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LEIA NO EDITORIAL Turismo Rural gaúcho na rota de férias e descanso LEIA NESTA EDIÇÃO Emater/RS- Ascar divulga segunda estimativa da safra de inverno dos principais grãos do RS. N.º 1.525 25 de outubro de 2018 OUTUBRO ROSA Aqui você encontra: Editorial Notas Agrícolas Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Análises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte. Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Turismo Rural gaúcho na rota de férias e descanso O fim de ano se aproxima e grande parte das pessoas começa a se preparar para o período de férias, época em que aproveitamos para conhecer novos lugares, experimentar novos sabores e compartilhar de momentos agradáveis com a família e amigos. O Rio Grande do Sul é um Estado diverso, com exuberante natureza e rica diversidade cultural. Por isso é um destino muito visitado, seja por turistas estrangeiros, seja de pessoas do próprio Estado, que se permitem explorar nossos rincões e saborear a gastronomia típica dos imigrantes que fazem a nossa história. Entre novas rotas e roteiros já consolidados, o RS possui 27 regiões turísticas, todas consideradas interessantes destinos para qualquer época do ano. Campos de Cima da Serra, região Carbonífera, vales do Paranhana, do Caí e do Jaguari, Litoral, Pampa, região das Hortências, Costa Doce e as rotas do Yucumã, das Araucárias e das Missões, entre muitas outras, são importantes e ricos destinos que nosso Estado oferece a quem quer desfrutar e conhecer a história da colonização e a diversidade cultural de nosso povo. Estas e outras opções turísticas estão reunidas no Hotsite de Turismo Rural que lançamos durante a Expointer deste ano. São 309 cadastros de atrativos turísticos disponíveis para consultas e contatos no site da Emater/RS-Ascar, através do link http://www.emater.tche.br/site/turismo- rural/ Neste espaço é possível pesquisar as 27 regiões turísticas, nos idiomas português, inglês, alemão, italiano e espanhol, e definir, por região, produtos como hospedagem, gastronomia, Agroturismo, Aventura Esporte e Ecológico, Enoturismo, Vivências e atividades rurais e até mesmo onde há venda de Artesanato. Todo esse levantamento foi feito por instituições que integram o Grupo de Trabalho para o Turismo Rural Gaúcho (GTTR), atualmente configurado como Câmara Temática, inserida no Conselho Estadual de Turismo do RS (Conetur), que tem por finalidade fortalecer o Turismo Rural no RS, fomentando a qualificação dos trabalhadores envolvidos nos destinos e comprometidos com a produção agropecuária, uma das importantes características para desenvolver o Turismo Rural em nosso Estado Preocupada e interessada em qualificar os trabalhadores, as propriedades e os produtos do Turismo Rural do Estado, a Emater/RS- Ascar integra esse Conselho e contribui na atualização constante do levantamento de propriedades turísticas, assim como auxilia na melhoria, manutenção e divulgação dos atrativos turísticos gaúchos. Temos certeza que nosso povo hospitaleiro, com sua mão-de-obra constantemente qualificada, inclusive pelo trabalho dos extensionistas da nossa Instituição, fará do bom acolhimento que lhe é peculiar uma das grandes marcas turísticas de nosso Estado. Convidamos a todos a pesquisar e conferir a riqueza cultural, natural e histórica de nosso Estado no Hotsite de Turismo Rural da Emater/RS- Ascar. Planejem suas férias e tenham todos uma boa viagem, com muitas experiências e histórias para contar! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO EDITORIAL

Turismo Rural gaúcho na rota de férias e descanso

LEIA NESTA EDIÇÃO

Emater/RS- Ascar divulga segunda estimativa da safra de inverno dos principais grãos do RS.

N.º 1.525 25 de outubro de 2018

OUTUBRO ROSA

Aqui você encontra:

Editorial

Notas Agrícolas

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Análises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte.

Informativo Conjuntural – Desde 1989

auxiliando você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Turismo Rural gaúcho na rota de férias e descanso O fim de ano se aproxima e grande parte das pessoas começa a se preparar para o período de férias, época em que aproveitamos para conhecer novos lugares, experimentar novos sabores e compartilhar de momentos agradáveis com a família e amigos. O Rio Grande do Sul é um Estado diverso, com exuberante natureza e rica diversidade cultural. Por isso é um destino muito visitado, seja por turistas estrangeiros, seja de pessoas do próprio Estado, que se permitem explorar nossos rincões e saborear a gastronomia típica dos imigrantes que fazem a nossa história. Entre novas rotas e roteiros já consolidados, o RS possui 27 regiões turísticas, todas consideradas interessantes destinos para qualquer época do ano. Campos de Cima da Serra, região Carbonífera, vales do Paranhana, do Caí e do Jaguari, Litoral, Pampa, região das Hortências, Costa Doce e as rotas do Yucumã, das Araucárias e das Missões, entre muitas outras, são importantes e ricos destinos que nosso Estado oferece a quem quer desfrutar e conhecer a história da colonização e a diversidade cultural de nosso povo. Estas e outras opções turísticas estão reunidas no Hotsite de Turismo Rural que lançamos durante a Expointer deste ano. São 309 cadastros de atrativos turísticos disponíveis para consultas e contatos no site da Emater/RS-Ascar, através do link http://www.emater.tche.br/site/turismo-rural/ Neste espaço é possível pesquisar as 27 regiões turísticas, nos idiomas português, inglês, alemão, italiano e espanhol, e definir, por região, produtos como hospedagem, gastronomia, Agroturismo, Aventura Esporte e Ecológico, Enoturismo, Vivências e atividades rurais e até mesmo onde há venda de Artesanato. Todo esse levantamento foi feito por instituições que integram o Grupo de Trabalho para o Turismo Rural Gaúcho (GTTR), atualmente configurado como Câmara Temática, inserida no Conselho Estadual de Turismo do RS (Conetur), que tem por finalidade fortalecer o Turismo Rural no RS, fomentando a qualificação dos trabalhadores envolvidos nos destinos e comprometidos com a produção agropecuária, uma das importantes características para desenvolver o Turismo Rural em nosso Estado Preocupada e interessada em qualificar os trabalhadores, as propriedades e os produtos do Turismo Rural do Estado, a Emater/RS-Ascar integra esse Conselho e contribui na atualização constante do levantamento de propriedades turísticas, assim como auxilia na melhoria, manutenção e divulgação dos atrativos turísticos gaúchos. Temos certeza que nosso povo hospitaleiro, com sua mão-de-obra constantemente qualificada, inclusive pelo trabalho dos extensionistas da nossa Instituição, fará do bom acolhimento que lhe é peculiar uma das grandes marcas turísticas de nosso Estado. Convidamos a todos a pesquisar e conferir a riqueza cultural, natural e histórica de nosso Estado no Hotsite de Turismo Rural da Emater/RS-Ascar. Planejem suas férias e tenham todos uma boa viagem, com muitas experiências e histórias para contar!

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

NOTAS AGRÍCOLAS

Órgãos federais de oito estados têm chamadas públicas abertas para agricultura familiar

Instituições de várias regiões do país vão investir mais de nove milhões de reais na compra de produtos Brasília - Unidades do Exército e da Aeronáutica nos Estados de Rondônia, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná e Rio Grande do Sul, além do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Bahia, estão com chamadas públicas abertas para a aquisição de alimentos produzidos pela agricultura familiar. Ao todo, dez órgãos vão investir mais de R$ 9 milhões. Os processos de compra integram o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). Serão obtidos itens como legumes, frutas, hortaliças, cereais e carnes, entre outros. Tudo produzido por agricultores familiares, cooperativas e associações da agricultura familiar. A Coordenadora Geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDS, Hetel Santos, explica como os interessados podem participar. “As aquisições de alimentos nos territórios das Forças Armadas e dos editais que estão abertos neste momento fomentam a economia local para a diversidade de alimentos vindos da agricultura familiar. Agora, é muito importante que os empreendimentos da agricultura familiar conheçam os editais. O nosso papel é ajudar para que esses órgãos da União encontrem, nos estados onde estão e no seu entorno, os fornecedores.” Limite - O prazo para o envio das propostas encerra em diferentes datas. Para acompanhar os editais é só acessar o Portal de Compras da Agricultura Familiar. A legislação determina que pelo menos 30% dos alimentos adquiridos para abastecer órgãos federais venham da agricultura familiar. Cada agricultor pode vender até R$ 20 mil, anualmente, por órgão comprador. Já para as cooperativas ou associações, o limite é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador. Fonte: MDS (publicado em 17/10/2018)

Irã vai importar gado vivo do Brasil

O Brasil vai exportar gado vivo ao Irã conforme comunicado enviado nesta segunda-feira (22) pela Organização Veterinária do Irã, ao Departamento de Saúde Animal (DSA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O documento, recebido pelo diretor do DSA,

Guilherme Marques, confirma a aprovação do Certificado Zoossanitário Internacional (CZI) para esses embarques. Segundo o diretor “foram decisivos para a abertura deste mercado sucessivos reconhecimentos sanitários obtidos nos últimos anos junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), como o reconhecimento do Brasil como livre de febre aftosa com vacinação (Santa Catarina é livre sem vacinação) e de pleuropneumonia contagiosa e de risco insignificante para encefalopatia espongiforme bovina (EEB, o Mal da Vaca Louca). As tratativas entre o DSA e os iranianos vinham sendo mantidas desde final de 2014, tendo em vista que são complexas, lembrou Marques. O diretor diz que “os constantes acessos a novos mercados à exportação de gado brasileiro, impulsionaram esta negociação. Os próximos países que poderão comprar bovinos do Brasil são a Tailândia e a Indonésia. A diversificação dos mercados é favorável aos produtores e pode propiciar a negociação de outras commodities”. A estimativa no setor produtivo é de que o mercado iraniano tem potencial para adquirir anualmente 100 mil cabeças de bovinos do Brasil, com a perspectiva de expansão a médio prazo, na medida em que avancem as relações comerciais. A exportação de gado vivo é uma atividade praticada apenas por países que possuem rígido controle sanitário dos seus rebanhos, e representa canal de escoamento da produção para o produtor rural, conforme o diretor. Ele lembrou que “a atividade contribui para a melhoria da rentabilidade do pecuarista, que consegue melhorar a sanidade dos seus animais, os protocolos nutricionais e a gestão da propriedade, gerando empregos e receita cambial”. Os dados dos últimos sete anos (2010-2017), mostram que a atividade gerou US$ 3,7 bilhões em divisas para o país. No ano passado, a exportação de bovinos vivos respondeu por faturamento de mais de US$ 276 milhões, e dados até julho deste ano mostram que os embarques atingiram US$ 301 milhões. Fonte: MAPA (publicado em 22/10/2018)

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS OCORRIDAS NA SEMANA DE 18/10/2018 A 24/10/2018

O período de 18 a 24 de outubro permaneceu com temperaturas amenas e chuvas isoladas no RS. Na quinta (18) e sexta-feira (19), a presença de uma área de baixa pressão manteve a nebulosidade e ocorreram pancadas de chuva,

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com registro de temporais isolados na faixa Norte do Estado. Entre o sábado (20) e a segunda-feira (22), o tempo permaneceu firme, com grande amplitude térmica em todas as regiões e temperaturas próximas de 30°C durante o dia. Na terça (23), o ingresso de ar úmido favoreceu o aumento nebulosidade e ocorreram pancadas de chuva e trovoadas isoladas. Na quarta (24), o tempo seco, com temperaturas amenas voltou a predominar em todo Estado. Os volumes de chuva acumulados forma inferiores a 10 mm na maioria dos municípios do RS. Nas Missões e em pontos isolados da Campanha os valores oscilaram de 20 e 35 mm. No Planalto, Médio e Alto Vale do Uruguai os totais acumulados superaram 50 mm superaram em algumas localidades. Os valores mais significativos na rede de estações INMET/SEAPI foram observados em Dom Pedrito (35 mm), Lagoa Vermelha (50 mm), Frederico Westphalen (52 mm), Passo Fundo (53 mm), Erechim (76 mm) e Santo Augusto (88 mm). A temperatura mínima ocorreu no dia 20/10 em Vacaria (5,8°C) e a máxima foi observada em Campo Bom (33,0°C) no dia 22/10.

PREVISÃO METEOROLÓGICA PARA A SEMANA DE 25/10/2018 A 31/10/2018

A próxima semana terá chuva e vento forte no RS. A quinta-feira (25), ocorrerá grande variação de nuvens, com períodos de sol intercalados com chuva fraca e isolada. Entre a sexta (26) e o sábado (27) a presença de uma área de baixa pressão manterá a nebulosidade, com pancadas de chuva e trovoadas, e possibilidade de temporais isolados, sobretudo na Metade Norte e no Leste, onde as rajadas de vento oscilarão entre 60 e 80 km/h. No domingo (28) e na segunda-feira (29), o ingresso de ar seco afastará a

nebulosidade na maior parte do Estado, somente nas áreas mais próximas ao litoral ocorrerão chuvas isoladas. Na terça (30) e quarta-feira (31), o ingresso de ar quente favorecerá a elevação das temperaturas, com valores próximos de 30°C, e formação de instabilidades que provocarão chuva e trovoadas na maioria das regiões. A previsão numérica indica valores de precipitação inferiores a 20 mm na Metade Sul. No restante do Estado os totais deverão variar entre 40 e 60 mm na maioria dos municípios, e poderão superar 80 mm em diversas localidades da Serra do Nordeste e nos Campos de Cima da Serra. Fonte: Secretaria de Estadual de Agricultura, Pecuária e Irrigação –SEAPI.

GRÃOS Lavouras de Inverno O Núcleo de Informações e Análises (NIA) da Gerência de Planejamento da Emater/RS-Ascar realizou sua segunda Estimativa das Principais Culturas de Grãos de Inverno do Rio Grande do Sul. O levantamento, a compilação e análise dos dados ocorreram entre 1º de setembro e 15 de outubro de 2018, junto aos Escritórios Regionais e unidades operativas municipais da Instituição nas principais regiões produtoras de cada cultura.

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Trigo - pesquisa em 259 municípios Abrangência de 90,10% da área

plantada

Cevada - pesquisa em 63 municípios

Abrangência de 72,60% da área

plantada

Canola - pesquisa em 81 municípios

Abrangência de 77,80% da área

plantada

Aveia branca grão - pesquisa em 130 municípios

Abrangência de 80,23% da

área plantada

Acompanhamento da semana Trigo – A colheita evoluiu de forma acelerada no Estado, alcançando 30% do total plantado. Ainda que sejam consideradas as estimativas acima referidas, dando ao RS uma produção acima do esperado inicialmente, o mesmo não pode se dizer quanto à qualidade do produto obtido. Na mesma proporção que avança a colheita, se consolidam os indícios de que a qualidade deixará a desejar. Informações que chegam de várias regiões produtoras, como Santa Rosa, Frederico Westphalen e Erechim, entre outras, dão conta que em muitas dessas primeiras cargas os grãos têm apresentado pH abaixo de 78, o que inviabiliza o produto para a indústria. Em consequência também das intercorrências climáticas durante o ciclo desta safra, as produtividades obtidas, em algumas lavouras, situaram-se abaixo da média estimada no levantamento divulgado acima. Cevada – Cultura se encontra em fases de enchimento de grãos e majoritariamente em maturação final; produto já colhido em cerca de 30% da área, com produção prejudicada na qualidade pelo excesso de chuva que causou a entrada de doenças fúngicas e acamamento das plantas. Nas regiões onde a colheita evolui, a produtividade média está abaixo das últimas estimativas, entre 2.700 e 2.850 quilos por hectare, de qualidade ruim, com poder germinativo abaixo do exigido para as indústrias, fato que está gerando comunicação de ocorrência de perdas ao Proagro nas áreas financiadas. Nesses casos, os grãos serão destinados para ração animal. Preço no Planalto Médio - balcão: R$ 42,00/sc. (cevada de primeira qualidade) Canola - A colheita evoluiu no Norte do RS, sendo que na região Noroeste, a primeira a implantar as lavouras de canola no Estado, não há mais áreas em enchimento do grão, ao passo que 7% das lavouras está em maturação dos grãos e praticamente 93% delas encontram-se colhidas. A depender das condições de tempo do fim de semana, há possibilidade de a colheita ser finalizada. Até aqui, o rendimento das lavouras em geral é satisfatório. Nas últimas áreas colhidas dessa região, ocorre grande debulha das síliquas, o que pode diminuir a rentabilidade dessas lavouras. Nas regiões Celeiro, Alto Jacuí e

TRIGO 2018

IBGE 2017

Estimativas Emater/RS 2018

Diferença 2017 - 2018 Dif

Emater/RS 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª

Área (ha) 691.553 668.395 693.538 -3,35 0,29 3,76

Produtividade (kg/ha)

1.777 2.142 2.970 20,54 67,14 38,66

Produção (t)

1.226.474 1.431.412 2.060.114 16,71 67,97 43,92

CEVADA 2018

IBGE 2017

Estimativas Emater/RS 2018

Diferença 2017 - 2018 Dif

Emater/RS 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª

Área (ha) 65.647 56.752 44.173 -13,55 -32,71 -22,16

Produtividade (kg/ha)

1.724 2.117 3.186 22,80 84,80 50,50

Produção (t)

113.160 120.131 140.724 6,16 24,36 17,14

CANOLA 2018

IBGE 2017

Estimativas Emater/RS 2018

Diferença 2017 - 2018 Dif

Emater/RS 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª

Área (ha) 42.823 34.728 34.728 -18,90 -18,90 0,00

Produtividade (kg/ha)

807 1.258 1.495 55,89 85,25 18,84

Produção (t)

32.072 43.671 51.906 36,17 61,84 18,86

CANOLA 2018

IBGE 2017

Estimativas Emater/RS 2018

Diferença 2017 - 2018 Dif

Emater/RS 1ª 2ª 1ª 2ª 1ª 2ª

Área (ha) 253.534 274.956 274.956 8,45 8,45 0,00

Produtividade (kg/ha)

1.627 1.926 2.373 18,38 45,85 23,21

Produção (t)

407.098 529.643 652.521 30,10 60,29 23,20

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Noroeste Colonial, nessa semana, ocorreu o avanço rápido da colheita, com melhora da produtividade. Nessas áreas, lavouras com menor produtividade apresentam grãos chochos em decorrência dos danos provocados pela geada ocorrida anteriormente. A produtividade das lavouras onde não houve danos por eventos climáticos está próxima a 40 sacas por hectare (2,4 toneladas por hectare), estimulando os produtores a planejarem novas áreas para o próximo ano. No Planalto Médio, iniciou a colheita; a cultura foi prejudicada pela geada de agosto e atualmente pelo excesso de chuvas. A produtividade média obtida nesse início de colheita está em torno de 900 quilos por hectare, bem abaixo das estimativas. No Alto da Serra do Botucaraí, a colheita também foi iniciada, com boa qualidade do produto, porém com rendimentos um pouco abaixo do previsto, de 1.500 quilos por hectare. No geral, a cultura absorve bons índices de aceitação, pois com preços próximos aos da soja, promove boa rentabilidade. Preços médios referenciais por regiões (saca de 60 quilos)

Planalto - R$ 72,00

Missões e Fronteira Noroeste - R$ 75,40

Alto Jacuí, Celeiro e Noroeste Colonial - R$ 73,50

Aveia branca – Foi encerrada a colheita no Noroeste do RS e apresenta bom avanço a do Centro-Norte na semana. Boa parte das áreas está com baixo rendimento e qualidade, devendo ser destinadas para outros fins, como ração para animais, pois a cultura não está atingindo o pH ideal; em consequência, o preço pago por quilo será reduzido. Lavouras de Verão Arroz – A condição meteorológica ocorrida durante o período foi propícia à evolução do plantio. A pouca chuva registrada em todas as regiões produtoras de arroz fez com que os orizicultores acelerassem os trabalhos, ganhando tempo na implantação da safra. Ao contrário da safra passada, quando a cultura atravessava problemas de excesso de chuva, nesta o percentual de área plantada atinge 45% contra os 33% registrados ano passado nesta mesma época.

Sem maiores problemas relatados, a germinação ocorre dentro do desejado e sem falhas, dando às lavouras bom aspecto nesse início de safra. A situação também é tranquila quanto ao quesito irrigação, pois barragens e cursos d’água estão com cotas normais de volume acumulado para esta época. Milho – A cultura segue com bom desenvolvimento devido ao clima favorável observado nos últimos dias. Poucos são os casos relatados de pragas ou moléstias, como incidência de lagarta do cartucho em lavouras na fase de floração; no momento, alcançam 4% do total já semeado. Nesse sentido o percentual de área plantada atinge 62% do previsto para esta safra, que é 740 mil hectares. Soja – Os produtores começam a intensificar os trabalhos de plantio da safra 2018-2019. Estima-se que cerca de 200 mil hectares estejam plantados, pouco mais de 3% do total previsto (5,8 milhões de hectares). O ritmo deverá se acelerar ainda mais, se o tempo permitir, uma vez que a colheita da safra de trigo também segue veloz, liberando área para a soja. Feijão 1ª safra – Lavoura em final de implantação no RS, sendo que as áreas destinadas a lavouras comerciais já foram semeadas. As lavouras já semeadas nas principais áreas de produção apresentam boa germinação e emergência, com bom estande de plantas; o aspecto geral das lavouras é bom. No momento os agricultores monitoram doenças e fazem aplicações preventivas de fungicidas. Em áreas próximas à finalização das lavouras de inverno, se intensifica o ataque de diabrótica na cultura, principalmente em decorrência do aumento do manejo químico dessas lavouras de inverno, com a consequência de os insetos procurarem novas áreas para se alimentarem. A comercialização esteve normal na semana; o valor médio da saca de 60 quilos do feijão preto ficou em R$ 139,47, subindo apenas 0,82% em relação à semana anterior. Painço – Na região Noroeste do RS, as lavouras de painço implantadas no cedo entram em formação do grão, e as lavouras do tarde se encontram em meio à floração. Houve lavouras com problema de germinação e baixo stand de plantas, comprometendo a produtividade. Estão sendo realizadas aplicações de inseticidas para controle de ataques severos de lagartas; em

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algumas lavouras foram realizadas de duas a três aplicações de inseticidas. Produtores esperam obter bom retorno econômico com as lavouras devido ao baixo custo e à boa rentabilidade.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Hortícolas com desenvolvimento dentro da normalidade para esta época do ano nas regiões das Missões e Fronteira Noroeste. De forma geral, os produtores colhem hortaliças para o consumo familiar e para comercialização no mercado local. Há boa oferta de repolho, brócolis, cenoura, alface, beterraba, rúcula e rabanete, e tem início a colheita de cebolas. As culturas de estação quente já implantadas, como o tomate, pepino, melão, melancia, abóboras e pimentão, vêm apresentando bom desenvolvimento, mas com tradicional ataque de pragas que exige atenção dos produtores no controle dos insetos. Em andamento os tratos culturais (controle de inços, de pragas e adubação nitrogenada em cobertura) dos canteiros das hortaliças, tanto nas hortas domésticas para consumo familiar como nas hortas comerciais. Produtores são orientados sobre variedades e uso de telas protetoras e mangueira de irrigação. Em ambiente de plasticultura, produção normalizada com boa oferta de produtos e boa qualidade da produção. Há uma tendência nessas regiões de aumento das áreas cultivadas em sistema protegido, na forma semi-hidropônica, tendo em vista o baixo risco, uma vez que os produtores podem controlar o clima, a umidade do solo e a temperatura mais adequada para as culturas. Entre as frutíferas, a situação é a seguinte:

Bergamotas - em final de colheita.

Laranja Valência - em plena colheita, com

excelente qualidade de frutos. Os

produtores estão recebendo de R$ 1,00/kg

na venda na propriedade. A grande

maioria das plantas cítricas está em queda

de pétalas, com boa fixação de frutas até

o momento. Período propício ao início do

tratamento de pinta-preta, larva minadora,

pulgões e ácaros; Emater/RS-Ascar

orienta produtores e recomenda

tratamento.

Pêssego – entre as variedades precoces,

como a Premier, ocorre início de colheita;

as demais se encontram em fase de

frutificação.

Macieira - em final de floração e formação

de frutas, com elevada carga de frutos,

demandando raleio nas variedades Eva e

Julieta.

Figo - início de brotação; momento ideal

para fazer o desbaste de ramos.

Ameixas - em frutificação, apresentando

boa carga de frutos.

Videira - em emissão de cachos e

floração, sendo iniciados os tratamentos

com caldas bordalesa e sulfocálcica.

Banana - em emissão de cachos e

colheita; nas áreas onde não houve danos

pela geada, há forte brotação de novos

afilhos.

Abacate, manga e nogueiras - em plena

floração.

Melancia e melão - praticamente toda a

área já plantada e em desenvolvimento

vegetativo ou início de floração.

Morango - colheita em andamento, sendo

comercializada na região a um preço de

R$ 15,00 a 17,00/kg.

Olerícolas Cebola – As condições climáticas melhoraram consideravelmente no período na região Serrana, pois houve redução da excessiva umidade do ar e solo e aumento das horas de insolação, refletindo-se naturalmente no aspecto geral e na sanidade das lavouras. Áreas de variedades precoces encontram-se em pleno estádio de bulbificação; algumas lavouras estão com elevado índice de plantas com formação da haste floral. Mas na grande maioria das áreas, cultivadas com material tardio da variedade Crioula, as plantas encontram-se no estádio fenológico de desenvolvimento vegetativo. Adubações de cobertura com nitrogenados, controle químico de ervas espontâneas e tratamentos fitossanitários são as práticas culturais atuais.

Aipim/mandioca - A cultura de ano encontra-se em fase de colheita na região Noroeste, para comercialização, consumo próprio ou para beneficiamento nas agroindústrias, sendo bastante

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difícil o descasque. Está concluído o plantio da nova safra, destinada principalmente ao autoconsumo e à industrialização da mandioca em embalagem e para polvilho. A maioria dos produtores está fazendo o controle de ervas, via capina manual, e nas áreas maiores ocorre o controle químico. No geral, as lavouras novas têm se apresentado com boa brotação e desenvolvimento inicial. Com aumento da oferta, o preço recebido pelos produtores está entre R$ 2,50 e R$ 3,00/kg. Abóbora híbrida japonesa - Produtores rurais da região Sul estão planejando as áreas e executando o preparo do solo, objetivando a semeadura da próxima safra. Há expectativa de aumento de área de cultivo da abóbora Cabotiá híbrida na região. Os produtores estão entusiasmados com a possibilidade da ocorrência do fenômeno climático El Niño, o que deve assegurar bom regime de chuvas para o verão. Frutícolas Uva – Os vinhais, que estavam demonstrando excelente sanidade, tiveram no início da semana os primeiros sintomas de algumas fitopatias, dentre elas o míldio – também conhecido como mufa, deixando os viticultores em alerta. Condições climáticas com maior parte dos dias com insolação, vento frequente e temperaturas amenas durante o dia e frias no período noturno favorecem a moderação das fitoenfermidades. Cultura com excelente brotação e vigor, número de cachos dentro do normal, porém com um comprimento bem avantajado, evidenciando safra dentro da normalidade com claros sinais de produtividade um pouco acima da média. Cultivares precoces, como a Niágara, e semiprecoces, como a Bordô, se encontram no auge do estádio fenológico da antese, ou seja, abertura das flores. Variedades superprecoces como a Vênus, Pinot Noir e Chardonay já recebem as práticas de poda verde e adubação de cobertura com fertilizantes nitrogenados. O estado fitossanitário dos vinhais se mantém ótimo, sendo aplicados tratamentos antifúngicos para prevenção da incidência de fitopatias. Pêssego - Áreas de pessegueiros em plena frutificação no Sul do Estado. Produtores seguem realizando a adubação de frutificação, de um total de três a quatro aplicações por planta variando a quantidade entre 800 e 1.200 gramas por planta.

Produtores em atividade intensa de raleio nas cultivares em áreas que necessitam desta prática. Com a plena frutificação, os persicultores seguem com os tratamentos fitossanitários objetivando o controle das doenças fúngicas. Muitos relatam a intensificação do problema da morte precoce das plantas de pessegueiros. A estimativa do tamanho da safra começa a se definir. Até o momento, a previsão é de safra igual à passada ou volume ainda um pouco menor, ou seja, a safra bastante inferior quanto ao histórico da cultura. As entidades do Sistema de Alerta Mosca-das-Frutas, através do boletim de nº 09 de 17/10/2018, informam que o monitoramento semanal da presença da mosca-das-frutas está acima da média, sendo a maior observada durante os oito anos de funcionamento do Sistema. Nas propriedades monitoradas, que usam o manejo recomendado, a praga está estável. O alerta ao produtor é para aplicar a isca tóxica todas as semanas, e por cobertura, quando registrar a presença do inseto. Quanto às chuvas, o prognóstico para os meses de outubro, novembro e dezembro indica um volume de chuvas acima do padrão climatológico da região. Com a umidade, devem aumentar as doenças causadas por fungos, como a podridão parda. Se a frequência de dias com chuva acompanhar o aumento do volume, essa condição tende a dificultar o manejo dos pomares, tanto na aplicação quanto na efetividade dos produtos a serem utilizados. No Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo, o aumento do fotoperíodo aliado à elevação da temperatura média – e nesta semana com boa incidência de radiação solar, tem favorecido o crescimento e desenvolvimento dessas espécies. De maneira geral a frutificação está inferior à do ano passado, possivelmente em função de problemas climáticos. Os frutos estão em fase de desenvolvimento. As variedades mais precoces, como Marli e Premier, entre outras, estão em início da fase de colheita na região do Baixo Vale do Rio Pardo. Ameixa – No município de Passa Sete, no Vale do Rio Pardo, as variedades mais precoces de ameixeira, a Golf Blazer, está em desenvolvimento de frutos e raleio. A poda verde também é uma prática realizada neste período do ano. Comercialização de Hortigranjeiros Dos 35 principais produtos analisados semanalmente pela Gerência Técnica da

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Ceasa/RS, entre 16 e 23/10/2018, tivemos 25 produtos estáveis em preços, seis em alta e quatro em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Não ocorreram destaques. Semana com mercado apresentando grande estabilidade nas cotações de atacado. Período de final de mês, quando a oferta e a procura tendem a se estabilizar devido ao enfraquecimento do poder de compra coletivo da sociedade. Apenas um produto é digno de observações devido a ter alcançado nas últimas três semanas valores bem elevados, se comparados com seu histórico estatístico dos últimos três anos: o tomate caqui longa vida. O Rio Grande do Sul está em período de entressafra e para nosso abastecimento dependemos da safra do Sudeste do Brasil, onde a safra ainda não é plena, a oferta é pequena, e a demanda de todo o País é muito grande. Então esta região está comandando a oferta e a formação primária de preços de atacado. Segundo o CEPEA/ESALQ, o atraso da maturação nas lavouras se deve às temperaturas mais amenas ocorridas no período de formação dos frutos. Por outro lado, a formação dos preços de atacado do produto nesta terça-feira na Ceasa/RS, considerada neste caso secundária, foi balizada pela presença de somente 215.800 quilos de tomate caqui longa vida, enquanto a média por dia forte ocorrida no último triênio para outubro foi de 537.810 quilos. O volume foi extremamente reduzido, o que, pela Lei da Oferta e da Procura, coloca as cotações de atacado para cima. Já o preço médio estabelecido nesta oportunidade, de R$ 4,50/kg é extremamente elevado, se considerada a média ocorrida nos últimos três anos para outubro, de R$ 2,79/kg.

Produtos em alta

16/10/18 (R$)

23/10/18 (R$)

Aumento (%)

Maçã Red Delicious (kg)

5,27 6,05 + 14,80

Melão Espanhol (kg)

2,16 2,31 + 6,94

Brócolis (unidade)

2,08 2,50 + 20,19

Tomate caqui longa vida (kg)

4,00 4,50 + 12,50

Cebola nacional (kg)

1,50 1,75 + 16,67

Aipim/mandioca (kg)

0,67 0,72 + 7,46

Produtos em baixa

16/10/18 (R$)

23/10/18 (R$)

Redução (%)

Bergamota Montenegrina (kg)

2,25 2,20 - 2,22

Pepino salada (kg)

2,50 2,22 - 11,20

Vagem (kg) 6,00 5,50 - 8,33

Batata (kg) 1,60 1,40 12,50

Fonte: Ceasa/RS. Preços obtidos nas feiras do produtor – Erechim

Alface – entre R$ 0,90 e R$ 2,00/pé

Repolho – entre R$ 2,00 e R$

5,00/cabeça

Rúcula e radiche - R$ 2,00/maço

Tempero verde - R$ 2,00/maço

OUTRAS CULTURAS

Erva-mate - Em Venâncio Aires e Mato Leitão, no pólo do Vale do Baixo Taquari, muitos ervais estão sendo arrancados, dando lugar a culturas anuais como milho, soja e mandioca. Principalmente em Venâncio Aires, a área de erva-mate vem reduzindo gradativamente, ano após ano. Os principais municípios produtores da região são Fontoura Xavier, Itapuca, Venâncio Aires, Mato Leitão e São José do Herval. A erva-mate está sendo comercializada nas regiões do Alto da Serra do Botucaraí e Vale do Rio Pardo com valores em torno de R$ 12,00/arroba, posta nas agroindústrias ervateiras. Sem o serviço de colheita e transporte, o produtor recebe entre R$ 7,00 e R$ 8,00/arroba. Alguns plantios novos são observados na região da Serra do Botucaraí, polo do Alto Taquari.

CRIAÇÕES Pastagens – Durante a semana, de uma forma geral, os campos nativos apresentaram bom desenvolvimento, propiciado pelo aumento das horas de sol, próprio do período de primavera em direção ao verão. O clima ajudou, colaborando para a diminuição do excesso de umidade, mantendo temperaturas favoráveis para rebrote e aumento da massa verde. O mesmo ocorreu em relação às pastagens cultivadas perenes de verão e campos nativos melhorados. Os criadores estão sendo orientados pela Emater/RS-Ascar a fazer adubação de cobertura nas pastagens perenes de

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verão, visando intensificar a sua revitalização. Com isso começa a ser suprido e amenizado o chamado vazio forrageiro de primavera, que costuma ocorrer entre o início e o meio da estação. Nesse período de vazio forrageiro, as pastagens cultivadas de inverno vão se encaminhando para fim de ciclo, tornando-se mais fibrosas e menos nutritivas. Para os criadores que utilizam a prática da fenação, a semana foi mais favorável para realizá-la. Continua e se intensifica o plantio de pastagens de verão. O clima favoreceu também o plantio de espécies para produção de silagem que, em muitas regiões, havia sido prejudicado pelo excesso de umidade do solo. Na região de Lajeado, as lavouras de trigo para silagem (cultivar TBIO Energia I) estão sendo colhidas com produtividades que variam de 15 a 22 toneladas por hectare. O clima, com excesso de chuvas durante o inverno, não foi favorável ao desenvolvimento do trigo que apresentou problemas com doenças bacterianas. Entretanto, os agricultores estão satisfeitos com os resultados e deverão aumentar a área com este cultivo para o próximo ano. Bovinocultura de corte – Nas áreas de bovinocultura em campo nativo, começa a acontecer uma situação mais favorável para a recuperação das condições corporais e sanitárias dos animais, normalmente prejudicadas durante o inverno. O excesso de chuvas ocorrido em alguns períodos, em várias regiões, provocou o prolongamento da situação desfavorável, prejudicando a recuperação das pastagens naturais. Nas áreas onde os animais são mantidos em pastagem cultivada, eles apresentam bom aspecto físico e sanitário, mantendo ganho de peso. No entanto, em muitos casos, esse ganho foi retardado pelo prejuízo às forrageiras, ocasionado pela umidade excessiva. Essas áreas, em sua maioria, são associadas à integração com lavouras de soja, o que tem favorecido a terminação de bovinos em pastagem, proporcionando maior eficiência na produção. Por outro lado, a generalização dessa prática resulta em um período com oferta elevada de animais para o abate, pressionando a redução dos preços. Neste ano em especial, o retardo no acabamento dos animais para abate e a necessidade de desocupação das áreas para plantio da soja reduziram o tempo para buscar melhores condições de comercialização dos animais. Mercado – Nesta época, intensificam-se as atividades e os eventos de comercialização de

animais, em suas diversas categorias, com destaque para a realização de expofeiras. O preço médio do quilo vivo do boi para abate, na semana, ficou em R$ 4,68 e da vaca em R$ 3,93. Bovinocultura de leite – As condições físicas e sanitárias do rebanho leiteiro, no geral, são boas. Com a melhoria climática, melhoram a disponibilidade e a qualidade das pastagens; assim, a necessidade de suplementação alimentar foi reduzida, favorecendo a redução dos custos. O período é de muito boa produção leiteira. Mercado – O preço médio pago pela indústria ao produtor permaneceu estabilizado em R$ 1,24/L. Eventos - Em 20 e 21 de outubro, em parceria com a SDR e Emater/RS-Ascar, foi realizada a Feira de Bovinos Leiteiros, no Centro de Eventos do Cerrito Alegre - em Pelotas. Participaram animais das raças Jersey e Holandesa. Também neste fim de semana em Cerrito foi realizada a 14ª Festa Municipal do Leite Jersey. Ovinocultura – Os rebanhos continuam ganhando peso em função da disponibilidade de pasto, em quantidade e qualidade. Os cordeiros e as ovelhas apresentam bom aspecto físico e sanitário, no geral. Em áreas mais baixas, continuam sequelas de alguns problemas de casco nos animais, que surgiram nos momentos mais chuvosos. O período de esquila segue em andamento. Evento - Em 26 de outubro, será realizado o concurso de borregas durante a Expofeira de Piratini. Mercado – A oferta de lã e de ovinos para abate e terminação, de todas as categorias, ainda é reduzida. O preço médio estadual do quilo vivo do cordeiro para abate teve uma pequena elevação na semana, passando de R$ 6,39 para R$ 6,41. Suinocultura – Na atividade suinícola, predominam os sistemas de integração de produtores com a indústria. Essa modalidade de criação tem oferecido uma margem reduzida aos suinocultores, mas com uma certa estabilidade. Recentemente, estão ocorrendo alguns casos isolados de dificuldades de comercialização em prejuízos aos criadores. Mercado – O preço médio pago pelo quilo do suíno vivo, para abate, continua estável: R$ 3,10.

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Piscicultura – Continuam o manejo dos tanques com peixes e o preparo dos açudes que deverão receber alevinos. O preparo ocorre mediante fertilização e desinfecção dos tanques e o manejo tem por objetivo a qualidade da água para o repovoamento. Mercado – A oferta de pescado cultivado está normalizada, com preços estáveis. Pesca artesanal Preços pagos aos pescadores de Torres

Espécie/produto Preços (R$/kg)

Abrótea (filé) 12,00

Anchova 15,00

Corvina 11,00

Linguado (filé) 25,00

Pampo 11,00

Papa-terra 12,50

Peixe-anjo (filé) 16,00

Pescada (filé) 16,00

Sardinha 10,00

Tainha 13,70

Tilápia (filé) 22,00

Tilápia (eviscerada) 14,00

Tilápia (viva) 8,00 Fonte: Escritório Regional de Porto Alegre – Emater/RS-Ascar.

Apicultura – A florada de primavera apresenta-se boa e promissora. Os enxames estão fortes, em razão do preparo de inverno, trazendo uma boa expectativa para a safra de primavera/verão. A expectativa é de muito boa produção nesta safra. Ocorre alta incidência de enxameação, captura de enxames e boa atividade de campo das abelhas. Os produtores estão realizando a divisão de enxames e a captura de novos. Apicultores estão fazendo a troca de quadros velhos, a fim de possibilitar favos novos para indução de maior postura da rainha. Em alguns locais, enxames mais fortes e bem manejados já apresentam produção de mel. Mercado – O preço médio do mel, em nível estadual, ficou estável na semana. Evento - A Jornada Apícola do Litoral Norte, que está na sua 11ª edição, será realizada no município de Balneário Pinhal, em 1º de novembro. Avicultura industrial - Após 12 anos, RS vai retomar exportação de carne de frango para o Chile. A documentação que oficializa a decisão deve ser enviada ao Brasil até o fim do mês. O

comércio será restabelecido pois o Chile reconheceu o estado como livre da Doença de Newcastle. “A documentação do serviço sanitário chileno (Servício Agrícola y Ganadero - SAG), que vai oficializar a decisão, será enviada ao Brasil até o final deste mês”, informou o diretor do Departamento de Saúde Animal do Mapa, Guilherme Marques. A retomada dos embarques de carne de frango ao Chile é um pleito antigo do setor avícola, tendo em vista a importância socioeconômica deste segmento para os criadores gaúchos. O país representa um mercado importante, tem critérios exigentes para habilitação de estados e estabelecimentos. “A aprovação dos controles sanitários do RS mostra a eficiência do Serviço Veterinário Oficial (SVO) do Estado e do Mapa”, segundo Guilherme Marques. O Rio Grande do Sul responde por 14% da produção de carne de frango brasileira. Em relação ao mercado internacional, 18% das exportações são procedentes do Estado, direcionadas para mais de 150 países. Pelas estimativas da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), nos últimos 12 anos o Estado deixou de exportar para aquele país cerca de 385 mil toneladas de carne de frango. Fonte: Avicultura Industrial (publicado em 19/10/2018) Avicultura colonial – A produção de ovos coloniais está crescendo com o aumento das horas diárias de luminosidade. Os produtores com aviários profissionais e uso de complemento de luz estão com a produção regular de ovos e de aves para os abates. Em Santo Cristo, está em conclusão um entreposto de ovos. Mercado - A busca por ovos coloniais continua em alta. Houve redução nos preços em função da queda nas cotações de ovos industriais. Os preços praticados na região de Lajeado encontram-se em um patamar atrativo aos produtores e consumidores. Na feira do produtor de Estrela, a bandeja de 30 ovos foi comercializada a R$ 15,00 e a dúzia a R$ 7,00.

ASSOCIAÇÃO SULINA DE CRÉDITO E ASSISTÊNCIA RURAL – ASCAR

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2013/2017

25/10/2018 18/10/2018 27/09/2018 26/10/2017 GERAL OUTUBRO

Arroz em Casca 50 kg 43,43 43,77 44,07 40,86 45,79 46,15

Feijão 60 kg 139,47 138,33 137,50 152,77 189,96 185,75

Milho 60 kg 36,45 36,93 37,84 29,23 32,03 31,86

Soja 60 kg 78,21 79,06 82,09 69,74 76,42 76,03

Sorgo Granífero 60 kg 28,39 28,92 28,92 22,80 27,94 27,05

Trigo 60 kg 39,23 40,18 42,42 33,36 38,18 38,50

Boi para Abate kg vivo 4,68 4,68 4,65 5,18 5,39 5,12

Vaca para Abate kg vivo 3,93 3,92 3,87 4,40 4,81 4,54

Cordeiro para Abate kg vivo 6,41 6,39 6,36 6,89 5,72 5,84

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,10 3,10 3,10 3,74 4,00 4,08

Leite (valor liquido recebido) litro 1,24 1,24 1,25 1,08 1,11 1,15

22/10-26/10 15/10-19/10 24/09-28/09 23/10-27/10

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2013-2017 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2013-2017.