21 de março 2019 - diocese de beja...2019/03/21  · o segredo é a oração. centros do mcc de 27...

8
21 março 2019 Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRA Preço 0,50 c/ IVA PUBLICAÇÕES PERIÓDICAS BRAGA TAXA PAGA Autorizado pelos C.T.T. a circular em invólucro de plástico fechado. Autorização N.º D.E. DE00192009SNC/GSCCS Ano XCI – N.º 4465 SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ Página 5 Silêncio que gera encontro Decorreu no passado dia 9 o retiro quaresmal organizado pelo Secretariado Diocesano de Edu- cação Cristã. Tratou-se de um dia em que a Palavra de Deus aliado aos grandes momentos de silen- cio foram a trave mestra para que o Espirito Santo chegasse a cada um dos participantes. Precisamos de parar e fazer silêncio já que, no dia a dia, são tantas e tão variadas as pro- postas para falar, opinar, e fazer barulho parecendo transparecer que quem não se move não vive; quem não grita não comunica; quem não corre não caminha… e no meio de tanto barulho não se consegue fazer encontro com Aquele que nos quer falar, com Aquele que precisamos escutar. Neste tempo de quaresma, que é tempo de espera e de esperança é importante é importante parar. É importante haver tempo em que se possa pensar no tempo e naquilo que fazemos com o tem- po que nos é oferecido neste caminhar, neste peregrinar, como o utilizo? Utilizo-o a meu belo prazer? Apenas para beneficio próprio? Na procura do poder? Onde estás Tu, Senhor, na gestão de todo o meu tempo? Que tempo disponho eu para a escuta da Tua palavra? Que tempo dedico à oração? Qual o meu contributo, enquanto Cristã, em levar a Tua palavra a quem ainda não Te conhece? Hoje decidi parar, fazer silêncio. Urge fazer silêncio. Urge procurar momentos de oração. Até na fé, na Evangelização é importante silenciar de palavras para fazer encontro, ir beber à fonte, pro- curar alimento que fortifique para prosseguir caminho. Não pode- mos correr o risco de sermos hiperactivos nas palavras e vazios de espiritualidade… Tam- bém Jesus sentia uma profunda necessidade de se afastar das multidões, para rezar, para fazer silencio, para fazer encontro com o Pai. As suas grandes decisões e os momentos mais difíceis precederam-se sempre de mo- mentos de silencio e de oração. Não é fácil fazer silêncio mas, tal como o trabalho do dia ganha com o descanso da noite também a qualidade da missão se vê beneficiada com o tempo de silêncio que conduz à oração. Ana B. Ramos De 14 a 17 do corrente mês de março, no Centro Pastoral Dio- cesano / Seminário, realizou-se o 47º Curso de Cristandade de Senhoras da Diocese de Beja, com doze novas cursistas: 3 de Beja, 3 de Grândola, 2 de Santo André, 2 de Pias, de Almodôvar e Cuba, uma de cada. A Equipa laical de sete membros, foi pre- sidida por Francisca Paulino, tendo como Vice-Reitoras Fer- nanda Grosso e Manuela David. A assistência espiritual foi garan- tida pelos padres Aparício, José Bravo e Francisco Sales. À festa e Missa de encerramento presidiu D. João Marcos, ladeado pela Equipa Espiritual, à qual se juntou o P. Manuel António, que animou os cantos da Missa, com a viola. O Senhor Bispo, na festa do encerramento e homilia mani- festou a sua alegria por esta ação de evangelização, afirmando que a fé nasce, cresce e frutifica somente pela sementeira da pala- vra de Deus. Que tudo se deve fazer para que os crentes se alimentem mais e mais deste pão. As novas cursistas tiveram o Ação de Evangelização do MCC ensejo de dar testemunho da passagem de Deus pelas suas vidas nestes três dias de ilumi- nação e bênção. Em termos de fé e religião funcionamos muito com termos mentais, num Deus desli- gado do coração e da vida. O encontro com o Senhor ressus- citado ressuscita-nos e provoca uma revolução no modo de ver e viver a relação com Deus, com a Igreja, com a vida e connosco mesmos. Como é possível em três dias, uma graça tão grande? O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên- cias” e mensagens de apoio. Também os cursistas mais velhos deram testemunho de como estão a viver o seu quarto dia. Cons- tatamos que esta ferramenta excecional de evangelização não é aproveitada pelos Párocos e catequistas, sobretudo em rela- ção aos adultos que se preparam para o Sacramento do Crisma. Que o Senhor nos ensine a ser mais e melhores pastores e nos perdoe os pecados de omissão. A.A. JMJ 2022: Papa Francisco quer que a Jornada Mundial da Juventude em Lisboa seja uma ocasião de evangelização O Papa Francisco quer que a Jornada Mundial da Juventude em 2022 seja uma ocasião de “evangelização” e de “missão”, disse hoje D. Manuel Clemente no encerramento da Missão País 2019. Na homilia da Missa que presidiu na Igreja de São Domingos, o cardeal-patriarca referiu-se ao encontro que teve com o Papa, há duas semanas, onde Fran- cisco apontou os objetivos para o encontro mundial de jovens, em 2022, adiantando que os vários eventos da jornada vão decorrer nos “últimos dias de julho e primeiros de agosto” Paróquia de Ferreira do Alentejo organiza a Ação Socio caritativa Página 4

Upload: others

Post on 06-Jul-2020

1 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019

21março2019

Diretor: ANTÓNIO NOVAIS PEREIRAPreço 0,50 € c/ IVA

PUBLICAÇÕESPERIÓDICAS

BRAGATAXA PAGA

Autorizado pelos C.T.T.a circular em invólucrode plástico fechado.

AutorizaçãoN.º D.E.

DE00192009SNC/GSCCSAno XCI – N.º 4465

SEMANÁRIO REGIONALISTA DE INSPIRAÇÃO CRISTÃ

Página 5

Silêncio que gera encontro

Decorreu no passado dia 9 oretiro quaresmal organizado peloSecretariado Diocesano de Edu-cação Cristã. Tratou-se de um diaem que a Palavra de Deus aliadoaos grandes momentos de silen-cio foram a trave mestra para queo Espirito Santo chegasse a cadaum dos participantes.Precisamos de parar e fazersilêncio já que, no dia a dia, sãotantas e tão variadas as pro-postas para falar, opinar, e fazerbarulho parecendo transparecerque quem não se move não vive;quem não grita não comunica;quem não corre não caminha… eno meio de tanto barulho não se

consegue fazer encontro comAquele que nos quer falar, comAquele que precisamos escutar.Neste tempo de quaresma, que étempo de espera e de esperançaé importante é importante parar.É importante haver tempo em quese possa pensar no tempo enaquilo que fazemos com o tem-po que nos é oferecido nestecaminhar, neste peregrinar, comoo utilizo? Utilizo-o a meu beloprazer? Apenas para beneficiopróprio? Na procura do poder?Onde estás Tu, Senhor, na gestãode todo o meu tempo? Que tempodisponho eu para a escuta da Tuapalavra? Que tempo dedico à

oração? Qual o meu contributo,enquanto Cristã, em levar a Tuapalavra a quem ainda não Teconhece?Hoje decidi parar, fazer silêncio.Urge fazer silêncio. Urge procurarmomentos de oração. Até na fé,na Evangelização é importantesilenciar de palavras para fazerencontro, ir beber à fonte, pro-curar alimento que fortifique paraprosseguir caminho. Não pode-mos correr o risco de sermoshiperactivos nas palavras evazios de espiritualidade… Tam-bém Jesus sentia uma profundanecessidade de se afastar dasmultidões, para rezar, para fazersilencio, para fazer encontro como Pai. As suas grandes decisõese os momentos mais difíceisprecederam-se sempre de mo-mentos de silencio e de oração.Não é fácil fazer silêncio mas, talcomo o trabalho do dia ganhacom o descanso da noite tambéma qualidade da missão se vêbeneficiada com o tempo desilêncio que conduz à oração.

Ana B. Ramos

De 14 a 17 do corrente mês demarço, no Centro Pastoral Dio-cesano / Seminário, realizou-se o47º Curso de Cristandade deSenhoras da Diocese de Beja,com doze novas cursistas: 3 deBeja, 3 de Grândola, 2 de SantoAndré, 2 de Pias, de Almodôvare Cuba, uma de cada. A Equipalaical de sete membros, foi pre-sidida por Francisca Paulino,tendo como Vice-Reitoras Fer-nanda Grosso e Manuela David.A assistência espiritual foi garan-tida pelos padres Aparício, JoséBravo e Francisco Sales. À festae Missa de encerramento presidiuD. João Marcos, ladeado pelaEquipa Espiritual, à qual sejuntou o P. Manuel António, queanimou os cantos da Missa, coma viola.O Senhor Bispo, na festa doencerramento e homilia mani-festou a sua alegria por esta açãode evangelização, afirmando quea fé nasce, cresce e frutificasomente pela sementeira da pala-vra de Deus. Que tudo se devefazer para que os crentes sealimentem mais e mais deste pão.As novas cursistas tiveram o

Ação de Evangelizaçãodo MCC

ensejo de dar testemunho dapassagem de Deus pelas suasvidas nestes três dias de ilumi-nação e bênção. Em termos de fée religião funcionamos muito comtermos mentais, num Deus desli-gado do coração e da vida. Oencontro com o Senhor ressus-citado ressuscita-nos e provocauma revolução no modo de ver eviver a relação com Deus, com aIgreja, com a vida e connoscomesmos. Como é possível em trêsdias, uma graça tão grande? Osegredo é a oração. Centros doMCC de 27 países, a começar pelaAustrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de apoio.Também os cursistas mais velhosderam testemunho de como estãoa viver o seu quarto dia. Cons-tatamos que esta ferramentaexcecional de evangelização nãoé aproveitada pelos Párocos ecatequistas, sobretudo em rela-ção aos adultos que se preparampara o Sacramento do Crisma. Queo Senhor nos ensine a ser mais emelhores pastores e nos perdoeos pecados de omissão.

A.A.

JMJ 2022: Papa Francisco quer que aJornada Mundial da Juventude em Lisboa

seja uma ocasião de evangelizaçãoO Papa Francisco quer que aJornada Mundial da Juventudeem 2022 seja uma ocasião de“evangelização” e de “missão”,disse hoje D. Manuel Clementeno encerramento da Missão País2019.Na homilia da Missa que presidiuna Igreja de São Domingos, ocardeal-patriarca referiu-se aoencontro que teve com o Papa,há duas semanas, onde Fran-cisco apontou os objetivos parao encontro mundial de jovens, em2022, adiantando que os várioseventos da jornada vão decorrernos “últimos dias de julho eprimeiros de agosto”

Paróquia de Ferreirado Alentejo organiza

a Ação Socio caritativaPágina 4

Page 2: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019SOCIEDADE2 – Notícias de Beja

Humildade,coragem

e determinação

A reunião do Papa Franciscocom os Presidentes das Con-ferências Episcopais, realizadano Vaticano à menos de um mês,esteve na mira da comunicaçãosocial, em muitos casos, possi-velmente, motivada pela atrac-ção sensacionalista do escân-dalo que garante audiências deleitores e vendas de jornais ourevistas.Da parte da Igreja, a consciênciada gravidade da situação, aurgência de tomar medidas e avontade de enfrentar esta situa-ção dolorosa com humildade ea sabedoria própria de quemaprendeu de Cristo a amarperdoando e a admoestar quemcomete faltas graves, verda-deiramente reprováveis portodos aqueles que têm umaconsciência recta.O assunto foi tratado comsabedoria e como se impunha:oração, serenidade, coragem,determinação e, procura de que,na medida do que for possível,não se repitam casos seme-lhantes. Se alguns manifestama sua desilusão argumentadoque o Papa devia “ir mais lon-ge”, estamos agradecidos por-que a Igreja tomou as medidasque certamente estavam ao seualcance, com prudência e desas-sombro, sabendo que, tambémna Igreja se aplica o “princípio

Editorialda inocência”, bem como dasalvaguarda do “bom nome ereputação dos acusados”, aomesmo tempo que acreditamosexistirem situações nas quais anossa vontade de fazer justiçaé resfriada pela ordem de Cristoque manda “meter a espada nabainha”. Certamente, a Igrejafez o que se impunha fazer. Atodos nos alegra o facto determos passado de uma certa“cultura do silêncio” à totalreprovação do que é conde-nável e, nestes casos, a obri-gação de denunciar às autori-dades civis os casos que pare-cerem merecer credibilidade, aomesmo tempo que a própriaIgreja, internamente, tambémfará a devida investigação. Ainfidelidade ao Evangelho nãoretira a credibilidade do mesmoe a urgência do seu anúncio.Sendo a Igreja uma família,ninguém pode ficar indiferentee, face aos pecados dos irmãos,sentimos vergonha, pedimosperdão, rezamos e continuamosfortalecidos pelo Espírito Santoque nos assiste, sabendo que aIgreja não é pedófila mas antesalguns (aliás, muito poucos)dos seus membros. Àquelesque cedem à tentação de querer“tomar o todo pela parte” érecomendável o abandono dasua inconsciência ou irrespon-sabilidade dado que, de ummodo geral, os prevaricadoresnão se encontram somente emalguns sectores da sociedade.A humilhação para a Igreja dassucessivas denúncias de abu-sos sexuais sofridos por meno-res, vítimas de diferentes cléri-gos, não retira à Igreja o deverde continuar a sua missão,porque é obra do Espírito Santoque actua em tantos homens emulheres, bons e santos que,com alegria, sofrimento e ardorapostólico, continuam a tornarCristo presente aos olhos de ummundo que clama por salvação.

Viver AtivoAtividades desportivas para séniores no Concelho de Odemira

Melhorar a qualidade de vida ebem-estar da população séniordo concelho de Odemira é oobjetivo do programa “ViverAtivo”, promovido pelo Muni-cípio, através de aulas de ativi-dade desportiva, regulares e com

acompanhamento técnico, e quemobiliza atualmente cerca de 400idosos, em 17 aldeias e vilas, emtodas as freguesias.São realizados exercícios gímni-cos adaptados, passeios a pé,jogos tradicionais, entre outras

ações, como a participação emeventos desportivos no conce-lho. A boa disposição e o con-vívio são também garantia nestasaulas de atividade desportiva.Dinamizado desde 2005, o pro-grama “Viver Ativo” tem comoobjetivos específicos promover aadoção de hábitos de vida sau-dáveis e o gosto pela prática daatividade física, melhorar a auto-nomia funcional e social, estimularo relacionamento social e afetivoe combater o isolamento.As turmas estão sempre abertasa novos aderentes ao Viver Ativo,desde que os interessados nãopossuam contraindicação para aprática de atividade física etenham mais de 60 anos. Maisinformações nas Juntas de Fre-guesia ou nas Piscinas Muni-cipais de Odemira.

António Novais Pereira, Diretor

Aos nossos AssinantesApelamos, mais uma vez, aos prezados assinantes do “Notíciasde Beja” para que ponham as suas contas em dia. Há ainda, nestemomento, gente “esquecida” de pagar os anos de 2018 o que nosacarreta sérios problemas de tesouraria. Lembramos que asassinaturas dos jornais devem ser pagas no princípio de cada ano.Poderão regularizar a situação pessoalmente, por cheque ou valede correio à ordem de Notícias de Beja, ou por transferênciabancária.O IBAN da nossa conta é o seguinte: PT50 0010 00003641 8210 0013 0.Neste último caso, se a transferência não for feita de conta bancáriaem nome do próprio, pedimos que nos informe do nome ou númerode assinante.Apraz-nos, também, sublinhar e agradecer a generosidade de mui-tos assinantes que acrescentaram mais alguns euros à tabelaestipulada.

Mértola lembra Serrão MartinsDurante o mês de março o con-celho de Mértola lembra AntónioSerrão Martins, primeiro autarcaeleito em democracia, com ati-vidades culturais em Mértola ena Mina de S. Domingos.A primeira iniciativa é uma expo-sição de fotografia de MiguelClaro intitulada “Dark Sky Al-queva Mértola”, que pode servisitada de 18 de março a 18 deabril, na Galeria do Castelo deMértola. De 18 a 25 de março, noMuseu Islâmico, realiza-se ainiciativa Histórias das mil e umanoites dedicadas às crianças do1.º ciclo. No dia 21 de março,pelas 18h30, no Café Central da

cipal, pelas 15h30, realiza-se olançamento do livro “A FamíliaFarrica em São Domingos, de RuiSobral de Campos.A Igreja Matriz de Mina de S.Domingos é o palco escolhidopara o concerto de viola deManuel de Oliveira, que serealiza no dia 23 de março, pelas21h30.A iniciativa Lembrar serrão Mar-tins encerra no dia 29 de março,no Cine-teatro Marques Duque,com o espetáculo de dança “NasMargens do Mondego”, pelacom a Companhia de Dança FlicFlac.

vila terá lugar um Café Literárioalusivo ao Dia Mundial da Poesiae no dia 23, na Biblioteca Muni-

Crédito Agrícola e a AGROINSIDER associam-separa apoiar a modernização da Agricultura

O Crédito Agrícola estabeleceuuma parceria com a AGROIN-SIDER, uma empresa especialistaem soluções inovadoras na áreada agricultura de precisão, queutiliza tecnologia espacial (infor-mação digital de satélites) paracriar conhecimento agronómicoaplicável na exploração agrícola.O protocolo foi assinado porLicínio Pina, presidente do GrupoCrédito Agrícola, José MaiaAlexandre, Administrador Exe-cutivo do Crédito Agrícola, eJosé Rafael Marques da Silva,sócio-gerente da AGROINSI-DER, nas instalações da CaixaCentral, em Lisboa.Com este protocolo, a AGROIN-SIDER passa a disponibilizar aosClientes CA assessoria e acon-

selhamento técnico com umdesconto de 40% sobre o custode prestação do nível de serviçomáximo assegurado, para o pri-meiro ano. Já o Crédito Agrícolaoferece a possibilidade de finan-ciamento na aquisição de servi-ços, através da vasta oferta quetem disponível para os seusClientes.As exigências da próxima PAC

vão requerer parceiros credíveisno processo de digitalização daagricultura, nesse sentido, quera AGROSINDER quer o CréditoAgrícola, encontram-se numaposição privilegiada para apoiaras empresas agrícolas nestepercurso de inovação.Esta parceria visa contribuir paraa criação de valor acrescentadopara os Clientes do CA, nomea-damente do segmento Agrícola,e contribuir para o desenvol-vimento de uma dinâmica empre-sarial sustentável, eficiente eeficaz no espaço rural. Enquadra-se ainda no conceito que temvindo a ser trabalhado peloCrédito Agrícola em 2019, para aAgricultura: Produzir com pre-cisão é colher com sucesso.

Page 3: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019

A vida do povo com Moisés no deserto foi escrita para nos servir de exemplo

RELIGIÃO Notícias de Beja – 3

III Domingoda Quaresma

O nosso Domingo

Ano C24 de março de 2019

Leitura do Livro do ÊxodoNaqueles dias, Moisés apascentava o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdotede Madiã. Ao levar o rebanho para além do deserto, chegou ao monte deDeus, o Horeb. Apareceu-lhe então o Anjo do Senhor numa chama ardente,do meio de uma sarça. Moisés olhou para a sarça, que estava a arder, e viuque a sarça não se consumia. Então disse Moisés: «Vou aproximar-me, paraver tão assombroso espectáculo: por que motivo não se consome a sarça?».O Senhor viu que ele se aproximava para ver. Então Deus chamou-o domeio da sarça: «Moisés, Moisés!». Ele respondeu: «Aqui estou!».Continuou o Senhor: «Não te aproximes. Tira as sandálias dos pés, porqueo lugar que pisas é terra sagrada». E acrescentou: «Eu sou o Deus de teuspais, Deus de Abraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob». Então Moiséscobriu o rosto, com receio de olhar para Deus. Disse-lhe o Senhor: «Eu via situação miserável do meu povo no Egipto; escutei o seu clamor provocadopelos opressores. Conheço, pois, as suas angústias. Desci para o libertardas mãos dos egípcios e o levar deste país para uma terra boa e espaçosa,onde corre leite e mel».Moisés disse a Deus: «Vou procurar os filhos de Israel e dizer-lhes: ‘ODeus de vossos pais enviou-me a vós’. Mas se me perguntarem qual é o seunome, que hei-de responder-lhes?». Disse Deus a Moisés: «Eu sou ‘Aqueleque sou’». E prosseguiu: «Assim falarás aos filhos de Israel: O que Sechama ‘Eu sou’ enviou-me a vós». Deus disse ainda a Moisés: «Assimfalarás aos filhos de Israel: ‘O Senhor, Deus de vossos pais, Deus deAbraão, Deus de Isaac e Deus de Jacob, enviou-me a vós. Este é o meunome para sempre, assim Me invocareis de geração em geração’».

I Leitura

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos CoríntiosIrmãos: Não quero que ignoreis que os nossos pais estiveram todos debaixoda nuvem, passaram todos através do mar e, na nuvem e no mar, receberamtodos o baptismo de Moisés. Todos comeram o mesmo alimento espiritual etodos beberam a mesma bebida espiritual. Bebiam de um rochedo espiritualque os acompanhava: esse rochedo era Cristo. Mas a maioria deles não agradoua Deus, pois caíram mortos no deserto. Esses factos aconteceram para nosservir de exemplo, a fim de não cobiçarmos o mal, como eles cobiçaram. Nãomurmureis, como alguns deles murmuraram, tendo perecido às mãos do Anjoexterminador. Tudo isto lhes sucedia para servir de exemplo e foi escrito paranos advertir, a nós que chegámos ao fim dos tempos. Portanto, quem julgaestar de pé tome cuidado para não cair.

Evangelho

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São LucasNaquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sanguede certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesusrespondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileuseram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. Ese não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoitohomens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram maisculpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos quenão. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante.Jesusdisse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada nasua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou.Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nestafigueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocuparinutilmente a terra?’Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficarainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo.Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».

Figueira que dê figos

Lc 13, 1-9

Aclamação antes do Evangelho

António Aparício

1 Cor 10, 1-6.10-12II Leitura

Salmo Responsarial 102 (103), 1-4.6-8.11

O Senhor é clemente e cheio de compaixão.

«O que Se chama ‘Eu sou’ enviou-me a vós»

«Se não vos arrependerdes, morrereis do mesmo modo»

Ex 3, 1-8a.13-15

Arrependei-vos, diz o Senhor; está próximo o reino dos Céus.

O Concílio Vaticano II indicou-nos três vias de acesso à Páscoada Vida e da Ressurreição: as viasbatismal, cristológica e peni-tencial, nos anos A, B e C,respetivamente. A primeira paraseres catecúmeno com os cate-cúmenos, a fim de renovares comfruto e alegria, na solene VigíliaPascal, a graça batismal. A se-gunda, para seguires e imitaresJesus Cristo que se fez Caminho.A terceira, para a conversão emudança, só possível com a ajudada graça de Deus.

1 – Javé é o “Eu Sou” (êx 3,14).Não é uma definição teológica oufilosófica. É uma afirmação dumDeus que se revela na história: é“Aquele que é” por essência, eque nos mantém na existência. Anossa vida só é, se estiver ali-cerçada n’Aquele que é. Nofundo é uma não definição, por-que Deus é inefável, impene-trável, indefinível, indescritível.Deus aparece a Moisés comolibertador do seu povo, escra-vizado no Egito. A história dopovo escravizado é a Sua própriahistória, por isso, por intermédiode Moisés, vai fazer dela umahistória de salvação. Ontem comohoje, Deus continua a ser “sarçaardente”, em cada crente quesofre, como aconteceu com EditeStein (Santa Teresa Benedita daCruz, 1891-1942). Era o ano de1818. Era ateia. Adolfo Reinach,seu colega na Escola Feno-menológica, morreu na 1ª grandeGuerra. Ana Reinach, sua jovemviúva, escreva a Edite paraorganizar cientificamente osapontamentos do marido, paraulterior publicação. O encontrocom a jovem viúva fez-lhe umagrande impressão. Uma mulher

ENTRADA

Eu Vos invoco, Senhor, CEC II, 129

Ou: Ouve, Pai, o grito do teu povo

SALMO RESPONSORIALO Senhor é clemente e cheio de compaixão,M. Luis, SR, 274

COMUNHÃO

Senhor Jesus, Pão da Vida, in Cânt. Alentejanos, 22

Ou: Fonte de Água Viva, CA, 20 (se as Leituras forem

do Ano A)

Sugestões de Cânticos

Mt 4, 17

envolta em sofrimento e luto, masnão destruída, porque Jesusestava no seu coração. Nãoprecisava de ser consolada! Eexclama: «foi a primeira vez queme encontrei com a sarça ar-dente: uma mulher sofrida, masnão destruída pelo poder deDeus».

2 - O apelo à conversão doEvangelho deste domingo é feitoem forma de parábola, evocandodois factos dramáticos que ha-viam impressionado a população.Para compreender a novidade daresposta de Jesus, temos dereferir a mentalidade vigente,baseada na doutrina da retri-buição, que acreditava que ascatástrofes e doenças eram casti-gos que Deus enviava aos cul-pados: pecou, pagou. Jesusdesfaz o nó escravizante entrepecado e sofrimento. O doente eo acidentado, não só tinham desofrer a sua triste condição, comotinham de enfrentar o sentido deculpabilidade e maldição de Deus.Era a ideia dum Deus castigador,em vez de um Deus de amor. Adesgraça limitava-o. A culpa-bilidade esmagava-o, fazendo-oacreditar que até Deus estavacontra ele. Como é que o mal,como os galileus assassinadoscom os sacrifícios que ofereciam,ou as vítimas da queda da torrede Siloé, são um apelo â con-versão? Estes e outros acon-tecimentos vêm lembrar a tuafragilidade e limites, o homem empermanente risco de cair, vemdizer-te que também tu podiasestar no lugar errado e seguir porcaminhos errados. É necessárioestar preparado. O mal que existeà tua volta é talento e profecia:faz tu para o bem, o que outrosfazem para o mal. O êxito do mal,é a tua passividade, demissão e

inação. Comentas e criticas o quevês, mas nada fazes para que obem cresça, se multiplique efrutifique. O êxito do mal está emrelação com o teu egoísmo, cobar-dia e passividade.

3 - Jesus rompe com a ideia deque Deus esteja sempre pronto acastigar. Não é um Deus vin-gador. Jesus vem mostrar umDeus amigo, solidário, compa-nheiro, que previne os riscos eperigos: «Se não vos arre-penderdes, perecereis de modosemelhante» v.3.5. Não se podeinterpretar isto como ameaça oucastigo, mas como palavras desabedoria e amizade, como de-núncia dum comportamentodesajustado e distraído quepodem provocar um acidenteindividual ou coletivo.

4 – És figueira sem fruto, só comrama? A parábola da figueira é umsinal dum Deus solidário e pa-ciente. É um dos símbolos maissignificativos do povo de Israel,dando fruto dez meses ao ano.Esta figueira, este povo, estecrente que não dá fruto, como sedescreve na segunda leitura, éstu, sou eu, quando me recuso aescutar a Palavra e não traduzo afé em obras de amor e serviço aosirmãos. Foi Deus que plantou avinha. O vinhateiro é Jesus. Ostrês anos podem ser o períododa pregação de Jesus, no fim dosquais se esperariam frutos abun-dantes. Não foi assim com o povode Israel? E o que se passacontigo? Há um prazo que Deuste oferece para dares fruto. Afigueira não dá fruto para si, maspara o dono. Sai do teu egoísmoe aceita os meios que a Igreja teoferece nesta Quaresma paradares frutos de vida eterna,agora, hoje.

Page 4: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019DIOCESE4 – Notícias de Beja

Paróquia de Ferreira do Alentejo organizaa Ação Socio caritativa

A Paróquia de Ferreira do Alen-tejo, presidida pelo padre NunoSousa, recebeu a Cáritas Dio-cesana de Beja, representadapelo presidente, Isaurindo Oli-veira e alguns técnicos. A Cáritas Diocesana de Beja temcomo principal missão, a ani-mação da pastoral social, paraefetivar essa missão tem como

principal objetivo, criar relaçõesde proximidade e entreajuda entrea Cáritas e as paróquias, e media-ção entre as paróquias e a redede ação social do território eenvolver a sociedade civil naresponsabilidade social, de formaa criar uma rede de solidariedadediocesana e gerir melhor osrecursos disponíveis.

O padre Nuno Sousa, já tomouconhecimento da realidade socialdas suas paróquias e estabeleceuparcerias de cooperação, com aCáritas Diocesana e outras insti-tuições da área social do seuterritório, e vai envolver a comu-nidade paroquial para a organi-zação da Ação Sociocaritativa.O território de Ferreira do Alen-tejo apresenta vulnerabilidadecom a população Migrante, e opadre Nuno Sousa está empe-nhado em cooperar no apelo doPapa Francisco às paróquias ecomunidade cristã, Promover;Acolher; Integrar e ProtegerMigrantes e Refugiados. Nestesentido o pároco de Ferreira doAlentejo cedeu um espaço daparóquia para o trabalho doCLAIM da Cáritas Diocesana deBeja (Centro Local de Apoio àIntegração de Migrantes), que éitinerante e atua nos concelhosde Beja, Alvito, Aljustrel, Vidi-gueira e Cuba.

Moçambique: Cáritas envia ajudade emergência

A Cáritas Portuguesa e a confe-deração internacional da orga-nização católica de solidariedadeenviaram ajuda de emergênciapara Moçambique, em respostaao cenário de destruição pro-vocado pelo ciclone Idai nacidade da Beira.A direção da Cáritas Portuguesamanifestou “o seu maior pesarpelos trágicos acontecimentosvividos em Moçambique”, refe-rindo, em comunicado enviadoà Agência ECCLESIA, estar a“acompanhar de perto” a situa-ção em que se encontram todosos que foram afetados por esta“calamidade”.“À nossa congénere de Moçam-bique já expressámos, também, anossa solidariedade com o com-

promisso do envio de 25 mileuros. Este apoio será comple-mentado na medida das solici-tações que nos forem apre-sentadas pela Caritas Interna-tionalis e das disponibilidadesfinanceiras que possamos vir ater”, acrescenta a nota oficial.A confederação internacional daCáritas sublinha o impacto do

desastre natural na cidade por-tuária da Beira, informando que1500 tendas vão ser enviadas “omais rapidamente possível” paraMoçambique.António Anosso, oficial huma-nitário da Cáritas Moçambicana,realça que há, neste momento,dificuldade na obtenção de infor-mações da Beira, na qual asnecessidades mais urgentes são“comida, telhas de zinco, água esaneamento, abrigo e sementes”.O ciclone atingiu a Beira, quartamaior cidade de Moçambique, naquinta-feira à noite.O presidente moçambicano,Filipe Nyusi, admite que ociclone possa ter provocadomais de mil mortes em Moçam-bique, estando confirmadosatualmente 84 falecimentos.Maláui e Zimbabué foram outrospaíses afetados pela passagemdo ciclone.

Page 5: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019 Notícias de Beja – 5DIOCESE

Iniciar paraa Vida Cristã

A catequese patrística parece constituir uma explicação dinâmica eelementar a partir de um certo número de coisas concretas, em ordemà educação da fé que suscitará a esperança e se abrirá à caridade: osacontecimentos da história sagrada, os artigos do Símbolo e osritos dos sacramentos. Em segundo lugar, estas realidades, poressência misteriosas e com um conteúdo divino, exprimem-se porpalavras, imagens e gestos extraídos do viver quotidiano. Porisso, segundo Santo Ireneu, é necessário demonstrar ou dar umajustificação ao acto de fé. Do particular ao geral, e estabelecendo arelação entre o Novo e o Antigo Testamento, procura-se encontraruma correspondência ou fio condutor nos modos de agir de Deusnas diferentes etapas da história da salvação. O cumprimento emCristo das profecias do Antigo Testamento constituía o grandeargumento da unidade e continuidade do desígnio salvífico de Deus,desde a criação à redenção realizada no mistério de Cristo.Finalmente, após a exposição e a demonstração chega o momentoda exortação, advertindo-se os catecúmenos contra as tentações aque continuarão expostos depois do baptismo e o perigo para a fédo possível confronto com o mau exemplo dos próprios cristãos.Esta catequese moral, até à plenitude da vida baptismal, no séculoIV é colocada em relação com o ensinamento dogmático do qualconstitui a incidência prática das verdades enunciadas. Centrandoseu conteúdo na tradição da fé, inspira-se fortemente na catequeseJudaica, conforme testemunho do recurso frequente aos textos doAntigo Testamento.

Primeiras Etapas A catequese bíblica preenche principalmente as primeiras etapas,durante as quais se comenta o essencial da Escritura ou a históriada salvação na sua totalidade, desde a criação do mundo até aotempo presente da Igreja, em cuja águas baptismais se actualiza eune num único acontecimento a libertação do êxodo e a libertaçãorealizada pela Páscoa de Cristo. Não se perdendo no secundário,antes presta atenção ao essencial das mirabilia Dei na história dasalvação. Mais do que transmitir conhecimentos ou encher e ordenara memória dos catequizandos com listas de Reis de Judá ou deIsrael e os acontecimentos da história sagrada, importa que ocatequista seja capaz de parar diante dos grandes acontecimentos,penetrá-los e explicá-los de modo que seja suscitada no catequizandoa admiratio das maravilhas divinas, o sentido do sagrado e a fé.Como quadro fundamental, não encontramos os acontecimentosmas a traditio Symboli, que veio a dar origem à catequesetradicional, oferecedora de uma espécie de tratado sobre os títulose símbolos da fé atribuídos a Jesus: Cristo, Filho do Homem, Salvador,Pastor, Cordeiro, Pedra, Porta. Do mesmo modo São Cirilo começa aCatequese sobre o Espírito Santo apresentando os diversos sentidosda palavra Pneuma e clarificando a radical distinção entre o sentidobíblico e o sentido helénico atribuído a essa palavra, procurandoevitar as muitas confusões que ainda continuam na actualidade.Os catequistas iam fazendo a recolha dos textos do AntigoTestamento que se relacionam com os diversos dogmas cristãos,dada a importância do escriturístico e profético como realização emCristo dos acontecimentos escatológicos previamente anunciados.A título de exemplo, cada uma das catequeses de Cirilo de Jerusaléminclui também as profecias referentes ao respectivo artigo doSímbolo. Assim para a Paixão: «Vamos demonstrá-la por meio dosprofetas.» Esta catequese, baseada no argumento das Escrituras,remonta aos tempos Apostólicos e ao próprio Cristo tentandomostrar aos discípulos de Emaús que os acontecimentos da Paixãoe Ressurreição tinham sido anunciados no Antigo Testamento, aofalar dos Reis e dos Profetas. (Lc. 24, 25-27).

(Continua no próximo nº)

António Novais

JMJ 2022: Papa Francisco quer que aJornada Mundial da Juventude em Lisboa

seja uma ocasião de evangelização“Perguntei ao Papa ‘o quer daJornada Mundial da Juventude,em Lisboa, em 2022?’ Ele disseuma palavra e disse-a deva-garinho: ‘Evangelização’”, lem-brou D. Manuel Clemente.O cardeal-patriarca de Lisboaespera que “tudo quanto acon-teça seja Evangelho vivo, na vidados jovens que participam najornada e para todas as pessoasque, em Lisboa ou através dosmedia, também vão participar”.“E disse outra coisa: ‘Evange-lização em missão, em saída’”,acrescentou D Manuel Clemente,recordando o encontro com oPapa.O cardeal-patriarca referiu que osjovens não podem estar envol-vidos “só reuniões”, mas “sair, irao encontro dos outros, acolhera gente que vem”.“É aí que o Evangelho se apren-de”, sustentou.No diálogo com o Papa Fran-

cisco, D. Manuel Clementefalou do projeto Missão Paíscomo exemplo de atividadespara os jovens que acontecem“em saída”.“Os olhos dele ainda brilharammais! Ele está cheio de vontadede cá chegar”, disse o cardeal-patriarca a respeito do encontrocom o Papa Francisco para pre-parar a Jornada Mundial da Ju-ventude, em Lisboa.“Vai ser uma coisa gigantescaque nós portugueses nuncafizemos”, afirmou D. ManuelClemente, acrescentando que arazão de ser da candidatura deLisboa são os muito projetosjuvenis em curso em Portugal.“Porque é que se avançou? Porcausa de vocês”, referiu o car-deal-patriarca de Lisboa na Missade encerramento da Missão País2019, acrescentando outros pro-jetos e movimentos juvenis queforam insistindo na ideia de

Portugal organizar uma JornadaMundial da Juventude.“Sinto-me uma espécie de sur-fista: a onda não sou eu, sãovocês, mas tenho de me aguentarnela”, acrescentou D. ManuelClemente.Para o cardeal-patriarca de Lis-boa, o envolvimento dos jovensé “tão grande, tão forte, tãoverdadeiro, tão entusiasmanteque tem de ter seguimento”.“Vamos para a frente, vamosmobilizar as 20 dioceses de Por-tugal e oferecer isto aos jovensde tudo o mundo”, acrescentouD. Manuel Clemente.“Tenho a certeza absoluta quequando chegarmos ao final de2022 estaremos todos diferentes,estaremos todos melhores”,concluiu o cardeal-patriarca deLisboa.

Fonte: Ecclesia

Missão Solidária do Coro do Carmo em Mora

No passado dia 16 de março, pelas21 horas, teve lugar, na Casa daCultura de Mora, um concertoorganizado pela paróquia deNossa Senhora da Graça daquelavila do Alto Alentejo, com asatuações do cantor brasileiroCleiton Saraiva e do Coro doCarmo de Beja, que aí se deslo-caram numa missão de solida-riedade, a fim de darem o seucontributo para o restauro dopatrimónio religioso da referidaparóquia.O espetáculo, cuja apresentaçãofoi da responsabilidade do jovempároco Nelson Fernandes e deum dinâmico grupo de jovens,seus colaboradores, teve iníciocom a presença em palco domaestro do Coro do Carmo deBeja, Padre António Cartageno,a quem foram dirigidas, pordiferentes intervenientes e de

forma alternada, algumas ques-tões relacionadas com o seupercurso como responsável pelacriação e divulgação de grandeparte da música litúrgica que seouve em Portugal e também noestrangeiro, às quais o entre-vistado procurou responder deforma clara e sucinta, a fim desatisfazer a curiosidade de muitosdos espetadores presentes, queteriam solicitado aos apresen-tadores a colocação das ques-tões que eles próprios gostariamde apresentar.Seguiu-se, de imediato, a atuaçãodo Coro convidado, que entoou,com grande emoção e empenho,composições do património mu-sical religioso do Baixo Alentejoligadas ao tempo da Quaresma/Paixão, acompanhado ao órgãopelo Prof. José Filipe Guerreiro, soba direção do respetivo maestro.

No prosseguimento do espe-táculo, subiu ao palco o cantorCleiton Saraiva, que interpretou,com muita alegria e determinação,várias composições de mensa-gem cristã que fazem parte do seurepertório e que foram efusi-vamente aplaudidas por todos ospresentes. Também ele foi entre-vistado e deu um belo teste-munho da sua fé cristã.A fim de terminar o programaprevisto, subiu de novo ao palcoo Coro do Carmo de Beja, queentoou então composições maria-nas de diversos autores, dediferentes épocas e naciona-lidades, sendo algumas já oresultado de arranjos musicais domaestro em palco, Padre AntónioCartageno.O público presente rejubilou como que viu e ouviu, chegandomesmo a participar na entoaçãodo refrão de algumas composi-ções, por solicitação do maestro.O espetáculo prosseguiu com ocantor Cleiton Saraiva, e o Corodo Carmo de Beja regressou aesta cidade com a sensação demissão cumprida e maravilhadocom o empenhamento e espíritode organização de todos osjovens envolvidos neste eventoe do respetivo orientador, PadreNelson Fernandes.

Lídia Cunha

Page 6: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019OPINIÃO6 – Notícias de Beja

Falar de violência não gerará mais violência?

Sílvio Couto

Algo se está a passar de muitograve na nossa sociedade. Algoaflitivamente complexo está aminar as relações entre as pes-soas. Algo demasiado contun-dente para ser reduzido à friezados números de vítimas, à cap-turar dos réus e, sobretudo, paraestarmos reféns dum ambienteatrozmente doentio.Falamos da apelidada ‘violênciadoméstica’, naquilo que tem devisível, de noticiado e mesmo deexplorado com cores excessiva-mente funestas. Será que, derepente, os casados passaramtodos a estar desavindos e à

pancada entre si? Será que asdiscussões se tornaram mortí-feras e criminosas sem olhar aquem e em qualquer espaço? Seráque, anteriormente, as coisas sepassavam mais em surdina e pelacalada do silêncio cúmplice eamordaçado? Este ‘boom’ decasos e de mortes não terá algomais profundo a dever ser refle-tido por todos? Até que ponto éque a divulgação, a normalizaçãodas situações e mesmo a explo-ração dos dramas não é coman-dada por um guião que deseja,sobretudo, desacreditar a família etudo o que ela representa ainda?Não será que algo descontrolouas reações das pessoas, tanto daspropensas à agressividade comoàs outras sujeitadas à influêncianefasta do ambiente em que nosvamos desenvolvendo?Muitas outras questões pode-riam ser levantadas, atendendoaos objetivos com que podemose devemos analisar esta onda deviolência manifestada no con-texto familiar, tanto o dito normalcomo qualquer outro em que aspessoas se relacionam entre si.Ninguém está fora das causas etão pouco das consequências da

dita ‘violência doméstica’: aque-las são multíplices e estas aindanão foram totalmente diagnos-ticadas. Com efeito, como será ocomportamento de futuros adul-tos que viveram num quadroexplícito ou tácito de violênciaentre pais? Como será a reaçãodos agora mais novos quandotiverem de criar laços com outros:não serão desconfiados e teme-rosos à mistura com sinais deagressividade latente e prestes aser despoletada? De facto, aviolência é uma espécie de gra-nada ofensiva a quem já tiraram aespoleta e que poderá explodir aomínimo contacto com outros e emidêntico panorama psicológico,social e cultural…

= Perante o clima de agres-sividade com que temos de saberestar, viver e conviver, torna-seessencial – dizemo-lo duma visãocristã da vida, dos valores e dafamília – lançar sugestões sobreo modo como será desejável quetudo isto com que fomos con-frontados diariamente possaencontrar pistas para se mo-dificar. Desde logo é fundamentalcolocar Deus nestas convulsões.

Sobretudo se atendermos à suaausência compreender-se-á quefalta respeito das pessoas entresi. O outro/a pode ser visto maiscomo adversário, concorrente ouaté inimigo e, por isso, algo –quando deveria ser ‘alguém’ – aabater, senão física ao menospsicologicamente. Quem ousaráfazer frente a quem não respeitao semelhante? Este, com faci-lidade, pode tornar-se obstáculoàs pretensões e, por isso, seráderrubado, dependendo dasarmas que possam usar e dosfins a atingir, sem olhar a meios.Aquilo que antes era exceção,agora tornou-se regra, fazendocom que as pessoas se vãomaterializando e coisificando.Deus não norteia nem condicionaos comportamentos, mas poderáguiá-los e ser o sujeito que nosfaz respeitar para ser igualmenterespeitado. A exclusão de Deusda consciência e da vida detantos dos os contemporâneosnão explica, mas pode responder,à amoralidade com que se con-duzem e mesmo vivem. Já nosdizia, de forma confrangida oPapa Bento XVI: ‘o pior do nossotempo é as pessoas viverem como

se Deus existisse’ e acrescen-tamos: fazendo de conta que nãoprecisam d’Ele nunca!

= Tendo como ponto de refe-rência a teologia da casa nacultura judaica – infelizmente nemsempre seguida e vivida nadimensão cristã – será muitoimportante que façamos da casade família esse espaço sagradode convivência, de fraternidadee de comunhão, coisa que asnotícias da dita ‘violência do-méstica’ contradizem e denun-ciam. Como é importante sentir acasa como esse santuário da vidaem família, como ‘igreja do-méstica’ e ainda como o melhorlugar para aprender, viver etestemunhar o respeito entretodos – cônjuges, pais e filhos,irmãos e demais família – numaaprendizagem desde a mais tenraidade e até aos momentos últimosda vida terrena. Para quem temboas experiências disso será dedesenvolver novas oportuni-dades. Do resto, precisamos deemendar o vivido e modificar oque vamos vivendo…

Como é possível? Em 40 séculos de caminhada, procura e encontros

A quaresma dos 40 dias, anos,séculos, de caminhadas faz pen-sar e faz viver ao ritmo de Cristo,Salvador. Há cerca de quatromilénios de tradições orais eescritas que os Hebreus da tribode Abraão de Ur e do povo dasua descendência foram surpre-endidos no deserto por um Deusque se deu a conhecer e disseque era o único Deus. Oferecia asua aliança, pedia aceitação eprometia fazer deles um grandepovo para todo o sempre (Gen15,5-12.17-18). Eles, uma tribo deerrantes, eram assim tão impor-tantes entre tantos impérios epovos poderosos e com muitosdeuses? E esse povo errante,minúsculo, insignificante, dedesertos inóspitos, aceitou eprometeu cumprir os manda-mentos desse Deus único. Foimuitas vezes infiel mas nuncaabandonou a esperança alimen-tada por tantos profetas da vindade um Messias de sofrimento e

grandeza, rei e libertador. Umsalvador que a maioria dessepovo esperou e muitos aindaesperam. E os profetas até deramsinais de chegada, de quem seriae como seria esse messias que oslibertaria. Há dois milénios partedesse povo reconheceu em JesusCristo esse Messias Salvador.Outra parte, porém, não o reco-nheceu porque se manifestoufraco, sem poder guerreiro. Nãoera libertador poderoso. A maioriado judaísmo rejeitou-o; não eraele. Contudo pequena parte dosjudeus aceitaram-no; muitosgentios também o aceitaram.Jesus foi Messias rejeitado,vencido, morto, mas ressuscitoue iniciou o novo Povo de Deusque transbordou, tornou-se nu-meroso «como as estrelas docéu» e recebeu o nome de Cristia-nismo. Ficou o mistério: o povohebreu continua guardião egarante rigoroso das narrativasproféticas do Messias, apesar degrande parte rejeitar Aquele queas cumpriu e uma pequena parte

as aceitar cumpridas em Jesus.Para uns teria de aparecer notempo messiânico do I séculocomo Messias terreno triunfantee guerreiro; para outros bastouser Jesus Cristo, morto e ressus-citado, com aparece nos Evan-gelhos. Houve outros messiasguerreiros no século I de liber-tação de Israel, mas sem sucesso.E um judeu renegado, FlávioJosefo, torceu as profecias (cf.Vittorio Messori em que meinspiro), para dizer que o messiaslibertador era Vespasiano oimperador romano! Fica a ques-tão: como é possível que a maioriados Judeus, de todos os tempos,mantenha fé nas profecias mes-siânicas do Antigo Testamento,mas não acredite que Cristo ascumpriu? Guardam ciosamente asEscrituras, fazem todas as inves-tigações literárias e arqueoló-gicas para confirmar as narrativasdo Antigo Testamento, talvezmais que os Cristãos e a IgrejaCatólica e não as consideramcumpridas. Como se explica que

sejam guardiões da Revelação doDeus único ao seu povo a viverentre povos politeístas? Se osHebreus trocaram muitas divin-dades por um só Deus, só pareceter sido possível por intervençãodo próprio Deus Único! A partirdaí, mais de um terço da huma-nidade atual acerta sua vida porum Deus único e seu Filho JesusCristo, o Messias das Profecias,morto e ressuscitado; emboravivam com fraquezas, infide-lidades e pecados. Enquantoapenas duas ou três escassasdezenas de milhões, guardiõesfiéis e rigorosos da letra dasProfecias do povo do Deusúnico, rejeitam Jesus Cristo epromovam a esperança nummessianismo (terreno?), rico,poderoso e dominador. É admi-rável a sua tenacidade fiel àstradições da aliança com Deus,também no meio de fraquezas,infidelidades e pecados! Comorejeitam, então, que as Profeciasestejam cumpridas em JesusCristo? Quase tão inexplicável e

Aires Gameiro surpreendente como Jesus e oCristianismo, para tantos filó-sofos e letrados eruditos, serconsiderado «irremediavelmentetabo»? Parece que «Jesus estáentre os assuntos que criam mal-estar numa conversação civi-lizada» como Messori inicia o seulivro (Hipóteses sobre Jesus,Vittorio Messori, Edições Sale-sianas,1987). As razões com-plexas que levam os Hebreus anão fazer a passagem (quaresmaldo deserto) do Antigo para oNovo Testamento são seme-lhantes às que hoje levam muitosa optar por algum messias políticopoderoso e vencedor armado e arejeitar o Messias do Antigo eNovo Testamento que só depoisdo deserto, paixão e morte res-suscitou glorioso, como se referena transfiguração (Lc 9, 28-36),mas continuou a vencer os cora-ções pelo amor para a vida daglória dos que aceitam o desertocom Ele.

Funchal, Quaresma 2019

Page 7: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019

Diretor: António Novais PereiraRedação e Administração:Rua Abel Viana, 2 - 7800-440 BejaTelef. 284 322 268E-mail: [email protected]

Assinatura 35 Euros anuais c/IVAIBAN PT50 0010 0000 3641 8210 0013 0

Impressão:Gráfica do Diário do MinhoRua de Santa Margarida, n.º 4-A - 4710-306 Braga

21março

2019

Depósito Legal

N.º 1961/83

Editado emPortugal

Propriedade da Diocese de BejaContribuinte Nº 501 182 446

RegistoN.º 102 028

Tiragem1.500

REGIONAL Notícias de Beja – 7

Atividade operacional semanalO Comando Territorial de Bejalevou a efeito um conjunto deoperações, no distrito de Beja, nasemana de 11 a 17 de março, quevisaram a prevenção e o combateà criminalidade violenta, fiscali-zação rodoviária, entre outras,registando-se os seguintes da-dos operacionais:1. Detenções: Dez detidos emflagrante delito, destacando-se;Seis por condução com taxa deálcool no sangue superior aopermitido por lei; Dois por tráficode produtos estupefacientes.2. Apreensões:48 doses de cannabis; Seisdoses de haxixe; Nove armas defogo; Uma arma de ar compri-mido; Uma arma de alarme; Trêsmiras telescópicas; 129 muni-ções; Dois cadeados de segu-rança para arma de fogo; Uma

cartucheira com capacidade para25 munições; Uma faca de cozi-nha com 20 cm de lâmina. 3. Trânsito:Fiscalização: 357 infrações dete-tadas, destacando-se:257 por excesso de velocidade;32 relacionadas com tacógrafos;22 por falta ou incorreta utilizaçãodo cinto de segurança e/ousistema de retenção para crian-ças; 16 relacionadas com ilumi-nação e sinalização; 15 por faltade seguro de responsabilidadecivil obrigatório; 12 por falta deinspeção periódica obrigatória;Dez por excesso de carga; Novepor condução com taxa deálcool no sangue superior aopermitido por lei; Oito por usoindevido do telemóvel no exer-cício da condução.Sinistralidade: 29 acidentes regis-

tados, resultando: Cinco feridos leves. 4. Fiscalização Geral: 25 autosde contraordenação:24 no âmbito da legislação daproteção da natureza e do am-biente; Um no âmbito da legis-lação policial. 5. Ações de sensibilização:Quatro no âmbito da “SegurançaRodoviária”, tendo sido sensi-bilizados 153 alunos e doisprofessores; Três no âmbito da“Prevenção da Toxicodepen-dência”, tendo sido sensibili-zados 144 alunos; Três no âmbitoescolar, tendo sido sensibilizados78 alunos e um professor; Umano âmbito da “Defesa da Florestacontra Incêndios”, tendo sidosensibilizadas 20 pessoas.

PSP em Beja - SÚMULA SEMANAL

A obrigatoriedade de manuten-ção das faixas de gestão decombustíveis constitui uma dasmedidas preventivas previstasno Decreto Lei n.º 124/2006, de28 de junho com redação atual,com o objetivo de reduzir onúmero de incêndios rurais.A prática mais comum da gestãode combustíveis consiste nalimpeza dos terrenos, através docorte e remoção da biomassavegetal neles existentes. Umacorreta e oportuna gestão decombustíveis constitui um ele-mento essencial para a minimi-zação do risco de incêndio.A falta de manutenção das faixasde gestão de combustíveis (lim-peza dos terrenos) constituiinfração do foro contraorde-nacional e os seus responsáveisincorrem em coimas de 280 € a

Ações de sensibilização “Floresta Segura 2019”10.000 €, no caso de pessoasingular, e de 1.600 € a 120.000 €,para pessoas coletivas.O Comando Territorial da GNRde Beja continua a realizar açõesde sensibilização:Dia 21 de março: Pelas 10:00horas, no concelho de Beja –freguesia de Vila Alva – EscolaPrimária de São Matias – Açãoem sala e, no concelho de Bar-rancos – freguesia de Barrancos– Junta de freguesia de Barrancos– Ação em Sala.Dia 22 de março: Pelas 08:00horas, no concelho de Ferreira doAlentejo – freguesia de Odivelas– Ação porta a porta; Pelas 15:00horas, no concelho Ferreira doAlentejo – freguesia de Figueirados Cavaleiros – Ação porta aporta; Pelas 07:00 horas, noconcelho de Mértola – freguesia

de Corte do Pinto – Ação portaa porta; Pelas 13:00 horas, noconcelho de Castro Verde –freguesia de Castro Verde eCasével – Ação porta a porta e,no concelho de Odemira – fre-guesia de Longueira e Almograve– Ação de rua.Dia 23 de março: Pelas 15:00horas, no concelho de Cuba –freguesia de Vila Ruiva – Açãodemonstrativa sobre a realizaçãode uma queima em segurança.Dia 24 de março: Pelas 13:00horas, no concelho de Almo-dôvar – freguesia de Almodôvare Graça dos Padrões – Ação portaa porta e, no concelho de Mértola– freguesia de Mértola – Perí-metro Florestal de Mértola –Ação porta a porta.

O Comando Distrital de Beja daPSP (CD Beja), no âmbito dassuas competências de prevençãoe combate permanente à práticade ilícitos criminais e contraor-denacionais, entre 08 e 14MAR2019, na sua área de jurisdição,registou e destaca os seguintesresultados operacionais:Detenção de 3 homens, com idadescompreendidas entre os 28 e 49anos, por condução de veículoautomóvel sob o efeito do álcool,tendo acusado uma TAS de 1,50g/l; condução de motociclo, semhabilitação legal para o efeito eoutro, por incumprimento deinibição legal para conduzir.

Acidentes rodoviários: Em Beja,registo de 6 acidentes rodo-viários, do qual resultaram 8feridos leves e danos materiais.Operações de Fiscalização: 1Operação de Fiscalização Rodo-viária, em Beja, com recurso aRadar, que contabilizou 1422veículos controlados, com adeteção de 5 infrações. Enqua-dradas no Plano de AtividadeOperacional do CD realizaram-seoutras 14 Operações de Fisca-lização Rodoviária, em Beja, dasquais resultaram em 190 Veículosfiscalizados; 120 Condutoressubmetidos ao teste de alcoo-lemia; 28 Infrações registadas.

No âmbito das Ações preven-tivas/de sensibilização e outras,o Núcleo de Armas e Explosivosdo CD Beja, nas suas instalaçõese também através do seu Balcão,de Atendimento Não Permanente,realizado no Município da Vidi-gueira, procedeu à recolha de 22armas de caça e 4 de defesapessoal, perdidas a favor doEstado.O Policiamento de Proximi-dade do CD Beja, promoveu 2Ações de sensibilização subor-dinadas aos temas “Violênciano namoro”, e “Bullying é parafracos”, ambas assistidas por26 adolescentes.

Mértola recebe partida da2.ª etapa da Volta ao Alentejo

Mértola recebe os ciclistas da 37.ª Volta ao Alentejo em Bicicleta paraa partida da segunda etapa, no dia 21 de março, às 11h00, na AvenidaAureliano Mira Fernandes. Esta segunda etapa liga as vilas de Mértolae Odemira, numa distância de 182,8 kms.Mértola é desde há alguns anos anfitriã da Volta ao Alentejo embicicleta, um evento muito apreciado pela população e ao qual a CâmaraMunicipal de tem associado, promovendo o concelho e as suaspotencialidades turísticas e desportivas.

Page 8: 21 de março 2019 - Diocese de Beja...2019/03/21  · O segredo é a oração. Centros do MCC de 27 países, a começar pela Austrália, enviaram “intendên-cias” e mensagens de

21 de março de 2019ÚLTIMA PÁGINA

Papa apela ao combate à corrupção

O Papa Francisco apelou, no dia18, no Vaticano ao combatecontra o “cancro da corrupção”,numa audiência concedida aosfuncionários do Tribunal deContas Italiano.“O controlo rigoroso das des-pesas trava a tentação, comumnaqueles que ocupam cargos

políticos ou administrativos, degerir os recursos não de modocauteloso, mas para fins declientelismo e de mero consensoeleitoral”, assinalou, durante aaudiência que decorreu no audi-tório Paulo VI, reunindo centenasde pessoas.Francisco sustentou que os recur-

sos públicos “devem ser tutela-dos para o bem de todos, especial-mente dos mais pobres”, desta-cando a importância de uma fun-ção de vigilância, que identifique“comportamentos ilícitos” e eviteuma “utilização irresponsável”.“A sociedade, no seu conjunto,é chamada a esforçar-se concre-tamente para contrariar o cancroda corrupção nas suas váriasformas”, disse.O Papa destacou as conse-quências da corrupção “tanto noplano ético quanto no planoeconómico” e ressaltou que oTribunal de Contas realiza umserviço “indispensável”, orien-tado para o bem comum.A intervenção deixou votos deque seja possível construir uma“cultura da legalidade”, em todaa sociedade.

Fonte: Ecclesia

Lar D. José do Patrocínio Dias agendaII Jornadas para 2021

As I Jornadas do Lar D. José doPatrocínio Dias sobre “# Res-postas de saúde e sociais àpessoa em contexto de fragi-lidade”, realizadas em Beja a 15e 16 de Março, funcionaram comoum fórum de de apresentação ediscussão de temas emergentesna actualidade, tanto em termossociais como de saúde. O inte-resse demonstrado pelos partici-pantes e a importância da partilhade informação e de conheci-mentos levaram a que fosse jálançada a data da segunda ediçãodas Jornadas: 12 e 13 de Marçode 2021.Ao longo dos dois dias dereflexão passaram pelas I jor-nadas cerca de duas centenas emeia de pessoas, em represen-tação de estruturas residenciaispara idosos dos mais diversospontos do País, assim comomédicos, enfermeiros, psicó-logos, fisioterapeutas, docentes,animadores sócio-culturais, alu-nos de licenciaturas ligadas àstemáticas em discussão, bemcomo familiares de idosos emcontexto de fragilidade e auxi-

liares de serviços gerais. NasJornadas esteve ainda presenteo Bispo de Beja, D. João Marcosque acompanhou as intervençõesda manhã de sábado. A acom-panhar a sessão de encerramentomarcaram presença os deputadosà Assembleia da República peloCírculo Eleitoral de Beja, Pedro doCarmo (do PS) e Nilza de Sena (doPSD) e ainda o presidente daCâmara Municipal de Beja, PauloArsénio. No final dos trabalhos, asessão de encerramento contoucom as intervenções do Directordo Centro Distrital da SegurançaSocial de Beja, Sérgio Fernandes,a Presidente da Unidade Local deSaúde do Baixo Alentejo, Con-

ceição Margalha, a Presidente daConfederação Nacional de Insti-tuições de Solidariedade, MariaJoão Quintela e a Directora da ERPID. José do Patrocínio Dias, a IrmãMaria do Céu Valério. A sessãofoi moderada pela jornalista InêsPatola. A acompanhar os traba-lhos esteve também a SuperioraGeral da Congregação das Obla-tas do Divino Coração, IrmãNatália Costa.Foram dois dias de troca deconhecimento e de experiênciascom intervenções de profissio-nais altamente qualificados, bemcomo de questões e aponta-mentos de grande relevância porparte de elementos da assis-tência. Os representantes polí-ticos manifestaram-se sensíveisem relação aos principais desa-fios para o futuro lançadosnestas I Jornadas do Lar D. Josédo Patrocínio Dias, designa-damente, a maior humanizaçãodos cuidados à pessoa em con-texto de fragilidade.

Comissão Organizadora

D. Maurílio Gouveia, BispoEmérito da Arquidiocese de Évora,

“RUMO AO CÉU”

Na hora de encerrar esta edição do Notícias de Beja, a Diocese doFunchal, Madeira, anunciou o falecimento de D. Maurílio de Gouveia,Arcebispo Emérito de Évora, com 86 anos de idade. Em nota divulgadapelos serviços Diocesanos do Funchal, a Diocese manifestou “o seupesar pelo falecimento do arcebispo emérito de Évora, D. Mauríliode Gouveia”, no dia 19 de Março, festa de São José”.O antigo arcebispo morreu, na sequência de doença prolongada, noEremitério de Maria Serena, em Gaula (Concelho de Santa Cruz),Madeira, onde residia.Segundo a Agência Ecclesia, as celebrações fúnebres iniciar-se-ão napróxima quinta-feira, de manhã, a partir das 07h30, na Sé do Funchal,com a recitação Ofício de Defuntos e a celebração da Missa de CorpoPresente, às 08h30, prevendo-se para as 11h00, a partido dos seusrestos mortais, do aeroporto da Madeira para a Sé Metropolitana deÉvora, onde serão celebradas as exéquias, sendo o seu corpo sepultadonuma capela lateral da Igreja do Espírito Santo.

Alguns Dados BiográficosD. Maurílio de Gouveia, nasceu a 5 de agosto de 1932 em Santa Luzia,no Funchal, tendo frequentado o Seminário do Funchal e, nessa Diocesefoi ordenado Sacerdote (4 de junho de 1955).Aos 22 anos seguiu para Roma, para realizar a sua formação emTeologia Dogmática, na Pontifícia Universidade Gregoriana, queconcluiu, seguida da pós-graduação, em Teologia Pastoral, na PontifíciaUniversidade Lateranense.Tendo regressado à Madeira, na sua atividade pastoral sobressaiucomo vice-reitor do Seminário do Funchal e professor de Teologia..A 26 de novembro de 1973, com 41 anos de idade, D. Maurílio deGouveia recebeu a sua nomeação episcopal, como bispo titular deSabiona e bispo auxiliar de Lisboa, através do Papa Paulo VI, tendosido ordenado bispo pelo então cardeal-patriarca de Lisboa, D. AntónioRibeiro, a 13 de janeiro de 1974.A 21 de maio de 1978, foi nomeado arcebispo titular de Mitilene, e a 17de outubro de 1981, aos 49 anos de idade, arcebispo de Évora, porintermédio do Papa João Paulo II, sucedendo a D. Frei David de Sousa.Durante 26 anos esteve à frente da Arquidiocese do Sul (Évora), tendo-se destacado no compromisso pastoral, marcado pela proximidade comas comunidades católicas locais, visitas a escolas e fábricas.Atingidos os 75 anos de idade (em 2007), idade limite para a missãoepiscopal, segundo a lei canónica, D. Maurílio de Gouveia apresentouao Papa Bento XVI a sua resignação ao cargo de arcebispo de Évora.Este pedido foi aceite em simultâneo com a nomeação de seu sucessor,D. José Alves, que veio a tomar posse em 17 de fevereiro de 2008.Na hora da despedida do cargo, D. Maurílio Gouveia deixou estetestemunho: “Sinto-me muito feliz por tudo aquilo que pude viveraqui nestes 26 anos. Foi uma experiência muito gratificante. Estoumuito grato a Deus por tudo aquilo que pude viver nestes anos,sobretudo pela amizade que se estabeleceu com todas as populações,famílias e pessoas individualmente”.“Rumo ao Céu”, é a sua última publicação, entre outras, cuja experiênciapessoal já se encontra a fazer, sabendo agora que valeu a pena a fé queo moveu a trabalhar em favor do Reino de Deus.