20º encontro 1ºano

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PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA FORMAÇÃO COM PROFESSORES ALFABETIZADORES UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE EDUCAÇÃO NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO 13 de outubro de 2014 Formadoras de Matemática - 1º ano: Euléssia Costa Silva Rosangela Cardoso Silva Barreto Vanusa Stefanon Maroquio Formadoras de Linguagem - 1º ano: Elis Beatriz de Lima Falcão Maristela Gatti Piffer Selma Lúcia de Assis Pereira

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Page 1: 20º encontro 1ºano

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

FORMAÇÃO COMPROFESSORES ALFABETIZADORES

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTOCENTRO DE EDUCAÇÃO

NÚCLEO DE ALFABETIZAÇÃO, LEITURA E ESCRITA DO ESPÍRITO SANTO

13 de outubro de 2014

Formadoras de Matemática - 1º ano:Euléssia Costa Silva

Rosangela Cardoso Silva BarretoVanusa Stefanon Maroquio

Formadoras de Linguagem - 1º ano:Elis Beatriz de Lima Falcão

Maristela Gatti PifferSelma Lúcia de Assis Pereira

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Leitura

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Conversando... Na leitura do livro Fugindo das garras do gato observamos que

os ratinhos foram desenvolvendo estratégias de registros a partir de determinada situação comunicativa que os levou a formular questões e a construir representações para comunicar os dados. Nesse processo de produção os personagens da história foram utilizando um conjunto de conhecimentos matemáticos que podem ser explorados em sala de aula.

Quais conhecimentos matemáticos podem ser trabalhados a partir dessa literatura infantil?

Qual eixo da Educação Matemática esses conhecimentos estão relacionados?

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Conversando

• No texto quais as situações os ratinhos queriam pesquisar?

• No contexto da história quem deveria decidir que estratégias seriam utilizadas?

• Todos votavam ou apenas parte dos ratinhos?• Na primeira situação de votação eles

deveriam decidir entre duas variáveis, quais eram elas?

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Caderno 7

Educação Estatística

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Reflexões iniciais...

O objetivo deste caderno é apresentar a Educação Estatística, fornecendo ao professor elementos que permitam o planejamento de práticas pedagógicas que auxiliem a criança a reconhecer e produzir informações, em diversas situações e diferentes configurações. Nesse sentido este caderno aponta como objetivos e conhecimentos a serem trabalhados:

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MEC, PNAIC, Caderno 7, Matemática, , 2014, p. 5 e 6.

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Relacionando o Caderno 7 com os direitos da aprendizagem...

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De acordo com os PCNs (BRASIL, 1998, p. 27), em relação à Educação Estatística é importante que seja trabalhado um amplo espectro de conteúdos, desde o ensino fundamental: “elementos de estatística, probabilidade e combinatória, para atender à demanda social que indica a necessidade de abordar esses assuntos”. Nesse sentido, é importante refletirmos:

A Educação Estatística vem sendo trabalhada na escola? Como é desenvolvido esse trabalho? Quando? Quais instrumentos são utilizados?

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Vídeo

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No texto A pesquisa como eixo estruturados da Educação Estatística (p.7), Verônica Gitirana, explica que:

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MEC, PNAIC, Caderno 7, Matemática, 2014, p. 7.

Como a Educação Estatística nos anos iniciais é muito recente, é preciso pensar:

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Sistematizando

Nesse sentido o Pacto traz no caderno 7 (p. 5-6) a necessidade de inserir a criança no universo da investigação, a partir de situações de interesse próprio, realizando coletas de dados e apresentando-os em gráficos e tabelas.

Vamos conferir?! (leitura circular)

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De acordo com a autora, para entender como a Estatística funciona e como podemos desenvolver um trabalho nessa área devemos levar a criança a entender:

1. O que queremos investigar;2. Que população iremos investigar;3. Levantar hipóteses;4. Amostra da população que será investigada;5. Como coletar dados;6. Como apresentar esses dados;7. Interpretar esses dados;8. Construir e interpretar gráficos e tabelas.

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Vejamos o exemplo relatado no caderno do Pnaic (p. 8) a partir de uma curiosidade das crianças:

Qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?

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1. O que queremos investigar?

A criança chega à escola cheia de questionamentos. A curiosidade é uma qualidade das crianças que, por falta de valorização, vai, ao longo dos anos, desaparecendo . A Educação Estatística ajuda a valorizar o desenvolvimento dessa curiosidade. (p. 8)

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2. Que população queremos investigar?

• Os colegas da sala, os professores da escola, alunos de outras turmas, familiares, vizinhos, ...

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3. Levantando hipóteses

Quais as possíveis hipóteses que poderiam ser levantadas em relação a pergunta: Qual o bicho de estimação preferido dos meus colegas?

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3. Levantando hipóteses

Gato, cachorro, coelho, galinha, coelho, etc.

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4. Quem fará parte da pesquisa?

• Após a definição da população a ser investigada é preciso decidir se todos serão pesquisados ou apenas uma parte da população – uma amostra. É preciso assegurar que as variáveis identificadas sejam levadas em conta no momento de escolher uma amostra. (p. 9)

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Tipos de Variáveis

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Brilhante ( ) Com Cheiro ( ) Barulhento ( )

Leve Pesado

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5. Como coletar os dados?

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• A decisão do método de coleta e classificação dos dados é necessária para que não haja problema durante a coleta e análise dos dados coletados.

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6. Como apresentar os dados?

• Após a coleta e organização dos dados, vem uma etapa de análise estatística desses dados. Precisamos buscar as medidas estatísticas que permitam responder à questão posta:

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No livro “Fugindo das Garras do Gato”...

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7. Interpretando os dados• É importante apresentar os dados tratados por

meio de gráficos e tabelas que tenham relação com as perguntas levantadas, e dizer o que se pode interpretar a partir deles. Uma tendência comum das crianças é fugir dos dados e falar o que acham, mesmo que os dados digam outra coisa. É preciso buscar que elas sejam críticas e contrastem o que pensam com o que os dados dizem. Fazer uma apresentação para comunicar os resultados e, se for o caso tomar decisões. (p. 16)

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Reflexões sobre práticas de leitura e produção de textos a partir da Educação Estatística

Considerando o exemplo de trabalho com a Educação Estatística utilizado no Caderno 7, com o tema Bichos preferidos da turma, analisaremos as práticas de produção dos textos a partir das seguintes problematizações:

1. Com qual finalidade as tabelas e os gráficos foram produzidos?

Para organizar e comunicar resultados da pesquisa desenvolvida.

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2. Para quem?

3. Qual o conteúdo dos textos?

Para as crianças da turma e outras Para as crianças da turma e outras pessoas da escola. pessoas da escola.

Animais de estimação preferidos dos Animais de estimação preferidos dos meninos e das meninas. meninos e das meninas.

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4. Quais características desses gêneros textuais podem ser observadas?

Para melhor apresentação dos dados, esses gêneros são compostos por elementos da linguagem verbal e da linguagem não verbal.Os elementos composicionais não verbais mais utilizados são: linhas, caixas, cores, curvas, figuras geométricas e números.Na linguagem verbal são utilizadas palavras escritas nos títulos, denominações, eixos, legendas ou dados e informações.

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5. Qual domínio social de circulação esses gêneros são mais utilizados?

Transmissão e construção de

saberesExpor

Apresentação textual de diferentes formas dos

saberes

texto expositivo (em livro didático)exposição oralseminárioconferênciacomunicação oralpalestraentrevista de especialistaverbeteartigo enciclopédicotexto explicativotomada de notasresumo de textos expositivos e explicativosresenharelatório científicorelatório oral de experiência...

Tomando como referência a classificação proposta por Dolz e

Schneuwly (2004) podemos incluir os gráficos e as tabelas no

conjunto de gêneros textuais que integram a esfera

TRANSMISSÃO E CONSTRUÇÃO DE SABERES.

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Conforme explica Gitirana (p.17), a classificação está na base de várias atividades humanas.

Vejamos.... (leitura circular)

Classificação e categorização.

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MEC, PNAIC, Caderno 7, Matemática, 2014 p. 17.

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Sistematizando

Classificação é um conceito importante na Educação Estatística. Para classificar as crianças precisam ser levadas à estabelecer critérios para criação de categorias.

Em estatística, e em várias situações da vida cotidiana, é importante gerar categorizações em que um mesmo dado seja alocado sempre em apenas uma categoria. (p. 19)

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• A partir de gráficos e tabelas podemos nos informar sobre os mais variados assuntos e, a partir dos dados, refletir sobre o que eles indicam sobre a temática. Assim, o trabalho com estatística pode ser facilmente integrado com qualquer outra área de conhecimento ou disciplina. Nesse sentido, é fundamental que os dados utilizados nessas representações sejam reais, pois somente dessa forma poderão subsidiar reflexões sobre fenômenos naturais ou sociais. (p.21)

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Por meio dessas estratégias as crianças podem aprender a resumir grandes quantidades de dados a partir da produção de gráficos e tabelas com diferentes finalidades:

- dar tratamento adequado à dados de pesquisa; - organizar dados para melhor compreensão de determinados

fenômenos; - comunicar resultados de eleições, pesquisas, enquetes, etc.- identificar necessidades e potencialidades de situações

observadas;- resolver situações a partir do tratamento das informações

obtidas.

De quais modos as informações podem ser sistematizadas?

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Tipos de gráficos e sua construção no ciclo de alfabetização

Os gráficos evidenciam uma visão geral dos dados e favorecem a compreensão. Mas, essa aparente facilidade pode trazer implicações para a interpretação dos dados e a escolha do tipo de gráfico precisa estar apoiada sobre os fatores que motivarem sua produção e não apenas sobre a sua aparência Nesse sentido, é importante que as crianças tenham oportunidade de conhecer os diferentes tipos de representações gráficas, para serem capazes de reconhecer a mais adequada aos seus objetivos (GUIMARÃES E OLIVEIRA, p. 21).

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Gráfico de Barra: tanto horizontal como vertical, permite estabelecer comparações de frequências ou porcentagem.

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Fugindo das Garras do Gato

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Gráfico de Setores: Este tipo de gráfico permite que comparemos as partes em relação ao todo, cada

parte ou setor é uma fração do todo.

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Gráfico de Setores: importante

p.23

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Gráfico de Linhas: Os gráficos de linhas geralmente apresentam dados de determinados eventos no

decorrer de um espaço de tempo.

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Pictogramas: é o mais indicado para o trabalho

com as crianças pequenas. Seja por sua simplicidade, seja pelo apelo visual que oferece. Nesses gráficos utilizamos ícones para representar os dados.

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Na história do livro “Fugindo das Garras do Gato”

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Sistematizando Desde o início da escolarização, os alunos são capazes de

compreender aspectos da variabilidade entre os dados apresentados em um gráfico, o que pode ser potencializado se eles vivenciarem na escola situações de ensino que os desafiem a analisar e refletir sobre dados tratados estatisticamente. Diante de um gráfico, vários tipos de questões podem surgir. Podemos, por exemplo, perguntar sobre pontos extremos do gráfico (ponto máximo e mínimo), pedir a localização da frequência de uma categoria ou a categoria de uma frequência, a localização de acréscimos, decréscimos ou ausência de variação.

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Questões como essas levam os alunos a procurar a resposta no próprio gráfico relacionando suas informações. As respostas a essas questões estão expressas no gráfico. Entretanto, muitas vezes, queremos tomar decisões a partir dessas informações e para isso, temos que fazer uma extrapolação dos dados apresentados, realizando aquilo que é chamado de inferência informal. A inferência informal é um processo criativo, indutivo, no qual o aluno gera uma hipótese provisória, observando padrões nos dados. Essa é uma abordagem poderosa para desenvolver o raciocínio estatístico dos alunos (p.30).

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Trabalhando com tabelas

• No campo da Estatística, uma tabela é uma organização matricial composta por linhas e colunas, cujas interseções são denominadas de células, nas quais se encontram dados que podem ser números, palavras, frases, etc. Em uma tabela, nas linhas está apresentada uma variável e nas colunas outra(s) variável (is) relacionadas. (p.31)

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Tipos de Tabelas

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Tabela nos livros Didáticos (p.34)

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Tabela nos livros Didáticos (p.34)

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Tabela nos livros Didáticos (p.34)

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Atividades LD “A escola é Nossa” 1º ano

LD, p. 92

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Atividades LD “A escola é Nossa” 1º ano

LD, p. 172

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Atividades LD “A escola é Nossa” 1º ano

LD, p. 182

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Reflexões sobre práticas de leitura e produção de textos a partir da Educação Estatística

A partir dos exemplos citados por Guimarães e Oliveira, podemos refletir sobre a importância da mediação na produção, leitura e compreensão de gráficos e tabelas.

Conforme ressaltado pelas autoras para construir um gráfico, por exemplo, é preciso conhecer as especificidades da representação. A escala é uma dessas especificidades e tem se constituído em desafio para os alunos (p. 29).

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A leitura de um gráfico requer, também, o desenvolvimento de estratégias, pois as informações não são expostas de maneira linear e seus modos de representação são variados, com elementos verbais e não verbais que integram os sentidos do texto. Assim...

(GUIMARÃES E OLIVEIRA, Caderno 7, PNAIC, p. 30, 2014)

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(GUIMARÃES E OLIVEIRA, Caderno 7, PNAIC, p. 30 - 31, 2014)

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Assim, desde a formulação das questões, elaboração das hipóteses, escolha das amostras e instrumentos adequados para a resolução de problemas, a coleta dos dados, classificação e representação dos mesmos para uma tomada de decisão, até a atividade de leitura e compreensão do texto, é necessário planejamento e mediações intencionais que promovam apropriações devidas, tanto dos conhecimentos sobre a situação de produção dos textos como dos conhecimentos matemáticos.

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• Analisaremos e construiremos agora, a partir das discussões socializadas, um plano de aula de acordo com as considerações e subtítulos organizados.

Atividade 3: Análise dede um plano de aula

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Referências bibliográficas

• BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Educação Estatística. Brasília: MEC, SEB, 2014. 88 p.

• BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Diretoria de Apoio à Gestão Educacional. Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa: Organização do trabalho pedagógico. Brasília: MEC, SEB, 2014. 88 p.

• SCHNEUWLY. Bernard; DOLZ, Joaquim e Colaboradores. ROJO, Roxane. CORDEIRO, Glaís Sales (Org.). Gêneros orais e escritos na escola. São Paulo: Mercado das Letras, 2004.