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REVISTA REVISTA DA CÂMARA MUNICIPAL DOS MOSTEIROS - Nº 9 - AGOSTO DE 2011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - EDITOR: ALFA COMUNICAÇÕES Estrada Cutelo Alto está concluída "Casa para Todos" já arrancou Atalaia vai ter Centro Cultural Construir para transformar

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REVISTA

REVISTA DA CÂMARA MUNICIPAL DOS MOSTEIROS - Nº 9 - AGOSTO DE 2011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - EDITOR: ALFA COMUNICAÇÕES

Estrada Cutelo Alto está concluída"Casa para Todos" já arrancouAtalaia vai ter Centro Cultural

Construir para transformar

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sumário

Propriedade: Câmara Municipal dos Mosteiros – Caixa Postal nº 1 – Cidade da Igreja – Mosteiros – Ilha do Fogo – República de Cabo Verde - Telefones: (+238) 283.10.38/10.39 - Fax: (+238) 283.10.36

Produção e Edição: Alfa-Comunicações - Palmarejo – Caixa Posta nº 690 – Praia – República de Cabo Verde - África Ocidental - Telemóvel: (+238) 992.32.38 - Telefone: (+238) 262.86.77 - Fax: (+238) 262.85.05 E-mail: [email protected]

Colaboram nesta edição: Gisela Coelho • Rewriter: Filinto Elísio

Grafismo: Andres Vince (Alfa-Comunicações, SA) • Impressão e acabamento: Pré&press – Sintra – Portugal

Tiragem: 2.500 exemplares • Distribuição Gratuita

F I C H A T É C N I C A

E n t r e v i s t a . . . . 4 a 7Fernandinho Teixeira quer cumprir a sua visão de transformação de Mosteiros

D e s e n v o l v i m e n t o C o m u n i t á r i o e P r o t e c ç ã o C i v i l . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14Autarquia quer levar água corrente às zonas altas

D e s p o r t o , C u l t u r a e J u v e n t u d e . . . . . . . . . . . . . . . 16 e 17

Câmara investe na Formação Profissional

O b r a s e S a n e a m e n t o . . 18 e 19Edilidade aposta na habitação condigna

E s c o l a “ M i n i n u s d i t e r r a " . . 25Crianças e adolescentes desenvolvem talento paraa arte

D e s p o r t o . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Seleccionador Nacional capacita treinadores de futebol

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editorialCaros munícipes,

Carlos Fernandinho TeixeiraPresidente da Câmara

Municipal dos Mosteiros

É com alegria e satisfação que me dirijo a todos vocês, aos que se encontram no arquipélago e aos da nossa décima ilha na Diáspo-ra, por altura da celebração das Festas do Município em honra a

nossa padroeira, Nossa Senhora da Ajuda.Estamos todos reunidos e, por isso, quero partilhar com vocês o

processo de transformação que Mosteiros tem em curso.A avaliação cabe a vocês, mas permitam-me dizer que o Município

não é o mesmo desde que assumimos a Presidência da Câmara Municipal dos Mosteiros e que as transformações têm conhecido um ritmo mais acelerado nestes últimos anos de mandato.

Mosteiros conheceu um desenvolvimento sem precedentes. Mas, sendo ambiciosos, sabemos que ainda falta - nos fazer muito, principalmente na adução de água a algumas localidades das zonas Altas, com vista a facilitar a vida das pessoas e das comunidades. Este é o nosso “calcanhar de Aquiles”, mas estamos empenhados em mudar este cenário.

Ainda vamos a tempo de poder cumprir este desiderato se não nos faltar o impulso da cooperação internacional, mas também o vosso engajamento, que é fundamental.

Hoje, claramente, estamos perante um Município com mais qualidade de vida. Temos mais infra-estruturas sociais, culturais e desportivas.

Temos mais estradas de penetração e acesso, mais arruamentos nas diferentes localidades, que vieram facilitar com maior conforto e qualidade a mobilidade das pessoas e bens.

Apostamos fortemente na habitação condigna com a construção e reabilitação de centenas de casas. Em curso está o projecto Casa Para Todos que vai contribuir fortemente para diminuir este problema.

Temos consciência de que a taxa de desemprego, sobretudo entre os mais jovens, é algo que não nos satisfaz e por isso temos investido no empreendedorismo e capacitação dos jovens para driblar o problema.

Mas, isso só não chega. Precisamos atrair investimentos nacionais e internacionais. Mais economia local, mais economia solidária, mais economia da cultura, de forma a tirarmos partido das nossas potencialidades.

Agricultura, pesca e pecuária, aliadas ao Turismo são os nossos motores chave de desenvolvimento e precisamos de pensar mais na economia de escala.

Isso passa pela modernização destes sectores mas também pela reorganização dos circuitos de produção e distribuição.

A todos os mosteirenses, estando cá, noutras ilhas ou no estrangeiro, espero que continuemos juntos, a construir um Mosteiros melhor.

Não importa de que partido, de que igreja ou de que localidade, fiquemos juntos e de mãos dadas a acreditar no potencial de desenvolvimento deste Município.

Continuemos juntos na transformação do nosso concelho. Nesta hora grande, a vez é nossa. Não desperdicemos esta grande oportunidade.

Aproveitamos esta oportunidade para desejar a todos os munícipes residentes no concelho, nas ilhas de Cabo Verde e na diáspora, boas festas do município dos Mosteiros e da nossa padroeira- Nossa Senhora de Ajuda.

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A menos de um ano de terminar o seu segundo mandato, o que é que falta fazer (cumprir) da sua Plataforma Eleitoral?Fizemos muito. O município não é igual desde que assumimos a Presi-dência da Câmara Municipal dos Mos-teiros e as transformações aceleraram nestes últimos anos de mandato.

O município conheceu um desen-volvimento sem precedentes. Mas, sendo ambiciosos, ainda nos falta fazer muito. Falta-nos cumprir, por exemplo, a adução de água a algumas localidades com vista a facilitar a vida das pessoas e das comunidades. Ainda vamos a tem-po de poder cumprir este desiderato se não nos faltar o impulso da cooperação internacional.

Quais foram os principais ganhos do seu município ao longo dos últimos anos? Os ganhos são enormes. Investimos for-te na infra-estruturação de Mosteiros.

Basta vermos a estrada de acesso a Cutelo Alto, a desencravar localidades como Boca Curral, Monte Barro, Fei-joal de Cima, mas também a permitir o desenvolvimento da agricultura no escoamento rápido dos produtos.

Fizemos o acesso a Barreira e a construção de arruamentos nas locali-dades de Relva, Achada Grande, Cor-

FERNANDINHO TEIXEIRA GARANTE RECANDIDATURA

“Quero cumprir a minha visão de transformação de Mosteiros”

A menos de um ano de terminar o seu segundo Mandato à frente dos destinos de Mosteiros, o presidente da Câmara Municipal,

Fernandinho Teixeira destaca a infra-estruturação, o acesso à habitação condigna e o desencravamento das populações como as principais conquistas da sua equipa autárquica. Consciente dos desafios que ainda persistem relativamente ao combate ao desemprego, alerta que é preciso transformar as potencialidades em economia e apela ao empreendedorismo, mas também ao investimento privado.

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vo, Mosteiros Trás, Queimada Guin-cho, Fajãzinha e Rocha Fora.

Em termos estritos de infra-estru-turas desportivas, construímos os po-livalentes de Pai António e de Ribeira do Ilhéu e concluímos o arrelvamento e a remodelação do Estádio Municipal.

Depois, temos a construção do Mata-douro Municipal que veio incrementar as condições de saúde pública e veterinária; o Auditório Municipal, que vai ser inau-gurado nas Festas do Município e que irá, igualmente, dar um impulso enorme à cultura, à Juventude e à realização de eventos de grande porte nos Mosteiros.

Em termos de Desenvolvimento Social, mais precisamente no campo da Habitação Social, construímos dezenas de casas, centenas de casas de banho e contribuímos para reabilitar mais de quatro centenas de habitações.

Juntamente com o Ministério do Ambiente Habitação e Ordenamento do Território, está-se a construir 52 ha-bitações no âmbito do Programa Casa para Todos, em Mosteiros Trás.

E, em breve, iremos implementar mais 73 unidades noutras localidades. Ademais, é notório que temos mais água, menos pobreza e as pessoas vi-vem melhor hoje, que ontem.

Mudanças graduaisQuais as principais áreas onde esses ganhos foram mais visíveis?A construção de equipamentos sociais como os polidesportivos, o auditório, a Casa de Direito, o estádio, a clínica e o centro cultural “Talaia Baixo”, em progresso neste momento, entre outras iniciativas do Governo e da Edilidade, criam ganhos palpáveis e visíveis.

Tudo isso vai criar um impacto po-sitivo na qualidade de vida das pessoas. Não são comparáveis ao Mosteiros de há 8 anos atrás, tão pouco ao Mosteiros de há 4 anos.

As mudanças são graduais. Apesar da prevalência de alguns problemas, as pessoas estão melhores, mais realiza-das e mais satisfeitas. Há uma edilidade próxima e amiga da população.

Quais têm sido os maiores constran-gimentos ao desenvolvimento do seu município?

A taxa de desemprego, sobretudo na franja juvenil, é algo que não nos sa-tisfaz e revela que ainda há muito a fazer para fomentar o empreendedo-rismo e as actividades geradoras de rendimento.

Outro aspecto negativo é o recor-rente círculo da pobreza. Precisamos atrair investimentos nacionais e inter-nacionais. Precisamos que a ilha tenha um porto mais moderno e um aeropor-to internacional.

Mais economia local, mais econo-mia solidária, mais economia da cultu-ra. Temos de pensar a nível da Região Fogo, se calhar da Região Fogo e Bra-va ou mesmo da Região de Sotavento.

Criar escala, abrir mercados, fomentar os privados.

Transformar potencialidades em economia

Como driblar esses obstáculos?Precisamos de mais operadores econó-micos e que estes sejam mais activos e ousados.

Criamos o Gabinete Observató-rio Económico e Social para ajudar as pessoas no sentido de inventariar e, de forma assertiva, investir em áreas com potencial de sucesso.

O Gabinete tem feito um bom tra-

“As mudanças são graduais. Apesar da prevalência de alguns problemas, as pessoas estão melhores, mais realizadas e mais satisfeitas”.

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balho, mas há entraves burocráticos de financiamento de projectos geradores de rendimento.

Os operadores necessitam de fi-nanciamento mais facilitado e de um banco mais ligado ao desenvolvimento local e social. A Agricultura, a Pecuá-ria e a Pesca são sectores que, se bem trabalhados, e em cadeias de produção e distribuição, poderão resultar em ga-nhos para Mosteiros.

As potencialidades destes sectores estão claramente subaproveitadas. Há um esforço para a reformatação de po-líticas no sentido de reaproveitamento das potencialidades destes sectores.

Neste momento está-se a desenvol-ver uma acção de formação em agricul-tura pela Escola Secundária dos Mos-teiros, com vista a estimular os jovens para a agricultura e pecuária como saí-da para ao desemprego.

A UNICV em parceria com as Câma-ras Municipais da Região abriu cursos de técnicos em área de irrigação e turismo de nível superior profissionalizante.

É preciso educar, capacitar, pro-duzir, gerar rendimento, dinamizar a economia. Depois, pensamos que o Tu-rismo é um potencial nosso – do Fogo.

Uma ilha com uma cultura tão ori-ginal e arreigada, com uma natureza tão pródiga de que se destaca o Vulcão, um café tão apreciado e uma produção de vinho de qualidade, é uma ilha de enorme potencialidade turística.

Cabo Verde terá muito a ganhar se focalizar mais atenção turística à ilha do Fogo.

Organizar circuito agrícolaMosteiros é um Concelho com inúme-ras potencialidades agrícolas, mas no entanto, a população parece não estar a tirar partido económico-financeiro dessas potencialidades. O que é que está a falhar?Bem, em primeiro lugar, a distribuição de terrenos agrícolas não abona a lógi-ca da economia agrária. A par disso, a agricultura que se pratica até agora é de subsistência.

Outrossim, precisamos de certifi-car, capacitar e valorizar os nossos pro-dutos em toda a sua cadeia de produção e comercialização.

Há que introduzir com mais acuida-de a extensão rural. Quantas vezes

um agricultor com diversos produtos, não tem onde os colocar? É obrigado a vender ao desbarato para que não fique desperdiçado. Há que reavaliar o circuito de produção e de distribuição.

A agricultura poderá ser potenciada para driblar a questão do desempre-go, combate à pobreza e falta de ren-dimento das famílias e até dos jovens. Como pretende canalizar essas poten-cialidades?Modernizar a agricultura e a economia agrária. Mudar de modo de produção. Melhorar a irrigação, a higiene fitos-sanitária, a sementeira, o plantio e a colheita, a comercialização. É preciso aumentar também a dinâmica do mer-cado consumidor.

O mesmo se pode dizer do turismo, que ainda não está a ser devidamen-

“…é preciso que a economia cresça mais, que haja mais investimento público e privado, que as pessoas sejam empreendedoras, para que haja uma descida substancial da taxa de desemprego”.

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te explorado. Quais os seus projectos neste campo para tirarsustentabilida-de às potencialidades turísticas?O Turismo exige opções de fundo. Opções políticas de fundo. Olhar a ilha no seu todo e projectar Chã das Caldeiras, o Vulcão, o Parque Natu-ral, incluindo a Floresta de Monte Ve-lha, e a Cidade de São Filipe em Patri-mónio Mundial.

Valorizar produtos nossos a nível mundial como o Café, o Queijo e o Vi-nho. Criar infra-estruturas portuárias, aeroportuárias, viárias e hoteleiras.

Criar um roteiro turístico centrado na História, Cultura, Paisagismo, Ciên-cia e Ambiente. Investir nas festas po-pulares. As bandeiras do Fogo são um potencial turístico incalculável.

Vejamos os casos da Bandeira de São Filipe e da Bandeirona e outras bandeiras de todas as localidades da ilha. Veja, que

em todas as localidades e, praticamente, ao longo do ano se festejam as bandeiras. Levantar avante o projecto cultural do Museu do Café nos Mosteiros.

Que outras medidas tem em carteira para combater o desemprego, prin-cipalmente o desemprego jovem no município?O Governo está muito empenhado na promoção do emprego. Sentimo-lo no Fogo, em particular. Mas, é preciso que a economia cresça mais, que haja mais investimento público e privado, que as pessoas sejam empreendedoras, para que haja uma descida substancial da taxa de desemprego.

Transformação em cursoJá deu a entender publicamente que tem intenção de se recandidatar.

Quais serão os seus projectos para o futuro de Mosteiros?É minha intenção cumprir a visão de transformação de Mosteiros. Alinhar os Mosteiros com a dinâmica do De-senvolvimento de Cabo Verde.

Se Cabo Verde tem metas ousadas e está a cumpri-las, é preciso que Mostei-ros não esteja de fora dessa dinâmica.

No próximo mandato, queremos fazer do Turismo a grande força econó-mica de Mosteiros.

O Plano Director Municipal e o Plano Estratégico do Desenvolvimento do Município serão activamente imple-mentados.

Daremos atenção à agricultura, pe-cuária e pesca. Faremos o Museu do Café, como catalisador económico e cultural do Município.

Convergiremos demandas para a criação do Aeroporto Internacional de São Filipe e para a modernização do Porto e construção do Porto Baia do Corvo, a construção do acesso Monte Velha e Chã das Caldeiras via Achada Maurício, bem como o fecho do anel rodoviário da Ilha do Fogo.

Vamos aumentar o ritmo do pro-grama de casas de baixo custo e tra-zer o Ensino Superior para mais perto de nós. Falta-nos sim este mandato para cumprir a visão de modernizar, qualificar e criar competitividade aos Mosteiros.

Quer deixar uma mensagem aos mu-nícipes?A todos os mosteirenses, estando cá, noutras ilhas ou no estrangeiro, espe-ro que continuemos juntos, a construir um Mosteiros melhor.

Não importa de que partido, de que igreja ou de que localidade, fiquemos juntos e de mãos dadas a acreditar no potencial de desenvolvimento deste Município.

Aproveitamos esta oportunidade para desejar a todos os munícipes resi-dentes no concelho, nas ilhas de Cabo Verde e na diáspora, boas festas do mu-nicípio dos Mosteiros e da nossa padro-eira- Nossa Senhora de Ajuda.

Continuemos juntos na transfor-mação do nosso concelho. Nesta hora grande, a vez é nossa. Não desperdice-mos estagrande oportunidade.

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obras

Arruamentos no Guincho

Calcetamento de Vias Internas em Relva - Cutelo Alto

Calcetamento de Vias Internas em Relva-Queimada

Baxo

Calcetamento de Vias Internas em Relva - Queimadinha

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obras

Arruamentos Internos em Mosteiros Trás, Lapa D´arro

Arruamentos Internos em Mosteiros Trás - Fonte Curral

Construção da estrada em Achada Grande Baixo

Auditório Municipal na Vila de Igreja vai ser inaugurado nas Festas do Município

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Vias internas em Relva

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Construção de moradia social em Ribeira de Ilheú

Construção do Centro

Multiusos de Guincho

Polivalente Municipal em Ribeira de Ilhéu

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Construção de uma moradia

social em Atalaia

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obras

Aqui vai nascer o projecto Casa Para Todos

Remodelação da Escola do

Guincho

Construção da Ponte de Ribeira de Ilheú

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vox popul i

Como avalia o desenvolvimento de Mosteiros?Maria Andrade SantosCutelo Alto - Mosteiros está a desenvol-ver-se e hoje há mais e me-lhores condições de vida do que havia antigamente. Aqui no Cutelo Alto a vida está mais ou menos. A Câmara construi uma estrada nova de acesso e acredito que isso vai trazer mais qualidade de vida à nossa localidade. Os carros já podem vir até aqui para trazer as mercadorias e já não é preciso carregar as coisas à cabeça ou nos burros. Agora, precisávamos de melhorar o abastecimento de água e também de criarmos condições para driblar o desemprego jovem.

Naidjina SilvaRelva - Eu acho que o desenvolvi-mento de Mosteiros tem sido razoável. A Câmara Muni-cipal tem-se preocupado em criar infra-estruturas na Vila de Igreja mas também nas outras localidades. Tem ha-vido uma aposta nas estradas e requalificação de vias de acesso. Há muitas condições

para os jovens estudarem e poderem ter acesso às novas tecnologias. Temos a Biblioteca e o Centro da Juventude, que eu costumo frequentar para estudar. No entanto ain-da há muitos jovens desempregados e é preciso contornar essa situação.

Sandra FernandesVila de Igreja - Eu sou monitora de um jar-dim infantil e devo dizer que na minha área tem havido grandes avanços. Todas as zonas têm jardim infantil e isso é muito bom para o de-senvolvimento das crianças. A nossa estrada principal precisa de ser arranjada, mas acredito que irão fazer isso

em breve. Temos alguns problemas de água e, principal-mente de energia. Tem havido muitos cortes, mas a factura fica sempre igual no final. Mas isso não é culpa da autar-quia. Os jovens que terminam o curso têm dificuldade em arranjar trabalho. Mas, por exemplo, este ano conse-guiram por quatro monitoras jovens formadas e, isso, já é muito bom.

Coia RodriguesQueimada - O desenvolvimento dos Mosteiros está no bom cami-nho. Acho que o nosso maior problema neste momento é a falta de trabalho para os jovens. De resto, a Câmara tem feito um bom trabalho ao nível das estradas e infra--estruturas para melhorar a qualidade de vida da popula-

ção. Na minha zona calcetaram muitas ruas e isso é bom. O hospital novo está com um bom atendimento aos utentes e tem boas condições também. Portanto, acho que o mais urgente é o trabalho para os jovens.

António AntunesAtalaia - Acho que aqui na minha zona podemos dizer que a Atalaia tem-se desenvolvido. A câmara já criou algumas in-fra-estruturas, como a cons-trução do Centro Multiusos que está em curso, ajudou na construção de casas de banho e reabilitação de habitações, mas é preciso continuar a in-vestir, principalmente, na habitação social condigna porque há muitas carências nesta área. As pessoas dedicam-se à pesca e à agricultura, mas é preciso ceder terrenos para as pessoas cultivarem a terra porque há muita gente pobre que não tem terra. Depois, temos muitos jovens que já terminaram a Licenciatura e o 12ºano mas não arranjam trabalho. A nossa escola básica onde trabalho está a precisar de janelas, pintura e uma máquina fotocopiadora. Como se fala tanto do programa Mundu Novo, gostávamos de ser contemplados com um computador.

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promoção soc ia l

Segundo a vereadora, no ano 2010 as prioridades do seu Pelouro esti-veram centradas no Ensino Pré-es-

colar das crianças e, sobretudo, na parte da acção social aos idosos e doentes ca-renciados.

“Temos feito um trabalho de fundo em parceria com algumas associações comunitárias e escolas a nível do pré--escolar. O nosso objectivo é fazer com que haja ligação maior das crianças fi-nalistas do pré-escolar, com a entrada no EBI, para facilitar a integração”, des-taca Amélia.

Ainda no Pré-escolar foi dado con-tinuidade a projectos iniciados anterior-mente, com intercâmbios entre as moni-toras de Mosteiros e outras de Jardins In-fantis de outros pontos do país.

Em 2010, Mosteiros fez intercâmbios com grupos de monitoras de Santa Cruz (Santiago) e, este ano, com a Boavista.

“Estamos a investir na reciclagem de conhecimentos, porque a maioria das monitoras que têm formação académica ao nível do Pré-escolar são pessoas que terminaram o 12º ano e começaram a trabalhar mais ao nível das Delegacias do Ministério da Educação, portanto temos de apostar na capacitação de acordo com as novas técnicas e conhecimentos”, ex-plica a vereadora sobre os investimentos na formação das monitoras.

Na Boavista, uma das formações foi sobre Bullying, ou seja, sobre os actos de violência física e psicológica a que os alu-nos, crianças ou adolescentes, estão sujei-tos por parte de outros alunos dentro das escolas

A segunda formação na ilha das du-nas foi sobre a importância da música no desenvolvimento das crianças no Pré-es-colar. A CMM levou também a cabo um curso de Prestação de Primeiros Socor-ros destinado às monitoras para saberem como agir em situações de emergência.

Apoio aos carenciados Em termos de acção social as activi-

dades centram-se nos apoios sociais ao nível da evacuação e apoio medicamen-toso aos idosos e pessoas carenciadas.

No ano passado, a Promoção So-cial levou a cabo acções voltadas para as questões dos Direitos Humanos e desen-cadeou parcerias com as escolas secun-dárias dos Mosteiros.

O Pelouro da Promoção Social da Câmara Municipal dos Mosteiros tem apostado fortemente no apoio ao Ensino Pré-escolar. Maria Amélia Gomes, vereadora para a área fala dos progressos alcançados e destaca a capacitação das monitoras infantis.

Promoção Social aposta no pré-escolar

O objectivo foi sensibilizar e chamar a atenção para que haja uma maior inclu-são das pessoas mais carenciadas do mu-nicípio, e não só, na vida activa de Mos-teiros e na sociedade em geral.

Ao nível da Saúde a autarquia está a desenvolver algumas parcerias com ONG s̀ e outras associações também que estão a trabalhar nesta área, para juntas criarem sinergias e poderem actuar de forma mais eficaz.

“Ainda recentemente, reunimos com uma a Bornefonden para trocar-

mos ideias e para eles saberem quais são os nossos problemas e carências nesta área. Ver a possibilidade de ajudarem na educação e sensibilização dos munícipes para a importância da prevenção”, revela.

Deste encontro deverá resultar a as-sinatura de um protocolo com a CMM para a criação de um corpo de volun-tários. Este grupo irá fazer um levanta-mento socioeconómico exaustivo das fa-mílias, para avaliar as necessidades efec-tivas para a autarquia poder ser mais jus-ta na atribuição dos apoios.

Vereadora Amélia Gomes Fogo 0480.JPG

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desenvolv imento comunitár io e protecção c iv i l

No tocante a obras que bene-ficiaram o Desenvolvimento Comunitário, Monteiro des-

taca a conclusão da estrada a Cutelo Alto, alguns arruamentos em Queima-da Guincho, Mosteiros Trás, e Relva.

Depois, houve a abertura e início de calcetamento da estrada de acesso a Achada - Grande Baixo, corte do carro-çal de acesso a Achada Grande de Cima e conclusão do troço que liga Cutelo Alto e Queimada Baixo, na localidade de Relva.

O prolongamento do acesso ao in-terior de Barreira em Ribeira do Ilhéu, a continuação da estrada de acesso a Esponjero, praticamente na fase final, a abertura do troço que liga Achada Igre-ja a Ribeira do Ilhéu e a conclusão do Polidesportivo de Ribeira do Ilhéu, são outras das conquistas.

No âmbito do acesso à habitação condigna, destaca a construção de três moradias sociais destinadas a pesso-as carenciadas em Corvo, Ribeira do Ilhéu e Atalaia, entre outras.

No âmbito do Desenvolvimento Comunitário Câmara municipal dos Mosteiros (CMM) tem realizado vá-rios encontros com as organizações so-ciais, como as Associações de Desen-volvimento Comunitário, Associação de Pescadores, de Produtores de Café e de Vinho e de Agricultores.

O objectivo é “sensibilizá-las para o papel e contributo que devem dar para o desenvolvimento do Concelho”, refere.

A CMM tem assessorado as As-sociações na elaboração de projectos e busca de financiamento, para o de-senvolvimento das respectivas comu-nidades, em sectores como electrifica-

Jaime Monteiro, Vereador com o Pelouro do Desenvolvimento Comunitário, Protecção Civil e Comércio e Fiscalização destaca o desencravamento das populações mais rurais, a legalização dos estabelecimentos comerciais e a formação de novos bombeiros, como alguns dos sucessos alcançados no último mandato. Para o futuro, os desafios são levar electricidade 24 horas por dia à Zona Norte e água para as Zonas Altas.

Autarquia quer levar água corrente às Zonas Altas

ção dos seus domicílios, canalização de água potável, saneamento (através de construção de casas de banho) e ainda projectos ligados a actividades gerado-ras de rendimento.

Na localidade de Mosteiros Trás foi criada mais uma Associação Solidária e de Desenvolvimento Comunitário, com 102 membros.

Defesa do consumidor Já no domínio do Comércio e Fis-

calização, Monteiro afirma que houve ganhos consideráveis, particularmente no que toca à legalização de estabele-cimentos comerciais, a novos licencia-mentos concedidos, a recuperação de dívidas de licenciamento atrasadas e a um apertado controle de fiscalização

comercial, tendo em vista a defesa do consumidor e da saúde pública.

Na área da Protecção Civil des-taca o recrutamento de mais voluntá-rios para a corporação de bombeiros, e a participação no Seminário de For-mação sobre Prevenção e Riscos de Ca-tástrofe Naturais, na Praia. Esta corpo-ração participou ainda no combate aos incêndios em Monte Velha e Achada Maurício.

Para o futuro, a CMM quer dar continuação aos arruamentos internos em todas as localidades, levar água ao domicílio às zonas altas e electrificar as comunidades ainda descobertas.

As prioridades vão ainda para o fornecimento de energia 24 horas por dia à zona Norte e conclusão da estrada de Baía de Corvo.

Desencravamento tem beneficiado as populaçõesVereador Jaime Monteiro

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desporto , cu l tura e juventude

Segundo o vereador com o Pelou-ro do Desporto, Cultura e Juven-tude, Domingos Vaz, a autarquia

tem vindo a fazer uma aposta forte na Formação Profissional.

“Este ano, priorizamos a Formação Profissional através de protocolos com vários municípios portugueses, para onde envia-mos cerca de 30 jovens, em diferentes áreas”, destaca Vaz.

A autarquia está também a prestar apoio a jovens que estão a tirar For-

mação Profissional na área das Ener-gias Renováveis, em São Filipe. A estes subsídios juntam-se os apoios a mais de 30 jovens beneficiários, que estu-dam no Ensino Superior na capital do país.

Já dentro do município, a CMM apoia ainda mais de 30 jovens com pro-pinas e cerca de 100 jovens que estudam no Ensino Secundário com passes so-ciais. Os subsídios destinam-se, sobre-tudo, a filhos de pais carenciados.

Desta forma, o vereador explica que o “incentivo ao estudo e Formação Profissional têm sido uma prioridade para combater o desemprego jovem, através da capacitação para o mercado de trabalho”.

Biblioteca abre portas aos fins-de-semana, nas férias

Para facilitar o acesso às novas tec-nologias e alargar as oportunidades de lazer, a CMM vai estender o horário de funcionamento da Biblioteca Munici-pal aos fins de semana.

Ou seja, para além da Praça Di-gital, a Internet, vai ainda continuar

Câmara investe na Formação Profissional

O apoio à Formação Profissional e o acesso às novas tecnologias da informação e comunicação são duas das principais medidas adoptadas pela Câmara Municipal dos Mosteiros no combate ao desemprego jovem e à capacitação para o mercado de trabalho.

CMM está a desenvolver várias actividades de fériasAutarquia está a investir forte na capacitação dos jovens

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desporto , cu l tura e juventude

disponível dentro da biblioteca, a um preço muito simbólico, aos Sábados e Domingos.

Esta é uma das várias iniciativas incluídas no Programa de Verão do Município que engloba ainda activida-des desportivas e culturais.

Dentro deste programa, no mês de Julho vai ser levado a cabo um curso de formação em Informática para os jovens.

Ao nível do Desporto, a autarquia tem apostado nos apoios para motivar os jovens e crianças para a prática des-portiva.

O Campeonato de Sub.23 já está concluído e agora está em curso o Campeonato de Sub.17, em que o ven-cedor irá representar a ilha do Fogo no

As Festas do Municipio dos Mosteiros e em honra a Nossa Se-nhora da Ajuda vão decorrer este ano de oito a 15 de Agosto.

O cartaz já está a ser dinami-zado e da América vem uma ban-da de 12 artistas crioulos, entre eles, Djedjé, Romy e Nadia, que é natural dos Mosteiros.

A encabeçar o cartaz cultural estarão os Cordas do Sol, Gilyto Se-medo, Gaita Ferro e o Grupo local Pro-cultura, que irá actuar com jo-vens talentos dos Mosteiros.

Este ano a autarquia quer in-vestir nos jovens cantores do mu-nicípio e vai realizar um concur-so durante as Festas do Município para apurar 10 jovens que vão ter a possibilidade de gravar uma músi-ca em CD.

O regulamento do concurso já está criado e o projecto foi enviado ao Ministro da Cultura, Mário Lú-cio. O objectivo é colocar os jovens

num patamar artístico mais alto, através da edição de um disco.

Por altura das festas irá ser inaugurado o Auditório Municipal de Mosteiros, o primeiro do género ao nível da ilha e que vai estar pre-parado para receber eventos nacio-nais e internacionais.

No campo desportivo o pro-grama compreende torneios de vo-leibol e andebol, de futsal feminino, e de futsal masculino entre os servi-ços sediados no município.

De realçar que este ano, a au-tarquia decidiu nacionalizar as pro-vas de atletismo de fundo de 10 mil metros, as provas de velocidade fe-minina e masculina, e as provas de hipismo e ciclismo.

Segundo Vaz, o objectivo é dar oportunidade aos jovens das outras ilhas de participarem nas provas, uma vez que há muito vinham rei-vindicando essa abertura ao merca-do nacional.

Cordas do Sol e Gilyto nas Festas do Município

Domingos Vaz

campeonato nacional de Cabo Verde, que vai decorrer em São Vicente.

A par destas provas, a CMM apoia o Campeonato Inter-zonas, um dos maiores eventos desportivos do muni-cípio porque estão representadas qua-se todas as localidades do concelho e conta com uma adesão massiva da po-pulação.

A autarquia tem em vista a criação da Região Desportiva dos Mosteiros, para que o Município possa ter representação no Campeonato Nacional de Cabo Verde.

Para além dos investimentos no fu-tebol a CMM quer Criar a Associação de Atletismo do Fogo, modalidade que tem vindo a ganhar cada vez mais visi-bilidade no município.

CMM está a desenvolver várias actividades de férias

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obras e saneamento

Apesar da escassez de recur-sos financeiros a CMM tem feito um esforço para reali-zar obras de requalificação do parque habitacional do

município, atentando aos casos mais ur-gentes e necessitados.

Segundo José de Pina, vereador das Obras e Saneamento, entre 2010 e 2011, a autarquia construiu, de raiz, três habita-ções, que já estão concluídas e tem mais três em construção.

No entanto, tendo em conta as carên-cias do município, nos últimos anos já fo-

ram beneficiadas perto de 100 habita-ções com portas, tectos e janelas e a CMM construiu mais de 100 casas de banho.

Pina reconhece que o deficit habita-cional do Concelho ultrapassa as mil ha-bitações, mas mostra-se optimista com o início da construção de habitações no âm-bito do Projecto Casa para Todos.

Mas enquanto o projecto não se torna realidade, a CMM tem vindo a fazer o seu trabalho no que diz respeito á melhoria das condições de vida dos mais carenciados.

Beneficiárias agradecidasBernarda Lídia de Ribeira Ilhéu e Lí-

gia Andrade de Corvo são duas mães de família que foram beneficiadas com a construção de uma habitação de raiz, cada uma.

Bernarda viu o tecto da sua antiga casa vir abaixo e ficou desalojada.

“Quando o telhado caiu pensei que ia morrer e fiquei muito triste porque pensei que ia ficar sem nada. Quando a CMM me disse que ia construir uma casa para mim, para o meu pai e o meu filho, não queria acreditar”, revela.

Até hoje, Bernarda garante que nun-ca vai conseguir agradecer o suficiente à autarquia e a alguns emigrantes na Amé-

rica que lhe permitiram voltar a sorrir de novo.

O mesmo sentimento é partilhado por Lígia Andrade, que mora com uma filha. O que antes era uma casa cinzenta, velha e sem condições, transformou-se num so-nho, que Lígia nunca ousou sonhar.

“Agora tenho uma bonita, pintada e com todas as condições para eu morar com a minha filha. Fiquei muito conten-te com esta ajuda da autarquia e vou ficar

Autarquia aposta na habitação condigna O Plano de Actividades de 2011 da Câmara Municipal dos Mosteiros (CMM) dá prioridade à melhoria das habitações no município. A esta estratégia de requalificação junta-se o Programa Casa para Todos que prevê a construção de cerca de 50 habitações, num terreno já cedido pela autarquia.

Estrada de ligação a Cutelo Alto já está concluídaNova casa de Lígia Andrade no Corvo tem condições para levar uma vida condigna

José de PinaBernarda Lídia

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obras e saneamento

eternamente grata”, afirma Lígia visivel-mente emocionada.

Saneamento e energia Para além do acesso à habitação con-

digna, o departamento de Obras e Sanea-mento, José de Pina garante que a autar-quia continua a zelar pela limpeza do mu-nicípio.

“Fazemos a recolha de lixo, regular-mente, em todas as povoações do Conce-

lho. Temos 30 varredeiras que actuam na zona baixa de Mosteiros, Pai António e Ribeira de Ilhéu”, afirma.

No que diz respeito ao abastecimen-to de água, o vereador com a tutela desta-ca que “mais de 90 por cento (%) das habi-tações da zona baixa do município já têm água canalizada”.

No entanto, nas zonas altas, a Norte e a Sul do Município, o abastecimento de água é feito através de autotanques, mas há um projecto para levar água domiciliá-ria à zona Norte.

Já a cobertura de energia ronda tam-bém os 90% e só falta a electrificação da zona de Ligeirão, Aldeia e Rocha Fora.

No final de 2010 mais de 100 famílias, de todo o município, foram beneficiadas com a electrificação das suas casas, gra-tuitamente, através de uma parceria com o Governo.

Na zona Norte a electricidade é forne-cida pela Câmara Municipal, apenas por um período de 10 horas, por dia.

Um gesto que visa trazer um pouco de conforto e condições à população, mas que acarreta muitas despesas para a autarquia.

“São pequenas centrais que estão ob-soletas e que estão a dar grandes prejuízos à Câmara. Temos de custear mais de 300

contos mensais para poder fornecer ener-gia a esta zona”, atesta Pina.

Obras em destaque Apesar da crise a autarquia conseguiu

fazer algumas obras de importância para o município, em parte, devido à assinatu-ra de um Contrato Programa com o Go-verno.

Em termos de infra-estruturas rele-vantes foi inaugurado o Polivalente de Ri-beira de Ilhéu, e está praticamente conclu-ído o Auditório Municipal. Em Atalaia co-meçou a ser construído o Centro Cultural.

A CMM tem feito uma aposta forte na melhoria de vias de acesso, estradas e ar-ruamentos, para permitir o desencrava-mento das populações.

“Em Mosteiros Trás e Queimada Guincho, iniciamos o calcetamento da es-trada que liga a zona de Achada Grande de Cima a Achada Grande de Baixo. Conclu-ímos a estrada de Cutelo Alto e renovamos o calcetamento da estrada Murro – Fajãzi-nha, entre outras”, explica o vereador.

O Plano de actividades de 2011 prevê a conclusão da estrada de Achada Grande, do Centro Cultural de Atalaia e Murro e a conclusão da ponte que liga as duas zonas de Ribeira de Ilhéu.

Autarquia aposta na habitação condigna Estrada de ligação a Cutelo Alto já está concluída Esta é a nova moradia de Bernarda em Ribeira de IlheúCM apostou na melhoria das vias de acesso e desencravamento das populações

Lígia AndradeJosé de Pina

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desenvolv imento comunitár io

Actualmente, estes são os dois projectos prioritários e mais ambiciosos para a associação.

Uma constatação de Porfírio Miranda Martins que está há cerca de três meses à frente da Associação Comunitária de Atalaia.

“O Centro Cultural Multiusos vai servir para albergar a Sede da Associa-ção, mas também para criarmos um es-paço com Internet. Vai servir para os ensaios do grupo cultural e para a re-alização de actividades variadas da as-sociação,” explica o presidente, motiva-do para ver a obra concluída o mais bre-ve possível.

A remodelação da Escola EBI local é outra das prioridades. A instituição está a precisar de pintura, de portas e janelas novas, mas também de duas salas novas para acolher alunos do 5º e 6º ano de es-colaridade.

“Os alunos saem de Atalaia de Fren-te, lá em baixo, para virem até Ribeira de Ilhéu, a pé. Têm de percorrer uma dis-tância entre três a quatro quilómetros, ao sol quente e à chuva. Se construímos mais duas salas, as crianças já não pre-cisam de estar sujeitas a isso e têm mais tempo para estudar e brincar.

Capacitar chefes de família A instituição já conta com 11 anos

de existência e, ao longo do tempo, o seu objectivo tem sido a defesa dos interesses e direitos da comunidade, assim como o desenvolvimento da melhoria das condi-ções de vida dos mais carenciados e da comunidade em geral.

Por outro lado, a associação visa ain-da a promoção e preservação das tradi-ções e da Cultura dos Mosteiros e, para isso, conta com o Grupo Cultural Talaia Baixo.

“Dançamos o Maxixe, Mornas e a Talaia Baixo. Temos muitas crianças mo-tivadas e um grupo juvenil de oito ele-mentos, que são orientados pela professo-ra Rita. Para além disso temos a sabedio-ria e ensinamentos de 12 idosos que fa-

Associação Comunitária de Atalaia vai ter Centro Multiusos

A construção do Centro Multiusos e a construção de duas salas de aula para a quinta e sexta classe, na Escola do Ensino Básico Integrado de Atalaia, são dois dos principais projectos que a Associação Comunitária de Atalaia tem em carteira. O primeiro já está a ser construído pela Câmara Municipal dos Mosteiros (CMM) e o segundo foi submetido à Bornfonden.

zem também parte do nosso grupo”, afir-ma Martins.

Segundo o mesmo, a Câmara Muni-cipal e a Luta Contra a Pobreza têm sido dois dos parceiros da associação, mas também a associação Bornfonden.

“A associação já desenvolveu pro-jectos na área da correcção torrencial, na criação de animais, construção de casas de banho, requalificação de habitações, entre outros”, explica o novo presidente.

A associação conta com 86 mem-bros, na maioria mulheres, uma vez que são elas as mães chefes de família e a maior força laboral da região.

“Desenvolvemos projectos direc-cionados para a capacitação e criação de condições para que as mães chefes de fa-mília possam desenvolver algumas acti-vidades e porem, em prática, ideias que ajudem na sustentabilidade das suas fa-mílias”, conclui Martins.

Aqui vai nascer o Centro Cultural Multiusos que vai também servir de Sede para a associação

A associação quer requalificar a escola local e construir mais duas salas Porfírio Martins

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BORNfonden tem uma escola de dança

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ONG

O Chefe do “Centro 251 – Mininus di terra” da BØRNEfonden, nos Mosteiros, Euclides Gomes des-

taca a Educação, Saúde, Criança e Desen-volvimentos e as Actividades Geradores de Rendimento, como as principais áreas de intervenção no município.

Como informa, em 2010, na Edu-cação o Centro apoiou cerca de mil 258 crianças apadrinhadas e irmãos com o pa-gamento de cota de jardim, propina e can-tinas escolares no valor de 254.030$00, li-vros e materiais didácticos no valor de 458.061$00, batas e uniformes no valor de 488.326$00 e ainda transporte escolar no valor de 675.764$00.

Ainda na Educação desenvolveram o projecto de melhoria da dieta alimentar, com o intuito de reforçar a refeição quen-te nas escolas.

Esta ONG implementou o sistema de Hidroponia nas escolas, que custou cerca de 317.300$00.

Na área da Saúde em 2010, Gomes considera que houve melhorias significa-tivas, pois o centro passou a implementar a Mutuaria de cuidados de saúde.

“O objectivo é assegurar, em boa par-te, as despesas de saúde de todos os mem-bros da família da criança apadrinhada, que vive juntamente com ela. No entan-to, o Centro ainda ajudou crianças apadri-nhadas e seus irmãos com consultas mé-dicas e medicamentosas, exames e análi-ses complementares e especializadas, ócu-los e prótese disponibilizando cerca de 142.793$00”, afirma o chefe do Centro 251 – Mininus di terra, nos Mosteiros.

Para além de outras actividades, a BØRNEfonden tem uma Escola de inicia-ção desportiva de Atletismo com 30 crian-ças, Futebol com 36, Karaté com 60 e a Es-cola de Artes e Pintura com 20 alunos.

Este ano, mais de 20 adolescentes/jo-vens foram inscritos na escola de Karaté e abriram uma escola de Danças Tradicio-nais com 20 crianças e mais uma de Es-cultura e Reciclagem, também com 20 alunos.

Em andamento está o projecto de construção de um chafariz e seu respec-tivo reservatório de água, na localidade de Rocha Fora, e já tem aprovado o projec-to de remodelação e ampliação da escola E.B.I de Atalaia e a formação profissiona-lizante para cinco irmãos de crianças apa-drinhadas, na UNICV.

BØRNfonden apoia crianças e famíliasHá seis anos a actuar no concelho de Mosteiros, a BØRNEfonden, tem centrado o seu apoio nas crianças, famílias e comunidades. O objectivo é de contribuir para que as crianças, famílias e a comunidade tenham saúde, condições básicas de vida e de aprendizagem e que sejam auto-suficientes.

Projecto Valor ECV PosiçãoEscola de Atletismo 673.850 Em andamento

Aulas de karaté para 60 crianças 1.020.000 Em andamento

Escola de futebol 589.300 Em andamento

Escola de Artes e pintura 499.394 Em andamento

Reabilitação do Porto Bastião Mendes 1.379.004 Terminado

Escola Atelier de escultura e reciclagem 265.542 Em andamento

Casa banho para 8 famílias 130.790 Em construção

Danças tradicionais 152.500 Em andamento

Karaté para jovens 248.000 Em andamento

Placa desportiva de Guincho 2.079.977 Terminado

Construção chafariz de Rocha Fora 1.096.885 Em construção

Lista de alguns projectos do Centro 251 Mininus di terra – ano 2010/2011

Escultura_e_reciclagem.JPG Euclides Gomes

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A Biblioteca Infantil da Vila de Igreja foi reactivada em

Maio deste ano

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conhecimento

Diariamente, várias crianças en-tre os seis e os 10 anos de idade procuram a Biblioteca Infantil

da Vila de Igreja para desfolharem li-vros, ver filmes de animação ou faze-rem jogos lúdico -pedagógicos.

João Andrade, responsável por este espaço faz um balanço positivo dos pri-meiros dois meses de funcionamento desta biblioteca dedicada aos mais novos.

“As crianças estão a procurar a bi-blioteca para verem livros infantis e também filmes de animação e outros

temáticos que costumamos exibir se-manalmente. Quem tem aulas de ma-nhã vem à tarde, quem tem à tarde, vem de manhã”, revela o responsável satisfeito com a adesão das crianças.

O objectivo da biblioteca é, através do contacto com os livros, sensibilizar as crianças para a leitura e para a im-portância do acesso ao conhecimento.

Este espaço colorido e equipado com livros, jogos e televisão está tam-bém a ser procurado por grupos de monitoras infantis que levam as suas

crianças para visitarem a biblioteca e terem um contacto com os livros.

Para além de livros educativos e de lazer, João Andrade explica que “faze-mos também jogos e passamos filmes de animação, mas também filmes te-máticos”.

Segundo o mesmo, as crianças es-tão motivadas e têm curiosidade em desfolhar os livros e ver os desenhos.

O apetrechamento da Biblioteca Infantil foi feito com o apoio da Bor-nfonden mas João Andrade apela a no-vos patrocínios de diferentes entidades.

“Estamos receptivos a receber apoios para a biblioteca das crianças com novos livros e outros materiais que venham a enriquecer a proximida-de com livros e a fomentar hábitos para a leitura”, conclui o responsável.

Biblioteca Infantil aproxima crianças dos livros Reactivada no mês de Maio de 2011, a Biblioteca Infantil dos Mosteiros tornou-se um espaço de atracão e convívio com os livros, principalmente para as crianças entre os seis e os 10 anos de idade que diariamente frequentam o espaço. Criar hábitos de leitura e aproximar as crianças dos livros é o objectivo desta Biblioteca Infantil.

João Andrade quer aumentar o nível de procura pela Biblioteca Infantil

Biblioteca Infantil foi apetrechada com o apoio da Bornfonden

Crianças mostram interesse pelos livros infantis

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(Alfa Comunicações)

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perf i l

À renda, que aprendeu com uma prima de Angola, junta-se a cos-tura, outra habilidade que des-

cobriu na juventude e que, desde então, a tem ajudado a sustentar a sua família.

Tinha 17 anos quando despertou para a costura, mas nunca deixou a ren-da de lado. Verdadeiras mãos de fada que começam a fabricar verdadeiras peças de arte.

“Comecei a costurar primeiro rou-pas de bonecas e depois passei para as minhas roupas”, revela Coia sobre os primeiros passos como modista/costu-reira.

Tudo começou de forma experi-mental num atelier de costura improvi-sado dentro de casa. Mas, o sucesso foi

tão grande que Coia sentiu necessidade de criar um espaço próprio para fazer os seus trabalhos.

É numa sala, com as paredes cober-tas de toalhas e objectos em renda, que esta mãe desenvolve a sua actividade de costureira e expõe, ao mesmo tempo, os seus bordados e outros trabalhos feitos à mão.

“Vivo da minha costura porque a venda de renda é muito fraca. Aqui há muitas pessoas que já fazem renda, então não precisam de comprar. Mas, costurei-ras como eu, há poucas”, afirma Coia en-quanto mostra algumas das suas peças.

“Quem faz por gosto não cansa”Apesar da venda de renda estar fra-

ca, Coia faz questão de ter os seus traba-lhos expostos no atelier, para que toda a gente que passa na rua tenha oportuni-dade de admirar a sua arte.

Mãe de dois filhos, esta mulher de fi-bra garante que caso fosse necessário vi-ver exclusivamente da sua arte, “só a cos-tura dava para sustentar a família”.

Assim, para além da costura, esta ar-tesã continua a produzir os seus traba-

lhos em renda e gosta de participar em mostras de artesanato para expor as suas peças.

“Já participei em várias exposições na Vila e é muito bom porque tenho oportunidade de dar a conhecer o meu trabalho e de vender mais peças, do que as que vendo no meu atelier”, afirma.

Coia lamenta que na sua zona as pes-soas não dêem o devido valor aos traba-lhos em renda, mas nem por isso fica des-motivada.

“Às vezes os emigrantes compram algumas peças para levar para a Améri-ca, então eu gosto de fazer a minha renda quando tenho tempo, na hora da novela”, conta a artesã.

Com um sorriso e um espírito em-preendedor Coia vai fazendo o que pode para passar a sua arte aos mais novos. Uma tarefa que não é fácil, mas para a qual ela não baixa os braços.

“Tenho uma filha que não tem mui-to boa vontade em seguir a minha arte, mas ajuda-me sempre que eu lhe peço e também já sabe fazer renda”, conclui Coia, que aguarda oportunidade para participar em mais feiras de artesanato.

COIA MONTEIRO

Uma costureira de mão cheia

Coia Marisol Monteiro é natural de Ribeira de Ilhéu e desde criança que tem um dom para fazer trabalhos em renda e costura. Verdadeiras obras de arte, que não dão muito dinheiro mas que ajudam a realizar-se como artista e artesã que é.

Coia já participou em várias mostras e exposições

Coia gosta de fazer acessórios como bolsas para jovens

Os bordados são uma das suas especialidades

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cultura

ESCOL A DE ESCULTURA E RECICL AGEM "MININUS DI TERRA' '

Crianças e adolescentes desenvolvem talento para a arte

Não há palavras que descrevam a alegria e o brilho no olhar das 25 crianças e adolescentes que

frequentam a Escola de Escultura e Re-ciclagem Mininus di terra. Um sonho antigo deste jovem artista de Pai Antó-nio que teve o apoio da Bornfonden que lhe paga um salário e lhe dá materiais para ensinar as crianças e jovens. A Câ-mara Municipal disponibilizou a Placa Desportiva de Pai António para o efei-to, mas o projecto é da Bornfonden.

No entanto, com tanta demanda e motivação dos jovens para a produção ar-tística, esta sala está a ficar pequena para tantos materiais, peças de arte e alunos.

As aulas começaram com iniciação à reciclagem de plástico e vidro, onde os alunos aprenderam a dar asas à ima-ginação, mas também ficaram mais conscientes da importância da preser-vação do meio ambiente.

Augustinho, não esconde a ale-gria e orgulho em ter crianças e jovens que demonstram interesse e habilidade para a arte.

Materiais locaisDepois da reciclagem, chegou a

vez de trabalharem a madeira. “Esta-mos a trabalhar na escultura, madeira de café. Também reaproveitamos tron-co de sisal e alguma parte dos coquei-ros. Além de esculpirem madeira estão aprender a criar letras em troncos de café”, conta Agostinho, enquanto ensi-na um aluno a lixar.

Giovani Andrade não esconde a alegria e a importância que esta esco-la tem para ele.

“Gosto muito de vir para aqui aprender a trabalhar a madeira. Já sei lixar e quero fazer esculturas”, revela esta criança de oito anos.

A mesma alegria é partilhada por Elton João, de 12 anos, que confessa gostar muito de arte. “Em casa já cos-tumava enfeitar garrafas, mas aqui há mais material e posso aprender a trabalhar outros objectos”, conta en-quanto lima um pedaço de madeira.

Escola maior Mas aqui também se aprende a

trabalhar outros objectos e materiais. É o caso de Fernando Rafael de 16 anos, que gosta de fazer carros de lata. Uma arte que tem vindo a aprofundar na escola.

“Aqui, há material que nós não te-mos em casa e aprendo a ter muitos co-nhecimentos sobre arte”, conta este adolescente empenhado na sua peça.

No futuro, Augustinho gostava de ter um espaço mais amplo onde pu-desse funcionar uma oficina, um espa-ço de criação e uma loja para mostra e venda das peças de arte.

Enquanto isso não acontece, os alunos prometem continuar a dar asas à imaginação e a pôr em prática os co-nhecimentos que Agostinho transmite com dedicação e mestria.

Desde jovem que Augustinho sempre teve o sonho de passar os seus conhecimentos de arte para os mais novos. Um sonho que se transformou num projecto de vida, que conta já com cerca de 25 crianças e jovens de Pai António. Futuros artistas que dão vida a esta escola de artes, que funciona no Polidesportivo local.

Agustinho realizou o sonho de ter a sua Escola de Arte para ensinar os mais novos

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Para estas crianças a Escola de Iniciação Desportiva representa o sonho de um

passaporte para uma carreira internacional

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desporto

De manhã bem cedo, o Estádio Municipal dos Mosteiros enche--se de crianças que sonham um

dia virem a ser grandes craques da bola. Não há sol, nem sono que as impeçam de as 7h30 da manhã comparecerem no rel-vado do Estádio Municipal.

Um sonho que não está longe de ser possível porque, avaliar pelo grau de exi-gência do treinador Augustine Inalegwn (Magay), quem souber aproveitar, terá to-das as oportunidades para crescer como futuro jogador profissional.

E, é esse o sonho de Júlio Barbosa, de 15 anos. Desde criança que jogava futebol na rua com os amigos e sonhava um dia poder ter a oportunidade de treinar para poder vir a ser um bom jogador. Quem sabe, ao nível, ou porque não, melhor que “Litos”, o seu jogador preferido dos “Dra-gões Azuis”.

“Gosto muito de vir para a escola de futebol. O meu sonho é um dia me tornar um grande jogador e vir a jogar no Ben-fica, o meu clube preferido”, afirma Júlio enquanto faz uma pausa no treino.

A mesma alegria e determinação são partilhadas por Domingos Nelson, de 13 anos. “A escola é importante por-que aprendemos tudo sobre futebol, mas também aprendemos a sermos bem com-portados e a respeitar os outros. Por isso, nunca falto aos treinos, porque quero me tornar num grande jogador”.

Grande motivação Foi esta motivação e predisposição

natural das crianças de Mosteiros para o futebol que levou Magay a abrir a Es-cola de Iniciação Desportiva Mininus di Terra financiada pela Bornfonden, com o apoio da Câmara Municipal dos Mos-teiros, que cedeu o campo.

“Queria transmitir a minha habili-dade a estas crianças e estou a conseguir. Eu não podia andar na rua sem que as crianças viessem ter comigo a pedir para entrarem para a Escola de Futebol”, reve-la Magay. Hoje, o relvado sintético do Es-tádio Municipal recebe mais de 50 crian-ças entre os oito e os 14 anos de idade, que frequentam a escola.

“Eles têm muita motivação, já fize-mos vários intercâmbios com meninos de São Filipe e de Mosteiros também e, o ano passado, ganhamos um torneio da Bornefonden”, explica Magay orgulhoso

ESCOL A DE INICIAÇÃO DESPORTIVA

Magay treina os futuros craques de Mosteiros Criada há mais de três anos, pela Bornfonden, com o apoio da Câmara Municipal dos Mosteiros, a Escola de Iniciação Desportiva Mininus di Terra tornou-se uma referência para as crianças de Mosteiros. Os treinos são levados a sério, com muito rigor, e todos sonham um dia virem a ser jogadores profissionais.

dos seus alunos. Este ex-jogador da Nigé-ria do Boa Vista da Praia não esconde a satisfação de treinar crianças. Segundo ele, é nelas que reside a vontade e dedi-cação para um que um dia venham a ser grandes craques da bola.

“Eles querem treinar para poderem ir jogar fora no estrangeiro e há crian-

ças com grandes potencialidades. O meu objectivo é que a selecção de Cabo Ver-de não venha a ter mais problemas de fal-ta de bons jogadores, daqui a cinco anos”, afirma o treinador consciente da quali-dade de alguns dos seus alunos. Todos os equipamentos e o salário de Magay é pago pela Bornfonden.

Júlio Barbosa é adepto do Benfica e sonha um dia representar o clube da Luz

Domingos Nelson nunca falta aos treinos e quer ser jogador profissional

Augustine Inalegwn é um ex-jogador nigeriano que já jogou no Boa Vista da Praia

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O jovem Concelho dos Mosteiros, na Ilha do Fogo, é mencionado como escola de lição, de acção e de resultados. As boas

menções e as referências positivas, são ouvidas com notória frequência, na comunidade cabo--verdiana dos Estados Unidos da América do Norte e noutras latitudes.

Nos Mosteiros, não abundam recursos ge-rados localmente e nem choruda ajuda financei-ra transferida pelo governo. Contudo, o apoio monetário injectado pelo poder central, mesmo que não seja grande e opulento, não deixa de ser um contributo de extrema importância para o desenvolvimento desta parcela tão estimada do território nacional.

Mesmo assim, as obras realizadas são nu-merosas, como por exemplo:  a electrificação quase completa dos povoados do concelho; o aumento significativo da oferta em água aos utentes; o crescimento e a requalificação per-manentes da cidade e dos povoados com obras de arruamento e calcetamento; o levantamento de espaços de lazer e diversão, tais como o está-dio relvado em Queimada Guincho e os poliva-lentes desportivos em várias localidades; a cons-trução das estradas de desencravamento de Rel-va/Achada Grande e Pai António/Cutelo Alto; a edificação do auditório municipal; a constru-ção recente do emblemático centro de saúde, lo-calizado em Queimada Guincho; as obras reali-zadas no âmbito do projecto MCA; a edificação do matadouro municipal e da sede do concelho, entre muitas outras.

As aludidas realizações, constituem mar-cas significativas de um município, agora mais moderno e melhor preparado para servir a sua população e contribuir para melhorar as con-dições de vida dos seus habitantes. Não restam dúvidas de que o anel rodoviário que, decerto, cruzará Mosteiros, de Atalaia a Relva, empres-tará um novo encanto aos seus lindos povoados e trará uma nova dinâmica no domínio econó-mico, social e cultural.

Mas, o que mais emociona e encanta - a to-dos sem excepção - é a amizade, o carinho e a disponibilidade, em servir Mosteiros, manifes-

tados (todos os dias) pela sua briosa e lutado-ra comunidade emigrada. Graças ao empenho e à dedicação desses filhos de “Djarfogo”, que se encontram nos EUA e noutras paragens, o no-vel município dos Mosteiros é, actualmente, do ponto de vista urbanístico, mais belo e atracti-vo.

O certo é que o desenvolvimento dos Mos-teiros, no patamar agora evidenciado, só foi possível graças à acção da autarquia local, ao auxílio do governo central, à forte colaboração dos emigrantes deste território e à contribuição valiosa e permanente da população residente.

É de se tomar em devida consideração, tam-bém, outros elementos essenciais que contribu-íram muito nesta caminhada de sucesso, como sejam: a postura correcta, humilde e responsá-vel, da Câmara Municipal dos Mosteiros e do seu Edil, que escolheram, com muita inteligên-cia e sabedoria, o caminho do incentivo, da au-to-estima, da vontade política em servir e ser útil, da aproximação descomplexada, do enten-dimento e do diálogo, do respeito e da colabora-ção permanente.  

E porque Mosteiros se encontra no bom ca-minho, é razão para - em alto e bom som - cla-marmos: bem hajam emigrantes patriotas e co-rajosos, que se aventuraram na construção de lindos e espaçosos prédios na sua terra de ori-gem! Bem hajam emigrantes destemidos e ousa-dos que se apostaram no investimento e na cria-ção de pequenos negócios no espaço onde nas-ceu, com o dinheiro amealhado debaixo de ca-lor infernal e de frio insuportável, nas fábricas e oficinas de países estrangeiros!

Assim, hoje mais do que nunca, constata--se uma onda cada vez mais crescente, de des-locações dos emigrantes à mãe-pátria, ao mes-mo tempo que se verifica a multiplicação de ac-ções de solidariedade e se aumentam as relações de contactos e de intercâmbio entre os estudan-tes, professores, desportistas e artistas musicais das nossas comunidades emigradas e de todas as ilhas e parcelas habitadas de Cabo Verde.

Como se tudo isso não bastasse, os nossos compatriotas na emigração, elevaram, sobre-

Concelho dos Mosteiros: Uma experiência de sucesso, na perspectiva dos seus emigrantes

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maneira, o seu espírito patriótico e nacionalis-ta. Por isso, não pararam de enviar as suas re-messas, procurando, simultaneamente, formas mais elevadas de participação na vida política, económica e social de Cabo Verde.  

Os conterrâneos dos Mosteiros, assim como todos os cabo-verdianos, são cidadãos arrojados que batem - no duro e no quotidiano - por uma vida melhor, pela felicidade e pelo futuro riso-nho da sua família.

Os naturais dos Mosteiros, domiciliados nos EUA, constituem uma comunidade nume-ricamente expressiva, empreendedora, traba-lhadora, bem integrada e socializada. Ademais, é uma congregação solidária que, vezes sem conta, de forma arranjada, organiza eventos so-ciais e acções humanitárias, por intermédio da Associação dos Amigos do Concelho dos Mos-teiros e de outras organizações sem fins lucra-tivos, com o nobre intuito de ajudar Cabo Ver-de e apoiar, legitimamente, o seu torrão de nas-cimento.

Assim, esses cabo-verdianos descendentes da ilha do vulcão, residentes na “décima pri-meira ilha” - enquanto cidadãos e agentes ac-tivos e dinâmicos da promoção do desenvolvi-mento local – estão no direito de exigir do go-verno central e do poder autárquico, a assump-ção de certos compromissos e a realização de  obras e de acções que estimulem o ambiente de negócios e de investimentos, ajudem os emi-

grantes e promovam a melhoria das condições de vida dos  munícipes.  

Por conseguinte, não é estranho verificar que entre os emigrantes e os residentes, existe uma perfeita sintonia em termos de reivindica-ções, como por exemplo: a necessidade da redu-ção do desemprego, sobretudo, na camada jo-vem; a urgência em construir, de raiz, uma esco-la secundária no concelho e a indispensabilida-de da construção de um porto marítimo, já que o aeroporto foi inviabilizado desde a década no-venta do século passado.

Mas, os emigrantes dos Mosteiros, são pes-soas que reconhecem as reais necessidades e fra-gilidades do seu país e mostram-se gratos pelas importantes obras erguidas na sua localidade e em todo o território nacional. Não foi por mero acaso que aplaudiram, com muito regozijo, a criação, pelo governo, com a preciosa ajuda da câmara municipal, de uma agência de despacho alfandegário, com o propósito de melhor servir os interesses de todos os habitantes do concelho.

E, por isso, faz todo o sentido continuar esta batalha em prol de Cabo Verde, a favor dos Mosteiros e da sua merecida população. Todos devem prosseguir porque, como dizia alguém e bem, citamos: “ Na tchon di Mustero ki ta dâ mansan, na tchon di Mustero sta noz korasan. Na tchon di Mustero ki ta dâ kafe, si nu dixa Mustero, dja nu perdi noz fê.”

Alberto Alves (Neves)

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Durante cinco dias, 27 homens e duas mulheres dos Mostei-ros participaram nesta Acção

de Formação para Treinadores de Fu-tebol organizada pela Federação Ca-bo-verdiana de Futebol com o patrocí-nio da Câmara Municipal dos Mostei-ros (CMM).

Uma formação que segundo Lúcio Antunes pretendeu aumentar o nível de conhecimento dos treinadores, mas também dos jogadores.

Por outro lado, o treinador dos dragões azuis aproveitou também para ver se havia algum potencial jogador, que possa vir a ser convocado para a se-lecção nacional.

Os conteúdos formativos foram divididos em dois momentos: 25 por cento (%) de teórica e 75% de parte

prática, que foi aplica-da no Estádio Municipal dos Mosteiros.

Os formandos de vá-rias fachas etárias, adqui-riram, sobretudo, conhe-cimentos ao nível da or-ganização de uma equi-pa, como se deve atacar, como se deve defender e como se deve planificar uma partida de futebol.

Trabalho contínuoSobre a qualidade dos formandos e

dos jogadores que serviram de instru-mento de aplicação dos conhecimentos no campo, Antunes avança que há po-tencialidades, mas alerta que é preciso “continuar a trabalhar”, para chegarem mais longe.

Ingride Rosa, foi uma das duas mulheres que participaram na forma-ção e não esconde a alegria em ter tra-balhado de perto com o seleccionador de Cabo Verde.

“Gosto muito de futebol e achei in-teressante adquirir mais conhecimen-tos na área, porque já joguei futebol. O meu objectivo agora é trabalhar e por os conhecimentos em prática para aju-dar as equipas de Mosteiros a chegarem mais longe”, revelou Ingride durante a entrega dos diplomas de formação.

Também para Adilson Barradas – Vice-presidente da Associação de fute-bol do Fogo e cola-borador da autarquia na realização de acti-vidades desportivas, esta formação consti-tui um passo em fren-te para o futebol nos Mosteiros.

“Foi muito bom porque os participan-

tes viram que não tinham muitos co-nhecimentos e esta formação vai per-mitir implementar mais qualidade no futebol local e capacitar os interve-nientes para que, no dia-a-dia, possam por em prática novas aptidões e técni-cas junto dos jogadores”, afirmou Bar-radas.

Durante a entrega de diplomas, Domingos Vaz vereador com o Pelouro do Desporto apelou a todos para traba-lharem em conjunto, por uma Região Desportiva nos Mosteiros, “para po-dermos ter representatividade no des-porto a nível nacional”.

A mesma mensagem foi deixada pelo presidente da CMM, Fernandinho Teixeira que exortou os jogadores a te-rem um comportamento de mais Fair Play e desportista.

desporto

Seleccionador Nacional capacita treinadores de futebol Mosteiros acolheu, entre 20 e 25 de Junho, uma Acção de Formação de Treinadores de futebol, levada a cabo pelo seleccionador nacional Lúcio Antunes. O objectivo é capacitar cada vez mais treinadores e atletas para transformar, de facto, Mosteiros, numa região desportiva com representatividade nacional.

Lúcio Antunes

Treinadores e jogadores aprenderam técnicas de organização do jogo

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Interv iew

Less than one year before finishing your second term, what is left to be done from your Electoral Platform?We’ve done a lot. The municipality has changed considerably since we took office, particularly over the past few years.

The municipality experienced un-precedented growth. But, seeing as we’re ambitious, there’s still much to be done. For instance, we have to look into some localities that still lack ade-quate water supply. There is still time for us to do that, especially if we con-

tinue to receive support from our inter-national partners.

What were the biggest gains for your municipality in recent years?We’ve had huge gains. We invested heavily in our infrastructure.

For instance, we have the road to Cutelo Alto, which improved access to places like Boca Curral, Monte Barro, and Feijoal de Cima, but which also en-abled agriculture development by facil-itating the transportation of products.

We created access to Barreira and we built streets in Relva, Achada Grande, Corvo, Mosteiros Trás, Quei-mada Guincho, Fajãzinha and Rocha Fora.

In terms of sports infrastructure, we built a multipurpose sports facility (polivalente) in Pai António and in Ri-beira do Ilhéu and we finished install-ing artificial grass and remodeling the Municipal Stadium.

We also built the Municipal Slaughterhouse, which has increased public and veterinary health condi-tions; then we have the Municipal Au-ditorium, which will be inaugurat-ed during the festivities of the Munic-

ipality and will also stimulate culture, the youth, and facilitate the holding of large events in Mosteiros.

In terms of Social Development, specifically in the field of Social Hous-ing, we built dozens of houses, hun-dreds of bathrooms, and we contribut-ed to rehabilitate more than four hun-dred houses.

Together with the Ministry of En-vironment, Housing and Spatial Plan-ning, 52 houses are being built in Mo-steiros Trás, as part of the Casa para Todos (a Home for Everyone) Program.

And, we will soon implement an additional 73 units in other places. Moreover, it is clear that we have more water, less poverty and people live bet-ter today than they did yesterday.

Turning potential into economy

Despite improvements, there are still many constraints. How do you plan to get around those obstacles?

We need more economic operators and they, in turn, need to be more ac-tive and bold.

FERNANDINHO TEIXEIRA ASSURES HE WILL RUN FOR OFFICE AGAIN

“I want to fulfill my vision of transforming Mosteiros”With less than one year left

in his second term at the helm of Mosteiros, the

local Mayor, Fernandinho Teixeira, highlights the infrastructures, access to adequate housing and improved access to some localities as the main achievements of his municipal team. Aware of the challenges that still persist with regards to fighting unemployment, he warns that it is necessary to turn the potentialities into economy and he calls for entrepreneurship, but also private investments.

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We created the Economic and So-cial Monitoring Office to help people research and, in an assertive manner, invest in areas with potential for suc-cess.

The Office has been doing a good job, but there are bureaucratic obsta-cles that impede the financing of in-come generating projects.

Operators need easier access to fi-nancing and a bank that is more fo-cused on local and community devel-opment. Agriculture, Stockbreeding and Fishing are sectors that could pro-duce gains for Mosteiros, if developed properly and in chains of production and distribution.

The potential of these sectors is clearly underutilized. We are work-ing to reshape policy in order to take more advantage of the potential of these sectors.

The High School of Mosteiros is currently developing a training in ag-riculture with a view to encouraging young people to look to agriculture and stockbreeding as a solution to un-employment.

In partnership with the Region’s Municipal Chambers, UNICV is of-fering courses for professionals in the area of irrigation and tourism.

We must educate, train, produce, generate income, and boost the econo-my. And, we believe that we (Fogo Is-land) have potential for tourism.

An island with such a unique and inveterate culture, with such a lavish nature from which the volcano stands out, a delicious and famous coffee, and quality wine production, is an island with enormous tourism potential.

Cape Verde has much to gain by focusing more attention on Fogo’s tourism potential.

The same is true for tourism, which is not being properly exploited. What are your projects in this field to make the tourism potential sustain-able?

FERNANDINHO TEIXEIRA ASSURES HE WILL RUN FOR OFFICE AGAIN

“I want to fulfill my vision of transforming Mosteiros”

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Tourism requires substantive op-tions. Substantive political options. Looking at the island as a whole and projecting Chã das Caldeiras, the vol-cano, the Natural Park, including the Forest of Monte Velha, and the City of S. Filipe as a World Heritage.

Promoting our products, (e.g. coffee, cheese and wine) worldwide. Creating port, airport, road and ho-tel infrastructure.

Creating a tourism itinerary that focuses on History, Culture, Land-scape, Science and the Environment. Investing in popular festivals. Fogo’s bandeiras festivities have an incalcu-lable tourism potential.

Transformation in progressYou already hinted publicly that you intend to run for office again. What will be your plans for the future of Mosteiros?It is my intention to fulfill my vision of transforming Mosteiros. To align Mosteiros with the dynamics of deve-lopment in Cape Verde.

If Cape Verde has bold goals and is fulfilling them, Mosteiros can’t be left out of this dynamic.

In the next term, we want to make tourism a major economic force in Mosteiros.

The Municipal Master Plan and the Strategic Plan for the Municipali-ty’s Development will be actively im-plemented.

We will focus on agriculture, stockbreeding and fishing. We will make the Coffee Museum, as an eco-nomic and cultural catalyst of the municipality.

We will converge demands to cre-ate the International Airport of S. Filipe, to modernize the Port and to build the Port of Baia do Corvo, to build the access road that will connect Monte Velha and Chã das Caldeiras via Achada Maurício, and to complete the ring road of the Island of Fogo.

We will increase the pace of the low cost housing program and bring higher education closer to us. We need this term to fulfill our vision of modernizing, qualifying and making Mosteiros competitive.

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A sua viagem de ouroYour golden trip

ParisLisboa

RomaBoston

Contactos / ContactsRua Avenida Dr. Manuel Ariaga, nº1, Perpendicular

à Rua 5 de Julho, Plateau, Cidade da Praia- Cabo Verde

Tel. (238) 260 260 33 80/ 81/ 82/ 83/ 84/ 85Fax: (238) 2615028

e-mail: [email protected] | www.goldentours.cv

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