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Descontrole. Para promotor, não há como saber se o combustível foi usado na atividade parlamentar

A justificativa usada pelos vereadores que mais gas-taram verba indenizatória com combustível é a mesma: precisam de muito combustível para desenvolverem a atividade parlamentar.

Paulinho Motorista (PSL), recordista de gastos em 2010 com uma despesa de R$ 36 mil em combustível, explica que, além de estar dentro da lei, a quantia foi toda usada em serviços importantes para seu mandato. “Tenho cinco carros e rodo Belo Horizonte inteira para visitar favelas. Além disso, levo meus assessores para descobrir locais na cidade onde tem mais problemas. É com isso que pauto minha atuação na Câmara”, afir-mou.

O vice-líder do PT na Câmara, vereador João da Locadora (PT), terceiro colocado no ranking dos gas-tos, com R$ 35,8 mil, ressaltou que seus dois carros ficam à disposição de seus assessores para atendimento de associações de bairro e pessoas de comunidades. “O carro é de uso popular. Ele roda cerca de 500 quilôme-tros por dia. Além disso, eu moro em Venda Nova, que é muito longe da Câmara”, disse.

Adriano Ventura (PT), que ficou em sexto lugar no

ranking dos mais gastadores, com R$ 33.550, ressaltou que as despesas são fiscalizadas. “Os carros têm placas da Câmara, há conferência das notas fiscais e elas são comprovadas”, garantiu. (RF)Combustível de parlamentares daria

para ir aos EUA de carroCada vereador da capital tem direito a R$ 15 mil

por mês de verba indenizatória. Desse total, eles podem gastar, mensalmente, R$ 3.000 com combustíveis.

Levando-se em conta carros abastecidos a gasoli-na, com preço médio a R$ 2,45 e com consumo de 11,5 quilômetros por litro do combustível, os vereadores percorreram 4,88 milhões de quilômetros ao longo de 2010.

Considerando-se o total de R$ 1,04 milhão gastos com combustíveis, os parlamentares poderiam ter ido 15,5 vezes de Belo Horizonte a Nova York, nos Estados Unidos.

Outro fato que chama atenção é que Belo Horizon-te não é uma cidade grande territorialmente. A distância entre o Barreiro e Venda Nova é de cerca de 30 quilô-metros. (RF)

distâncias

Vereadores culpam rotina de “visitas às bases” por excesso

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Juliana Cipriani Receber auxílio-moradia de R$ 2.250 independen-

temente de ter casa ou apartamento em Belo Horizonte não é a única regalia dos 77 deputados estaduais. Pela regra em vigor até agora, eles têm a possibilidade de re-ceber a bolada de uma só vez, pedindo à Casa os valores retroativos. A prática de abrir mão no início de mandato e depois requisitar o dinheiro ocorreu com parlamenta-res em outras legislaturas, conforme admitiu ontem o primeiro-secretário Dilzon Melo (PTB). A proibição da retroatividade, aliás, é a única mudança que o Legislati-vo promete propor. O auxílio, considerado até “defasa-do” por eles, será mantido.

“No passado, tinha deputado que vinha e, pressiona-do pelas bases ou querendo mostrar para alguém, abria mão do auxílio-moradia e depois, passando um ou dois anos, quando perdia a eleição, recebia a retroatividade”, afirmou Dilzon. O primeiro-secretário, no entanto, se re-cusou a dizer quantos ou quais seriam os parlamentares que adotaram a prática. Procurada pela reportagem, a assessoria da Casa também não retornou. “Vamos nos ater a esse novo modelo que vamos propor daqui para a frente. Não vai bastar simplesmente a pessoa não querer receber agora e depois de outros três anos querer o ‘para trás’, isso não é justo nem moral e temos que primar por isso”, afirmou o parlamentar.

Com as regras atuais, se um deputado optasse por não receber o auxílio no primeiro dia de mandato e rei-vindicasse o direito no último, poderia receber de uma vez R$ 108 mil, por exemplo. Conforme mostrou o Es-tado de Minas, pelo menos 25 dos deputados estaduais de Minas que recebem auxílio-moradia têm um ou mais imóveis registrados em seus nomes na declaração de bens constante do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MG).

Atualmente, somente quem faz a opção não rece-be, o que foi feito por cinco parlamentares: João Vítor Xavier (PRP), João Leite (PSDB), Fred Costa (PHS), André Quintão (PT) e Délio Malheiros (PV). De acordo com Dilzon Melo, não está sendo cogitada qualquer al-teração na resolução que institui o auxílio-moradia aos deputados, a não ser a do fim da retroatividade.

“Tentamos verificar se haveria alguma nomenclatu-ra nova a ser adotada, mas entendemos que nosso mode-lo segue o da Câmara dos Deputados, Tribunal de Justi-ça e Ministério Público. Avaliamos que a maioria dos deputados precisam do auxílio e isso está consolidado desde 1994. Foi uma deliberação da mesa que fez parte

de um termo de ajustamento de conduta feito com o MP na época dos supersalários”, afirmou. Ainda segundo o secretário, os R$ 2.250 são insuficientes. “Esse valor não dá para pagar aluguel em BH, todos sabem que perto da Assembleia não se consegue alugar um apartamento por menos de R$ 6 mil”, disse.

O presidente da Assembleia, deputado Dinis Pinhei-ro (PSDB), se limitou a dizer que a legislação que rege o pagamento do auxílio-moradia é clara. Questionado sobre uma possível mudança, repetiu: “A legislação é muito clara e límpida e, logicamente, existe todo um acompanhamento permanente por parte do parlamento e da sociedade”, disse. Sobre a opinião de alguns deputa-dos que reconheceram que a verba poderia ser vinculada ao fato de o deputado ter ou não moradia na capital, re-sumiu: “Todo parlamentar tem direito de se expressar e merece nosso respeito”. Nos TRiBUNais

Quem também considera defasado o auxílio-mora-dia é o deputado estadual Antônio Júlio (PMDB). “O úl-timo reajuste foi de 1994, na época dava para pagar um bom apartamento, hoje não”, afirmou. O peemedebista diz que não abre mão do recurso por ser um direito. “Se não for eu, quem vai receber no meu lugar? Se eu der para alguma entidade, vai ser campanha com dinheiro público, o que é pior ainda”, afirmou. Antônio Júlio e outros parlamentares igualmente argumentaram que o Tribunal de Justiça e o Ministério Público também con-cederiam a rubrica.

Procuradas pelo Estado de Minas, as duas institui-ções informaram que juízes, desembargadores, procura-dores e promotores não recebem mais auxílio-moradia. No TJMG, a verba, que tinha o nome de equivalência sa-larial, foi extinta por lei de 2006, retroativa a 2005. Já o Ministério Público informa que seus integrantes tinham auxílio-moradia, mas há 11 anos o recurso foi extinto e eles passaram a receber o subsídio em parcela única. Já o valor pago aos desembargadores é de R$ 22,1 mil.

Com o aumento de 61,8% decidido em Brasília, os deputados estaduais passaram a ter um salário de R$ 20.042,35. Também têm R$ 20 mil de verba inde-nizatória para custear o mandato e podem receber por mês até R$ 8 mil pelo comparecimento nas oito sessões extraordinárias de plenário permitidas pela manhã ou à noite, além da reunião ordinária da tarde. Em fevereiro e dezembro, os parlamentares também recebem parcelas extras de R$ 20.042,35 para a tradicional ajuda de custo apelidada de verba paletó.

Legislativo

Bolada em auxílio-moradiaAmparados pelas regras atuais da Assembleia, deputados mineiros adotam a prática de abrir

mão do benefício para, tempos depois, requisitar todo o dinheiro retroativo de uma só vez

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ConfrontoCarlos SilveiraUberabaEm relação à matéria

“Policial cai em contradição sobre assassinatos na Serra” (Cidades, 22.2), acho que já está na hora de o Ministério Público Estadual ter seu pró-prio corpo de investigação.

Aí, sim, a verdade dos fatos será apurada. Enquan-to isso não é feito, acho que esses policiais deveriam res-ponder por seus atos na Justi-ça comum.

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Marcos Avellar

Uma liminar concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) reconduziu ao cargo o juiz afastado Edilson Rumbelsperger Rodri-gues, que ficou famoso por declarações polêmicas sobre a Lei Ma-ria da Penha. Ele reassumirá seu cargo na 1ª Vara Criminal em Sete Lagoas, na Região Central do estado. Seu retorno será possível em razão de o ministro Marco Aurélio Mello ter suspendido a decisão do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que afastou o magistrado do cargo há cerca de três meses. Ele pode retomar suas funções já a partir de hoje.

A determinação do CNJ em afastá-lo veio depois da avaliação de que suas considerações públicas haviam sido consideradas de cunho machista e preconceituoso, inclusive em decisões judiciais. Em uma sentença de 2007, Edilson Rumbelsperger é acusado de se referir à Lei Maria da Penha como um ”monstrengo tinhoso”, além de “um conjunto de regras diabólicas”, e evocar a Bíblia para dar suposto embasamento a sua decisão. Com isso, o CNJ deci-diu abrir um processo administrativo e, no início de novembro de 2010, afastou o magistrado por dois anos, com direito a venci-mentos proporcionais. Durante o julgamento, alguns conselheiros chegaram a questionar a sanidade mental do juiz afastado. A me-dida do CNJ havia sido tomada por unanimidade, provocada por um ofício da então secretária especial de Políticas para Mulheres,

ministra Nilcéia Freire. A relatora do caso, a juíza Andréa Pachá, justificou a ação, que poderia implicar processo administrativo: “A mim pareceu muito complicado que nós exerçamos algum contro-le sobre uma decisão judicial e não é esse o objetivo do conselho, mas, por outro lado, esse tipo de adjetivação, vinda de um juiz que exerce a função de juiz criminal e de menores, nós também não podemos deixar de avaliar ou deixar de investigar que tipo de juiz está exercendo a jurisdição e se essa matéria realmente foge ao nosso controle”.

A reportagem do Estado de Minas tentou contato durante toda a tarde de ontem com o juiz Edilson Rumbelsperger, sem sucesso. Seus assessores na 1ª Vara Criminal, Danilo Cristelli, e o escrivão Leonardo Souza afirmaram não ter informações sobre a localiza-ção do magistrado e não sabiam informar se ele realmente voltará à função já nesta quinta-feira.

Durante a polêmica, o juiz disse ter sido mal interpretado e, em nota oficial, afirmou que considera a lei inconstitucional por, em sua avaliação, tratar apenas de proteger a mulher e deixar de fora a condição do homem. “Toda a Lei Maria da Penha, toda ela, seria constitucional, segundo nossa visão, se houvesse, ao menos, um único artigo regulando as fragilidades do homem em suas re-lações domésticas com a sua esposa ou companheira. Se assim o fosse, a mesma lei poderia até ser injusta, mas não o seria, talvez, inconstitucional”, se defendeu em nota.

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De volta juiz da polêmicaSTF reconduz magistrado de Sete Lagoas, afastado pelo Conselho Nacional de Justiça

depois de fazer críticas públicas à Lei Maria da Penha, apontada como monstrengo

Depoimentos. Serão ouvidas as testemunhas indicadas pelo MP

Justiça realiza hoje mais uma audiência do mensalão

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AE - Agência EstadoPela primeira vez, 20 anos de-

pois da criação do Estatuto da Crian-ça e do Adolescente (ECA), o Brasil conseguiu traçar o perfil de crianças e adolescentes que trabalham ou dor-mem nas ruas do País. São 23.973 espalhados pelas 75 cidades brasilei-ras com mais de 300 mil habitantes. E 63% foram parar lá por causa de brigas domésticas.

Os resultados, ainda inéditos e obtidos com exclusividade pelo jor-nal O Estado de S. Paulo, vêm do censo nacional encomendado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH) e pelo Instituto de Desenvolvimen-to Sustentável (Idesp). “O resulta-do ainda precisa ser aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda). Servirá para a criação de uma polí-tica nacional para essa população, a partir de cinco grandes encontros nas diferentes regiões do Brasil”, diz Marco Antonio da Silva, conselhei-ro do Conanda e diretor nacional do Movimento de Meninos e Meninas de Rua.

A pesquisa ajuda a aprofundar as causas que levam as crianças e os jovens para as ruas, além de permi-tir conhecer quem são. Conforme os resultados, 59% dos que estão na rua voltam para dormir na casa dos pais, parentes ou amigos, o que indica que a rua é vista por muitos como um lo-cal para ganhar dinheiro, por meio de esmolas e venda de produtos, en-tre outras ações. “Hoje há um con-senso de que o dinheiro dado para a criança na rua a estimula a voltar no dia seguinte, assim como incentiva os pais a forçarem o jovem a conti-nuar. A sociedade precisa abandonar essa visão de caridade”, diz Marce-lo Caran, coordenador da Fundação Projeto Travessia.

Para reverter esse quadro são necessários trabalhos técnicos vol-tados à reestruturação familiar, à

Grandes cidades têm 23.973 crianças de rua, diz censoresolução de conflitos dentro da casa e nas comunidades onde vivem os jovens, suporte escolar e medidas de saúde voltadas principalmente à de-pendência de drogas. Conforme os dados, as brigas verbais com pais e

irmãos (32,2%), a violência domésti-ca (30,6%) e o uso de álcool e drogas (30,4%) são os motivos principais que levam os jovens às ruas. As in-formações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Mortes no aglomerado da SerraAntônio Álvares da Silva

Falta rigor na fiscalização das estradas de MinasPolicial ignorou aviso

Marcelo Tito - Bacharel em direito

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Para coibir mor-domias na segunda instância do Poder Judiciário, o Conse-lho Nacional de Justi-ça (CNJ) determinou aos tribunais de todo o País maior transpa-rência na utilização de automóveis oficiais. Entre outras exigên-cias, o CNJ tornou obrigatória a divulga-ção pela internet, até o dia 31 de janeiro de cada ano, da lista de veículos oficiais - sejam eles veículos de representação, uso institucional ou trans-porte de juízes e pro-cessos - em “espaço permanente e facil-mente acessível” nos sites de cada corte.

Tomada por meio da Resolução n.º 83, que foi baixada em junho de 2009, com a justificativa de que os contribuintes têm o direito de conhecer os gastos dos tribu-nais com transporte de magistrados e de pro-cessos e de ajudar na fiscalização de even-tuais abusos, a medida causou desconforto e constrangimento entre desembargadores, uma vez que a corporação considera o carro pre-to de luxo com chapa de bronze - para uso institucional ou repre-sentação - sinônimo de prestígio e poder.

A decisão do CNJ

foi tomada depois de uma série de denún-cias de abusos come-tidos nos Tribunais de Justiça, nos Tribunais Regionais Federais e nos Tribunais Re-gionais do Trabalho. Alguns desembarga-dores vinham usando automóveis oficiais no fim de semana, como se fossem veículos particulares. Houve casos de magistrados que convocavam seus motoristas na noite de domingo para comprar pizzas e refrigeran-tes. E também houve quem viajasse no fim de semana para casa de praia ou de campo com automóveis ofi-ciais que só podem circular em diás úteis - e na hora do expe-diente.

Por isso, o balan-ço dos resultados da Resolução n.º 83, após um ano e meio de vi-gência, realizado pelo Estado, é surpreen-dentemente positivo. Apesar da resistência da magistratura aos controles impostos pelo CNJ, vários tri-bunais disciplinaram a utilização de veícu-los oficiais e divulga-ram pela internet as listas de seus veículos e dos respectivos gas-tos com combustível e manutenção - exata-mente da forma como foi determinada pelo

órgão encarregado de promover o controle externo do Poder Judi-ciário.

Dos 27 tribunais procurados pela repor-tagem do Estado, so-mente 9 não apresen-taram os dados solici-tados. E, dos 18 tribu-nais que mandaram as informações pedidas, pelo menos 10 mos-traram que estão cum-prindo rigorosamente as ordens do CNJ.

O destaque ficou com a Justiça Federal. Todos os Tribunais Regionais Federais e suas respectivas Se-ções Judiciárias nos Estados têm portais de transparência com formato padronizado e informações centra-lizadas sobre veículos oficiais e gastos com motoristas, combustí-vel e manutenção.

Entre os que con-trariaram abertamen-te a Resolução n.º 83 estão alguns Tribunais de Justiça estaduais, destacando-se os do Rio de Janeiro, Pa-raná, Espírito Santo, Pernambuco e Goiás.

Já o Tribunal de Justiça de Santa Ca-tarina apresentou in-formações completas. Apesar de não ter exi-bido a lista de veículos oficiais no item apro-priado, a Corte apre-senta em outra seção de seu site a relação

detalhada de sua fro-ta. E, no item “Trans-parência”, é possível acompanhar, mês a mês, quanto cada ve-ículo consumiu em combustível e manu-tenção e a evolução dos gastos ano a ano.

Para contornar a ordem do CNJ, al-gumas Justiças esta-duais recorreram a uma esperteza. Elas divulgaram a relação de veículos e de gas-tos com combustível e manutenção, mas não da forma deter-minada pelo CNJ - ou seja, na página princi-pal da instituição e no link “Transparência”. Em alguns desses tri-bunais, o caminho de acesso às informações foi deliberadamen-te dificultado. Além disso, a informação está colocada em lo-cal inacessível para os cidadãos, só estando disponível a quem dis-ponha de senha.

A Resolução n.º 83 não prevê punições para os tribunais que não cumprirem suas determinações. Para o CNJ, a simples di-vulgação das cortes que não colocam na internet seus gastos com veículos oficiais é uma forma de san-ção moral. E, de fato, ela é mais eficaz do que qualquer sanção administrativa.

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As frotas dos tribunais

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