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XX 111 26/06/2012 * BH ganha mais uma vara em defesa da mulher e da família- p.19 * Privilégio nunca mais - p.01 * Senadores têm planos de saúde com mais privilégios entre os Poderes - p.25

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XX 111 26/06/2012

* BH ganha mais uma vara em defesa da mulher e da família- p.19

* Privilégio nunca mais - p.01

* Senadores têm planos de saúde com mais privilégios entre os Poderes - p.25

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ESTADO DE MINAS - P. 07 - 26.06.2012

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HOJE EM DIA - P. 22 - 26.06.2012Sucateado, IML da capital tem mofo, moscas e riscos

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HOJE EM DIA - P. 25 - 26.06.2012

Outro caixa eletrônico foi alvo de bandidos ontem na Grande BH. Dessa vez, a explosão foi numa unidade de atendimento bancário na Avenida Governador Maga-lhães Pinto. O alarme foi acionado por volta das 4h, de-pois de a máquina ter ter sido danificada. Militares do 3º Pelotão da cidade acreditam que o grupo seria amador, já que a explosão atingiu apenas a superfície da máqui-

na e nada foi levado. O local não tem sistema de câmera e a polícia não tem pistas dos bandidos. No domingo, um caixa foi arrombado dentro de uma agência em Brumadi-nho. Uma quadrilha invadiu o local de madrugada e, usan-do maçarico, arrombou uma máquina. A Polícia Militar não soube informar a quantidade de dinheiro levada, mas uma nota de R$ 50 foi encontrada no chão da agência.

ESTADO DE MINAS – P. 02 – 26.06.2012 AINDA... GERAIS

Mais uma explosão de caixa

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O ESTADO DE SP - 1ª P. - 26.06.2012

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KARINA ALVES - A mulher que escreveu uma carta para a mãe de Eliza Samudio dando detalhes sobre o local onde o corpo da jovem foi supostamente jogado parece conhecer bem a área, que fica no bairro Planalto, na região Norte de Belo Horizonte. As informações descritas na cor-respondência coincidem com as características da região, uma reserva florestal, onde há um poço artesiano, uma es-cola e um convento. A região é uma área de preservação ambiental que faz parte do parque do Planalto e de um con-vento de freis carmelitas. A floresta faz divisa ainda com dois lotes vagos, que, não têm muros. As cercas de arame dos terrenos têm falhas em vários pontos. Desde anteontem, curiosos observam uma entrada clandestina no lote ao lado do convento, que seria a "passagem secreta" descrita na carta, caminho para se chegar ao poço onde o corpo da ex--namorada do goleiro Bruno Fernandes teria sido lançado.

"A polícia pode até não achar a Eliza, mas vai encon-trar muito mais coisas por aqui", disse uma moradora, que pediu para não ser identificada. Segundo ela, o lote ao lado da área de preservação serve de ponto de uso de drogas e es-conderijo para ladrões. "Já acharam até corpos aí", afirmou.

O poço indicado na carta fica nos limites da área de preservação ambiental, dentro do convento. O frei Adail-son Quintino dos Santos, um dos responsáveis pelo local, não permitiu a entrada da reportagem. O religioso disse estar disposto a colaborar com as investigações, caso a Polícia Civil resolva fazer buscas. "É de nosso interesse que a polícia faça toda a averiguação necessária", afirmou.

Ainda segundo o frei, a polícia fez buscas nas imediações do convento na época da investigação so-bre o sumiço de Eliza, em 2010. Também foi fei-to rastreamento na lagoa do Nado, no mesmo bairro.

O fundador da Associação Comunitária do Planalto e Adjacências (ACPAD), Antônio Matoso, reclama da falta de fiscalização da prefeitura nos lotes vagos. "As pessoas me param na rua perguntando o que está acon-tecendo, mas acho que isso tudo não tem fundamento".

Investigações -A correspondência, que teria sido escrita por uma mulher por causa de uma visão que ela teve durante um sonho, foi entregue na quarta--feira. Ontem, o advogado da família de Eliza, José Arteiro, repassou uma cópia ao delegado Wagner Pin-to, chefe do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa. A polícia não fez buscas na região ontem.

Pinto voltou a dizer que vai analisar a carta para decidir o que será feito. "Vou ver se existe algum indí-cio forte que valha a pena investigar". Moradores do Planalto e a Polícia Militar informaram que, na tar-de de anteontem, dois carros da Polícia Civil estive-ram na mata. O delegado não confirmou a informação.

Abandono Fiscalização - A regional Norte da Prefeitura de Belo Horizonte declarou que vai fa-zer fiscalização nos lotes próximos à mata de pre-servação na próxima semana. O órgão não informou

qual foi a última vez em que o local foi vistoriado.Resposta Negativa - A Polícia Militar negou as acusa-

ções supostamente feitas pela denunciante que teria ligado para José Arteiro e afirmou que a mata é considerada tran-quila. Segundo a PM, o local é alvo frequente de rondas.

MEDO - Mãe crê que autora mora no bairroA mãe de Eliza Samudio, Sônia de Fátima Mou-

ra, acredita que a suposta mulher que redigiu a carta é moradora da região do bairro Planalto. "Ninguém so-nha com tanta riqueza de detalhes. Acredito que seja alguém que viu, que convive ali no meio de pessoas da região. Mas é alguém que tem medo de aparecer, medo de ameaças, e por isso se manifestou dessa forma".

Sônia esteve em Belo Horizonte nesta semana para dar entrevista a uma emissora de TV, mas retornou anteon-tem ao Estado do Mato Grosso do Sul, onde mora. "Tenho filhos e netos. Não posso me ausentar por muito tempo. Se ela (Eliza) for encontrada, volto a Belo Horizonte".

O advogado José Arteiro, que se reuniu com o delegado Wagner Pinto na manhã de ontem, acredi-ta que serão feitas buscas na região. "Ele (Pinto) se mostrou interessado. Falou que vai analisar a carta pri-meiro, mas que vai começar as buscas", disse Arteiro.

Nas declarações dadas à polícia, Arteiro informou que recebeu ligação anônima da mesma denunciante há três meses, em que ela descrevia a mata do Planalto e dizia que o local seria usado por policiais militares para deso-va de corpos. Arteiro disse que não se manifestou antes da chegada da carta porque esperava a chegada de Sônia Moura a Belo Horizonte para discutir o assunto. (KA)

Terreno facilita entrada de invasores em escola

Frequentadores do parque do Planalto, que com-preende parte da área verde do bairro de mesmo nome, causam transtornos para a Escola Estadual Maria Luiza Miranda, localizado perto do lugar onde o corpo de Eli-za Samudio teria sido jogado. Depois de muitas recla-mações na polícia, a direção da escola resolveu aumen-tar a altura do muro para evitar a entrada de intrusos.

"No recreio, tem gente pulando o muro e entran-do na escola. Eles usam droga, ficam rondando o pátio. Ontem (anteontem), liguei para a polícia e falei para virem aqui de surpresa", disse uma das diretoras da es-cola, Irani Salgado. Em janeiro, bandidos invadiram a escola, queimaram uma sala e destruíram 9.000 livros.

Questionada, a Polícia Militar informou que conta com o alerta da população pelo programa Rede de Vizinhos Protegidos. O policiamento, no entanto, não foi reforçado porque o bairro não lidera as estatísticas de criminalidade dos 27 bairros atendidos pelo 13º batalhão, segundo o ca-pitão Andrade, assessor de comunicação da unidade. (KA)

O TEMPO - ON LINE – 23.06.2012CASO BRUNO

Local descrito em carta existePolícia Civil, que fez buscas na área em 2010, avalia se fará novo rastreamento

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HOJE EM DIA - ON LINE - 23.06.2012

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O TEMPO - P. 29 - 26.06.2012

Brasília. O Supremo Tri-bunal Federal (STF) interrom-peu, na quinta-feira, julgamento sobre os poderes do Ministé-rio Público (MP) de investi-gar crimes sem a participação policial, após dois votos que restringiam tal possibilidade.

De acordo com o ministro Cezar Peluso, a Constituição

não dá ao MP o direito de inves-tigar um crime, prerrogativa que é exclusiva das polícias Federal e Civil. Mas, o ministro afir-mou que tal poder investigatório pode ser exercido em casos ex-cepcionais. Os ministros inicia-ram a discussão sobre dois ca-sos, um recurso de um prefeito de Minas Gerais, e o outro, um

habeas corpus proposto por Sér-gio Gomes da Silva, denunciado como mandante do assassina-to do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT). O resultado, no entanto, terá efeito genera-lizado, já que o tribunal reco-nheceu no tema a possibilida-de de extensão de uma decisão específica a casos semelhantes.

O TEMPO – ON LINE – 23.06.2012CONSTITUIÇÃO

Julgamento sobre poder do MP é suspenso no STF

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O ESTADO DE SP - p. A8 - 23.06.2012

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FOLHA DE SP - P. C5 - 25.06.2012

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O ESTADO DE SP - p. A4 - 23.06.2012

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ESTADO DE MINAS - p. 08 - 24.06.2012

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JOÃO CARLOS REIS RAPOSOO mundo e o Brasil envelhecem,

e essa população tende a crescer. Que-rendo ou não, aos 60 anos, mesmo nos achando ainda jovens e o máximo, passamos a fazer parte da 3ª idade.

Envelhecer é ruim, tem muitas desvantagens, mas, como tudo na vida, também tem algumas vantagens: o dever cumprido, menos inquietações, aceitação da trajetória vivida e, mui-tas vezes, a alegria de sermos avós.

Vamos agora à parte prática: meio ingresso em cinemas e teatros, excursões especiais e filas prioritá-rias. Prioridade, segundo o Aurélio, quer dizer: “1. Qualidade do que está em primeiro lugar, ou do que apare-ce primeiro; primazia. 2. Preferên-cia dada a alguém relativamente ao tempo de realização de seu direito, com preterição de outros. 3. Quali-dade duma coisa que é posta em pri-meiro lugar numa série ou ordem”.

Então, em todos os lugares, tais como bancos, supermercados, cartórios, lojas etc., o idoso tem di-reito à prioridade no atendimen-to. Não é o que ocorre. Na maioria dos lugares, não existe atendimen-to prioritário, e, sim, fila de idosos.

Nos bancos e supermercados, consideradas honrosas exceções, um caixa atende a esse público; o número de pessoas é grande e, claro, o atendimento é lento. En-quanto isso, quatro ou cinco caixas atendem ao restante da clientela.

Então, vamos nos conscientizar e não aceitar isso. Foi aprovada a Lei nº 10.741/2005. Que seja cumprida! Reclame, não se sinta constrangido. Com sorriso e delicadeza, faça va-ler seus direitos. Não seja passivo.

O TEMPO – ON LINE 23.06.2012

O direito à priori-dade no atendimento

aos idosos

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Carlos Alberto Di Franco

A partir de 1.º de agosto, o ex--presidente do PT, ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de qua-drilha e corrupção ativa. Será um jul-gamento histórico, pois, talvez pela primeira vez, poderosos prestarão contas de seus atos à Justiça. Trata--se de uma mudança cultural da maior importância. O recado, independen-temente do resultado do julgamento, é claro: ninguém está acima da lei.

José Dirceu, no entanto, manifesta surpreendente dificuldade de transitar nos espaços normais das sociedades democráticas. Alega inocência e se diz vítima da mídia. Falando, recen-temente, aos cerca de mil estudantes presentes ao 16.º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista, li-gada ao PC do B, no Rio de Janeiro, Dirceu afirmou que o julgamento que o aguarda será a “batalha final”. Posando de vítima de um sistema opressor, Dir-ceu convoca suas milícias. “Essa bata-lha deve ser travada nas ruas também”, conclamou, “senão a gente só vai ouvir uma voz pedindo a condenação, mesmo sem provas.” Refere-se à mídia. Daí a obsessão com o chamado “controle so-cial” dos meios de comunicação. Im-prensa livre e independente não serve.

A conclamação de Dirceu é tam-bém uma rebelião contra as normas vigentes na democracia. Esconde, no fundo, um grave questionamento ao próprio Poder Judiciário. Para Dirceu, o STF, não obstante a solidez da denún-cia do procurador-geral da República, só tem um caminho: absolvê-lo. Na hipótese de uma condenação, possibili-dade que o atormenta, o caminho não é o respeito ao Judiciário, mas o grito das ruas. O Brasil, no entanto, amadureceu muito. Collor conclamou a população contra a sua destituição. A resposta da sociedade foi pedir o seu impeachment. Agora, diante do mais clamoroso caso de corrupção da República, a reação da cidadania será um vigoroso res-paldo à decisão do STF, seja qual for.

O Brasil, felizmente, tem uma im-prensa de qualidade e um Judiciário que funciona. As tentativas de desqua-lificação do mensalão não previram a consistência das instituições do País. O então procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, nomeado para o cargo pelo ex-presidente Lula, apontou Dirceu como “chefe da qua-drilha” ou da “sofisticada organização criminosa” que produziu o mensalão, a compra sistemática de apoio de de-putados federais ao governo Lula.

A denúncia ao STF foi aceita por unanimidade. No ano passado, o atu-al procurador-geral, Roberto Gurgel, reconduzido ao cargo pela presidente Dilma Rousseff, ratificou o pedido de condenação de Dirceu e de 35 outros réus. Fracassou, portanto, a tentati-va de desqualificação do mensalão. O primeiro sinal do empenho de des-monte do mensalão foi dado pelo ex--presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao deixar o governo, ele disse que sua principal missão, a partir de janeiro de 2011, seria mostrar que o mensalão “é uma farsa”. A “farsa” a que se referia Lula derrubou ministros do seu go-verno, destituiu dezenas de diretores de estatais e mandou para o espaço a cúpula do seu partido. Recentemen-te, o ex-presidente cometeu um grave equívoco: a constrangedora e extempo-rânea reunião com o ministro Gilmar Mendes no escritório do ex-ministro Nelson Jobim. Não pegou nada bem.

Está nas mãos do Supremo assu-mir o papel histórico de defesa da de-mocracia e dos valores republicanos. A sociedade tem o direito de confiar nos ministros do STF. Eles saberão honrar suas togas e suas biografias. Os brasileiros esperam que os ministros respondam à indignação da sociedade.

O esforço investigativo da impren-sa está contribuindo para restabelecer o equilíbrio nas relações sociais. Para o jornalismo verdadeiramente ético e in-dependente não há distinções e imuni-dades. Os holofotes da mídia têm pro-jetado fachos de luz em zonas turvas do poder. Incomoda? É claro. E deve ser assim. Jornalismo chapa-branca não

contribui com a democracia. “Jornalis-mo”, disse George Orwell, “é publicar aquilo que alguém não quer que se pu-blique. Todo o resto é relações públi-cas.” É preciso que exista certa tensão entre imprensa e governos. No entanto, a memória do cidadão não é das mais fortes. E a vertiginosa sucessão de de-litos acaba sendo importante aliada do esquecimento. Não basta denunciar. É preciso focar e perseverar num autênti-co jornalismo de denúncia que, por ób-vio, não se confunde com o denuncismo.

Não podemos mais tolerar que o Brasil seja um país que discrimina os seus cidadãos. Pobre vai para a cadeia. Poderoso não só não é punido, mas in-voca presunção de inocência, submerge estrategicamente, cai no esquecimento e volta para roubar mais. A CPI do Ca-choeira está aí para confirmar a radical separação entre os anseios de limpe-za da sociedade e a resistência delin-quente do mundo político. Ao rejeitar a convocação do empresário Fernando Cavendish, antigo dono da Delta, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes Luiz Antonio Pagot, os parlamentares dei-xaram claro que a CPI é tudo, menos investigativa. Por isso, insisto, o julga-mento do mensalão é tão importante e simbólico. Os ministros do STF, vitalí-cios e inamovíveis, não estão algema-dos por interesses obscuros e subalter-nos. Podem julgar com independência. É o que o Brasil espera. A ausência de punição é a mola da criminalidade.

Chegou a hora de a sociedade civil mostrar sua cara e sua força. O Brasil pode sair deste pântano para um pata-mar civilizado. Mas, para que isso acon-teça, com a urgência que se impõe, é preciso que os culpados sejam punidos. O Supremo, com a independência que lhe compete, pode escrever uma bela página na história da nossa democracia.

* DOUTOR EM COMU-NICAÇÃO, É PROFESSOR DE ÉTICA E DIRETOR DO MASTER EM JORNALISMO

E-MAIL: [email protected]

O ESTADO DE SP – ON LINE – 25.06.2012

Mensalão e respeito ao Judiciário

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