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XX 154 21/08/2012 *Consumidor de MG poderá contar com livro para reclamar - p.01 * Dinheiro público abasteceu mensalão, conclui ministro - p.11 * PMs acusados de agressão - p. 09

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Clipping Geral Eletrônico

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Page 1: 21 Agosto 2012

XX 154 21/08/2012

*Consumidor de MG poderá contar com livro para reclamar - p.01

* Dinheiro público abasteceu mensalão, conclui ministro - p.11

* PMs acusados de agressão - p. 09

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O futuro do Dom Bosco agora está nas mãos do TJMG. Em ação combinada com o MP, a Advocacia do Estado entrou com ação nesse tribunal pedindo que o patrimônio do antigo colégio retorne ao Estado, uma vez cessado o uso educacional para o qual foi doado à Ordem Salesiana. Ao mesmo tempo, também por re-

comendação do MP, através do promotor Marcos Paulo de Souza Miranda, o Iepha celebrou convênio com a Prefeitura de Ouro Preto para tombar o imóvel de Cachoeira do Campo, antigo quar-tel do Regimento de Cavaria da Colônia, onde serviu Tiradentes e origem da PM.

O TEMPO - MG - P. 10 - 21.08.2012RaquEl FaRia

O TEMPO - MG - P. 12 - 21.08.2012

Caso Dom Bosco

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Por: Ricardo MirandaA ideia pode até agradar muitos elei-

tores indignados com a classe política, mas não passa de um mito disseminado por meio das redes sociais, pichações em muros e até por cartilhas distribuídas nos períodos eleito-rais. Caso mais da metade dos eleitores vote nulo, as eleições não serão invalidadas. Isso acontece, explica o promotor e coordenador do Centro de Apoio Operacional Eleitoral do Ministério Público, Edson de Resende Cas-tro, porque o voto nulo, assim como o voto em branco, não são computados no total de “votos válidos”, conforme prevê o Código Eleitoral. “Se 60% dos eleitores juiz-foranos votarem nulo ou branco na disputa majoritá-ria, por exemplo, o futuro governante do mu-nicípio será escolhido pelos outros 40%.” A razão é simples: o resultado da eleição só leva em conta quem votou em algum candidato ou partido.

A confusão envolvendo a crença na possibilidade de invalidar uma eleição por meio do voto nulo passa, muitas vezes, pela má interpretação da legislação eleitoral e de algumas decisões antigas do TSE. O princi-pal problema envolve o artigo 224 do Código Eleitoral, segundo o qual, “se a nulidade atin-

gir a mais de metade dos votos do país nas eleições presidenciais, do estado nas eleições federais e estaduais ou do município nas elei-ções municipais, julgar-se-ão prejudicadas as demais votações e o Tribunal marcará dia para nova eleição dentro do prazo de 20 a 40 dias”. O erro, segundo Édson de Resende, é considerar nulidade como sinônimo de voto nulo. A “nulidade” prevista no artigo 224 do Código Eleitoral é decorrente de fraude, abuso de poder ou de acidente durante o pro-cesso eleitoral. Nesse caso, o Ministério Pú-blico deve pedir a condenação dos culpados, e o TSE determinar a anulação dos votos dos candidatos envolvidos.

As referências anteriores ao artigo 224, que tratam também da nulidade dos votos, evidenciam a diferença, explica o promotor. O artigo 220 diz que haverá anulação se a votação for “perante mesa não nomeada pelo juiz eleitoral”, “em folhas de votação falsas”, realizada “em dia, hora, ou local diferentes do designado ou encerrada antes das 17 horas” ou “quando preterida formalidade essencial do sigilo dos sufrágios”. Ainda mais claro quanto às possibilidades de anulação, o artigo 222 prevê que “é também anulável a votação, quando viciada de falsidade, fraude, coação

(...) ou emprego de processo de propaganda ou captação de sufrágios vedado por lei”. Ou seja, nada que esteja relacionado ao voto nulo dado pelo eleitor.

A confusão também se deve em parte ao entendimento anterior a 1997, quando os votos brancos eram considerados válidos em eleições proporcionais (para deputado e ve-reador). Após a Lei 9.504/97, que alterou o Código Eleitoral, o voto branco deixou de ser computado, assim como o voto nulo. Hoje, por serem descartados do resultado final, a diferença entre branco e nulo acaba não se aplicando. O que difere as duas modalidades de voto, segundo o cientista político André Singer, é a simbologia. O voto branco signi-fica “tanto faz”: o eleitor apático pensa que qualquer um dos candidatos pode ganhar e nada mudará; ele delega a responsabilidade e o poder de escolha para a maioria. Já o voto nulo é uma manifestação do desagrado do eleitor, que não se identifica com nenhum dos candidatos, pois não são aptos ou dignos de receber seu voto. “Para resumir, em princí-pio seriam votos com sentido oposto. Um de recusa total do processo eleitoral (voto nulo) e outro de aceitação total desse processo, in-cluindo seu resultado (voto em branco)”.

O que implica votar nuloTRuBuNa DE MiNaS - ON liNE - 21.08.2012

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hOjE EM Dia - MG - P. 03 - 21.08.2012Capital terá mais 294 câmeras de monitoramento do Olho Vivo

PBH e Estado anunciaram instalção de novos dispositivos, inclusive no entorno dos estádios

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MINAS GERAIS 8CULTURA

Nesta festa,estamos aprimorando

nosso olhar para a questão do patrimônio e sua importância para

nós, mineiros

Centenas de pessoas lotaram a Praça da Liberdade durante todo o sába-do (18) para celebrar o Dia do Patri-mônio Histórico. Entre as atrações,

a confecção de tapetes de serragem - relei-tura de uma das mais importantes manifes-tações culturais mineiras – encantou muita gente, que aproveitou para botar as mãos

Espaço Criança Esperança na montagem.Desde as 8 da manhã e por quase dez

horas, diversas bandas, corais e orquestras se revezaram ininterruptamente, mistu-rando velhos clássicos da música com su-cessos contemporâneos.

-

Cultural Praça da Liberdade, com apoio da

estandartes religiosos e uma série de tra-balhos artesanais das diversas regiões do Estado. De Resende Costa veio o tradicional colorido das colchas artesanais e um tear centenário, em pleno funcionamento.

patrimônio histórico e cultural, que se manifesta em

-zadores da festa, “reconhecer, valorizar e divulgar toda

essa celebração, tendo como cenário um dos principais

O Dia do Patrimônio Histórico, que se comemora no Brasil em 17 de agosto, lembra o nascimento do his-

(Belo Horizonte, 1898-1969). Profundamente ligado às questões de preservação do patrimônio, ele dirigiu o

--

NO CALENDÁRIO - De acordo --

mente no calendário de eventos de

foi o sucesso de um trabalho em parceria, cujo resultado pode ser visto hoje com uma programação

--

mos, no desenvolvimento humano através da arte, e que o bem maior

gente”, disse Ana Pacheco.A celebração teve ainda a co-

Vale, Copasa, Shopping Xavantes,

--

empresa de ônibus São Gonçalo.

Comemoração do Dia do

Patrimônio encheu de música, arte e gente a Praça da

Liberdade

VALORES - A secretária de Cultura, Elia-ne Parreiras, ressaltou o sucesso do evento em mobilizar a sociedade em torno da cele-bração do patrimônio cultural mineiro, seja

-

evento muito importante, porque coloca

valores tão fundamentais; estamos, nesta grande festa, aprimorando também nosso olhar para a percepção da questão do patri-mônio e de sua importância para nós minei-ros”, comentou.

também ressaltou o trabalho em público como oportunidade de envolver a população

estandartes e tapetes devocionais que são tão -

tunidade realmente de homenagearmos esse

Data é homenagem a jornalista

Sábado histórico

A cidade de Resende Costa trouxe o colorido de colchas artesanais e um tear centenário

Sábado histórico

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MINAS GERAIS 8CULTURA

Nesta festa,estamos aprimorando

nosso olhar para a questão do patrimônio e sua importância para

nós, mineiros

Centenas de pessoas lotaram a Praça da Liberdade durante todo o sába-do (18) para celebrar o Dia do Patri-mônio Histórico. Entre as atrações,

a confecção de tapetes de serragem - relei-tura de uma das mais importantes manifes-tações culturais mineiras – encantou muita gente, que aproveitou para botar as mãos

Espaço Criança Esperança na montagem.Desde as 8 da manhã e por quase dez

horas, diversas bandas, corais e orquestras se revezaram ininterruptamente, mistu-rando velhos clássicos da música com su-cessos contemporâneos.

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Cultural Praça da Liberdade, com apoio da

estandartes religiosos e uma série de tra-balhos artesanais das diversas regiões do Estado. De Resende Costa veio o tradicional colorido das colchas artesanais e um tear centenário, em pleno funcionamento.

patrimônio histórico e cultural, que se manifesta em

-zadores da festa, “reconhecer, valorizar e divulgar toda

essa celebração, tendo como cenário um dos principais

O Dia do Patrimônio Histórico, que se comemora no Brasil em 17 de agosto, lembra o nascimento do his-

(Belo Horizonte, 1898-1969). Profundamente ligado às questões de preservação do patrimônio, ele dirigiu o

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NO CALENDÁRIO - De acordo --

mente no calendário de eventos de

foi o sucesso de um trabalho em parceria, cujo resultado pode ser visto hoje com uma programação

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mos, no desenvolvimento humano através da arte, e que o bem maior

gente”, disse Ana Pacheco.A celebração teve ainda a co-

Vale, Copasa, Shopping Xavantes,

--

empresa de ônibus São Gonçalo.

Comemoração do Dia do

Patrimônio encheu de música, arte e gente a Praça da

Liberdade

VALORES - A secretária de Cultura, Elia-ne Parreiras, ressaltou o sucesso do evento em mobilizar a sociedade em torno da cele-bração do patrimônio cultural mineiro, seja

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evento muito importante, porque coloca

valores tão fundamentais; estamos, nesta grande festa, aprimorando também nosso olhar para a percepção da questão do patri-mônio e de sua importância para nós minei-ros”, comentou.

também ressaltou o trabalho em público como oportunidade de envolver a população

estandartes e tapetes devocionais que são tão -

tunidade realmente de homenagearmos esse

Data é homenagem a jornalista

Sábado histórico

A cidade de Resende Costa trouxe o colorido de colchas artesanais e um tear centenário

Sábado histórico

MINAS GERAIS 8CULTURA

Nesta festa,estamos aprimorando

nosso olhar para a questão do patrimônio e sua importância para

nós, mineiros

Centenas de pessoas lotaram a Praça da Liberdade durante todo o sába-do (18) para celebrar o Dia do Patri-mônio Histórico. Entre as atrações,

a confecção de tapetes de serragem - relei-tura de uma das mais importantes manifes-tações culturais mineiras – encantou muita gente, que aproveitou para botar as mãos

Espaço Criança Esperança na montagem.Desde as 8 da manhã e por quase dez

horas, diversas bandas, corais e orquestras se revezaram ininterruptamente, mistu-rando velhos clássicos da música com su-cessos contemporâneos.

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Cultural Praça da Liberdade, com apoio da

estandartes religiosos e uma série de tra-balhos artesanais das diversas regiões do Estado. De Resende Costa veio o tradicional colorido das colchas artesanais e um tear centenário, em pleno funcionamento.

patrimônio histórico e cultural, que se manifesta em

-zadores da festa, “reconhecer, valorizar e divulgar toda

essa celebração, tendo como cenário um dos principais

O Dia do Patrimônio Histórico, que se comemora no Brasil em 17 de agosto, lembra o nascimento do his-

(Belo Horizonte, 1898-1969). Profundamente ligado às questões de preservação do patrimônio, ele dirigiu o

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NO CALENDÁRIO - De acordo --

mente no calendário de eventos de

foi o sucesso de um trabalho em parceria, cujo resultado pode ser visto hoje com uma programação

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mos, no desenvolvimento humano através da arte, e que o bem maior

gente”, disse Ana Pacheco.A celebração teve ainda a co-

Vale, Copasa, Shopping Xavantes,

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empresa de ônibus São Gonçalo.

Comemoração do Dia do

Patrimônio encheu de música, arte e gente a Praça da

Liberdade

VALORES - A secretária de Cultura, Elia-ne Parreiras, ressaltou o sucesso do evento em mobilizar a sociedade em torno da cele-bração do patrimônio cultural mineiro, seja

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evento muito importante, porque coloca

valores tão fundamentais; estamos, nesta grande festa, aprimorando também nosso olhar para a percepção da questão do patri-mônio e de sua importância para nós minei-ros”, comentou.

também ressaltou o trabalho em público como oportunidade de envolver a população

estandartes e tapetes devocionais que são tão -

tunidade realmente de homenagearmos esse

Data é homenagem a jornalista

Sábado histórico

A cidade de Resende Costa trouxe o colorido de colchas artesanais e um tear centenário

Sábado históricoMiNaS GERaiS - P. 03 - 21.08.2012

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MINAS GERAIS 8CULTURA

Nesta festa,estamos aprimorando

nosso olhar para a questão do patrimônio e sua importância para

nós, mineiros

Centenas de pessoas lotaram a Praça da Liberdade durante todo o sába-do (18) para celebrar o Dia do Patri-mônio Histórico. Entre as atrações,

a confecção de tapetes de serragem - relei-tura de uma das mais importantes manifes-tações culturais mineiras – encantou muita gente, que aproveitou para botar as mãos

Espaço Criança Esperança na montagem.Desde as 8 da manhã e por quase dez

horas, diversas bandas, corais e orquestras se revezaram ininterruptamente, mistu-rando velhos clássicos da música com su-cessos contemporâneos.

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Cultural Praça da Liberdade, com apoio da

estandartes religiosos e uma série de tra-balhos artesanais das diversas regiões do Estado. De Resende Costa veio o tradicional colorido das colchas artesanais e um tear centenário, em pleno funcionamento.

patrimônio histórico e cultural, que se manifesta em

-zadores da festa, “reconhecer, valorizar e divulgar toda

essa celebração, tendo como cenário um dos principais

O Dia do Patrimônio Histórico, que se comemora no Brasil em 17 de agosto, lembra o nascimento do his-

(Belo Horizonte, 1898-1969). Profundamente ligado às questões de preservação do patrimônio, ele dirigiu o

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NO CALENDÁRIO - De acordo --

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Vale, Copasa, Shopping Xavantes,

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empresa de ônibus São Gonçalo.

Comemoração do Dia do

Patrimônio encheu de música, arte e gente a Praça da

Liberdade

VALORES - A secretária de Cultura, Elia-ne Parreiras, ressaltou o sucesso do evento em mobilizar a sociedade em torno da cele-bração do patrimônio cultural mineiro, seja

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evento muito importante, porque coloca

valores tão fundamentais; estamos, nesta grande festa, aprimorando também nosso olhar para a percepção da questão do patri-mônio e de sua importância para nós minei-ros”, comentou.

também ressaltou o trabalho em público como oportunidade de envolver a população

estandartes e tapetes devocionais que são tão -

tunidade realmente de homenagearmos esse

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Sábado históricoCONT... MiNaS GERaiS - P. 03 - 21.08.2012

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O TEMPO - MG - P. 29 - 21.08.2012

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ESTaDO DE MiNaS - MG - P. 22 - 21.08.2012

O casal que abusava sexualmente das três filhas menores em Reduto, na Zona da Mata, foi condenado ontem a mais de 230 anos de reclu-são. O pai, D.J.A., de 53 anos, foi sentenciado a 132 anos e cinco meses, e a mãe, M.S.A., de 28, a 98 anos, dois meses e três dias de reclusão. Se-gundo o processo, as crianças, hoje com 9, 6 e 5 anos, foram abusadas pelos pais por cerca de dois anos, por contatos físicos incrementados com fil-mes pornográficos, fantasias e roupas íntimas.

O casal está preso desde 27 de abril, depois de o Conselho Tutelar constatar a situação. A con-selheira Simone Pimentel disse que as meninas estão num abrigo, com acompanhamento psico-lógico, e não sentem falta dos pais. “Elas estão alegres, se recuperando das agressões. Caberá à Justiça definir se serão entregues a parentes ou à adoção.” A defesa pode recorrer da sentença. Os réus também perderam o poder familiar em relação às filhas.

ESTaDO DE MiNaS - ON liNE - 21.08.2012E aiNDa... GERaiS

Casal pega 230 anos por abusar de filhas

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Bruna Sensêve

Vestígios humanos encontra-dos na cena do crime ou no corpo da vítima são recolhidos e leva-dos para análise. As informações encontradas são apresentadas no tribunal a uma plateia atenta. Os jurados, convencidos pelas expli-cações de cientistas, condenam o réu. Comparações de impressões digitais, exames em fios de cabe-lo e análises de DNA são cons-tantemente usados em tribunais por parecerem inquestionáveis, principalmente aos olhos de lei-gos.

Porém, algumas vezes, essas evidências podem levar a erros. Preocupados com a gravidade das consequências de equívocos desse tipo, cientistas forenses norte-americanos pedem a pa-dronização dos procedimentos e mais consideração a um princípio básico da ciência: a dúvida.

Desde o início de fevereiro de 2009, a ciência forense não validada ou imprópria contribuiu para a condenação injusta de pelo menos 116 pessoas nos Estados Unidos. Os casos foram apresen-tados no 244º Encontro Nacional da Sociedade Americana de Quí-mica por uma equipe de advo-gados e cientistas do Innocence Project (Projeto Inocência), que busca, na utilização ou revisão de exames de DNA, a exonera-ção de pessoas presas por crimes que não cometeram. Mais de 50% das primeiras condenações injustas invalidadas pelo projeto envolviam a má aplicação da ci-ência forense.

Para o copresidente da Di-visão de Ciência Forense da So-ciedade Americana de Química,

Justin McShane, embora a prova de DNA seja importante e crucial, duas questões precisam ser con-sideradas. “Primeiro, precisamos reconhecer que, mal conduzido, o DNA pode ser a forma mais peri-gosa da ciência. Precisamos tam-bém estar conscientes da prova de DNA no contexto mais amplo do caso. Muitas vezes, a falta de DNA utilizável leva a uma con-clusão inadequada”, observa. Ele acredita que os jurados precisam ser céticos. “Com frequência, to-dos aceitam a análise sem pensar muito.”

Resistência A realidade dos laboratórios criminais é profun-damente conhecida por Frederic Whitehurst, agente do FBI. Ele teve papel essencial na reforma do Laboratório Criminal da institui-ção, iniciativa que quase lhe cus-tou o cargo. Whitehurst acredita que a resistência encontrada por ele é um sinal da falta de vontade de abraçar totalmente a discipli-na científica. A principal dificul-dade é a validação dos métodos de análise. Um método analítico validado seria aquele que o ana-lista sabe que vai responder ade-quadamente as perguntas feitas. No entanto, no caso de um crime, as perguntas são infindáveis.

“O laboratório que analisa amostras de água tem poucas perguntas levantadas e a vali-dação é uma tarefa simples. Ao laboratório de crime, por outro lado, é dado pouco ou nenhum recurso e, portanto, muitas vezes, não é possível testemunhar que seus protocolos são válidos. Sem esse testemunho, os tribunais não sabem se os pareceres emitidos pelos analistas estão corretos ou

não”, detalha.O monitoramento contínuo

dos laboratórios criminais deve-ria, então, acontecer como em qualquer empreendimento huma-no. “O problema é que os indiví-duos que monitoram os laborató-rios são os advogados de defesa e os promotores criminais. Indiví-duos sem educação, formação ou experiência científica”, argumen-ta o agente.

A padronização das técnicas aplicadas é uma saída apontada por John Lentini, um dos princi-pais investigadores de fogo dos Estados Unidos. Para ele, não há dúvida de que o sistema acu-satório usado é o melhor desen-volvido até agora, mas Lentini se questiona se não há como melho-rar. “Talvez, limitar a informação às pessoas que realizam os testes seria útil. Por exemplo, um quí-mico que fará a análise de resí-duos do incêndio não tem neces-sidade de saber o que pensa um investigador.”

A professora do curso de quí-mica forense da Universidade Fe-deral de Pelotas (UFPel), Elizan-dra Braganhol, vê a investigação de um crime como um quebra-cabeça. “Deve-se levar em con-ta o conjunto de evidências que permeiam um crime, para então montar o quebra-cabeça e extrair as devidas conclusões.”

No entanto, nenhuma técnica apresentaria 100% de acerto. Bra-ganhol exemplifica que testes de DNA podem ser passíveis de dú-vida quando a amostra biológica estiver contaminada ou degrada-da, por imperícia ou até pressão psicológica sobre o profissional, que às vezes é pressionado a libe-rar o resultado com rapidez.

ESTaDO DE MiNaS - ON liNE - 21.08.2012Erros que custam a liberdade

Desde 2009, falhas em exames forenses levaram 116 pessoas injustamente à cadeia nos EUA

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Rio de Janeiro – A Corregedoria Nacional do Ministério Público (MP) iniciou hoje (20) trabalho de inspeção no órgão estadual da instituição. A visita tem como objetivo verificar as condições de trabalho dos servidores, o cumprimento de determinações legais do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e os aspectos relacionados à gestão das unidades, como contratos e licitações, entre outros itens.

Nove estados receberam este ano a visita do grupo de trabalho da Corregedoria do Ministério Público. Para o se-gundo semestre, estão previstas ainda inspeções na Bahia e em Santa Catarina. A inspeção no Rio de Janeiro prosse-gue até sexta-feira (24). Nesse período, a população também será ouvida sobre a prestação do serviço no estado.

Segundo o corregedor nacional do MP, Jeferson Coe-lho, as visitas aos ministérios públicos estaduais servem para traçar um diagnóstico da instituição. “Pelas dimensões de nosso país, há questões de que não se têm ciência, que são muito peculiares a determinadas regiões. Quando se legisla para todo o Brasil, há necessidade de conhecimento do país de norte a sul, para que as determinações sejam aplicadas a todos”, destacou.

Coelho ressaltou os desafios que o grupo de analistas da corregedoria vai encontrar para trabalhar no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), por se tratar de um dos maiores do país. O corregedor informou ainda que a atuação do grupo não vai se limitar ao órgão estadual da instituição.

“Nós esperamos que seja muito positiva a visita, pois ela estará voltada para a sociedade. Qualquer cidadão pode ir ao corregedor e fazer um pleito, fazer um questionamento do funcionamento do Ministério Público aqui no Rio de Ja-neiro”, disse o corregedor.

A corregedoria estará atendendo ao público amanhã (21) e quarta-feira (22), no período da manhã e da tarde, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça do Rio de Janeiro, localizada nas dependências do MP-RJ, na região central da capital fluminense.

O procurador-geral de Justiça do Rio de Janeiro, Cláu-dio Lopes, defendeu o trabalho de correição realizado nos estados. De acordo com ele, essas atividades são importan-tes para padronizar o trabalho dos MPs em todos as unidades federativas.

“É importante que a corregedoria constate os lugares onde se funciona melhor, aqueles onde há maior deficiên-cia, para criar um padrão e assim colocar todo o Ministério Público brasileiro com um ótimo funcionamento, visando a atender à sociedade”, salientou.

Em setembro, será a vez das unidades do Ministérios Públicos da União (MPU) no estado passarem pela inspe-ção. Serão visitadas as sedes dos ministérios públicos Fe-deral, do Trabalho e Militar. Como agora, também haverá atendimento ao público em cada uma das instituições.

Edição: Davi Oliveira

As denúncias feitas ao telefone Disque 100 sobre violência contra crianças e adolescentes devem ganhar mais agilidade. Um convênio assinado na última sexta-feira (17/8) entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República e as unidades do Ministério Público do país permitirá que elas sejam repassadas, na mesma hora, aos diversos MPs, por meio de um sistema de computador com acesso comum.

O convênio faz foi assinado pela ministra dos Direitos Hu-manos, Maria do Rosário, e representantes dos MPs, reunidos durante o 1º Congresso Internacional do Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais do Ministério Público (CNPG). “Este termo de cooperação faz com que quando uma pessoa telefona de qual-quer lugar do Brasil, a qualquer hora, esta ligação seja transcrita e, via online, apareça na tela do Ministério Público de cada um dos estados brasileiros”, disse Rosário.

Segundo a ministra, a denúncia será encaminhada diretamen-te aos conselhos tutelares, para toda a rede de apoio e para dele-gacias. Ela destacou que o objetivo também é fortalecer a rede de proteção a crianças e adolescentes.

O ouvidor nacional dos Direitos Humanos, Bruno Renato Tei-xeira, disse que 80% das denúncias ao Disque 100 são referentes à violência contra crianças e adolescentes. “Apenas neste primeiro semestre, já recebemos mais de 20 mil denúncias relacionadas a violações aos direitos humanos”, afirmou.

O Disque 100 também pode ser usado para denúncias de vio-lência contra idosos, deficientes físicos, tortura, violência policial e homofobia. O serviço é gratuito, não exige identificação e fun-ciona todos os dias da semana, 24 horas por dia. Com informações da Agência Brasil.

Revista Consultor Jurídico, 20 de agosto de 2012

Ligações gravadas pelos investigadores indicam que o uso de celular no Presídio Central vai além das negociações feitas por Nataniel da Silva. Ontem, o Jornal Nacional, da Rede Globo, mos-trou que detentos entram em contato com tribunais e o Ministério Público em busca de informações sobre os processos a que res-pondem. Às vezes, se identificam até mesmo como advogados. Em uma das ligações ao MP, um traficante preso pede para que o

processo seja agilizado.Segundo a Justiça gaúcha e o Superior Tribunal de Justiça

(STJ), as informações passadas aos detentos sobre os processos são públicas e estão disponíveis para qualquer cidadão. A direção do Presídio Central admitiu que é muito difícil controlar a entrada de celulares, mas afirmou que faz revistas semanalmente. De ja-neiro até julho, 850 aparelhos foram apreendidos com os presos.

aGêNCia BRaSil - DF - CONaMP - 21.08.2012

Corregedoria Nacional do Ministério Público faz inspeção no Rio de Janeiro

CONSulTOR juRíDiCO - SP - CONaMP - 21.08.2012

Denúncias serão repassadas automaticamente aos MPs

ZERO hORa - RS - CONaMP - 21.08.2012

Detento telefonava até para o MP

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BRASÍLIA. Comitês da Verdade, Memória e Justiça de todo o país enviaram documento à Comissão da Verdade com quase 150 reivindicações e pedem que Estado não apenas identifique agentes que cometeram violações durante a dita-dura, mas que os julguem por esses supostos crimes.

Os 23 comitês, associações e grupos que assinam esse ma-nifesto ainda querem que, no final dos trabalhos, seja produzi-da e fixada uma lista com nomes de mandantes, executores,

facilitadores, cúmplices e acobertadores desses atos.

O coordenador do Projeto Direito à Memória e à Verdade, da Secretaria de Direitos Humanos, Gilney Viana, ex-preso político, defende a punição desses militares.

As entidades querem, ainda, a responsabilização dos ór-gãos de repressão, como Oban, Doi-Codi, Centro de Informa-ções do Exército (Ciex) e Centro de Informações da Marinha (Cenimar), pelos crimes cometidos.

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Comitês solicitam os nomes de torturadores

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Almir Pazzianotto PintoÉ imprevisível o desfecho que terá o mensalão. A Ação

Penal n.º 470-MG caracteriza-se pela complexidade decor-rente da natureza e da variedade das acusações, de complica-ções processuais, intervenções extraprocessuais e da presen-ça de influentes réus da cúpula petista. O projeto do ministro Carlos Ayres Brito, do Supremo Tribunal Federal, de vê-lo concluído até o final deste mês esbarra em repetidos obstá-culos constitucionais e legais, que garantem aos acusados, conhecidos vulgarmente como mensaleiros, infindáveis ma-nobras protelatórios de defesa.

Advogados habituados à defesa de criminosos sabem que têm a seu favor a histórica morosidade dos tribunais e certa dose de leniência em relação ao crime. Não por outras razões, as ruas fervilham de condenados, desde homicidas e assaltantes até os de colarinho engomado. Indivíduos de alta periculosidade e reincidentes se valem do direito de defesa em liberdade, outros cumprem pequena parcela da condena-ção e voltam ao convívio social, para delinquir novamente. Os réus do mensalão aguardaram sete longos anos até que desassombrada atuação do ministro relator, Joaquim Barbo-sa, remetesse o processo à pauta e o presidente da Corte, ministro Ayres Brito, fixasse apertado cronograma de julga-mento. Impenetrável mistério é por que ambas as providên-cias não haviam sido, até então, tomadas.

Em tempos outros, parte pequena do povo acompanha-ria o desenvolver dos fatos por leitura de jornais, ou breves informações radiofônicas. A presença da televisão nas salas de julgamento converteu aquilo que se assemelhava a tem-plo maçônico, inacessível a olhos profanos, em cenário de dramas e comédias, protagonizados por sisudos intérpretes do Direito, dezenas de coadjuvantes e anônimos figurantes.

A televisão, como é do seu feitio, invadiu os lares, nos horários nobres, com capítulos do mensalão. Permitiu aos brasileiros acompanhar, em tempo real, o semblante, os ges-tos, a expressão corporal e o desempenho de cada ministro. A cada um de nós foi possível nos sentirmos participantes do espetáculo, formar juízo acerca do tormentoso processo e antecipar, por convicção própria, o destino de cada acusa-do.

O mensalão é fruto do emaranhado sistema processual brasileiro, cujo maior pecado reside na falta de objetividade. A pretexto do direito de defesa, as ações prolongam-se in-definidamente, consomem milhares de horas e de folhas de papel, divididas em dezenas de volumes, até que um dia o caso caia no esquecimento. Habituados a ela, vemos a moro-sidade como fenômeno natural e a impunidade, como privi-légio das elites. Como deplorava o padre Antônio Vieira no Sermão do Sábado Quarto da Quaresma, “sempre a justiça é zelosa contra os que podem menos”. Ocorre-me à memó-ria o sucedido em Cuba, no ano de 1989. Oficiais-generais, coronéis e majores das Forças Armadas foram presos para serem submetidos ao Tribunal de Honra, sob a acusação de corrupção, desvio de dinheiro e envolvimento com o tráfico de entorpecentes. O líder do grupo era o general Arnaldo

Ochoa Sánchez, detentor do título de Herói da República de Cuba, terceiro homem na hierarquia militar, com missões de comando na Etiópia e em Angola.

O juízo teve início no mesmo dia da prisão, 14 de ju-nho. Aos acusados foi garantido o direito de se defenderem. Todos procederam com grande dignidade diante da Corte, reconhecendo os fatos e se declarando arrependidos. O ge-neral Ochoa e outros três oficiais de alta patente foram con-denados à morte e fuzilados no dia 13 de julho. Aos demais foi imposta pena de 30, 25 e 10 anos cárcere. O processo é reproduzido, por inteiro, no livro Causa 1/89: Fin de la Conexion Cubana, da Editorial José Martí, Havana, do qual possuo exemplar que me foi ofertado pela Embaixada de Cuba em Brasília, em 30 de outubro de 1989.

Descabe-me estabelecer paralelos entre Cuba e Brasil. São países soberanos, cada qual com circunstâncias pró-prias, caráter, história, cultura, regime jurídico. Tampouco seria apropriado comparar o Tribunal de Honra das Forças Armadas Revolucionárias com o Supremo Tribunal Fede-ral. Não pretendo, também, examinar se o direito de defesa foi exercitado de maneira plena. O país de Fidel Castro tem conhecidos aliados entre nós, e irredutíveis adversários; é inevitável, portanto, que as opiniões acerca do julgamento se dividam.

Se 30 dias são pouco para se tomar decisão condenatória, sete anos não deixam de ser uma eternidade. Afinal, os réus do mensalão são acusados de corrupção, ativa e passiva, la-vagem de dinheiro e formação de quadrilha, para “garantir a continuidade do projeto de poder do Partido dos Trabalhado-res, mediante a compra de suporte político de outros partidos políticos e do financiamento futuro e pretérito (pagamento de dívidas) das suas próprias campanhas eleitorais”.

Não se sabe como e quando se encerrará o julgamento. A breve aposentadoria do ministro Cezar Peluso imprimi-rá nova composição ao tribunal, que durante certo período deixará de ter 11 e passará a contar com 10 ministros. Logo depois será a vez do presidente Ayres Britto, cujo cargo será transmitido ao ministro Joaquim Barbosa.

É impossível calcular de quantas armas dispõe a defesa. Sabem os acusados, todavia, que a chance de vitória está na fuga. De quem tenta usar escusos recursos extraprocessuais para obstruir a marcha da causa tudo se deve esperar.

Sob a vigília cívica do povo, a Ação Penal n.º 470-MG continuará em marcha. A prevalecer a opinião pública, “a sofisticada organização criminosa, dividida em setores de atuação, que se estruturou profissionalmente para a prática de crimes como peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, gestão fraudulenta, além das mais diversas formas de crime” (denúncia, fls. 5.621), já está condenada.

Resta-nos aguardar.

* ADVOGADO, FOI MINISTRO DO TRABALHO E PRESIDENTE DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRA-BALHO

O ESTaDO DE SP - ON liNE - 21.08.2012

O desfecho

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