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A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 256 - Dezembro / 2014 CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90 Primeira governadora eleita de Roraima, Suely Campos (PP) garante que sua gestão vai ouvir o povo para que suas ações estejam em conformidade com as prioridades apontadas durante a campanha GESTÃO POPULAR

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Nossa matéria de capa mostra um pouco do plano de governo de Suely Campos (PP), governadora eleita de Roraima e única mulher que comandará um Executivo estadual nos próximos quatro anos.

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A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 256 - Dezembro / 2014CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

Primeira governadora eleita de Roraima, Suely

Campos (PP) garante que sua gestão vai ouvir

o povo para que suas ações estejam em

conformidade com as prioridades apontadas

durante a campanha

GESTÃOPOPULAR

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Não dá para adivinhar como será o futuro.Mas o Malote dos Correios já está preparado para ele.

Por trás de cada Malote dos Correios, existe a tecnologia necessária para que suas remessas cheguem sempre com segurança e agilidade. Tecnologia que permite, inclusive, que você gerencie seus malotes pela internet, acompanhando ou alterando percursos e muito mais. Os Correios fornecem os malotes gratuitamente, em material impermeável e ecologicamente correto, para que sua empresa mande documentos, amostras e outros objetos para fi liais e representantes em todo o Brasil.

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Não dá para adivinhar como será o futuro.Mas o Malote dos Correios já está preparado para ele.

Por trás de cada Malote dos Correios, existe a tecnologia necessária para que suas remessas cheguem sempre com segurança e agilidade. Tecnologia que permite, inclusive, que você gerencie seus malotes pela internet, acompanhando ou alterando percursos e muito mais. Os Correios fornecem os malotes gratuitamente, em material impermeável e ecologicamente correto, para que sua empresa mande documentos, amostras e outros objetos para fi liais e representantes em todo o Brasil.

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Leitor

Depois de atuar como deputada federal, secretária de Trabalho e Bem-Estar Social e vice-prefeita de Boa Vista, Suely Campos assume o cargo máximo do Executivo esta-dual. Ela será a primeira governadora do Estado de Rorai-ma e a única mulher eleita para comandar uma unidade da Federação nas eleições de outubro.

Suely Campos sabe que a tarefa será árdua. Mas tam-bém sabe que contará com o apoio da população que a elegeu com quase 55% dos votos válidos. Aliás, gover-nar com a população através da participação popular é um compromisso de campanha assumido pela governadora.

“Temos o mapeamento das principais necessidades do estado e um plano de governo amplo para desenvolver Ro-raima, mas vamos ouvir o povo para que as nossas ações estejam em conformidade com as prioridades apontadas. É assim que governarei”, ressalta Suely.

Nossa matéria de capa mostra um pouco do seu plano de governo, que prevê a retomada do desenvolvimento, a modernização da gestão, a valorização do servidor, a me-lhoria na qualidade das escolas públicas, a educação em tempo integral, a recuperação e modernização do sistema de saúde, entre outros pontos.

Para superar o déficit habitacional, Suely já anunciou que construirá novos conjuntos habitacionais no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida e trará de volta o proje-to Bem Morar, com a execução da obra no mesmo terreno em que as famílias beneficiadas moram, trocando moradias precárias por casas de alvenaria.

Para tanto, Suely Campos pretende unir a bancada fe-deral em busca de recursos financeiros e conquistar o apoio da presidente Dilma Rousseff, para recolocar Roraima no caminho do desenvolvimento. “Enfrentaremos todas as difi-culdades com coragem, empenho, dedicação e amor pelas pessoas”, ressalta.

&EstadosMunicípios

O Editor

Editor GeralGuilherme Gomes - SJP-DF 1457

JurídicoEdson Pereira Neves

Diretora ComercialCarla Alessandra dos S. Ferreira

ColaboradoresClovis Souza / Gerson Matos

Mauricio Cardoso / Rangel Cavalcante Renato Riella / Mateus Pêra de Souza

DiagramaçãoAndré Augusto Dias

Agências de NotíciasBrasil / Senado / Câmara

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PARCEIROS

Região NorteMeio & Mídia Comunicação Ltda

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Tiragem 36 mil exemplares

As colunas e matérias assinadas não serão remuneradas e o texto é de exclusiva responsabilidade de seus autores

Sua revista de gestão, política e empreendedorismo

Primeira governadora de Roraima

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A REVISTA DE GESTÃO PÚBLICA MAIS LIDA DO BRASIL E MERCOSUL Ano 28 - n° 256 - Dezembro / 2014CIRCULAÇÃO NACIONAL - R$ 9,90

Primeira governadora eleita de Roraima, Suely

Campos (PP) garante que sua gestão vai ouvir

o povo para que suas ações estejam em

conformidade com as prioridades apontadas

durante a campanha

GESTÃOPOPULAR

CAPANossa matéria de capa mostra um pouco do plano de governo de

Suely Campos (PP), governadora eleita de Roraima e única mulher que comandará um Executivo estadual nos próximos quatro anos. Entre outros pontos, seu plano prevê a retomada do desenvolvimento, a modernização da gestão, a valorização do servidor, a melhoria da qualidade das escolas públicas, a recuperação e modernização do sistema de saúde. Tudo isso com uma gestão participativa.

28 | DIRETO DE BRASÍLIA Renato Riella

42 | MÍDIA Pedro Abelha

56 | CASOS & CAUSOS Rangel Cavalcante

índiceEdição 256 - Dezembro / 2014

colu

nas

10 PolíticaDisputa acirrada pela presidência da Câmara 10Senadora cobra agilidade no Linhão de Tucuruí 11TSE aprova contas de campanha de Dilma 12Roseana Sarney renuncia ao governo do Maranhão 13

14 NacionalExportações cresceram em 13 estados 14Aprovação do governo volta a crescer 16TCU deve intensifi car fi scalização do setor público 17

20 EstadosDespesa com funcionalismo público está no limite 20Governador apresenta balanço de oito anos 22Novo cenário energético no Rio Grande do Sul 23

24 MunicípiosRibeirão Preto melhora indicadores de violência 24Jaciara vai comandar Consórcio de Saúde 25Planejamento suspende transferências voluntárias 26Sumaré prepara Plano Municipal de Educação 27

30 AcessibilidadeGuia de Turismo em versão portátil 30

31 Direitos HumanosMemórias da Ditadura 31

32 GestãoParceria no combate à corrupção 32Distrito Federal concorre ao Prêmio Gobernart 33Iniciativas inovadoras no uso dos recursos hídricos 34Plano Nacional protege tubarões e raias marinhas 35

36 SocialIncra seleciona projetos de infraestrutura 36

37 NegócioProdutos indígenas receberão selo de procedência 37

38 EconomiaO promissor mercado do bambu brasileiro 38PAC 2 aumentou parque energético 39

40 Câmaras & AssembléiasCâmara de Goiânia vai se aproximar da comunidade 40CCJ cria Fundo dos Municípios 41

44 MobilizaçãoResgate do Rio Carioca 44

46 SaúdeRedes sociais no combate à Aids 46

47 AgriculturaTocantins ganha terreno na produção de grãos 47

48 ConsumidorFundo de compensação benefi ciará consumidor 48

50 EnergiaPetrobras já está operando na Abreu e Lima 50

51 InovaçãoEconomia na compra de combustível 51

52 TurismoRegião dos Lagos : A Costa do Sol 52

58 artigoOs planos de saúde vão sobreviver a 2015? 58

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6 E s t a d o s & M u n i c í p i o s6 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

Suely Campos é a única governadora do país

Menor colégio eleitoral do país, o Estado de Rorai-ma elegeu sua primeira governadora e a única mulher a comandar uma unidade da Federação nas eleições de 2014. Suely Campos foi eleita com 54,85% dos votos válidos, superando o atual governador Chico Ro-drigues (PSB), candidato à reeleição, que teve 45,15% dos votos.

A vitória dessa roraimense de 61 anos foi deli-neada desde o lançamento de sua candidatura, em substituição ao seu marido, o ex-governador Neudo Campos (PP), e mostrou a força da oposição, que derrotou a aliança da máquina do governo, da pre-feitura da capital (Boa Vista) e de mais 11 prefeitos dos 14 dos municípios do interior. Foi a primeira vez que uma candidatura de oposição venceu a chapa governista.

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A eleição de Suely Campos consolidou ainda o desejo de mu-dança do povo roraimense, que sofre com as ma-zelas de um es-tado endividado, com crise sem pre-cedentes na saú-

de, na educação e na segurança e que não oferece oportunidades de emprego e renda.

“O povo roraimense deu exemplo de maturida-de ao Brasil ao eleger a única mulher para governar um estado nas eleições de 2014. Honrarei a confian-ça depositada em mim e que me fizeram, com muito orgulho, a primeira governadora da história do nosso estado. Governar a terra que amo e na qual nasci é uma imensa responsabilidade”, frisou Suely.

Desafi o

Ao ser diplomada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), a governadora eleita disse que o maior desafio no início do mandato é enfrentar a dívida, que ultrapassa dois bilhões de reais, contraída por seu anteces-sor, José de Anchieta Júnior (PSDB), que deixou o cargo em abril para concorrer a uma vaga para

o Senado, mas foi derrotado pelo vereador Tel-mário Mota (PDT).

O compromentimento do orçamento com dívi-das e com a folha de pagamento, que chega a 80% em alguns segmentos, se agrava com o sucateamento do estado em todas as áreas. Os prédios públicos es-tão caindo aos pedaços. A saúde e a educação estão com situação de emergência decretada e o sistema pri-sional está destruído, com fugas de presos constantes. “Enfrentaremos essas dificuldades com coragem, empe-nho, dedicação e amor pelas pessoas. A expectativa é de um bom trabalho na educação. Vamos dar um salto na saúde e na produção para gerar emprego e renda. Faremos um governo honesto, eficiente e próximo do povo”, enfatizou a governadora eleita.

Mobilização

Suely Campos pretende unir a bancada fede-ral em busca de recursos financeiros e conquistar o apoio da presidente Dilma Rousseff para recolocar Roraima no caminho do desenvolvimento.

“O meu governo não será isolado. Quero a par-ticipação de cada um para fazer o setor produtivo crescer e investir no trabalho social. Para isso, vamos nos articular com produtores e com a sociedade, além de dialogar com os servidores de todos os seg-mentos”, acrescentou.

Durante a solenidade de diplomação, Suely Campos ressaltou o papel da mulher na política, la-

de Suely Campos consolidou ainda o desejo de mu-dança do povo roraimense, que sofre com as ma-sofre com as ma-zelas de um es-tado endividado, com crise sem pre-cedentes na saú-

de, na educação e na segurança e que não oferece oportunidades de emprego e renda.

“O povo roraimense deu exemplo de maturida-de ao Brasil ao eleger a única mulher para governar um estado nas eleições de 2014. Honrarei a confian-ça depositada em mim e que me fizeram, com muito orgulho, a primeira governadora da história do nosso estado. Governar a terra que amo e na qual nasci é uma imensa responsabilidade”, frisou Suely.

Desafi o

Ao ser diplomada pelo Tribunal Regional Eleitoral de Roraima (TRE-RR), a governadora eleita disse que o maior desafio no início do mandato é enfrentar a dívida, que ultrapassa dois bilhões de reais, contraída por seu anteces-sor, José de Anchieta Júnior (PSDB), que deixou o cargo em abril para concorrer a uma vaga para

Eleita com 54,85% dos votos válidos, sua meta é recolocar Roraima no caminho do desenvolvimento

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mentou que a participação feminina ainda seja pe-quena e afirmou que esse movimento precisa avan-çar. “Quero representar cada mulher roraimense, com muita honra”, frisou a governadora, que tem experiência no Executivo e no Legislativo. Ela foi vice-prefeita da capital roraimense, Boa Vista, e de-putada federal.

Governo participativo

A participação popular é um compromisso de campanha da governadora eleita para aproximar a população das decisões de políticas públicas.

“Temos o mapeamento das principais necessi-dades do estado e um plano de governo amplo para desenvolver Roraima, mas vamos ouvir o povo para que as nossas ações estejam em conformidade com as prioridades apontadas. É assim que governarei”, ressaltou Suely.

Ela pretende modernizar a gestão, com a cria-ção do Governo Eletrônico, facilitando o acesso do público e o trâmite processual. Também quer inovar com a efetivação da primeira Política de Valoriza-ção do Servidor Público, com diálogo permanente, respeito aos princípios de mérito e de cumprimento de metas.

Investimentos

Na educação, que foi uma marca do governo de Neudo Campos, o foco será resgatar a qualidade das Escolas Padrão, recuperando as atuais e cons-truindo novas unidades. Outro compromisso é a implantação de Escolas de Tempo Integral em Boa Vista e no interior, com atividades extracurriculares e quatro refeições diárias aos alunos.

Na saúde, Suely quer ampliar os investimentos e criar o Sistema de Saúde Padrão, que inclui valori-zação dos profissionais e unidades modernas e equi-padas, utilizando modelo de gestão informatizado e inteligente, que permitirá, dentre outras novidades, marcação de consultas e entrega de exames on line.

Para superar o déficit habitacional, Suely fará novos conjuntos habitacionais em parceria com o

Governo Federal através do programa Minha Casa, Minha Vida, e trará de volta o projeto Bem Morar, criado no governo Neudo, com a execução da obra no mesmo terreno em que as famílias beneficiadas moram, trocando moradias precárias por casas de alvenaria.

O fortalecimento da economia e a consequen-te geração de emprego estão entre as prioridades do plano de governo de Suely, tendo como base o agro-negócio, o apoio a empreendedores, a qualificação profissional e o aproveitamento eficaz das isenções fiscais já existentes, das Áreas de Livre Comércio de Boa Vista e de Bonfim.

“Vamos dar um salto na saúde e na produção, para gerar emprego e renda”

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O investimento em segurança pública também será prioridade. Serão reforçadas as estruturas das polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros, além da recuperação do sistema prisional. As polí-ticas de assistência social, uma marca de Suely, se-rão tratadas com carinho, para o resgate das famílias em situação de vulnerabilidade, das crianças, dos jovens e dos idosos.

Linhão de Tucuruí

O Linhão de Tucuruí, que vai interligar Rorai-ma ao sistema elétrico nacional, é a aposta da nova governadora para afastar os apagões que voltaram a se tornar realidade na vida do roraimense e atrair novos investimentos para o estado.

Quando for concluída, a obra disponibilizará 500 megawatts de energia para o estado, que atu-almente consome 160 megawatts, o que permitirá a modernização e ampliação do parque industrial já existente, além da implantação de grandes em-presas, que podem se favorecer com a proximida-de com o mercado externo, alcançado através da

Venezuela e da Guiana, países que fazem fronteira com Roraima.

História

A primeira mulher a governar Roraima nasceu na fazenda São João, no Município de Amajari. Aos sete anos, Suely Campos mudou-se para Boa Vista. Estu-dou na escola São José e depois no ginásio Euclides da Cunha. Formou-se em Letras pela Universidade Federal de Roraima - UFRR.

Aos 18 anos, Suely conheceu Neudo Campos, com quem se casou dois anos depois. Nestes 41 anos de casamento, tiveram quatro filhos e 12 netos.

Em 1995, Neudo Campos tomou posse como governador e Suely assumiu a Secretaria do Trabalho e Bem Estar Social (Setrabes), Ela coordenou pessoal-mente programas de governo que mudaram a vida de milhares de pessoas, como Bem Morar, Casa Médico 24 horas, Balcão de Ferramentas e Centros de Produ-ção Comunitária.

Em 1998, Neudo foi reeleito. Neste segundo mandato, Suely deu continuidade aos programas já existentes e inovou com o Emprego Urgente, que ge-rou oportunidade de trabalho a mais de 15 mil pais e mães de família.

Suely foi a responsável pela criação do programa de Qualificação Profissional que atendeu cerca de 40 mil trabalhadores. Criou também 194 Clubes de Mães para aproximar o governo das pessoas, com ativida-des sociais, culturais e esportivas.

Ela implantou o Centro Sócio-Educativo (CSE), que durante sua gestão foi considerado pela Unicef modelo de referência ao Brasil e à América Latina para a internação de menores que cometeram atos infracionais. Coordenou, ainda, em parceria com o Governo Federal, os programas de Alfabetização So-lidária e de Erradicação do Trabalho Infantil.

Eleita deputada federal em 2002, ela priorizou sua atuação na área social e desenvolveu ações de Políticas Públicas para as Mulheres. Em 2008, tornou-se vice--prefeita de Boa Vista, criou o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres e implantou a Coordenadoria Es-pecial de Políticas Públicas para a Mulher.

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P o l í t i c a

Com o apoio de parla-mentares de PDT, PROS e PC do B, o deputado

Arlindo Chinaglia (PT-SP) lan-çou oficialmente sua candidatu-ra à presidência da Câmara dos Deputados. Integrante da maior bancada da Câmara, Chinaglia disputará a presidência da Casa contra o líder do PMDB, Eduar-do Cunha (RJ).

O petista afirmou que se for eleito para mais um mandato na presidência da Casa, vai valorizar a relação independente e harmô-nica com os demais poderes Se-gundo ele, a relação do presidente da Câmara com os chefes do Exe-cutivo e Judiciário sempre implica um certo grau de conflito.

“Nenhum presidente tem condições de escapar da Cons-tituição, do regimento interno e do plenário. Acho que esse é o pressuposto constitucional. O pre-sidente da Câmara para ser bom

Disputa acirrada pela presidência da Câmara

Sem acordo, PT e PMDB disputarão o comando da Casa no voto

tem que sofrer resistências dos ou-tros Poderes”, afirmou.

Arlindo Chinaglia, que já pre-sidiu a Câmara dos Deputados no biênio 2007-2009, aposta em sua fama de azarão para vencer Edu-ardo Cunha, que é considerado fa-vorito na disputa pela presidência.

Favorito

Apesar de, teoricamente, in-tegrar a base governista, Cunha se tornou desafeto do Palácio do Pla-nalto ao assumir uma postura mais independente no parlamento. Nos últimos quatro anos, o peemede-

bista chegou a liderar rebeliões dentro da base aliada, impondo diversas derrotas ao Governo Fe-deral em votações na Câmara.

A postura de enfrentamento ao Planalto conquistou o apoio da historicamente dividida bancada do PMDB a Eduardo Cunha. Além disso, outros partidos que com-põem a base governista, mas têm divergências com o Executivo fe-deral, também têm aderido à can-didatura do líder peemedebista.

Até o momento, Cunha já re-cebeu o apoio formal do Solida-riedade e do PSC. A expectativa é que outras legendas deem aval à candidatura do parlamentar do Rio nas próximas semanas.

Ele mantém conversas avan-çadas com PTB e PR – siglas que, ao lado de PMDB, SD e PSC, com-põem o chamado “blocão”, grupo de legendas governistas desconten-tes com o Planalto, que atuam de forma independente na Câmara.

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A senadora Ângela Porte-la (PT-RR) ocupou a tribuna do Senado para cobrar agilidade da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) na solução das pendências que estão prejudi-cando a expansão do Linhão de Tucuruí, entre Manaus (AM) e Boa Vista (RR).

Ela ressaltou que Roraima – único estado que ainda está fora do Sistema Interligado Nacional - tem pressa em ver sua segurança ener-gética garantida sem depender da energia comprada da Venezuela. “O Linhão de Tucuruí é essencial para garantir energia e o fim dos apagões em Roraima”, afirmou.

Segundo a parlamentar, a precariedade do fornecimento de energia prejudica o desen-volvimento do estado, desesti-mulando a instalação de novos empreendimentos e afastando os já existentes.

A crise energética na Vene-zuela e a interrupção das obras de construção do ramal que levará energia de Tucuruí para Rorai-ma têm gerado transtornos para a economia e para os moradores do estado, lamentou a senadora. “A conclusão das obras vai permitir a integração de Roraima ao sistema elétrico nacional, com crescimen-to econômico e desenvolvimento e bem-estar para a população”.

Pendências

A obra do Linhão de Tucuruí foi interrompida pela Justiça Fede-ral, a pedido do Ministério Públi-co, sob a alegação de que a cons-trução deveria ser precedida de uma consulta aos povos indígenas em cujas terras passará o ramal. O Ministério Público ainda pediu estudo para avaliar possíveis alter-nativas de passagem do Linhão,

Senadora cobra agilidade no Linhão de Tucuruí

que não em terras indígenas.Ângela Portela espera que

a Aneel, a Eletronorte e o con-sórcio Alupar solucionem as pendências necessárias para a imediata retomada das obras.. Ela lembrou que a obra, inicial-mente orçada em R$ 1 bilhão, já alcança a cifra de R$ 2 bilhões e pode ficar ainda mais cara por conta da interrupção.

“Por todas essas razões, é imprescindível que quaisquer distorções sejam sanadas no me-nor tempo possível”, enfatizou a senadora, lembrando que o con-trato para a construção do Linhão foi firmado em janeiro de 2012 com previsão de funcionamento em janeiro de 2015, data poste-riormente transferida para junho. “Sabemos que o prazo não será cumprido, mas esperamos que o estado não seja prejudicado por muito mais tempo”.

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P o l í t i c a

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou, com ressalvas, as contas da campanha de reelei-ção da presidente Dilma Rousseff (PT). Todos os ministros do TSE seguiram o entendimento do rela-tor do caso, Gilmar Men-des, que surpreendeu ao recomendar a aprovação das contas com ressalvas (erros que não compro-metem a regularidade da contabilidade eleitoral da presidente).

O vice-procurador-geral eleitoral, Eugênio Aragão, também havia feito a mesma re-comendação. O resultado da vo-tação contrariou o entendimento do relatório dos técnicos do TSE, que havia pedido a reprovação das contas. No documento, foram apontadas divergências tanto nos dados de gastos e receitas apre-sentados pela candidata quanto nas contas do comitê financeiro do partido.

Com a aprovação da conta-bilidade eleitoral, Dilma poderá ser diplomada pelo TSE e assumir sem questionamentos o segundo mandato. Caso as contas fossem reprovadas, Dilma teoricamente poderia ser cassada da Presidên-cia. Essa quarta, foi o prazo final para o tribunal decidir pela apro-

vação total, parcial ou pela rejei-ção das contas de campanha.

Debate

A expectativa sobre o voto de Mendes era pela desaprovação das contas porque ele havia feito duras críticas ao vice-procurador Aragão e à própria presidente Dil-ma Rousseff. Mendes criticou um pedido feito por Aragão e pela campanha de Dilma para que o processo de prestação de contas fosse retirado da relatoria dele – tido por uma ala do PT como um ministro “tucano”.

Petistas e o procurador alega-vam que, com a saída do ministro Henrique Neves, o caso deveria ser distribuído ao seu substituto,

TSE aprova contas de campanha de Dilma

Admar Gonzaga. Mas o TSE fez um novo sorteio do processo, e ele acabou caindo com o minis-tro Gilmar Mendes.

Anteriormente, tanto o pro-curador quanto a campanha ha-viam desistido dos pedidos por entender que, a esta altura do processo, ele poderia atrasar a prestação de contas. Apesar dis-so, Mendes criticou a postura do PT e de Aragão – no que foi seguido por Toffoli, presidente do TSE.

Toffoli destacou que as re-gras regimentais não determinam que casos em andamento devam ser distribuídos a substitutos. Ele ainda criticou Dilma por não ter indicado um novo ministro para ocupar a cadeira de Neves.

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E s t a d o s & M u n i c í p i o s 13E s t a d o s & M u n i c í p i o s 13

P o l í t i c a

Roseana Sarney (PMDB) não é mais governadora do Ma-ranhão. Ela renunciou ao cargo e revelou que a saída atendeu reco-mendações médicas. O mandato será concluído pelo presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Arnaldo Melo (PMDB), que ficará no comando do go-verno até 1º de janeiro de 2014, quando o governador eleito Flávio Dino (PC do B) tomará posse.

Por meio de nota, a ex-gover-nadora informou que, nos últimos meses, cumpriu extensa agenda de visitas, vistorias e inaugurações de obras em dezenas de cidades maranhenses. “Agora, a pedi-do dos médicos, recolho-me para descanso ne-cessário, pelo bem de minha saúde. Aos ma-ranhenses e àqueles que escolheram nos-so estado para viver, meu muito obrigada por terem me dado a honra de represen-tá-los”, salientou.

Durante cerimônia no Palá-cio dos Leões, sede do Executivo local, Roseana agradeceu o apoio de políticos, partidos aliados e servidores públicos que trabalha-ram em seu governo.

“Saio com a certeza do dever cumprido e com esperança reno-vada de que trilhamos um bom caminho. Desejo ao meu sucessor êxito em seu mandato. Estou en-caminhando à Assembleia Legis-lativa minha carta de renúncia, o que faço por motivos estritamente pessoais, sem qualquer conota-ção de ordem política”, ressaltou.

Substituto

O deputado Arnaldo Melo assumiu o governo do Maranhão porque o vice-governador, Wa-shington Luís, renun-

Roseana Sarney renuncia ao governo do Maranhão

ciou em 2013. Seis vezes de-putado estadual, Melo foi eleito presidente da Assembleia Legis-lativa em 2011, sendo reeleito dois anos depois. No discurso de posse, disse que vai colabo-rar com a equipe de transição do próximo governo.

“Teremos um trabalho inten-so com secretários e auxiliares. Entregaremos um estado organi-zado e com ações em todos os municípios. Queremos uma re-lação harmônica com a equipe que assumirá a partir de janeiro”, afirmou.

Roseana foi eleita governa-dora do Maranhão pela primeira vez em 1994 e reeleita em 1998. Assumiu o governo novamente em 2009, em substituição ao go-vernador cassado Jackson Lago, e, em 2010, foi mais uma vez re-eleita.

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14 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

N a c i o n a l

A queda das exportações, um dos fatores responsáveis pelo défi-cit de US$ 3,8 bilhões da balan-ça comercial neste ano, não afeta todas as regiões do país. Segun-do levantamento divulgado pelo Ministério do Desenvolvimen-to, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o Distrito Federal e 12 estados registraram aumento nas vendas para o exterior em 2014.

Segundo o MDIC, a queda no preço internacional das commo-dities e a crise cambial na Argen-tina, que afetou as exportações de veículos para o país vizinho, são os principais responsáveis pela retração das vendas externas. No entanto, a safra recorde de soja, o aumento da venda de carnes e a retomada da produção de petró-leo reverteram a queda em algu-mas unidades da Federação.

Na comparação do valor ex-portado entre janeiro e novembro, os maiores crescimentos percen-tuais em relação ao mesmo perí-odo de 2013 ocorreram em Rorai-ma (148,39%), no Piauí (60,60%), no Distrito Federal (26,83%) e no Tocantins (23,39%). Completam a lista das unidades da Federação com aumento das vendas para o exterior o Espírito Santo (19,88%), o Maranhão (18,64%), o Ceará

(13,84%), Pernambuco (13,60%), o Rio de Janeiro (10,63%), Ron-dônia (4,62%), Santa Catarina (4,11%), o Amapá (3,17%) e o Rio Grande do Norte (0,82%).

Complexo soja

Com crescimento de 2,3% no valor exportado no período de janeiro a novembro, a soja em grão foi o principal responsável pelo crescimento das exportações em Roraima, em Rondônia, no Tocantins, no Amapá e em San-ta Catarina. No Distrito Federal, no Piauí e no Maranhão, o pro-duto não liderou o crescimento, mas esteve entre os principais destaques. A expansão decorreu exclusivamente do aumento da quantidade plantada e exportada porque, nos 11 meses do ano, o preço internacional da soja acu-mula queda de 4,4%.

O aumento da produção de petróleo após o fim da manuten-ção programada de plataformas impulsionou as vendas externas no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A alta ajudou a reduzir o déficit na conta petróleo – di-ferença entre exportações e im-portações de petróleo e de deri-vados – de US$ 19,5 bilhões nos

Exportações cresceram em 13 estados

11 meses de 2013 para US$ 15 bilhões no mesmo período deste ano. Mesmo assim, o desempenho da conta petróleo foi insuficiente para reverter o déficit da balança comercial no acumulado do ano.

Além do petróleo, outros pro-dutos ajudaram a puxar o cresci-mento nas vendas externas dos dois estados da Região Sudeste. No Rio de Janeiro, peças de bar-co, ligas de ferro e de aço, bombas

Soja, carne e petróleo reverteram a queda em algumas unidades da Federação

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N a c i o n a l

centrífugas, construções pré-fabri-cadas e minério de níquel ajuda-ram as exportações. No Espírito Santo, tubos de ferro e de aço, café em grão e mármore reforçaram os embarques.

Carne

Em Santa Catarina e no Distrito Federal, as carnes fo-ram o grande destaque na pauta de exportações. Impulsionadas

pelo fim do embargo da Rússia, as vendas de carne suína puxa-ram a alta das exportações ca-tarinenses. No caso do Distrito Federal, a exportação de carne de frango, principalmente para o Oriente Médio, foi o princi-pal responsável pela alta. No entanto, a venda de adubos, de milho e de roupas esportivas também contribuíram para o crescimento das vendas exter-nas da capital federal

No Mara-nhão, o cres-cimento das exportações foi liderado pela alumina, óxi-do de alumí-nio produzido numa refinaria do estado. O estado também d e s t a c o u - s e nos embar-ques de com-bustíveis e lu-brificantes e de couro. Em Pernambuco, os componen-tes químicos, as embalagens de plástico e as vendas de mangas e de li-mões impulsio-naram as ven-das externas. No Ceará, o crescimento foi puxado pelos óleos combus-

tíveis, pelo couro, pelos calçados de borracha e pelas lagostas.

O bom desempenho das 13 unidades da Federação não neutralizou a queda das ex-portações nas respectivas regi-ões. No acumulado do ano, as vendas externas caíram 4,84% no Norte, 0,68% no Nordes-te, 3,68% no Centro-Oeste, 3,88% no Sudeste e 16,28% no Sul em relação ao mesmo período de 2013

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N a c i o n a l

A aprovação do governo Dil-ma Rousseff voltou a crescer no último trimestre de 2014. Quarenta por cento dos brasileiros avaliaram o governo como ótimo ou bom, o que representa aumento de 2 pon-tos percentuais, ante os 38% regis-trados na pesquisa de setembro.

Os dados são da pesquisa Ibo-pe encomendada pela Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI) e divulgada na segunda quinzena de dezembro. O percentual dos entrevistados que consideram o governo regular caiu de 33% para 32% e o dos que avaliavam como ruim ou péssimo baixou de 28% para 27% nos períodos avaliados.

Aprovação do governo volta a crescer

em programas sociais. Os pon-tos negativos destacados foram o pouco investimentos em saúde e a falta de combate à corrupção.

Avaliação

Segundo o gerente-execu-tivo da Unidade de Pesquisa e Competitividade da CNI, Renato da Fonseca, apesar de ter volta-do a melhorar ao longo do últi-mo semestre, a popularidade da presidenta Dilma (composto pe-los três principais indicadores da pesquisa) está abaixo dos resul-tados verificados durante os dois primeiros anos de governo, quan-do o percentual de aprovação da maneira de governar se manteve acima dos 60%, atingindo 79% em março de 2013.

O pior resultado para Dilma foi registrado em junho de 2013, quando apenas 45% dos brasi-leiros aprovavam sua maneira de governar.

Para Fonseca, a melhora nos índices de aprovação no último semestre coincide com a última disputa eleitoral, o que sugere que o governo conseguiu con-vencer boa parte da população de suas qualidades, em detrimen-to de defeitos e denúncias, como as que envolvem o desvio de re-cursos da Petrobras.

A confi ança dos brasileiros na presidenta

atingiu 51% dos

entrevistados, ante os 45%

registrados em setembro.

Os dados são da pesquisa Ibo-pe encomendada pela Confedera-ção Nacional da Indústria (CNI) e divulgada na segunda quinzena de dezembro. O percentual dos entrevistados que consideram o governo regular caiu de 33% para 32% e o dos que avaliavam como ruim ou péssimo baixou de 28% para 27% nos períodos avaliados.

A confi ança dos

atingiu 51% dos

entrevistados, ante os 45%

registrados em setembro.

O percentual da população que aprovou a maneira como Dil-ma governa o país atingiu 52%, 4 pontos percentuais acima dos 48% registrados na última pesquisa..

Entre os principais pontos positivos do governo, os entrevis-tados citaram o combate à fome e à pobreza e os investimentos

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N a c i o n a l

O novo p res iden te do Tribunal de Contas da União (TCU), Arol-do Cedraz, garantiu que sua gestão vai intensifi-car as audi-torias e pro-

por novas providências para uma atuação mais eficiente da admi-nistração pública. “A ação se dará em todos os níveis do poder para otimizar a aplicação dos recursos governamentais”, alertou Aroldo Cedraz, durante a solenidade de posse, que contou com a presen-ça da presidenta Dilma Rousseff, ministros, governadores e parla-mentares.

Para Aroldo Cedraz, a ação dos tribunais de contas ultrapassa a defesa do patrimônio público. Segundo ele, tais instâncias são indutoras do desenvolvimento

econômico e garantidoras de di-reitos fundamentais. Lembrou que o TCU buscou melhorar suas au-ditorias financeiras, adotando pa-drões internacionais. Ele ressaltou que, ao dar credibilidade às finan-ças governamentais, o Tribunal colaborou para a ampliação do nível de confiança dos investido-res externos.

Na avaliação do presidente do TCU, “a melhor maneira de proteger o patrimônio estatal é agir preventiva e tempestivamen-te”. Ele observou que quando a ação do Tribunal de Contas ocor-re depois de ocorrerem os prejuí-zos, “nem sempre eles podem ser reparados”.

“Precisamos nos antecipar às irregularidades. Temos que ter plataformas abertas, auditorias permanentes, com grande base de dados, lançando mão de ino-vações tecnológicas disponíveis, inclusive monitoramento nas re-des sociais, que poderão fornecer diagnósticos aos gestores públi-

TCU deve intensificar fiscalização do setor público

cos”, afirmou Cedraz, citando, como exemplo, o aplicativo do TCU para smartphones.

Políticos

O novo presidente do TCU também mandou um recado es-pecifico aos parlamentares e po-líticos brasileiros, afirmando que será necessário que eles tenham habilidade para contornar as cri-ses a fim de garantir a estabili-dade política, imprescindível ao desenvolvimento do país.

Presente à cerimônia de posse, o diretor do Departamento Jurídico da Caixa Econômica Fe-deral, Jailton Zanon, afirmou que muitas recomendações do Tri-bunal têm contribuído para apri-morar as atividades da empresa e que a CAIXA quer avançar ainda mais nesse relacionamento.

“Não vemos o Tribunal ape-nas como órgão fiscalizador, mas sim como um colaborador”, res-saltou o diretor.

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E s t a d o s

Oito governadores eleitos co-meçarão o mandato, em 2015, com o desafio de segurar os gastos com o funcionalismo. Segundo levanta-mento realizado pela Agência Bra-

sil, com base em relatórios envia-dos pelos governos estaduais ao Tesouro Nacional, os estados estão estourando os limites da Lei de Responsabilidade Fiscal para as despesas com pessoal.

A situação está mais crí-

Despesa com funcionalismo público está no limite

Pelo menos 17 estados já estão no limite de alerta

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E s t a d o s

tica em Alagoas, na Paraíba, no Piauí, em Sergipe e no Tocantins, que ultrapassaram o limite máxi-mo de 49% da receita corrente lí-quida (RCL) nos gastos com o fun-cionalismo público. Três estados - o Paraná, o Rio Grande do Norte e Santa Catarina - ultrapassaram o limite prudencial, 46,55% da RCL e já sofrem algumas sanções.

Se for levado em conta o li-mite de alerta (44,10%), o núme-ro de unidades da Federação com altas despesas no funcionalismo público aumenta para 17, com a inclusão do Amapá, Ceará, Distri-to Federal, Espírito Santo, de Goi-

ás, Mato Grosso, do Pará, de Per-nambuco, do Rio Grande do Sul e de Rondônia. O limite de alerta, no entanto, não implica sanções, apenas autoriza os tribunais de Contas estaduais e do DF a fazer uma advertência aos governado-res.

Os estados que ultrapassam o limite prudencial sofrem res-trições à concessão de reajustes (apenas os aumentos determina-dos por contratos e pela Justiça são autorizados), à contratação de pessoal (exceto reposição de fun-cionários na saúde, na educação e na segurança), ao pagamento de

horas-extras e ficam proibi-dos de alterar estruturas de carreiras.

Quem estoura o limite máximo, além das sanções anteriores, fica proibido de contrair financiamentos, de conseguir garantias de outras unidades da Federação para linhas de crédito e de obter transferências voluntárias.

Contas

Os números mostram a deterioração das contas estaduais nos últimos qua-tro anos. Em dezembro de 2010, apenas a Paraíba ul-trapassava o limite máximo. Goiás, Minas Gerais, o Rio Grande do Norte e Tocan-tins tinham estourado o li-mite prudencial. O Acre, Alagoas, o Pará, Paraná e Sergipe estavam acima do limite de alerta. A pior situ-

ação ocorreu no Piauí, cujos gas-tos com o funcionalismo saltaram de 43,28% no fim de 2010 para 50,04% em agosto deste ano.

Alagoas, Sergipe e Tocan-tins passaram a estourar o limi-te máximo nos últimos anos. No entanto, alguns estados apresen-taram melhoras significativas. Historicamente acima do limite máximo, a Paraíba conseguiu reduzir os gastos com o funcio-nalismo de 57,35% para 49,58% entre 2010 e 2014. O Acre, a Bahia, Goiás, Mato Grosso do Sul, o Maranhão e Minas Gerais conseguiram reduzir as despesas de pessoal em relação à RCL. O Pará, acima do limite de alerta, e o Rio Grande do Norte, acima do limite prudencial, ficaram es-táveis no período.

A estagnação da economia nos últimos anos explica, em parte, o aumento da proporção dos gastos com o funcionalismo. Diretamente relacionada à ativi-dade econômica, a arrecadação dos estados, que forma a RCL, passou a crescer menos que as despesas de pessoal, que depen-dem de acordos salariais e difi-cilmente podem ser reduzidas.

Na prática, os gastos com o funcionalismo só podem ser cor-tados por meio da demissão de funcionários comissionados ou pela não reposição de servidores que morrem ou se aposentam. Por lei, salários não podem ser reduzidos, e servidores concur-sados só podem ser demitidos em casos excepcionais.

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E s t a d o s

O governador de Pernam-buco, João Lyra Neto (PSB), fez um balanço extremamente positivo dos oito anos da atual gestão iniciada em 2007 pelo ex-governador Eduardo Cam-pos . Lyra Neto se disse hon-rado por concluir esse ciclo de governança que marcou um novo período de desenvolvi-mento no estado.

Ele destacou que, nos últi-mos oito anos, o Produto Inter-no Bruto (PIB) de Pernambuco foi igual ou superior ao PIB bra-sileiro e que encerrará o ano de 2014 com um crescimento de 3%, enquanto o Brasil fechará com 0,3%.”Crescemos 39,4% neste período, enquanto o País cresceu 27,2%. Também fomos o estado que mais con-traiu investimentos privados no Brasil durante esses quase oito anos”, completou.

Lyra Neto também des-tacou outros dados relevan-tes, como o crescimento do mercado de trabalho (48,7%), a redução da taxa de homicí-dios (39,1%) e a redução da mortalidade infantil (47,5%). “Ainda temos muito o que fa-zer na área da segurança pú-blica, mas o Pacto Pela Vida se tornou uma política de estado importante para que possamos garantir uma melhor seguran-

Governador apresenta balanço de oito anos de gestão

ça, uma melhor qualidade de vida para o cidadão”, afir-mou.

Na área da educação, Lyra Neto ressaltou que o estado possui a menor taxa de evasão da rede pública, graças às iniciativas bem su-cedidas promovidas pelo go-verno. “As dezenas de novas escolas em tempo integral, os bônus de educação e outras medidas que tomamos moti-varam professores e alunos, e esse é o resultado”, afirmou.

Mérito

Segundo Lyra Neto, o governo soube atuar como indutor das mudanças, mas o mérito do sucesso é funda-mentalmente da população, que acreditou, avalizou e estimulou as conquistas do estado. “Com certeza a so-ciedade pernambucana está motivada para o futuro, que se avizinha já a partir de 2015”.

Ele afirmou que o gover-no concluirá esses oito anos de mandato honrando todos os compromissos financeiros assumidos. “Cumpriremos in-tegralmente a Lei de Respon-sabilidade Fiscal”, garantiu o governador.

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E s t a d o s

O governo do Rio Grande do Sul apresentou o novo cená-rio energético do estado, a partir dos recentes leilões de geração e transmissão de energia. Quase R$ 8 bilhões serão investidos em três projetos, das empresas Eletrosul, Tractebel e Bolognesi, que devem iniciar as suas obras entre o final de 2015 e meados de 2016.

Segundo o governador Tar-so Genro (PT), o cenário define a nova visão de desenvolvimen-to adotado por sua gestão. “Sou muito agradecido às empresas por acreditarem no Rio Grande do Sul. Com estes investimentos es-

tamos criando uma nova realida-de energética para os gaúchos. É um investimento para o desenvol-vimento de todo o estado, e não apenas de algumas regiões. Esta é a nossa visão de desenvolvimen-to.”, afirmou o governador, res-saltando que os projetos criarão cerca de 20 mil empregos diretos e indiretos.

Investimentos

No campo da geração, dois projetos vencedores no leilão A-5, realizado em novembro, serão executados. O primeiro, do grupo Bolognesi, que garante a metade da energia projetada para a Usina Termelétrica de Rio Grande (com potência de 1.238 MW), que fun-cionará com gás natural. Este in-vestimento terá o aporte de R$ 2,9 bilhões.

O outro projeto é a Usina Pampa Sul, em Candiota, (po-tencial de 340 MW), e que será executada pela Tractebel Energia, e utilizará carvão mineral como

Novo cenário energético no Rio Grande do Sul

combustível. Na execução da obra serão cerca de dois mil em-pregos e 300 em sua operação.

O terceiro investimento, de R$ 3,27 bilhões, será executado pela Eletrosul e abrange 2,1 mil quilômetros de linhas de transmis-são e oito novas subestações, além da ampliação de 13 já em opera-ção. A ampliação do sistema de distribuição viabilizará o escoa-mento de energia de futuros par-ques eólicos, como os complexos de Cerro Chato, em Santana do Livramento, e Campos Neutrais. Santa Vitória do Palmar e Chuí.

“O sistema hoje é 67% de-pendente das hidrelétricas, por isso esses projetos são tão importantes, pois garantirão um aumento no abastecimento e segurança para os futuros investimentos”, explicou o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento, Ivan De Pellegrin, ressaltando que os novos projetos agregarão 23% à capacidade ins-talada na geração de energia hoje existente no estado.

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24 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

M u n i c í p i o s

Nos últimos anos, Ribeirão Preto melhorou quase todos os indicadores de violência e criminalidade regis-trados na cidade. A melhora foi consta-tada por pesqui-sa baseada em dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo sobre h o m i c í d i o s dolosos, furtos e roubos em geral e também roubos e furto de veículos.

O estudo ana-lisou a evolução dos índices das diversas mo-dalidades de crimes com a crescente sensação de inseguran-ça apontada desde 2009 pela Pesquisa ACIRP/Fundace de Qualidade de Vida. Também comparou os dados de criminalidade de Ribeirão Preto com os de cidades do mesmo porte do interior de São Paulo, além de Campinas, da capital paulista e do estado de São Paulo como um todo.

Os dados mostram, por exemplo, que a quan-tidade de roubos tende a ser maior nas grandes ci-dades, mas que Campinas apresentou acentuada tendência de queda, no período. Em Ribeirão Preto, entre 2001 e 2013, também foram registrados menos roubos para cada 100 mil habitantes, sendo que a média do município é próxima do estado e muito

Ribeirão Preto melhora indicadores de violência

inferior à capital e também a Cam-pinas.

Entretanto, a propor-ção de roubos e furtos

de veículos por 100 mil habitantes em

Ribeirão Preto p r a t i c a m e n t e triplicou entre 2001 e 2013, enquanto o es-tado como um todo apresen-tou uma retra-ção de quase 16% no mes-mo período.

Insegurança

Segundo Lu-ciano Nakabashi, co-

ordenador do estudo, o resultado sugere que esse

aumento na sensação de insegu-rança apontado pela pesquisa de opinião

não é resultado no aumento das ocorrências. “Tal-vez a elevação de furtos e roubos de veículos pos-sa explicar parte desse aumento”, analisa o pes-quisador.

De acordo com o boletim, outro fator que pode ajudar a explicar a elevação da sensação de insegu-rança é o fato de que o município apresentou leve piora em relação aos demais municípios analisados.

O levantamento foi realizado por pesquisadores do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper), da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Ad-ministração, Contabilidade e Economia (Fundace).

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M u n i c í p i o s

O prefeito de Jaciara, Ademir Gaspar (PT), é o novo presidente do Consórcio Regional de Saúde da Região Sul de Mato Grosso. Ele derrotou a atual presidente da en-tidade, Jane Sanches, em eleição realizada em Rondonópolis.

O Consórcio tem como prin-cipal meta firmar parcerias entre municípios para a realização de ações conjuntas capazes de au-mentar a qualidade dos serviços públicos prestados à população.

A disputa foi dividida em três chapas, permanecendo apenas duas, já que a união de idéias es-tabeleceu a junção da chapa do prefeito de Jaciara juntamen-te com a do prefeito de Campo Verde. “Nós dois temos os mesmos ide-ais, por isso decidimos pela unificação das chapas e isso fortalece ainda mais a gestão”, explicou o prefeito de Jaciara.

Integração

Vitorioso na disputa, Ademir Gaspar anunciou que sua primei-ra iniciativa será visitar os muni-cípios e buscar alternativas para resolver os problemas que os atin-gem. “A saúde é um grande de-safio para os prefeitos do estado e com a união de todos os muni-cípios vamos fortalecer e trazer resultados con-cretos a população”, destacou Ademir.

O prefeito também ressaltou que o principal mo-tivo para se candi-

Prefeito de Jaciara vai comandar Consórcio de Saúde

datar e fazer parte do consórcio é fortalecer a saúde de Jaciara e do Vale, através principalmente, de cirurgias e consultas com es-pecialistas.

O município de Jaciara tem um sistema de saúde muito elo-giado pelo trabalho e atendimen-to que faz, já que abrange não só o município, mas todo o Vale do São Lourenço. Com o prefeito Ademir na presidência do Con-sórcio, as ações serão fortalecidas e a população deve esperar resul-tados positivos.

“Sabemos que teremos mui-to trabalho, mas com uma gestão transparente vamos buscar alter-nativas e com nossa força de tra-balho trazer muitos benefícios ao sistema de saúde de Jaciara e de

todo o Vale”, finalizou o novo presidente.

Ademir Gaspar buscará parcerias para a realização de ações conjuntas

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M u n i c í p i o s

O Ministério do Planejamen-to, Orçamento e Gestão acatou recomendação do Ministério Pú-blico Federal (MPF) e suspendeu as transferências voluntárias aos 40 municípios vinculados à ju-risdição da Procuradoria da Re-pública em Garanhuns que ainda não implementaram seus portais da transparência. A suspensão permanecerá enquanto ocorrer o descumprimento das regras de transparência das informações fis-cais pelos municípios.

O total de transferências vo-luntárias celebradas pela União, desde o início de 2014, com mu-nicípios da área de atribuição da PRM/Garanhuns, ultrapassou o montante de R$ 28 milhões, se-gundo consulta ao sítio eletrônico do Sistema de Convênios do Go-verno Federal (SICONV).

Os portais da transparência devem disponibilizar informa-ções relativas às despesas pagas e receitas arrecadadas, licitações, contratos, convênios, quadros funcionais, servidores cedidos e temporários, despesas com diárias e passagens, planos de carreira, leis municipais vigentes e data de atualização dos portais.

Em comunicado oficial, o Ministério reforçou que os órgãos federais e seus respectivos órgãos vinculados devem observar, antes de novos convênios e contratos de

repasse, o efetivo cumprimento de todas as exigências necessárias à celebração dos instrumentos de transferências voluntárias.

Portais

No inicio do mês, MPF e Mi-nistério Público de Pernambuco (MPPE) expediram recomendação conjunta para que os municí-pios implementassem os portais, de modo a evitar situações danosas ao patrimônio público e a caracte-rização de atos de improbidade admi-nistrativa. No entanto, após o prazo para ade-quação dado pelo Ministério Público, diversas prefeituras não adotaram as providên-cias necessárias.

Os municípios da área de atribuição do MPF/Garanhuns são: Águas Belas, Angelim, Bom Conselho, Bre-jão, Caetés, Calçado, Ca-n h o t i n h o , Capoeiras, Correntes, Garanhuns, Iati, Ibira-juba, Jucati, Jupi, Lagoa

Planejamento suspende transferências voluntárias

do Ouro, Lajedo, Palmeirina, Pa-ranatama, Quipapá, Saloá, São Bento do Una, São João, Terezi-nha, Alagoinha, Arcoverde, Bu-íque, Ibimirim, Iguaraci, Inajá, Ingazeira, Itaíba, Manari, Pedra, Pesqueira, Poção, Sertânia, Taca-ratu, Tupanatinga, Tuparetama e Venturosa.

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M u n i c í p i o s

A prefeitura de Sumaré já deu o primeiro passo para a elaboração do Plano

Municipal de Educação. Dirigen-tes, professores, coordenadores, diretores e supervisores da secre-taria municipal de educação, jun-tamente com representantes de escolas estaduais e particulares, se reuniram em Câmaras Temáti-cas para debater estratégias para a elaboração do documento.

A meta é que o plano que defi-nirá uma nova política pública para o setor educacional da cidade es-teja concluído até junho de 2015, prazo definido pelo Ministério da Educação para que todos os muni-cípios estejam com os seus planos municipais constituídos ou adequa-dos às metas nacionais.

Ao instalar as câmaras temá-ticas, a prefeita Cristina Carra-ra (PSDB) ressaltou a importância dos servidores da educação pelos

bons resultados obtidos em Suma-ré e convocou a população a par-ticipar ativamente das discussões.

“Toda e qualquer conquista da cidade não é mérito só da pre-feita, mas de cada um de vocês, que contribuem pela educação sumareense. Este é o momen-to para refletirmos e pensarmos as ações necessárias”, afirmou a chefe do Executivo.

Metas

A coordenadora educacio-nal da Secretaria de Educação, Márcia Lucce, explicou que o plano municipal deve observar 20 metas prioritárias, que abran-gem todos os níveis de forma-ção, desde a educação infantil até o ensino superior, com aten-ção para detalhes como a edu-cação inclusiva, a melhoria da taxa de escolaridade média dos brasileiros, a formação e plano

Sumaré prepara Plano Municipal de Educação

de carreira para professores, bem como a gestão e o finan-ciamento da educação.

A partir de 2015, as dis-cussões serão ampliadas, com a participação de todas as unida-des de ensino e da comunidade em geral. “Essa ação reafirma o compromisso da Administração com a Educação na cidade, pois o plano não é destinado apenas às escolas da rede municipal, mas a todas as crianças, jovens e adultos matriculados na educa-ção básica ou ensino superior de Sumaré”, ressaltou o secretário municipal de Educação, Paulo Pereira da Silva.

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RENATO RIELLA [email protected]

28 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

ALGUNS JUÍZES AGEM COMO VILÕES

Grandes nomes da Justiça precisam tomar cuidado com o apo-drecimento da imagem de juiz no Brasil, que anda mais vilanizada do que a dos antigos juízes de futebol.

Vemos nos últimos tempos cenas de orgulho infantil e prepo-tência interpretadas por indivíduos que se dizem juízes, mas que não têm juízo, revoltando a opinião pública. O que salva a situação é a atuação corajosa do juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal, no escândalo da Petrobras.

CHIKUNGUNYA ESTÁENTRANDO NO BRASIL

O Brasil já registrou cerca de 1.400 casos de febre chikun-gunya. Desses, 130 foram con-firmados por critério laboratorial e o restante por critério clínico--epidemiológico. Do total, 71

casos são importados – pessoas que viajaram para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa.

Entre os demais casos, chamados autóctones, 531 foram registrados no município de Oiapoque, no Amapá.

INCRÍVEL! MATADOR DE TRÂNSITO PRESO

Antes de completar dez anos do principal crime cometido, está preso em Brasília um rapaz da elite chamado Rodolpho Ladeira, con-denado a 12 anos de cadeia. Cum-prirá parte em regime fechado, na penitenciária da Papuda.

Correndo a 165km/h, ele ma-tou outro motorista na Ponte JK, dirigindo um caríssimo Mercedes. Antes disso, havia provocado três outros graves acidentes, sempre com carrões.

SANTA CATARINANO BRASILEIRÃO

É surpreendente, mas quatro times de Santa Catarina estarão na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol em 2015! Sobem Avaí e Joinville, o campeão da Segundona. Ficam Figueirense e Cha-pecoense. Se o Criciúma tivesse capricha-do mais, seriam cinco de Santa Catarina! Enquanto isso, apenas um time do Norte e Nordeste: o Sport de Recife. Os dois times baianos caíram para a Segunda Divisão: Bahia e Vitória.

LEILA DO VÔLEI ESTÁAGORA NO GOVERNO

Falou-se muito que o governador eleito do Distrito Federal, Ro-drigo Rollemberg, faria um ministério – e não um secretariado. Hou-ve especulação sobre os nomes de ex-ministros, mas no final a equi-pe de 25 nomes do primeiro escalão não apresentou ninguém em nível ministe-rial. São quase todos técni-cos, dez deles com atuação como professores, numa média de idade baixíssima: 47,6 anos. Fama, mesmo, só com a secretária de Esporte, a Leila do Vôlei.

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CRESCIMENTO DO PIBDE APENAS 0,16%

Analistas do mercado financeiro consultados se-manalmente pelo Banco Central acham que o Pro-duto Interno Bruto (PIB), do Brasil, crescerá apenas 0,16% este ano. Para 2015, os economistas esperam aumento de 0,69%. O PIB é a soma de todos os bens e riquezas de um país. Para o câmbio, eles esperam dólar a R$ 2,60 no final do ano, com taxa básica de juros em 11,5% ao ano, no en-cerramento de 2014.

REGUFFE QUER VERREMÉDIOS ISENTOS

Reguffe, eleito senador pelo PDT de Brasília, não pretende ter ligação dire-ta com o governo que será empossado no DF em 1º de janeiro. Embora tenha apoiado a candidatura de Rodrigo Rol-lemberg (PSB), Reguffe tem dito que pre-tende se fixar com dedicação exclusiva ao mandato de senador. Seu principal projeto é o de isenção tributária dos re-médios no Brasil.

SERIAL KILLER ÉTEMA BRASILEIRO

O Brasil está disputando um importante ranking mun-dial. Não é o de maior onda surfada, não! É o de maior serial killer de todos os tempos. Chegamos perto da maior marca há alguns meses, com aquele motoqueiro de Goiânia que só matava mocinhas com um tiro no rosto. Mas vamos bater o recorde com este tal de Sail-son, que matou a facadas quase 50 mulheres. A polícia dos grandes centros tem cochilado, demorando muito para perceber a existência de cada serial killer.

EUNÍCIO FICA NO SENADO E NO PMDB

O senador Eunício Oliveira (PMDB) disputou a eleição de governa-dor no Ceará. Embora estivesse prestes a vencer, acabou sendo superado por um conjunto de ações desleais, lideradas pelos atuais governantes do estado. Eunício tem mais quatro anos como senador. Nesse período, continuará sendo um dos senadores mais destacados do PMDB, pronto para novas batalhas.

PELÉ CORREU RISCOMAS SE RECUPERA

O Brasil nunca teve (nem nunca terá) alguém mais impor-tante do que Pelé, que foi durante muitos anos a maior perso-nalidade do mundo (mais do que alguns Papas). E Pelé esteve muito doente. Sabemos agora – e só agora! – que ele perdeu um rim há 35 anos, como conseqüência das pancadas que to-mava como maior jogador do planeta. Parece que ele está se recuperando da grave infecção renal.

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30 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

A c e s s i b i l i d a d e

O Ministério do Turismo aproveitou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiên-cia para lançar a ver-são portátil do Guia Turismo Acessível. A ferramenta leva a ce-lulares e tablets um banco de dados com 530 mil estabeleci-

mentos, que podem ser acessados e avaliados de qualquer lugar com acesso à internet.

“O aplicativo está ao alcance das mãos e, por esta razão, pode-rá ser usado durante a experiência turística, em tempo real”, enfati-zou o ministro do Turismo, Vini-cius Lages. Para ele, a facilidade e o acesso gratuito ao aplicativo tendem a multiplicar o número de avaliações nos próximos meses.

Segundo o ministro, existem no país 45 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência, e é dever do Estado possibilitar a essas pessoas políticas e ações que promovam uma experiência turística positiva para elas e para todos os brasileiros de uma ma-neira igual..

Além do lançamento do apli-cativo, também foram lançados o vídeo Modos de CER, do Ministé-rio da Saúde, que fala do Centro Especializado em Reabilitação, e o Livro do Viver sem Limites, da

SDH, com os resultados de quatro anos de gestão do Plano Nacional dos Direitos das Pessoas com De-ficiência.

Guia

Lançado em junho, o site Guia de Turismo Acessível já conta com mais de mil usuários e quase 350 mil acessos. As fun-ções do aplicativo são exatamen-te as mesmas do portal: ao se ca-dastrar, o usuário pode consultar os estabelecimentos de interesse e avaliar os que já visitou.

A internet é usada ampla-mente pelas pessoas com defici-ência, inclusive pelo celular, seja para estudos, pesquisa e contato

Guia de Turismo em versão portátil

com família, de acordo com uma pesquisa realizada pelo Minis-tério do Turismo. “O aplicativo é interessante porque o próprio público alvo avalia e insere as informações no sistema”, afirma Wilken Souto, diretor do Depar-tamento de Produtos e Destinos, que ajudou a elaborar a ferra-menta.

Ao consultar os estabele-cimentos, os usuários têm acesso ao endereço, telefone, imagens e avaliações dos atrativos turís-ticos. Eles são classificados por ícones como alimentação, com-pras, eventos e lazer, hospeda-gem, museus e atrativos históri-cos, parques e zoológicos, praias e serviços turísticos

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D i r e i t o s H u m a n o s

Lançado pela Secretaria Espe-cial de Direitos Humanos, o por-tal Memórias da Ditadura reúne um amplo acervo de informações, imagens e documentários sobre o período conhecido como Anos de Chumbo. O material disponí-vel conta a história do período sob vários aspectos, abrangendo a atuação dos movimentos de re-sistência, a censura, as violações de direitos humanos, a produção artística e cultural do período e o cenário internacional.

O portal tem conteúdo in-terativo e os internautas podem gravar depoimentos sobre o perí-odo do regime militar e publicar na página. Um dos objetivos do projeto é levar informações sobre a ditadura a quem não conhece esse período da história do país O site tem área destinada a professo-res com planos de aula e material didático.

O portal tem linha do tempo da ditadura, biografias de pessoas que atuaram no período e mapas com links de conteúdo. Produzi-do em código aberto WordPress,

pode ser acessado por computa-dor, tablet ou celular e garante a acessibilidade às pessoas com de-ficiência

Memórias da Ditadura

sempre do que aconteceu e colo-car nossa lente do futuro para que isso jamais se repita”, afirmou Eleonora.

A parte destinada aos educa-dores tem orientações sobre didá-tica, sugestões de leitura e filmes destinados ao preparo dos profes-sores. O ministro da Educação, Henrique Paim, disse que o portal será divulgado nas escolas para estimular os educadores a acessar o material e abordar o tema em sala de aula.

Eleonora Menicucci desta-cou a importância da educação para a preservação da memória. “Vai ser de muita valia para o sistema educacional brasileiro, e para toda a sociedade, para que tenhamos a memória viva de tudo que ocorreu na ditadura militar”.

Portal traz informações sobre os Anos de Chumbo

Lembranças

Presa e torturada durante a ditadura militar, a secretária de Políticas para Mulheres, ministra Eleonora Menicucci, falou so-bre as marcas da violência física e psicológica sofrida no período. Ela destacou que as violações ocorridas durante a ditadura não podem ser esquecidas para evitar que se repitam. “Não podemos deixar que o passado caia no es-quecimento. Precisamos lembrar

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G e s t ã o

A Controladoria Geral da União (CGU) e o Sebrae trabalha-rão juntos na divulgação da Lei Anticorrupção, formulando mate-rial informativo e cursos para dis-seminar a Lei da Empresa Limpa (Lei 12.846/2013) entre as micros e pequenas empresas que faturam até R$ 3,6 milhões por ano.

O acordo assinado pelo dire-tor do Sebrae José Claudio dos Santos e o secretário-executivo da CGU, Carlos Higino, tem a intenção de promover a adoção, por parte das micro e pequenas empresas brasileiras, de mecanis-mos e procedimentos internos de integridade, controle e incentivo à denúncia de irregularidades e aplicação efetiva de códigos de ética e conduta.

“Estamos nos unindo à CGU neste movimento anticorrupção para aproveitarmos a capilaridade do Sebrae junto aos pequenos ne-gócios. O Sebrae está comprome-tido em criar soluções e mecanis-mos que irão disseminar a cultura da ética”, afirmou José Claudio dos Santos.

Carlos Higino des-tacou que a parceria tem por objetivo conscienti-zar as micro e pequenas empresas sobre a impor-tância e os benefícios de investir e adotar uma postura mais ética nos negócios. “A estrutura do Sebrae e sua farta ex-periência na capacitação e orientação de empresá-rios são elementos fun-damentais e imprescindíveis para o sucesso dessa iniciativa”

Para ele, a cooperação deixa claro que todo tipo de empresa, independentemente do tamanho, está sujeita à Lei da Empresa Lim-pa e deve, portanto, possuir os meios para prevenir, detectar e sanar desvios, fraudes, irregula-ridades e atos ilícitos praticados contra a administração pública.

Rigor

A Lei Anticorrupção está em vigor desde janeiro deste ano e prevê punição às empresas por

Parceria no combate à corrupção

atos corruptos de seus proprietá-rios e funcionários. Antes da lei, apenas funcionários flagrados praticando o crime eram punidos, sendo que a empresa permanecia isenta de culpa. Agora, as puni-ções podem chegar até a suspen-são das atividades.

A lei também prevê, em caso de corrupção, a inclusão da em-presa no Cadastro Nacional de Empresas Punidas (Cnep) e a proi-bição de receber recursos (em-préstimos, doações e subsídios) de instituições financeiras públi-cas ou controladas pelo poder pú-blico.

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G e s t ã o

O portal Dados Abertos do Governo do Distrito Fe-deral (GDF) está entre os

cinco finalistas do Prêmio Gober-nart: A arte do Bom Governo, do Banco Interamericano de Desen-volvimento (BID). O portal integra o projeto de governo eletrônico do Distrito Federal e visa fomentar a transparência dos dados locais.

Em sua segunda edição, o prêmio do Banco Interamericano de Desenvolvimento vai identifi-car, premiar, documentar e difun-dir iniciativas geradas por parce-rias entre governos subnacionais e empresas do setor privado ou a sociedade civil para promover no-vas formas de inclusão social pelo uso de meios digitais, como redes sociais, aplicativos para web, te-lefonia móvel e outras soluções tecnológicas

Criado pela Subsecretaria de Tecnologia da Informação e Co-municação (Sutic), da Secretaria de Planejamento e Orçamento (Seplan), em parceria com a Se-cretaria de Transparência e Con-trole, o portal Dados Abertos do Distrito Federal faz parte do proje-to Mobilidade Cidadã.

A plataforma eletrônica tem por objetivo oferecer serviços mó-veis aos cidadãos do DF e fomentar a transparência dos dados que são gerados pelo Poder Executivo local.

Mobilidade cidadã

O portal Dados Abertos e o aplicativo Visite Brasília foram lançados em 21 de abril de 2014, no dia do aniversário da capital, e correspondem às primeiras etapas do projeto Mobilidade Cidadã.

Dentro do projeto também estão previstos mais três aplica-tivos: o Agente Cidadão (ouvido-ria, asfalto, iluminação pública e poda de árvores), o e-Fiscal (defe-sa civil, obras e estabelecimentos) e o e-Serviço (falta de luz e segun-da via de conta de luz).

Desenvolvidos em platafor-ma framework CKAN, o maior framework livre para publicação

Distrito Federal concorre ao Prêmio Gobernart

de dados abertos, o portal Da-dos Abertos do GDF permite ao cidadão visualizar e desenvolver aplicativos para análise de dados, promovendo a melhoria de servi-ços e gerando maior participação da sociedade. Essa foi a primeira iniciativa do GDF disponibilizada para abertura de dados.

Projeto oferece serviços móveis aos cidadãos e transparência de dados

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M e i o A m b i e n t e

O Prêmio ANA 2014 premiou sete iniciativas inovadoras na ges-tão e uso sustentável dos recursos hídricos no Brasil, nas categorias Ensino, Empresas, Governo, Im-prensa, ONG, Organismos de Bacia e Pesquisa e Inovação Tecnológica. Promovido pela Agência Nacional de Águas, com patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Na categoria Empresas, a ini-ciativa vencedora foi a da para-naense Antares Reciclagem Ltda., com o projeto Ecoácido, um pro-cesso ecológico de reciclagem de solução eletrolítica de bate-rias usadas, que não contamina o meio ambiente.

A Universidade Federal Rural da Amazônia, em Belém (PA), foi premiada na categoria Ensino, pelo projeto que promove a so-ciobiodiversidade com geração de renda e restauração am-biental em comunidades ribeirinhas na Amazô-nia Oriental.

O canal de TV Globo News ganhou o prêmio na categoria Imprensa, pelos especiais “Água 1 e 2”, exibidos nos dia 20 e 27 de março de 2013. Os episódios tratavam de soluções para o uso inteligente da água no Brasil e nos Estados Unidos.

Mudança de atitude

Na categoria Organizações Não Governamentais (ONG), o Instituto Terra, de Aimorés (MG), foi o vencedor. A iniciativa reali-

za o Programa Olhos D'Água, que melho-ra a qualidade da água da bacia do Rio Doce e aumenta sua vazão.

O projeto Minas D'Água, realizado pelo Comitê das Bacias Hidrográ-

ficas dos Rios Guandu-Mi-

Iniciativas inovadoras no uso dos recursos hídricos

rim e da Guarda, em Seropédica (RJ), foi premiado na categoria Organismos de Bacia. O Comitê elaborou diagnóstico ambiental e do dimensionamento de medidas de mitigação para minas de água.

Na categoria de Pesquisa e Inovação Tecnológica, o vence-dor foi o Centro Acadêmico do Agreste de Caruaru, da Univer-sidade Federal de Pernambuco, com projetos das tecnologias so-ciais para melhoria da qualidade da água armazenada nas cisternas em épocas de chuva e estiagem

Para a ministra do Meio Am-biente, Izabella Teixeira, a pre-miação é uma forma de perceber as mudanças vividas na sociedade do ponto de vista ambiental: “Pre-miar não é só reconhecer quem faz; é reconhecer que está acon-tecendo uma mudança de atitude no país”.

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M e i o A m b i e n t e

O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) aprovou o Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Tubarões e Raias Marinhos Ame-açados de Extinção (PAN Tuba-rões), com ênfase nas 12 espécies ameaçadas de extinção, que estão distribuídas ao longo do litoral brasileiro.

O PAN Tubarões tem como objetivo geral mitigar os impactos sobre os elasmobrânquios mari-nhos ameaçados de extinção no Brasil e de seus ambientes, para fins de conservação em curto pra-zo. Para tanto, o plano estabelece objetivos, ações, prazo de execu-ção, abrangência e formas de im-plementação e supervisão.

O plano estabeleceu 67 ações distribuídas em nove obje-tivos específicos, com prazo de vigência até julho de 2019 e com supervisão anual. Entre os objeti-vos estão o aperfeiçoamento do processo de gestão pesqueira; o

aprimoramento do marco legal; a sensibilização dos pescadores e da sociedade, e o aprimoramento do controle e vigilância da cap-tura incidental dos elasmobrân-quios marinhos ameaçados de extinção.

Ameaças

Em todo mundo são conhe-cidas mais de 1000 espécies de elasmobrânquios, tendo já sido identificadas pelo menos 500 es-pécies de tubarões e 600 espécies de raias. O Brasil abriga uma das

Plano Nacional protege tubarões e raias marinhas

maiores biodiversidades de pei-xes cartilaginosos, com um total de 168 espécies, sendo que 151 delas são marinhas.

Estes organismos atuam significativamente no controle e na manutenção de diversas populações de animais, garan-tindo o equilíbrio e o bom fun-cionamento de diferentes pro-cessos ecológicos e evolutivos marinhos.

Portanto, é fundamental que cada vez mais se esclareça e di-vulgue o verdadeiro papel que estas espécies possuem na manu-tenção dos mais variados ecos-sistemas marinhos, uma vez que a grande maioria das espécies é carnívora, e predadores de topo da cadeia trófica.

Entre as principais ameaças identificadas no Brasil estão a captura incidental pela pesca in-dustrial e artesanal, a degradação de habitats e a imagem negativa dada aos tubarões.

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S o c i a l

A Diretoria de Desenvolvi-mento de Asssentamentos do Ins-tituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) abriu novo processo para a seleção de pro-jetos destinados à construção de estradas e obras de infraestrutura em assentamentos. Este é o segun-da processo aberto em 2014.

O chamamento publico para obras de infraestrutura em assentamento vai selecionar pro-jetos elaborados para estados e cidades, incluindo o Distrito Federal, e consórcios públicos constituídos por entidades go-vernamentais acima de R$ 250 mil que se destinem a aprimorar vias de acesso, construção de pontes e vias de escoamentos vi-cinais que liguem assentamentos às sedes das cidades.

As obras de infraestrutura serão destinadas prioritariamente

para assen-t a m e n t o s da reforma agrária que já solicita-ram recur-sos para a construção de moradias pelo progra-ma Progra-ma Minha Casa Minha Vida.

Sinergia

Segundo o presidente do In-cra, Carlos Guedes, a iniciativa é um importante passo para agilizar as obras necessárias e aperfeiçoar a sinergia entre os entes públicos.

“As obras de infraestrutura contribuem para que os traba-lhadores tenham assentamentos mais estruturados e organizados, melhorando a qualidade de vida e estimulando o processo produ-tivo das comunidades”, afirmou Guedes.

Os critérios para a identifi-cação das demandas rodoviárias envolvem a implantação, com-plementação ou recuperação de estradas vicinais internas e vias

Incra seleciona projetos de infraestrutura

de acesso a assentamentos.As propostas devem ser inseridas no Sistema de Gestão de Convênios e Contratos de Repasse (Siconv), onde serão analisadas.

Fórum

O Incra também criou um novo espaço de discussão para ampliar a participação e contro-le da sociedade civil nas ações de regularização fundiária e am-biental. O recém criado Fórum de Acompanhamento do Progra-ma Assentamentos Verdes (PAV) vai buscar alternativas locais de prevenção, mitigação e gestão de conflitos em territórios da re-forma agrária.

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N e g ó c i o

A partir de agora, o Ministé-rio do Desenvolvimento Agrário vai atestar a origem dos produ-tos feitos por índios que residam em terras indígenas devidamente reconhecidas pela Fundação Na-cional do Índio (Funai). O Selo Indígenas do Brasil foi Instituído por portaria interministerial e será concedido às peças artesanais e a produtos extrativistas indígenas.

Antiga reivindicação de co-munidades indígenas que vendem parte de sua produção, o selo de origem tem o objetivo de promo-ver a identificação de procedên-cia étnica e territorial de produtos feitos por povos e comunidades indígenas.

O selo será concedido a produtores, cooperativas e associações de pro-dutores indígenas que exerçam suas ativida-des em áreas ocupadas por suas respecti-vas comuni-dades e cujo Relatório Cir-cunstanciado de Identificação e Delimitação de Terras Indígenas já tenha sido publicado no Diário Oficial da União.

Requisitos

Ao requisitar o selo, o interes-sado deverá comprovar que preen-che os mesmos requisitos exigidos para a obtenção do Selo de Iden-tificação da Participação da Agri-cultura Familiar (Sipaf), como ter a declaração que identifica os produ-tores aptos a se beneficiar do Pro-grama Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) e comprovar que o produto tem em sua constituição um percentual mí-nimo preestabelecido de produção da agricultura familiar.

Além da autorização da co-munidade, é necessária a decla-ração da Funai atestando que o

Produtos indígenas receberão selo de procedência

produtor exerce sua atividade em terra indígena já declarada, iden-tificada, homologada ou devida-mente registrada.

O aval da comunidade indí-gena deverá ser confirmado pela Funai, por meio de reunião regis-trada em ata, contendo a lista dos produtos a serem identificados, a relação de produtores reque-rentes, o nome da terra indíge-na, assim como o da aldeia e a declaração de que os processos de produção respeitam as legis-lações ambiental e indigenista vigentes.

O Selo traz elementos do ar-tesanato, da agricultura e do ex-trativismo tradicional dos povos indígenas, como cestaria, milho, mandioca, banana, açaí e guaraná.produtores, cooperativas

e associações de pro-dutores indígenas que exerçam suas ativida-des em áreas ocupadas por suas respecti-

cunstanciado de Identificação e Delimitação de Terras Indígenas já tenha sido publicado no Diário Oficial da União.

munidade, é necessária a decla-ração da Funai atestando que o

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E c o n o m i a

O cultivo do bambu é uma alternati-va sustentável à limitação mundial da oferta de madeira certificada para aplicação como matéria-prima principal e complementar à madeira. Matéria-prima de usos múltiplos, o bambu pode ser aplicado em atividades que vão desde a produção de alimentos, na forma de brotos, até sofisticados projetos de enge-nharia.

Em países orientais e da América Latina, o bambu é largamente utilizado na constru-ção civil, artesanato, indústria moveleira, de celulose, setor energético e químico. Na Chi-na, uma das principais aplicações é na cons-trução, inclusive em arquiteturas irregulares, por ser de fácil contorno, extremamente eco-lógica, forte, durável e de fácil transporte.

A Rede Brasileira do Bambu quer inserir o país neste mercado promissor. O Brasil possui a maior diversidade de bambu das Américas e o Acre ocupa papel estratégico neste con-texto, porque abriga uma das maiores reservas nativas do mundo, com mais de 600 mil hec-

O promissor mercado do bambu brasileiro

tares ocupados pela planta. Mas esta versatilidade do bambu ainda é pouco difundida no Brasil, onde sua utilização praticamente se restringe à produção arte-sanal de móveis em pequena escala.

Mercado

Uma alternativa promissora para o negócio do bambu é o mercado de aglomerados e laminados, cuja demanda vem crescendo nos grandes centros. As reservas naturais encontradas no Acre contêm as principais espécies com potencial econômico e representam uma extraordinária possibilidade eco-nômica sustentável. As características da madeira fornecida por este vegetal favorecem uma produção mais limpa e barata, agregando aspectos sociais, econômicos e ambientais à produção.

Felizmente este cenário está mudando. O go-verno do Acre, a Embrapa e o Sebrae atuam em di-versos projetos voltados para as indicações de uso, caracterização e identificação de espécies, ocorrên-cia, manejo e conservação de bambuais.

O bambu é uma planta de difícil reprodução. Algumas espécies levam entre 30 e 100 anos para florescer e produzir sementes e, quando isto acon-tece, aproximadamente 95% das sementes são invi-áveis para plantio. Essa grande oferta de bambu que ocorre naturalmente é uma vantagem competitiva para o estado.

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E c o n o m i a

O segundo ciclo do Pro-grama de Aceleração do Crescimento (PAC 2) já

desembolsou aproximadamente R$ 1 trilhão, sendo que R$ 253,3 bilhões foram destinados a ações de geração de energia elétrica, pe-tróleo e gás natural.

De acordo com o balanço sobre os quatro anos de progra-ma, os investimentos em energia agregaram mais 15,9 mil mega-watts (MW) ao parque gerador do país, sendo 5.708 MW apenas em 2014. O PAC 2 concluiu 53 linhas de transmissão de energia elétrica, com praticamente 20 mil quilômetros de extensão e 15 su-bestações.

Parte dessa energia (3.636 MW) foi obtida com o início da operação de 51 turbinas das usinas hidrelétricas Santo An-tônio (com capacidade de 3.15

mil MW) e Jirau (3.75 mil MW), no Rio Madeira, em Rondônia. Mais 18.839 MW serão agrega-dos ao sistema, com a constru-ção de oito hidrelétricas; e mais 1.992 MW com a conclusão de três termelétricas.

A geração a partir da ener-gia eólica também contribuiu para o resultado, principalmente após a operação de 108 usinas, totalizando 2.849 MW de capa-cidade instalada. Com a con-clusão das obras, mais 89 usi-nas eólicas acrescentarão 2.324 MW ao sistema.

De acordo com o balanço, 23.239 MW, com origem nas diversas fontes, ainda entrarão no sistema elétrico, na medida em que as obras forem conclu-ídas. Só a Usina de Belo Monte terá 11.233 MW de capacidade instalada

PAC 2 aumentou parque energético

Petróleo

No mesmo período, foram concluídos 28 empreendimentos em exploração de petróleo, 21 no refino e petroquímica, 11 em fertilizantes e gás natural e três em combustíveis renováveis.

Ao longo de quatro anos, o governo investiu R$ 22 bilhões em obras de modernização e me-lhoria da qualidade das refina-rias. O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro está com 82% das obras concluídas. Na Bacia de Santos, nove plataformas es-tão operando.

Nas demais, o destaque fica com a operação de mais oito plataformas, construídas total ou parcialmente. Além disso, 448 poços tiveram suas perfurações iniciadas. Destes, 174 estão lo-calizados no mar e 198 em terra.

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C â m a r a s & A s s e m b l é i a s

O recém eleito presidente da Câmara Municipal de Goiânia, ve-reador Anselmo Pereira (PSDB), assume no próximo dia 1º de Janei-ro com o propósito de aproximar ainda mais o Poder Legislativo da comunidade goianiense. “Vamos colocar a Câmara à disposição da so-ciedade mais uma vez, vamos à luta, vamos trabalhar por Goiânia, vamos construir, vamos convergir e fazer com que realmente a Câmara seja compartilhada, em beneficio de toda a cidade”, afirmou.

O vereador agradeceu o ges-to de confiança dos seus pares, que possibilitou a segunda eleição unânime em 81 anos de história da Câmara. “Não posso deixar de agradecer o gesto de nosso atual presidente, Clécio Alves, de nos devolver, de forma democrática, saudável e humana, o gesto de grandeza em fazer com que, no-

vamente a Casa aja como um ver-dadeiro parlamento, ao eleger por unanimidade sua Mesa Diretora”.

Ele afirmou que a relação com o prefeito Paulo Garcia será extremamente diplomática e con-vergente, observando todos os problemas da cidade, mas ressal-tou que a Câmara sempre atuará como poder autônomo, respeitan-do a consciência e as particulari-dades de cada vereador.

Hora certa

Anselmo Pereira agradeceu às forças que atuaram para a for-mação da chapa eleita e destacou a postura democrática do governa-dor Marconi Perillo, que segundo ele, “em nenhum momento inter-veio diretamente na formatação da chapa, dando mais um exemplo do grande estadista que é”.

Câmara de Goiânia vai se aproximar da comunidade

Segundo o parlamentar, a presidência da Câmara veio na hora certa: “Depois de 38 anos de mandato, já com maturidade sufi-ciente para carregar esta responsa-bilidade que me foi designada”.

Ele garantiu que, durante sua gestão, a Câmara Municipal funcionará como uma ponte com a Prefeitura, estabelecendo o diálogo franco, aberto e trans-parente em benefício de Goiânia. “O Legislativo estará a serviço de toda a cidade, afirmou.

Citando o poeta Fernando Pessoa, Anselmo Pereira concluiu seu discurso afirmando que os so-nhos não morrem, pois “o homem é do tamanho do seu sonho”.

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C â m a r a s e A s s e m b l é i a s

A Comissão de Constitui-ção, Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa aprovou a autorização para o governo do Rio Grande do Norte contratar empréstimo de R$ 850 milhões com o Banco do Brasil. O relator da matéria, deputado Kelps Lima (Solidariedade), encartou emen-da restringindo a aplicação dos recursos na saúde pública e na infraestrutura para o desenvolvi-mento das cadeias produtivas.

A reunião foi acompanhada pelo presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do Norte e prefeito de Lajes, Benes Leocá-dio (PMDB), o prefeito de Serrinha, Fabiano Souza (PMDB), e o pre-feito de Afonso Bezerra, Jackson Bezerra (PSD). Os parlamentares se reuniram com os representantes dos municípios para elaboração do parecer final.

“A situação dos municípios é de penúria frente à queda na ar-recadação em função das isenções fiscais. Os recursos são necessários para recuperar a nossa capacidade de in-vestimento”, defen-deu Benes Leocádio.

O governo do estado deverá enviar o plano de aplicação

dos recursos, por meio de lei, para aprovação da As-sembleia Legislativa. “A diferença é que não demos um cheque em branco ao Executivo. A destinação dos recursos será aprovada pela As-sembleia Legislativa”, enfatizou o deputado Kelps Lima.

Fundam

O parecer do deputado Ge-orge Soares (PR) sobre a criação do Fundo Estadual de Apoio à Modernização da Infraestrutura dos Municípios do RN (Fundam) também foi aprovado pela CCJ, com algumas alterações ao proje-to encaminhado pelo Executivo.

A gestão financeira dos re-cursos será feita por um conselho formado por representantes do Executivo, Legislativo e Federa-

CCJ cria Fundo dos Municípios

ção dos Municípios do Rio Gran-de do Norte. Os recursos do fun-do ficarão em contas específicas, para atender às obras de infraes-trutura e convivência com a seca. Os critérios de distribuição deve-rão ser discriminados em lei, com a participação dos membros do Conselho Estadual de Gestão do Fundo Estadual de Apoio à Moder-nização da Infraestrutura dos Mu-nicípios do Rio Grande do Norte.

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PEDRO ABELHA [email protected]

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OLIVETTO NO HALL DA FAMA DO

THE ONE CLUB

Menos de dois meses após receber o Clio Life Achievement Award, Washington Olivetto, chairman da WMcCann e chairman criativo do McCann World-group para a América Latina e Caribe, recebe outra distinção de uma das mais renomadas entidades da publicidade mundial. O The One Club, produtor dos prestigiados One Show Award e Creative Week, anun-ciou a indicação de Olivetto a seu Creative Hall of Fame, que contará com cerimônia de entrega no dia 27 de janeiro de 2015, em Nova York.

Olivetto é o primeiro publicitário não anglo-saxão a receber tal honraria, juntando-se ao seleto time de membros do Creative Hall of Fame iniciado em 1961, com a indicação de Leo Burnett. Outros membros este-lares desse clube são Bill Bernbach, David Ogilvy, Steve Jobs, Sir John Hegarty, Jay Chiat, Ed McCabe, Lee Clow e George Lois, entre outros. “Ainda não estou acreditan-do que um clube como esse está me aceitando como sócio, mas faltava um brasileiro nessa história e, sendo assim, acho justo que seja eu”, declara Olivetto.

“O The Creative Hall of Fame possui uma ilustre herança, reconhecen-do a obra de um sele-to grupo de homens e mulheres na publi-cidade e no design. Luminares criativos como David Ogilvy, Bill Bernbach e Lee Clow estabeleceram um alto padrão e ins-piraram a excelência.

Celebramos as conquistas dos no-meados recentes e os parabenizamos com essa honra”, explica Mary Warlick, CEO do The One Club.

PRÊMIO CABORÉO mercado da comunicação conheceu os vence-

dores do Caboré de 2014, tradicional premiação do seg-mento no Brasil. A 35ª edição do evento aconteceu no Citibank Hall, em São Paulo.

Confira a relação de vencedores: Dirigente ou Empresário da Indústria da Comunicação - Márcio San-toro (Africa); Anunciante - Bomnegócio.com; Profis-sional de Marketing - Eduardo Tracanella (Itaú); Agên-cia do Ano - Leo Burnett Taylor Made; Profissional de Atendimento - Daniel Jotta (DPZ); Profissional de Mídia - Daniel Chalfon (Loducca); Profissional de Planeja-mento - Renata D’Avila (Lew’LaraTBWA); Profissional de Criação - Hugo Rodrigues (Publicis); Veículo de Co-municação – Plataforma de Mídia – Facebook; Veícu-lo de Comunicação – Produtor de Conteúdo - Globo.com; Profissional de Veículo - Daniela Mignani (GNT); Produção Publicitária - Bossa Nova Films; Serviço de Marketing – Tátil.

MOUSE OCULAR

A Samsung apresentou um aparelho que rastreia o movimento dos olhos. A ideia é permitir que o movimen-to ocular seja usado para controlar as ações de um com-putador e executar tarefas como mover o cursor e rolar páginas, entre outras possibilidades. O aparelho se chama Eyecan+ e fisicamente tem mais ou menos o tamanho de receptores de sinal de TV paga. Acoplada debaixo de mo-nitores, a tecnologia transforma a atividade dos olhos em ações práticas reproduzidas no computador. O principal objetivo é ajudar pessoas incapazes de se mover em virtu-de de alguma deficiência motora.

A comercialização dos produtos, pelo menos por enquanto, não está nos planos da Samsung, que preten-de doar os aparelhos para instituições de caridade. Tanto o software quanto o hardware terão suas configurações e arquitetura abertas em breve, segundo a empresa sul-coreana. Não é a primeira vez que a marca desenvolve tal tecnologia. O primeiro “mouse ocular” foi lançado em 2012. O novo produto, entretanto, teve melhorias na cali-bragem e na interação com os usuários.

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midia

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PATROCÍNIO NO FUTEBOLSegundo a 5ª Edição da pesquisa Diário LANCE! - IBO-

PE sobre o comportamento do torcedor brasileiro, 56,6% dos pesquisados não conseguem citar sequer uma marca patro-cinadora de times nacionais. Foi constatado, ainda, que as marcas com mais tempo junto aos clubes, como BMG (Atléti-co Mineiro), Unimed (Fluminense) e Banrisul (Internacional e Grêmio) são as que atingiram maiores índices de percepção.

Entre os motivos para estes resultados, estão fatores como contratos curtos de patrocínio; clubes com unifor-mes poluídos pela exposição excessiva e escassez de projetos de construção de marca conjunta, envolvendo vários players com relacionamento mais próximo ao torcedor, além do uniforme e TV. Em percentuais de lembrança, a li-derança é da parceria BMG – Atlético Mineiro, com 38%. Em seguida vem a da Unimed –Fluminense, com 34,4%; o Banrisul investe nos dois rivais gaúchos e fica com 32,6% de lembrança com o Internacional e 31,4% com o Grêmio. O BMG, que também aposta nos dois principais clubes mineiros, reaparece com 30,4% nas camisas do Cruzeiro. Depois vem o Guaraviton, com 20,4% por sua parceria com o carioca Botafogo.

Na sequência, vem a Caixa com o Corinthians, 18,8%, e com o Vasco, 15%. A Adidas com o Flamengo (14,2%) e Palmeiras (12,2%), a LG com o São Paulo (9,2%) e novamente o BMG, com o Santos, 8,5%. Foi identificado que os torcedores dos grandes clubes têm ínfima lembrança sobre os patrocinadores. Alguns, quando lembram, mencionam antigas parcerias, como a da Parmalat com o Palmeiras (10,3% de lembrança entre os alviverdes), que terminou há mais de dez anos.

De nove dos 12 principais clubes brasileiros, os próprios torcedores não souberam citar nenhum patro-cinador. O ranking dos sem lembrança tem São Paulo e Santos empatados com 61,1% na liderança, seguidos por Flamengo, com 58,9%, Corinthians, com 57,9%, Vasco 57,3%, Botafogo e Palmeiras, 55,9%, Grêmio, 51,7%, Cruzeiro, 51,6%, Fluminense 48,8%, Internacional, 42,5% e Atlético MG, 38,8%. Foram entrevistadas mais de sete mil pessoas em todo o país. Como comparação, pesquisas eleitorais de abrangência nacional são realizadas com cerca de três mil pessoas.

FONE COM VIBRAÇÃO

Entre os jogadores, é comum ouvir falar que a alma dos ga-mes é a qualidade do som, que precisa ser capaz de nos levar o mais próximo possível da realidade. Pensando justamente em proporcionar mais esse avanço nos jogos, a Genius, multinacio-nal fabricante de equipamentos para informática, apresentou ao mercado o HS-G500V, novo fone com sistema de vibração. O objetivo é fazer com que o jogador se sinta dentro da ação.

O HS-G500V tem arco ergonômico e espuma para garan-tir conforto para uso prolongado, além de total vedação a sons externos. Conta ainda com um microfone de alta fidelidade para comunicação entre os jogadores ou simplesmente para bate papo na internet. A função de vibração no fone é alimentada por uma porta USB e seu controle de volume em linha facilita os ajustes. O microfone, com função mute, pode ser posicionado num ângulo mais adequado para que a voz seja sempre clara.

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M o b i l i z a ç ã o

Principal fonte para o abas-tecimento nos primeiros séculos da capital fluminense e persona-gem de episódios históricos na cidade, como o reflorestamento do Maciço da Tijuca e a constru-ção dos Arcos da Lapa, o Rio Ca-rioca passa hoje pelo subsolo de bairros da zona sul do Rio, sem que muitos moradores saibam de sua existência.

No início do mês, pesquisa-dores, educadores e moradores fi-zeram uma caminhada pelo traça-do atual, para pedir a recuperação do rio e mobilizar grande parte da população que não lembrava ou nunca soube das águas que passa-vam sob seus pés.

“A população desconhece que o rio passa embaixo de onde ela vive. Fizemos uma incursão pela nascente e foi incrível. É lim-píssima. Até passar pela comuni-dade dos Guararapes, o rio é total-mente limpo. Vamos hastear um marco onde o Poder Público tem que atuar”, disse Silvana Gontijo, coordenadora da campanha de resgate do Rio Carioca e presiden-te da organização não governa-mental Planetapontocom.

A caminhada passou pela comunidade dos Guararapes, em Santa Teresa, pelo Largo do Bo-ticário, no Cosme Velho, e pelos bairros de Laranjeiras e Flamengo,

até chegar ao encontro do Rio Ca-rioca com a Baía de Guanabara, no Aterro do Flamengo.

História

“É um trabalho para recupe-rar a memória do Rio Carioca, que tem uma importância social para o Rio de Janeiro, uma história des-lumbrante. Ele foi a única fonte de água potável nos primeiros anos do século 16”, conta Silvana, que lembra que o rio era valorizado pelos índios tupinambás. Essa tri-bo, que habitava o local onde a cidade foi fundada, o considerava fonte da vida e capaz de deixar as mulheres mais belas, e os homens com vozes mais potentes.

A construção do aqueduto, hoje conhecido como os Arcos da Lapa, uma das primeiras gran-des obras urbanísticas da América do Sul, teve a finalidade de levar a água do rio para o centro da cida-de, chegando ao Largo da Carioca.

Resgate do Rio Carioca

Moradores desconhecem que o rio passa pelo subsolo de bairros da Zona Sul

Quando o desmatamento do Maciço da Tijuca para o plantio de café comprometeu a vazão do Rio Carioca e outros, Dom Pedro II decidiu dar início ao refloresta-mento, que deu origem ao atual Parque Nacional da Tijuca. “A maior floresta urbana do mundo existe por causa dessa preocupa-ção”, recorda ela.

No início do século 20, no entanto, com as reformas urba-nas iniciadas pelo prefeito Pereira

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M o b i l i z a ç ã o

fluxo e ornamentando a cidade em pontos como as praças Ben-Gurion e José de Alencar, com pequenos lagos e chafarizes. Para isso, ela destaca que o rio precisa de tratamento. “Ele recebe o lan-çamento de prédios e só é trata-do no final, não no caminho. No meio de uma crise hídrica como a que a gente vive, todos os manan-ciais têm que ser preservados”, defende Silvana.

Para o engenheiro sanitaris-ta da Fundação Oswaldo Cruz, Alexandre Pessoa, é viável planejar a recuperação do rio: “É uma mudança de paradig-ma”, afirma. Ele explica que a iniciativa não busca apenas o saneamento básico, mas um ver-dadeiro saneamento ambiental, potencializando o que o rio tem de original na sua história, no seu trajeto, na sua relação com o ambiente e com as florestas.

“O Rio Carioca interliga di-versas estruturas de engenharia de altíssimo valor ambiental, paisa-gístico e da história hidráulica do nosso país”, ressalta o engenheiro.

Passos, o rio passou a correr sub-terrâneo. Nessa época, a pesqui-sadora conta que o adensamento populacional e as consequências da poluição, como o mau cheiro, contribuíram para que ele desapa-recesse da vista dos cariocas.

Resgate

Passados cerca de 100 anos, a ideia é pedir que o rio seja res-gatado, recuperando parte de seu

Para os tupinambás, Rio Carioca era a fonte da vida

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S a ú d e

A intensificação das campanhas de prevenção

da Aids nas redes sociais e em aplicativos de encontros

para celulares será a estraté-gia do Ministério da Saúde para

reverter a tendência de aumento dos casos da doença entre jovens do sexo masculino.

“Temos que agir de forma contundente, principalmente jun-to à população de jovens de 15 a 24 anos, do sexo masculino,

particularmente os jovens gays, porque entre eles a velocidade de transmissão do HIV é muito maior do que entre a população em ge-ral”, ressalta o secretário de Vigi-lância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa.

De acordo com dados divul-gados pelo ministério, por oca-sião do Dia Mundial de Comba-te à Aids (1º de dezembro), entre os jovens dessa faixa de idade a incidência tem aumentado, pas-

sando de 9,6 casos por 100 mil habitantes, em 2004, para

12,7 casos por 100 mil habitantes em 2013. Ao

todo, 4.414 novos jo-vens foram detec-

tados com o ví-rus em 2013,

enquan to em 2004 e r a m 3.453.

“São mui-tas as ex-plicações para esse aumento, mas inde-pendente

das causas, a realidade é que ti-vemos um aumento de 68% nos casos entre meninos de 15 a 24 anos, enquanto que entre as me-ninas a redução foi de 12%, no

Redes sociais no combate à Aids

período de uma década”, enfati-za o secretário.

Prevenção

Além de alertar os jovens gays para a prática do sexo segu-ro, com o uso do preservativo, o Ministério considera fundamen-tal ressaltar a importância do teste do HIV para que o portador assintomático comece a tomar a medicação gratuita, fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo secretário, o tra-tamento precoce também serve como prevenção, reduzindo con-sideravelmente os casos de pes-soas que não sabem que são por-tadoras do vírus da aids, e que, por isso, estão transmitindo para outras pessoas.

Atualmente 60 organizações não governamentais, parceiras do ministério, fazem mais de mil testes rápidos de HIV por mês nas populações mais vulneráveis, na porta de bares e boates gays e nas calça-das onde atuam os profissio-nais do sexo, se-jam tra-vestis, ho-mens ou mulheres.

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A g r i c u l t u r a

O grande potencial agríco-la do estado do Tocantins vem sendo comprovado anualmente pelo crescimento das safras de grãos. Nos últimos quatro anos, a produção de grãos aumentou em 51,85%, comparando a safra 10/11 com a safra 13/14.

Em 2010/2011, a produção foi de 2 milhões 210 mil tone-ladas de grãos e na última safra, 13/14, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registrou uma produção de 3 milhões 356 mil toneladas de grãos, com des-taque para as culturas do algodão, amendoim, sorgo, feijão, e milho.

A área de plantio de grãos já ultrapassou 1 milhão 060,6 mil hectares, sendo que o Tocantins ainda possui mais de cinco mi-lhões de hectares que podem ser explorados com a agricultura. A soja lidera o ranking: na última sa-fra, o estado produziu 2 milhões 127,9 mil toneladas, com uma produtividade média de 3.164 Kg por hectare plantado.

Cenário

O secretário executivo esta-dual da Agricultura e Pecuária, Ruiter Pádua, explica algumas razões para o sucesso agrícola da região: “Nosso estado é amplo, promissor por ainda ter terras a serem exploradas, além de ter as características que um produtor de grãos procura no momento de investir, que são terras planas, lu-minosidade, recursos hídricos e período chuvoso bem definido”.

A infraestrutura para o es-coamento da safra também é um fator relevante. “O Tocantins é o 6º estado brasileiro em rodovias pavimentadas, além disso, temos em funcionamento o pátio Multi-modal da Ferrovia Norte-Sul, que liga o município de Porto Nacio-nal até o Porto de Itaqui, no esta-

Tocantins ganha terreno na produção de grãos

do do Maranhão, e o restante do trecho dentro do estado está em construção”, completa Pádua.

A produção de soja teve um crescimento de 67,77% da safra 10/11, que pro-duziu 1.227,1 mil toneladas. Já na safra 13/14, o estado produziu 2.058,8 mil toneladas. O culti-vo de milho na safra de 10/11 foi de 385,3 mil toneladas e na safra 13/14 foram produzidas 683,5 mil toneladas, apresentando um cres-cimento de 77,39%. O arroz teve crescimento de 11,93%, saltando de 485,8 mil toneladas produzidas na safra 10/11 para 543,6 mil tone-ladas na última safra.

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C o n s u m i d o r

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) vai criar um fundo de compensação para apoiar projetos de organizações de defesa do consumidor. Os Re-cursos virão de um Termo de Ajus-tamento de Conduta (TAC) firma-do com a BV Financeira, que vai pagar R$ 7,2 milhões por práticas financeiras abusivas.

A assinatura do acordo será um marco para a defesa do con-sumidor no Brasil. “O TAC é his-tórico, pois prevê medidas muito significativas em duas frentes: a devolução do valor aos consu-midores diretamente afetados; e

a reparação coletiva por meio do financiamento de ações das en-tidades civis”, ressalta o diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC), Amaury Oliva.

O TAC é fruto de um acordo com a BV Financeira como san-ção por práticas abusivas contra clientes, investigadas pelo De-partamento de Proteção e Defesa do consumidor. A instituição foi acusada de cobrar tarifa de aber-tura de cadastro de quem já era cliente; tarifa de liquidação ante-cipada; e de rescindir contratos unilateralmente.

Fundo de compensação beneficiará consumidor

Acordo

Além da multa, a BV se compromete a devolver os va-lores cobrados indevidamente dos consumidores, o que tota-liza aproximadamente R$ 30 milhões, e a readequar os con-tratos de crédito consignado. Os R$ 7,2 milhões serão aplicados no financiamento de projetos que serão executados pelas en-tidades civis ligadas ao Fórum Nacional de Entidades Civis de Defesa do Consumidor.

Amaury Oliva explicou que os recursos serão geridos por um comitê de acompa-nhamento e monitoramento de projetos formado por enti-dades como Procons e Minis-tério Público.

Para a coordenadora executiva do Idec, Elici Bue-no, esses recursos vão inau-gurar um novo modelo de apoio às organizações civis de defesa do consumidor. “A medida está em consonância com a Política Nacional das Relações de Consumo, pre-vista no capítulo II do Có-digo de Defesa do Consumi-dor”, destaca.

Ela ressaltou que a dis-tribuição dos recursos para os projetos será feita dentro de cri-térios rigorosos de gestão.

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O mais completo sistema contabil da Região Agreste e Litoral

Geraldo Freire

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E n e r g i a

A Petrobras recebeu autoriza-ção da Agência Nacional do Petró-leo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para operação de todas as unidades do Trem 1 de refino da Refinaria Abreu e Lima, em Per-nambuco. Com a medida tomada pela ANP, a empresa fica autoriza-da a produzir diesel na refinaria.

De acordo com a nota da Petrobras, a autorização já foi publicada no Diário Oficial da União. As permissões da ANP contemplam as unidades de des-tilação atmosférica, coqueamento retardado, tratamento cáustico, hidrotratamento de diesel, hidro-tratamento de nafta, geração de hidrogênio e tratamento de águas ácidas da refinaria.

Além dessas sete unidades, a ANP concedeu à Petrobras per-missão para operar 36 tanques e quatro esferas da primeira etapa da refinaria. Os tanques e esferas têm capacidade total de armaze-namento de aproximadamente 1

Petrobras já está operando na Abreu e Lima

milhão de metros cúbicos, e irão estocar petróleo, diesel, nafta, re-síduos e outros produtos

Produção

Dois dias após a publicação, a Petrobras iniciou a produção de derivados de petróleo na Uni-dade de Destilação Atmosférica (UDA) da Refinaria Abreu e Lima (Rnest). Os produtos foram envia-dos para armazenamento em tan-ques e esferas da refinaria.

A primeira carga de petró-leo, após o processamento na UDA, gerou gás liquefeito de pe-tróleo (GLP), nafta, diesel e resí-duo atmosférico (RAT) - insumo para a unidade de coqueamento retardado. Além dos derivados, foi produzido também gás com-bustível, que será utilizado nos processos da própria refinaria

A Abreu e Lima é a primeira refinaria de petróleo inteiramente construída com tecnologia nacio-nal. Segundo a Petrobras, quando estiver totalmente construída ela será a mais moderna refinaria já construída em território nacional, pois será a primeira adaptada a processar 100% de petróleo pe-sado com o mínimo de impactos ambientais e produzir combustí-veis com teor de enxofre menor do que o exigido pelos padrões internacionais mais rígidos.

Medida aprovada pela ANP permite operação de sete unidades de refino

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I n o v a ç ã o

O “App Pursuit Hackaton” – que utiliza os recursos do sistema de conectividade SYNC com co-mandos de voz - foi o vencedor do concurso Ford de desenvolvimento de aplicativos para veículos.

Selecionado entre dez fina-listas, o vencedor FuelSignal avi-sa quando o nível de combustí-vel do carro está baixo, localiza os postos próximos com melhor preço, permite fazer o pagamen-to pelo smartphone e ainda gera créditos dentro de um programa de fidelidade.

“Ficamos empolgados com o nível de inovação que os 10 fina-listas mostraram em seus aplicati-vos habilitados para operar com o Ford SYNC AppLink”, disse Scott

Burnell, líder global de Geren-ciamento de Parceiros do Ford Developer Program. “Os juízes sentiram que o aplicativo FuelSig-nal captou realmente o espírito do programa.”

Túnel de vento A empresa também anun-

ciou a construção, na Alemanha, de um centro para testes de veí-culos com o túnel de vento mais avançado do mundo, capaz de simular as condições climáticas mais extremas do planeta em termos de temperatura, altitu-de, umidade e ventanias de até 250 km/h, próximo do nível 5 de classificação de furacões.

Aplicativo gera economia na compra de combustível

Além de dois túneis de vento climáticos, o centro vai abrigar um laboratório de altitude capaz de simular as condições encontradas em até 5.200 metros acima do nível do mar - maior que a altura média do platô ti-betano, conhecido como “o teto do mundo”.

“Cerca de 50% dos veículos vendidos em todo o mundo rodam em áreas que estão a mais de 1.000 metros acima do ní-vel do mar, incluindo re-giões como os Alpes e os Pirineus na Europa”, dis-

se Barb Samardzich, chefe de operações da Ford na Europa, no lançamento da pedra funda-mental da construção.

O centro de testes conta-rá também com quatro câma-ras onde os carros podem ser refrigerados a temperaturas de 40ºC negativos, mesmas con-dições do Ártico, ou aqueci-dos a mais de 55ºC, apenas 2,8ºC abaixo da temperatura mais alta já registrada no mun-do, no deserto do Saara.

A umidade também poderá ser ajustada para reproduzir as condições mais áridas do deser-to, com apenas 10% de umidade, até o nível mais alto das florestas tropicais, de 95%

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Região dos Lagos: a Costa do SolTu r i s m o

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A Região dos Lagos, tam-bém chamada de Costa do Sol, é formada por sete municípios que compreendem mais de 100 quilômetros de litoral: Araruama, Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande, São Pedro da Aldeia e Saquarema. Todas elas são marcadas por inú-meras lagoas e praias, desde as de mar aberto até aquelas de ensea-da, com águas calmas, favoráveis para o mergulho.

Os destaques da região são a badalada Búzios, a estruturada Cabo Frio e a tranqüila Arraial do Cabo. Na pequena Búzios, a com-binação entre belezas naturais e charme é perfeita. A antiga vila de pescadores abriga restaurantes e pousadas sofisticadas, boates e bares descolados que fazem a fama da Rua das Pedras. O balne-ário tem mais de vinte praias, cada uma com seu estilo – Geribá, por exemplo, é território dos surfistas e da paquera, enquanto Ferradura atrai famílias com crianças.

Já a infra-estrutura de Cabo Frio faz da cidade um destino per-feito para quem viaja com a famí-lia. Dunas de areias brancas e mar

azul intenso emolduram as praias, entre elas, a urbanizada do Forte, com extenso calçadão e quios-ques padronizados.

Em Arraial do Cabo, as águas são frias, mas a visibilidade e a rica vida marinha atraem mer-gulhadores de todo o país. Para curtir os mais belos cenários de Arraial há passeios de barco que conduzem às prainhas do Pontal do Atalaia e à Ilha do Farol

Araruama abriga 13 praias banhadas pela Lagoa, que estão entre as melhores para prática de esportes náuticos no mundo. Frio. São Pedro da Aldeia se destaca por ser a cidade conservadora da história não só do município, mas de toda a região. Suas praias são um capítulo a parte, águas ter-micamente agradáveis banhadas pela Laguna Araruama, a maior laguna hipersalina do mundo.

Diferente das outras cidades da região, Iguaba Grande não tem a mesma estrutura turística, não tem uma grande quantidade de visitantes e nem as mesmas op-ções de lazer. É exatamente essa calma extrema que encanta e atrai os turistas.

Região dos Lagos: a Costa do SolTu r i s m o

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O novo Fiat 500 Abarth tem motor turbo e traz a assinatura de uma das mais famosas casas de prepara-ção do mundo, a Abarth. O esportivo traz duplo escapamento cromado, faróis e rodas de liga leve exclusivas de 16 polegadas e câmbio manual de cinco marchas

O Cinquecento mais esportivo leva 6,9 segundos para chegar aos 100 km/h e atinge a velocidade má-xima de 214 km/h. Esse desempenho é fruto do motor 1.4 Multiair 16V Turbo, que atua com até 1,24 bar de pressão máxima e gera 167 cv de potência.

Versão Comfort do Volvo

Cinquecento Abarth

A Volvo apresentou a versão Comfort do hatch premium V40. O modelo tem motori-zação 2.0 turbo de cinco cilindros e 180 cv, equipada com sistema Start Stop. O pacote de equipamentos de série conta com sete air-bags, sistema City Safety, controles de tração

e estabilidade e o sistema Volvo On Call. A versão é equipada com rodas

de 17 polegadas, bancos revesti-dos de couro, ar-condicionado digital de duas zonas e o siste-ma Sensus Connect, interface tecnológica que reúne entrete-

nimento, informações e um con-junto de serviços integrado a todas as

funções do carro.

M o t o r e s

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M o t o r e s

De roupa nova

Lançado há 40 anos nos EUA, o Jeep Cherocke chega à sua quinta ge-ração com nova roupagem e itens iné-ditos, para recuperar as vendas e voltar a ser referência entre os rivais mais jo-vens, com as versões Longitude, Limited e Traillhawk.

Um dos destaques do modelo é o novo motor V6 3.2, de 271 cv de potên-cia e 32,2 kgfm de torque acoplado ao câmbio automático de nove marchas Esse novo conjunto mecânico, que equipa as três versões do modelo, entrega fôlego de sobra no asfalto, com acelerações vigoro-sas e baixo ruído na cabine.

Agora turbinado

Um dos modelos mais aguardados da Hyundai, o esportivo Veloster Turbo terá motor 1.6 turbo e visual mais arrojado para encarar rivais como Golf GTi e Civic Si. Sucesso no mercado internacional, o Veloster deixava a desejar no Brasil por conta de seu motor 1.6 aspirado.

O principal destaque do modelo é turbo com injeção direta de combustível, que pode ser associado ao câmbio manual ou automático (ambos de seis velocidades) com paddle shifts no volante para trocas manuais. No design, o Veloster Turbo osten-ta uma grade dianteira maior e mais ousada, além do conjunto óptico com oito pontos individuais de LEDs nos faróis.

BMW F800RNovidade da BMW para 2015, a F800R traz um

novo design de farol, carenagens, rodas e paralamas, além de itens opcionais, como o sistema de controle de estabilidade e ajuste eletrônico de suspensão.

Apesar de vir equipada com o mesmo motor da versão anterior, um bicilíndrico com quatro vál-

vulas, de 789cc e refrigeração líquida, agora ela entrega

três cavalos de potên-cia a mais. Ao todo são 90cv de potência máxima e 8,8kgf.m de torque máximo.

Ou seja, as mudanças para 2015 não foram so-mente estéticas.

Truck do ano2015 ainda não chegou, mas já possui um ca-

minhão eleito como o melhor do ano: O Renault T. O modelo foi eleito “International Truck of the Year 2015 (ou “Caminhão Internacional do Ano 2015) por um júri de jornalistas de importantes publicações da área na Europa.

Segundo o diretor do grupo do “International Truck of the Year”, Gianenrico Griffini , a nova linha T combina as mais bem-sucedidas características de modelos anteriores da Renault com as novidades mais avançadas da nova geração de pesados. “O resultado é um dos lançamentos mais significativos em anos”, afirmou

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RANGEL CAVALCANTE [email protected]

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Um palito Prefeito de São Luís, vice-governador, presidente da Assem-

bléia, deputado federal, senador, ministro de Estado, o engenhei-ro Alexandre Costa honrou e dignificou durante meio século a política do Maranhão, deixando um exemplo de homem público. Era implacável com a corrupção e não fazia uso de meias-pala-vras na crítica e na condenação aos políticos que não se condu-ziam dentro dos limites da decência. Certa feita, conversava com alguns jornalistas, quando passou por perto uma figura, cuja foto jamais faria parte de uma galeria de homens de bem. E comentou:

- “Eis aí um cidadão merecedor da nossa admiração. Bem sucedido, muito rico. E dizer-se que nasceu pobre e que começou

sua fortuna apenas com um palito de fósforo...”

Diante da expressão intrigada de alguns, concluiu:

- “... que usou para tocar fogo numa agência do banco no qual dera um tremendo desfalque, apagando no incêndio todos os vestígios do golpe”.

RANGEL CAVALCANTE [email protected]

Do piloto

Virgilio Távora era governador do Ceará pela primeira vez e embar-cou num “Convair 440” para o Recife, a fim de participar de uma reunião do Conselho Deliberativo da SUDENE. No avião, tão pronto acomodou-se junto à janela da primeira fila de poltronas, começou a ler um livrinho de bolso, daqueles de histórias de cow-boys. Passados alguns minutos de vôo, o capitão Nicodemos Araújo, seu ajudante de ordens, que viajava ao lado, interrompeu a leitura do chefe. Com os olhos esbugalhados, apontava para a janela, mostrando o motor do avião, do qual saía uma fumaça escura e logo parava de funcionar. Era o tempo dos motores a pistão e lá estavam as hélices paradas, embandeiradas, como se diz em aviação. E o capitão, apavorado:

- Veja governador, o motor do avião parou de funcionar. E Virgílio, sem perder a esportiva: - E daí, Nicodemos? Isso é problema do piloto. Continuou lendo o livro, até que o avião pousou em Natal,

com apenas um motor funcionando.

Pela boca

Novembro de 2002. Na matriz da pequena cidade de São Gonçalo do Amarante, distante cerca de 30 quilô-metros de Fortaleza, ia ser celebrada a missa de sétimo dia pela alma de dona Dolores, viúva do ex-governador Val-demar de Alcântara e mãe do governa-dor do Ceará, Lúcio Alcântara, mulher que soube exercer uma forte e benéfi-ca influência sobre a brilhante carreira política do marido, deputado, senador e governador, seguida pelo filho e já tri-lhada pelo neto Léo.

Dias antes, o arquiteto Eduardo França, o “Dudu”, genro de dona Do-lores, visitou a igreja e constatou que ela precisava de um trato geral. Decidiu patrocinar a pintura do prédio, doando todo o material necessário. No dia da missa, chega ele a São Gonçalo com um bom carregamento de latas de tinta, massa corrida, lixa, tudo o que era ne-cessário para pôr a igreja nos trinques. Deixou tudo na camioneta, a fim de en-tregar ao padre ao final da celebração. Tudo corria bem, a nave cheia de gente.

O sacerdote discorria uma brilhan-te homilia, até que começou a envere-dar pelo caminho da política e passou a fazer um discurso no melhor estilo dos petistas antes de chegarem ao poder. Não poupou nem o próprio governador do estado, ali presente. Foi um mal-estar geral. Terminada a missa, os assistentes se retiram, deixando para trás a igreja escura e suja. Entre eles o Eduardo, que simplesmente pegou a camioneta e foi entregar sua carga a uma instituição de caridade em Fortaleza.

O padre até hoje não sabe que per-deu a pintura da igreja pela boca.

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CASOS & CAUSOS

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Até contra mim

No inicio dos anos 50, em Sergipe, era acirrada a briga entre o PSD e a UDN, então os dois maiores partidos políticos no estado. Godofredo Diniz, pai do depois também deputado Raimundo Diniz, era depu-tado federal e presidente do pequeno Partido Republicano, o PR, cujo eleitorado, diziam maldosamente os adversários, cabia num jipe. Mesmo nanico, o PR era fiel de balança na política sergipana, já que nenhum dos dois maiores tinha maioria nas bancadas na Assembléia e na Câmara Federal.

Aproximavam-se as eleições gerais de 1954 e tanto pessedistas como udenistas disputavam a adesão, dos republicanos, cujos votos poderiam decidir a sucessão estadual. E começou o cerco ao deputado Go-dofredo. Cada lado oferecia mais vantagens em troca do apoio, o que incluía algumas das secretarias mais importantes do futuro governo. Diniz começou a sondar os companheiros do partido para decidir quanto aos rumos a tomar na campanha. Um deles era o Manoezinho, cabo eleitoral bom de votos e presidente do diretório do pequeno município de Porto da Folha, conhecido pela lealdade ao comando partidário. Con-sultado, Manoezinho não negou fogo:

- Doutor Godofredo, estou com o senhor para tudo. Não abro nem para o trem. Estou do seu lado mesmo que a sua decisão seja contra mim mesmo.

O deputado agradeceu a demonstração de fidelidade do correligionário, antes de ouvir o as palavras finais do Manoezinho:

- Contanto que não me prejudique!

De genros

Inicio dos anos sessenta do século passado, época em que os jornalistas ainda eram vistos como sujeitos boêmios, mulhe-rengos, de ganhos parcos, que não recebiam qualquer estimulo dos pais para o ingresso na profissão. Jovens repórteres, Newton Pedrosa e Frota Neto faziam a cobertura dos trabalhos dos de-putados estaduais cearenses, o primeiro para a Rádio Uirapuru e o outro para a Gazeta de Noticias. Logo, começaram a namorar duas das belas funcionárias da Assembléia. Certa tarde, o radialista Geraldo Fontenele encontra, no café Belas Artes, em frente ao prédio do legislativo, o ex-deputado Aristides Ribeiro e o advoga-do Geraldo Lyra Aguiar, ambos também altos funcionários do Legislativo estadual. Os dois, muito tristes, se lamuriavam da sorte. E contaram ao Geraldo que estavam vivendo dramas familiares idênticos.

- Veja, Geraldo, - disse o Aristides – criei minha filha dentro dos melhores princípios, estudando nos bons colégios da cidade, dando-lhe uma educação esmerada. Pois ela agora quer casar com um jornalista, esse Newton Pedrosa.

O Geraldo Lyra, um carola de carteirinha, também falou:- Mais grave é meu caso. A minha filha única, bonita, prendada, educada, está namorando com o Frota

Neto. Esse é pior do que o outro, pois além de jornalista é comunista.O Newton Pedrosa casou com a Noemi Elisa e há mais de 40 anos é o genro querido do Aristides, a

quem deu uma cambada de netos. O Frota Neto tirou o time e o Geraldo Lyra escapou de ter um genro jor-nalista e comunista.

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58 E s t a d o s & M u n i c í p i o s

Art igoa r t i g oCadri Massuda

Os planos de saúde vão sobreviver a 2015?

Antes da lei nº 9656, de 1998, que regulamentou o se-tor de saúde suplementar, havia mais de 5.000 mil operadoras de planos de saúde no Brasil. Em um primeiro momento, a re-gulamentação beneficiou muito a população, pois impôs uma profissionalização no merca-do. A redução foi imediata. Em 2000, a Agência Nacional de Saúde apontava a existência de 2.722 operadoras.

Mas, mesmo em um mer-cado de operadoras regulamen-tadas, a diminuição continuou progressivamente. O último rela-tório da ANS (de julho de 2014) aponta que estavam em atividade com beneficiários 914 empresas. E em setembro do mesmo ano, a Agência informou que o número já havia caído para 886.

A pergunta é: o que está acontecendo com o setor? Está havendo um enxugamento? Ou o crescimento de grandes empre-sas, em detrimentos das peque-nas e médias operadoras – que em sua maioria atuam nas cida-des menores? Sabe-se que, hoje, 38 empresas detém 51% do mer-cado de saúde suplementar.

Um dos fatores para o fe-chamento é o baixo resultado financeiro para as empresas. Um levantamento feito pelo IBPT – Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, de-

monstra que a lucratividade das empresas está diminuindo sig-nificativamente. A própria ANS reconhece que as empresas têm trabalhado com uma margem de custos (assistenciais e operacio-nais) de 97% a 98%. O estudo do IBPT é ainda mais pessimista: o Instituto demonstrou que, nos últimos três anos, a lucratividade anual média do setor passou de 2,67% para 0,38%.

A ANS tem uma parcela significativa de culpa neste ce-nário, pois está continuamente publicando uma série de nor-mativas, que nem sempre têm como foco a qualidade do ser-viço ou o bem-estar do benefi-ciário. Mas, que independen-temente de sua função, exigem uma atenção e gastos das ope-radoras que poderiam ser inves-tidos em outras áreas. Apenas as empresas que contam com um departamento dedicado a aten-der as exigências da Agência têm condições de acompanhar a contento todas estas normas e regras. Inclusive investindo tem-po para adequar-se a regras de importância menor como, por exemplo, a maneira que as in-formações devem estar dispos-tas no boleto bancário.

Ao mesmo tempo, a alta carga tributária imposta às em-presas do setor dificulta ainda mais a situação. Enquanto bancos

têm uma taxa de 15,59% e o la-zer, 18,21%; serviços essenciais como educação e saúde têm uma carga mais elevada, de 21,87% e 26,68% respectivamente. No caso da Medicina de Grupo, se-tor da saúde suplementar sem in-centivos fiscais, essa taxa chegou a 30,71% em 2013.

E são essas pressões que têm tirado do mercado as ope-radoras de pequeno e médio porte. Empresas estas que estão pulverizadas pelo interior do Brasil e são fundamentais para a manutenção do sistema e as-sistência à saúde.

É importante lembrar que a saúde suplementar tem uma mo-vimentação financeira superior à do SUS, além de ter um índice de satisfação muito superior ao da saúde pública e de ser um dos desejos de consumo da classe média brasileira. Por isso, neste final de ano, é fundamental re-pensar o setor. Se este caminho continuar a ser trilhado, mais e mais empresas fecharão suas por-tas, prejudicando a concorrência de mercado e sobrecarregando o sistema público em pequenos e médios municípios, nos quais as grandes operadoras não chegam.

Cadri Massuda é presidente da Abramge PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Paraná e Santa Catarina

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