

ciar a instalação da rede de esgotos sani-

tários na cidade, atendendo 50% da popu-

lação da nossa zona urbana nos próximos

quatro anos. Ainda na área das obras em

andamento, vamos concluir mais dois pos-

tos de saúde e duas creches para melho-

rar a demanda a esses serviços essenciais

para a nossa população.

OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-OE - A mobilidade urbana é um dos gran-

des gargalos da região. Como pretende tra-des gargalos da região. Como pretende tra-des gargalos da região. Como pretende tra-des gargalos da região. Como pretende tra-des gargalos da região. Como pretende tra-

balhar isso em parceria com os outros prebalhar isso em parceria com os outros prebalhar isso em parceria com os outros prebalhar isso em parceria com os outros prebalhar isso em parceria com os outros pre-----

feitos eleitos?feitos eleitos?feitos eleitos?feitos eleitos?feitos eleitos?

JCD - JCD - JCD - JCD - JCD - Vejo como fundamental a par-

ceria com os municípios da egião metropo-

litana, pois temos muitos projetos de inte-

resse comum, não apenas na mobilidade

urbana, mas também em relação ao sanea-

mento e à questão do lixo. Temos, por exem-

plo, questões como a do transporte maríti-

mo e da nova ligação com a Capital, que

poderia partir de Biguaçu em direção ao

norte da Ilha, pois não adianta pensar numa

nova ponte desembocando no já congesti-

onado centro de Florianópolis. Temos que

pensar também na possibilidade de expan-

dirmos a beira-mar continental até a foz do

Rio Biguaçu, criando uma nova opção para

desafogar a BR-101 e fazendo Biguaçu vol-

tar-se para o mar. Precisamos contar com o

apoio do Governo Estadual que sabe muito

bem que a Grande Florianópolis precisa ser

administrada com perfeita sintonia entre

todos os Prefeitos, já que os problemas

sociais são comuns a todos os municípios

e as soluções precisam ser unificadas.

OE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluída

a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-

de Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitos

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?

JCD - JCD - JCD - JCD - JCD - Os atrasos no cronograma são

injustificáveis e por isso o município de

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

Page 48: 26ª Edição - Revista O Empresário

48

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

Para Sandro Vidal, diagnósticocompleto é primeiro passo do trabalho

D epois de ocupar o cargo de verea-

dor por duas vezes, Sandro Vidal

(PSD) decidiu enfrentar o desafio de

concorrer à Prefeitura de Santo Amaro da

Imperatriz, apostando na vontade da po-

pulação em mudar o estilo da administra-

ção. Vidal e seu vice, Ademir do Carmo

(PMDB), formaram a coligação Renova San-

to Amaro (PRB, PDT, PT, PTB, PMDB, PR,

OE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações doOE - Quais serão as primeiras ações do

senhor quando assumirsenhor quando assumirsenhor quando assumirsenhor quando assumirsenhor quando assumir, em janeiro, a P, em janeiro, a P, em janeiro, a P, em janeiro, a P, em janeiro, a Prerererere-----

feitura?feitura?feitura?feitura?feitura?

Sandro Vidal – Sandro Vidal – Sandro Vidal – Sandro Vidal – Sandro Vidal – As áreas da saúde,

educação e transporte público serão mi-

nhas prioridades no início do mandato. É

nessas áreas, voltadas diretamente ao bem

estar da população, que pretendo lançar

ações o mais rápido possível. Mas, antes

de mais nada, preciso conhecer a real situ-

DEM, PSD) e conquistaram 6.839 dos

13.016 mil votos válidos (52,54%).

Durante a campanha, Vidal afirma

que identificou carências nas áreas de saú-

de, educação, saneamento básico e turis-

mo, e com base nas reuniões realizadas com

a população e sua equipe, elegeu priorida-

des para transformar Santo Amaro em uma

cidade mais moderna, com uma adminis-

tração eficiente, desburocratizada e que

atenda às necessidades da população.

“Construímos um plano de governo

participativo, que contou com a contribui-

ção da comunidade e também de empre-

sários locais. Em nossos encontros, ouvi-

mos muitas propostas e opiniões, que evi-

denciaram a necessidade de se explorar

nosso potencial turístico e também o dese-

jo de melhorar a qualidade de vida de nos-

sos cidadãos”, diz.

Santo Amaro:gestão deve sermodernizada

Sandro VSandro VSandro VSandro VSandro Vidalidalidalidalidal

PPPPPrefeito eleito de Sto. Amarorefeito eleito de Sto. Amarorefeito eleito de Sto. Amarorefeito eleito de Sto. Amarorefeito eleito de Sto. Amaro

Page 49: 26ª Edição - Revista O Empresário

49

CASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOSCASE DE NEGÕCIOS

Senado, para exigir implantação imediata

do Contorno Viário, cumprindo o que já foi

estabelecido nos contratos firmados com

a concessionária.

OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-OE - Quais são os projetos para a o desen-

volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-volvimento econômico do município, atra-

indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?indo empresas, gerando empregos?

SV – SV – SV – SV – SV – Durante todo o período de cam-

panha, nossa principal bandeira para o de-

senvolvimento de Santo Amaro foi impul-

sionar o turismo e um parque industrial,

duas áreas que consideramos fundamen-

tais para a geração de emprego e renda na

região. Temos ações planejadas já para os

primeiros meses de governo que darão iní-

cio à revitalização de Caldas da Imperatriz,

com o objetivo de torná-lo um balneário

termal referência em Santa Catarina. No

âmbito empresarial, vamos trabalhar na

implantação do parque industrial em con-

junto com uma incubadora de empresas,

que darão o suporte necessário para pe-

quenas e médias empresas se firmarem

nos primeiros dois anos de existência. (R(R(R(R(Reeeee-----

portagem: Lportagem: Lportagem: Lportagem: Lportagem: Luciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)uciane Zuê)

GESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICAGESTÃO PÚBLICA

ação financeira do município

para, a partir do diagnóstico,

elaborar uma reforma admi-

nistrativa ampla, com o ob-

jetivo de tornar a administra-

ção da cidade mais moder-

na e eficiente.

OE - A mobilidade urbana éOE - A mobilidade urbana éOE - A mobilidade urbana éOE - A mobilidade urbana éOE - A mobilidade urbana é

um dos grandes gargalos daum dos grandes gargalos daum dos grandes gargalos daum dos grandes gargalos daum dos grandes gargalos da

região. Como pretende tra-região. Como pretende tra-região. Como pretende tra-região. Como pretende tra-região. Como pretende tra-

balhar isso em parceria combalhar isso em parceria combalhar isso em parceria combalhar isso em parceria combalhar isso em parceria com

os outros prefeitos eleitos?os outros prefeitos eleitos?os outros prefeitos eleitos?os outros prefeitos eleitos?os outros prefeitos eleitos?

SV - SV - SV - SV - SV - O resultado das

urnas trouxe uma situação

nova para nossa região, uma

vez que, além de Santo

Amaro, também os municípi-

os de Florianópolis e São José serão admi-

nistrados pelo PSD. Confirmando-se o re-

sultado do pleito em Palhoça, será mais um

prefeito de nosso partido. Vejo nisso um

ponto positivo, reforçado pelo fato de que

se trata, também, do partido do governa-

dor Raimundo Colombo. Creio que isso fa-

cilitará um maior diálogo entre as adminis-

trações municipais e estadual, unindo for-

ças e investimentos para melhorar a mobi-

lidade urbana em toda a região.

OE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluídaOE - Nesta questão também está incluída

a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-a implantação do Contorno Viário da Gran-

de Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitosde Florianópolis. Como os novos prefeitos

podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-podem ajudar a tirar o projeto definitiva-

mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?mente do papel?

SV - SV - SV - SV - SV - A questão do Contorno Viário

passa inevitavelmente por uma forte arti-

culação política em Brasília, que é onde fica

a sede da ANTT, órgão do Governo Federal

a quem compete aviabilização dessa im-

portante obra. Também nesse caso, o tra-

balho conjunto e, por isso, necessária se

faz a união de todos os prefeitos da região,

com a bancada catarinense na Câmara e

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50

ARTIGOARTIGOARTIGOARTIGOARTIGO

As dificuldades enfrentadas pelo setorprodutivo em relação ao licenciamentoambiental dos empreendimentos não são no-vidade para ninguém: burocracia excessiva,legislação confusa e riscos constantes de em-bargos tiram o sono dos empresários, atra-sam cronogramas e mantêm projetos impor-tantes para o desenvolvimento econômico donosso Estado apenas no papel.

Mas há uma boa notícia neste cenário:desde 2011, os municípios estão habilitados arealizar os processos de licenciamento, pormeio da Lei Complementar 140, que regula-mentou a cooperação entre União, estados emunicípios nesta questão, eliminando uma dis-cussão que parecia interminável sobre a com-petência para tal atividade nas três esferas. Euma das principais vantagens de se licenciarlocalmente um projeto é a celeridade – nomáximo, em 24 meses, enquanto que o pro-cesso na esfera estadual, por causa da gran-de demanda, pode ultrapassar 36 meses.

Mas, mesmo tendo sido vencida a ques-tão da competência do licenciamento, ainda háoutros entraves que precisam ser resolvidos.Dos 293 municípios catarinenses, apenas 32 es-

A importância dolicenciamento municipal

tão realizando o procedi-mento. É o caso deJoinville, Jaraguá do Sul,São José, Palhoça eBiguaçu. Em outros, como na Capital, amunicipalização começa a ser implantada. Masé muito pouco ainda. As cidades que não reali-zam a atividade argumentam que ainda não es-tão capacitadas tecnicamente, com escassez deprofissionais e de recursos, para tal função.

Para ajudar a derrubar essas barreiras,realizamos o seminário “Novas Perspectivaspara o Licenciamento Ambiental Municipal”,em novembro, com a participação dos dife-rentes agentes envolvidos – Ministério doMeio Ambiente, Fatma, Ministério Público,Polícia Ambiental, gestores, advogados,ambientalistas. Confiamos que, unindo esfor-ços e alinhando estratégias é que conseguire-mos, finalmente, ter um processo delicenciamento ambiental que atenda a deman-da de todos os setores da sociedade civil.

Alaor TAlaor TAlaor TAlaor TAlaor TissotissotissotissotissotPresidente da Federação

das Associações Empresariais de SC (Facisc).

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Page 52: 26ª Edição - Revista O Empresário

52

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Em outubro passado ocorreu, na Ordem dos Ad-

vogados do Brasil (OAB), seccional de Santa Catarina,

o 5º Fórum Regional de Educação Jurídica/Região Sul.

O evento, realizado pela Comissão Nacional de Edu-

cação Jurídica do Conselho Federal da OAB, foi aberto

com a palestra magna ministrada pelo emérito,

constitucionalista e professor José Afonso da Silva,

tendo como título “Exame de Ordem e educação jurí-

dica”.

O encontro teve como objetivo debater a legisla-

ção educacional, e outros pontos relacionados ao ensi-

no jurídico no Brasil, suas formas de avaliação, assim

como a qualidade dos cursos de Direito.

O advogado desempenha um papel fundamen-

tal na manutenção do estado democrático de direito,

inclusive, reconhecido pela própria Constituição Fede-

ral, que em seu artigo 133 assim dispõe: “O advogado

é indispensável à administração da Justiça, sendo

inviolável por seus atos e manifestações no exercício

da profissão, nos limites da lei.” Além disso, estatui o

artigo 2º , § 1º do Estatuto da Advocacia e da OAB

que, “no seu ministério privado, o advogado presta

serviço público e exerce função social.” Dessarte, o

exame de ordem tornou-se obrigatório para bacharéis

em Direito que desejam exercer a advocacia. A gran-

de maioria dos palestrantes destacou a necessidade

e a importância desta prova para inscrição na OAB.

Nos debates, pôde-se perceber uma grande pre-

ocupação com a proliferação de cursos de Direito no

Exame da OAB e o exercício da advocaciaBrasil, o que tem prejudicado sen-

sivelmente o ensino jurídico no

país, mormente pela qualidade du-

vidosa de algumas instituições. O

Brasil, com cerca de 1.240 cursos,

consagrou-se como a nação com

mais cursos de Direito do mundo. Para que se possa ter

uma ideia, se somados os cursos jurídicos da China, Ín-

dia, Estados Unidos, da Europa, da África etc. existem

aproximadamente 1,1 mil, ou seja, temos mais escolas

de Direito no Brasil do que o resto do mundo.

Neste contexto, percebe-se que o exame de Or-

dem é fundamental, servindo como forma de selecionar

profissionais com qualificação mínima para operarem o

Direito. Inclusive, esta matéria já foi pacificada pelo egré-

gio Superior Tribunal Federal (STF) em 2011, quando foi

reconhecida a sua constitucionalidade.

Alguns poucos criticam tal exame, mas convenha-

mos, extingui-lo é pôr em risco a sociedade, no que diz

respeito à segurança jurídica e a própria a democracia

no território nacional. Hoje já existem cursos de Direito

que formam bacharéis em apenas quatro anos. Alguns,

pasmem, defendem ainda, cursos de Direito a distân-

cia, o que representaria um atentado absurdo à milenar

profissão de advogado.

Edson TEdson TEdson TEdson TEdson Telê Camposelê Camposelê Camposelê Camposelê Campos

Advogado, professor e doutor em

Desenvolvimento Regional e Urbano.

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SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE

“Nada faz a gente reviver o passado mais intensamente do que um cheiro, que um dia esteve associado a este passado”. Vladimir Nabokov.

O nome aromaterapia surgiu na virada do século pas-sado, quando o químico francês René Maurice Gattefosséusou o termo pela primeira vez. Na concepção de Gattefossé,aromaterapia significa o que diz a própria palavra – uma tera-pia por meio dos aromas dos óleos essências. Basicamente,o óleo essencial nada mais é do que um óleo aromático ex-traído principalmente pela destilação de folhas, flores e cas-cas. As propriedades terapêuticas físicas e químicas resul-tam dos princípios ativos existentes nestes óleos voláteis.

É uma opção de vida que nos ajuda a sentir bem físi-ca, mental e emocionalmente. Seus meios para restaurar oequilíbrio do corpo e do espírito estão fundamentados nospreceitos de saúde e no poder das plantas e seus óleos es-senciais.

Os óleos escolhidos para tratamento dependem dacondição do paciente, eles podem ser usados para diversosfins como afrodisíaco, relaxantes musculares, digestivos,bem-estar e até estimulantes da circulação. Porém, apesarde serem usados produtos naturais, é importante que aaromaterapia seja orientada por um profissional especializa-do com o intuito de ajudá-lo em seus problemas e necessi-dades.

Óleos essenciais são substâncias voláteis extrema-mente concentradas, que possuem princípios ativos de acor-do com suas composições químicas. Dependendo da plan-

Os óleos essenciais da aromaterapiata, o óleo essencial terá característi-cas diferenciadas de aroma, cor edensidade.

Para usufruir de seu trata-mento, os óleos podem ser usadosem difusores, sprays de ambientes,vaporização, inalação e durante obanho. Dessa forma, a essência seráinalada. O aroma entra pelo nariz, levando o princípio ativo daplanta até o sistema límbico, onde está localizado o hipotálamo,que é a região no cérebro que controla a produção dehormônios. Quando a essência é aplicada na pele em massa-gens, banhos, escalda-pés e compressas, a substância é ab-sorvida pela derme e hipoderme e penetra na circulação san-guínea, que transporta a essência para o corpo todo.

Contraindicações:Contraindicações:Contraindicações:Contraindicações:Contraindicações:Hipertenção Arterial: Não utilizar alecrim, canela, cravo, horte-lã, pimenta e gengibre.Epilepsia: Não utilizar alecrim, canela, cravo, hortelã e pimenta.Gestantes e lactantes: Não utilizar nenhum óleo essencial.Irritantes da pele: Aumentar a diluição de canela, cravo,lemongrass, gengibre, hortelã pimenta, limão, manjericão.Fotossensibilização: Não se expor ao sol – citronela, grapefruit,laranja, limão e bergamota.

Márcia RMárcia RMárcia RMárcia RMárcia ReiseiseiseiseisTerapeuta holística e naturopata – Sint/SC 051

[email protected]

Segundo alguns autores, o Parkinson é uma doençadegenerativa do sistema nervoso central, na qual há uma de-generação e morte celular dos neurônios produtores dedopamina (neurotransmissor no cérebro, produzido por umgrupo de células nervosas – neurônios pré-sinápticos), cominício geralmente após os 50 anos de idade. A mesma secaracteriza pela rigidez da musculatura corporal, ausência dealguns movimentos, tremor quando a pessoa está em re-pouso e desequilíbrio corporal.

Tais comprometimentos surgem de forma gradual elenta. Do ponto de vista fonoaudiológico, as alterações dadoença atingem principalmente os músculos da face e dalaringe, onde há uma rigidez muscular concentrada na ali-mentação, comunicação e voz. Na alimentação, a pessoaapresenta dificuldades na mastigação dos alimentos edeglutição (ato de engolir), as chamadas disfagias acompa-nhadas de engasgos, tosses, pigarros e acúmulo de saliva(sialorréia); na comunicação, há dificuldades em articular ossons da fala são prejudicadas, ou seja, aparecem as disartrias;

Fonoaudiologia na doença de ParkinsonNa voz, a rigidez da laringe faz comque esta se apresente com umaqualidade vocal tremula, rouquidão,intensidade, ressonância e modula-ção da mesma alteradas, as conhe-cidas disfonias. Algumas dicas comrelação à comunicação são impor-tantes como: beber água para hidra-tar as pregas vocais, postura adequada para uma boa respi-ração e comunicação, esforço para articular melhor as pala-vras, evitar pigarrear (pois machucam as pregas vocais), etc.Ao identificar algumas alterações referidas acima, procureum fonoaudiólogo o quanto antes, pois a prevenção é omelhor remédio para se ter uma melhor qualidade de vida.

Dra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoDra. Suani BuenoCRFa 8047-SC/Audiologia 5601/2011

Fonoaudióloga e Especialista em Audiologia Clínicae Ocupacional. / [email protected]

Page 55: 26ª Edição - Revista O Empresário

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Mulher: ser admirável! Muitassão as definições, a maioria cheia debelos adjetivos. Porém, ser mulhernão é algo fácil. Passamos por fasese, assim, estamos em constante mu-tação. Como diria o poeta:” Prefiro seruma metamorfose ambulante...”

Entre todas as etapas da vida,o climatério é uma das fases maiscomplexas! Climatério, palavra estra-nha, é a fase biológica da vida damulher que compreende a transiçãoentre o período reprodutivo e o não-reprodutivo. Estaetapa é longa, e ocorre entre 35 e 65 anos de idade.A menopausa é a ultima menstruação da vida damulher e marca o fim do ciclo reprodutivo.

Calorão e suores noturnos, às vezes tonturase palpitações. Alterações no corpo como diminui-ção do tamanho das mamas, secura vaginal e per-da de elasticidade da pele, que acompanham a di-minuição da libido e alterações de humor.

A saúde também sofre alterações metabóli-cas diante da diminuição progressiva, até a falta, dehormônios. Deficiência que favorece o enfraqueci-

Mulheres de fasesmento dos ossos: a osteoporose. Aumen-tam as gorduras circulantes no sangue ele-vando os riscos de doenças cardiovas-culares, como infarto e derrame.

Quem compreenderá a mulher nes-ta fase? Como não ficar irritada e até umpouco depressiva com tudo isso?

O ideal é prevenir seus agravos eestar atenta à sua chegada. Para enfrentaro amadurecimento de forma mais suave,é preciso adotar um estilo de vida saudá-vel desde jovem. Praticar atividades que

dêem prazer, estimulando a autoestima e mantendomente e corpo sadios. O cuidado com a alimentaçãotambém tem importância na manutenção da saúdeprevenindo osteoporose, alterações nos níveis decolesterol e ganho de peso com a diminuição meta-bólica.

Quando esta fase chegar é sinal delongevidade. Procure o médico para o acompanha-mento adequado.

Dra. RDra. RDra. RDra. RDra. Roberta Shirasakioberta Shirasakioberta Shirasakioberta Shirasakioberta ShirasakiMedicina da Família - Endocrinologia

CRM 13612

SAÚDESAÚDESAÚDESAÚDESAÚDE

Page 56: 26ª Edição - Revista O Empresário

56

PERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEM

Valdevino Veiss faz parteda quinta geração da

família que se dedica àcutelaria, em Rancho

Queimado

epresentante da quinta geração de

uma família dedicada à fabricação

de facas, o catarinense Valdevino

Veiss, 69 anos de idade mais de 40 deles

dedicados à cutelaria, é discreto e aparen-

temente reservado, mas se transforma

quando o assunto é o seu ofício. Nesse

Tradição familiarcaso, fala com facilidade a respeito dos

materiais, do processo e dos diversos e

inusitados endereços para aonde já foram

enviadas suas facas, verdadeiras obras de

arte confeccionadas de forma totalmente

artesanal na oficina localizada em sua casa,

em Rancho Queimado. Ali nascem as fa-

cas que recebem o timbre ‘KM 100’. O

nome, aliás, é uma referência ao local, an-

tigo ponto de parada dos boiadeiros que

no passado conduziam para o litoral o gado

criado no planalto catarinense.

Ao longo de todos esses anos,

Veiss, que vive exclusivamente da venda

de suas peças, calcula ter fabricado apro-

RFotos: Andreia Borges

Page 57: 26ª Edição - Revista O Empresário

57

ximadamente 40 mil facas, e nenhuma de-

las foi feita especialmente para si. “Às ve-

zes guardo uma, mas é por pouco tempo.

Basta alguém demonstrar interesse e lá se

vai!”, comenta. Talvez a melhor explicação

para isso seja o carinho dedicado a cada

exemplar, que acaba colocando todas as

facas – do modelo tradicional ao mais ela-

borado - em um mesmo patamar de im-

portância. “Capricho em todas as peças,

de maneira igual”, justifica Veiss, que fa-

brica também as bainhas de couro com

ponteira de latão, tudo manualmente.

A cada semana são produzidas em

média dez facas e, para dar agilidade ao

processo, Veiss criou um método próprio,

a partir do qual divide a produção em fa-

ses. Só quando todas as peças já cumpri-

ram uma determinada etapa ele avança

para o passo seguinte. Mas a sistemati-

zação para por aí e no centro de cada uma

das fases existe uma sensibil idade

marcante, que fica evidente enquanto o

artista explica como são produzidas suas

facas. “Você aquece a lâmina até que ela

fique da cor do maracujá. Mas um mara-

PERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEMPERSONAGEM

Normalmente Veiss possui poucas peças em estoque, uma

vez que boa parte de sua produção é rapidamente comercializada,

com preços a partir de R$ 180,00. “Já vendi facas para turistas

que passavam de carro por aqui, para excursões, na feira de

Santo Amaro e recebi encomendas até por telefone”, explica,

relembrando a vez que toda a negociação foi feita a distância,

sem que conhecesse o interessado. Daquela vez, enviou oito

facas pelo Sedex após confirmar o depósito feito antecipada-

mente em sua conta. “Ele devia conhecer meu trabalho. E gos-

tar!”, acrescenta. Seu trabalho já foi enviado para o Mato Gros-

so, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná e outros estados, além

da Alemanha e Espanha, e puxando pela memória, Veiss lembra que o

ex-presidente Figueiredo foi presenteado por um amigo com uma espa-

da que ele forjou.

Veiss acredita que a tradição não terá seguidores na família, uma

vez que seus filhos seguiram carreiras totalmente diferentes e ele não

demonstra disposição para ensinar o ofício a outras pessoas. “Demora

muito para chegar até aqui, e mais que qualquer outra coisa a pessoa

precisa ter sensibilidade e gostar do que faz. Fazer facas é o meu prazer

e isso não se ensina em um curso rápido”, finaliza.

Peças enviadas paraoutros estados e exterior

cujá entre o laranja e o vermelho, ou a ‘liga’

do metal não alcança o ponto certo”, ex-

plica, como se fosse simples achar o tom

exato.

Nos cabos, detalhes com chifre de

boi, osso e madeira, além de delicados en-

talhes feitos a mão, que mais parecem uma

renda pontilhada, dão o acabamento que é

marca registrada das peças KM 100.

ONDE ENCONTRAR

www.facas-km100.blogspot.com

RRRRReportagem: Leportagem: Leportagem: Leportagem: Leportagem: Luciane Zuêuciane Zuêuciane Zuêuciane Zuêuciane Zuê

57

Page 58: 26ª Edição - Revista O Empresário

58

Daiane dos Santos, Lance

Armstrong, André Agassi, Rebeca

Gusmão, Marion Jones, Bem

Johnson e Maradona: até quan-

do os atletas vão se dopar e man-

char suas carreiras e o esporte?

Será que utilizar o doping

como meio de obtenção de re-

sultados é correto? Esta é a ques-

tão e a resposta é pura e simples-

mente não. Sou incisivo em con-

siderar que a prática do doping

não deve ser utilizada, e isto

deve-se essencialmente devido a

dois problemas que levanta:

- o doping vai contra a máxima do desporto,

que é “o mais importante é participar, não é ganhar”.

O doping visa apenas o resultado, ignorando com-

pletamente a ética do desporto. Além disso, todos

os atletas devem partir em iguais condições para

todas as competições. O uso de doping dá uma van-

tagem injusta a quem o utiliza, até porque o que se

quer avaliar numa competição desportiva não é qual

o atleta com mais dopantes, mas, sim,o melhor atle-

ta numa determinada disciplina.

- o doping é uma prática altamente perigosa.

Infelizmente (ou não) quase todas as técnicas

dopantes apresentam perigos para saúde humana,

o que só por si devia ser suficiente para dissuadir

os desportistas de usá-la. A melhor condição para

melhorar o desempenho em qualquer atividade é a

motivação, o positivismo, o treinamento, a discipli-

na a educação desde criança. O individuo que se

dopa deve ser banido definitivamente do meio es-

portivo, ele impregna o meio, faz mal a sociedade,

é uma figura marcada.

O envolvimento com o uso de produtos

dopantes promove no indivíduo males que prejudi-

cam seu corpo e mente, criando uma situação de-

As consequências dodopping no esporte

sastrosa. O uso destes produtos

acarretam no atleta impotência se-

xual, câncer, envelhecimento pre-

coce, desequilíbrio hormonal, des-

moralização social e, sobretudo,

um estigma de fora da lei.

Tenho muitas suspeitas pelos

atletas. Na prova dos 100m, em

1988, o canadense Ben Johnson

marcou 9s79 e vimos que foi à

base de esteróides anabolizantes.

Onze anos depois, essa marca foi

igualada pelo norte-americano

Maurice Greene e superada pelo

seu compatriota Tim Montgomery,

com 9s78, cliente da Balco. Nos 200m, temos os 19s19

de Usain Bolt. Um atleta que participou daquela prova

declarou: “Deus baixou nesse cara”.

É por causa dessas histórias que acredito que o

combate ao doping é uma guerra perdida. A não ser

que todos nós tenhamos uma crise de consciência e

acabemos com essa praga, mas aí é acreditar em his-

tória da carochinha. O esporte se transformou num ne-

gócio extremamente lucrativo e vale qualquer coisa

para se ganhar dinheiro, muito dinheiro. Mas, infeliz-

mente, a um custo muito alto: as vidas dos atletas.

De qualquer forma, deixo aqui o meu apelo

antidoping. E deixo também a minha esperança de que,

no futuro, e com o avanço da genética, seja possível,

por meio do código genético de cada um, perceber

facilmente que tipo de doping os atletas estão usando

com uma simples análise de sangue, acabando de vez,

ou pelo menos reprimindo, qualquer tipo de doping.

Esporte não é isso.

Adriano TAdriano TAdriano TAdriano TAdriano Tiezerineiezerineiezerineiezerineiezerine

Fisioterapeuta, especialista em Ortopedia e

Traumatologia Desportiva

Presidente do GP MKT de MMA

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

Page 59: 26ª Edição - Revista O Empresário

59

OPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃOOPINIÃO

São raros os profissionais que têm a chance de agre-

gar novas possibilidades aos seus trabalhos. Muitos confi-

am apenas que uma boa ideia seja o suficiente para deixar

sua marca entre seus iguais, mas poucos acreditam que

sua visão pessoal possa chegar realmente longe, como o

fizeram Charles Chaplin e seu alter-ego Carlitos.

Alguns especialistas pregam de forma veemente que

as oportunidades não aparecem simplesmente: elas são

criadas. Seja como for, Chaplin entendeu o recado a sua

própria maneira, transformando o ainda incipiente cinema

numa das mais importantes e fundamentais artes de todos

os tempos. E, vejam só, revolucionou o processo cinema-

tográfico tanto como artista quanto como empresário.

Em 1919, o criador do vagabundo mais amado da

sétima arte juntou-se com o diretor e D. W. Griffith e os

atores Douglas Fairbanks e Mary Pickford para criar a United

Artists, companhia cinematográfica independente, respon-

sável por lançar, entre outras produções, o inesquecível

filme Tempos Modernos, no qual Carlitos aparece em cena

pela última vez. Curiosamente, a película que critica as

desigualdades do capitalismo e da indústria foi desenvol-

Chaplin e a oportunidadedo pioneirismo

vida por um autor-empresário ao lon-

go de um processo custoso e de-

morado. Mas Chaplin não brincava

em serviço e sabia muito bem a

oportunidade que criava.

Com Tempos Modernos e suas outras obras, prin-

cipalmente aquelas protagonizadas pelo elegante maltra-

pilho Carlitos, o empresário-cineasta inglês fez fama e

fortuna na América com a inteligência de um investidor

pioneiro. Chaplin investiu numa técnica que já existente,

mas trouxe-lhe o frescor da ousadia e determinação. Al-

gumas pessoas pensam que ele foi contra o sistema, ta-

xando-o de falso revolucionário. Sinceramente, penso no

autor muito mais como um trabalhador freelancer do que

como um ativista das massas.

A genialidade pioneira de Chaplin não está em pa-

recer superior aos demais, mas sim em se apresentar

tão humilde quanto um vagabundo, um herói ao rés-do-

chão como cada um de nós.

Evandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteEvandro DuarteJornalista - [email protected]

Page 60: 26ª Edição - Revista O Empresário

60

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61

Ele nasceu no pé da serra, às margens de um regatoque desce do mato lavando a pedreira.

A serra era a da Mantiqueira, divisa de Minas com SãoPaulo, um dos mais belos recantos do vale do Paraíba - o riomaior - onde a imagem de Nossa Senhora de Aparecidafora encontrada por pescadores não muito longe dali.

Alguns anos e os estudos forçaram a mudança para acidade. Lá, a família tinha uma casa, pequena mas agradá-vel, em especial pelo quintal que em quase tudo lembrava afazenda onde ele nascera. O pomar por exemplo, era atémais variado do que o que deixara às margens do Lavatudo- assim o regato era chamado. Apesar disso sentia sauda-des do campo, mas como a mãe respeitava sua melancolia,ele buscava superá-la passando todo o tempo no pomar,saltando de galho em galho, saboreando cada uma das fru-tas que se sucediam nas distintas temporadas.

De manhã - a escola, a tarde - o pomar...

E a vida corria tranqüila para aquele menino que nas-cera no pé da serra, às margens de um regato que descedo mato lavando a pedreira.

A única pedra no sapato, (aliás, coisa que ele se ne-gava a usar a não ser para ir à missa aos domingos) era oTio Juca - um bonachão que de vez em quando invadia acasa e o seu sossego, quase sempre na hora do lanche, embusca de algo mais que uma simples prosa.

Sua mãe o recebia com a alegria que merecem os ir-mãos que chegam e a mesa do café era imediatamenteposta e completa - do queijo mineiro às bolachinhas de co-alho de leite de cabra, sem falar na goiabada cascão que sósaia do tacho quando aparecia visita.

Mas o que o Tio Juca mais gostava, era justamente oque mais lhe incomodava.

Parecia de propósito. Era só o menino vir do pomarcom uma fruta nas mãos, que ele com a cara mais lavadado mundo se apossava dela justificando:

- Oh! Menino , que fruta maravilhosa... Me dê aqui sóum tiquinho pra experimentá...

Só um tiquinho... Que doçura... É mel... é mel...

Não é necessário dizer que a fruta não voltava parasuas mãos, desaparecendo goela abaixo do "querido Titio".

A vontade de explodir sua revolta, só era contida peloolhar severo da mãe que estrategicamente se posicionavaao lado do fogão a lenha.

Assim era com a bela manga; com a deliciosa tangeri-na que ele arriscou buscar no galho mais alto da árvore;com a suculenta pera d'água que naquela rua só brotava no

Mamão com mel...pomar da sua casa; com a ba-cia de jabuticaba, o melão, ojatobá, a goiaba, a guabiroba, acarambola, a uva, enfim...

Era só o menino entrar nacozinha com uma fruta nas mãos e lá vinha o chato do TioJuca:

- ... Oh! Menino...Só um tiquinho... só um tiquinho.Que doçura...é mel...é mel... Nnhhaacccc.

Era Domingo de páscoa.

Depois da missa das dez, lá vem o Tio Juca para maisuma visita inoportuna.

É recebido com o sempre carinho de "mãe" que airmã lhe dedica.

Já na cozinha esperando o café, ele é surpreendidocom a entrada do menino, que traz nas mãos cortado aomeio, o mamão mais bonito do pomar. Com um estranhosorriso no canto da boca, o menino saboreava uma meta-de e ao perceber o tio Juca vindo em sua direção, imedia-tamente estendeu a outra metade, que sem nenhuma res-trição e com a gula dos desavisados vai em um "quasesem mastigar" para a barriga do "insolente".

- Oh! Menino, que mamão delicioso. Uuhhmmmm...Uuummmm...

Pena que tá verde... "tá amarrando, tá amarrando"...Eu acho que ocê colheu antes da hora...

E recebe no estalo a explicação do menino, emoldu-rada pela cara mais "sem vergonha" deste mundo :

- Num é isso não Tio Juca. É que eu "miji" nessa suametade...

Nunca um castigo materno foi tão bem aceito, poisdepois disso estranhamente o Tio Juca deixou de gostarde frutas...

E como nunca aquele menino - nascido no pé daserra, às margens de um regato que desce do mato lavan-do a pedreira - pode sentir tanto o sabor delas.

Mário MottaMário MottaMário MottaMário MottaMário Motta

Comunicador e [email protected]

CRÔNICAS DO COCRÔNICAS DO COCRÔNICAS DO COCRÔNICAS DO COCRÔNICAS DO COTIDIANOTIDIANOTIDIANOTIDIANOTIDIANO

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om a experiência de quem tem em

seu currículo passagens pelo

renomado Institut Paul Bocuse, em

Ecully, na França, restaurante D.O.M, em São

Paulo, e Alejandro Del Toro, em Valência, na

GASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIA

Culinárias francesa eespanhola inspiram novomenu do Joy Joy Bistrot

Espanha, a chef Joyce Francisco não mediu

originalidade e ousadia para conceber o car-

dápio primavera-verão do Joy Joy Bistrot, lo-

calizado em um casarão histórico do século

19 no Centro Histórico de São José. O menu

contempla clássicos revisitados das culiná-

rias francesa e espanhola e criações com

um toque regional, que refletem a criativi-

dade na escolha dos ingredientes.

Foi garimpando ideias e temperos

pelo mundo, em suas constantes experi-

mentações gastronômicas, e também

olhando atentamente os ingredientes

frescos que ela encontra no próprio jar-

dim do bistrô – desde ervas aromáticas

até um pé de banana-da-terra –, que a

chef mineira radicada em Santa Catarina

elaborou o novo cardápio.

Para começar, cinco inéditas op-

ções de entrada. Entre elas, “Amazonas”,

um surubim defumado em cama de

micro-verdes, molho de mel, limão, gen-

gibre e sorbet de manga. Ou ainda a “Do

Norte”, com camarões grelhados em

cama de abacate e vinagrete de coentro,

ou “Foie Mandarim”, um foie gras servi-

Sabor de verãoC

Joyce FJoyce FJoyce FJoyce FJoyce Franciscoranciscoranciscoranciscorancisco

ChefChefChefChefChef

Sabor de verão

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GASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIAGASTRONOMIA

Inominável (Spaghetti de pupunhacom bisque e camarões grelhados)

Ingredientes (para 1 porção)50g de pupunha fatiada150g de camarões rosa limpos50g de manteiga de bisque

Para o pesto25ml de azeite extra virgem5g de castanhas do pará10g de sálvia1 dente de alhosal e pimenta a gosto

Para o chantilly de coco2 claras de ovo100 ml de leite de cocosal a gosto

FAÇA TAMBÉM

PreparoFaça a bisque e deixe reduzir bem, misture a glace debisque com a manteiga pomada, faça balotines e reserve afrio. Descasque o palmito, passe na mandolina e faça osspaghettis. Grelhe os camarões no azeite, reserve a quen-te. Branqueie a pupunha e passe para uma sartém, seque-a ligeiramente e disponha a manteiga de bisque em poma-da, tempere (sal e pimenta) e sirva com os camarões gre-lhados e o chantilly de coco.

do em terra de maçãs e tangerina.

Entre os pratos principais, os aman-

tes dos pescados podem optar pelo “Ter-

ra de Santa Cruz”: peixe branco marinado

na pimenta dedo-de-moça e gengibre,

purê de banana-da-terra e vinagrete de

romãs; ou ainda pelo “Brandade

Benedictine”, um bacalhau com batatas

ao creme de alho, tomates sweet, azei-

tonas pretas e manjericão sobre um pão

de fabricação própria. Também na lista de

frutos do mar, o “Inominável” traz um cu-

rioso spaghetti de pupunha em mantei-

ga de bisque, camarões grelhados e

chantilly de coco. Há ainda o “El Rau”,

paella elaborada com arroz tipo bomba,

camarões, polvo, garoupa, lulas, maris-

cos, fumê de peixe e açafrão.

O bistrô, que funciona apenas me-

diante reservas, tem ainda uma imponen-

te carta de vinhos, com mais de 160 rótu-

los, e cervejas gourmet, para harmonizar

com perfeição cada escolha.

ONDE ENCONTRAR

www.joyjoybistrot.com

Foto

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Qualidade nos materiais e

Fotos: Terezinha Bonfanti

ia 1o de novembro,Orlíndio da Silva, diretor da ModecolMóveis e Decorações, recebeu clientes, amigos e

fornecedores no ambiente criado pelos arquitetosCarina Beduschi e Ernando Zatariano para um dosestúdios que integraram a Mostra Casa Nova, queaconteceu em Florianópolis.Todo o mobiliário foi executado pela Modecol,conferindo ao projeto materiais e acabamentosdiferenciados.Atuando no mercado há 35 anos, a Modecolimprime qualidade, bom gosto e conceito aosprojetos que executa.

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01 - Orlíndio da Silva e Anna Karina da Silva Padilha | 02 - Arquitetos Carina Beduschi e Ernando Zatariano | 03 - Orlíndio daSilva, Anna Karina, Franciele Fantini, Daniel Corssatto e Roberto Pereira | 04 - Anna Karina, arquiteta Margareth Schneider,Orlíndio da Silva e arquiteta Rosane Girardi | 05 - Renato e Maria Tereza Baggio, Anna Karina e Orlíndio da Silva.

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soluções personalizadas

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06 - Orlíndio da Silva e Regis e Maria Luiza Corrêa, clientes Modecol há 28 anos | 07 - Ernando Zatariano, Carina Beduschi e Miltone Noeli Bordin, da Bellacatarina Móveis e Decoração | 08 - Anna Karina e Laura Padilha e Orlíndio da Silva | 09 - Maicon GuilhermeSchmidt, da MG Superfícies, Ernando Zatariano, Carina Beduschi, Orlíndio da SIlva e Anna Karina da Silva Padilha | 10 -Alcidinei e Vanilda Pacheco e Orlíndio da Silva | 11 - Ernando Zatariano, Wagner Barreiro, da Altero Metais, e Carina Beduschi.

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AM Construções: 34 anos

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01 - Antônio e Douglas Hillesheim | 02 - Helio Bairros, Presidente do Sinduscon, Adeliana Dal Pont, prefeita eleita de São José,Antônio e Douglas Hillesheim | 03 - Engª. Juliana Milan Correia Freitas, Antônio Hillesheim, Engª Elisabete Akiko Campos,Engª Fernanda Schuch Strunck e Engo Jairo Linhares | 04 - Daniel Luiz, Banco Bradesco, Antônio Hillesheim e Lairton Frank,Banco Bradesco | 05 - Rinaldo Araruana, Sônia Pereti e Antonio Hillesheim | 06 - Pedro Paulo Borges (Scaini), AntônioHillesheim e Reni Scaini.

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Fotos: Terezinha Bonfanti

AM Construções comemorou, no dia 24 deoutubro, seus 34 anos de atuação no mercadoda construção civil da Grande Florianópolis.

A reunião foi marcada por umclima descontraído na sede daempresa, em São José, e em seudiscurso, Antônio Hillesheim,presidente da AM Construções,lembrou detalhes da trajetória daempresa e destacou a importânciadas parcerias na consolidação daempresa. Confira momentos doevento.

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07 - Andreia Borges, Revista O Empresário, Antônio Hillesheim e Yula, colunista social do Jornal Noticias do Dia | 08 - AntônioHillesheim e Anibal Nunes, Gerente Comercial do Diário Catarinense | 09 - Waldemar Krueger, Suzana Nogiri, Marizilda Beatrize Antônio Hillesheim | 10 - Lauro Cordeiro, Gerente Comercial do Jornal Noticias do Dia e Antônio Hillesheim | 11 - EmílioMedeiros, Adeliana Dal Pont, Antônio Hillesheim e Suzana Bousfield assessora da prefeita | 12 - Lorena Peter, Antônio Hillesheime Gisele Hillesheim | 13 - Emílio Medeiros, Adeliana Dal Pont, Marcos Brusa, Antônio Hillesheim e Helio Bairros | 14 - SergioNeves(Construtiva Repr), Arq. Camila Saleh Bronoski e Antonio Hillesheim | 15 - Claudia Gomes, Colunista Social, e AntônioHillesheim | 16 - Equipe de colaboradores da AM Construções | 17 - Sergner Gonçalves, Concrebras, e Antônio.

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