26ª edição do voz do nicéia

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Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano VII Edição nº 26 Agosto de 2015 Escola no bairro ainda é promessa Pág. 3 www.vozdoniceia.wordpress.com Confira a cobertura fotográfica da Oficina de Sucata Pág.8 Veja como a criançada se divertiu nas férias de julho Pág.7 Ihanna Barbosa/Voz do Nicéia Lígia Morais/Voz do Nicéia Mariana Soares/Voz do Nicéia Moradores cobram posto de saúde nas proximidades do bairro Pág.4

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26ª edição do jornal comunitário Voz do Nicéia, projeto de extensão da Universidade Estadual Paulista com patrocínio da Pró-Reitoria de Extensão Universitária. Nesta edição, matérias sobre: posto de saúde, projeto de escola em tempo integral no bairro, fechamento do buraco da rua 6, supletivos, férias de julho, perfil sobre o seu Valdomiro e cobertura da Oficina da Sucata.

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Page 1: 26ª edição do Voz do Nicéia

Jornal Comunitário do Bairro Jardim Nicéia Bauru Ano VII Edição nº 26 Agosto de 2015

Escola no bairro ainda é promessa Pág. 3 www.vozdoniceia.wordpress.com

Confira a cobertura fotográfica da Oficina de Sucata Pág.8

Veja como a criançada se divertiu nas férias de julho Pág.7

Ihanna Barbosa/Voz do N

icéia

Lígia Morais/Voz do N

icéia M

ariana Soares/Voz do Nicéia

Moradores cobram posto de saúde nas proximidades

do bairro Pág.4

Page 2: 26ª edição do Voz do Nicéia

Agosto de 20152

Jornal comunitário bimestral do bairro Jardim Nicéia, em Bauru-SP

Projeto de Extensão Universitária

Jornalista responsável: Angelo Sottovia Aranha MTB-12870Editora-chefe: Moema NovaisEditora-adjunta: Daniela ArcanjoEditora de Artes: Marília Garcia

Equipe do Blog:Amanda CasagrandeGabriel AndradeGiovana MurçaIhanna BarbosaLorenzo SantiagoMarina DebrinoRaíssa PansieriTalita Bombarde

Equipe de Eventos:Danilo LyseiGabriela CarvalhoHelena OrtegaHeloisa ScognamiglioJuliana GonzalezMariana CajadoMariane ArantesWilliam Orima

Equipe de Reportagem e Fotografia:Adriana CarrerAmanda AraujoAmanda MouraAna Flávia CézarAriádne MussatoBeatriz LimaCamila GabrielleClara TadayozziDaniela ArcanjoDaniele FernandesFlávia SimãoGiovanna HespanholKarina FranciscoLígia MoraisMara CarvalhoMaria Clara NovaisMariana CairesMariana SoaresPatrícia KondaSofia HermosoVictor Azevedo

FAAC - Unesp BauruDepartamento de Comunicação SocialEndereço: Av. Engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube, 14-01 - Vargem Limpa - Bauru/SP

Tiragem: 1000 exemplaresImpressão: Full Graphics Distribuição Gratuita

Agosto é o mês de volta às aulas, e durante o período de férias escolares e nossa equipe esteve no bairro ensinando as crianças a como usar sucata para fazer brinquedos. Você confere as fotos do dia lá no nosso Mural. No Fala Morador, você fica sabendo o que a criançada fez para se divetir durante o tempo livre em julho.

Ainda pensando nas crianças, nossa equipe foi saber da promessa que o prefei-to fez durante a inauguração da praça em novembro de 2013. O que aconteceu com o projeto da escola de tempo integral no Jardim Nicéia? Procuramos saber também

por que os moradores precisam receber atendimento médico no Jardim Europa e não há uma unidade de saúde no bairro.

Comemoramos o fechamento do bura-co da rua 6, que colocava em risco a casa da Xeila e o trânsito dos moradores. Mas ainda é preciso saber por que a obra de saneamento básico não foi concluída.

No Tira-dúvidas você fica sabendo como se matricular em um supletivo e no Perfil confere a história do seu Valdomiro, antigo morador do bairro.

Boa leitura,Equipe Voz do Nicéia

Editorial

Unip / Makro Horário de saída do CENTRO - Dia útil05h35 05h50 06h14 06h48 07h16 08h10 08h48 09h23 10h07 10h42 11h27 12h05 12h51 13h29 14h10 14h23 14h49 15h32 16h04 16h46 17h22 18h05 18h15 18h42 18h50 19h18 19h50 20h20 21h23 22h35

Sábado05h45 06h10 06h28 06h59 07h33 08h05 08h38 09h13 09h46 10h22 10h57 11h38 12h19 12h49 13h29 14h03 14h20 15h17 16h31 17h45 19h00 20h11 21h21 22h30 Domingo/Feriado06h20 07h24 08h32 09h40 10h48 11h56 13h04 14h12 15h20 16h28 17h36 18h44 19h52 21h00 22h08

Câmpus /CTI: Horários saída do Campus - CTI - Dia útil06h20 06h40 07h20 07h40 08h20 08h40 09h02 09h39 10h00 10h30 11h00 11h20 12h16 12h36 12h56 13h16 13h33 13h56 14h26 14h56 15h26 16h20 16h26 17h16 17h36 18h00 18h22 18h36 18h56 19h36 20h00 20h36 21h00 21h26 22h00 22h27 23h05

Sábado06h25 07h17 07h45 08h10 08h35 09h30 10h20 11h15 12h32 13h00 13h25 14h17 15h10 16h02 18h40 19h33 20h25 21h18 23h03

Horário de ônibus

Fale com a gente!Departamento de Comunicação

Social da Unesp3103-60633103-6066

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Rádio Unesp FM 105,7. Todos os sábados, às

11h30.

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Agosto de 2015 3

No dia 9 de novembro de 2013, o Jardim Nicéia ga-nhou a praça. A inaugura-ção contou com a presença de membros responsáveis pelo projeto e também do prefeito de Bauru, Rodrigo Agostinho (PMDB). Du-rante a cerimônia, ele pro-meteu uma escola de tem-po integral para o bairro, o que animou os moradores.

Caso o projeto fosse le-vado adiante, a área des-tinada para a escola seria onde atualmente é o cam-pinho. Quase dois anos se passaram e os moradores nunca mais ouviram falar sobre a proposta. A pro-messa do prefeito fazia parte de um estudo feito pela Secretaria da Educa-ção sobre a necessidade de uma escola no bairro.

A instituição seria uma Escola Municipal de Edu-cação Infantil (EMEI) de tempo integral. Esse tipo de instituto atende crianças com idade entre 6 meses e 5 anos e 11 meses. Luciana Maria Vigo Duarte é Dire-tora de Gestão e Finanças da Educação na Secretaria Municipal de Educação e esclarece que “no caso de uma escola de ensino fun-damental é o Estado quem constrói”.

O pedido dessa esco-la foi feito pela Secretaria para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Edu-

cação (FNDE) e foi aí que o processo parou. De acor-do com Vera Mariza Regi-no Casério, secretária de Educação, o motivo pelo projeto não ter continuado foi a falta de demanda para uma escola no bairro.

A secretária aponta que “não tem excedente e não tem demanda para cons-truir uma escola para 160 crianças em período inte-gral”. Isso se explica em ra-zão da existência da creche no, que atende crianças na mesma faixa etária. Tanto Vera quanto Luciana ale-gam que a creche não há uma lista de espera.

A secretária de Educa-ção também explica que, em caso de existir uma fila de espera, a primeira op-ção seria a ampliação da creche. “Se futuramente houver necessidade, como o prédio é da prefeitura, a gente pode ampliar essa creche”, comenta. Ela fala que, para a construção de uma unidade nova, é pre-ciso ter pelo menos 120 crianças sem escola.

A moradora Kelly Patrí-cia Mendes Prado acredita que “ia ser ótimo uma es-cola no bairro, todo mundo deve achar isso”. Ela esteve no evento da inauguração e lembra que "aproveitaram que o pessoal fez a praci-nha para se engrandecer. A gente ouviu o discur-so, mas, até agora, nada”. Seus dois filhos passaram pela creche e ela diz que não tem do que reclamar, mas concorda que a escola

ou outro projeto dentro do Jardim Niceia seriam óti-mos, pois as crianças pre-cisam se locomover para fora do bairro em busca de lazer e atividades diferen-ciadas.

Andressa Bueno, mo-radora do Jardim Nicéia e mãe de uma menina, fala da importância de ocupar as crianças durante todo o dia. “Elas ficam muito jogadas, tem crianças que vão ao projeto, mas muitas mães não deixam”. Sobre a creche, Andressa afirma que algumas mães do bair-ro trabalham fora de casa, mas ainda assim, os nomes dos seus filhos ficam em uma lista de espera. "Mui-tas vezes, a pessoa precisa pagar alguém para olhar [as crianças] e vai de 20 a 30 por cento do salário, porque não tem vaga na creche", completa.

Marcia Cristina se pre-ocupa com o futuro dessa situação, já que está grávi-da de seis meses e plane-ja matricular seu filho no bairro. A moradora acre-dita que a creche atende suficientemente ao Jardim Nicéia, mas uma escola em período integral seria uma ótima opção para muitas crianças.

Para que a creche seja ampliada ou uma escola seja construída, é de total importância que qualquer criança sem vaga seja iden-tificada e o caso informa-do à direção da creche ou à Secretaria de Educação. Vera Casério reforça que é necessário que eles re-cebam o nome da criança, o nome da mãe, a data de nascimento, o endereço e assinatura do responsável para manter o registro e analisar a demanda.

Nicéia aguarda escola de tempo integralPromessa do prefeito foi feita em 2013, mas até hoje, ninguém viu o projeto

O local onde seriam construidas as instalações da escola é o atual campinho, que fica ao lado da creche do bairro.

Am

anda Moura/Voz do N

icéia

Amanda MouraDaniele FernandesMara Carvalho

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Problemas de saúde acontecem com qualquer um, só que, para alguns, cuidar deles pode dar mais dor de cabeça ainda. No caso do Nicéia, a oferta dos serviços de saúde pública está longe de ser a ideal para os moradores. Para conseguir um atendimento médico, gasta-se mais de meia hora caminhando até o Posto de Saúde do Jardim Europa, ou até a Unidade de Pronto Atendimento do Geisel. Uma terceira opção é atravessar a cidade rumo ao Hospital de Base.

Para chegar ao Posto de Saúde do Jardim Euro-pa, Dona Cleuza conta que precisa pegar dois ônibus

ou caminhar cerca de 50 minutos por uma passa-rela que não oferece segu-rança. De acordo com Au-dren Victorio, assessora de imprensa da Secretaria de Saúde de Bauru, a distância de 1,5 km entre esse posto e o bairro “permite que se acesse a unidade a pé. No caso de transporte com ne-cessidades especiais, estes podem ser requisitados na própria unidade”.

“Para chegar andando, quem é do Nicéia tem que atravessar a rodovia e fa-zer uma boa caminhada no meio de mato pra chegar à avenida Nossa Senho-ra de Fátima, para depois conseguir descer até o Pos-to”, conta Maria de Lurdes Cândido, moradora da rua 3 e que hoje já tem condi-ções de ir de carro ao Hos-pital de Base. “Mas imagi-na, semana passada, uma

moça grávida e com trom-bose estava voltando a pé nesse sol”, comenta a mo-radora, que ofereceu caro-na para a gestante.

Quem marca o primei-ro horário de consulta tem que sair do bairro enquan-

to ainda está escuro e às 5 horas da manhã já se forma uma fila em frente ao Pos-to do Jardim Europa. Uma alternativa para chegar até o local seria o ônibus, mas são dois pra ir e mais dois pra voltar: “tem que pegar um até o centro e um de lá pra cá, mas quem pode gastar tanto num dia para ir ao médico?”, pergunta Maria de Lurdes.

No dia 10 de agosto, a moradora levou a sua filha em uma consulta com a nu-tricionista e estava satisfei-ta. Maria de Lurdes acredi-ta que, muitas pessoas que poderiam procurar o pos-to, não o fazem devido à distância. “Se tivesse pelo menos uma dessas médi-cas com várias especializa-ções lá no bairro, uma vez por semana, mais gente ia cuidar da saúde”, finaliza.

Segundo Audren, ape-sar das Unidades de Pron-to Atendimento (UPA) se-

Jardim Nicéia continua sem Unidade de SaúdeMoradores contam que o atendimento melhorou em Bauru, mas os postos ainda ficam muito longe do bairro

“Se tivesse uma UPA mais próxima, seria mais fácil para os moradores do bairro chegarem lá”, conta Dona Cleuza

Mariana Soares/Voz do N

icéia

Adriana CarrerCamila GabrielleFlávia SimãoMariana CairesMariana Soares

Segundo a Secretaria de Saúde, a distância entre o bairro e o Posto de Saúde do Jardim Europa pode ser percorrida a pé, apesar dos perigos relatados pelos moradores.

Mariana C

aires/Voz do Nicéia

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Jardim Nicéia continua sem Unidade de SaúdeMoradores contam que o atendimento melhorou em Bauru, mas os postos ainda ficam muito longe do bairro

Mariana C

aires/Voz do Nicéia

rem “aparelhos de saúde que todo mundo deseja, só é permitida sua instalação em contingentes popula-cionais acima de 50.000 habitantes”. Por isso, seria impossível uma UPA no Nicéia. A Secretaria afirma estar ciente da situação e, assim que possível, pode-rá implantar uma Unidade de Saúde no bairro.

Núcleo do Jardim EuropaSegundo dona Cleuza,

moradora da rua 4, o aten-dimento no Posto Jardim Europa melhorou: “não temos mais que madrugar para pegar fila e torcer para ser um dos dez primeiros consultados”. Agora, po-de-se ligar para agendar atendimento. Entretanto, quem precisar ir sem agen-dar, ainda tem que madru-gadar e chegar na fila cedo.

Nesse Posto de Saúde,

os moradores do Nicéia são atendidos apenas por uma médica, que veio de Cuba pelo programa Mais Médicos. Alguns morado-res reclamam do procedi-mento, por impedir o con-tato com outros médicos. Porém, para Audren, ter acesso a outros médicos não seria positivo. “Uma noção fundamental é a da continuidade do acom-panhamento e, para que isso ocorra, é importante o atendimento por um único profissional”, explica.

A médica responsável pelos atendimentos é Gi-necologista, Clínica Geral e Pediatra. Pacientes com problemas cardíacos ou hipertensos são atendidos mensalmente. Apesar da consulta ser rápida, alguns reclamam que exames or-topédicos, cardíacos e de raio-x demoram muito

para serem realizados.Dona Nadir dos San-

tos, moradora do Jardim Nicéia, conta que na UPA do Geisel o atendimen-to rápido e eficiente. Mas, segundo ela, no Hospital de Base demora muito. É preciso pegar dois ônibus

para chegar a esses locais. Em casos graves, o aconse-lhável é acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU): “além de atender as chamadas, chega no bairro em cer-ca de dez minutos”, conta Jane, moradora do Nicéia.

Os moradores do Jardim Nicéia são aconselhados a procurarem o Núcleo do Jardim Europa para receber atendimento médico

UPA (UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO 24H) x UBS (UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE):UPAs são unidades de saúde que têm como prioridade casos de emergência. Quanto mais grave, mais rápidodeverá ser o atendimento. Procurar em casos de:

- febre alta (entre 38,5°C e 40°C);- falta de ar constante;- vômitos ou diarreia intensa;- dores periódicas na região da cabeça, tórax ou abdômen;- suspeita de fratura ou de tensão muscular;- cortes (mesmo sem ampla profundidade);- cólicas renais;- convulsões; - envenenamentos.

Onde encontrar:- UPA - Bela Vista - UPA - Geisel/RedentorRua Marçal de Arruda Campos, Rua Antônio Manoel Costa,4-45, Vila Lemos GeiselFone: (14) 3102-1213 Fone: (14) 3104-1510

UBSs servem como referência de orientação à população, em relação a prevenções e cuidados médicos. Procurar para:

- receber preservativos para prevenção de DSTs;- tomar vacinas;- encontrar grupos que cuidem ou orientem diabéticos, hipertensos, obesos e gestantes;- fazer a prevenção do câncer de colo de útero;- se consultar com um médico, em caso de febre baixa ou com sintomas de gripe ou resfriado;- entender porque seu bebê não para de chorar;

Onde encontrar:- Núcleo de Saúde Jardim EuropaRua Hermes C. Batista nº 1-64Parque Jardim EuropaFone: (14) 3227-7322Horário: 7h às 17h

- Núcleo de Saúde RedentorRua São Lucas nº 3-30 Jardim RedentorFone: (14) 3203-0539 Horário: 7h às 19h

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Educação de Jovens e Adultos

Ariádne MussatoGiovanna HespanholKarina Francisco

Para muitos, a escola é lembrança da infância ou adolescência. Mas gente grande também pode fre-quentar as aulas. O Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA) de Bauru foi criado para dar uma educação de qualidade àquelas pessoas que, por algum motivo, não pu-deram terminar o Ensino Fundamental.

No Jardim Nicéia, exis-te uma sala funcionando na Capela São Francisco Xavier, na rua Waldemar Ferreira dos Santos, 5-30.

As aulas são realizadas com a professora Adria-na, de segunda a sexta, das 18h às 22h.

O aluno matriculado re-cebe merenda em todas as aulas e material escolar. Se-gundo a diretora do CEJA, Maria Therezinha Bonora, os livros usados em sala de aula são aprovados pelo Ministério da Educação e, a cada semestre, cerca de 600 alunos são matriculados. “É um trabalho de formigui-nha constante ir atrás e tra-zer esse cidadão pra dentro das salas da Educação de Jovens e Adultos”, conta.

Além das aulas, quais são as atividades do CEJA?

Temos uma parceria

com o Sesc para levar os alunos em eventos cultu-rais. Temos também o pólo de informática. Transpor-tamos os alunos, tanto no período diurno, quanto no período noturno.

Quem pode fazer a inscrição?Qualquer pessoa que

nunca tenha estudado, com idade a partir dos 15 anos, ou que não tenha concluído as séries iniciais do ensino fundamental.

Onde se faz a inscrição?Em qualquer uma das

salas do CEJA.

O que é preciso levar para fazer a inscrição?

Documento pessoal (RG

Tira Dúvidas

Ao longo de três anos, os moradores da rua 6 tiveram que conviver com um pro-blema perigoso: um buraco aberto na rua colocou em risco de desabamento a casa de uma moradora e dificul-tava o trânsito de pedestres e carros. Segundo o relato de alguns moradores, essa vala foi aberta para iniciar as obras das galerias plu-viais naquela rua.

O buraco foi tampado aproximadamente quatro meses atrás, mas nada mais foi dito sobre as obras de

saneamento básico. A mo-radora Xeila Cristina Ra-mos da Silva conta que os funcionários da prefeitura estavam trabalhando em outra rua, quando ela resol-veu questionar a respeito da obra não concluída. “Eles disseram que iam tampar sim, e vieram no outro dia para concluir”, explica.

Xeila mora ao lado de onde estava o buraco e con-ta que tinha medo da sua casa cair. O buraco estava aumentado. Ela já havia recebido propostas do po-der público para sair dali e ir para um apartamento do Minha Casa Minha Vida, mesmo morando na rua há

Buraco é fechado, mas obra não é concluídaHá cerca de quatro meses, funcionários da prefeitura cobriram buraco da rua 6

Daniela ArcanjoVictor Azevedo

mais de sete anos. A mora-dora observou que o buraco foi tampado como estava: não retiraram o lixo e não desentupiram o bueiro. Ela teme que isso prejudique as galerias subterrâneas do bairro, piorando o sistema de saneamento, além de de-sencadear enchentes e desa-bamentos.

O sistema de saneamen-to básico ainda não chegou à rua 6. As casas utilizam fossas para o despejo de de-jetos, o que prejudica os mo-radores: “eu quero começar a construir no fundo do meu terreno, mas lá tem uma fos-sa, e eu não sei onde eu pos-so colocá-la”, comenta Xei-

la. Além disso, a moradora afirma que as fossas trazem perigo para os que estão por perto. “Eu acho que preju-dica os meus filhos. Eu fico até com medo deles irem ao fundo da casa e caírem no buraco. Até o mau cheiro acho que faz mal”, conta.

Xeila diz que os mora-dores da Rua 6 também não estão cadastrados no DAE para receber água tratada, e não ter conta de água e luz atrapalha até para compro-var residência. “No tem-po que eu estou morando aqui, nunca veio ninguém do DAE fazer cadastro para cada um ter o seu hidrôme-tro”, conta a moradora.

e CPF) e o histórico escolar. Se não tiver o histórico es-colar, é aplicado um teste de escolaridade que deter-mina em que termo o alu-no deve ser matriculado.

Até quando as pessoas podem se inscrever?

O período de matrícula formal é feito até o final de agosto. Mas a pessoa que descobrir uma sala próxi-ma a casa dela em outu-bro, por exemplo, também pode se matricular.

Para mais informações:Centro de Educação de

Jovens e AdultosTelefone: (14) 3214-4402

ou (14) 3214-4403

Page 7: 26ª edição do Voz do Nicéia

Agosto de 2015 7"O que você tem feito

nas férias?"

Julho é o mês das férias escolares e as crianças aproveitaram ao máximo os dias livres: o parquinho e a quadra ficaram sempre cheios, movimentados pelas brincadeiras infantis. A criatividade da criançada compensa a falta de atividades e a pouca estrutura de lazer que o bairro oferece. Neste Fala Morador, o Voz do Nicéia conversou com os pequenos para descobrir qual o melhor jeito de se divertir nesse período.

“A brincadeira que a gente acha mais legal é polícia e la-drão, também gostamos de pega-pega. Mas a gente que-ria mais brinquedos no par-quinho, porque os que têm ficam sempre cheios.” - Maria Eduarda (8 anos) e Gustavo (8 anos)

“Eu adoro brincar de bets! Jogo futebol, às vezes com as meninas e às vezes com os me-ninos. Jogo queimada e solto pipa. Brinco de panelinha também. Eu queria que tives-se um carrossel pra brincar.”- Paola (9 anos)

“A gente fica soltando pipa, brincando de pega-pega, es-conde-esconde e jogando bola. Mas falta uma pista de skate, porque a gente tem que ficar andando na rua e é perigoso.” - João Pedro (12 anos) e Erick (12 anos)

“Eu brinco com meus amigos na ponte do par-quinho e gosto de pular corda e elástico. Tam-bém gosto de brincar de polícia e ladrão na praça.” - Junior (10 anos)

Amanda AraujoAna Flávia Cézar

Lígia MoraisMaria Clara Novais

Sofia Hermoso

“Eu brinco na pracinha e às vezes vou à casa de uma ami-ga para brincar de elástico, bola e pega-pega, mas o que eu mais gosto é de panelinha e de sorveteria. A gente faz a massa, daí põe a cobertura e dá pro outro. Brinco no par-quinho também.” - Edielle da Silva (10 anos)

“A gente gosta de brincar de bets, de andar de bicicleta, brincar no parquinho e jogar burca: faz um buraco, joga uma bolinha e, se acertar, continua no jogo. Também acha-mos legal soltar pipas e correr atrás delas.” - Daiane (9 anos) Juliana (9 anos) e Karolaine (11 anos)

“Eu gosto de brincar com carrinho, jogar bola com meus ami-gos e fazer barquinho de papel pra colocar na água.” - Wagner (9 anos)

“Empino pipa, jogo fu-tebol e bets. O que mais brinco é de “salva”. A gente separa em dois ti-mes, de pelo menos sete pessoas. Um dos times sai correndo e o outro tem que pegar. Ganha o que tiver menos pessoas “pe-gas”.” - Alexandre Godói (13 anos)

“Eu brinco de car-rinho, solto pipa e ando de skate.” - Leonardo Moura (7 anos)

“Eu gosto muito de jogar bola com meus amigos e com meu primo Caio. Gosto de nadar na piscina e fazer aula de dança.” - Guilherme (12 anos)

“Eu gosto de brincar de bone-ca, de elástico e de bola com meus irmãos. E depois que arrumar minha bicicleta, eu vou pedalar também.” - Jenifer Calado (7 anos)

Fotos: Lígia Morais e Sofia Hermoso

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Agosto de 20158

Perfil

Patrícia Konda/Voz do Nicéia

Beatriz LimaClara TadayozziPatrícia Konda

Valdomiro Bueno

Muito conhecido e respeita-do pelos moradores do Jardim Nicéia, Valdomiro Bueno tem 65 anos e chegou ao bairro quan-do, segundo ele, “tudo ainda era puro mato”. Pedreiro aposenta-do, mora há 30 anos no bairro, onde construiu a sua casa e a sua vida. Com muitas lembranças e experiências, ele compartilha al-gumas com os leitores do Voz do Nicéia.

Antes de se mudar para Bau-ru, em busca de mais oportuni-dades de emprego, morava em Santa Cruz do Rio Pardo. Lá cres-ceu e conheceu, aos 25 anos, sua companheira Rosângela Apareci-da Bueno. Com 40 anos de união, o casal construiu uma grande fa-mília, que começou com seus três filhos: Elaine, Robson e Jefferson.

Embora esteja aposentado, Valdomiro continua fazendo ser-viços como pedreiro e trabalhan-do com carreto. Como sempre foi um homem trabalhador, ele tam-bém já trabalhou na Construtora Souza Reis, na Rodocar Equipa-mentos Rodoviários, além de ter sido vigia na creche do Jardim Nicéia. Valdomiro conta também

que, durante um tempo, foi técnico de fute-bol. Ele treinava o antigo time do bairro, o “Madureira”, e precisava fazer várias via-gens para jogar em outras cidades.

O neto do seu Valdomiro, Johnny de An-drade, conta sobre o bar do avô, que ficava

instalado onde hoje é uma igreja. O Bar do Valdomiro teve muita importância para o bairro e prin-cipalmente para as famílias. O local era um espaço para muitas festas, bailes e jogos de sinuca, mas também servia como espaço para velar aqueles que faleciam. Os amigos pediam e Seu Val-domiro concedia, sem qualquer cobrança. O bar existiu por dez anos, mas acabou fechando por motivos alheios à sua vontade.

Valdomiro é um dos mora-dores mais antigos do bairro. “Aqui todo mundo me respeita”, afirma, satisfeito. Ele conta que a sua relação com os vizinhos é amigável e que o Jardim Nicéia se parece com uma grande famí-lia – inclusive, grande parte dos moradores do bairro são, de fato, seus familiares. “Metade do Ni-céia é da família”, diz Diene de Andrade, sua nora.

Enquanto remexia as suas lembranças, Seu Valdomiro co-mentou com um lamento: "para completar a minha felicidade, só falta mesmo ver a rua asfaltada e ter uma escola mais próxima para os meus netos".

Mural