23.01 os ovóides 20 jan 2015

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Estudos Dirigidos Os Ovóides Vamos falar aqui sobre os Ovóides.

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Estudos DirigidosOs Ovóides

Vamos falar aqui sobre os Ovóides.

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Capítulo 2Ovoidização

A ovoidização é uma das mais pungentes enfermidades que podeacometer o espírito depois da morte. Consiste na perda da consciênciaativa, quando o eu consciente desmorona-se completamente, em decor-rência de atrozes e insuportáveis sofrimentos, voltando-se sobre si mes-mo, anulando-se e perdendo todo o contato com a realidade. A atividadeconsciente da alma entra em letargia, refugiando-se nas camadas do sub-consciente.

O pensamento contínuo se fragmenta, perdendo seu fio de condução, ea estrutura perispiritual se desfigura completamente, desfazendo suanatural conformação humana, adquirindo o formato aproximado de umovo, cujas dimensões se aproximam de um crânio infantil.

O processo é em tudo semelhante ao das bactérias que se encistam diante de condiçõesadversas de vida, aguardando novas oportunidades para retornarem à atividade normal.

A ovoidização é processo incurável no Plano Espiritual, sendo uma das mais graves enfer-midades de nosso mundo, e somente pode ser revertido em reencarnações expiatórias,quando o espírito reencontra-se com novo ambiente de manifestação e pode refazer ometabolismo do seu consciente.

Várias reencarnações, porém, se consomem em tentativas frustradas, de modo que a per-da evolutiva é imensa para estes infelizes seres.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

Muitos regridem a condições tão primárias da vida humana que necessi-tam reencarnar entre povos primitivos, a fim de que a rudeza dos orga-nismos ainda involuídos possam suportar-lhes a grave patologia, sem sedesfazerem em mal formações congênitas (defeitos anatômicos na for-

mação dos embriões) incompatíveis com a biologia humana.

Por isso, existe em Portais do Vale (Colônia/Cidade do Plano Espiritual,

próxima ao Vale dos Suicidas) um departamento de serviços que seempenha em estudar e tratar pre-ventivamente a ovoidização, onde eu(Adamastor) situava naquela época os meus singelos esforços deserviços e pesquisas.

Os suicidas que dormem nas Cavernas do Sono são os candidatos naturais à ovoidização.Permanecem em sono reparador, em baixíssima atividade consciencial, por anos a fio. Aoiniciarem, no entanto, o despertamento, a rápida percepção da amarga realidade que lhesassedia pode deflagrar, de imediato, mediante reflexo de defesa, a retirada apressada paracamadas ainda mais profundas do inconsciente inferior.

Esse reflexo não somente inibe totalmente o despertar, como retrai o metabolismo mental,motivado por novo impulso de contração, estabelecendo-se a ovoidização de formaincondicional. Por isso, quando o serviço de vigilância de nossa colônia identifica almas emtais condições, com indícios de ovoidização, somos convocados em regime de urgência.Neste instante ainda podemos atuar, antes que o suicida deflagre a contração do"eu", tornando o processo tardio demais para ser revertido em nosso mundo. CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

O suicídio é possível também no Plano do Espírito e não somente nacarne.

Quando encarnado, pode o ser danificar sua veste orgânica de tal modo atorná-Ia incompatível com a vida na matéria. Na Esfera Espiritual, no en-tanto, o perispírito possui mecanismos regeneradores muito mais efica-zes, de modo que destruí-lo por dano físico é praticamente impossível.Mediante a contração da atividade consciente, no entanto, é permitidoao ser continuar negando a sua existência, fugindo de si mesmo. Destaforma, podemos considerar de fato a contração ovoidal como um autocí-dio espiritual.

Como se vê, temos também nossos suicidas. Suicídio que, naturalmente, pressupõe meratentativa de fuga da realidade que envolve o espírito depois do túmulo e não a destituiçãoda individualidade, pois tal não é possível no plano em que nos projetamos.

As causas do encistamento da alma são as mesmas que motivam o auto-extermínio naCarne: o desespero diante de sofrimentos intoleráveis, somados à falta de preparo para aexistência no Plano Espiritual.

Sofrimentos, a bem da verdade, aparentemente intoleráveis, pois a sabedoria das Leis di-vinas não nos proporciona nunca dores que sobrepassem nossa capacidade de suportá-Ias.Se parecem aniquilar-nos, é porque nossa revolta diante delas é incomensurável eindevida.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

O mais forte indutor de tais barbaridades, no entanto, está na falta depreparo para a vida espiritual, sendo o materialismo o seu mais poderosoprotagonista. Materialismo que se desenvolve diante do enfraquecimentodo pensamento religioso do homem moderno, desgastado na ideação defórmulas mentais arcaicas, não lhe proporcionando mais subsídios para acrença no espírito.

Os apelos de um ser que aprendeu a raciocinar e a crer na razão não po-dem mais ser satisfeitos por uma fé cega que macula o conhecimento,genuína conquista da Ciência.

Como se vê, urge lutarmos contra tal situação a fim de que a penúria do espírito seja des-terrada do Planeta e banidos os riscos do mergulho na inconsciência. Não destituindo asconquistas modernas que representam valores reais e não podem ser questionadas, masrenovando o pensamento religioso do homem terreno, para que o seu frio racionalismonão sufoque a alma que anseia pelos genuínos bens da eternidade. Semeemos novamenteas verdades que consolam, verdades que nos foram reveladas desde que aprendemos apensar, mas que acabaram esquecidas e que precisam ser relembradas e reestruturadas,compatibilizando-se com o nosso avanço intelectual. Por isso a implantação do Espiritismona Terra, protagonizando a fé alicerçada na razão, pode ser vista como uma das maioresvitórias do Plano Espiritual Superior na atualidade.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

Os ovóides, espíritos em fuga de si mesmos, como se pode deduzir, au-mentam assustadoramente nos dias atuais. Permanecem espalhadospelo Vale dos inconscientes, atados a rochas ou troncos de árvores, poispodem segregar substância pegajosa que os fixam a qualquer superfície.No entanto, preferencialmente, aderem-se a outros seres vivos, encar-nados ou não.

Tristemente temos que considerar que o ovóide se torna, na verdade, umparasita.

Como todo ser vivo, seu metabolismo, embora baixíssimo devido às suas reduzidas neces-sidades, precisa da absorção de seivas vitais para a sua subsistência. Não dispondo demeios para produzi-Ias, a manutenção de sua exígua vitalidade somente pode ser levada aefeito mediante a aquisição de recursos vitais externos, provenientes de outros seres.

A anatomia e a fisiologia dos ovóides adquirem assim todas as características próprias dosparasitas da Terra, especializados na assimilação e metabolismo de forças vitais roubadasde outros seres vivos.

Embora qualquer tipo de energia vital possa servir-lhes para este fim, aquelas que melhorse adaptam às suas necessidades e para as quais eles se especializaram são as energias dopsiquismo. Por isso, o hospedeiro natural do ovóide é a mente humana.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

Devido a esta característica, os ovoides comumente são colhidos por es-píritos dedicados ao mal, que os utilizam como instrumentos de torturashumanas. Eles podem atá-los aos cérebros de inditosos obsediados, mi-nando suas forças e deteriorando suas resistências psíquicas através doescoamento de suas forças mentais.

Induzem assim, não somente a depressões, mas à demência e à loucura,desequilíbrios de difícil remissão, tanto na carne quanto no mundo espi-ritual.

Sendo os ovóides joguetes nas mãos desses infelizes, natural que esteseja outro motivo para se lhes evitar, a qualquer custo, a proliferação noVale dos Suicidas.

A ovoidização, contudo, não é uma adulteração das leis perispirituais, pois está subordina-da aos mesmos princípios da miniaturização ou restringimento, fenômeno a que está sub-metido o espírito no processo reencarnatório, quando a tessitura plasmática do perispírito,antecedendo nova descida à carne, sofre uma contração involutiva, retomando aos pata-mares da evolução biológica, para abraçar um novo óvulo fecundado e elevá-lo, rapida-mente, à condição das últimas conquistas no campo da vida carnal, através do milagre dodesenvolvimento embrionário.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

A ovoidização, portanto, em última análise, é apenas uma contração ouminiaturização patológica, pois ocorre distante do momento reencarna-tório.

Não encontrando o reservatório uterino, meio indutor, mantenedor eprotetor de tal processo, o ser, em franco processo de contração, esta-ciona-se na fase ovóide deste percurso, restringindo sua consciência àsetapas mais elementares da vida biológica.

Alguns observadores do nosso plano referem-se ao ovóide como sendo asegunda morte do espírito.

Fenômeno este muito pouco divulgado na literatura dos espíritos, dirigida aos homens, portratar-se de tema de natureza ainda muito complexa e que poderia causar maiores dúvidase questionamentos entre os pesquisadores da Terra.

De fato, a morte ovoidal pode ser considerada a segunda morte, porém, para o perfeito es-clarecimento do estudioso, devemos compreender que se trata apenas de um dos patama-res onde pode estacionar a contração perispiritual.

O ovóide ainda traz um metabolismo vital, embora bastante reduzido, mostrando, ade-mais, resíduos de atividade consciencial, sendo portanto apenas um dos limiares em queestagia o ser rumo à segunda morte.

CONTINUA

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Capítulo 2Ovoidização

Na realidade, esta é o resultado de aprofundamento em nível aindamais inferior da condensação involutiva, acometendo espíritos com altoquilate de rebeldia e maldade, levando-os à completa estagnação daconsciência, com a total perda da atividade vital, fenômeno raríssimo econhecido também como a petrificação perispiritual. Isto, entretanto,pressupõe apenas o limiar do mergulho do ser no abismo da incons-ciência e não a anulação de sua individualidade.

FIM

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Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

Não podíamos, no entanto, deixar o Departamento sem completarmos aslições do dia e por isso convidei Adelaide para examinar de perto a Câma-ra dos Ovóides, contígua à enfermaria que visitávamos.

— Conheço a existência destes estranhos seres, mas jamais vi um deles —dizia a estudante, admirada diante da ímpar oportunidade.

Uma sala de iguais dimensões continua a Câmara dos Embrióides, cons-truída nas mesmas feições, contendo pequenos berços também conecta-dos por fios translúcidos. Ali, no entanto, estes são abertos, pois os ovói-des não necessitam de proteção vibratória e temperaturas diferenciadas,como os embrióides.

Embrióides – São espíritos que desencarnaram na fase de desenvolvimento embrionário e fixam o molde

perispiritual na forma carnal que abandonaram, por tempo indeterminado.

— Aqui se acomodam os ovóides suicidas em preparo para a embrioterapia com seletivopotencial de recuperação, pois existem outros, oriundos de outras etiologias. Há aquelesque são filhos do ódio, centralizados em monoideísmo de revolta e vingança. Os que aquisão assistidos, entretanto, não alimentaram tais sentimentos, mas são apenas vítimas deavançada psicólise (aqueles que buscam a autodestruição do psiquismo, ou seja, do

pró-prio eu inferior). Examinemo-los detidamente, a fim de que você possa ajuizar-se doslimi-tes da queda humana.

Falaremos mais adiante sobre a embrioterapia. CONTINUA

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Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

O ovóide é uma verdadeira regressão biológica, representando o colapso da forma e da consciência.

O processo se efetua através de paulatinas degradações em que a confi-guração humana se contrai, inicialmente pela perda dos membros e re-dução significativa do tronco, até que se estaciona em sua forma final,assemelhando-se a uma mórula embrionária agigantada, pois guardadimensões que variam entre as de uma laranja e as de um crânio derecém-nascido.

A alta densidade da psicosfera (aura) envolve-o em uma névoa, tornan-do-lhe os contornos imprecisos e emprestando-lhe um aspecto gelatino-so, como os embrióides. Sua membrana externa acinzentada, à semelhan-ça da mórula, apresenta desenhos losangulares arredondados.

Toquei de leve a fronte de Adelaide de modo a permitir-lhe uma visualização mais abran-gente do estranho ser sob nossa respeitosa análise.

Abaixo da membrana protetora, podíamos vislumbrar os vasos sanguíneos com pulsõesquase imperceptíveis, denotando-se-lhe a fraca atividade vital.

Os órgãos internos se apresentam reduzidos em suas formas embrionárias.

A bomba cardíaca bate fracamente em sístoles frouxas, intercaladas por longas diástoles.Sua anatomia está regredida ao coração dos répteis, apresentando quatro câmarasincompletas, formadas por dois átrios e um só ventrículo parcialmente dividido. CONTINUA

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Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

O sistema nervoso também se acha retrocedido aos primórdios de seu de-senvolvimento embrionário, mostrando-se como o arquencéfalo, o cére-bro primitivo, constando de um tubo neural dividido nas três vesículas en-cefálicas primordiais. Os doze pares de nervos cranianos e suas formaçõesganglionares, no entanto, acham-se presentes.

Sua temperatura é instável, variando com a do ambiente, mantendo-se menos de um grau acima deste.

— Estes cistos humanos, assistidos por dedicados enfermeiros espirituais,estão em permanente sono estival, quais os animais hibernantes — dissea Adelaide. — O pensamento contínuo está neles detido momentanea-mente e não há registro sequer de sonhos. O fenômeno aos nossos olhosdemonstra, sem sombra de dúvidas, que o encistamento não é unicamente um patrimôniodos animais inferiores. O longo letargo lhes permite a espera por melhores condições devida e, dessa forma, podem resistir às situações adversas do ambiente espiritual em que seprojetaram.

— Observe outros aspectos deste estranho ser — continuei. — olhe mais atentamente nasua superfície e veja que nos centros dos losangos da membrana protetora, que não po-deríamos chamar propriamente de pele, há pregas que confluem para pequenos orifícios.São dutos que vertem uma secreção pegajosa, secretada quando o ovóide não está aco-modado na intimidade de algum hospedeiro. Essa secreção o protege, ajudando-o a fixar-se em qualquer superfície em que esteja.

CONTINUA

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Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

Notemos também que na parte inferior do ovóide se observa um peque-no orifício pregueado que continua em fímbrias delgadas. Trata-se de suaventosa, através da qual ele se alimenta. Não de detritos ou substânciasde natureza material, porém de vibrações.

Instalam-se estes cistos humanos, regredidos a organização tão rudimen-tar, preferencialmente na mente humana, pois se alimentam das emana-ções psíquicas de suas vítimas.

Comumente se alojam na fronte de seus hospedeiros em íntima conexão com o centro cerebral, fonte de intensos eflúvios mentais.

Como essas vibrações não produzem resíduos e o metabolismo celularestá praticamente estacionado, a organização do ovóide dispensa o traba-lho dos órgãos digestivos e excre-tores, que se encontram reduzidos em suas formasembrionárias, completamente desti-tuídos de atividade orgânica.

Naturalmente que levarão ao esgotamento das energias psíquicas daqueles que parasitam, acarretando-Ihes graves transtornos mentais.

— Não estaremos sujeitos ao ataque de um deles?

— Não se intimide, minha amiga, tal assédio se fundamenta em certos quesitos que segu-ramente não trazemos no momento. Há necessidade de sintonia para que a parasitose seinstale em qualquer nível em que se manifeste.

CONTINUA

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Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

A Câmara dos ovóides no Departamento de Embrioterapia detém aquelescom algum potencial de recuperação imediata. São encaminhados parareencarnações frustras, mas bastante salutares para eles. Levarão a for-mações teratogênicas (produção de formas monstruosas durante o

de-senvolvimento embrionário, gerando aberrações perispirituais,

engen-dradas pelo próprio ser), incompatíveis com a vida, muito maisgraves, naturalmente, do que as induzidas pelos embrióides.

Serão assim os protagonistas de diversas patologias da prenhez, como asectopias gestacionais(1), os deslocamentos placentários, os blastomascoriais(2), como a mola hídatiforme (3) e, sobretudo, as malformaçõesembrionárias(4), absurdas do ponto de vista biológico, despertando noobservador terreno a noção de que a vida está subordinada ao acaso e apresença do Divino é incerta e duvidosa.

(1) Gravidezes que ocorrem fora do útero, frequentemente na tuba uterina e, mais raramente, no ovário ou

na cavidade abdominal.

(2) Tumores uterinos oriundos de trofoblastos fetais defeituosos. Os trofoblastos, por sua vez são as

células que formarão a placenta.

(3) Processo tumoral desenvolvido na gravidez, pela degeneração das vilosidades coriônicas, produzindo-

se uma massa de cistos que lembra um cacho de uvas.

(4) Defeitos na forma dos embriões.

CONTINUA

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— O pesquisador da Terra imputa a erros genéticos aleatórios e injustifi-cáveis as perturbações induzidas pelos espíritos regredidos — dizia a Ade-laide, — mas não são nada disso, são ensaios biológicos de desovoidiza-ção como chamados aqui. Produzem verdadeiras aberrações biológicas,mas ricas de inquestionável valor terapêutico para esses desvalidos seres.

Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

A natureza não produz inutilidades e mesmo a teratogenia guarda sua ne-cessidade. Após vários ensaios reencarnatórios frustros, o ovóide pode serecuperar e refazer seu molde perispiritual na conformação humana.

Depois nascerão ainda como mongóis, imbecis ou portando outras malformações genéticas, as mais diversas, catalogadas pela ciência terrena,sem lhes alcançar a causa, erradicada no espírito. Com esforço, porém,podem se recuperar e continuar assim a acompanhar o grupo humano aoqual pertencem. Grande parte deles, no entanto, não se restabelecerão eserão enviados para humanidades primitivas, onde prosseguirão suas evo-luções.

CONTINUA

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“As energias desequilibrantes da massa ovoidal são exoneradas para acarne nesses choques biológicos, aliviando-lhes a danosa ação no peris-pírito. Para o espírito nessas condições, funcionam como verdadeiroschoques, quais os eletrochoques da psiquiatria, levados a efeito com omesmo propósito de despertamento da consciência adormecida naloucura. Irão refletir no espírito como salutar impulso de refazimento,invertendo, como já vimos, o impulso contrativo do encistamentoovoidal.”

Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

— Portanto, deduz-se que os homens não deveriam deter estes pro-cessos uma vez identificados, não é mesmo?

— Sim, Adelaide, mais uma vez o aborto comparece aqui como fator deprejuízos para todos os envolvidos. Estes processos gestacionais devemser suportados até o ponto em que não ameacem a vida das mães queos acomodam. Embora dolorosos, são ressarcimentos expiatórios e de-vem ser tolerados ao máximo, a fim de que cumpram com suas finalida-des.

CONTINUA

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Cabe ainda considerarmos que existem ovóides, tão intensamenteatados aos seus hospedeiros desencarnados, que reencarnam jungidosa eles, produzindo estranhas enfermidades para a análise dos estudio-sos do mundo, como o cisto dermóide, uma mal formação embrionária,descrita pela patologia humana, rara e incompreensível. Esta evidentecomprovação da existência do ovóide consiste num exótico tumor cís-tico, que se desenvolve de forma anômala na região frontal daqueleque o transporta, formado por uma pele envolvendo uma massa derestos embrionários em estado rudimentar, onde se nota a presença depêlos, glândulas sebáceas e sudoríparas, cartilagens, ossos e dentes,demonstrando que, junto com o hospedeiro, o ovóide submeteu-se acaótico ensaio de desenvolvimento embrionário. Nosso conhecimentoda perfeição das Leis Divinas obriga-nos a inocentar a natureza pelaprodução dessas estranhas patologias, sendo o próprio espírito caído oúnico artífice dessas graves desarmonias.

Capítulo 8Na Câmara dos Ovóides

FIM

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Capítulo 6.Observações e Novidades.

Ante o intervalo espontâneo, reparei, não longe de nós, como queligadas às personalidades sob nosso exame, certas formas indecisas,obscuras. Semelhavam-se a pequenas esferas ovóides, cada uma dasquais pouco maior que um crânio humano. Variavam profusamentenas particularidades. Algumas denunciavam movimento próprio, aojeito de grandes amebas, respirando naquele clima espiritual; outras,contudo, pareciam em repouso, aparentemente inertes, ligadas aohalo vital das personalidades em movimento.

Fixei, demoradamente, o quadro, com aperquirição do laboratorista diante deformas desconhecidas.

Grande número de entidades, em desfile nas vizinhanças da gra-de, transportavam essas esferas vivas, como que imantadas àsirradiações que lhes eram próprias.

Nunca havia observado, antes, tal fenômeno.

Em nossa colônia de residência, ainda mesmo em se tratando de criaturas perturbadas esofredoras, o campo de emanações era sempre normal. E quando em serviço, ao lado dealmas em desequilíbrio, na Esfera da Crosta, nunca vira aquela irregularidade, pelo menosquanto me fora, até ali, permitido observar.

Inquieto, recorri ao instrutor, rogando-lhe ajuda. CONTINUA

AMEBA

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Capítulo 6.Observações e Novidades.

– André – respondeu ele, circunspecto, evidenciando a gravidadedo assunto –, compreendo-te o espanto. Vê-se, de pronto, que ésnovo em serviços de auxílio. Já ouviste falar, de certo, numa“segunda morte”.

– Sim – acentuei –, tenho acompanhado vários amigos à tarefareencarnacionista, quando, atraídos por imperativos de evoluçãoe redenção, tornam ao corpo de carne. De outras vezes, rarasaliás, tive notícias de amigos que perderam o veículo perispiritual,conquistando planos mais altos. A esses missionários, distinguidospor elevados títulos na vida superior, não me foi possível seguirde perto.

Gúbio sorriu e considerou:– Sabes, assim, que o vaso perispirítico é também transformável e perecível, emboraestruturado em tipo de matéria mais rarefeita.

– Sim... – acrescentei, reticencioso, em minha sede de saber.

– “Viste companheiros – prosseguiu o orientador –, que se desfizeram dele, rumo a esferassublimes, cuja grandeza por enquanto não nos é dado sondar, e observaste irmãos que sesubmeteram a operações redutivas e desintegradoras dos elementos perispiríticos pararenascerem na carne terrestre. (...)”

CONTINUA

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Capítulo 6.Observações e Novidades.

“(...) Os primeiros são servidores enobrecidos e gloriosos, no deverbem cumprido, enquanto que os segundos são colegas nossos, quejá merecem a reencarnação trabalhada por valores intercessores,mas, tanto quanto ocorre aos companheiros respeitáveis desses doistipos, os ignorantes e os maus, os transviados e os criminosos tambémperdem, um dia, a forma perispiritual.”

“Pela densidade da mente, saturada de impulsos inferiores, nãoconseguem elevar-se e gravitam em derredor das paixões absorventesque por muitos anos elegeram em centro de interesses fundamentais.Grande número, nessas circunstâncias, mormente os participantes decondenáveis delitos, imantam-se aos que se lhes associaram nos cri-mes. Se o discípulo de Jesus se mantém ligado a Ele, através de imponderáveis fios de amor,inspiração e reconhecimento, os pupilos do ódio e da perversidade se demoram unidos, soba orientação das inteligências que os entrelaçam na rede do mal.”

– E se consultarmos esses esferóides vivos? ouvir-nos-ão? Possuem capacidade de sintonia?

Gúbio atendeu, solícito:– Perfeitamente, compreendendo-se, porém, que a maioria das criaturas, em semelhanteposição nos sítios inferiores quanto este, dormitam em estranhos pesadelos. (...)

CONTINUA

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Capítulo 6.Observações e Novidades.

“(...) Em verdade, agora se categorizam em conta de fetos ou amebasmentais, mobilizáveis, contudo, por entidades perversas ou rebeladas.O caminho de semelhantes companheiros é a reencarnação na Crostada Terra ou em setores outros de vida congênere, qual ocorre à se-mente destinada à cova escura para trabalhos de produção, seleção e aprimoramento.Claro que os Espíritos em evolução natural não assinalam fenômenos dolorosos emqualquer período de transição, como o que examinamos.”

congênere : Do mesmo gênero; Da mesma natureza; Parecido, semelhante.

Gúbio ainda...

“(...) Registram-nos os apelos, mas respondem-nos, de modo vago,dentro da nova forma em que se segregam, incapazes que são,provisoriamente, de se exteriorizarem de maneira completa, sem osveículos mais densos que perderam, com agravo de responsabilidade,na inércia ou na prática do mal.”

FIM

(...) esferóides vivos, tristes mentes humanas sem apetrechos de manifestação, (...)

E em pequeno trecho, final do capítulo, André Luiz conceitua os ovóides como...

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Capítulo 7.Quadro Doloroso.

Descemos alguns metros e encontramos esquálida mulher estendidano solo. Gúbio nela fixou os olhos muito lúcidos e, depois de algunsmomentos, recomendou-nos seguir-lhe a observação acurada.

– Vês, realmente, André? – inquiriu, paternal.

Percebi que a infeliz se cercava de três formas ovóides, diferençadasentre si nas disposições e nas cores, que me seriam, porém, imper-ceptíveis aos olhos, caso não desenvolvesse, ali, todo o meu poten-cial de atenção.

– Reparo, sim – expliquei, curioso –, a existência de três figuras vivas, que se lhe justapõemao perispírito, apesar de se expressarem por intermédio de matéria que me parece levegelatina, fluida e amorfa.

Elucidou Gúbio, sem detença:– São entidades infortunadas, entregues aos propósitos de vingança e que perderamgrandes patrimônios de tempo, em virtude da revolta que lhes atormenta o ser. Gastaramo perispírito, sob inenarráveis tormentas de desesperação, e imantam-se, naturalmente,à mulher que odeiam, irmã esta que, por sua vez, ainda não descobriu que a ciência deamar é a ciência de libertar, iluminar e redimir.

CONTINUA

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Capítulo 7.Quadro Doloroso.

A mulher sofredora, envolvida num halo de “força cinzento-escura”,registrou-nos a presença e gritou, entre a aflição e a idiotia:

– Joaquim! onde está Joaquim? Digam-me, por piedade! Paraonde o levaram? Ajudem-me! Ajudem-me!

O nosso orientador tranqüilizou-a com algumas palavras e, nãolhe conferindo maior atenção, além daquela que o psiquiatradispensa ao enfermo em crise grave, observou-nos:

– Examinem os ovóides! sondem-nos, magneticamente, comas mãos.

Operei, expedito. Toquei o primeiro e notei que reagia, positivamente. Liguei, num ato devontade, minha capacidade de ouvir ao campo íntimo da forma e, assombrado, ouvigemidos e frases, como que longínquos, pelo fio do pensamento:

– Vingança! vingança! Não descansarei até ao fim... Esta mulher infame me pagará...

Repeti a experiência com os dois outros e os resultados foram idênticos. As exclamações“assassina! assassina!...” transbordavam de cada um.

CONTINUA

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Capítulo 7.Quadro Doloroso.

– Exonerada dos liames carnais, viu-se perseguida pelas vítimasde outro tempo, anulando-se-lhe a capacidade de iniciativa, emvirtude das emissões vibratórias do próprio medo perturbador.

(...) Os impiedosos adversários prosseguiram na obra deplorável e,ainda mesmo depois de perderem a organização perispirítica, ade-riram a ela, com os princípios de matéria mental em que se reves-tem. A revolta e o pavor do desconhecido, com absoluta ausênciade perdão, ligam-nos uns aos outros, quais algemas de bronze. Ainfeliz perseguida, na posição em que se encontra, não os vê, nãoos apalpa, mas sente-lhes a presença e ouve-lhes as vozes, atravésda inconfundível acústica da consciência. Vive atormentada, semdireção. Tem o comportamento de um ser quase irresponsável.

FIM

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Capítulo 9Perseguidores Invisíveis

(...) atingíramos a intimidade de Margarida, a obsidiada que o nossoorientador se propunha socorrer.

Dois desencarnados, de horrível aspecto fisionômico, inclinavam- se,confiantes e dominadores, sobre o busto da enferma, submetendo-aa complicada operação magnética. Essa particularidade do quadroambiente dava para espantar. No entanto, meu assombro foi muitomais longe, quando concentrei todo o meu potencial de atenção nacabeça da jovem singularmente abatida. Interpenetrando a matériaespessa da cabeceira em que descansava, surgiam algumas dezenasde “corpos ovóides”, de vários tamanhos e de cor plúmbea, asseme-lhando-se a grandes sementes vivas, atadas ao cérebro da pacienteatravés de fios sutilíssimos, cuidadosamente dispostos na medula a-longada.

A obra dos perseguidores desencarnados era meticulosa, cruel.

Margarida, pelo corpo perispirítico, jazia absolutamente presa, não só aos truculentosperturbadores que a assediavam, mas também à vasta falange de entidades inconscientes,que se caracterizavam pelo veículo mental, a se lhe apropriarem das forças, vampirizando-aem processo intensivo.

CONTINUA

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Em verdade, já observara, por mim, grande quantidade de casosviolentos de obsessão, mas sempre dirigidos por paixões fulmina-tórias. Entretanto, ali verificava o cerco tecnicamente organizado.

Capítulo 9Perseguidores Invisíveis

Evidentemente, as “formas ovóides” haviam sido trazidas peloshipnotizadores que senhoreavam o quadro.

Com a devida permissão, analisei a zona física hostilizada. Repareique todos os centros metabólicos da doente apareciam controlados.A própria pressão sanguínea demorava-se sob o comando dosperseguidores. A região torácica apresentava apreciáveis feridas napele e, examinando-as, cuidadoso, vi que a enferma inalava substân-cias escuras que não somente lhe pesavam nos pulmões, mas se re-fletiam, sobremodo, nas células e fibras conjuntivas, formando ulce-rações na epiderme.

A vampirização era incessante. As energias usuais do corpo pareciam transportadas às“formas ovóides”, que se alimentavam delas, automaticamente, num movimento indefinívelde sucção.

FIM

(...) concluí que a infortunada senhora devia ter sido colhida através do sistema nervosocentral, de vez que os propósitos sinistros dos perseguidores se faziam patentes quanto àvagarosa destruição das fibras e células nervosas.

Margarida demonstrava-se exausta e amargurada.

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Capítulo 11Valiosa experiência.

Acercamo-nos de acolhedora poltrona, em que um cavalheirode idade madura, dando mostras de evidente moléstia nervosa,permanecia ladeado por dois r apazes. Suor frio lhe banhava afronte e extrema palidez, com traços de terror, lhe exteriorizava alipotimia. Revelava-se torturado por visões pavorosas no campoíntimo, somente acessíveis a ele mesmo. Registrei-lhe as pertur-bações cerebrais e vi, sob forte assombro, as várias formas ovói-des, escuras e diferençadas entre si, aderindo-lhe à organizaçãoperispirítica.

Lipotimia: Perda momentânea da consciência, sem que se paralisem o coração e a respiração;desfalecimento, desmaio, delírio; vertigem.

“(...) Temos sob nosso olhar um investigador da polícia em graves perturbações. Não soubedeter o bastão da responsabilidade. Dele abusou para humilhar e ferir. Durante alguns anos,conseguiu manter o remorso a distância; todavia, cada pensamento de indignação dasvítimas passou a circular-lhe na atmosfera psíquica, esperando ensejo de fazer-se sentir.Com a maneira cruel de proceder atraiu, não só a ira de muita gente, mas também a convi-vência constante de entidades de péssimo comportamento que mais lhe arruinaram o teorde vida mental. Chegado o tempo de meditar sobre os caminhos percorridos, na intimidadedos primeiros sintomas de senectude corporal, o remorso abriu-lhe grande brecha na forta-leza em que se entrincheirava...”

CONTINUA

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Capítulo 11Valiosa experiência.

“(...) As forças acumuladas dos pensamentos destrutivos que provo-cou para si mesmo, através da conduta irrefletida a que se entregoulevianamente, libertadas de súbito pela aflição e pelo medo, quebra-ram-lhe a fantasiosa resistência orgânica, quais tempestades que sesucedem furiosas, esbarrondando a represa frágil com que se acre-dita conter o impulso crescente das águas.”

“(...) Sobrevindo a crise, energias desequilibradas da mente emdesvario vergastaram-lhe os delicados órgãos do corpo físico. Osmais vulneráveis sofreram conseqüências terríveis. Não apenas osistema nervoso padece tortura incrível: o fígado traumatizadoinclina-se para a cirrose fatal.”

Sentindo-nos as interrogações silenciosas do olhar, quanto à solução possível naqueleenigma doloroso, o orientador acentuou:– Este amigo, no fundo, está perseguido por si mesmo, atormentado pelo que fez e pelo quetem sido. Só a extrema modificação mental para o bem poderá conservá-lo no vaso físico;uma fé renovadora, com esforço de reforma persistente e digna da vida moral mais nobre,conferir-lhe-á diretrizes superiores, dotando-o de forças imprescindíveis à auto-restauração.Permanece dominado pelos quadros malignos que improvisou em gabinetes isolados eescuros, pelo simples gosto de espancar infelizes, a pretexto de salvaguardar a harmoniasocial. A memória é um disco vivo e milagroso. Fotografa as imagens de nossas ações erecolhe o som de quanto falamos e ouvimos... Por intermédio dela, somoscondenados ou absolvidos, dentro de nós mesmos. FIM

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Cap. 15Vampirismo

Espiritual

“Parasitas ovóides”Inúmeros infelizes, obstinados na ideia de fazerem justiça pelas própriasmãos ou confiados a vicioso apego, quando desafivelados do carro físico,envolvem sutilmente aqueles que se lhes fazem objeto da calculada atençãoe, auto-hipnotizados por imagens de afetividade ou desforço, infinitamenterepetidas por eles próprios, acabam em deplorável fixação monoideística,fora das noções de espaço e tempo, acusando, passo a passo, enormestransformações na morfologia do veículo espiritual, porquanto, de órgãospsicossomáticos retraídos, por falta de função, assemelham-se a ovóides,vinculados às próprias vítimas que, de modo geral, lhes aceitam,mecanicamente, a influenciação, à face dos pensamentos de remorso ouarrependimento tardio, ódio voraz ou egoísmo exigente que alimentam nopróprio cérebro, através de ondas mentais incessantes.

Nessas condições, o obsessor ou parasita espiritual pode ser comparado, de certo modo, àSacculina carcini, que, provida de órgãos perfeitamente diferenciados na fase de vida livre,enraíza-se, depois, nos tecidos do crustáceo hospedador, perdendo as características mor-fológicas primitivas para converter-se em massa celular parasitária.

No tocante à criatura humana, o obsessor passa a viver no climapessoal da vítima, em per-feita simbiose mórbida, absorvendo-lhe as forças psíquicas, situação essa que, em muitos casos, seprolonga para além da morte física do hospedeiro, conforme anatureza e a extensão dos compromissos morais entre credor edevedor. FIM

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Cap. 19 Segunda partePredisposições Mórbidas

– Como apreendermos a existência das predisposições

mórbidas do corpo espiritual?

– Não podemos olvidar que a imprudência e o ócio se responsabili-zam por múltiplas enfermidades, como sejam os desastres circula-tórios provenientes da gula, as infecções tornadas de higiene, os de-sequilíbrios nervosos nascidos da toxicomania e a exaustão decor-rente de excessos vários.

De modo geral, porém, a etiologia das moléstias perduráveis, que afli-gem o corpo físico e o dilaceram, guardam no corpo espiritual as suascausas profundas.

A recordação dessa ou daquela falta grave, mormente daquelas que jazem recalcadas noespírito, sem que o desabafo e a corrigenda funcionem por válvulas de alívio às chagasocultas do arrependimento, cria na mente um estado anômalo que podemos classificar de“zona de remorso”, em torno da qual a onda viva e contínua do pensamento passa a eno-velar-se em circuito fechado sobre si mesma, com reflexo permanente na parte do veículofisiopsicossomático ligada à lembrança das pessoas e circunstâncias associadas ao erro denossa autoria.

CONTINUA

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Cap. 19 Segunda partePredisposições Mórbidas

Estabelecida a ideia fixa sobre esse “nódulo de forças desequilibradas”,é indispensável que acontecimentos reparadores se nos contraponhamao modo enfermiço de ser, para que nos sintamos exonerados desse oudaquele fardo íntimo ou exatamente redimidos perante a Lei.

Essas enquistações de energias profundas, no imo de nossa alma, ex-pressando as chamadas dívidas cármicas, por se filiarem a causas in-felizes que nós mesmos plasmamos na senda do destino, são perfei-tamente transferíveis de uma existência para outra.

Isso porque, se nos comprometemos diante da Lei Divina em qualqueridade da nossa vida responsável, é lógico venhamos a resgatar as nossasobrigações em qualquer tempo, dentro das mesmas circunstâncias nas quais patrocinamosa ofensa em prejuízo dos outros.

É assim que o remorso provoca distonias diversas em nossas forças recônditas, desarticu-lando as sinergias do corpo espiritual, criando predisposições mórbidas para essa ou aque-la enfermidade, entendendo-se, ainda, que essas desarmonias são, algumas vezes, singu-larmente agravadas pelo assédio vindicativo dos seres a quem ferimos, quando imanizadosa nós em processos de obsessão. Todavia, ainda mesmo quando sejamos perdoados pelasvítimas de nossa insânia, detemos conosco os resíduos mentais da culpa, qual depósito delodo no fundo de calma piscina, e que, um dia, virão à tona de nossa existência, para a ne-cessária expunção, à medida que se nos acentue o devotamento à higiene moral.

FIM

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Cap. 19 Segunda partePredisposições Mórbidas

– Como pode o débil mental comandar a renovação

celular

do seu corpo físico?– Não será lícito esquecer que, mesmo conturbada, a consciênciaestá presente nos débeis mentais ou nos doentes nervosos de todaespécie, presidindo, ainda que de modo impreciso e imperfeito, oautomatismo dos processos orgânicos.

– Existem “parasitas ovóides” vampirizando desencarnados?

– Sim, nos processos degradantes da obsessão vindicativa, nos círculos inferiores da Terra,são comuns semelhantes quadros, sempre dolorosos e comoventes pela ignorância epaixão que os provocam.

FIM

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Capítulo 7.Processo Redentor.

Em rápidos minutos achávamo-nos em pequena câmara, ondemagro doentinho repousava, choramingando. Cercavam-no duasentidades tão infelizes quanto ele mesmo, pelo estranho aspectoque apresentavam. O menino enfermo inspirava piedade.

— É paralítico de nascença, primogênito de um casal aparente-mente feliz, e conta oito anos na existência nova — informou Calde-raro, indicando-o —; não fala, não anda, não chega a sentar-se, vêmuito mal, quase nada ouve dá esfera humana; psiquicamente, po-rém, tem a vida de um sentenciado sensível, a cumprir severa pena,lavrada, em verdade, por ele próprio. (...)

“(...) Viveu nas regiões inferiores, apartado da carne, inomináveis suplícios. Inúmerasvítimas já lhe perdoaram os crimes; muitas, contudo, seguiram-no, obstinadas, anos afora...A malta, outrora densa, rareou pouco a pouco, até que se reduziu aos dois últimos inimigos,hoje em processo final de transformação. Com as lutas acremente vividas, em sombriase dantescas furnas de sofrimento, o desgraçado aprestou-se para esta fase conclusiva deresgate; conseguiu, assim, a presente reencarnação com o propósito de completar a curaefetiva, em cujo processo se encontra, faz muitos anos.”

A paisagem era triste e enternecedora. O doente, de ossos enfezados e carnes quasetransparentes, pela idade deveria ser uma criança bela e feliz; ali, entretanto, se achavaimóvel, a emitir gritos e sons guturais, próprios da esfera sub-humana. CONTINUA

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Capítulo 7.Processo Redentor.

Com o respeito devido à dor e com a observação imposta pela Ciência,verifiquei que o pequeno paralítico mais se assemelhava a um descen-dente de símios aperfeiçoados.

— Sim, o espírito não retrocede em hipótese alguma — explicou Cal-deraro —; todavia, as formas de manifestação podem sofrer degene-rescência, de modo a facilitar os processos regenerativos. Todo male todo bem praticados na vida impõem modificações em nosso qua-dro representativo. Nosso desventurado amigo envenenou para mui-to tempo os centros ativos da organização perispiritual. (...)

Como desejasse ver-me suficientemente esclarecido, acrescentou:— Espiritualmente, este pobre doente não regrediu. Mas o processo de evolução, queconstitui o serviço do espírito divino, através dos milênios, efetuado para glorioso destino,foi por ele mesmo (o enfermo) espezinhado, escarnecido e retardado. Semeou o mal, ecolhe-o agora.

FIM

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Vejam por exemplo neste caso com um

suicida, o que é dito a ele. E imaginem nos

casos mais graves como o dos ovóides!

Prelúdios deReencarnação

"— Sim! Reconheço-te sincero e forte para o resgate, plenamente arrependido do passado culposo! Realmente, esse será o recurso aconselhável para o teu caso, medida drástica que te moverá com muito menor morosidade à reabilitação honrosa que de ti exige a consciên-cia! Pondera, no entanto, que foste também suicida e, por isso, necessariamente, as condi-ções precárias em que se encontra tua presente organização, teu envoltório fluídico, mode-lador que será da tua futura estruturação carnal, levar-te-á a receberes, com o renascimen-to, um corpo enfermo, debilitado por achaques irreparáveis no plano objetivo ou terreno..."

O Suicida diz estar pronto para a reencarnação,

para o resgate de suas faltas...

FIM

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Seria possível a um Espírito ovóide manifestar-se através da psicofonia em reunião de desobsessão? Nesse caso, o médium

traduziria adequadamente o pensamento da entidade? Esse trabalho poderia ser útil à reencarnação desse Espírito?

DIVALDO - O fenômeno da comunicação dos Espíritos ovóides ocorrecom mais frequência do que se pensa, o que constitui uma bênção nasreuniões mediúnicas. Invariavelmente, trata-se de uma comunicaçãoatormentada, sem verbalização do sofrimento, sem raciocínio lógico,com alta carga de perturbação do Espírito, em consequência alterando osistema nervoso central e endócrino do médium, que, sendo moralizado,não sofre efeitos perturbadores.

Comunicações

Como a "vida do ovóide" é um estágio somente mental, a comunicação mediúnica pro-porciona-lhe uma pré-recomposição do perispírito, em face da união com o do médium,preparando-o para a futura reencarnação.

É, portanto, de salutar benefício estabelecer-se a comunicação desses irmãos em tremen-da limitação, que, nada obstante, somente pode ser facultada (permitido) pelos orienta-dores espirituais do núcleo espírita.

FIM

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Capítulo 7No departamentode Embrioterapia

A embrioterapia é o mais eficaz recurso terapêutico usado em nossoplano (espiritual) em favor dos suicidas, principalmente daqueles queestão na iminência de ovoidização.

Embrioterapia

Visa colocá-Ios em contato com as salutares energias maternas, a fim deadestrar convenientemente seus impulsos autocatalíticos (autodestru-

tivos). Como vimos, tais pulsões podem terminar por desorganizar com-pletamente a estrutura perispiritual do psicolítíco (o que busca a auto-

destruição do psiquismo, ou seja, do próprio eu inferior. Suicida do

espí-rito). Conduzido, no entanto, para o ambiente uterino, ele encontraa sua devida orientação, de modo a se acomodar em natural processoreen-carnatório.

Serve ainda a embrioterapia para o escoamento do potencial de negatividade do suicida. Amassa embrionária, por especial propriedade da carne, presta-se como um adstringentepoderoso de suas energias degeneradas, drenando-lhes o potencial destrutivo.

De modo geral, esse escoamento vibracional é de tal monta que imprime graves deformi-dades à massa celular em desenvolvimento, tornando-a incompatível com a vida, termi-nando o autocida (o mesmo que suicida) por ser espontaneamente expulso. Em muitoscasos, no entanto, o abortamento natural não se faz esperar, pois as energias negativasque irradia na mãe tornam-no vítima de criminosa expulsão.

CONTINUA

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Capítulo 7No departamentode Embrioterapia

Um mal sem justificativas, mas que as sábias leis da vida fazem com queredunde em proveitos para o Bem, servindo-se para a correção dos ru-mos do suicida. O sofrimento abortivo termina por ser também tera-pêutico para este, pois sua consciência registrará a frustração diante damorte prematura, fixando o ensinamento da real valorização da vida.

A isso ainda se deve acrescentar o fato de que o fole uterino é um auxi-liar da drenagem vibratória do reencarnante, funcionando também co-mo uma desembocadura para os seus impulsos negativos. Tudo isso fazda embrioterapia o melhor remédio para o suicida, indispensável, namaioria das vezes, à sua recuperação.

— Mas para isso, então, a embrioterapia deve contar sempre com mães dispostas ao as-crifício. Será sempre possível encontrá-Ias receptivas, acolhendo em suas intimidades en-tidades tão desequilibradas?

— Isso requer cuidadosas considerações. Na verdade, as mães nem sempre se acham, defato, dispostas a esse sacrifício e quase sempre a prova lhes é imposta por deméritos.Trata-se, comumente, de mulheres que realizaram abortos em outras existências e nãodetêm condições saudáveis para o pleno desenvolvimento fetal. Trazem lesões energéticasno aparelho reprodutor, tornando-as incapazes de saudável sustento ao embrião, servindoentão para a reencarnação de espíritos igualmente lesados, como os suicidas.

CONTINUA

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Capítulo 7No departamentode Embrioterapia

Outras são mulheres levianas, que praticam o sexo descompromissado,guardando natural aversão à gravidez, com firme disposição à prática doaborto criminoso. Não somente mulheres, mas homens frívolos em bus-ca dos prazeres fáceis, que também são chamados à responsabilidadepelos seus atos. Neste caso a prova lhes é imposta pelas Leis Divinas, queacomodam aqueles que negaram a existência junto àqueles que tambémlhes recusam o nascimento.

São fatos que servem como recursos terapêuticos para todos os envolvi-dos, chamando a atenção daqueles que lidam com o sexo como se fossemero veículo de prazeres e ensinando a outros a valorização da vida. As-sim funciona a Medicina da Lei, que a tudo condiciona de modo que na-da exista sem objetivos sublimes e até mesmo o Mal encontre realiza-ções no Bem.

Os protagonistas do processo, no entanto, não são escolhidos ao acaso. O Departamentode Embrioterapia se encarrega da cuidadosa seleção daqueles que irão receber o suicida.Normalmente exige-se a existência de relações entre os envolvidos, pois dificilmente umespírito é aceito para a reencarnação sem o consentimento, mesmo inconsciente, de seuspais. Essas relações são cuidadosamente estudadas, buscadas muitas vezes no passado,para que o processo se faça alicerçado na lei de causa e efeito e redunde em proveito paratodos. Sem que essas interações se estabeleçam, suas chances de êxito se tornam muitoreduzidas.

FIM

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Capítulo 7No departamentode Embrioterapia

— Penso naquelas que abortaram e hoje se dão conta de haverem pro-vocado tanto mal a seres já por si tão infelizes. Como poderemos ajudara consolar esses corações que caíram? — questionou a irmã, preocupadacom aquelas que acobertaram o crime em plena ignorância de seus atos.

— Devemos compreender que não são somente as mulheres que abor-tam. Muitas vezes são elas vítimas da incompreensão de familiares ou decompanheiros que não assumem com elas as responsabilidades pela ma-ternidade. Desvalidas e rejeitadas pela sociedade, vêem-se compelidas aoato por forças das circunstâncias e profundas inseguranças diante da vida.Sem considerarmos aquelas que são alvos de estupros ou seduções. Nãonos iludamos, os homens também realizam abortos e podem se respon-sabilizar muito mais pelo ato impensado do que as mulheres.

Para aquelas que incorreram no erro sem conhecer a extensão do mal praticado, podemosaconselhar a dedicação à gravidez desamparada, ajudando as mães que desejam ter seusfilhos, mas não encontram recursos para isso. E que tratem de criar condições para en-gravidarem, o mais rápido possível, se puderem, a fim de minorarem seus compromissosdiante da vida.

FIM

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Capítulo 14Um Homem

Sem Memória

Uma observação sobre os abortados...

O espírito que é abortado na fase de desenvolvimento embrionário temdestino variado, guardando dependência direta de sua condição evolutiva edo período em que deixa o corpo em formação.

De modo geral, aqueles que interrompem sua incursão na carne antes daterceira semana de gestação desligam-se quase que automaticamente desuas vestes orgânicas ao serem abortados.

Seus liames (suas ligações) com o perispírito feminino são mais fortes doque com o próprio corpo em desenvolvimento e assim continuam, por

Por isso, na maioria das vezes, o espírito expulso até essa fase é o mesmo que torna a nas-cer logo depois.

Esta é a forma como a natureza protege esses seres, surpreendidos em delicada situaçãode trânsito entre os dois mundos.

tempo indeterminado, jungidos às mães que o abortaram por qualquer motivo que seja,aguardando nova oportunidade de renascimento, segundo programação espiritual.

Os que falecem depois da terceira semana, de modo geral, abandonam a intimidade ma-terna juntamente com seus restos orgânicos, estando o desligamento perispiritual subor-dinado aos mesmos princípios que norteiam a desencarnação em geral, ou seja, guardadependência direta com a posição evolutiva de cada um, sendo tanto maisdificultosa quanto menos evoluído é o ser. CONTINUA

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Alguns, da mesma forma, podem voltar à união quase imediata com suasmães, aguardando novo nascimento, quando assim programado, enquantoque outros são cuidadosamente recolhidos às casas assistenciais que sededicam a este tipo de amparo, qual o Departamento de Embrioterapia.

Estejam seguros os homens de que o mundo espiritual dispensa especialatenção a estes espíritos, da mesma forma que na Terra se cuida com des-velo dos bebês prematuros.

Aqueles que não tornam à carne logo de imediato demandam período va-riável para se recuperarem, de acordo com seus potenciais evolutivos.

Uma pequena parcela, de modo geral oriunda de ovóides ou suicidas, não se recupera,tornando-se embrióides, como vimos, presos ao molde embrionário, tendo a reencarnaçãocomo única possibítídade de volver à normalidade da forma.

Sabemos, no entanto, que os liames do pretérito e as forças do ódio podem alterar todasessas condições, modificando sobremaneira os destinos dos envolvidos.

Capítulo 14Um Homem

Sem Memória

FIM

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Estudos Dirigidos

Vamos dar uma pausa por aqui.

http://vivenciasespiritualismo.net/index.htmLuiz Antonio Brasil

Périclis [email protected]