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23/09/2011 177 XIX 2ª Edição * Comando do Gate é suspeito de desvios - p.06

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23/09/2011177XIX

2ª Edição

* Comando do Gate é suspeito de desvios - p.06

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JOELMIR TAVARESIndaiabira.O Ministério Público Estadual (MPE) vai convocar a mine-

radora Vale para prestar esclarecimentos no inquérito que apura o suposto envolvimento da empresa na compra de terras pertencen-tes ao Estado e destinadas à reforma agrária em cidades no Norte de Minas. A empresa teria pago, em espécie, R$ 41 milhões pela transação.

Segundo o MPE, a operação era feita com a ajuda de uma empresa “fantasma” que funcionava em Janaúba e seria a respon-sável por reunir os títulos de legitimação das terras em nome de “laranjas”.

Segundo o promotor Bruno Oliveira Muller, da comarca de Taiobeiras, no Norte de Minas, o valor supostamente pago pela mineradora era depositado na cidade Uruguaia de Montevidéu, local considerado paraíso fiscal. “Acreditamos que a remessa do dinheiro para fora era uma tentativa de esconder a fraude das auto-ridades brasileiras e encobrir o esquema”, afirmou Muller.

A Polícia Federal apura o envio do dinheiro para o exterior. Em nota, a Vale informou que não tem conhecimento, até o mo-mento, sobre o inquérito e não foi convocada para prestar informa-ções sobre o assunto. A empresa informou ainda que está à dispo-sição das autoridades competentes.

Prisões. De acordo com Muller, os nove acusados de envolvi-mento no esquema, todos presos em Montes Claros, seguem pres-tando depoimento. Os pedidos de prisão temporária têm duração

de cinco dias, prorrogáveis por mais cinco. Depois desse prazo, conforme o andamento das investigações e o teor dos depoimen-tos, poderá ser pedida a prisão preventiva de alguns dos suspeitos. Um dos que poderão permanecer detidos durante as investigações é o policial civil Douglas Moisés Quintiliano, que teria expulsado posseiros de um terreno em Salinas, área que depois foi transferi-da para o nome de “laranjas”. “A apuração do Ministério Público mostra que ele (Quintiliano) usou força e violência para ameaçar os moradores. Em liberdade, ele poderá coagir testemunhas ou até mesmo destruir provas”, afirmou o promotor.

Também deverá ser solicitada a prisão preventiva do empre-sário Altemar Alves Ferreira, único acusado que continuava fo-ragido até a noite de ontem. “O fato de ele ter fugido ao ver sua casa cercada pela Polícia Federal dá ao MPE o direito de pedir a preventiva”, disse. A PF faz cerco ao acusado em todo o território nacional.

O imóvel onde Ferreira mora com a família, em Taiobeiras, está fechado. Ontem, no fim da tarde, duas mulheres foram vistas chegando ao local em uma caminhonete e saindo logo depois com várias sacolas nas mãos. Uma delas, que se identificou como irmã do empresário, disse não ter notícias dele. “Isso aí você tem que perguntar para ele”, disse a mulher, ao ser questionada sobre o paradeiro de Ferreira. (com Cláudia Giúza).

Número - 9 - pessoas estão presas por suspeita de participa-ção no esquema

o tempo - p. 24 - 23.09.2011Grilagem.Empresa teria pago, em espécie, R$ 41 milhões pela aquisição de área destinada a reforma agrária

Vale terá que explicar compra de terreno público

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Mais bombaO site do STF já exibe ações de professores mi-

neiros. Além de questionar decisão do TJMG que pune os grevistas, eles pedem a confirmação do piso salarial da categoria, que seria proporcional à jornada, na interpretação dos advogados do Estado, e integral no entendimento sindical. Essa causa é bombástica para o Estado: se perder, o governo terá que pagar ao professor um piso de R$ 1.187, e não de R$ 712. Fora os penduricalhos. Não que o governo queira pa-gar menos, o problema está na receita e também não descumprir outra Lei, a da Responsabilidade Fiscal, como adiantou a coluna no mês passado.

o tempo - p. - 7 - 23.09.2011raquel farIa

TÂMARA TEIXEIRA

Os professores designados, com contratos antigos com o governo e que aderiram à greve das escolas da rede estadual, que não retornarem hoje ao trabalho poderão ser demitidos pelo Estado. Apesar de o Sin-dicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE) afirmar que os profissionais têm direito à greve, especialistas ouvidos por O TEMPO explicam que os profissionais sem concurso que não têm estabilidade podem ser desligados.

O prazo dado pela Secretaria de Estado de Educa-ção (SEE) na última quarta-feira para retorno ao tra-balho vence hoje. Na resolução, o governo prometeu anunciar medidas contra os grevistas a partir da próxi-ma segunda-feira. Dos 398 mil cargos da educação, 71 mil ocupados por profissionais designados. A SEE não soube informar ontem quantos desses aderiram ao mo-vimento. Desde o início da greve, em 8 de junho, outros 2.993 foram contratados para substituir os grevistas.

A professora de direito trabalhista da Universida-de Federal de Minas Gerais (UFMG) Daniela Muradas explica que o direito de greve é assegurado ao servidor público. No entanto, os designados que, teoricamente, foram contratados numa situação de emergência podem sofrer penalidades pela falta ao trabalho. “Os profes-sores designados, mesmo os mais antigos, foram con-tratados para satisfazer um déficit. Se esses designados entram em greve é uma situação contraditória”.

De acordo com a advogada, o professor demitido que entrar na Justiça terá poucas chances de vencer. “O

Judiciário tem se mostrado tradicional. E uma decisão tradicional irá dizer que o desligamento é legal”, ex-plicou. A especialista alertou, no entanto, que o Brasil participa de alguns tratados internacionais que dizem que o direito de greve é universal e se estende a qual-quer trabalhador.

O professor de direito administrativo da Universi-dade de São Paulo (USP), Luciano Ferraz, afirma que os designados não têm os mesmos direitos e a mesma estabilidade dos professores concursados. “O Judiciá-rio deu uma decisão para que os professores voltem às salas de aula, se o designado não está indo, o Estado pode desligá-lo”.

“A ameaça do governo de demissão é um atentado. Nossa orientação é para que todos mantenham a greve”, disse o diretor do Sind-UTE Paulo Henrique Fonseca.

saiba maisGreve

De acordo com o Estado, até ontem, apenas dez das 3.779 escolas estão totalmente paradas. O total de professores em greve permanece em 9.767, o que repre-senta 6,23% do total de profissionais, diz o governo. sINdIcato

De acordo com o sindicato, metade da categoria está em greve.

Decisão. A Justiça irá julgar nos próximos dias o recurso dos professores em relação à liminar que de-terminou a suspensão da greve no último dia 16 por considerá-la abusiva. A multa diária é de R$ 50 mil até o valor máximo de R$ 600 mil. A greve completa hoje 108 dias.

o tempo - p. 26 - 23.09.2011Educação.Legislação, explicam advogados, ampara o Estado na dispensa de grevistas

Exoneração de contratados é legal, dizem especialistasPrazo dado pelo governo para retorno ao trabalho termina hoje

estado de mINas - p. 3 - cultura - 23.09.2011márIo foNtaNa

procuradores

Congresso nacional em BH Começa terça-feira, no centro de convenções do Hotel Mercure, o 37º Congresso

Nacional dos Procuradores de Estado, que volta a Belo Horizonte depois de ser realiza-

do por 15 anos em outras capitais. A previsão é que 600 procuradores participwem do

encontro, que vai até dia 30. O tema em discussão será “Advocacia pública, eficiência

administrativa e resultados sociais”. O jurista João Lúcio Martins Pinto, presidente da

Associação dos Procuradores de Minas Gerais, comandará o evento. Entre os conferen-

cistas estarão a ministra do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia Antunes Rocha e

juristas da Universidade de Lisboa.

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SÃO PAULO

Um aluno de 10 anos atirou na professora e depois se matou com dois tiros na cabeça, na tarde de ontem, em uma escola em São Caetano do Sul, no ABC paulista. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de São Caetano Sul, o aluno do 4º ano C da Escola Municipal Alcina Dantas Feijão, no bairro Nova Gerty, fez os dis-paros por volta das 15h50, em sala de aula.

A professora Rosileide Queiros de Olivei-ra, 38, foi atingida com um tiro na frente de 25 alunos. Em seguida, o estudante saiu da sala e disparou dois tiros contra a cabeça. O aluno e a professora foram levados com vida ao Hospital de Emergência Albert Sabin. Ele teve duas pa-radas cardíacas e morreu por volta das 16h50. A professora foi socorrida pelo helicóptero da Po-lícia Militar. Segundo a Prefeitura de São Caeta-no, ela levou um tiro na região posterior do lado esquerdo, altura do quadril e sofreu uma fratura na patela direita, mas não corre risco de morte.

Segundo o capitão Robinson Castropio, porta-voz da Polícia Militar, o menino prova-velmente entrou com o revólver calibre 38 es-condido na mochila. Segundo o PM, o estudante pediu para ir ao banheiro e voltou já com a arma em punho. “Ele acertou a professora na região lombar. Em seguida, saiu da sala, desceu uma escada e disparou contra a cabeça”.

O estudante I.J.,12, que cursa o 7º ano na escola, de ensinos fundamental e médio, contou

que acabava de voltar do intervalo quando tudo aconteceu. Ele e os colegas ouviram dois dis-paros, e, em seguida, um outro aluno invadiu a sala em que estavam e começou a gritar “Tiro! Tiro!”. “Foi um pânico geral, uma gritaria, cor-reria. Todo mundo saiu da sala e desceu para o pátio”, disse.

Segundo ele, a escola foi tomada por pro-fessoras e alunos chorando. Funcionários orien-taram os alunos a ligarem para os pais de seus celulares, avisarem que estavam bem e pedirem que fossem buscá-los. As aulas foram suspen-sas.

Estudante era filho de guarda

São Paulo. O garoto que atirou contra uma professora e depois se matou era filho do guarda municipal Nilton Nogueira e usou a arma do pai um revólver calibre 38. Nogueira chegou a sen-tir falta da arma ontem e procurou o filho mais velho, que não estava com ela. Somente após o ocorrido a família soube que o garoto pegou o revólver. O secretário municipal de Segurança Pública, Moacyr Rodrigues, negou que a arma fosse da corporação. O revólver teria sido ad-quirido no ano passado no nome de Nogueira. Rodrigues disse que não há registro de que o menino tenha sofrido agressões ele era manco e, segundo alunos, sofria bullying. Conforme os professores, ele era bem-disciplinado.

Violência.Garoto teve duas paradas cardíacas e morreu uma hora depois

Aluno de 10 anos atira em professora na sala e se mata Docente de 38 anos apresenta quadro estável e não corre risco de morte

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RICARDO VASCONCELOSConsiderado o grupo de elite da Polícia Militar de

Minas, o Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate) é alvo de graves denúncias de improbidade administra-tiva e assédio sexual. As suspeitas recaem sobre o co-mandante do Gate, o tenente-coronel Marcelo Vladimir Correia, e o subcomandante major Ledwan Salgado Cotta.

Os dois foram ouvidos na manhã de ontem durante uma audiência pública na Comissão de Direitos Hu-manos da Assembleia Legislativa de Minas. De acordo com o deputado sargento Rodrigues (PDT), que con-vocou a reunião, as ações de improbidade teriam sido

praticadas por Cotta e incluem a contratação da obra de reforma de um banheiro e da cozinha do Gate no va-lor de R$ 50 mil. A reforma, no entanto, não teria sido realizada. Outra suspeita é de que os militares tenham feito a transferência irregular de 14 homens para outras unidades, além de terem assediado sexualmente outros dois militares.

Na audiência, foi aprovado um requerimento pe-dindo o afastamento de Cotta. O documento foi enca-minhado ao Ministério Público Estadual. Os militares não foram encontrados para comentar o caso. O cor-regedor da Polícia Militar, coronel Hebert Fernandes Souto Silva, prometeu apurar as denúncias.

o tempo - p. 27 - 23.09.2011 abuso

Comando do Gate é suspeito de desvios

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Brasília Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se

autoconcederam um aumento no auxílio-moradia pago pela Corte. Em uma sessão administrativa ocorrida quarta-feira, eles aumentaram em 59,19% o valor do benefício, passando dos atuais R$ 2.750 para R$ 4.377,73.

É provável que a decisão leve a um efeito cascata no Ju-diciário, pois outros órgãos também pagam auxílio moradia a seus juízes e auxiliares.

No caso do STF, o benefício é concedido a ministros e juízes auxiliares que não têm residência em Brasília e não ocupam imóveis funcionais. Em relação aos juízes auxilia-res, o aumento foi de 23,06%, subindo de R$ 2.750 para R$ 3.384,15. Dos oito ministros presentes à reunião administra-tiva na qual foi discutido o assunto, apenas Marco Aurélio Mello votou contra.

De acordo com informações divulgadas pelo STF, o im-pacto mensal do aumento do auxílio moradia no tribunal será de R$ 78.829,03 e o anual, de R$ 945.948,36. A assessoria do Supremo informou que atualmente, dos 11 ministros que integram o tribunal, apenas Luiz Fux recebe auxílio-mora-dia. Os outros moram em imóveis funcionais ou residência própria.

Para aprovar o reajuste no auxílio-moradia, o STF se baseou em benefícios pagos a outras autoridades de Brasília. Ministros de Estado recebem atualmente auxílio moradia de

R$ 6.680,76, senadores ganham R$ 3,8 mil e deputados fe-derais, R$ 3 mil.

Reajuste. A decisão de reajustar substancialmente o be-nefício ocorreu no mesmo dia em que juízes e integrantes do Ministério Público fizeram uma mobilização em Brasília pela valorização das carreiras e por mais segurança. Magis-trados, promotores e procuradores defendem a aprovação pelo Congresso de projetos de lei que reajustariam o salário dos ministros do STF dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil.

Gilmar critica supersaláriosBrasília. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF)

Gilmar Mendes, depois de se reunir com o presidente do Se-nado, José Sarney (PMDB-AP), criticou os supersalários do Legislativo. “Precisamos colocar ordem nesse caos que está imperando na área de recursos humanos”, disse.

“Se são tantos os servidores (do Legislativo) que estão ultrapassando o teto (do funcionalismo), há algo de errado nesse contexto”, criticou. Mendes referia-se aos supersalá-rios que estão sendo questionados nos tribunais porque ex-cedem o teto da Constituição equivalente aos salários dos ministros do STF R$ 26,7 mil.

Já magistrados, promotores e procuradores defenderam a aprovação de projetos que reajustam o salário dos minis-tros do STF dos atuais R$ 26,7 mil para R$ 32 mil.

o tempo - p. 6 - 23.09.2011Benefício.Valor foi reajustado em 59,19%, chegando a R$ 4.377,73

Ministros do STF receberão mais de auxílio-moradiaÉ provável que decisão leve a um efeito cascata em todo o Judiciário

João Henrique do ValeO goleiro Bruno Fernan-

des, um dos acusados do desa-parecimento e morte de Eliza Samudio, deixou a Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na Grande BH, onde está preso há mais de um ano, para prestar depoimento em uma delegacia da cidade. De acordo com a Secre-taria de Estado de Defesa Social (Seds), o atleta saiu do presídio às 14h de ontem e seguiu para a 5ª Delegacia Distrital, de onde retornou às 16h20.

O advogado que defende o atleta, Cláudio Dalledone Júnior, confirmou que Bruno prestou de-

poimento, mas disse não saber do que se trata. “Eles não quiseram me falar do assunto do depoi-mento. Acredito ser uma preca-tória do Rio de Janeiro”, disse o advogado. Segundo ele, Bruno nada revelou no depoimento. A Polícia Civil confirmou que o goleiro foi ouvido pelo delegado João Lisboa, por meio de carta precatória. O jogador responde a processo no Rio por sequestro, cárcere privado e lesão corporal contra Eliza, no início de junho, antes de a modelo ser levada para o sítio de Esmeraldas, na Grande BH.

De acordo com outro in-

quérito em tramitação na Justi-ça de Contagem, Eliza e o bebê, suposto filho do goleiro, foram sequestrados e levados para o sítio do atleta, em 4 de junho de 2010. A vítima teria sido mantida em cárcere privado e depois as-sassinada. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o executor. A criança foi entregue à ex-mulher do goleiro, Dayanne de Souza.

A Polícia Civil de Minas indiciou Bruno e mais

oito envolvidos no desaparecimento e morte da jovem e a

denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça. Os

acusados aguardam julgamento sob acusação de seques-

tro, cárcere privado, homicídio triplamente qualificado e

ocultação de cadáver.

estado de mINas - p. 24 - 23.09.2011 cárcere prIvado

Bruno volta à delegacia

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