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TÓPICOS TIPOS DE SONDAS MARÍTIMAS. PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA SONDA DE PERFURAÇÃO. PRINCIPAIS COMPONENTES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO. OPERAÇÕES NA PERFURAÇÃO DE UM POÇO PERFURAÇÃO MARÍTIMA CLASSIFICAÇÃO DE POÇOS TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP 1

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TÓPICOS

TIPOS DE SONDAS MARÍTIMAS.

PRINCIPAIS COMPONENTES DE UMA SONDA DE PERFURAÇÃO.

PRINCIPAIS COMPONENTES DA COLUNA DE PERFURAÇÃO.

OPERAÇÕES NA PERFURAÇÃO DE UM POÇO

PERFURAÇÃO MARÍTIMA

CLASSIFICAÇÃO DE POÇOS

1- TIPOS DE SONDAS PLATAFORMAS

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PLATAFORMA FIXA - SONDA MODULADA (SM)

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CARACTERÍSTICAS :

L.a. Rasas - aproximadamente 200m.

A jaqueta é lançada e encaixada em estacas no fundo do mar.

Em seguida os módulos são colocados sobre a jaqueta.

Os poços podem ser perfurados antes ou depois da instalação da jaqueta.

Não é necessário compensador de movimentos.

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PLATAFORMA AUTO-ELEVÁVEL (PA)

SONDA SEMI-SUBMERSÍVEL (SS)

NAVIO SONDA (NS)

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CARACTERÍSTICAS :

Fornece uma plataforma de perfuração fixa não afetada pelas condições de tempo.

Permite posicionamento em áreas com restrições no fundo do mar.

Baixo custo.

Perfura em lâmina d´água de até 120m.

CARACTERÍSTICAS :

Plataforma estável: trabalha em condições de mar e tempo mais severos do que os navios.

Pode ser ancorada ou de posicionamento dinâmico.

É necessário compensador de movimentos.

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PLATAFORMA TLP - (TENSION LEG PLATFORM)

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CARACTERÍSTICAS :

Grande capacidade de armazenagem de suprimento para perfuração.

Menos estável que a sonda semi-submersível (SS).

Propulsão própria.

Pode ser ancorado ou dp.

É necessário compensador de movimentos.

CARACTERÍSTICAS :

Plataforma flutuante posicionada na locação por tendões verticais fixados no fundo do mar por estacas.

Raio de ancoragem nulo.

Não possui compensador de movimentos.

Utilizadas como uep´s com os poços equipados com árvore de natal seca.

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PLATAFORMA SPAR

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CARACTERÍSTICAS :

Plataforma flutuante de calado profundo.

O casco cilíndrico é ancorado no fundo do mar com sistema convencional ou tautleg. o raio de ancoragem depende do sistema utilizado.

Após a ancoragem a plataforma é montada sobre o casco.

As paredes do casco abrigam tanques de lastro e de consumíveis.

Não possui compensador de movimentos.

Utilizadas como uep´s com os poços equipados com árvore de natal seca.

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2- PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE UMA SONDA ROTATIVA

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BLOCO DE COROAMENTO (CROWN BLOCK)

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Bloco de Coroamento:

Conjunto de 5 a 7 polias fixas instalado no topo da torre.

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CATARINA (TRAVELLING BLOCK

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Catarina – Conjunto de polias móveis, em geral de 4 a 6.

Gancho – Sustenta a coluna de perfuração / Amortecer os choques no sistema de movimentação.

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ANCORA

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LOCALIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

CABEÇA DE INJEÇÃO (SWIVEL)

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Swivel – Liga as partes girantes as não girantes. Permite a entrada de fluido para o interior da coluna. Transmite o peso da coluna para o gancho.

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GUINCHO DE PERFURAÇÃO (DRAWWORK)

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Guincho de Perfuração – Também conhecido como quadro de manobra, é o centro do controle de energia de elevação da sonda.

Cabo de Perfuração – Transmitir esforços.

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3- MÉTODOS DE PERFURAÇÃO DE POÇOS

1- MESA ROTATIVA (ROTARY TABLE)

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Mesa Rotativa – Fornecer movimento rotacional a coluna de perfuração.

Apoiar a coluna de perfuração quando em manobra ou conexão.

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KELLY E BUCHA

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Bucha do Kelly – Elemento de conexão entre a mesa rotativa e a coluna de perfuração

Kelly – Haste quadrada ou hexagonal que transmite a rotação para coluna

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2- TOP DRIVE

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PERFURAÇÃO COM TOP DRIVE

É um método caro, porém muito eficiente. A perfuração é feita com um motor possante instalado no topo da coluna de perfuração (TOP DRIVE) elimina o uso da mesa rotativa e do Kelly. O sistema permite perfurar o poço de três em três tubos, ao invés de um em um quando a mesa rotativa é utilizada. Este sistema permite também que a retirada ou descida da coluna de perfuração, seja feita tanto com rotação como com circulação de fluido de perfuração pelo seu interior. Isto é extremamente importante em poços de alta inclinação ou horizontal.

VANTAGENS DO MÉTODO

Perfura por seção. Menor número de conexões. Facilita a retirada da coluna com

circulação e rotação. Desejável em poços horizontais

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4- SISTEMA DE CIRCULAÇÃO DE LAMA

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As principais finalidades do Sistema de Circulação de Fluidos são:

Manter o equilíbrio de pressão dentro do poço. Trazer até a superfície os cascalhos cortados pela broca. Criar um fino reboco nas paredes do poço.

PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS

Tanques de lama – Armazenar fluidos. Bombas de Lama Triplex – Fornecer energia ao fluido para este circular pelo

poço. Bombas centrífugas - Fazer o carregamento das bombas triplex, etc. Tubo bengala – Tubo rígido de 4”que conduz a lama até a mangueira de injeção. Mangueira de Injeção – Mangueira de 4” que recebe a lama e conduz até o

swivel. Swivel – responsável pela injeção da lama no interior da coluna de perfuração.

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4.1 - BOMBAS DE LAMA (MUD PUMP)

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LINHA DE SUCÇÃO

LINHA DE DESCARGA

PENEIRADE LAMA

TANQUE DE LAMA

JATOS DA BROCA

POÇO

ESPAÇO ANULAR

TUBO DE PERFURAÇÃO

LINHA DE RECALQUE KELLY

CABEÇA DE INJEÇÃO(SWIVEL)

MANGUEIRA DE LAMA TUBO BENGALA

BOMBA DE LAMA

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Numa circulação normal, o fluido faz o seguinte trajeto: Tanques /Bombas de lama/ tubo bengala/mangueira de injeção/ swivel/interior da coluna de perfuração e finalmente sai sob pressão nos jatos da broca.A este trajeto chamamos de “injeção”.

Daí o fluido retorna pelo espaço anular (espaço compreendido entre a parede do poço e a coluna de perfuração) até a superfície carreando os fragmentos de rocha cortados pela broca, a este chamamos de “retorno”

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Torre ou Mastro – Prover espaço para manobrar

A torre se divide-se em dois tipos principais :

Convencional – Estrutura em treliças que exigem montagens e desmontagens das vigas uma a uma, o que torna trabalhoso o DTM, mas os reparos são mais baratos pela substituição de peças isoladas, normalmente são usadas em sonda marítima.

Mastro – Estrutura que são montadas e desmontadas em seções, com isso o DTM é mais fácil e mais rápido, usado normalmente em sondas terre

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5- EQUIPAMENTOS DE SEGURANÇA DE CABEÇA DE POÇO (ESCP)

BOP (BLOW OUT PREVENTER)

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Bloco de coroamento (crown block)

Catarina (travelling block)

Gancho (hook)

Cabeça de injeção (swivel)

Guincho (drawwork)

Mesa rotativa (rotary table)

Mesa rotativa (rotary table)

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5.1 - PRINCIPAIS COMPONENTES DO BOP

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• Sua principal função é impedir que os fluidos das formações atinjam a superfície de maneira descontrolada

• O sinal de comando pode ser hidráulico, elétrico ou ótico

• Em SS e NS fica no fundo do mar e em SM, PA, TLP e SPAR fica na superfície

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6- PAINEL DO SONDADOR (Sistema de Monitoração)

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PREVENTOR ANULAR

• Fecha sobre qualquer diâmetro

• Não permanece fechado após retirada da pressãode acionamento

GAVETA DE TUBO

• Fecha contra o tubo sem cortá-lo

• Pode ser para um só diâmetro ou para um range de diâmetros

• Permanece travada após retirada da pressão de acionamento

GAVETA CEGA/CISALHANTE (BLIND/SHEAR RAM)

• Fecha contra o tubo e corta o mesmo

• Permanece fechada após a retirada da pressão de acionamento

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MONITORAMENTO DA PERFURÇÃO

Peso sobre a brocaRetorno de LamaCpm da bomba de lamaTotalizador de CPMVariação do volume de lamaVolume total de lamaVolume no Trip tanquePressão de BombeioCpm Torque ElétricoTorque na Chave FlutuantePeso sobre a brocaVolume total de lama

7 - EQUIPAMENTOS DE PERFURAÇÃO DE SUBSUPERFÍCIE:

7.1 - COLUNA DE PERFURAÇÃO

7.1.1- TUBO DE PERFURAÇÃO (DRILL PIPE)

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Os tubos de perfuração são de aço sem costura, tratados internamente com aplicação de resinas para diminuição do desgaste interno e corrosão, possuindo nas extremidades as conexões cônicas conhecidas como “toll joint ” que são soldadas ao seu corpo por um processo de soldagem por inércia. Constituem a parte mais longa da coluna, interliga o kelly ao B.H.A, comprimento variando entre 9 a 13 metros, e diâmetro externo 2 3/8” a 6 5/8”, possui ID (Inside Diameter – Diâmetro Interno) e OD (Out diameter – Diâmetro Externo).

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7.1.2-TUBOS PESADOS HW (HEAVY WEIGHT)

6.1.3 - COMANDO DE PERFURAÇÃO (DRILL COLLAR)

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Os HW são elementos de peso intermediário, entre os tubos de perfuração e os comandos. Sua principal função, além de transmitir o torque e permitir a passagem do fluido, é fazer uma transição mais gradual de rigidez entre os comandos e os tubos de perfuração. Eles são bastante utilizados em poços direcionais, como elemento auxiliar no fornecimento de peso sobre a broca, em substituição a alguns comandos.

O diâmetro nominal do HW variam de 3 1/2" a 5”, normalmente é utilizado na coluna, HW com o diâmetro igual aos do tubo de perfuração. Os HW são fabricados no range II e III, e podem ter aplicação de carbureto de tungstênio nos Tool Joints ou no reforço intermediário. Não há normalização para o desgaste do HW, então a resistência dos tubos usados deve ser avaliada pelo usuário.

São tubos de aço especial com parede espessa, para propiciar grande peso colocado logo acima da broca, devem ser dimensionados de modo a evitar que os tubos de perfuração trabalhem sob compressão. Os diâmetros externos variam se 3” até 11 ¼” e os diâmetros Internos de 1” a 4 ¼”, o comprimento de cada comando varia entre 9 e 10 metros.

A principal função dos comandos é fornecer peso sobre a broca. Como parte integrante da coluna os comandos devem transmitir o torque e a rotação a broca, bem como permitir a passagem de fluidos. Para fornecer peso sobre broca os comandos são tubos de parede espessa. Os comandos são liga de aço cromo molibdênio forjados e usinados no diâmetro externo, sendo o diâmetro interno perfurado à trépano. A escala de dureza dos comandos varia de 285 a 341 BHN. São fabricados no range de 30 a32 pés, podendo em casos especiais ter de 42 a 43,5 pés.

A conexão é usinada no próprio tubo e protegida por uma camada fosfatada na superfície, ao contrário dos tubos de perfuração as conexões são as partes mais frágeis dos comandos. Os comandos podem ser lisos ou espiralados. Os comandos espiralados têm uma redução de cerca de 4% no seu peso, mas graças a sua redução na área de contato lateral os comandos espiralados têm menos propensão à prisão por diferencial, sendo por isso preferido.

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7.1.4 - ACESSÓRIOS DA COLUNA DE PERFURAÇÃO

1- ESTABILIZADORES

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2- ESCAREADORES

3- ALARGADORES

7.1.5 -BROCA TRICÔNICA DE DENTES DE AÇO

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Rolamentos• Selados• Não selados

Mancal• Journal• De roletes

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BROCA TRICÔNICA DE INSERTOS DE CARBONETO DE TUNGSTÊNIO

BROCA DE PDC (DIAMANTE SINTÉTICO)

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Rolamentos• Selados• Não selados

Mancal• Journal• De roletes

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BROCA DE DIAMANTE NATURAL

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8 - ELEMENTOS AUXILIARES(ferramentas de manuseio da coluna )

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CHAVES FLUTUANTES

As chaves flutuantes são mantidas suspensas na plataforma através de um sistema de cabo de aço, polia e contrapeso. São duas chaves que permitem dar o torque de aperto ou desaperto nas uniões dos elementos tubulares da coluna, são providas de mordentes intercambiáveis, responsáveis pela fixação das chaves à coluna.

IRON ROUGHNECK

Hoje em dia em algumas plataformas existe o Iron Roughneck, que é capaz de executar automaticamente os serviços dos plataformistas durante as conexões e desconexões.

Existe também o Eazy-Torq o qual permite o desenvolvimento de altos valores de torque, os quais podem ser utilizados até para apertar ou desapertar as conexões dos comandos.

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Alguns outros elementos auxiliares que se pode citar são:

Chave de Broca - Para permitir enroscar e desenroscar a broca da coluna Limpador de Tubo - Para limpar a coluna do fluido de perfuração Chave de Corrente - Para enroscar e desenroscar os elementos da coluna Puxador de Chave - Para manusear mais rapidamente a chave flutuante

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CUNHAS

As cunhas são os equipamentos que servem para apoiar totalmente a coluna de perfuração na plataforma. São providas de mordentes intercambiáveis e se encaixam entre a tubulação e a bucha da mesa rotativa. Existem tipos diferentes para tubos de perfuração e comandos.

COLAR DE SEGURANÇA

Equipamento de segurança colocado nos comandos que não possuem rebaixamento para a cunha. Sua a finalidade é prover um batente para a cunha, no caso de escorregamento do comando.

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9 - NOÇÕES DE FLUIDO DE PERFURAÇÃO (LAMA)

FUNÇÕES

Contem a parede do poço e os fluidos das formações.

Transporta os cascalhos gerados pela perfuração até a superfície promovendo a limpeza do poço.

Lubrifica a coluna diminuindo o torque.

Refrigera a broca.

Suas propriedades são monitoradas o tempo todo.

Base água / base óleo.

“ É culpa da lama “ - chavão utilizado sempre que há algum problema durante a perfuração e, de certa forma, ilustra a importância do fluido de perfuração no sucesso do

empreendimento.

9.1 - NOÇÕES DE KICK

É a invasão dos fluidos da formação para dentro do poço.

Ocorre quando a hidrostática do fluido de perfuração fic menor que a pressão do reservatório.

A condição acima pode ser provocada por :

Perfuração não prevista de zonas com pressao anormalmente alta.

Lama cortada por gás.

Não abastecimento do poço durante as manobras (trip tank).

Pistoneio.

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9.2 - INDÍCIOS DE KICK

Poço em fluxo com as bombas desligadas.

Aumento do volume de lama nos tanques.

Aumento da taxa de penetração.

Aumento da velocidade das bombas.

10 - PERFURAÇÃO EM ÁGUAS PROFUNDAS BACIA DE CAMPOS

PERFURAÇÃO DE UM POÇO

INÍCIO DE POÇO

• O início de poço depende do tipo de plataforma.

• Em SS e NS o início é igual.

• Em SM e PA o início é semelhante.

• Em sonda terrestre, o início é diferente de SS, NS, SM e PA.

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• Os dois tipos de ínício de poço que serão mostrados são os utilizados em SS e NS.

INÍCIO DE POÇO:

10.1 - SISTEMA COM CABO-GUIA

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RETIRADA DA COLUNA DE ASSENTAMENTO DA BUT

PERFURAÇÃO DA FASE 1 (36”)

DESCIDA DO REVESTIMENTODE 30” E BGP

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DESCIDA DO REVESTIMENTO DE 30” E BGP

PERFURAÇÃO DA FASE 26”

PERFURAÇÃO DAFASE DE 26”SEM RETORNOPARA A SUPERFÍCIE

DESCIDA DO REVESTIMENTODE 20”

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CABEÇA DE POÇOGL ANTES DA DESCIDA DO BOP

BOP É DESCIDOE ENCAIXADO NO HOUSINGDE ALTA PRESSÃO

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• INÍCIO DE POÇO:

10.2 - SISTEMA SEM CABO-GUIA

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BAJA / CONDUTOR 30”E BHA DE JATEAMENTO

DESCIDA DA BAJA/CONDUTOR 30”E BHA DE JATEAMENTO

JATEAMENTO DOREVESTIMENTO DE 30”ATÉ ASSENTAMENTO DA BAJA NO FUNDO DO MAR

PERFURAÇÃO DAFASE DE 26” SEMRETORNO PARA A SUPERFÍCIE

RETIRADA DA COLUNA DE JATEAMENTO

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ASSENTAMENTO E CIMENTAÇÃO DO REVESTIMENTO DE 20”

CABEÇA DE POÇOGLL ANTES DADESCIDA DO BOP

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BOP É DESCIDO E ASSENTADO NO HOUSING DEALTA PRESSÃO

APÓS A DESCIDADO BOP,A PLATAFORMAFICA CONECTADAAO POÇO

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SEQÜENCIA OPERACIONAL DE PERFURAÇÃO APÓS A DESCIDADO BOP.

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Teste do BOP - um “test plug” é descido para isolar o poço da pressão aplicada durante o teste.

Descida broca de 17 1/2” para perfurar a fase 3. São colhidas amostras na superfície dos cascalhos retornados, cuja análise permite a identificação do tipo de rocha que está sendo perfurada

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TREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFPTREINAMENTO DE TÉCNICOS DE OPERAÇÃO - MFP

• Descida e cimentação do revestimento de 13 3/8”.

• Novo teste do BOP.

• Troca do fluido do poço por fluido “drill-in” - para evitar quaisquer danos à Zona Produtora.

• Descida broca de 12 1/4” para perfurar a fase 4.

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11 - NOÇÕES SOBRE PERFILAGEM (1)

• Operações que visam obter informações do poço, das Formações e dos fluidos nelas contidos.

• Geralmente as ferramentas são descidas a cabo.

• As informações são baseadas em características das rochas e dos fluidos, entre outras:

• Radioatividade• Densidade• Resistividade elétrica• Velocidade da propagação do som

• As principais informações fornecidas pelos perfis são:

• Calibre do poço (cáliper)

• Tipo da rocha (arenito, calcáreo, folhelho, etc)

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• PERFILAGEM

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• Porosidade da rocha

• Tipo de fluido (óleo, água, gás)

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• Descida e cimentação do revestimento de 9 5/8”.

• Execução de tampões de abandono de fundo e de superfície no interior do revestimento de 9 5/8”.

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SEQÜENCIA OPERACIONAL DE PERFURAÇÃO (9)

• Alguns poços exigem mais uma fase para atingir o objetivo, devido a ser muito profundo, por problemas operacionais ocorridos durante a perfuração ou mesmo definido a priori, pela utilização futura prevista para ele. Nesse caso, procede-se como à seguir:

• Descida broca de 8 1/2” para perfurar a fase 5.

• Perfilagem final.

• Descida e cimentação do “liner” de 7”.

12 - OPERAÇÕES NA PERFURAÇÃO DE UM POÇO

Uma vez determinada a locação pela geologia, tem início a preparação para a perfuração. Depois de preparado o terreno, construída a base ou fundação, transportada e montada a sonda (no caso de terra), deslocada a plataforma e posicionada no local a ser perfurado (no caso de mar), tem início a perfuração propriamente dita.

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• Retirada do BOP e descida da capa de abandono.

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Todo o trabalho de perfuração é realizado baseado em um programa de perfuração previamente elaborado.

INÍCIO DO POÇO

Antes que as operações de uma sonda se tornem rotina, o poço deve ser começado. Uma das formas de iniciar é fixar um condutor a uma determinada profundidade, que varia de 3 a 20 m, em poços terrestres e de 15 a 100m em poços marítimos. Este condutor pode ser cravado com o auxílio de um bate-estacas ou pode ser cimentado num furo feito da maneira usual, isto é, usando-se a haste hexagonal e a mesa rotativa.

As formações superficiais são geralmente, fáceis de serem perfuradas. O poço é preparado, sendo assentado o revestimento de superfícies e cimentado, antes que as formações mais duras e resistentes sejam atingidas.

Uma vez começado o poço, é instalado o equipamento de prevenção de erupções descontroladas, B.O.P. (“Blow Out Preventer”).

Quando é alcançada a profundidade programada para o fim poço e o óleo não é encontrado, o mesmo é abandonado mediante a colocação de um ou vários tampões de cimento, e a sonda desmontada.

Quando o petróleo é encontrado, passa-se ao serviço de completação do poço, que consiste em prepará-lo para a produção.

A completação do poço começa com a descida e cimentação do revestimento de produção. Os tubos de perfuração podem sofrer a ação de pressões elevadas, sendo, por isso, tubos muito resistentes.

O tipo de completação a ser executada em um poço depende da natureza e características do reservatório, da qualidade das formações atravessadas e do potencial econômico do poço.

Construir um poço, consiste basicamente em : Perfurar, Revestir e Cimentar cada fasse.

As operações podem ser : Rotineiras, Específicas e Especiais.

12.1 - OPERAÇÕES ROTINEIRAS OU NORMAIS

Perfuração, Conexão; Circulação; Manobra.

12.2 - OPERAÇÕES ESPECÍFICAS

Descida de Revestimento Cimentação Perfilagem

COLUNAS DE REVESTIMENTO

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CIMENTAÇÃO DE POÇOS DE PETRÓLEO

UNIDADE CIMENTADORA

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PERFILAGEM

UNIDADE DE PERFILAGEM

12.3 - OPERAÇÕES ESPECIAIS

Testemunhagem; Pescaria; Perfuração direcional; Controle de Kick Teste de Formação

São aquelas utilizadas com finalidade especial, podendo ou não ocorrer na perfuração de um poço.

Podem ser subdivididas em:

a) Normais (testemunhagem, teste de formação);b) Anormais (pescaria, desvio de poço, controle de kicks, combate a perda de

circulação, etc..)

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Dentre os diversos perfis disponíveis são empregados os abaixo.

a) elétricob) induçãoc) sônicod) radioativos

As principais informações fornecidas pelos perfis são:

• Calibre do poço (cáliper)

• Tipo da rocha (arenito, calcáreo, folhelho, etc)

• Porosidade da rocha

• Tipo de fluido (óleo, água, gás)

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TESTEMUNHAGEM

PESCARIA

É o termo que identifica todas as operações concernentes à recuperação ou retirada de ferramentas aprisionadas ou caídas no poço ou de objetos outros caídos e que não são facilmente destrutíveis. A ferramenta ou objeto que deve ser retirado do poço recebe o nome de peixe. Parte da coluna, brocas, cones de brocas, acessórios de perfuração de um modo geral, ou outro qualquer objeto ou equipamento preso ou caído no poço são os peixes, e sua retirada requer operações de pescaria. A pescaria é sempre uma operação indesejável em um poço de óleo. Além de trazer conseqüências desastrosas à perfuração, quer no atraso do poço, na deterioração de suas condições mecânicas e nos danos aos equipamentos da sonda, é caríssimo e afeta consideravelmente o orçamento do poço.

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Consiste básicamente de um Equipamento próprio de testemunhagem, denominado barrilete testemunhador composto de uma broca especial, chamada “coroa de testemunhagem” que corta um pedaço de rocha em forma cilíndrica, que é retirado por um apanhador; equipamento destinado a reter o testemunho cortado dentro de um tubo interno, fino chamado” barrilete interno” que, por sua vez, vai dentro de outro tubo, este grosso e robusto, chamado barrilete externo. Este equipamento é descido até o fundo do poço, com o auxílio da coluna de perfuração. Atualmente, em perfuração de petróleo, só se testemunha poço de uma única maneira; pelo método rotativo, no qual a broca de testemunhagem e o barrilete são conectados à coluna de perfuração e baixados sobre a formação a ser testemunhada, que vai sendo cortada pelo movimento rotativo da coluna

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Técnicas de pescaria

Conhecimento da ferramenta de pescaria; Qualidades pessoais Conhecimento da técnica de perfuração Conhecimento do peixe Características do poço.

Causas Gerais de pescaria

Deficiência do material; Faltas profissionais; Condições desfavoráveis ao trabalho

Tipos de pescaria

Pescaria de objetos pequenos:

Causas – Negligência humana, operações com aparelhos de subsuperfície.Ferramentas – Pescador magnético, Sub cesta, Cesta de circulação reversa.

Pescaria de brocas e suas partes :

Causas – Perfurar com broca desgastada, inabilidade do sondador, excesso de peso sobre a broca;Ferramentas – As mesmas acima.

Pescaria de coluna de perfuração

Causas – Queda da coluna, Ruptura da coluna, Prisão da coluna.Ferramentas – “Taper tap”, “Over shot”, “Spear”.

Ferramentas Auxiliares de Pescaria

Tem por finalidade propiciar melhores condições de trabalho, segurança, etc..

Junta de segurança (“safety joints”) Bumper sub Percussores (Jars ) Junta articulada (“Knuckle joints”)

PERFURAÇÃO DIRECIONAL

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É o poço cujo curso é intencional, consciente e, tecnicamente, dirigido. Várias são as finalidades de uma perfuração direcional e, dentre as mais comuns, podemos citar:

- Contornar obstruções, como, por exemplo, ferramentas perdidas.

- Trazer para a vertical os poços normais, que por uma anomalia qualquer, inclinaram-se demasiadamente.

- Perfurar poços sobre locações onde a instalação de uma sonda é difícil e inconveniente pelo alto custo das fundações necessárias

- Para desviar poços, de maneira a atingir o ponto mais favorável da jazida.

- Como medida econômica de reunir-se num só local vários poços que, não obstante, serem locados na superfície, próximos uns aos outros, são dirigidos para atingir a zona produtora, seguindo os espaçamentos mais convenientes para uma adequada drenagem do reservatório.

- Para combater erupções descontroladas, seguidas ou não de incêndio.

A perfuração direcional ou dirigida constitui uma técnica especializada e, como tal, requer o concurso de especialistas para que seja executada com propriedade.

Basicamente existem 3 tipos de poços direcionais:

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Jateamento- Whipstock

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Tipo I – KOP a pequena profundidade, depois de atingir a direção e inclinação desejada segue reto até o alvo.

Tipo II – KOP a pequena profundidade, depois ganho de ângulo, pode existir um trecho reto ( slant), depois perde ângulo, podendo voltar para vertical, prossegue reto até o objetivo.

Tipo III – KOP profundo e o ganho de ângulo é mantido até atingir o objetivo.

Equipamentos para execução

Motor de fundo

Bent sub

k-monel

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CONTROLE DE KICKS

O kick é a invasão do poço por qualquer fluido da formação. a) Causas do kick: ( Pressão poço < Pressão Formação )

Densidade do fluido insuficiente;

Abastecimento incorreto do poço durante a retirada da coluna de perfuração; O volume de aço retirado deve ser substituído por um volume equivalente de lama

Perda de circulação; O decréscimo de pressão hidrostática criado por perda de fluido de perfuração e conseqüente perda de nível permite a entrada de fluidos da formação para o poço.

Pistoneio; Quando se retira a coluna de perfuração do poço com muita velocidade, são criadas pressões negativas, que reduzem a Ph efetiva abaixo da broca.

Gás dos cascalhos perfurados;

b) Indícios de Kick

Aumento do ciclo das bombas de lama; Aumento do volume nos tanques de lama; Aumento da vazão de retorno; Fluxo de lama com as bombas paradas;

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Instrumentos para registro

Magnetic Single Shot – É lançado da superfície e aloja-se no K-monel e registra numa única foto da direção e inclinação do poço.

Magnetic MultiShot - Registra um número grande de fotos , por possuir um pequeno filme fotográfico , é decido pelo interior da

coluna até alojar-se no k-monel.

Giroscópio – substitui a bússola é utilizado

em situações onde existe interferências

magnéticas, como é o caso de poços revestidos.

Steering Tool – Um cabo elétrico transmite as informações desejadas durante a fase em que um motor de fundo ou turbina é utilizado.

MDW (measurement while drilling) - faz o registro contínuo da inclinação e direção do

poço através da lama de perfuração

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Diminuição da pressão de bombeio e aumento da velocidade das bombas.

c) Métodos de Controle de kick

Qualquer que seja o método de controle de kick utilizado, dois objetivos devem ser atingidos: A expulsão do fluido invasor e a substituição da lama existente no poço por lama de peso específico adequado para conter a pressão da formação que originou o influxo.

1) Método do Sondador (Driller’s Method)

Primeiramente expulsa o fluido invasor usando a lama original, em seguida bombeia lama nova até encher o poço.

2) Método do Engenheiro ( Weight and weight Method )

A circulação do fluido invasor é feita com a lama nova. Isto é após proceder-se o aumento do peso específico.

3) Método Simultâneo

Consiste no aumento gradual e progressivo do peso específico da lama e em paralelo a expulsão do fluido invasor, até que seja atingido o peso da lama nova adequada para o controle da formação que provocou o kick.

TESTE DE FORMAÇÃO

O teste de formação é um método de avaliação das formações que equivale a uma completação provisória que se faz no poço. O teste de formação consiste basicamente em:

Isolar o intervalo a ser testado através de um ou mais obturadores; Estabelecer um diferencial de pressão entre a formação e o interior do poço. Promover, através da válvula de fundo, períodos intercalados de fluxo ( com

medições das vazões de produção na superfície, se for o caso) e da estática;e Registrar continuamente as pressões de fundo em função do tempo durante o

teste. A análise dos dados coletados durante um teste de pressão possibilita avaliar o potencial produtivo da formação testada.

Uma coluna de teste de formação é composta de um conjunto de ferramentas, escolhido em função do tipo de sonda ( Flutuante, posicionamento dinâmico, fixa etc.) das condições mecânicas do poço ( aberto, revestido, direcional, profundidade do intervalo a ser testado, etc.) e dos objetivos do teste.

A composição básica de uma coluna de teste é:

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1- Registrador de pressão acima da válvula: Idêntico aos outros registradores, registra a pressão acima da válvula de fundo.

2- Válvula de circulação reversa ( Circulação no sentido do anular para o interior da coluna ). Quando aberta no final do teste conecta o anular com o interior da coluna de tubos, permitindo a remoção dos fluidos produzidos durante o teste.

3-Tubulação: Coluna de tubos até a superfície.

ÁGUA

GÁS

ÓLEO

VÁLVULADE TESTE

P & T PACKER

VÁLVULA DECIRCULAÇÃO

AMOSTRADOR

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4-Registrador mecânico de pressão externo: É capaz de registra continuamente a pressão em função do tempo. O registrador é dito externo por registrar somente a pressão externa à coluna de teste.

5-Tubos Perfurados: Permite a passagem dos fluidos das formações para dentro da tubulação

6-Obturabor ( Packer ): Quando assentado, suas borrachas vedam o espaço anular, isolando a formação da pressão hidrostática do fluido de amortecimento contido no anular.

7-Registrador de pressão interna inferior: É idêntico ao registrador externo, registrando porém as pressões por dentro da coluna de teste, abaixo da válvula testadora.

8-Conjunto de válvulas: Operadas da superfície, permitem a abertura ou fechamento da coluna de teste. Durante a descida da coluna a válvula de fundo evita a entrada de fluido na coluna de teste.

9-Registrador de pressão acima da válvula: Idêntico aos outros registradores, registra a pressão acima da válvula de fundo.

10-Válvula de circulação reversa ( Circulação no sentido do anular para o interior da coluna ). Quando aberta no final do teste conecta o anular com o interior da coluna de tubos, permitindo a remoção dos fluidos produzidos durante o teste.

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CONFIGURAÇÃO FINAL DE UM POÇO TÍPICO DA BACIA DE CAMPOS

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OBS:

1) Os equipamentos mais comuns instalados na superfície são: Cabeça de teste, linhas de surgência, choke manifold, separador de teste, tanque de aferição e queimadores.

2) Em certos casos, utiliza-se um colchão acima da válvula (de água, óleo diesel, nitrogênio, etc. ) cuja pressão fará reduzir o impacto pela diferença da pressão entre a formação e o interior da coluna, quando da abertura da válvula de fundo. O colchão evita colapso da coluna e do revestimento, danos às borrachas do obturador, dano à formação, produção de areia, etc.

3) O sopro, deslocamento de ar para fora da coluna devido ao crescimento de coluna de fluido dentro da tubulação, é o indicativo da abertura da válvula e fornece informação quantitativa da vazão.

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TIPOS DE POÇOS

POÇO DIRECIONAL - VISTA ESPACIAL

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13 - EQUIPAMENTOS AUXILIARES DA PERFURAÇÃO NO MAR

É praticamente impossível se perfurar no mar, sem os seguintes equipamentos:

a) Compensador de Movimentos (Motion Compesator) – Para compensar o movimento de “heave”, tão inconvenientes na perfuração. A unidade hidráulico-pneumática.

b) Tencionador de Riser- Mantém o riser sob tensão. Há outros tipos de tencionadores para junta telescópica, cabos guia e cabos da TV.

c) Equipamentos de manuseio de tubos – É de grande importância numa unidade flutuante, para conexão de tubos.

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14 - CLASSIFICAÇÃO DOS POÇOS DE PETRÓLEO

Quanto a finalidade

Exploratórios: São aquelas que visam a descoberta de novos campos ou jazidas de petróleo, as avaliações de suas reservas ou as coletas de dados.

(1) Pioneiro: São perfurados com a finalidade de se descobrir novo campo de petróleo.

(2) Estratigráficos: São os que são perfurados visando a obtenção de dados estratigráficos

(3) Extensão: São perfurados fora dos limites provados de uma jazida visando ampliá-la ou delimitá-la.

(4) Pioneiro Adjacente: Perfurado com finalidade de descobrir nova jazida adjacente ao campo já descoberto.

(5) Jazidas mais rasas: Perfurado visando a descoberta de uma jazida mais rasa do que aquele campo.

(6) Jazidas mais profundas: Perfurado visando a descoberta de uma jazida mais profunda do que aquele campo.

Explotatório: São perfurados para se extrair o petróleo da rocha reservatório.

(7) Produção: Perfurado visando a drenagem econômica do reservatório.

(8) Injeção: Perfurados com objetivo de injetar fluidos na rocha reservatório para auxiliar a recuperação do petróleo.

(9) Especiais: Todo poço perfurado com objetivo específico que não seja produção de petróleo e que não se enquadrem nas anteriores (ex.: Para combate a Blow out, Produção de água)

Quanto a profundidade

Raso – Poço com a Profundidade final menor que 1.500 m.

Médio – Poço com Profundidade final entre 1.500 a 2.500 m.

Profundos – Poço com a Profundidade final maior que 2.500 m.

Quanto ao percurso

Vertical – Quando a sonda e o objetivo se encontram sob a mesma reta vertical.

Direcional – Quando a sonda não está na mesma reta vertical do objetivo.

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15 - NOMENCLATURA DE UM POÇO DE PETRÓLEO

12.1 – Em terra

N1 – LLL – N2 – U.F.

12.2 – No mar

12.2.1 – Pioneiro ou estratigráfico

N1 – U.F. + “S” – N2

12.2.2 – Outros

N1 – LLL – N2 – U.F. + “S”

Sendo:

N1 – Finalidade do poço.LLL – 2 a 4 letras como abreviatura do campo.N2 – Ordem cronológica de liberação para perfuração do poço.U.F. – Unidade da Federação onde está sendo perfurado o poço

Obs 1 : Se o poço for direcional acrescenta-se a letra “D” depois de N2

Obs 2 : Se o poço for repetido será colocado as letras “A” para a primeira repetição “B” para segunda “C” para terceira, “E” para quarta e assim por diante.

Ex:

7 – MG – 50-BA - Poço de desenvolvimento da Produção

Campo de Miranga Quinquagésimo poço Local Bahia

3 – TUB – 1 - PRS Poço de extensão Campo de Tubarão Primeiro poço Local Paraná ( Submarino )

1 – TBO – 1E – SE Poço pioneiro Campo de Timbó Quarta tentativa de se perfurar o primeiro poço no campo. Local Sergipe 1 – RJS – 245 Poço Pioneiro Ducentésimo quadragésimo quinto poço Local Rio de Janeiro (submarino)

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