23ª edição d'o b'lota associativo

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ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS vs ECONOMIA AJC—ASSOCIAÇÃO DE JOVENS DAS CORTIÇADAS O B’lota Associativo Ano IV, Volume XXIII, bimestral, tiragem 60 ex. Novembro e Dezembro de 2014 www.ajcorticadas.com Índice Alterações Climáticas vs Econo- mia (pág. 1) Crónica de Opinião (pág. 2) Expressões Populares (pág. 2) Psicologizando: A Diabetes e o seu impacto na Qualidade de Vida (pág. 2) Espaço Saúde: Alimentação Saudável (pág. 3) Curiosidades (pág. 3) Agenda AJC (pág. 3) Coluna Económica: Discrimina- ção de Preços (pág. 4) Agro B’lota: Medidas Greening (pág. 4) Máximas (pág. 4) Espaço Poesia: Tardes de Outo- no (pág. 4) Engenhocas: O Fogo (pág. 5) Bio: Aves Migratórias (pág. 5) Dá vida à tua vida (pág. 6) Coluna Humorística (pág. 6) Coluna Musical (pág. 6) Aleitamento Materno: algumas verdades! (pág. 7) Entrevista com Miguel Perdigão (pág. 7) Cortiçadas Clube Alentejo - COR (pág. 8) Reflectindo com… (pág. 9) Escravidão nos dias modernos (pág. 8) Mensagem de Natal AJC (pág. 8) Alimentação no Primeiro Ano de Vida (pág. 9) Sabores Alentejanos (pág. 9) Insólitos (pág. 9) Notícias Nacionais (pág. 10) Notícias Regionais (pág. 10) Coluna Desportiva (pág. 10) Notícias Internacionais (pág. 11) Notícias Locais (pág. 11) Passatempos AJC (pág. 12) Sugestões: A Arte das Palavras (pág. 12) Contacto: [email protected] Que ambiente queremos para o futuro? Quais as repercussões que os nossos actos ambientais terão para as gerações vindouras? Nos dias que correm, as questões ambientais são cada vez mais importantes e é urgente que sejam tomadas mais medidas de protecção am- biental, com vista à redução da poluição e de- gradação do meio em que vivemos. No final de Setembro, realizou-se em Nova Iorque, a 69ª Assembleia Geral das Nações Uni- das, com a presença de 140 Chefes de Estado e de Governo dos vários países. Entre as questões fulcrais desta Assembleia Geral, destaca-se aqui o incentivo geral do uso de energias renováveis e o estabelecimento de um fundo de 155 mil milhões de euros, para ajuda a países em desen- volvimento, num maior e mais eficaz combate ao aquecimento global. Ban Ki Moon, o Secretário Geral da ONU, preparou uma agenda muito forte e difícil, pelas posições conhecidas e assumidas dos Estados Unidos e da China, no que aos problemas ambi- entais diz respeito. Estes países são muito resis- tentes aos problemas ambientais, devido à com- petitividade económica. Níveis elevados de emissões de carbono são incompatíveis com vários sectores necessários à constante evolução da economia e industrialização, levando a pre- valecer o interesse económico “egoísta” dos estados. A necessidade de industrialização rápida da China conduz a economia chinesa a deixar para segundo plano as questões de protecção ambien- tal, levando a que as cidades mais industrializa- das da China, hoje em dia, vivam verdadeiros problemas de Saúde Pública, devido à extrema poluição. É preciso sensibilizar e começar a tomar medidas de combate a este tipo de ideolo- gias. Os interesses são sempre relativos, pois a fac- tura ambiental paga-se muito caro em países como os Estados Unidos, por exemplo, que anunciaram recentemente a auto-suficiência em gás natural...mas através de um tipo de gás com custos ambientais elevadíssimos. É o chamado gás de xisto, extraído por um processo chamado de “Fracking”. Como os efeitos das alterações climáticas não são mensuráveis a curto prazo e como os políti- cos têm prazos de acção de 4 anos, como estes efeitos se verificam apenas a médio e longo prazo e não entram nas agendas politicas, verifi- ca-se a preferência da suficiência energética à protecção ambiental. Estes países são os maiores poluentes e, como tal, desencorajam os outros países a fazerem sacrifícios com muitas medidas de prevenção ambiental, quando elas são contrárias aos inte- resses económicos. Em Portugal, o governo anunciou o Orçamen- to de Estado para 2015 com uma nova medida, chamada de “Fiscalidade Verde”. Se o único objectivo do governo for a protecção ambiental, é de aplaudir esta medida, apesar de como já vimos, ser contra uma economia competitiva, o que é um pouco contra sensual, olhando para o desempenho recente da nossa economia. Espe- ramos é que esta “Fiscalidade Verde” não seja apenas para disfarçar mais um aumento de im- postos às famílias e empresas, como afirmam a ACAP, o ACP e o Bastonário dos Técnicos Ofi- ciais de Contas. No fundo, a questão ambiental depende um pouco da consciência de todos. Podemos ter actos mais ambientalistas, como ter um carro económico em detrimento de um carro potente; deslocarmo-nos em transportes públicos, a pé ou de bicicleta; reciclar em vez de colocar tudo no contentor do lixo; tornar a casa o mais sus- tentável possível no plano energético; não apoi- ar causas, desportos, empresas e outros que não sejam ambientalmente sensíveis. Ao adoptarmos uma postura amiga do ambi- ente, para além de ganharmos imenso em quali- dade de vida, deixarão de ser necessárias tantas medidas preventivas, viveremos num mais sau- dável planeta e deixaremos uma vida melhor às gerações seguintes. Por António Henriques EDITORIAL Caros Leitores, Esta edição é marcada por temas fulcrais como a alimentação saudável e infantil, pela Diabetes (em que agradecemos a entrevista es- pecial ao amigo Miguel Perdigão), pelo panora- ma da Escravatura em pleno séc. XXI e uma reflexão sobre a importância de se trabalhar com as crianças os Direitos Humanos (numa lógica preventiva), informações importantes sobre a nova Política Agrícola Comum 2014- 2020 e novidades sobre a nova associação das Cortiçadas de Lavre: o novo clube independente de atletismo - Cortiçadas Clube Alentejo. Desejamos a todos uma óptima leitura! Por Filipa Pacheco

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Page 1: 23ª edição d'o b'lota associativo

ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS vs ECONOMIA

AJC—ASSOCIAÇÃO DE JOVENS DAS CORTIÇADAS

O B’lota Associativo Ano IV, Volume XXIII, bimestral, tiragem 60 ex. Novembro e Dezembro de 2014

www.ajcorticadas.com

Índice

Alterações Climáticas vs Econo-

mia (pág. 1)

Crónica de Opinião (pág. 2)

Expressões Populares (pág. 2)

Psicologizando: A Diabetes e o

seu impacto na Qualidade de

Vida (pág. 2)

Espaço Saúde: Alimentação

Saudável (pág. 3)

Curiosidades (pág. 3)

Agenda AJC (pág. 3)

Coluna Económica: Discrimina-

ção de Preços (pág. 4)

Agro B’lota: Medidas Greening

(pág. 4)

Máximas (pág. 4)

Espaço Poesia: Tardes de Outo-

no (pág. 4)

Engenhocas: O Fogo (pág. 5)

Bio: Aves Migratórias (pág. 5)

Dá vida à tua vida (pág. 6)

Coluna Humorística (pág. 6)

Coluna Musical (pág. 6)

Aleitamento Materno: algumas

verdades! (pág. 7)

Entrevista com Miguel Perdigão

(pág. 7)

Cortiçadas Clube Alentejo -

COR (pág. 8)

Reflectindo com… (pág. 9)

Escravidão nos dias modernos

(pág. 8)

Mensagem de Natal AJC (pág. 8)

Alimentação no Primeiro Ano de

Vida (pág. 9)

Sabores Alentejanos (pág. 9)

Insólitos (pág. 9)

Notícias Nacionais (pág. 10)

Notícias Regionais (pág. 10)

Coluna Desportiva (pág. 10)

Notícias Internacionais (pág. 11)

Notícias Locais (pág. 11)

Passatempos AJC (pág. 12)

Sugestões: A Arte das Palavras

(pág. 12)

Contacto:

[email protected]

Que ambiente queremos para o futuro? Quais

as repercussões que os nossos actos ambientais

terão para as gerações vindouras?

Nos dias que correm, as questões ambientais

são cada vez mais importantes e é urgente que

sejam tomadas mais medidas de protecção am-

biental, com vista à redução da poluição e de-

gradação do meio em que vivemos.

No final de Setembro, realizou-se em Nova

Iorque, a 69ª Assembleia Geral das Nações Uni-

das, com a presença de 140 Chefes de Estado e

de Governo dos vários países. Entre as questões

fulcrais desta Assembleia Geral, destaca-se aqui

o incentivo geral do uso de energias renováveis

e o estabelecimento de um fundo de 155 mil

milhões de euros, para ajuda a países em desen-

volvimento, num maior e mais eficaz combate

ao aquecimento global.

Ban Ki Moon, o Secretário Geral da ONU,

preparou uma agenda muito forte e difícil, pelas

posições conhecidas e assumidas dos Estados

Unidos e da China, no que aos problemas ambi-

entais diz respeito. Estes países são muito resis-

tentes aos problemas ambientais, devido à com-

petitividade económica. Níveis elevados de

emissões de carbono são incompatíveis com

vários sectores necessários à constante evolução

da economia e industrialização, levando a pre-

valecer o interesse económico “egoísta” dos

estados.

A necessidade de industrialização rápida da

China conduz a economia chinesa a deixar para

segundo plano as questões de protecção ambien-

tal, levando a que as cidades mais industrializa-

das da China, hoje em dia, vivam verdadeiros

problemas de Saúde Pública, devido à extrema

poluição. É preciso sensibilizar e começar a

tomar medidas de combate a este tipo de ideolo-

gias.

Os interesses são sempre relativos, pois a fac-

tura ambiental paga-se muito caro em países

como os Estados Unidos, por exemplo, que

anunciaram recentemente a auto-suficiência em

gás natural...mas através de um tipo de gás com

custos ambientais elevadíssimos. É o chamado

gás de xisto, extraído por um processo chamado

de “Fracking”.

Como os efeitos das alterações climáticas não

são mensuráveis a curto prazo e como os políti-

cos têm prazos de acção de 4 anos, como estes

efeitos se verificam apenas a médio e longo

prazo e não entram nas agendas politicas, verifi-

ca-se a preferência da suficiência energética à

protecção ambiental.

Estes países são os maiores poluentes e, como

tal, desencorajam os outros países a fazerem

sacrifícios com muitas medidas de prevenção

ambiental, quando elas são contrárias aos inte-

resses económicos.

Em Portugal, o governo anunciou o Orçamen-

to de Estado para 2015 com uma nova medida,

chamada de “Fiscalidade Verde”. Se o único

objectivo do governo for a protecção ambiental,

é de aplaudir esta medida, apesar de como já

vimos, ser contra uma economia competitiva, o

que é um pouco contra sensual, olhando para o

desempenho recente da nossa economia. Espe-

ramos é que esta “Fiscalidade Verde” não seja

apenas para disfarçar mais um aumento de im-

postos às famílias e empresas, como afirmam a

ACAP, o ACP e o Bastonário dos Técnicos Ofi-

ciais de Contas.

No fundo, a questão ambiental depende um

pouco da consciência de todos. Podemos ter

actos mais ambientalistas, como ter um carro

económico em detrimento de um carro potente;

deslocarmo-nos em transportes públicos, a pé

ou de bicicleta; reciclar em vez de colocar tudo

no contentor do lixo; tornar a casa o mais sus-

tentável possível no plano energético; não apoi-

ar causas, desportos, empresas e outros que não

sejam ambientalmente sensíveis.

Ao adoptarmos uma postura amiga do ambi-

ente, para além de ganharmos imenso em quali-

dade de vida, deixarão de ser necessárias tantas

medidas preventivas, viveremos num mais sau-

dável planeta e deixaremos uma vida melhor às

gerações seguintes.

Por António Henriques

EDITORIAL

Caros Leitores,

Esta edição é marcada por temas fulcrais

como a alimentação saudável e infantil, pela

Diabetes (em que agradecemos a entrevista es-

pecial ao amigo Miguel Perdigão), pelo panora-

ma da Escravatura em pleno séc. XXI e uma

reflexão sobre a importância de se trabalhar

com as crianças os Direitos Humanos (numa

lógica preventiva), informações importantes

sobre a nova Política Agrícola Comum 2014-

2020 e novidades sobre a nova associação das

Cortiçadas de Lavre: o novo clube independente

de atletismo - Cortiçadas Clube Alentejo.

Desejamos a todos uma óptima leitura!

Por Filipa Pacheco

Page 2: 23ª edição d'o b'lota associativo

PÁGINA 2 O B’LOTA ASSOCIATIVO ANO IV, VOLUME XXIII

A meta dos diabéticos é serem os donos da sua doença

E não os seus escravos (Langewits, 1997)

A notícia de que se tem uma doença crónica não se prende só

com o sabermos que temos um problema físico: por exemplo, o

impacto do diagnóstico de Diabetes não é só passarmos a saber

que os nossos níveis de açúcar no sangue são altos e que o nosso

organismo não consegue transformar toda a glicose que inge-

rimos!

A notícia de que se tem uma doença crónica envolve uma

série de mudanças a nível psicológico, na relação com os outros

(família, amigos, relações amorosas), na forma como nos vemos,

nos nossos hábitos e estilo de vida. Dependendo da doença e do

nosso conhecimento sobre ela, temos uma fase inicial de choque

e negação da situação. Só depois vamos começando a assimilar a

informação (sobre a nossa nova doença e as mudanças que isso

vai ter na nossa vida) e vamos adoptando estratégias de coping.

No caso específico da Diabetes, além do impacto emocional

por se saber que teremos uma doença para sempre, é necessário

um ajustamento ao nível medicamentoso (comprimidos ou, nal-

guns casos, insulina), de alimentação (manter um regime dietéti-

co restrito e com horários regulares, o que até pode mexer com a

própria dinâmica familiar), da prática de exercício físico e de

uma vigilância regular para evitar ou atrasar complicações cardi-

ovasculares, neurológicas e renais associadas à doença.

Por outro lado, e ao contrário de outras doenças crónicas, o

controlo da Diabetes depende do próprio diabético e da gestão

que ele faz da sua doença, o que pode aumentar os níveis de

stress, sobretudo numa fase inicial: o diabético sabe que tem que

ter uma atitude de autocontrolo e que é o principal responsável

pela evolução (positiva ou negativa) da doença.

Nalguns casos, mais do que o aspecto prático da doença, é a

reacção emocional à mesma que provoca uma diminuição da

qualidade de vida: a incerteza face à evolução da doença, a re-

presentação psíquica que o doente constrói sobre a Diabetes e

sobre o Eu Diabético.

As investigações realizadas na área apontam para o facto de a

maioria dos doentes com Diabetes adoptarem estratégias de co-

ping de evitamento: se, numa fase inicial, o evitamento cognitivo

pode reduzir a ansiedade e impedir que a doença se torne o foco

da vida da pessoa e da família, numa fase posterior conduz a um

mal-estar físico e psicológico, decorrente de um não ajustamento.

Desta forma, a transição do choque inicial para a fase de assimi-

lação de informação e integração da mesma na alteração de com-

portamentos deve recorrer à adopção de estratégias de coping de

confronto, como é o caso da procura de recompensas alternativas.

É fundamental que o diabético se reaprenda, conheça os seus

limites, as suas dúvidas, as suas potencialidades para ser capaz de

integrar a Diabetes, de forma positiva, no seu projecto de vida.

Por Filipa Pacheco

CRÓNICA DE OPINIÃO

PSICOLOGIZANDO: A Diabetes e o seu impacto na Qualidade de Vida

O B’lota Associativo

Periodicidade: Bimestral, Distribuição: Gratuita, Apoio: Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, E-mail: [email protected], Gestor de Produto: Cláudio Martins, Design

Gráfico: Filipa Pacheco, Passatempos: Gonçalo Cardoso, M.ª Rita Martins, Coordenador: António Jorge Henriques, Assistentes: Filipa Pacheco, Mário Perdigão, Editor: M.ª Rita Martins,

Revisão: António Jorge Henriques, Filipa Pacheco, M.ª Rita Martins.

Viva a Ciência

É constante, quando se fala nos avanços científicos, falar-se

também acerca da evolução, do quanto o quotidiano se transfor-

mou mediante a curiosidade humana e a nossa vida progrediu

num espaço de tempo considerável. Muitas vezes ouço aquela

conversa “no nosso tempo não tínhamos nada e agora há tanta

coisa que nem pensamos que possa existir”… É verdade.

Eu partilho da opinião de que o ser humano é uma máquina

autêntica. Existem pessoas que dão muito de si, penso que de

uma forma até egoísta e egocêntrica, apenas para conseguirem

chegar a uma conclusão, uma lei, uma explicação, uma resposta

que no final possa então ser partilhada por todos nós. A Ciência e

o Homem andam de mão dada desde sempre, um puxando sem-

pre pelo outro.

Se está doente, arranja-se uma cura; se precisa e não consegue

algo, cria-se uma ferramenta; se já existe isto, então vamos me-

lhorar, adaptar, tornar mais eficiente de acordo com determinada

necessidade; se não existe, inventa-se. Qual quer que seja o moti-

vo em qualquer ser humano, em qualquer um de nós existe uma

capacidade de magicar, imaginar, cultivar determinada ideia, que

por mais parva que possa ser, não interessa… Temos esta capaci-

dade.

Os avanços são alucinantes mesmo. A cada dia que passa

existe mais uma pessoa, uma comunidade, seja quem for, que

inventa algo mais. O objectivo pode ser o ambiente, o quotidiano,

a medicina, o trabalho, a diversão ou simplesmente não existir

sequer uma utilidade.

Somos fascinados pela Ciência. A Ciência é fascinante.

Por Gonçalo Cardoso

EXPRESSÕES POPULARES

Ver Braga por um canudo

Significado: Não conseguir o que se queria.

Origem: No monte do Bom Jesus, existia um monóculo que

permitia ver pormenores da cidade de Braga lá ao fundo, a meia

dúzia de quilómetros, perante a inserção de uma moeda. Na mai-

oria das vezes, o nevoeiro que se fazia sentir não deixava ver

grande coisa, pelo que ver Braga por um canudo era um sonho

que, muitas vezes, ficava sem concretização e com uma moeda a

menos.

À Lagardère

Significado: Quando alguém faz algo com atrevimento, ousa-

dia ou coragem, mas sem medir bem as consequências para si

próprio.

Origem: Esta expressão refere-se a Lagardère, herói da obra

de Paul Féval, intitulada “Le Bossu” (O corcunda) e publicada

em França, em 1858. Nesta obra, um prodigioso espadachim,

Henri de Lagardère, disfarça-se de corcunda para vingar o seu

amigo, Duque de Nevers, morto pelo infame Prince de Gonza-

gue.

Agradar a gregos e troianos

Significado: Agradar a pessoas com características diferentes.

Origem: Páris, príncipe troiano, raptou Helena, rainha grega,

esposa de Menelau. Gregos e troianos envolveram-se numa vio-

lenta guerra que durou dez anos e terminou com a destruição de

Tróia. A vitória dos gregos foi possível graças a Ulisses que teve

a ideia de construir o Cavalo de Tróia. Por esta história se conclui

que agradar a gregos e troianos é mesmo uma tarefa difícil.

Por Mário Perdigão

Page 3: 23ª edição d'o b'lota associativo

ANO IV, VOLUME XXIII O B’LOTA ASSOCIATIVO PÁGINA 3

ESPAÇO SAÚDE: Alimentação Saudável

AGENDA AJC Novembro/Dezembro 2014

Para a AJC, é fundamental a participação dos seus sócios nas

suas actividades (culturais, desportivas ou recreativas). Neste

sentido, no mês de Novembro e Dezembro a agenda será:

01.11 - Dia de Todos os Santos

- Festa de Halloween AJC - 21H

03.11 - Dia Mundial do Homem

08.11 - Dia Europeu da Alimentação e da Cozinha Saudáveis

11.11 - Dia de São Martinho

- Dia Internacional da Ciência e da Paz

14.11 - Dia Mundial da Diabetes

16.11 - Dia Internacional da Tolerância

20.11 - Dia dos Direitos Internacionais da Criança

24.11 - Dia Mundial da Ciência

- Dia Nacional da Cultura Cientifica

25.11 - Dia Mundial para a Eliminação da Violência contra as

Mulheres

01.12 - Restauração da Independência

02.12 - Dia Internacional para a Abolição da Escravatura

05.12 - Dia Internacional do Voluntariado

08.12 - Dia da Imaculada Conceição

10.12 - Dia Internacional dos Direitos Humanos

18.12 - Dia Internacional das Migrações

20.12 - Dia Internacional da Solidariedade Humana

25.12 - Natal

31.12 - Véspera de Ano Novo

No dia 16 de Outubro, assinalou-se o Dia Mundial da Ali-

mentação Saudável. Um dos mitos criados é de que só os ricos é

que podem usufruir de uma boa alimentação, o que é totalmente

errado, porque os bons alimentos não são caros, temos é que os

saber escolher.

As grandes doenças deste século (obesidade, diabetes, doen-

ças cardiovasculares,…), podem ser prevenidas se adoptarmos

uma alimentação saudável. Fazer restrição de alimentos ou não

comer todo o tipo é errado: o mais importante é a variedade, pois

pretende-se que uma boa alimentação seja o mais variada possí-

vel.

Produtos hortícolas, frutos, cereais e leguminosas são alimen-

tos ricos em fibra, vitaminas, sais minerais e com baixo teor de

gordura, por isso devem constituir a base da nossa alimentação

diária. As calorias ingeridas não devem ser em maior quantidade

que as que são gastas, ou seja, quanto menos energia gastar no

dia-a-dia, menos calorias deve ingerir e vice-versa.

Entre muitas, as principais funções da alimentação são:

- Assegurar a sobrevivência do ser humano;

- Proporcionar bom funcionamento do organismo;

- Contribuir para a manutenção do nosso estado de saúde físi-

co e mental;

- Desempenhar um papel fundamental na prevenção de doen-

ças como a obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes, alguns

tipos de cancro, entre outros;

- Ajudar no crescimento e desenvolvimento das crianças e

adolescentes.

Para fazer uma adequada distribuição dos alimentos ao longo

do dia, deve variar, o mais possível, a escolha dos alimentos que

consome, adaptando as quantidades ingeridas à actividade física

diária.

Deve-se realizar cerca de 5 a 6 refeições diárias, iniciando:

- Pequeno-almoço completo e saudável (ex. leite e derivados

meio-gordo ou magros, fruta fresca, pão escuro ou de mistura ou

cereais integrais);

- Fazer pequenas merendas entre as três principais refeições e

uma pequena ceia antes de se deitar (não se deve estar mais de 3

horas e meia sem comer);

- Iniciar o almoço e o jantar com o consumo de sopa rica em

hortaliças e legumes;

- Ingerir sempre salada e outros produtos hortícolas no prato

que acompanha as principais refeições;

- Dê preferência ao peixe e carnes magras;

- Ingira fruta ao invés da sobremesa.

NOTA:

Mulheres grávidas, mães a amamentar, adolescentes, jovens

com idade inferior a 17 anos e crianças NUNCA devem ingerir

bebidas alcoólicas pois qualquer porção, ainda que seja pequena,

é sempre prejudicial.

“TENHA UMA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL, PREVI-

NA A DOENÇA”

Por Helena Guerreiro

CURIOSIDADES

Quais as temperaturas mais altas e mais baixas

registadas na terra?

A região de Dasht-e-Lut, no Irão, tem o recorde

de temperatura. Nesse grande deserto de sal, no sudoeste do país,

fica um dos lugares mais áridos do planeta. Em 2005, um satélite

da NASA registou 70ºC na superfície desse deserto, a temperatu-

ra mais alta alguma vez registada no planeta terra.

A segunda temperatura mais alta registada no mundo foi no

conhecido Vale da Morte, um deserto localizado no leste da Cali-

fórnia, nos Estados Unidos. Por lá, a temperatura atmosférica

mais alta chegou aos 56ºC. Este é o local mais seco dos Estados

Unidos.

A Estação Vostok, um centro de investigação dirigido pela

Rússia, na Antárctica, tem o recorde de temperaturas baixas. A

região, situada perto do Sul, chegou a marcar temperatura de

–89,2ºC, no dia 21 de Julho de 1983. Esta é a temperatura regis-

tada mais baixa no mundo contemporâneo.

A segunda temperatura mais baixa do mundo foi registada em

Omyakon, também na Rússia. Essa região fica a cerca de 350 km

do Árctico e já chegou a marcar –71,2ºC, em 1926, o que a tor-

nou no record da temperatura mais baixa registada no Hemisfério

Norte.

Por Daniel Dias

A EVITAR DAR PREFERENCIA

Gorduras de adição (óleos;

margarinas; manteiga ou ba-

nha)

Fruta fresca, hortaliças, legu-

mes

Fritos, produtos de charcuta-

ria e salsicharia, alimentos

salgados

Leite e derivados com baixo

teor de gordura (meio-gordo ou

magro)

Molhos pré-preparados (ex.

maionese, mostarda, natas)

Fibras

Açúcares e bebidas alcoólicas

(refrigerantes, sumos de fruta

artificial, qualquer bebida

alcoólica)

Ervas aromáticas e especiarias

no tempero dos cozinhados

Sal (não se deve ingerir + de

5gr/dia)

Ingerir muita água durante o

dia e não só quando tem sede

Page 4: 23ª edição d'o b'lota associativo

PÁGINA 4 O B’LOTA ASSOCIATIVO ANO IV, VOLUME XXIII

COLUNA ECONÓMICA: Discriminação de preços

AGRO B’LOTA: Medidas Greening

Na nova Política Agrícola Comum 2014-2020, surge um novo

subsídio aos agricultores, que visa a adopção de medidas que

levem a um menor impacto ambiental, consequente do sector

agrícola. O pagamento Greening premeia os agricultores que

adoptem, especificamente, três práticas agrícolas: Diversificação

de Culturas (DC), Manutenção de Prados Permanentes (PP) e

implementação e manutenção de Superfície de Interesse Ecológi-

co (SIE).

DC - Baseia-se no pressuposto que a rotação cultural traduz-

se na melhoria da qualidade dos solos e do desempenho ambien-

tal numa terra arável. Nesta prática, para explorações com áreas

entre os 10 e 30 ha, terá de se realizar pelo menos 2 culturas, pas-

sando a 3 em explorações com mais de 30 ha.

PP - O interesse desta prática relaciona-se com a elevada ca-

pacidade de fixação de carbono atmosférico, não apresentando

grandes alterações à já existente e praticada.

SIE - Esta medida tem como principal objectivo a promoção

da biodiversidade nas terras das explorações agrícolas. Aqui,

englobam-se diversas práticas como: pousio, utilização de legu-

minosas nas pastagens (ex.: Tremocilha, Fava, Ervilha e Grão de

Bico), reflorestação e manutenção de elementos paisagísticos

(ex.: valas de drenagem, marachas).

Como é óbvio, estas três práticas não são aplicáveis a todos

os agricultores, devido às circunstâncias da sua actividade, estan-

do automaticamente salvaguardados nos casos em que isso acon-

tece. Por exemplo, um produtor de arroz não tem como aplicar a

prática de manutenção de prados permanentes ou a prática de

diversificação de culturas.

O documento relativo a este novo pagamento, emitido pelo

Ministério da Agricultura, baseando-se na legislação comunitária,

não é claro sobre valores mas informa que as sementeiras de Ou-

tono-Inverno de 2014 já são abrangidas. Para mais informação,

aconselha-se a leitura deste documento no site do Gabinete de

Planeamento, Políticas a Administração Geral.

Por Pedro Pacheco

Discriminação de preços é a prática de preços diferentes pelas

empresas. Este foi um conceito desenvolvido por Jules Dupuit,

engenheiro civil e economista, ao observar o sistema de monopó-

lio que o governo detinha sobre as construções, tendo estas sido

feitas por ele. Dupuit concluiu que se o objectivo fosse maximi-

zar a utilidade, então o preço cobrado deveria ser zero, mas assim

os custos não seriam cobertos. Para inverter esta situação, Dupuit

sugeriu que fosse cobrado um preço que permitisse recuperar os

custos e, desta forma, minimizar a utilidade perdida. Já depois,

desenvolveu um esquema de preços, em que com diferentes pre-

ços praticados a perda da utilidade total seria menor. Assim, as

empresas poderão aumentar o seu lucro, praticando preços dife-

rentes para clientes que valorizam os bens de forma distinta. Pos-

teriormente, estes mesmos clientes seriam identificados e separa-

dos por grupos, onde para o fazer se deve considerar as suas dife-

rentes disponibilidades para pagar determinado preço por deter-

minado produto, tendo em conta o excedente do consumidor.

Para as empresas, o ideal seria cobrar preços diferentes a cada um

de seus clientes, contudo não se consegue fazer isso por que exis-

te um infinito número de opções de produtos. E para cada produ-

to existe um tipo de consumidor, que está disposto a pagar um

preço máximo, que se denomina por preço de reserva. A discri-

minação de preços é muito praticada por empresas estatais e ser-

viços de entidade pública. Existem três tipos de discriminação, de

1º, 2º e 3º grau. Na de primeiro grau, o vendedor identifica o pre-

ço máximo que o consumidor está disposto a pagar para obter o

produto e vai exercê-lo transformando assim o excedente de con-

sumidor em receita. Na discriminação de segundo grau, o preço é

estabelecido de acordo com a quantidade procurada, ou seja,

quanto maior for a procura do bem, menor será o seu preço. Co-

mo são compradas grandes quantidades, normalmente por gran-

des indústrias, é mais complicado identificar as várias classes de

consumidores, onde por vezes os preços podem ser aplicados de

acordo com a qualidade ou a quantidade dos produtos. Um exem-

plo é nas companhias aéreas, onde são oferecidas diferentes clas-

ses de lugares, o que permite diferenciar os consumidores com

base nas suas preferências. A discriminação de terceiro grau, dá-

se quando o preço é determinado por algum atributo de determi-

nado grupo, como por exemplo a localização. Um caso mais ex-

tremo pode ser: identificar em cada cliente a sua disponibilidade

para pagar por determinado produto.

Por Francisco Perdigão

ESPAÇO POESIA: Tardes de Outono

Que triste uma tarde de Outono

Folhas a rolar pelo chão

Ninhos desfeitos em abandono

Tantos sonhos em decomposição

Repicam sinos aos finados

Há tristes e fúnebres despedidas

Ouvem-se preces por todos os lados

Pelas pobres almas perdidas

Minha alma sofre de saudade

Meu coração sofre de dores

Meu coração está cansado

Sofrido e apertado

Pela perda de meus amores

Minha filha, meu filhinho

Meus pais e irmãos vi partir

Primeiro foi o meu anjinho

Todos os outros a seguir

Os meus pobres e singelos poemas

Em momentos de solidão

Ditados por pensamentos

Sentidos de coração

Por Ideogénica

Sugestão: Se quiser mostrar ao resto da população o que às vezes lhe

passa pela cabeça, envie-nos também o que escreve, para que possa ser

publicado numa próxima edição.

A simplicidade é o último grau de sofisticação.

Um brinde aos nossos defeitos, porque com as nossas quali-

dades ninguém se importa mesmo.

De todas as coisas que estão em vias de extinção, a que mais

me preocupa é o carácter.

A tua consciência tem um peso maior do que a opinião de

qualquer pessoa.

MÁXIMAS… ☺

Page 5: 23ª edição d'o b'lota associativo

ANO IV, VOLUME XXIII O B’LOTA ASSOCIATIVO PÁGINA 5

BIO: Aves Migratórias

ENGENHOCAS: O Fogo

A possibilidade de poder controlar o fogo foi uma enorme

conquista do homem primitivo, e contribuiu para uma alteração

dramática nos seus hábitos. O controlo do fogo pelo homem pré-

histórico foi um ponto de viragem na evolução e permitiu aos

humanos cozinhar alimentos e obter calor e protecção. Criar o

fogo permitiu a expansão da actividade humana nas noites escu-

ras e frias e deu protecção contra predadores e insec-

tos. A descoberta do fogo permitiu uma maior mobili-

dade. Contando com o fogo como meio de protecção,

pequenos grupos de homens que anteriormente ti-

nham que viajar em grandes bandos para se defende-

rem, podiam-se aventurar para lugares mais distantes

em busca de alimentos ou de moradia. Através do

cozinhar os alimentos, a capacidade de absorção de

nutrientes aumentava, o que levou a um desenvolvi-

mento do cérebro e a uma melhor capacidade de raci-

ocínio. O sistema digestivo diminuiu, bem como os

dentes e maxilares, devido à ingestão de alimentos

cozinhados. Sendo um caçador colector, também seria

bastante difícil o homem primitivo sobreviver apenas com comi-

da crua. O fogo foi o maior responsável pela sobrevivência do ser

humano e pelo grau de desenvolvimento da humanidade, apesar

de, durante muitos períodos da história, o fogo ter sido usado no

desenvolvimento e criação de armas e como força destrutiva. De

início, para criar o fogo utilizavam-se as pedras de fazer fogo. O

choque entre as duas pedras criava fagulhas que caiam em cima

de musgo e folhas secas, o que permitia que o fogo incendiasse.

Outro sistema era a fricção entre madeiras, uma mais dura e outra

mais mole. Essa fricção provocava calor e também com o auxílio

de folhas e musgo seco, permitia que o fogo se incendiasse.

As migrações são fenómenos voluntários e intencionais, com

carácter periódico e com o objectivo de encontrar alimento e boas

condições meteorológicas. Os factores que desencadeiam as mi-

grações são pouco conhecidos. Em muitas aves, observa-se o

aumento das várias hormonas que iniciam o processo pré-

migratório, nomeadamente a engorda e o crescimento

das gónadas. Essas alterações das concentrações hormonais po-

dem ser induzidas por modificações externas, como a variação do

número de horas de dia, a escassez de alimentos ou das modifica-

ções climatéricas. Durante as migrações, algumas aves orientam-

se principalmente através da capacidade extraordinária de reco-

nhecer características topográficas, como rios, árvores ou caracte-

rísticas do litoral.

Noutras espécies, a migração, durante o dia, parece ser orien-

tada principalmente pela

posição do sol e, durante a

noite, pelo eixo estrelar de

rotação. Extraordinaria-

mente, ainda existem ou-

tras espécies que se orien-

tam principalmente através

do campo magnético ter-

restre.

Quando as condições climatéricas, ou outras, não são favorá-

veis, as aves podem mudar o modo como se orientam. Sabe-se

que as aves juvenis ainda não têm o sentido de orientação muito

bom, pelo que não é muito raro observar indivíduos juvenis per-

didos, enquanto que os indivíduos mais velhos, mesmo quando

recolhidos e soltos em outros locais, conseguem orientar-se, mu-

Utensílios foram criados, sendo que um dos primeiros foi um

pequeno disco de madeira, que era girado rapidamente entre a

palma das mãos, enquanto era pressionado numa soleira plana de

madeira. Mais tarde, as puas de arco e corda foram usadas para

fazer girar mais rapidamente o disco, fazendo com que o fogo

pegasse mais depressa. O primeiro combustível utilizado, como

fonte de energia para alimentar o fogo, foi a gordura

animal. A partir da gordura que escorria dos animais

que assavam sobre as brasas os homens primitivos

começaram a perceber que o fogo aumentava confor-

me a gordura escorria. Após perceber o tesouro que

tinha em suas mãos, o homem procurou formas de

armazená-lo e passou a usar. como recipientes para

guardar a gordura, chifres de animais, conchas mari-

nhas e pedras que tinham cavidades naturais e emer-

gia uma trança vegetal que se tornava condutor do

combustível. Esses artefactos eram chamados de can-

delabro / candeeiros e foram utilizados por milénios

como forma de iluminação. Até ao século XIX, o fo-

go era usado como principal meio de iluminação, utilizando óleo

de baleia e outros materiais para manter postes de iluminação

pública e lampiões acesos. Actualmente, com o uso de fósforos e

isqueiros, combinando com um combustível, seja ele petróleo ou

derivados e/ou gás, é bastante simples incendiar e manter um

fogo. Nos dias de hoje, podemos dizer que a evolução da tecnolo-

gia moderna é caracterizada por um aumento e um controlo cada

vez maior sobre a energia. O fogo foi a primeira fonte de energia

descoberta e conscientemente controlada e utilizada pelo homem.

Por Luís Perdigão

dar a rota e chegar ao sítio certo.

Para as aves conseguirem finalizar as migrações necessitam,

para além do sentido de orientação, de varias estratégias: como

voar apenas de noite aproveitando o dia para se alimentar; voar

durante o dia para aproveitar as

correntes térmicas diminuindo es-

forço físico; acumular reservas de

gordura, o que permite percorrer

grandes percursos sem paragens

para se alimentar; ou, ainda, como

os passeriformes, percorrer peque-

nas distancias diárias, parando fre-

quentemente para se alimentarem.

Muitas aves nidificam em Portu-

gal durante o tempo mais quente e,

durante o inverno, deslocam-se para

o norte de África ou ate à África

tropical. Ainda assim, há outras que

se deslocam de locais a norte de Portugal e passam o inverno no

nosso país. Em muitas das espécies pode existir uma percenta-

gem de indivíduos que são residentes e outra migradoras. Muitas

aves apenas passam por Portugal, que tem uma localização relati-

vamente periférica, no que toca a migradores terrestres. Mesmo

assim, como várias espécies se guiam pela linha de costa, existem

locais em que se podem observar grandes números de aves mi-

gradoras. Dependendo das rotas e do modo como cada espécie

aviária migra, são agrupadas em planadoras, marinhas e passeri-

formes migradores.

Por Cindy Catarino

Page 6: 23ª edição d'o b'lota associativo

COLUNA HUMORÍSTICA

PÁGINA 6 O B’LOTA ASSOCIATIVO ANO IV, VOLUME XXIII

COLUNA MUSICAL

O grupo que vos apresento neste adição d’O Bl’ota, os Me-

lech Mechaya, nasceu em 2006 e já é apontado como a primeira e

mais proeminente banda klezmer em Portugal.

Este conjunto de cinco músicos começou por explorar as so-

noridades dos temas tradicionalmente judaicos, mas, quando che-

garam aos palcos em 2007, a sua música já provinha da mistura

com a tradição musical portuguesa,

balcânica e árabe.

Em 2008 lançaram o seu primeiro

álbum, com nome homónimo, já com

alguns originais.

Três anos depois lançam o seu terceiro

álbum, “Aqui em baixo tudo é sim-

ples”, considerado pela revista Blitz

um dos melhores álbuns do ano. Nes-

te contam com a participação da fadis-

ta Mísia e do trompetista norte-americano Franck London.

Depois de passarem por diversos palcos internacionais ao

longo desta carreira, os Melech Mechaya apresentam novo ál-

bum, o quarto do grupo, “Gente estranha”, mais uma demonstra-

ção das suas sonoridades e ritmos dançáveis.

Por M.ª Rita Martins

Sabemos que os direitos humanos são importantes nas nossas

vidas e que devem ser aplicados e respeitados no nosso dia-a-dia.

Sim, todos sabemos, mas nem todos fazemos por

isso.

Na minha opinião, esta situação tem-se agrava-

do, pois as pessoas perderam cada vez mais o res-

peito que tinham umas pelas outras. Respeitar al-

guém não é apenas dizer “bom dia” ou “boa tarde”,

não é apenas ser simpático. Respeitar alguém é

muito mais que isso. Hoje em dia, com a dita

“crise” que estamos a passar, temos assistido a vá-

rias situações em que os direitos humanos não são

minimamente aplicados nem respeitados. Na De-

claração, existem 30 direitos, sendo que nenhum é mais impor-

tante que o outro, todos são igualmente necessários para oferecer

uma vida digna e plena ao ser humano. Existem vários tipos de

direitos, por exemplo: civis (igualdade perante a lei), políticos

(liberdade de expressão), económicos (direito ao trabalho), soci-

ais (acesso à saúde e educação) e culturais (acesso ao lazer e à

arte).

Como tal, todos somos humanos, todos somos iguais nos nos-

sos direitos e deveres e nada nem ninguém deveria opor-se a isso.

Infelizmente, a nossa realidade é bem diferente.

Então, se queremos ter melhores perspectivas futuras por que

não incutir e trabalhar os direitos humanos junto do público in-

fantil? É certo que também existem os direitos da

criança (elaborados devido à noção que se tem que

a infância é uma fase especial da vida, que merece

protecção porque a criança é um ser vulnerável e

porque a infância é uma fase fundamental do de-

senvolvimento humano) e que são tão importantes

como os direitos humanos. No entanto, acho funda-

mental que as crianças tenham conhecimento que

estes direitos também existem e que também se

aplicam a elas. Será que se trabalharmos neste sen-

tido e se motivarmos as crianças a aplicarem estes

direitos, respeitando-se umas às outras, teremos, no futuro, pesso-

as adultas mais íntegras?

Deveríamos pensar melhor sobre esta questão, pois o que está

a acontecer, neste momento, na nossa sociedade é grave. Que

mundo estamos nós a criar sem termos a verdadeira noção das

consequências dos nossos actos? Pois é, daí a importância destes

direitos que devem sim ser expostos e trabalhados com as crian-

ças, para que elas os possam aplicar desde cedo.

No entanto, é verdade que a Declaração dos Direitos Huma-

nos tem uma linguagem complicada, que pode tornar o processo

de compreensão das crianças um pouco mais difícil. Mas, nada

melhor que adaptar os mesmos para uma linguagem mais simples

e clara em conjunto com as crianças. De forma, a desenvolver

este projecto, o livro Todos Nós Nascemos Livres disponibiliza

uma série de actividades lúdico-pedagógicas que podem ser apli-

cadas em contexto de sala de aula.

Aplica estes direitos no teu dia-a-dia e poderás tornar a tua

vida e outras vidas melhores!

“…Quando alguém nasce,

Nasce selvagem,

Não é de ninguém…” Delfins

Por Ana Luísa Perdigão

DÁ VIDA À TUA VIDA

Será que todas as mães têm um amante? Por vezes meto-

me a pensar que todas as mães têm um amante. Não sei se esta

história é para todos familiar, mas qualquer mãe pode facilmente

esquecer-se dos 20€ que emprestou aos filhos...mas se há coisa

que nunca se esquece é do tupperware no qual mandou a comida.

Nunca, mas nunca em situação alguma a mãe se vai esquecer. De

facto, a química entre a mulher e um plástico às cores é indiscutí-

vel. É como que uma magia apenas superada por outra grande

magia: o salário. Como é mágico o salário...leva 30 dias para

chegar e desaparece em 30 minutos.

Mas que modas são as de hoje em dia? Então não é que,

outro dia, após sentar-me à mesa e começar a comer fui chamado

de pessoa retrógrada! Agora, ao que parece, quando se coloca a

comida no prato, a primeira coisa que se faz já não é desejar bom

apetite e começar a comer…primeiro tens de tirar uma foto e

postar numa rede social...é mais ou menos como a moda do

gin...qualquer azeitero já anda nas festas de Verão da aldeia co-

mo um copo de pé alto cheio de pepino, rabanetes e gelo...e mes-

mo que aquilo seja muito mau, tens que beber porque...dá estilo.

Isto dá estilo...jovem que aparece numa festa de Verão com um

copo de plástico cheio de imperial, tem o seu processo habitual

de integração social bastante condicionado.

A propostas do Nilton para o futebol! Enquanto Michel

Platini apresenta uma proposta de 5 substituições e um cartão

branco para o futebol, Nilton também dá a sua preciosa ajuda:

Cartão cor de rosa: exibido ao jogador que apresenta as pontas do

cabelo espigadas. Fica com 10 minutos para ir ao balneário resol-

ver o problema. Cartão arco-íris: sempre que no festejo de um

golo os jogadores se coloquem em monte. Após a exibição do

cartão, os jogadores podem continuar a festejar, mas só no bal-

neário. Em termos de substituições, Nilton propõe que a substi-

tuição do penteado sete vezes por jogo, só para evitar a chatice de

fazer 90 minutos sempre com o mesmo penteado.

Por Mário Perdigão

Page 7: 23ª edição d'o b'lota associativo

ANO IV, VOLUME XXIII O B’LOTA ASSOCIATIVO PÁGINA 7

Sempre perguntara à minha mãe por que é que ela tinha deixa-

do de me amamentar quando eu tinha 3 semanas: a explicação

vinha sempre da mesma forma: “o meu leite não te alimentava!”.

A curiosidade acabou por me tornar Conselheira em Aleitamento

Materno. No curso, aprendi que apenas existe leite materno, e não

leite forte ou fraco, e que os bebés devem mamar sempre que têm

fome (embora nos primeiros 3 dias de vida se deva oferecer a

mama ao bebé de 3 em 3 horas durante o dia). Também não exis-

tem alimentos proibidos para a mãe que amamenta, mas é prová-

vel que o que lhe fizer mal fará também mal ao bebé. Se o bebé

começar a ter fome mais vezes por dia, o problema não estará na

qualidade do leite: ele apenas poderá precisar de mamar mais ve-

zes por estar num dos picos de crescimento, que acontecem nor-

malmente por volta das 3, 6 e 12 semanas (acho que encontrei a

explicação!). E por volta das 5 ou 6 semanas, apesar de a mama

deixar de estar inchada, o leite continua a produzir-se. Quando a

mulher não pretende amamentar? Não precisa de tomar medica-

ção: basta o bebé não mamar, para a produção de leite deixar de

ser estimulada! Quanto às cólicas, são normais até aos 3/4 meses,

já que o bebé chora por não reconhecer os movimentos peristálti-

cos do seu sistema digestivo, ainda imaturo. A quantidade de leite

produzido nada tem a ver com o tamanho da mama, assim como

as mudanças na aparência da mama nada têm a ver com a ama-

mentação, mas sim com as alterações hormonais da gravidez.

Por Susana Perdigão

ENTREVISTA COM MIGUEL PERDIGÃO

No seguimento do Dia Mundial da Diabetes, que se comemora

a 14 de Novembro, O B’lota Associativo foi ter com Miguel Per-

digão, um conterrâneo que tem vindo a lidar com esta doença.

Mário Perdigão (B. A.) – Olá Miguel! Antes de mais, muito

obrigado por aceitares partilhar a tua história com o B´lota. Mi-

guel, recordas-te do dia em que percebeste que algo não estava

bem? Como foi esse dia e quais os sintomas que surgiram? Con-

ta-nos um pouco dessa história!

Miguel Perdigão (M. P.) – Desde já agradeço o convite que

me foi feito para participar nesta entrevista. De facto acho muito

interessante que o B’lota tenha estas iniciativas para dar a conhe-

cer aos leitores alguns problemas que, por vezes, passam desper-

cebidos na sociedade. Começando com a minha história relacio-

nada com a diabetes: todo o meu dia-a-dia era normal, como o de

todos os jovens da minha idade, até que comecei a beber imensa

água, levava garrafas de água de litro e meio para a mesa de cabe-

ceira quando me ia deitar devido à imensa sede que sentia, cansa-

va-me muito rápido, andava 100 metros e ficava logo cansado e a

desejar mais água. Outro sintoma que me pôs em alerta foi o facto

de urinar muitas vezes e num grande volume. Foi através destes

sintomas que os meus pais fizeram uma breve pesquisa num livro

de medicina geral que havia lá para casa e a diabetes chamou-lhes

à atenção. Assim, no dia 20 de Fevereiro de 2006, fui até ao posto

de combustível do Paraíso da Mata, local onde trabalhava o ami-

go Luís Bento, que também sofre desta doença, para medir os

níveis de glucose (açúcar) sanguínea no medidor de glicemia. Foi

aí que percebi que estava tudo estragado: a quantidade de açúcar

no meu sangue era tanta que o medidor já não tinha capacidade

para dizer o valor exacto. Com os meus pais e eu em choque, fo-

mos ao hospital de Évora onde fiquei de imediato internado, sen-

do-me diagnosticada Diabetes Mellitus. Não me recordo bem

quantos dias estive internado, mas, se não estou em erro, foram 3

dias. Nesses dias, explicaram-me tudo sobre esta doença e como a

minha rotina diária ia mudar para poder controlá-la. Uma situação

engraçada que tive no hospital, enquanto estava internado, foi

quando a doutora chegou ao pé de mim com uma seringa com

insulina e disse-me que só saía de lá quando me conseguisse in-

jectar sozinho...eu disse-lhe logo para me dar a seringa para me

injectar para ver se saía do hospital rápido...já estava farto de lá

estar (risos).

B. A. – Qual o maior desafio para ti em viveres com a diabe-

tes? Existem muitos obstáculos?

M. P. – Se dissesse que a diabetes não me traz preocupações

estaria a mentir. Tenho que estar sempre a controlar as horas de

administração de insulina e das refeições, estar em cima dos ní-

veis da glucose e ter em atenção à minha alimentação. Todas as

pessoas com diabetes podem fazer tudo como as que não têm a

doença, mas, é claro, que com muito mais cuidados e muito mais

atenção. O maior desafio que a diabetes me pôs foi o facto de ter

que respeitar horários, tanto da alimentação como da insulina.

Mas, tirando isso, tenho a dizer que há coisas piores. Uma coisa

boa que a diabetes me trouxe, foi o facto de começar a dar mais

valor à vida.

B. A. – Qual o teu tipo de diabetes, tipo 1 ou tipo 2?

M. P. – O meu tipo de Diabetes é a Mellitus tipo 1. Esta diabe-

tes é uma síndrome metabólica que resulta na acumulação de gli-

cose pelo organismo. Os diabéticos com este tipo apresentam falta

de insulina no organismo, a hormona responsável por metabolizar

a glicose, fazendo com que esta entre nas células. Com a deficiên-

cia de insulina, o organismo não absorve a glicose e as taxas de

açúcar no sangue aumentam de forma permanente, o que se carac-

teriza como hiperglicemia e dá origem à diabetes deste tipo.

B. A. –Qual a tua rotina diária, em termos de administração

de insulina, que o tipo 1 de traz? Explica-nos um pouco do teu

dia, desde de manhã até noite!

M. P. – A minha rotina diária é muito simples. De manhã, por

volta das 8 horas, dou uma dose definida de insulina de acção

lenta que vai actuando ao longo do dia. Por volta das 20 horas,

volto a dar o mesmo tipo de insulina, mas esta vai ter o seu efeito

durante toda a noite, até ao outro dia de manhã. No dia seguinte, o

processo repete-se de novo. Quando os valores de glicose estão

pontualmente elevados ou, por exemplo, caso eu queira comer

algum alimento assim mais açucarado tenho outra insulina. Esta já

é de acção rápida, actuando num curto espaço de tempo, mas mais

rapidamente, permitindo assim normalizar os valores sanguíneos

de açúcar e fazer algumas excepções à dieta pobre em açúcares.

B. A. – Em termos de novas tecnologias, existem, por exemplo,

algumas ferramentas para monitorizares o teu dia-a-dia? Utiliza-

las?

M. P. – Não estou muito dentro desse assunto, por acaso. Mas

posso dizer que os transplantes de células pancreáticas estão a ser

estudados e que já existem alguns resultados positivos. No meu

caso, em termos de tecnologias, apenas utilizo um medidor que

me permite armazenar todos os resultados dos testes de glicemia

efectuados e descarregá-los para o computador através de uma

porta USB, permitindo assim ver todos os níveis de há 2 meses

atrás e comparar todos os resultados através de gráficos e tabelas.

B. A. – Miguel, muito obrigado por nos concederes esta en-

trevista. O B´lota Associativo deseja-te tudo de bom e que conti-

nues a encarar a diabetes como tens vindo a fazer até agora: com

simplicidade e descontracção.

Por Mário Perdigão

Aleitamento materno: algumas verdades!

Page 8: 23ª edição d'o b'lota associativo

PÁGINA 8 O B’LOTA ASSOCIATIVO ANO IV, VOLUME XXIII

ESCRAVIDÃO NOS DIAS MODERNOS

No dia 2 de Dezembro, assinala-se o Dia Internacional para a

Abolição da Escravatura.

O uso de seres humanos como escravos vem de tempos remo-

tos, sendo utilizado nos antigos Impérios Romano, Grego e Chi-

nês e sendo até referenciado na Bíblia. Os escravos eram, regra

geral, prisioneiros de guerra ou pessoas com dívidas (que eram

vendidas para saldar essas mesmas dívidas ou obrigadas a traba-

lhar para as pagar). Desde o século XVIII até à actualidade, a

escravatura e o comércio de escravos de modo legal tem vindo a

diminuir graças a um movimento político denominado de Aboli-

cionismo.

Portugal (na altura ainda um Império) aboliu a escravatura

por completo em 1869. O último país a abolir a escravatura foi a

Mauritânia, em 1981, sendo que, actualmente, o único país do

mundo em que a escravatura continua a ser legal é o Sudão. Se-

gundo o 4º artigo da Declaração Universal dos Direitos Huma-

nos: “Ninguém será mantido em escravatura ou em servidão; a

escravatura e o trato dos escravos, sob todas as formas, são proi-

bidos”.

No entanto, ainda hoje existem escravos, ilegalmente, um

pouco por todo o mundo. Segundo a National Geographic, esti-

ma-se que hoje em dia haja cerca de 27 milhões de escravos, es-

palhados pelos diferentes sectores da agricultura, indústria e ser-

viços. Isto quer dizer que actualmente existem mais escravos do

que aqueles que durante os quatro séculos que durou o período

colonialista foram tirados de África e levados para a Europa e

Américas.

Uma forma muito comum de escravidão contemporânea é a

escravidão contratual, em que os trabalhadores assinam em con-

trato para trabalhar durante um dado período de tempo, durante o

qual apenas lhes é dado “cama, comida e roupa lavada”. Muitas

das vezes, os novos escravos são man-

tidos nestas condições sob ameaças ou

com falsas promessas de pagamento no

fim do contrato.

Por Joana Martins

A época 2014/15, iniciada em Outubro, trouxe a criação de

uma nova associação sem fins lucrativos, 3C’S - Cortiçadas Cork

Clube Alentejo, que ficará responsável, daqui em diante, pelo

projecto desportivo da modalidade de Atletismo, tanto nos Esca-

lões de Formação como nas Escolas e Escolinhas, entre outras

actividades. Tem filiação na Federação Portuguesa de Atletismo

através da Associação de Atletismo de Évora.

Entretanto, o Calendário Regional e Nacional de Provas acaba

de ser divulgado. A grande novidade, em termos de Pista Cober-

ta, é a realização do Campeonato Nacional de Juvenis, pela pri-

meira vez, à semelhança do que acontece em Pista ao Ar Livre há

vários anos. Os atletas iniciados podem competir como juvenis,

no entanto, o acesso a estes Campeonatos só é possível caso se-

jam obtidas as marcas de qualificação, anteriormente designados

de “mínimos”. Teremos uma estafeta em prova, quem sabe! O

desafio é lançado aos atletas e a superação deles próprios, tanto

em treinos como em competição assim o dirá. O apoio incondici-

onal a todos os jovens surgirá do Clube, que tem como Órgãos

Sociais, na Mesa da Assembleia Geral, Mária Mestrinho, Luís

Lopes e Rosa Fernandes; na Direcção, Nuno Perdigão, Gonçalo

Cardoso e Francisco Perdigão; no Conselho Fiscal, Daniel Dias,

António Vilelas e Carlos Constantino. Uma equipa unida que

visa manter uma estratégia equilibrada do desporto já praticado

até ao momento e alargá-la a outros horizontes já delineados.

Um obrigado a todos que acreditaram no projecto e continua-

rão a acreditar. Poder contribuir para o desenvolvimento das cri-

anças e jovens de Cortiçadas é, para esta equipa de trabalho, uma

responsabilidade acrescida para a qual se pretende corresponder

em tempo devido e de uma forma bastante responsável, clara e

transparente à população, aos sócios, às entidades que apoiam

este projecto, a todos sem excepção. A confiança será sempre o

elo de ligação entre praticantes, treinadores, pais e toda a comu-

nidade envolvente. Porque a imagem do Clube, será o seu traba-

lho, sem dúvida a melhor resposta e a melhor forma de comuni-

car. Associe-se, junte-se ao Cortiçadas Clube Alentejo.

Por Nuno Perdigão

Cortiçadas Clube Alentejo - COR

O porquê da corrupção

A solução para muitos problemas de carisma legal pode pas-

sar pela corrupção. É uma vertente que se pode adoptar muito

facilmente no nosso país, desde que se possua algum poder e

controlo em irregularidades que não devemos praticar, mas até

podemos porque seremos na maioria das vezes ilibados, ilesos ou

apenas afectados com um valor que mais tarde poderá ser colma-

tado com mais acções ilícitas.

Surge a notícia, não novidade, de que existem mais milioná-

rios em Portugal. Não se pode colocar em causa bons investimen-

tos, alguns mesmo familiares, ou uma tentativa a longo prazo de

conseguir acumular rendimentos com fruto do sucesso e do em-

penho próprio. Contudo, muitas pessoas continuam a pensar e a

colocar em causa sempre as mesmas questões. Ora os pobres

ficam mais pobres, ora os ricos cada vez mais ricos… E começo

a divagar por outros temas. Quero chegar ao facto de que é regu-

lar associarmos muitas vezes estas notícias à corrupção, que se

faz sentir por aí fora. Nomes são comummente anunciados, lá

está, já não é novidade. Mas se, por um lado, existem indivíduos

que gerem aquilo que nós ganhamos, dirigido aos cofres públi-

cos, que promovem actos corruptos ou actos cujo objectivo é o de

adquirir bens monetários, por outro existe também uma conscien-

cialização de que estas práticas são há bastante tempo praticadas

por aqueles que vêm uma vantagem em executar tais ilegitimida-

des.

Tal como um filho aprende com os actos de quem o educa,

quer sejam bons ou maus, também existe quem aprenda com a

imagem actual da situação em que vivemos e à qual assistimos

com muita frequência.

Por muito que seja difícil seguir um caminho no qual deve-

mos ser responsáveis pelos nossos deveres enquanto cidadãos,

não esquecendo claro que os direitos, enfim, ainda existem, deve-

se sempre seguir uma política correcta e justa relativamente aos

nossos actos.

Por Gonçalo Cardoso

REFLECTINDO COM...

A AJC deseja a todos os sócios e simpatizantes mais um ex-

celente Natal, na companhia dos que mais vos são importantes!

Felicidades e concretização de sonhos são o que a AJC, no

seu 9º Natal, deseja a todos os amigos!

Por AJC

MENSAGEM DE NATAL AJC

Page 9: 23ª edição d'o b'lota associativo

ANO IV, VOLUME XXIII O B’LOTA ASSOCIATIVO PÁGINA 9

Pensa que o pénis é inútil e corta-o

Um homem da Macedónia cortou o pénis por ser demasiado

pequeno e deitou-o para o lixo. A razão da loucura foi a namora-

da pôr fim à relação devido ao seu mau desempenho durante o

acto sexual. Desesperado, Oliver Ilic, de 22 anos, cortou o órgão

sexual com uma lâmina de barbear e, não conseguindo estancar a

hemorragia, chamou a ambulância. Ao ser levado para o hospital,

o homem disse que cortou o pénis por ser inútil.

Um cão cego tem um gato como guia

Trevor, um labrador de 14 anos passava o tempo deitado na

sua cesta devido a ser cego e parcialmente surdo. Recentemente,

Puddiat, um gato, entrou na sua vida e transformou-a, para me-

lhor… Pudditat é um felino que não se dá bem com a sua espécie,

por ser muito mandão. Mas com Trevor criou, desde logo, empa-

tia. E não tardou para que Pudditat se tornasse 'gato-guia' de Ter-

vel, que se passou a movimentar com maior facilidade e confian-

ça. A amizade entre os dois animais foi documentado pelo canal

Nat Geo Wild.

Demasiado gorda para tirar a carta

Uma lutadora de sumo de 203 kg está a tentar tirar a carta de

condução há 30 anos, mas não consegue porque não cabe nos

carros. Sharran Alexander, de Londres, já gastou 11 mil euros e

teve dez instrutores.

Por Tiago Paulo

INSÓLITOS

Nesta edição, aproveitando as castanhas que já começam a

aparecer, O B’lota Associativo sugere aos seus leitores a sua utili-

zação numa receita de Peitos de frango com castanhas, espina-

fres e bagas Goji.

Ingredientes:

Preparação:

Para bem preparar esta receita, o frango deve ser temperado

de véspera com louro, pimenta e sal, ficando a marinar em vinho.

Para começar a preparar a refeição, pique cebola e alho e re-

fogue em azeite. Entretanto, descasque as castanhas e prepare os

espinafres. Assim que a cebola dourar, junte o frango, bem como

o respectivo molho, e as castanhas. Quando os ingredientes esti-

verem cozinhados, junte os espinafres e as bagas Goji; deixe co-

zinhar apenas por uns minutos e estará pronto a servir!

Sugestões: Em vez de castanha, também pode utilizar amên-

doas, pinhões, tâmaras ou castanha de caju. A bebida ideal para

acompanhar este prato é o vinho branco.

Por M.ª Rita Martins

SABORES ALENTEJANOS

A partir dos seis meses de idade, o corpo do bebé está prepa-

rado para receber outros alimentos para além do leite, que, por

recomendação da Organização Mundial de Saúde, deverá ser

materno e exclusivo até esta fase. A diversificação alimentar nun-

ca deve acontecer antes dos 4 meses, sendo os 6 a data apontada

como preferencial. Na introdução dos alimentos não há uma só

verdade, e deve ter-se em atenção os costumes da região, as ques-

tões socioeconómicas de cada família e as particularidades de

cada bebé, como alergias ou doenças. Há, no entanto, regras que

devem ser seguidas. Deve ser utilizada uma colher, ainda que, ao

início, o bebé rejeite a comida com a língua. Só devem ser intro-

duzidos novos alimentos quando o bebé estiver bem de saúde.

Deve começar-se com pequenas doses e complementar a refei-

ção, se necessário, com o leite habitual. O bebé já deve controlar

bem a cabeça e ficar bem sentado com apoio. Deve experimentar

uma grande variedade de alimentos até aos 12 meses, com dife-

rentes consistências e texturas, de acordo com as indicações do

pediatra. Entre cada alimento novo, deve-se deixar passar uma

semana, para facilitar a adaptação ao novo sabor e para detectar

possíveis alergias. Nunca utilizar sal, açúcar e mel é uma das

principais regras. A partir desta fase, deve oferecer água ao bebé

várias vezes ao longo do dia, nunca sumos ou chás. Devem-se

retirar os ossos pequenos, as espinhas, os caroços e as grainhas

antes de oferecer os alimentos. Os boiões de comida devem ser

usados só em caso de emergência. O paladar educa-se, pelo que

os pais devem ser um exemplo para o bebé e incentivar hábitos

saudáveis. Sendo o sabor doce inato, há cada vez mais pediatras a

recomendar que a diversificação alimentar comece com sopa de

legumes. A primeira sopa deve ser feita com batata e cenoura,

não deve levar sal e deve ter uma colher de chá de azeite cru por

cada dose de puré. Deve ser grossa e macia, passando gradual-

mente a grumosa, porque o bebé deve ‘dar ao dente’ mesmo que

ainda não os tenha. Aos poucos, devem ser introduzidos novos

legumes, tendo atenção às restrições indicadas pelo médico. As

ALIMENTAÇÃO NO PRIMEIRO ANO DE VIDA

papas também podem ser introduzidas aos 6 meses, sendo muitas

vezes escolhidas para primeira refeição. Deve começar-se por

uma papa sem glúten – só depois dos 6 meses poderá ter glúten.

A fruta deve ser madura, estar bem lavada e ser descascada no

momento do consumo, dando sempre preferência à da época.

Deve ser oferecida como sobremesa, individualmente, e não co-

mo puré de várias frutas ou sumo. A carne (branca – frango, peru

ou coelho) deve ser introduzida aos 6,5 meses, cerca de 25gr por

dia. Entre os 7 e os 9 meses pode começar a dar-se o peixe, tam-

bém branco, como pescada, abrótea e maruca. Tanto a carne co-

mo o peixe devem ser dados na sopa. A partir dos 7 – 8 meses

pode introduzir-se o pão, em açorda ou oferecendo pequenos

pedaços para que o bebé possa treinar a mastigação. Nesta fase, o

bebé pode fazer sopa ao almoço, papa ao lanche ou ao jantar e

leite nas restantes refeições. Só aos 9 meses se introduz o iogurte,

ao lanche, em alternativa ao leite ou à papa, sólido, natural e sem

aromas, podendo adicionar-se bolacha maria ou fruta fresca. É

também nesta altura que se introduz a gema de ovo, de forma

progressiva. Primeiro meia gema por refeição, só depois de 2-3

semanas uma gema por refeição. Cozida, desfeita no prato de

comida, sem carne ou peixe. A clara só pode ser dada depois dos

12 meses, por ter um grande potencial de produzir alergias. O

leite de vaca não deve ser usado no primeiro ano de vida. Reco-

mendam-se os leites de transição Tipo 3 ou leites de crescimento

até aos 24-36 meses. A partir do primeiro ano, deve-se começar

a integrar gradualmente o bebé no regime alimentar da família. É

aqui se introduzem as leguminosas, ainda em pequenas doses.

Esta é uma oportunidade para a família tornar a sua alimentação

mais saudável, aproveitando para reduzir o sal e o açúcar e privi-

legiar os produtos frescos e da época. Uma forma de tornar a

alimentação mais saudável, mais rica em nutrientes e mais econó-

mica.

Por Laura Perdigão

Peitos de frango

Vinho branco

Louro

Pimenta

Sal

Cebola

Alho

Castanhas

Espinafres

Bagas Goji

Page 10: 23ª edição d'o b'lota associativo

PÁGINA 10 O B’LOTA ASSOCIATIVO ANO IV, VOLUME XXIII

NOTÍCIAS NACIONAIS NOTÍCIAS REGIONAIS

Multa Agrícola

Por ter sido acusado pelo Instituto de Conservação da Nature-

za e Florestas (ICNF), um agricultor da aldeia de Varge, Bragan-

ça, pode vir a pagar uma coima de entre 2000 e 85.000 euros.

Este indivíduo limpou o terreno de que é proprietário sem pedir

autorização e, com isto, cometeu duas infracções: abriu um cami-

nho agrícola e arrancou 13 azinheiras.

O agricultor defende-se ao reflectir a intenção de proteger a

sua propriedade da ocorrência de fogos. O processo, ainda sem

desfecho, decorre desde 27 de Maio de 2013.

GNR de Évora punida

Em Évora, no posto de GNR, é afixada todos os meses uma

lista dos militares que passam mais multas. De acordo com os

resultados, os militares são recompensados ou castigados, por

assim dizer. Esta folha é afixada com os nomes de todos os mili-

tares, bem como o número de autos assinalados por mês e o acu-

mulado anual.

Os militares que não cumprirem o requisito mínimo de autos,

estipulados pelo comandante, três por mês, devem fazer patrulhas

a pé. Alguns guardas chegaram a efectuar uma distância de oito

quilómetros. O comando-geral nega a existência deste sistema de

benefício-penalização dos militares.

Protesto no IC2

No passado dia 26 de Outubro, mais de mil pessoas percorre-

ram os 15 quilómetros que compõem o IC2, em Leiria. Isto de-

veu-se a um protesto para apelar à colocação de um separador

central no trajecto. Somaram-se a este número, 700 automóveis e

motas a numa marcha lenta que durou duas horas. Neste troço, já

faleceram 73 pessoas em menos de 10 anos. Paulo Pedroso, ad-

junto dos Bombeiros Voluntários de Leiria, reforça a luta de 14

anos dos bombeiros pela concretização desta iniciativa.

Por Gonçalo Cardoso

NOTÍCIAS INTERNACIONAIS

Alemanha diz que jihadistas podem abater aviões

Os serviços secretos alemães afirmam que o grupo do Estado

Islâmico, no Iraque, tem armamento antiaéreo e intenção de aba-

ter aviões comerciais.

Os responsáveis dos serviços secretos confirmaram esta sus-

peita numa reunião confidencial com os deputados da Alemanha.

Os responsáveis não revelam quais são as suas fontes, mas

afirmam que são de extrema confiança, e advertiram para o facto

dos jihadistas terem lança-mísseis portáteis em sua posse.

Portugueses próximos de “Jihadi John”

Os portugueses que fazem parte da jihad na Síria estão liga-

dos à realização e divulgação dos vídeos que fazem propaganda

do Estado Islâmico, incluindo os que mostram as decapitações

dos reféns.

Os jihadistas lusos da chamada “célula de Londres” fazem

parte "do círculo mais próximo" do terrorista conhecido como

‘Jihadi John’, o britânico que decapitou os norte-americanos Ja-

mes Foley e Steve Sotloff e os britânicos David Haines e Allan

Henning.

Pensa-se que, apesar dos portugueses ajudarem na divulgação

dos vídeos, não participaram directamente nas execuções. Entre-

tanto, numa altura em que se fala do possível regresso a Portugal

de "dois ou três" jihadistas arrependidos, o Ministro dos Negó-

cios Estrangeiros Rui Machete revelou que "mais de 300" comba-

tentes europeus do Estado Islâmico regressaram aos seus países

de origem nos últimos meses.

Clinton incentiva a luta pelos direitos homossexuais

O antigo presidente norte-americano Bill Clinton encorajou,

em Washington, os defensores dos direitos dos homossexuais a

continuarem a sua luta, depois de mais estados nos Estados Uni-

dos terem recentemente aprovado o casamento entre pessoas do

mesmo sexo.

"Nunca vi um movimento pelos direitos cívicos, pelo menos

neste país, ir tão longe e tão rápido", disse Bill Clinton durante

um discurso na gala anual da Human Rights Campaign, em Was-

hington. Bill Clinton acrescentou, no entanto, que "há barreiras a

ultrapassar"

Confirmado o primeiro caso de Ébola em Nova Iorque.

Foi hospitalizado, em Nova Iorque, um médico que regressou

à cidade depois de ter tratado de doentes com ébola na África

Ocidental, tendo contraído o vírus.

O médico foi de imediato colocado em isolamento, tendo sido

o primeiro caso de ébola em Nova Iorque e o quarto nos Estados

Unidos.

O médico, de 33 anos, identificado pela imprensa norte-

americana como Craig Spencer, trabalhou na África Ocidental ao

serviço da organização Médicos Sem Fronteiras.

Por Tiago Paulo

Festival de Folclore de Foros de Vale Figueira

O Rancho Folclórico dos Foros de Vale Figueira leva a cabo,

no dia 3 de Novembro, mais um Festival de Folclore. Só com

agrupamentos folclóricos do Concelho de Montemor, este festi-

val certamente é garantia de uma noite de diversão e tradições.

Para além do Rancho da casa, os Ranchos convidados são: O

Rancho Folclórico Etnográfico de Montemor-o-Novo, o Rancho

Folclórico do Ciborro e o nosso Rancho Folclórico de Cortiçadas

de Lavre.

XI Festival de Sopas em Montemor

Nos próximos dias 7, 8 e 9 de Novembro realiza-se, em Mon-

temor-o-Novo, o XI Festival de Sopas, divulgando assim o nosso

património gastronómico e estimulando o consumo deste prato

que tradicionalmente na nossa região é o primeiro prato de uma

refeição.

Não perca este evento dedicado à sopa, uma iguaria com pro-

priedades essenciais a uma dieta saudável e equilibrada. Realiza-

se no Pavilhão de exposições e a entrada é livre.

Dia de portas abertas do CAME

O CAME (Centro de Acolhimento às micro, pequenas e mé-

dias Empresas) vai ter um dia de portas abertas, no próximo dia

14 de Novembro. A Câmara Municipal, o NERE e a ADRAL

farão as honras da recepção e boas vindas e, mais tarde, estas e

outras instituições apresentarão um conjunto de programas do

interesse empresarial, tais como: o Novo Quadro Comunitário de

Apoio; Obrigações legais das empresas; Redes de cooperação de

empresas; Diagnósticos de necessidades; Propostas de interven-

ção; vários debates e intervenções dos representantes das insti-

tuições organizadoras e convidadas.

Por António Henriques

Page 11: 23ª edição d'o b'lota associativo

ANO IV, VOLUME XXIII O B’LOTA ASSOCIATIVO PÁGINA 11

COLUNA DESPORTIVA

Hóquei em patins

Portugal conquistou o campeonato europeu de hóquei em pa-

tins de sub-20. A selecção portuguesa derrotou a congénere de

Espanha por 3-2, este sábado à noite, no Pavilhão de Valongo, na

final da 49.ª edição da competição. Portugal, que vence a compe-

tição desde 2008, soma 18 títulos continentais, menos cinco do

que a Espanha, dominadora do historial.

Futebol

A selecção portuguesa de futebol venceu por 1-0 na Dinamar-

ca, no seu segundo encontro no Grupo I de qualificação para o

Europeu de 2016, disputado no Estádio Parken, em Copenhaga.

Cristiano Ronaldo marcou, aos 90+5 minutos, o tento da vitória

lusa, no primeiro jogo oficial sob o comando de Fernando Santos,

e depois do desaire caseiro por 1-0 com a Albânia, na despedida

de Paulo Bento.

Na Liga dos Campeões, Benfica e Sporting estão com dificul-

dades para passar a fase de grupos, já que passadas três jornadas,

estão em último lugar dos seus grupos. Por outro lado, o Porto

lidera o seu grupo com 7 pontos.

Fórmula 1

O francês Jules Bianchi sofreu um grave acidente durante a

disputa do Grande Prémio do Japão. O piloto da Marussia colidiu

com um tractor e foi levado inconsciente para um hospital próxi-

mo ao Circuito de Suzuka. O estado de saúde do piloto francês

Jules Bianchi “é crítico, mas estável”, indicou um porta-voz da

FIA, em frente ao hospital de Yokkaichi, no Japão, e a pedido dos

pais do corredor.

Na estreia do GP da Rússia, Lewis Hamilton, chegou à nona

vitória na temporada, o seu 31º triunfo na carreira, igualando Ni-

gel Mansell como o sexto maior vencedor da categoria. Nico Ros-

berg completou a dobradinha da Mercedes, que garantiu de forma

antecipada o inédito título do Mundial de Construtores para as

Flechas de Prata, quebrando uma hegemonia de quatro anos da

equipa Red Bull.

Campeonato do Mundo de Ralis

O piloto francês Sebastien Ogier (Volkswagen) sagrou-se

bicampeão do mundo de ralis, consolidando o que se pode vir a

tornar um novo e longo reinado na categoria. Após os nove títulos

consecutivos de Sebastien Loeb (Citroen) – 2004 a 2012 –, Ogier,

de 30 anos, aproveitou a saída de cena do seu compatriota e, ao

volante de um Volkswagen, começou a escrever a sua própria

série de títulos.

Todo o terreno

O português Paulo Gonçalves, actual campeão do Mundo de

todo-o-terreno, foi transportado para o Hospital de Ourzazate na

sequência de um acidente no Rali de Marrocos. A queda na quinta

e penúltima etapa da derradeira prova do Mundial impediu Paulo

Gonçalves (Honda) de continuar a lutar pela revalidação do título,

que assim foi entregue ao espanhol Marc Coma (KTM).

Ciclismo

O ciclista polaco Michal Kwiatkowski sagrou-se campeão do

Mundo de fundo de elite, ao vencer a prova dos Mundiais de Es-

trada de Ponferrada, em Espanha, sucedendo ao português Rui

Costa. Vencedor no ano passado em Florença, Rui Costa foi o

melhor português, ao terminar em 23.º, a sete segundos de Kwia-

tkowski, primeiro polaco a sagrar-se campeão do Mundo, que será

portador da camisola "arco-íris" durante o próximo ano.

Sir Bradley Wiggins conquistou o seu primeiro título em cam-

peonatos do mundo ao ser o ciclista mais veloz no contra-relógio

realizado em Ponferrada. O ciclista britânico de 34 anos superiori-

zou-se ao alemão Tony Martin, tricampeão mundial da especiali-

dade. Wiggins bateu o tempo do alemão por 26,23 segundos ao

longo do traçado espanhol de 47,1kms, que completou ao fim de

56m25,52s. Por Luís Perdigão

Iniciou-se mais uma época de futebol da Liga INATEL

2014/2015

No passado dia 25 de Outubro, o CCRD Cortiçadense iniciou

mais uma época da Liga INATEL. A jogar em casa, não foi além

de uma empate contra a equipa da Azervadinha, acabando a parti-

da com um inesperado resultado de 1-1. Apesar de uma primeira

parte fantástica, onde poderia ter fechado a partida, a equipa local

esteve ainda em desvantagem na 2ª parte, acabando por, mais

tarde, fixar o resultado final com o golo do empate. Na próxima

jornada, dia 1 de Novembro, o Cortiçadense desloca-se ao campo

dos Foros de Lagoiços, partida a contar para a 2ª jornada.

Feira de Artesanato, Licores e Doçaria agendada para o 1º

fim de semana de Novembro

À semelhança dos anos anteriores, a União das Freguesias de

Cortiçadas de Lavre e Lavre organiza mais uma edição da Feira

de Artesanato, Licores e Doçaria. Esta edição pode ser visitada

nos dias 1 e 2 Novembro e tem lugar no salão do Centro Cultural

Recreativo e Desportivo de Cortiçadas de Lavre. O B’lota Asso-

ciativo aconselha todos os seus leitores a visitarem esta Feira que

irá contar com os habituais artesãos da terra e mais algumas novi-

dades.

Por Mário Perdigão

Informam-se todos os sócios da Associação de Jovens das

Cortiçadas que, a partir deste momento, mediante a apresentação

do novo cartão de sócio, as refeições efectuadas por cada associa-

do, no restaurante “O Maçã”, em Lavre e no restaurante “Paraíso

da Mata”, no Paraíso da Mata, terão um desconto de 5%.

PARA SÓCIOS...

NOTÍCIAS LOCAIS

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Apoios:

HORIZONTAL

1. Doença falada no Psico-

logizando e na entrevista. 4.

Que tipo de atentado à li-

berdade continua a existir

nos dias que correm? 6.

Tipo de alimentação pro-

movida no espaço saúde. 8.

Superfície de Interesse Eco-

lógico. 11. Solução para

muitos dos seus problemas

económicos. 13. Algo que

todos nós, enquanto seres

humanos, temos.

VERTICAL

1. A (...) de preços é a práti-

ca de preços diferentes pe-

las empresas. 3. Onde tem

lugar a Feira de Artesanato? 4. Nesta edição dedicámos um artigo à sua alimentação. 8.

Espécie animal falada em "Bio". 9. Tipo de bagas da receita sugerida. 10. Tipo de leite

que alimenta os bebés nos seus primeiros dias de

vida. 12. Primeira ferramenta utilizada para criar

fogo. 14. Festa que se aproxima e que a AJC vos

deseja que seja muito feliz.

NOME: ______________________________________

______________________________

MORADA: ___________________________________

______________________________

CÓDIGO-POSTAL: _______________ - ___________

LOCALIDADE: _______________________________

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TELEFONE/TELEMÓVEL: ______________________

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anual de 1,5€ (envio para a freguesia) ou 5€ (envio para outras

localidades). Depois de preencher o formulário, destaque-o e

coloque-o na caixa de correio da AJC (Largo José Saramago,

nº2 /7050-636 Cortiçadas de Lavre). No prazo de uma semana

será contactado para efectuar o pagamento da anuidade.

Deixe-nos a sua sugestão: Na sua opinião, com o que pode-

ríamos melhorar O B’lota Associativo?

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LIVRO: À BEIRA DO ABISMO

Autor: Raymond Chandler Género: Romance

Sinopse: Um brinquedo é um objecto aparentemente inocente.

Mas pode tornar-se perigoso, e até fatal, se se souber usar con-

venientemente. Eis o que não escapa ao certeiro golpe de vista

do dinâmico advogado Perry Mason que, acompanhado da sua

fiel secretária, realiza um dos mais belos feitos da sua carreira.

LIVRO: CHOCOLATE

Autor: Joanne Harris Género: Romance

Sinopse: Vianne é uma mãe solteira que chega à pequena aldeia,

com a sua filha, e ali abre uma chocolataria. Os capítulos alterna-

dos, ora com a voz de Vianne, ora com a do padre Reynaud, cri-

am uma grande tensão dramática. É contra este pensamento que

"Chocolate" se insurge, defendendo os pequenos prazeres da vida, neste

caso os gastronómicos, e o direito à diferença, numa pequena aldeia, fecha-

da ao que vem de fora, e que, de certa forma, põe em causa o poder instala-

do.

FILME: O PACIENTE INGLÊS

Director: Anthony Minghella Género: Comédia / Drama

Sinopse: No final da Segunda Guerra Mundial, um desconhecido

que teve queimaduras generalizadas quando o seu avião foi aba-

tido acaba recebendo os cuidados de uma enfermeira canadense.

Aos poucos, o paciente inglês começa a narrar o grande envolvi-

mento que teve com a mulher do seu melhor amigo e de como este amor foi

fortemente correspondido. Mas, da mesma forma que determinadas lem-

branças lhe surgem na mente, outros detalhes parecem não vir à lembrança,

como se ele quisesse que tais fatos continuassem enterrados e esquecidos.

HORIZONTAL 1. Diabetes. 4. Escravatura. 6.

Saudável. 8. SIE. 11. Corrup-

ção. 13. Direitos. VERTICAL

1. Discriminação. 3. CCRD.

4. Bebé. 8. Aves. 9. Goji. 10.

Materno. 12. Pedras. 14.

Natal

SOLUÇÕES