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Jornal Oficial da AAUM DIRECTOR: Vasco Leão DISTRIBUIÇÃO GRATUITA 170 / ANO 6 / SÉRIE 3 TERÇA-FEIRA, 8.MAI.12 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico ENTERRO DA GATA ‘12 “ALTERNATIVO” ... porque nem só de concertos se fazem as “Monumentais Festas” Página 03 local SEMIBREVE anuncia os primeiros nomes para a edição de 2012 Página 04 campus Dois milhões de euros de propinas em atraso na UMinho Página 16 campus Azeituna comemora 20 anos com concerto especial Página 16 cultura Frame Art: de cinema de animação a Adolfo Luxúria Canibal

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... porque nem só de concertos se fazem as “Monumentais Festas” Azeituna comemora 20 anos com concerto especial Dois milhões de euros de propinas em atraso na UMinho Frame Art: de cinema de animação a Adolfo Luxúria Canibal SEMIBREVE anuncia os primeiros nomes para a edição de 2012 academico.rum.pt facebook.com/jornal.academico twitter.com/jornalacademico Página 04 Página 03 Página 16 Página 16

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Jornal Oficial da AAUMDIRECTOR: Vasco LeãoDISTRIBUIÇÃO GRATUITA170 / ANO 6 / SÉRIE 3TERÇA-FEIRA, 8.MAI.12

academico.rum.pt facebook.com/jornal.academicotwitter.com/jornalacademico

ENTERRO DA GATA ‘12 “ALTERNATIVO”

... porque nem só de concertos se fazem as “Monumentais Festas”

Página 03

localSEMIBREVE anuncia os primeiros nomes para a edição de 2012

Página 04

campusDois milhões de euros de propinasem atraso na UMinho

Página 16

campusAzeituna comemora 20 anos com concerto especial

Página 16

culturaFrame Art: de cinema de animação a Adolfo Luxúria Canibal

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Enterro da Gata ‘12Está aí! São horas que nos distan-ciam da melhor semana do ano. O Enterro da Gata está à porta, mas serve o mesmo para se lan-çar, de novo, vários avisos aos es-tudantes. O primeiro e, claro está, o mais importante é a necessida-de de auto-controlo de cada um. Sejam razoáveis e responsáveis, porque esta semana só poderá ficar no lado bom da memória se assim for. Apesar de ser impor-tante, esta não é a vossa última semana do ano. Divirtam-se!

Tradições académicasOs estudantes minhotos (a jul-gar pela exígua amostra do in-quérito desta semana) não se mostram muito receptivos às tradições que acompanham o Enterro da Gata. Para eles esta semana resume-se a concertos, deixando para trás ao tão nobres serenatas, missas e bençãos, ou o tão sarcástico Velório da Gata. O cortejo ainda vai tendo alguns amigos, mas as tradições, pelo que são, mereciam mais respei-to.

AzeitunaÉ uma imagem de marca da pró-pria academia.A Azeituna comemora, em 2012, 20 anos de existência. A capaci-dade de se adaptarem às novas vivências dentro da academia faz deles um dos grupos mais irreve-rentes da academia. A animação, boa disposição constante e a ca-pacidade de se afirmarem como uma das melhores tunas nacio-nais faz deles um exemplo para muitas outras tunas espalhadas pelo país.

NO PONTOEM ALTA EM BAIXO

FICHA TÉCNICA // Jornal Oficial da Associação Académica da Universidade do Minho. // Terça-feira, 8 Maio 2012 / N170 / Ano 7 / Série 3 // DIRECÇÃO: Vasco Leão // EDIÇÃO: Daniel Vieira da Silva // REDACÇÃO: Adriana Couto, Alexandre Rocha, Ana Lopes, ana Pinheiro, Ângela Coelho, Bruno Fernandes, Carlos Rebelo, Cátia Alves, Cátia Silva, Daniel mota, Daniela Mendes, Eduarda Fernandes, Fabiana Oliveira, Filipa Barros, Filipa Sousa, Joana Neves, José Miguel Lopes, José mateus pinheiro, Mariana Flor, Maura Teixeira, Miguel Araújo, Neuza Alpuim, Sara Pestana, Sónia Silva e Vânia Barros // COLABORADORES: Elsa Moura e José Reis // GRAFISMO: gen // PAGINAÇÃO: Daniel Vieira da Silva // MORADA: Rua Francisco Machado Owen, 4710 Braga // E-MAIL: [email protected] //TIRAGEM: 2000 exemplares // IMPRESSÃO: GráficaAmares // Depósito legal nº 341802/12

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PÁGINA 03 // 08.MAI.12// ACADÉMICO

LOCALSEMIBREVE anuncia os primeiros nomes para a edição de 2012DINIS GOMES

[email protected]

Poucos meses após o suces-so da primeira edição, a or-ganização do SEMIBREVE já tratou de anunciar os pri-meiros nomes para a edição de 2012, agora também a re-alizar em Guimarães. A decorrer entres os dias 2 e 6 de outubro no Theatro Circo, em Braga, e no Cen-tro Cultural Vila Flor, em Guimarães, a nova edição conta já com mais três con-firmações de peso, a par dos já anteriormente anuncia-dos Mouse on Mars, Vladis-lav Delay e Roly Porter. Comecemos com emptyset, grupo de Bristol que “explo-ram o legado do domínio analógico integrando ele-mentos rítmicos, processa-mento de sinal e exploração da espacialidade dentro do contexto da composição mi-nimalista”. Esta descrição agoira coisa boa, além de o próximo disco do grupo ser lançado pela editora de Alva Noto, que se apresentou na primeira edição, Raster- No-ton. Vêm acompanhados pelo já repetentes AntiVJ, que serão representados

pelo seu diretor artístico, encarregue da componen-te visual do espetáculo dos emptyset. Most People Have Been Trained to be Bored , novo projeto do português Gusta-

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vo Costa “explorando fontes sonoras como objetivos per-cussivos, piano preparado e síntese eletrónica”, vão as-sim apresentar-se ao público do SEMIBREVE. Por fim, Ryoji Ikeda, reputado artista

refinada em sistema de pre-cisão matemática”. O SEMIBREVE é um festi-val para todos, com todos, feito de música genuína, vanguardista, que não tem nem quer rótulos.

visual e compositor de mú-sica eletrónica japonês, vem apresentar um espetáculo que é considerado como um dos que melhor conjuga os meios visuais e sonoros, “alicerçando a sua estética

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PÁGINA 04 // 08.MAI..12 // ACADÉMICO

CAMPUS

dois milhões de euros de propinasem atraso na uminhoCÁTIA SILVA

[email protected]

A Universidade do Minho contabiliza cerca de dois mi-lhões de euros de propinas em dívida. São alunos do 1º Ciclo e de mestrado inte-grado que, segundo a RTP, “podem ficar a ver o curso por um canudo”. O Reitor da Universidade do Minho, António Cunha, diz, em declarações ao ACADÉMICO que os nú-meros oficiais “só serão co-

nhecidos no final de maio”. Acrescenta ainda que são dados que necessitam de ser bem analisados, pois há estudantes que não sabem que têm essa dívida como é o caso de quem, por alguma razão, desistiu logo no início do curso e não comunicou à Universidade. “Esses alu-nos, como nunca participa-ram em nenhuma atividade da Universidade, não põem a hipótese de deverem, mas do ponto de vista técnico são alunos com propinas em atraso.” O Jornal i informou que já

dia com os média debate o jornalismo universitárioANA ISAbEL LOpES

[email protected]

Sob o mote de promover a educação para os média, o Centro de Estudos de Comunicação e sociedade (CECS) e o Grupo de Alu-nos de Ciências da Comu-nicação da Universidade do Minho (GAACUM) promo-veram, no dia 3 de maio, um debate sobre a comunicação social dentro da Universida-de. No debate foi salientada a importância da existência de um jornalismo compe-tente por parte de todos os órgãos de comunicação, in-dependentemente dos orga-nismos que os governam, para que os estudantes possam ter acesso a infor-mação de qualidade e pos-sam, consequentemente, ter um maior entendimento

dos assuntos da instituição que é comum a todos. Para Manuel Pinto, ex-diretor do CECS e que atualmente lidera o grupo de investiga-ção em Media e Jornalismo, “o facto de ainda não haver um projeto de informação sério para a universidade e sobre a universidade diz muito sobre a comunicação institucional”. Paralelamen-te a esta discussão foram trazidos à conversa alguns casos em que a liberdade de imprensa foi posta em cau-sa na UM mostrando que a pertinência deste debate se prende com o facto de se de-ver evitar estas situações no futuro. Ao longo da sessão os vários intervenientes discutiram a importância da informação no âmbito universitário, de-batendo de especial modo os órgãos de comunicação social da Universidade do

Minho, identificando os seus problemas e potenciali-dades e mostrando algumas alternativas que visam me-lhorar o panorama atual. Segundo a página do Face-book para o evento, “‘Um dia com os Média’ é uma iniciativa de âmbito nacio-nal que visa colocar a re-lação dos cidadãos com os média no centro das aten-ções, suscitando iniciativas orientadas para a reflexão e a ação.”

estudantes”, após a AAUM ter solicitado uma pesquisa profunda das razões desta situação. Segundo o jornal Público, esta não é a única univer-sidade que se vê nesta si-tuação. A Universidade de Coimbra e a Nova de Lisboa também já procederam ao envio de cartas aos atuais e antigos alunos onde amea-çam avançar com penhoras e anular a licenciatura da-queles que não pagarem as propinas. Aqui, falamos em valores a rondar os 1,4 mi-lhões de euros.

certidões relativas a graus sem o aluno ter saldado a dívida. O Reitor garantiu que a Uni-versidade do Minho “tenta anualmente fazer um levan-tamento para perceber as razões para as dívidas dos

A iniciativa foi vista como muito positiva por quem participou no debate, tendo ficada prevista uma nova sessão na qual se espera uma maior afluência por parte dos alunos e dos ór-gãos de comunicação social, bem como do Gabinete de Comunicação e Imagem da Reitoria da Universi-dade do Minho. Segundo Licínio Lima, presente na sessão, “não é aceitável que o responsável máximo do

Gabinete de Comunicação da Universidade do Mi-nho - ou, pelo menos, um representante - não esteja presente”, salientando a im-portância da presença de to-das as partes envolvidas na questão da Comunicação da Universidade. Dos órgãos de comunicação social da Universidade, o único que se fez representar foi o jor-nal online ComUM, deixan-do assim muito espaço para um próximo encontro.

4000 alunos desta acade-mia foram notificados para o pagamento, tendo já sido vários os que regularizaram a situação. Cerca de 40% das dívidas são de valores abaixo dos 50 euros. No en-tanto, não serão emitidas

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CAMPUSPÁGINA 05 // 08.MAI.12 // ACADÉMICO

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azeituna comemora 20 anos com concerto especialANA fILIpA pINhEIrO

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E foram vinte anos de suces-sos celebrados no passado dia 1 de maio! Para festejar este aniversá-rio a Azeituna tomou a ini-ciativa de brindar a cidade de Braga com vários eventos ao longo do ano, destacan-do-se, o “Maior brinde do mundo”, que acontecerá já no próximo dia 12, inseri-do nas festas do Enterro da Gata e o «Espetáculo dos 20 anos», que decorrerá no Theatro Circo, a 6 de junho. Segundo Emanuel Gouveia, Responsável de Comunica-ção da Azeituna, o ““maior brinde do mundo” vai-se re-alizar no dia 12 de maio, de-pois da atuação dos Neuró-

nios Abariados, onde haverá um brinde em palco, em que vamos convidar toda a gente a brindar connos-co. Num curto intervalo de tempo iremos oferecer finos a toda a gente, para fazer

então o maior brinde. E esta será a parte lúdica, pois du-rante a noite na barraquinha da Azeituna, as pessoas vão lá beber e tentaremos bater um record do guiness”. Mais tarde, em junho, será o “Espetáculo dos 20 anos” em que “a Azeituna vai apresentar aquelas músi-cas mais emblemáticas da sua história, contando com convidados especiais como a Gatuna, a Tuna Universi-tária, o Coro e a Tuna Lusí-ada do Porto. Vamos tentar proporcionar um espetácu-lo rico em elementos céni-cos, participações especiais e, certamente, muitos mo-mentos de humor”, declara Emanuel Gouveia. Além destes anunciados eventos, a Azeituna tem ainda programado, para o segundo semestre de 2012, algumas publicações, tais como um CD de música li-túrgica e um livro autobio-

gráfico do grupo e o DVD do XVIII CELTA, tudo isto a juntar à 19ª edição do fes-tival. Passados 20 anos, a Azei-tuna tem seis trabalhos discográficos e um DVD editados. Por várias vezes pisou os principais palcos de Portugal em festivais de tunas, tocou em romarias, casamentos e outros even-

tos pelo país fora e já correu o mundo em digressões pela Europa Central, Euro-pa de Leste, EUA, Canadá e Brasil. Organiza anualmen-te, desde dezembro de 1993 no Theatro Circo, o CELTA - Certame Lusitano de Tu-nas Académicas, que já se afirmou como um dos mais importantes festivais de tu-nas a nível nacional.

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CAMPUSPÁGINA 06 // 08.MAI..12 // ACADÉMICO

O mundo captado pela olhar de uma objectiva em discussão na uminhorITA MAGALhÃES

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Na passada quarta-feira, o Grupo de alunos de Ciên-cias da Comunicação da Universidade do Minho (GACCUM) organizou mais um workshop, relacionado com o curso, desta feita, so-bre fotojornalismo. A sessão foi orientada pela fotógrafa Lucília Monteiro da revista Visão. A profissio-nal, na área há quase trinta anos, esteve cerca de quatro anos a trabalhar no jornal Expresso, mas foi na revista semanal Visão que encon-

trou o seu lugar há vinte anos. Foram vários os alunos mi-nhotos que compareceram neste painel, no qual Lucí-lia Monteiro falou sobre a sua experiência na área do fotojornalismo, das suas viagens, das coberturas que fez sobre guerras e atos po-líticos. Lucília Monteiro começou por referir a dificuldade que é entrar nesta área, nos dias de hoje, comparando com a época em que começou os seus trabalhos de fotojorna-lismo. Nessa mesma altura, segundo a fotógrafa, havia muito poucas pessoas for-

madas na área da fotografia e, por isso, eram os próprios jornalistas que tiravam foto-grafias, muitas vezes de má qualidade, para as suas pró-prias peças. A fotojornalista falou da sua passagem por Angola, por Moçambique e pelo Tibete, num testemunho que dei-xou o público de olhos bem fixos na tela que exibia as fotografias. A profissional mostrou também algumas fotografias de campanhas e congressos políticos, muitas delas marcadas pela polémi-ca ou pelo humor.Durante a sessão, Lucília Monteiro foi confrontada

com algumas questões, che-gando a dizer em resposta a uma dessas perguntas que todos os seus trabalhos ”principalmente os mais feios e polémicos, deveriam ter sido publicados, mas há

sempre um superior que zela pela nossa sanidade”. Admitiu também que os ambientes de guerra que fotografou “mexem mui-to com as nossas emoções enquanto pessoas”, acres-centando ainda que a sua função nestas circunstân-cias era “apenas mostrar ao Mundo o que se estava ali a passar”. Foram mais de duas horas de conversa, perguntas e relato de experiências mar-cantes de Lucília Monteiro, uma atual fotojornalista que há 30 anos decidiu abdicar do curso de Matemática para se dedicar à fotografia.

INÊS MATA

[email protected]

Aluna de Ciências de Comu-nicação em ERASMUS emFlorianópolis, Brasil

Já o disse e vou voltar a dizê--lo. Aqui, na Ilha de Santa Catarina, a natureza é uma das maiores “prendas” que um estudante pode ter. Digo estudante porque para tudo tem de haver um escape. E, no meio da papelada da uni-versidade, aulas, transpor-tes e professores, é sempre bom dar uma “fugidinha” a um cenário completamente à parte. Ontem, Florianópolis pa-rou. Foi noite de lua cheia e, segundo os entendidos, foi a maior do ano. Com

este fenómeno astronómi-co, palco perfeito para um luau, os jovens reuniram-se à volta da fogueira na Praia do Campeche, no sul da ilha, com violões, bebidas e o chamado “alto astral” no bolso. É engraçado como ju-ventude, música e natureza, são, de fato, uma mistura explosiva. Mais engraçado ainda, é observar que não é preciso muito para fazer um ambiente festivo e que a lua, aquela que vemos todos os dias, foi motivo mais que suficiente para trazer a feli-cidade às centenas de jovens que se encontravam naque-la praia. O clima de festa continuou por horas a fio, depois de muitas conversas, misturas de nacionalidades, alguns

mergulhos noturnos dos mais corajosos, danças e, para os que vieram equipa-dos, até alguns “cochilos”

na areia. No fim da noite, sem forças para festejar mais, os jovens foram embora do luau e a

lua, que foi quem os atraiu, continuou lá, à espera de outro momento para cele-brarem com ela.

CRÓNICA ERASMUS: A maior lua cheia do ano

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PÁGINA 07 // 08.MAI..12 // ACADÉMICO

INQUÉRITOLuciana Cardoso, colabora-dora do Departamento Cul-tural e de Tradições Acadé-micas da AAUM participa nas tradições académicas relacionadas com o Enterro da Gata e considera muito importante que se mante-nham as tradições. Desde que frequenta a Universida-de do Minho, a estudante de Biomédica participou todos os anos no Cortejo, no Veló-rio e nas Serenatas. Para ela, o Cortejo é uma forma de mostrar à cidade de Braga cada curso e mostrar o de-vido orgulho pelo mesmo. Para além disso, “é uma tar-de bem passada”. Luciana considera a Serenata extre-mamente relevante, na me-dida em que consegue unir todos os alunos junto da reitoria, local que “dirige” a Universidade do Minho. Relativamente ao Santoi-nho, a aluna lamenta nunca ter tido a possibilidade de experimentar, mas que pelo que lhe dizem, é a chave de ouro para terminar esta fan-tástica semana de festa. No último ano, espera poder estar presente para a despe-dida.

Embora conheça a maioria das tradições ligadas ao En-terro da Gata, Davide não participa em nenhuma de-las, excetuando o Enterro da Gata propriamente dito. O aluno de Engenharia Infor-mático afirma: “raramente participo nalguma coisa”, embora considere impor-tante que todas as tradições da academia minhota se mantenham. O estudante afirma que “O Enterro da Gata é a semana pela qual todos os univer-sitários esperam” e ele não é exceção. Considera o am-biente deste evento bastante agradável, embora atente que o cartaz está “cada vez mais fraco.” Davide costu-ma assistir a alguns concer-tos, visitar as tendas, e claro, conviver com os amigos. In-felizmente, este ano, o alu-no não vai até ao Gatódro-mo todos os dias, pois não considera o cartaz atrativo e quer também aproveitar a semana sem aulas para avançar nos estudos e aca-bar um projeto.

A aluna de Educação Bási-ca revela não acompanhar muito de perto as tradições académicas da academia minhota. Ainda assim, afir-ma ter participado no corte-jo no ano passado e preten-de assistir às Serenatas e ao Velório da Gata este ano. Aquando do Cortejo, Cris-tiana afirma que não sabia o que esperar, mas que foi sem dúvida uma surpresa positiva. A estudante diz ser um dia do qual nunca se vai esquecer e que lhe pro-porcionou a lembrança de todos os momentos acadé-micos que tinha passado até então. Afinal, foi neste dia que deixou de gritar “somos caloiros” no grito de curso e começou a gritar “somos novilhos”.Quando questionada sobre a importância das tradi-ções em questão, Cristiana não nega a sua relevância, considerando-as como uma forma de manter o espirito académico “aceso”, impe-dindo estas práticas de desa-parecer.

“Por acaso, não tenho muito esse hábito”, afirma Paulo que acompanha e participa apenas as Serenatas, pois considera o seu simbolis-mo interessante. No que diz respeito ao Cortejo, o aluno confessa, entre risos, que a essa hora costuma estar a dormir. No entanto, gosta-ria de participar este ano.Na opinião do estudante de Relações Internacionais algumas tradições são de certa forma desnecessárias, pois são apenas mais um motivo para festa. Ainda assim, o aluno declara: “en-quanto houver e não preju-dicar ninguém, que as haja, porque até me divirto muito em algumas delas”.Relativamente ao Santoi-nho, Paulo não conhece muito bem a tradição, não sabe muito bem o que se faz neste arraial minhoto. Sabe apenas que “É uma festa na rua com uma churrascada”. O facto de este arraial não ser em Braga é um fator que torna mais difícil a sua ida.

DAVIDE SILVA1º ANO//

ENGENHARIA INFORMÁTICA

CRISTIANA LEITE2º ANO//

EDUCAÇÃO BÁSICA

PAULO CARVALHO DA SILVA2º ANO //

RELAÇÕES INTERNACIONAIS

ANA fILIpA GASpAr

[email protected]

Vem aí mais um Enterro da Gata, época de festejos, altura para “enterrar todo o insucesso” e comemorar. Com ele, vêm diversas tradições académicas da academia minhota. São eles: O Velório da Gata e as Serenatas, a imposição de Insígnias, as terças-feiras académicas, o Cortejo, entre outros.

Dos alunos entrevistados pelo ACADÉMICO todos têm por hábito participar no Enterro da Gata propriamente dito. Quanto às tradições envolventes, a adesão não é tão grande. Ainda assim, o Cortejo, as Serenatas e o Velório da Gata parecem ser os que despoletam mais curiosidade aos alunos da Universidade do Minho.

LUCIANA CARDOSO4º ANO//

ENGENHARIA BIOMÉDICA

Costumas acompanhar as tradições académicas associadas ao enterro da Gata?

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PÁGINA 08 // 08.MAI.12 // ACADÉMICO

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bolseiros podem ser obrigados a declarar irs

DANIEL MOTA

[email protected]

A situação económica atual tem vindo a afetar o quoti-diano de todos, obrigando a maioria a pensar duas vezes na altura de gastar. São várias e cada vez mais frequentes as situações em que isto se sucede e a Uni-versidade para muitos tor-na-se algo insustentável. De acordo com o relatório de implementação do Processo de Bolonha, que a Agência Europeia da Educação (Eu-rydice) acaba de divulgar, Portugal foi o segundo país,

entre os 47 que compõem a Área Europeia do Ensino Superior, que mais estudan-tes perdeu entre os anos leti-vos de 2003/04 e 2008/09.

Portugal tinha um total de 373.002 alunos a frequen-tar o ensino superior em 2003, um número que bai-xou 5,6% em cinco anos. No

bruNO fErNANDES

[email protected]

O ministério das Finanças (MF) estará a reclamar a de-claração dos valores relati-vos a bolsas de investigação como sendo valores tributá-veis. Por sua vez, a fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT) refere que, segundo o estatuto do Bolseiro, este está isento de IRS e o minis-tério da Educação e Ciência [MEC] prefere não comentar pois o assunto “transcede a sua tutela”.No meio da encruzilhada, os alunos protestam.

Declarar ou não declarar... A situação de dúvida entre os alunos bolseiros dura, pelo menos, desde 2010 com a FCT e o MF a divul-garem informações díspa-res. Em 2010, a autoridade Tri-butária e Aduaneira (na altura, Direção Geral de Impostos), havia referido que, embora não haja um vínculo, o bolseiro não está excluído “da tributação em IRS das verbas auferidas”: “As bolsas de investigação, bem como as remunerações provenientes da realização de atividades complementa-res, porque envolvem a pres-tação de trabalho subordina-do e das mesmas resultam

vantagens económicas para a entidade de acolhimento” estão “sujeitas a tributação”, esclarecia o documento. Este ano, Irene Abreu, da direção de serviços do IRS, num documento a que Lusa teve acesso, refere que o bol-seiro “deverá entregar a de-claração de rendimentos (...) com a totalidade dos rendi-mentos auferidos”, conside-rando-os como “rendimen-tos de trabalho dependente”. Por sua vez, a FCT é peren-tória: “os contratos de bolsa não geram relações de natu-reza jurídico-laboral nem de prestação de serviços, estan-do isentos de IRS(...).” O PCP e o Bloco de Esquer-da questionaram o governo,

em março, sobre a situa-ção. Ainda não obtiveram resposta. O problema foi também referido pela presi-dente da associação dos Bol-seiros de Investigação Cien-tífica (ABIC), Ana Teresa Pereira. A responsável disse à Lusa, que “a informação que tivemos da parte da FCT é que a fundação emi-tiu um parecer que dirigiu à secretaria de estado [dos Assuntos Fiscais] que está em análise”, referindo que

existem cerca de 15 mil bol-seiros de investigação a ní-vel nacional que poderão ser afetados por esta decisão. Já o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, refe-riu, à margem do congresso do Ensino Superior Politéc-nico, que “é uma decisão que não é nossa, é uma de-cisão de foro tributário e nós estamos a trabalhar com o MF para uma clarificação desse problema o mais de-pressa possível”.

portugal continua a perder estudantesrelatório a única justificação avançada é o “declínio de-mográfico” que o país tem vindo a sofrer mas para ou-tros as dificuldades, que são cada vez maiores no Ensino Superior, obrigam alguns estudantes a desistir da sua formação por falta de di-nheiro, a uma média de 100 alunos por dia. Segundo notícias recente-mente publicadas, “mais de 40 mil estudantes do Ensino Superior viram a sua candidatura à bolsa de estudo recusada, resultando em que mais de 15 mil es-tudantes tenham perdido a bolsa, relativamente ao ano passado”, afirma a JCP. Este

ano, apenas nos primeiros dois meses de aulas, “mais de 6.000 estudantes aban-donaram o Ensino Superior, perfazendo uma média de 100 estudantes por dia a deixar de estudar”. A situação é totalmente di-ferente em alguns países europeus, a maior subida ocorreu na Albânia, que ti-nha 242.590 estudantes em 2003/2004, e registou um aumento de 128,8% cinco anos depois. Já o país com o maior número de alunos é a Rússia (9,9 milhões), que “sozinha” tem mais de 25% do total da população estu-dante da Área Europeia do Ensino Superior.

UNIVERSITÁRIO

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PÁGINA 09 // 08.MAI.12 //ACADÉMICO

CURSOS AO RAIO-x

LéNIA rEGO

[email protected]

Estamos a falar de um curso com quantos docentes?É um curso que tem mui-tos docentes, porque tem oito planos de estudo. Está dividido em três variantes, que se subdividem em pla-nos de estudo diferentes. No fundo, este curso agrega oito cursos num só, e isso significa que tem muitas unidades curriculares e consequentemente, muitos docentes.

Falar de plano de estudos é complicado...É complicado, mas por outro lado isto é positivo, pois há variedade de muitos planos de estudo, o que possibilita oferecer múltiplas combina-ções de línguas. O aluno en-tra neste curso e pode optar por Inglês-Alemão, Inglês--Espanhol, Inglês-Francês, só Inglês e ainda tem a va-

riante do major Português, que também pode combinar com as línguas referidas an-teriormente.

A nível de saídas profissio-nais, estão mais vocaciona-dos para a variante ensino ou podem optar por outras áreas?Quem quiser ser professor de línguas tem que fazer este curso, pois é o único que dá os créditos suficien-tes para os alunos concor-rerem ao mestrado. Mas o curso dá uma formação base nas línguas e por isso os licenciados podem seguir para outros mestrados ou trabalhar. Como têm várias opções como Marketing, Animação Cultural ou Tec-nologias, podem optar por outras áreas depois de con-cluírem a licenciatura.

A introdução do Inglês no 1º ciclo, veio ajudar a criar mais postos de trabalho?

Claro. Muitos alunos ter-minam a licenciatura e vão lecionar Inglês nas escolas do 1º ciclo primárias, por-que os professores que estão colocados nestes locais, não são contratados pelo Mi-nistério da Educação, mas pelas câmaras municipais e por isso não têm que con-correr através do concurso nacional. Também temos muitos alunos a trabalhar em centros de formação.

E quanto ao índice de em-pregabilidade?Os números valem o que valem, mas, segundo um estudo divulgado recente-mente pela Reitoria, temos um índice de 3.4 por cento. O valor é positivo, quando comparado com cursos, da mesma área, que exis-tem noutras universidades. Como os alunos têm forma-ção em línguas, isso abre--lhes as portas para pode-rem seguir diferentes vias.

É um curso que abre muitas portas no enstrangeiro...Temos muitos alunos que fazem Erasmus durante um ano e, depois de concluir o curso, querem voltar. Te-mos alunos que fizeram Erasmus na Alemanha ou em Inglaterra, por exemplo, e que depois de acabarem a licenciatura, voltaram a es-tes países.

E alunos estrangeiros que procurem este curso...Temos alguns, não mui-tos. A maior parte são fi-lhos de portugueses que emigraram. Cresceram na Alemanha, França ou Cana-dá e agora querem voltar a Portugal. Ingressam neste curso onde estudam Portu-guês, Inglês e depois outra língua como Alemão, no

caso de terem regressado da Alemanha ou Francês, se tiverem regressado de França.

Já percebemos que este cur-so é diferente dos outros. Quais são as diferenças?

Este curso tem uma uni-dade curricular de Tec-nologias de Comunicação nas Humanidades, logo no primeiro semestre, e no ter-ceiro ano tem várias opções da área das tecnologias. Isso é uma mais- valia que não existe na maioria dnos outros cursos desta área de outras universidades.

É um curso que se recomen-da, então?

Sim.

CRISTINA FLORES

“Quem quiser ser professor de línguas tem que fazer este curso”

DIRETORA DO CURSO DE LíNGUAS E LITERATURAS EUROPEIAS

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Correio, aluno do 2º ano de Licenciatura em Engenha-ria Informática, é de máxi-ma importância o evento em si, pelo que o “respeito e o silêncio” no momento da cerimónia são “cruciais”. Já Francisca Villas-Boas, caloira em Ciências da Co-municação, não esconde a sua “imensa curiosidade” perante este momento, dado que será a primeira vez que marcará presença nesta “quadra tradicional”. Por outro lado, Bruna Ro-drigues, noviça praxante do curso de Matemática revela--se apreensiva com as Sere-natas este ano, uma vez que pela primeira vez o recinto abrirá nesse dia, pelo que “está ansiosa” por escutar as melodias de José Cid.

Imposição de Insígnias e Bênção das Fitas – “Momen-

DR

ENTERRO DA GATA ‘12 “ALTERNATIVO”

bora não tenha adiantado muitos pormenores, dado o carácter secreto da mesma, promete que haverá “inú-meras surpresas”, de acordo com Celso Fernandes, dire-tor do Departamento Cultu-ral e Recreativo da AAUM.

Velório/Serenata – “Respei-to” e “Silêncio” com muita “curiosidade” à mistura

Dois dias depois decorrerá o tão aguardo Velório’12, or-ganizado pelos GORKAS e Opum Dei que partirá uma vez mais da estação da C.P em direção ao centro da ci-dade, onde o Grupo de Fa-dos de Coimbra da Univer-sidade do Minho atuará, a partir da meia noite, perante centenas de estudantes que se encontrarão trajados nes-te ato solene. Para Ricardo

REPORTAGEM

JOSé MATEuS pINhEIrO

[email protected]

Foi em setembro do ano passado que se deu a larga-da para o presente ano le-tivo com o Acolhimento’11 da Associação Académica da Universidade do Minho (AAUM). Assim sendo, inú-meras caras novas disseram “olá” à UM, ficando desde já embrenhados em toda a sua cultura académica, cuja magnitude chega a rivalizar com a do Porto ou até mes-mo a de Coimbra. Após a Latada e a Receção ao Caloiro’11 na cidade-berço, ocorreram atividades pon-tuais que mereceram a aten-ção e diversão dos estudan-tes, tais como a Semana da Euforia’12 ou, mais recente-mente, a Gata na Praia, que este ano mudou de malas e

bagagens para Albufeira. Agora que nos aproxima-mos a passos largos do final das aulas e nos encontramos a poucas semanas de dar as boas vindas aos inevitáveis momentos de avaliação fi-nal, há que celebrar todo o percurso efetuado com as tradicionais queimas, que por esta altura já largaram magia e nostalgia por Vila Real e Aveiro. Porém, con-vém relembrar que em Bra-ga não temos queima, mas sim as “Monumentais Fes-tas do Enterro da Gata’12”…

Baile de Finalistas’12 – “Inú-meras Surpresas”

É já na próxima quarta-feira, dia 9 de maio, que decorre-rá o Baile de Finalistas’12 da AAUM na Sameiro Eventos. Por conseguinte, o ACADÉ-MICO falou com a organi-

zação da atividade, que em-

DR

Passagem na varanda do Museu Nogueira da Silva é ato simbólico

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Porque as “Monumentais Festas” não se fazem só de concertos

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GORKAS e Opum Dei proporcionam momentos de muita diversão e sarcasmo

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REPORTAGEMPÁGINA 11 // 08.MAI.12 // ACADÉMICO

PUB.

académico por parte dos finalistas, pelo que deverá decorrer dentro dos “parâ-metro dos anos anteriores”, sendo que a grande novi-dade residirá no facto de a imposição decorrer pela pri-meira vez no Pavilhão Des-portivo de Azurém. Já pelo período da tarde decorrerá a eucaristia da bênção das fitas no Sameiro, em Braga. Para Helena Ferreira, a im-posição de insígnias será um momento deveras mar-cante, pelo que as expectati-vas são “bastante elevadas”, visto que este ano é finalis-ta: ”Terei lá os meus amigos e familiares, será algo úni-co”, conclui a aluna de Ad-ministração Pública. Já Car-los Alberto Videira, finalista de Relações Internacionais, diz-nos que “será certamen-te um momento especial, junto da família, dos ami-gos e de todos aqueles com quem partilhei esta fase tão importante e tão especial da minha vida. Será também um momento de retros-petiva e de balanço destes anos, de tudo o que tive a oportunidade de aprender e de crescer ao longo destes anos, recordando todas as experiências pessoais e aca-démicas que enriqueceram a minha vida.”

Cortejo Académico – “Mo-mento Alto das Festividades Académicas”

Dia 16, quarta-feira, Bracara Augusta será o centro de to-das as atenções académicas, já que decorrerá o badalado cortejo académico, no qual inúmeras comitivas repre-sentativas dos diferentes cursos da UM irão percor-rer o centro da cidade, fina-lizando um ano de ativida-des académicas. “O cortejo é sem dúvida o momento alto das festividades acadé-micas, já que se trata do mo-mento no qual todo o curso se reunirá, sendo uma feli-

Momento único para os finalistas

to de Retrospetiva e Balanço

Posteriormente, decorrerá pela manhã de dia 12 de maio, sábado, a mais do

que aguardada Imposição de Insígnias, cerimónia simbólica que assinala o encerramento do percurso

Cursos juntam-se no dia do cortejo académico

cidade para todos nós”, con-clui Helena Ferreira. Numa outra vertente, Ricardo Cor-reia espera acima de tudo “um pouco mais de organi-zação”, mas acima de tudo “muita diversão” durante todo o percurso, de modo a que o “sentimento de sau-dade no momento da passa-gem na varanda seja trans-mitido”, destaca o estudante

de Engenharia Informática. Por fim, Bruna Rodrigues de Matemática só quer que possua a “dimensão épica” de anos anteriores. Todas estas atividades irão intercalar-se com oito dias de concertos e festividades na alameda do Estádio do AXA, nestas que voltam a ser “Monumentais Festas do Enterro da Gata”.

Animação continua após o cortejo

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AAUM

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Compositor e pianista, Bruno Béu produz música para peças de teatro e filmes, sendo que o seu trabalho mais recente tratou da música para a peça de teatro de Saint-Exu-pery, “O Principezinho”, exibida em outubro de 2011. Uma outra dimensão criativa de Bruno está associada à poesia. Bruno tem diversos textos publicados e tem participado em diversos eventos, algumas deles em que que aliou a récita de poesia à música, como aconteceu numa das sessões “Verdes são os Campos” que decorreu na Livraria Bucholz, na com-panhia do também poeta Hugo Milhanas Machado. A filosofia é outro dos universos onde se move Bruno Béu. Neste momento a concluir a sua tese de doutoramento, Bruno já publi-cou diversos ensaios e apresentou diversas comunicações em que poesia e filosofia se encontram pelo caminho, nomeadamente através da análise e reflexão sobre a obra de Fernando Pessoa.

Segunda: Giovanni Pergolesi - Stabat Mater - Primeiro Terceto (1736)“O poema deste tema é datado do séc. XIII e foi, entretanto, utilizado por diversos compositores até à contemporaneidade. O texto e o momento que este pretende descrever são-me particular-mente caros - Stabat Mater significa em latim “Estava a Mãe” e o poema fala do momento da crucificação de Jesus pelos olhos da mãe, Maria. Este momento tem uma forte carga simbólica,

pois também representa a morte do bem.”

Terça: Johan Sebastian Bach - Sonata para Flauta BWV 1031 (transcrição para piano por Wilhelm Kempff)“A razão da escolha deste tema é muito simples: esta é aquela música - ouço-a desde 94 - que não morreu para mim. Sempre que volto a ela, ela diz-me aquilo que ela me diz desde que a ouvi pela primeira vez. para mim, é uma experiência de encontro de qualquer coisa. E a música é, pro-vavelmente, a arte que melhor permite exprimir essa experiência de encontro.”

Quarta: Meredith Monk - Woman At The Door (Mercy, 2002)“Este tema pertence a um álbum que é brilhante. Este álbum acompanhou-me durante alguns anos e é daqueles álbuns a que regressamos imensamente. posso dizer que, por exemplo, há cerca de um ano acompanhou-me enquanto escrevia a minha tese. Este álbum é o registo de uma performance em parceria com uma artista visual e tenho imensa pena de o não ter visto. Esta música é a minha preferida do álbum e tem uma construção superior.”

Quinta: José Afonso - As Pombas (Baladas de Coimbra, 1963)“Gosto muito da obra do José Afonso e desta música em particular. A primeira vez que a ouvi foi cantada [ao vivo], sem guitarra, e só depois em disco. Talvez tenha sido por isso que ouvi algo nesta canção que nunca mais deixei de ouvir. De

igual forma, o texto é absolutamente belo. Esta música produz em mim uma espécie de “suspen-são do tempo”.

Sexta: The Doors - Strange Days (Strange Days, 1967)“Eu tinha pensado noutra música para terminar, o “Tell All the people”, mas não a escolhi, em parte, devido à mesma reticência que o Jim Mor-risson sentiu ao assinar a sua composição. Isto porque, a dada altura [em “Tell All The people”], a letra diz: “Get your guns/The time has come” [“peguem nas armas/A altura chegou”]. E Mor-risson recusou-se a assinar a autoria de uma le-tra com tal conteúdo. E, a partir desse momento, os temas dos The Doors passaram a ser exclusi-vamente assinadas pelos seus autores e não em conjunto por toda a banda. Em “Strange Days”, Morrisson fala desse sentimento de estranheza em relação aos costumes e à moral hoje em dia, a estranheza vem do estreitamento da liberdades.”

BRUNO BÉU

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃO

PUB

SÓNIA SILVA

[email protected]

Vírus chega ao MacMalware Flashback, uma espé-cie de vírus afetou cerca de 600 mil Macs. A aplicação tem sido utilizada para roubar cliques em anúncios no Google. Sempre que alguém acede a um destes anúncios publicitários, os autores da fraude recebem uma parte dos lucros. Apesar desta situação já ter sido desco-berta, os autores do vírus con-tinuam a lucrar. Segundo a Sy-mantec, a empresa responsável pela projeção deste caso, os responsáveis por esta infeção informática conseguiram obter

mais de 10 000 dólares por dia. Contudo, o perigo maior não é para os utilizadores, mas sim para as empresas que se dedi-cam à venda de anúncios.

Menos música em PortugalOs dados da Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) apontam para uma queda su-cessiva da faturação das edi-toras, ainda que as vendas de suporte digital se encontram numa fase de crescimento. De acordo com os dados do jor-nal PÚBLICO, Eduardo Simões, diretor – geral da AFP, defende uma alteração legislativa que despenalize a partilha ilegal de ficheiros. O mesmo afirma que é inadequado criminalizar a par-

tilha não autorizada, uma vez que se trata de um fenómeno massificado e recorrente. Esta despenalização poderia abrir oportunidades ao mercado mu-sical português, podendo ado-tar-se modelos de distribuição digital que permitissem gerar mais receitas. Esta conclusão resulta da análise de dados que mostram que a venda de supor-tes digitais tem crescido signifi-cativamente.

Jogos Olímpicos de Londres nas redes sociaisA organização dos Jogos Olím-picos pretende aproximar os atletas do público através das redes sociais. Contudo, a par-tilha de imagens do evento está

sujeita a controlo apertado por parte do comité organizador. As limitações não dizem respeito apenas à assistência. Os atletas estão igualmente limitados nos conteúdos que podem colocar nas suas redes sociais. Esta me-dida pretende salvaguardar os direitos de imagem e os patro-cinadores oficiais. Quem desre-speitar as regras impostas terá como penalização a expulsão do recinto. Assim, os atletas de-verão ter atenção e não poderão colocar referência a marcas na sua página nas redes sociais.

Portugal.ptDesde as 9 horas da passada terça – feira, qualquer pessoa está autorizada a registar um

endereço a terminar em .pt. Já não é necessário ser detentor de uma marca ou de uma empresa para possui um domínio na in-ternet que termine em .pt. Ainda assim, este registo con-tinua a possui algumas limita-ções que não possui um site registado em . com ou .net. Segundo dados do PÚBLICO, Pedro Veiga, presidente da Fundação para a Computação Científica Nacional (FCCN), esta liberalização pretende au-mentar o número de pessoas e entidades que escolhem ter um endereço acabado em .pt. Se o número de registos crescer a FCCN poderá mesmo conse-guir baixar o custo anual deste registo.

twittadas

isto tem uma série de poten-cialidades aplicadas ao campo da saúde, na descoberta de biomarcadores, de alvos para novas drogas - ou seja, quere-mos alargar essa vertente, e na parte da biotecnlologia indus-trial queremos desenvolver no-vos bioprocessos, ou seja não só ajudar os nossos clientes a fazer otimização destes micro-organismos, como, com outros parceiros, desenvolvermos a nossa própria tecnologia para

O facto de estarem sedeados em Portugal. É vantagem ou desvantagem?Não podemos dizer que é uma vantagem, mas também não é desvantagem. Se tivessemos num ponto mais central era mais fácil, a nível de desloca-ções para os nossos clientes. Ai-nda assim, é uma prova que se podem fazer bons negócios em Portugal, bons negócios basea-dos em conhecimento e que es-ses negócios acabam por poder estar em qualquer lado. Ainda assim Portugal não está assim tão na periferia da Europa, nem

tão longe dos pontos de decisão europeus.

DANIEL VIEIrA DA SILVA

[email protected]

Qual a estratégia da vossa empresa para os próximos 10 anos?

Temos uma estratégia de, a cur-to prazo, alargar a base de ser-viços que prestamos. Procura-mos aplicar estas tecnlogias à parte da saúde - já tivemos algumas demonstrações que

responder às necessidades e desafios da biotecnologia in-dustrial.

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TECNOLOGIA E INOVAÇÃOPÁGINA 15 // 08.MAI.12 // ACADÉMICO

O Liftoff Working Ideas é um projeto do Liftoff – Ga-binete do Empreendedor da AAUM que conta com o ca-rimbo da Capital Europeia da Juventude – Braga 2012 .Esta atividade pretende in-centivar/impulsionar a con-cepção e desenvolvimento de ideias de negócio através de empreendedores organi-zados em equipa. Esta ativi-dade será realizada durante duas semanas. Serão selecionados 30 estu-dantes com diferentes com-petências e são selecionadas as 5 melhores ideias para cada grupo de trabalho. As equipas são formadas em função da identificação dos estudantes com a pool de ideias eleitas e dos contri-butos que cada elemento do grupo poderá dedicar. Formadas as equipas, é altura de deitar mãos ao trabalho! Desenvolvem-se

competências, analisa-se a ideia e estrutura-se um mo-delo de negócio. Tomadas as decisões, está criado um conceito e uma estratégia de negócio que vai ser necessá-rio defender com “unhas e dentes”. Ao longo de todo o processo, os promotores contarão com o apoio de vários mentores convidados, cujo conheci-mento e experiência serão um contributo fundamental para melhorar o projeto de cada grupo. Elaborado o plano de ne-gócios, importa preparar uma apresentação atrativa em formato “pitch” que ca-tive potenciais investidores numa sessão de encerra-mento do “Liftoff Working Ideas”. Porque não viabili-zar a ideia no mercado?

Objetivos- Fornecer ferramentas

Liftoff Working Ideas duados do Ensino Superior (público/privado) da região do Minho com espírito em-preendedor, ideias, motiva-ção, criatividade e/ou capa-cidade de iniciativa.

liftoff,gabinete do empreendedor da AAUM

noticia...> 22 MAIO 12Workshop“Criatividade e Inovação”

> 31 MAIO 12Workshop“Liderança”

> 29 MAIO 12Workshop“Cartas de apresentação / Motiva-ção” - Guimarães

>

Médicos Psiquiatras (M/F) | AlemanhaEspecialidade na área e aber-tura e empenho em aprender uma nova língua e capacidade de adaptação a uma nova reali-dade.

OFERTA: Curso intensivo de Alemão em Portugal;- Assistência em todos os pro-cessos administrativos na Ale-manha;- Salários atractivos e ajuda no alojamento.

Eng. Electrotécnico/Mecânico/Civil (M/F) Estágio Curta Duração Braga

Estágio no ramo da energia. O/A estagiário/a, dentro das suas capacidades académi-cas, deverá desenvolver trab-alhos no âmbito de estudos energéticos de edifícios e indústria, apoio ao desen-volvimento estratégico da empresa, detectando lacunas e oportunidades de negócio.

Informático (M/F) para LeiriaParametrização e implemen-tação do ERP PRIMAVERA de acordo com os processos do cliente. PERFIL: Ensino superior na área Informática / Gestão;- Experiência mínima em fun-ções similares de 2 anos (ERP PRIMAVERA);OFERTA: Vencimento ne-gociável de acordo com ex-periência demonstrada.Entrada Imediata

Outras ofertas:

- Eng. Civil (M/F) para Braga.

- Eng. Produção (M/F) para Tor-res Vedras/Golegã.

- Comerciais (M/F) para Braga.

Estágios de Curta Duração.

by

Ofertas de emprego

aos jovens estudantes uni-versitários para que sejam capazes de explorar opor-tunidades, planificar e de-senvolver um modelo de ne-gócios, privilegiando a sua criatividade, investigação e capacidade de inovação em projetos de valor acrescenta-do, com o apoio de técnicos especialistas e empresários de renome;- Desenvolver competências para o trabalho em equipa nos potenciais empreende-dores;- Promover a oportunida-de de apresentação de um modelo de negócios ama-durecido a uma panóplia de business angels, capitais de risco e investidores que possam associar-se na via-bilização destes projetos no mercado.

Destinatários- Estudantes e recém-gra-

Candidaturas online de 7 a 31 de Maio.Comunicação dos 30 sele-cionados: até 7 de Junho.Inscrições e Informações www.liftoff.aaum.pt.

> 15 a 30 de JUNHO 12“Liftoff Working Ideas”

w w w. a a u m . p t /g i p [email protected]

> 15 MAIO 12Data limite entrega de candidaturas ao Inova Têxtil

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CULTURA

JOSé rEIS

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A rua que outrora era pouco movimentada ganhou vida com a Capital Europeia da Cultura. E o novo Mercado Municipal deixa de ser o tí-pico local de venda de pro-dutos frescos para ser, du-rante um mês, residência de produtos experimentais e peças fora do lugar. “Esta é a nossa rua durante um mês”, conta-nos Tiago Gomes, em conversa num dos sítios que acolhe a mostra – o Centro para os Assuntos da Arte e Arquitetura (CAAA). O “Frame Art”, o tal evento que mexe com a rua e com os locais que decoram essa rua, mais não é que um en-contro de arte experimental. “É uma mostra de cinema experimental, de cinema de animação experimental e de perfomance digital”, sinte-tiza Tiago Gomes que, em trabalho conjunto com José

Ribeiro, o curador do festi-val, delineou um cartaz que procura retratar e mostrar o que de mais interessante se faz na área. “A ideia surgiu há dois anos, quando estu-dávamos nas Caldas da Rai-nha. Tinhamos esta ideia e quando regressámos propu-semos à CEC”, revela. E a ideia acabou por avançar.

Cinema experimental

A mostra inaugurou no pas-sado fim de semana em três polos distintos – mas todos na tal rua, a mesma que vira “rua do Frame Art” por estes dias. “Um terço da ex-posição está aqui, no CAAA [uma estrutura de madeira, alta, que ocupa grande parte do rés do chão do edifício], temos ainda uma peça na fábrica em frente e doze obras no Mercado Munici-pal”, destaca Tiago Gomes. Obras que foram cedidas pelas principais coleções nacionais: Serralves, Gul-

frame art: de cinema de animação a adolfo luxúria canibal

the avengers

benkian e Berardo. Mas para além das obras, há ain-da os ciclos de cinema ex-perimental, “com destaque para autores portugueses como Teresa Villaverde e ainda um ciclo de cinema de animaçao holandês, a de-correr de 14 a 17 de maio” no CAAA.

Câmara Neuronal

O ponto alto, para Tiago Gomes, acontece mesmo no próximo fim de sema-na, quando Adolfo Luxúria Canibal colocar o capacete multisensorial e o mundo virar do avesso. “O ‘Câmara Neuronal’ será uma expe-riência muito interessan-te. É um espetáculo com assinatura de João Marti-nho Moura e Miguel Pedro Guimarães, com o vocalista dos Mão Morta a comandar todo o movimento que tem lugar nesta peça. No fundo, é o pensamento dele que irá coordenar tudo aquilo que

vamos ver”, revela Tiago Go-mes. O espetáculo fica em

cena de 11 a 13 de maio, às 22h, no CAAA.

SALA DE CINEMArAQuEL MOrEIrA

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Após os anteriores sucessos da Marvel: Thor, Iron Man, Hulk e Capitão América; es-treou no passado dia 25 de abril o filme que reúne estes heróis: “The Avengers” (Os Vingadores). Realizado por Joss Whedon galardoado com o óscar por Toy Story e também nosso conhecido atrás das séries Buffy, Dollhouse e Firefly. Este realizador provou o seu talento ao conseguir com sucesso juntar todos estes heróis no ecrã. Estes super-heróis existem desde o final dos anos 30 com a criação da Marvel e, consequentemente, do pri-meiro super-herói – Capitão América. Para aqueles me-

nos sabedores de história, estas datas coincidem com a II guerra mundial (1939-1945) momento em que os Estados Unidos (e o Mundo) precisavam que estes super--heróis fossem realidade. No entanto, para aqueles que são iniciados neste mundo recomendo a começarem por ver os filmes previamen-te citados antes de Avengers ou poderão sentir-se perdi-dos e falhar em entender a história. No entanto, aqueles que, como eu, cresceram com estes heróis, devem parti-lhar comigo o tão desejado momento em que este filme se estreou. E o nervosismo com que desejava que este não fosse uma completa de-silusão. Contudo as minhas espec-tativas foram preenchidas.

Loki (irmão adotivo de Thor) engendra o plano de libertar a raça da liberdade, passan-do ele a ser o governador do mundo. Está nas mãos dos vingadores travarem Loki de se apoderar da terra. O filme concentra-se nos laços entre este heróis que, apesar das suas grandes diferen-ças, têm um objetivo em comum que os une, salvar a terra. A capacidade de Whedon de reunir a receita perfeita de divertimento e ação faz com que este filme nos faça sen-tir que este é unicamente o aperitivo de uma possível e desejada saga, esperemos que os que se seguem te-nham o mesmo espirito e que a Marvel volte a ter o brilho passado que enchia de esperança os amantes de super-heróis.

Uma exposição tripartida, um ciclo de cinema experimental, importações da Holanda e convidados de luxo. De tudo isto se faz o “Frame Art”, o festival de cinema experimental e perfomance digital que decorre em Guimarães, ao abrigo da Guimarães 2012, até ao próximo dia 10.

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RUM BOxTOP RUM - 18 / 201204 MAIO

1 BLACK KEYS, THELonely boy

2 ALABAMA SHAKES - Hold on

3 A NAIFA - Gosto da cidade

4 KILLS, THE - Baby says

5 TOM WAITSBack in the crowd

6 DJANGO DJANGO - Hail bop

7 JACK WHITESixteen saltines

8 SUPERNADAArte quis ser vida

9 JORGE CRUZ - Entre iguais

10 WRAYGUNNDon’t you wanna dance

11 DRUMS, THE - Money

12 LEE RANALDO - Off the wall

13 RADIOHEAD - Lotus flower14 AIR - Seven stars

15 JANE’S ADDICTION Irresistible force

16 WALTER BENJAMINHigh speed love

17 CHARLOTTE GAINSBOURG Terrible angels

18 DAVID LYNCHPinky’s dream (feat. Karen O)

19 DEUS - Constant now

20 LUÍSA SOBRAL - Xico

POST-IT

07 maiol > 11 maio

PE7ERPANICDead Bitch

PILOne Drop

MEMORYHOUSEThe Kids Were Wrong

AbEL DuArTE

[email protected]

Conhecemos o Graham Co-xon desde que que conhece-mos os Blur. No entanto, a sua presença na banda nem sempre foi pacífica, princi-palmente devido aos atritos na relação com Damon Al-barn. Duarante meia déca-da, Coxon abandonou mes-mo os Blur, regressando em

2007. Ainda antes do aban-dono, o guitarrista lançou três discos a solo, passando despercebidos do grande público. Foi já em 2009 que conquistou alguma notorie-dade com o disco “The spin-ning top”. Coxon está este ano de volta com “A+E”, o seu oitavo disco a solo. Sen-do ele o guitarrista de uma das mais deliciosas bandas pop britânicas, a guitarra teria que ter o papel prin-cipal no disco, construindo

CD RUMGraham CoxonA+E(2012, Parlophone)

uma sonoridade enegética e juvenil. Neste álbum, Coxon parece ter rejuvenescido, não só na sonoridade conse-guida no disco mas também nos temas abordados nas letras das canções. “A+E” é sem dúvida o álbum mais bem conseguido de Coxon, revelando o seu brilhantis-mo e capacidade criativa. Referência final para o facto de ser o próprio Coxon que toca todos os instrumentos. Está tudo dito! DR

AGENDA CULTURALBRAGATEATRO10 e 11 de Maio“A menina do mar” – Teatro do BolhãoTheatro Circo

13 de MaioO escaravelho contadorTheatro Circo

TERTÚLIA12 de MaioTertúlias Capitais – Humor – Fnac

CINEMA14 de MaioO nosso paraíso – Gael Morel – Media FilmesTheatro Circo

GUIMARÃESMÚSICA11 de MaioMarta HugonCCVF

12 de MaioOrquestra do NorteCCVF

12 de MaioRita GuerraSão Mamede

FAMALICÃOCINEMA11 de MaioFlorbelaCasa das artes

EXPOSIÇÃOAté 31 de MaioPassos de Camilo Centro de Estudos Camilianos

LEITURA EM DIAA Ascensão da Insignificância de Cornelius Castoriadis - Bizâncio. Uma reedição fundamental de um dos pensadores mais importantes da Filosofia Polítca.

Estação Seca de Peter Robinson - Livros do Brasil. Um policial e um autor a descobrir, com o detective Adam Banks como protagonista.

O Hóspede da Lua de Vergílio Alberto Vieira - Papéis de Fumar. O imaginário orientral pela mão de um grande escritor português.

A Europa Segundo Portugal de Pedro Calafate e José Eduardo Franco (Coord.) -

Para ouvir de segunda a sexta

(9h30/14h30/17h45) na RUM ou em

podcast: podcast.rum.pt Um espaço

de António Ferreira e Sérgio Xavier.

Gradiva. As aproximações e afastamentos entre Portugal e a Europa, desde a I.Média à actualidade.

A Investigação de Philippe Claudel - Sextante. Um universo distópico e a Vida como um absurdo, nesta sociedade tecnológica e totalitária.

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DESPORTO

ABC. Ainda assim, os braca-renses podem ascender na classificação, mas para isso terão que vencer na visita ao Sporting.No hóquei, o HC Braga foi a Espinho empatar (3-3). Já o Riba d’Ave recebeu e foi derrotado pelo Valongo, por 1-7, uma diferença categóri-ca em que demonstra bem a superioridade do Valongo. Por sua vez, a Juventude de Viana protagonizou frente ao FC Porto, um dos melhores jogos da 25ª jornada do cam-peonato nacional de hóquei. Os portistas perdiam ao in-tervalo por 6-1, mas na se-gunda parte levaram a cabo uma incrível reviravolta. O marcador final apontava 6-7, a favor dos azuis e brancos, uma verdadeira ‘chuva de golos’.

modalidades, importa ainda fazer referência ao andebol e ao hóquei em patins. No que ao andebol diz respeito, o ABC perdeu na deslocação ao Pavilhão Dragão Caixa, por 34-24. O FC Porto domi-nou a partida sem grandes dificuldades e este não foi claramente o melhor jogo do

fILIpA SANTOS SOuSA

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Com a consagração do título pela segunda vez para o FC Porto, as atenções do campe-onato nacional centram-se agora na definição das po-sições de algumas equipas, sobretudo no que à luta pela manutenção diz respeito. Também já é conhecido o último integrante do pódio, uma vez que o SC Braga venceu em casa e o Sporting saiu derrotado frente aos por-tistas.A equipa de Leonardo Jar-dim levou a melhor sobre o Beira-Mar, tendo o único golo da partida sido apontado por Custódio. A vitória bra-carense assegurou não só o terceiro lugar, mas também

a presença dos minhotos na pré-eliminatória da ‘Liga Milionária’. Na próxima jor-nada, os ‘guerreiros do Mi-nho’ deslocam-se a Alvalade, apenas por cumprimento de calendário.O Vitória de Guimarães der-rotou o Feirense, por 1-3. A formação anfitriã até entrou na partida a ganhar, mas os homens de Rui Vitória não baixaram os braços e assina-ram uma inédita reviravolta. Os vitorianos têm agora qua-tro pontos a mais que o Na-cional, podendo assim garan-tir um lugar na Liga Europa.Sorte diferente teve o Gil Vicente que perdeu com o Nacional, por 3-1. Curiosa-mente, os barcelenses vão receber na última jornada do campeonato o Feirense, que se encontra em apuros. Mais

as portas da europa abrem-se para o minho

curioso ainda, é que a equipa da Feira para não descer de divisão, tem que vencer o Gil e esperar que o Vitória, que lhe impôs sofrida derrota, ganhe em casa à Académica.Apesar do futebol ser o desporto-rei e de algumas equipas minhotas se terem despedido das respetivas

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