2018-4-12 jornal do sinsej€¦ · sete cláusulas econômicas, 17 sociais e três acordos não...

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JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO CORREIOS Pode ser aberto pela ECT DEVOLUÇÃO GARANTIDA ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA| www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ 9912405031/2016 - DR/SC SIND SERV MUN JVE Mala Direta Básica CORREIOS Pode ser aberto pela ECT DEVOLUÇÃO GARANTIDA Mudou-se Desconhecido Recusado Falecido End. Insuficiente Não existe n o indicado ____ / ____ / ____ ____ / ____ / ____ Reintegrado ao serviço postal em ________________________ RESPONSÁVEL 9912282088/2011 - DR/SC SINSEJ Mala Direta Básica Agência Paraná Todo apoio aos professores do estado do Paraná Categoria e estudantes estão sendo perseguidos por participação em movimentos que reivindicam direitos pág. 7 Trabalhadores são punidos mesmo após terem sido fortemente reprimidos no “Massacre do Centro Cívico” DEFINIDAS PAUTAS DE REIVINDICAÇÕES Servidores de Joinville, Garuva e Itapoá cobram abertura de negociações com os prefeitos pág. 3, 4 e 5 Kályta Morgana de Lima Seminário discutirá o tema em 24 de abril, às 19 horas, no Sinsej O que podemos comemorar nos 10 anos do Piso do Magistério? pág. 8 Campanha Salarial dos servidores de Garuva continua Resistir a ataques e ampliar direitos em Itapoá Prefeito procura ignorar Pauta de Reivindicações apresentada e categoria tem nova assembleia em 25 de abril pág. 3 Próxima assembleia será em 8 de maio e vai avaliar andamento da mesa de negociações com a Prefeitura pág. 3 Prefeito acaba com lotação por unidade para punir luta dos trabalhadores com transferências Kályta Morgana de Lima

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Page 1: 2018-4-12 Jornal do Sinsej€¦ · sete cláusulas econômicas, 17 sociais e três acordos não cum-pridos pelo governo. Uma no-va assembleia, que irá avaliar o andamento da Campanha

JORNAL DO SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOS MUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO

CORREIOSPode ser aberto pela ECT

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

Mudou-seDesconhecidoRecusadoFalecidoEnd. Insufi cienteNão existe no indicado

____ / ____ / ____

____ / ____ / ____

Reintegrado ao serviço postal em

________________________RESPONSÁVEL

ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51 | DISTRIBUIÇÃO GRATUITA| www.sinsej.org.br

Jornal do SINSEJ

9912405031/2016 - DR/SCSIND SERV MUN JVE

Mala DiretaBásica

CORREIOSPode ser aberto pela ECT

DEVOLUÇÃO GARANTIDA

Mudou-seDesconhecidoRecusadoFalecidoEnd. Insufi cienteNão existe no indicado

____ / ____ / ____

____ / ____ / ____

Reintegrado ao serviço postal em

________________________RESPONSÁVEL

9912282088/2011 - DR/SCSINSEJ

Mala DiretaBásica

Agência Paraná

Todo apoio aos professores do estado do ParanáCategoria e estudantes estão sendo perseguidos por participação em movimentos que reivindicam direitos

pág. 7 Trabalhadores são punidos mesmo após terem sido fortemente reprimidos no “Massacre do Centro Cívico”

DEFINIDAS PAUTAS DE REIVINDICAÇÕES

Servidores de Joinville, Garuva e Itapoá cobram abertura de negociações com os prefeitos

pág. 3, 4 e 5

Kályta Morgana de Lima

Seminário discutirá o tema em 24 de abril, às 19 horas, no Sinsej

O que podemos comemorar nos 10 anos do Piso do Magistério?

pág. 8

Campanha Salarial dos servidores de Garuva continua

Resistir a ataques e ampliar direitos em Itapoá

Prefeito procura ignorar Pauta de Reivindicações apresentada e categoria tem nova assembleia em 25 de abril

pág. 3

Próxima assembleia será em 8 de maio e vai avaliar andamento da mesa de negociações com a Prefeitura

pág. 3

Prefeito acaba com lotação por unidade para punir luta dos trabalhadores com transferências

Kályta Morgana de Lima

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2 ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51| DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

A prisão do ex-presidente Lula expôs ainda mais o pa-pel totalitário que cumpre o Poder Judiciário. Há alguns anos, poucas pessoas para-vam para pensar como fun-ciona a Justiça. Quem elege um juiz? Quem deu lugar vita-lício no topo do poder aos 11 ministros do Supremo Tribu-nal Federal (STF)?

Independente das convic-ções políticas de cada um – cada vez mais exacerbadas pela polarização da luta de classes – é preciso compre-ender que as recentes deci-sões do STF têm o objetivo político de atingir o conjunto da organização da classe tra-balhadora.

A rejeição do pedido de Habeas Corpus de Lula so-ma-se à jurisprudência cria-da pelo STF em 2016, que autorizou a execução de pe-na após a condenação em segunda instância. A Consti-tuição diz que “ninguém se-rá considerado culpado até o trânsito em julgado de sen-tença penal condenatória”. O texto é claro, mas para os mi-nistros do STF tudo é relativo, porque, no fundo, a questão é política.

As manobras para poster-gar a votação da Ação Direta de Constitucionalidade que questiona todos os casos de prisão em segunda instância também fazem parte do jogo. Metade do Supremo quer pro-teger políticos como Michel Temer e Aécio Neves, que poderão ser presos se as re-gras não mudarem. No entan-to, para isso, será necessário soltar Lula.

Mas não é apenas a Justi-ça que está falida. Trata-se de um profundo desmoronamen-to no pacto social que gerou a Constituição de 1988, que em sua essência manteve um Estado capitalista e suas ins-tituições. Quem ainda acredi-ta em um sistema que man-tém Temer na presidência, sem ser eleito, sem o mínimo de apoio popular, soterrado em denúncias de corrupção? Em um Congresso que aprova a Reforma Trabalhista e que tenta aprovar a Reforma da Previdência? Em uma Polícia Militar com fortes indícios de envolvimento na execução da

vereadora Marielle? Na ideia de Exército como protetor su-premo do povo, quando ele é utilizado para uma sangrenta intervenção no Rio, chutan-do portas, matando gente ho-nesta nas favelas? Quem con-fia em um general que usa o Twitter para ameaçar uma no-va ditadura?

Cada vez mais um senti-mento de desconfiança e de que está tudo errado percor-re a classe trabalhadora. A “Frente pela Democracia”, ca-pitaneada pelo PT, CUT e vá-rios setores da “esquerda”, não agrega. Talvez justamen-te porque os trabalhadores se perguntem que tipo de demo-cracia se está defendendo.

A possibilidade de pren-der pessoas antes que sua culpa seja definitivamente comprovada é perigosa, prin-cipalmente para o movimen-to organizado dos trabalhado-res. Os servidores de Joinville estão acostumados com uma Justiça que “senta em cima” de liminares que tentam im-pedir descontos de greve, mas que julga em 15 minutos a proibição de paralisações. A este ritmo, em pouco tem-po teremos dirigentes de lu-ta presos, sem a necessidade de comprovar nenhum crime.

No entanto, não é possí-vel pedir que o povo saia às ruas sem falar toda a verda-de. E o próprio Lula afirmou pouco antes de ser preso que acredita nesta Justiça. Ele ad-mite que a burguesia nunca ganhou tanto quanto em seu governo. Este homem mere-ce ser julgado por não ter fei-to um governo dos e com os trabalhadores, mas pela clas-se operária, não por este Ju-diciário.

Não há saída para a hu-manidade com as tentativas de revitalizar a democracia burguesa. O único remédio é enterrar este sistema morim-bundo. Isso exige mobiliza-ção e organização, clareza e determinação. Exige construir novas instituições controla-das e dirigidas pelos traba-lhadores em luta e com seus representantes legitimamen-te eleitos, em assembleias e reuniões, que assumam o controle de toda economia e dos rumos políticos do país.

Democracia? Que democracia?

CHARGE - SANDRO

Envie pautas para [email protected]

EDITORIAL SINSEJ

CURTAS

No final de março, a Prefei-tura de Itapoá lançou a porta-ria 2.602/18, que trata da lota-ção dos servidores públicos. De forma arbitrária, o governo re-organizou os trabalhadores, lo-tando-os em secretarias e não mais em unidades. Na prática, isso garante o remanejamento do trabalhador a qualquer mo-mento, permitindo que a Pre-feitura realize perseguições ve-ladas. A revogação da portaria é um dos pontos da Pauta de Rei-vindicações.

Em 19 de março os servido-res de Joinville foram surpreen-didos pela Prefeitura, que des-cumpriu um dos acordos de greve e exigiu a reposição de horas de paralisações até o dia 30 de abril deste ano. O acor-do assinado pelo prefeito era que a compensação seria sem O Sinsej orienta os servido-

res que utilizam os convênios a, antes de efetuarem a primeira compra, consultarem o saldo e, se necessário, realizarem o des-bloqueio do cartão pelo telefo-ne (47) 3433 6966. Além disso, o sindicato esclarece que o li-mite para parcelamento é úni-co. Ou seja, a soma das parcelas não poderá ultrapassar o limite.

Os cartões continuam sendo entregues nos locais de traba-lho. A empresa Brasil Card tam-bém vem realizando plantões no Sinsej para quem desejar re-ceber o cartão com urgência. As datas serão divulgadas pelas re-des do sindicato.

Arbitrariedade em Itapoá

Reposição de horas paralisadas

Orientações sobre os convênios

prazo delimitado, e sem preju-ízos na carreira dos servidores. O Sinsej está cobrando da Se-cretaria de Gestão de Pessoas a correção deste equívoco.

Agence France-Presse/Divulgação

Maio de 68: exemplo a seguirMaio de 1968 foi um ano histórico para a luta dos trabalhadores e jovens. Movimentos grevistas explodiram em todo o mundo. Os servidores são chamados a seguirem esse exemplo em 2018.

IMAGEM DE DESTAQUE

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3DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÚMERO 51 | ABRIL DE 2018www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

Primeira assembleia da categoria foi realizada em 27 de março e os servidores aguardam o início das negociações com o governo

Kályta Morgana de Lima

ITAPOÁ - A próxima assem-bleia dos servidores aconte-ce no dia 8 de maio, às 19 ho-ras, na Câmara de Vereadores. Nela, será analisada a respos-ta da Prefeitura quanto à Pau-ta de Reivindicações e os pró-ximos passos do movimento. Um dos principais anseios dos trabalhadores é o envio ime-diato à Câmara de Vereadores da proposta de Plano de Car-reira (PCCS) apresentada pe-la categoria.

Há pouco tempo a atu-al administração demonstrou que o município não tem pro-blemas fi nanceiros, mas de prioridades. O prefeito criou 26 novos cargos comissiona-dos para favorecer amigos.

Ele também retirou a lota-ção por unidade de trabalho.

Uma manobra que pode ser-vir para punir o servidor, re-movendo-o a qualquer tem-po junto aos benefícios que o acompanham. Exemplo disso já foi visto em greve anterior e poderá acontecer em toda a Prefeitura se esse ataque não for barrado.

O governo tenta ainda di-vidir a categoria, prometendo gratifi cações para uns e Plano de Carreira para outros sepa-radamente, ignorando a pro-posta de PCCS apresentada pelos trabalhadores, que con-templa a todos.

A Campanha Salarial é o momento de cobrar mudan-ças no que está errado no ser-viço público. Participe. Leia a Pauta de Reivindicações com-pleta na página 5.

Servidores de Itapoá aguardam resposta

GARUVA - Os servidores estão convidados a participar da pró-xima assembleia, que acontece em 25 de abril, 19 horas, no Sin-sej. Nela, será avaliada a Cam-panha Salarial 2018 e os próxi-mos passos de mobilização.

Há mais de um mês, o Sin-sej enviou ofício ao prefeito Ro-drigo David (MDB) com a Pau-ta de Reivindicações defi nida pela categoria e um pedido de audiência. O chefe do Executi-vo não respondeu e reuniu-se de portas fechadas com o pre-sidente da Associação dos Ser-vidores, Marcelo Person. Sem

consultar os trabalhadores, os dois decidiram que este ano o vale-alimentação aumentaria para R$ 560, o reajuste do sa-lário seria de 2,5% (sendo que a reposição infl acionária, de 2,33%, está em lei aprovada em 2013 por pressão do sindicato) e a regularização do vencimen-to dos professores de nível I e II a fi m de cumprir o Piso Nacio-nal do Magistério.

Várias outras necessidades dos trabalhadores foram igno-radas. São exemplos: os 5% de ganho real, que procuravam iniciar a reposição dos 60% de

defasagem salarial da categoria e o retorno da jornada de tra-balho praticada até dezembro de 2017 nos setores administra-tivo e de obras – algo simples de resolver. Além disso, o rea-juste concedido ao Magistério deveria ser proporcional a toda a tabela.

Rodrigo David é servidor de carreira e deveria demons-trar mais respeito aos trabalha-dores da Prefeitura. A categoria precisa se mobilizar para exigir mais. A força do sindicato é a capacidade de mobilização dos trabalhadores. Ver pauta p. 5.

JOINVILLE - No dia 28 de março os servidores defi niram a Pau-ta de Reivindicações da Campa-nha Salarial 2018. O documen-to foi protocolado na Prefeitura e o Sinsej aguarda o início das negociações com o governo. Este ano, a categoria reivindica sete cláusulas econômicas, 17 sociais e três acordos não cum-pridos pelo governo. Uma no-va assembleia, que irá avaliar o andamento da Campanha Sala-rial, foi marcada para o dia 3 de maio, às 19 horas, na sede da entidade.

Entre os anos de 1996 e 2009, período que não havia uma direção atuante no sindi-cato, os servidores sofreram du-ros ataques. Durante estes anos, a categoria acumulou um total de 47,76% de perdas salariais, além da destruição do Plano de Carreira e outros retrocessos.

Desde 2010, o cenário co-meçou a mudar e já foram re-cuperados 7,36%. Além disso, a mobilização da categoria le-vou à conquista do vale-alimen-tação para todos e do triênio para os Agentes Comunitários de Saúde, gratifi cações para os servidores do Hospital São Jo-sé, um terço de hora-atividade nos CEIs, jornada de 30 horas para os agentes administrativos, entre várias outras conquistas.

É preciso avançar. A Cam-panha Salarial é um dos princi-pais momentos para a categoria reivindicar direitos e avançar em conquistas como saúde pa-ra os trabalhadores da Prefei-tura, melhorias de estrutura e contratação de novos funcio-nários. Investir no servidor é investir no serviço público ofertado à população: saúde, educação, cultura, lazer, espa-

ços públicos, entre outros. Dia-logue com os colegas, participe das assembleias e discuta com a população a importância deste momento. Ver pauta p. 4.

RepresentanteA Campanha Salarial tam-

bém é um momento importante para discutir a eleição do Repre-sentante por Local de Trabalho.

Esta é uma instância criada para ajudar no diálogo entre direção e categoria. Eleja o representan-te da sua unidade. A ata está dis-ponível no site do Sinsej.

Defi nida Pauta de Reivindicações

Assembleia que decidiu a Pauta de Reivindicações foi realizada no fi nal do mês de março

Francine Hellmann

Nova assembleia de avaliação da Campanha Salarial 2018 foi marcada para 3 de maio, às 19 horas, no Sinsej

Campanha Salarial continuaem Garuva por mais direitos

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4 ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51| DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

#nãotemarrego

ACORDOS NÃO CUMPRIDOS EM CAMPANHAS ANTERIORES:

Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2018 de JoinvilleCLÁUSULAS ECONÔMICAS:

CLÁUSULAS SOCIAIS:

1. Regulamentação da jornada de 30 horas semanais, sem redução de salário.

2. Aplicação imediata dos 33,33% de hora-atividade para os profissionais do magistério, em todos os níveis.

3. Revogação da portaria que suspende a possibilidade de converter um terço de férias em abono pecuniário, as indenizações e gozo de licença prêmio e o abono natalino.

4. Direito à licença prêmio para ACSs.

5. Liberação de um dia de serviço a cada dois meses para os representantes sindicais eleitos por local de trabalho e para os diretores suplentes da diretoria do sindicato.

6. Licença remunerada para graduação e pós-graduação dos servidores; fixação de critérios e vagas para as licenças de pós-graduação concedidas pela secretaria de educação.

7. Contratação imediata e abertura de concurso para suprir a demanda nas unidades.

8. Eleição direta para diretores e coordenadores de unidades, com o fim da indicação político-partidária.

9. Regulamentação da lotação e transferência dos servidores, conforme projeto apresentado pela categoria.

10. Revogação da extinção de cargos.

11. Apresentação de proposta imediata para o atendimento da saúde dos servidores, com garantia de consultas, exames, cirurgias e internações.

12. Revisão do Artigo 51 da Lei 266/2008, com a revogação da Instrução Normativa 001/2017 SGP/UAP.

13. Revisão do Calendário 2018 (Geral e Escolar).

14. Prioridade para os profissionais excedentes na escolha de vagas do Magistério.

15. Garantia de acessibilidade aos portadores de deficiência em todos os locais de trabalho.

16. Pagamento de insalubridade para todos os servidores lotados nas unidades de saúde.

17. Pagamento imediato da dívida da prefeitura com o Ipreville e o fim dos parcelamentos com o Instituto.

1. Revisão dos vencimentos pelo INPC acumulado no período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018.

2. Reajuste de 5%, de modo a recuperar parte das perdas salariais históricas da categoria.

3. Revisão mensal dos vencimentos pelo INPC (gatilho salarial).

4. Reajuste do valor do vale-alimentação para o

mesmo valor da cesta básica apurado pelo Dieese (R$ 425).

5. Revisão do PCCS geral, de modo a garantir progressão por titulação e formação para todos os servidores. Incluir ACS.

6. Revisão do PCCS do Magistério.

7. Pagamento da gratificação de ESF para ACSs e NASF.

1. Regulamentação de pagamento de abono aos servidores que trabalharem nos recessos e pontos facultativos (20/11/2013).

2. Pagamento da gratificação de alta complexidade para

servidores dos abrigos da SAS (Campanha Salarial 2014).

3. Garantir EPI e uniforme para os servidores.

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5DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÚMERO 51 | ABRIL DE 2018www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2018 de Itapoá

Pauta de Reivindicações da Campanha Salarial 2018 de Garuva

CLÁUSULAS ECONÔMICAS:

CLÁUSULAS SOCIAIS:

ACORDOS NÃO CUMPRIDOS EM CAMPANHAS ANTERIORES:

1. Regulamentação da jornada de 30 horas semanais, sem redução de salário.

2. Garantia de auxiliar em todas as turmas de creche.

3. Apresentação de proposta imediata para o atendimento da saúde dos servidores, com garantia de consultas, exames, cirurgias e internações. Criação de um programa

de saúde do trabalhador. 4. Criação do cargo de condutor de veículo de ambulância e emergência.

5. Revogação da portaria 2.602/2018, com a manutenção da lotação dos servidores em suas respectivas unidades (local) de trabalho.

1. Revisão dos vencimentos pelo INPC acumulado no período de 1º de maio de 2017 a 30 de abril de 2018.

2. Proposta para quitação das perdas salariais históricas da categoria conforme cálculo do Dieese, até o final do mandato da atual gestão municipal.

3. Elevação do valor do vale-alimentação para R$ 600.

4. Inclusão dos ACSs no PCCS da categoria.

5. Pagamento do percentual de insalubridade calculado sobre o vencimento do servidor.

6. Incorporação das gratificações aos vencimentos.

1. Revisão geral dos vencimentos, conforme Lei Ordinária 1.672/2013 e Art. 37, inciso X da Constituição da República Federativa do Brasil.

2. Reajuste de 5%, de modo a recuperar parte das perdas salariais históricas da categoria.

3. Equiparação do valor do vale-alimentação ao praticado na Câmara de Vereadores.

4. Instituição de abono natalino para todos os servidores.

5. Regulamentação da carga horária de 30 horas semanais para toda a categoria.

6. Retorno da escala de trabalho praticada até dezembro de 2017, no setor administrativo e de obras, que tiveram sua jornada de trabalho aumentada e horário alterado.

7. Aplicação integral da Lei 11.738/08 (Piso Salarial do

Magistério), inclusive no tocante à hora-atividade.

8. Correção da tabela salarial e extensão do crescimento horizontal enquanto o servidor estiver trabalhando.

9. Alteração da escala de trabalho para os servidores da UPA (motoristas: escala atual 12X36, nova escala 24X72. Dos técnicos de enfermagem: escala atual 12X36, nova escala 12X12 e 12X48).

10. Pagamento de hora-extra para os servidores que trabalham no recesso e nos pontos facultativos.

11. Pagamento de hora-extra sempre que ultrapassar às 40 horas semanais.

12. Pagamento da insalubridade para as cozinheiras.

13. Liberação de um dia de serviço a cada dois meses para os representantes sindicais eleitos por local de trabalho.

1. Licença paternidade de 20 dias.

2. Regulamentação da revisão salarial mensal (gatilho salarial), conforme acordado em 2016.

3. Envio imediato à Câmara de Vereadores do projeto contendo a proposta de PCCS apresentada pela categoria (aguardando resposta do acordo de 2017).

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6 ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51| DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

JOINVILLE - Há anos o Sinsej tem alertado a categoria sobre o rombo do Ipreville e os ris-cos que isso representa para a aposentadoria dos servidores. O desmonte do Instituto come-çou no governo de Luis Hen-rique da Silveira e continuou nos governos de Marco Tebal-di e Carlito Merss. Porém, com Udo Döhler os ataques se apro-fundaram: desde 2013, ano que assumiu a Prefeitura, nenhu-ma parcela da cota patronal foi completamente paga em dia. Além disso, a falta de contra-tação de novos servidores e a terceirização têm feito a dívida atuarial aumentar a níveis alar-mantes.

Em dezembro de 2017, por exemplo, os servidores contri-buíram com mais de R$ 5,5 mi-lhões para o Ipreville. Por lei, a Prefeitura deveria contribuir com o dobro. Ou seja, mais do que R$ 10 milhões. No entan-to, apenas R$ 4,2 milhões fo-ram depositados naquele mês. Em novembro, a parte dos tra-balhadores foi de mais de R$ 5 milhões e o município deposi-tou apenas R$ 3,9 milhões. Esta tem sido a regra todos os meses, desde 2013.

Além disso, de acordo com o último estudo, apresentado

ao Conselho Administrativo em dezembro de 2017, o défi-cit atuarial do Ipreville já ultra-passa R$ 735 milhões. Em de-zembro de 2015, a Prefeitura tinha 10.841 trabalhadores efe-tivos e, no mesmo mês de 2017, este número havia caído pa-ra 10.611. Segue também a ex-tinção de cargos e a terceiriza-ção de serviços no município. A não renovação de servidores le-va ao desequilíbrio entre os que contribuem e os que já estão aposentados. Em dezembro de 2013 a relação de servidores ati-vos com inativos era de 4,29 e, em dezembro de 2017, esse nú-

mero havia caído para 3,07.

TerceirizaçãoSomando-se as parcelas de

dívida patronal, atuarial e a compra de imóveis, a Prefeitura deve ao Ipreville quase R$ 1 bi-lhão. As somas das parcelas re-passadas mensalmente são de R$ 7,8 milhões. Apesar destes

números, o governo continua a terceirizar os cargos públi-cos. Corre na Câmara de Vere-adores o PLC 122/2017, que vai extinguir dezenas de cargos no município. A consequência dis-so é o repasse para a iniciativa privada. Com isso, diminui a ar-recadação do Instituto e a dívi-da atuarial sobe.

Imóveis No governo de Luiz Henri-

que (PMDB), para sanar dívi-das com o Ipreville, a Prefeitu-ra repassou ao Instituto diversos imóveis que eram utilizados pe-lo próprio município. Foi o ca-so do prédio da Rodoviária, Fá-brica de Tubos, Oficina, Usina de Asfalto, Expoville, entre ou-tros. Recentemente, o governo readquiriu a Expoville e um ter-reno, com prestações que agora também compõem a dívida da Prefeitura com o Ipreville.

Como resolver?Os trabalhadores sabem que

a única forma de resolver a si-tuação do Ipreville é a organiza-ção. A Prefeitura tem formas de manobrar as votações de parce-lamento e até mesmo a escolha do presidente do Conselho. A mobilização é essencial para ga-rantir o futuro da categoria.

Rombo no Ipreville arrisca aposentadorias

Somando-se as parcelas de dívida patronal, atuarial e a compra de imóveis, a Prefeitura deve ao Ipreville quase R$ 1 bi

A única forma de resolver a situação do Ipreville é a organização

GARUVA - A Prefeitura contra-tou recentemente uma em-presa para analisar se é viável instituir um Regime Próprio de Previdência. O Sinsej já se posicionou e reafirma que há riscos em adotar este mode-lo. Por mais sólidos que come-cem, esses institutos não são sustentáveis em longo prazo.

Os servidores de Garu-va ainda são segurados pelo INSS, que, ao fim, tem a garan-tia do Tesouro Nacional. Há dois anos, a Prefeitura apre-sentou o Projeto de Lei Com-plementar 3/2016, que pro-põe a criação de um Regime Próprio. Ele está parado na Câ-mara de Vereadores, mas ain-da pode ser colocado em vota-ção a qualquer momento.

Desmonte da Previdência Os regimes próprios de

previdência dos servidores pú-blicos no Brasil surgiram com a promessa de garantir segu-rança, conforto e rentabilida-de necessários para assegurar o futuro previdenciário dos servidores. Era o início do des-monte do Sistema de Previ-dência Público Estatal, Uni-versal e Solidário. Os regimes próprios retiram do governo federal a responsabilidade pe-la Previdência desses trabalha-dores. Pior ainda, jogam nas costas dos servidores a respon-sabilidade pelo sucesso dos seus Institutos e enfraquecem o INSS.

Na prática, quem controla os regimes próprios acaba sen-

do o prefeito, que pode indi-car os diretores de cada siste-ma. Os trabalhadores ficam apenas com o papel de acom-panhar e “fiscalizar”, por meio de conselhos administrativos e/ou fiscais. Além de não ha-ver a garantia do governo fe-deral, o dinheiro da aposen-tadoria dos servidores fica à mercê dos interesses regionais. O Ipreville, Instituto dos Servi-dores de Joinville, é um exem-plo (ler matéria ao lado).

INSSO INSS ainda é viável, pois,

além da contribuição do traba-lhador e do empregador, rece-be o aporte de diversos impos-tos. A Prefeitura tem afirmado que, caso algo dê errado, exis-te a possibilidade de voltar ao antigo regime. Esse discurso é muito perigoso, pois o INSS assegura apenas quem contri-buiu com ele e as regras para retornar não são claras. Acre-ditar nisso é uma aventura pe-rigosa. Além disso, é importan-te lembrar que o “rombo da Previdência” é uma mentira e que é preciso unificar forças contra a Reforma, que atingi-rá não apenas o regime geral, mas também os próprios.

AssembleiaOs servidores estão convo-

cados a participar da próxima assembleia, no dia 25 de abril, às 19 horas, no Sinsej, para dis-cutir a previdência e os pró-ximos encaminhamentos da Campanha Salarial 2018.

Contra um Regime Próprio em Garuva

Os Regimes Próprios não são sustentáveis, arriscam as aposentadorias dos servidores e enfraquecem o INSS

Francine Hellmann

Udo Döhler não fez nenhum pagamento da cota patronal previdenciária em dia

Aline Seitenfus

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7DISTRIBUIÇÃO GRATUITA | NÚMERO 51 | ABRIL DE 2018www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

Fica cada vez mais evidente a máxima de que “um ataque a um trabalhador em qualquer lugar do mun-do é um ataque a toda a classe trabalhadora”. O que vem acontecendo no Brasil em diversos estados são situações que devem colocar os trabalhadores não só em alerta, mas em uma rede de solidariedade e de combate pelos direitos da classe, pela garantia dos serviços públicos e pela liberdade de expressão em relação a qualquer desses temas.

No último período, educadores e estudantes da rede pública do Paraná vêm enfrentando corajosa-mente os ataques contra a educação pública promo-vidos pelos governos estadual e federal. Os educado-res realizam greves e mobilizações desde 2014, com destaque para a luta contra o saque do fundo previ-denciário promovido pelo governo Beto Richa, que culminou, em 29 de abril de 2015, no “Massacre do Centro Cívico”, quando uma intensa repressão poli-cial deixou centenas de manifestantes feridos. Já os estudantes, em 2016, realizaram o maior movimento de ocupação de escolas do país, com mais de 850 ins-tituições ocupadas, em protesto contra a reforma do Ensino Médio e a PEC do teto dos gastos do Gover-no Federal.

Em meio a uma crise sem precedentes do capita-lismo no Brasil, não basta querer jogar todos os cus-tos nas costas da classe trabalhadora. É preciso tam-bém silenciá-la. Por isso, a emergência de projetos de lei do tipo “Escola Sem Partido”. A intenção é cerce-ar e criminalizar os que lutam em defesa da educação pública gratuita, laica, de qualidade e para todos. Fa-zendo eco a essas práticas, mais uma ação foi instau-rada na rede estadual do Paraná: a perseguição a edu-cadores por suposta participação nas ocupações das escolas e de outras manifestações a partir de 2016.

Professores e funcionários das escolas ocupadas foram chamados pelos Núcleos Regionais de Educa-ção para prestarem depoimentos sobre as ocupações. Na instauração dessas sindicâncias, assistentes de áre-as e pedagogos dos setores intimaram os educadores em seus horários de trabalho para um processo in-quisitório que podia chegar a quatro horas de depoi-mento. Diretores também foram colocados na linha de frente e responsabilizados pelas ocupações, sendo citados por terem “permitido” tal movimento. O go-verno ignora completamente a independência e a au-tonomia de um movimento legítimo, organizado pe-los próprios estudantes.

Educadores que cederam aulas, fi zeram doações ou simplesmente se colocaram a favor do movimen-to em redes sociais estão sendo responsabilizados por incitação às ocupações. Ou seja, manifestar posição tornou-se crime. A mordaça está estampada no rosto

dos professores, funcionários e estudantes da rede es-tadual do Paraná.

No Paraná são mais de 3,5 mil casos do funciona-lismo sofrendo essa perseguição política. Sem provas, através de ouvidorias anônimas, sindicâncias, proces-sos administrativos e do uso de entulhos autoritários como o Estatuto do Magistério, cria-se um clima de coação.

Moção de apoioDiante disso, O Sinsej se solidariza com os traba-

lhadores e trabalhadoras em educação do estado do Paraná. A punição a estes profi ssionais é uma puni-ção a todos os trabalhadores. Não é possível aceitar o cerceamento às liberdades democráticas. Ninguém pode ser perseguido por defender a educação públi-ca, gratuita e para todos. Somos todos trabalhadores em educação.

O Sinsej também pede aos servidores que mani-festem seu apoio a essa categoria. Isso pode ser feito através da moção contra as perseguições políticas aos educadores paranaenses, disponível no site do sindi-cato (http://www.sinsej.org.br/2018/03/contra-per-seguicao-aos-trabalhadores-em-educacao-parana/).

Solidariedade aos trabalhadoresem educação do Paraná

Após o conhecido “Massacre do Centro Cívico”, Beto Richa persegue politicamente educadores

Terra Sem Males/Divulgação

Desde que assumiu o estado, Beto Richa tem aplicado uma política de ataques à educação e massacre aos professores

Trabalhadores e jovens são exemplo de luta

Antônio More

Professores rechaçam a fi gura do governandor

Fabiano Stoiev

No Paraná são mais de 3,5 mil casos do funcionalismo sofrendo essa perseguição política. Sem provas, através de ouvidorias anônimas

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8 ABRIL DE 2018 | NÚMERO 51| DISTRIBUIÇÃO GRATUITA www.sinsej.org.br Jornal do SINSEJ

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DIREÇÃOELABORAÇÃOFrancine HellmannJornalista - MTB 4946/SC

Aline SeitenfusKályta Morgana de Lima

Joinville - Rua Lages, 84, Centro. Fone: (47) 3433 6966 | Garuva - Av. Celso Ramos, 1846, sala 1. Fone: (47) 3455 0967 | Itapoá - Rua Mariana Michel’s Borges, 271, sala 3. Fone: (47) 3443 1763.

SINDICATO DOS SERVIDORES PÚBLICOSMUNICIPAIS DE JOINVILLE E REGIÃO

SINSEJ Ulrich Beathalter PresidenteMara Lúcia Tavares Secretária GeralFlávia Antunes Tesoureira

Josiano Godoi Secretário de ComunicaçãoJoão Batista Verardo Secretário de Assuntos JurídicosMárcio Avelino do Nascimento Secretário de Formação Sindical Antonio Félix Mafra Secretário de Patrimônio

Edson Tavares Diretor SindicalNinon da Rosa Peres Diretora Sindical Deise Regina Pereira de Lima Diretora Sindical

JOINVILLE - Em 16 de julho de 2008 era sancionada a Lei 11.738/08 – a Lei do Piso Sala-rial Profissional do Magistério. Ela apresenta dois fatores deter-minantes para a valorização pro-fissional e para a qualidade de vi-da dos profissionais da educação básica pública. Primeiro, fixa um valor para o piso profissional na-cional, depois, reserva um espa-ço mínimo de tempo, dentro da jornada de trabalho, para que o profissional execute atividades de planejamento, estudo, prepa-ração e correção de conteúdos e avaliações.

Já no seu primeiro ano, a lei do piso estabeleceu um valor de R$ 950 como salário mínimo a ser pago a um profissional do magis-tério, cuja formação fosse em ní-vel médio. De lá para cá o Piso Nacional do Magistério evoluiu 101,04%. No mesmo período, o INPC acumulou 54,45%. Em Joinville, para efeitos de compara-ção, os salários gerais dos servido-res receberam neste período rea-juste de 60,88%.

Em Joinville, o cargo de pro-fessor nível médio está em extin-ção, mas continua sendo a refe-rência na tabela e no PCCS do Magistério. Enquanto o piso sa-larial nacional está hoje em R$ 2.455,35, o piso na Prefeitura de Joinville está em R$ 2.170,09. O PCCS do Magistério em Joinville prevê um acréscimo de 50% para o vencimento em nível de gradu-ação. Isso significa que, com ba-se no atual piso salarial nacional, o vencimento inicial de um pro-fessor graduado deveria ser R$ 3.683,02. Se considerarmos o pi-so real praticado (R$ 3.245,43), sofremos uma perda mensal de R$ 437,59 – somente para os pro-fessores em início de carreira. No ano, a perda chega a quase R$ 6 mil. Obviamente, a perda é maior para quem possui tempo de ser-viço, pós-graduação e acesso de cursos de capacitação.

A polêmica: hora-atividade

Segundo a Lei 11.738/08,

“Na composição da jornada de trabalho, observar-se-á o limite máximo de 2/3 (dois terços) da carga horária para o desempe-nho das atividades de interação com os educandos”. Ou seja, se o professor trabalha 40 horas-au-la semanais, no mínimo 13 horas--aula deveriam ser reservadas pa-ra seu planejamento. Restariam, como aulas efetivamente traba-lhadas com os alunos, no máxi-mo 27 horas-aula.

Há no Brasil inúmeras ações judiciais tramitando nas mais di-versas comarcas e instâncias do Judiciário, a fim de exigir o cum-primento da Lei. Em sua defesa, os governos criam teses absurdas, em que computam tempo de in-tervalo das escolas, horas que não estão previstas no calendário es-colar e outros malabarismos pa-ra comprovar a oferta de um ter-ço de hora-atividade. É comum também os sistemas confundirem hora-aula com hora-relógio. Daí atribuem a jornada do professor em hora-relógio, quando na prá-tica distribuem sua atuação em horas-aula de 40, 45 ou no máxi-mo 50 minutos. A diferença pa-ra os 60 minutos da hora-relógio é computada como hora-ativida-de. Uma manobra grosseira pa-ra mascarar a precariedade das condições de trabalho dos docen-tes – um verdadeiro insulto à ca-tegoria.

Em Joinville, até 2009 não tí-nhamos hora-atividade reservada na jornada de trabalho. Trabalha-va-se 10% a mais, com remunera-ção, a título de hora-atividade. A partir de 2009, já na vigência da lei do piso, foi instituída a hora--atividade de 20%. Em 2014 a Pre-feitura de Joinville comprome-teu-se com a implantação integral dos 33,33%, o que deveria acon-tecer de forma escalonada até o início de 2019. Estamos às véspe-ras de se completar o prazo des-te acordo. Na prática, a Prefeitura implantou, com algumas distor-ções, o terço de hora-atividade na Educação Infantil, no ano de 2015. Agora, em 2018, inicia a im-

plantação nas séries iniciais do Ensino Fundamental. Nas séries finais, porém, a proposta era a im-plantação gradual ao longo dos cinco anos. Até o momento, po-rém, não avançou nenhuma aula.

A saída é a lutaDesde 2010, o cumprimen-

to integral da Lei 11.738/08 tem sido item permanente na pauta de reivindicações da ca-tegoria. Estamos 10 anos atra-sados na implantação da hora--atividade. Quanto ao salário, se não ocorrer uma mudança significativa na política salarial, poderemos ver nossa carrei-ra ser achatada, a exemplo do que ocorreu no estado e em di-versos municípios. Neste que-sito, o município de Araquari deu um importante exemplo este ano, ao aprovar Lei muni-cipal vinculando o reajuste dos salários do magistério ao rea-juste do piso salarial nacional.

Ao sancionar a Lei em 2008, o então presidente da República cedeu à pressão dos governadores e vetou um im-portante artigo – o que previa a punição aos governos que a descumprissem. Foi esse o pre-cedente para que, Brasil afo-ra, estados e municípios ajam de forma tão distinta. Enquan-to alguns governos, pressiona-dos pelos trabalhadores, fo-ram mais longe na valorização dos profissionais do magistério a maioria busca brechas para não cumprir a lei.

O que faz valer a lei é a ca-pacidade de unidade, organi-zação e luta do magistério. São os próprios profissionais do magistério que precisam com-preender a importância da sua profissão e buscar a valorização ideal para o seu trabalho. Este é o momento propício para es-sa discussão e para a ação.

Participe do Seminá-rio que vai debater mais am-plamente esta questão. Será no dia 24 de abril, às 19 horas, na sede do sindicato.

10 anos do Piso Nacional do Magistério: devemos comemorar?

Servidores estão convidados para Seminário do Magistério no dia 24 de abril, às 19 horas, no Sinsej

Os salários-base dos professores nas redes estaduais brasileiras se aproximam ao piso nacional, mas o estado do Maranhão se destaca

muito acima para alguns docentes

Magistério de Joinville já provou sua capacidade de luta

Kályta Morgana de Lima

Remuneraçãodocente por estado

A partir de março, o piso sala-rial dos professores da rede es-tadual do Maranhão recebe um reajuste de 6,81%, o que coloca o estado em primeiro lugar na

Os dados foram fornecidos pelas respectivas Secretarias de Educação estaduais, os valores de estados que não aparecem no gráfico não foram enviados até a

remuneração docente, com um salário de R$ 5.750 para 40 ho-ras semanais. Veja a colocação de outros estados do país para a mesma carga horária em 2018:

0

Bahia

Santa Catatina

Espírito SantoRio Grande do Sul

Piso Nacional

Goiás

São PauloPiauí

Paraná

Amapá

Distrito Federal

Amazonas

Pará*Tocantins

Mato Grosso

Mato Grosso do Sul

Maranhão

1000 2000 3000 4000 5000 6000

Fonte: Nova Escola

publicação ou não possuem carga horária de 40 horas semanais.* O valor é referente à 200 horas mensais para professores do estado do Pará