20160226_br_metro sao paulo

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www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP NÃÃÃÃOOOO!!! DiCaprio encara seu maior pesadelo: perder, pela quinta vez, a disputa pelo Oscar SERÁ QUE LEO GANHA? ATOR PODE ENFIM DESENCANTAR E LEVAR O OSCAR NO DOMINGO POR ‘O REGRESSO’ PÁG. 20 RECICLE A INFORMAÇÃO: PASSE ESTE JORNAL PARA OUTRO LEITOR Nova lei aprova prédios mais altos em avenidas Zoneamento. Plano que estabelece as regras para o uso e a ocupação do solo na capital também cria novas zonas para instalação de comércio em bairros residenciais e permite apartamentos maiores com mais de uma vaga na garagem em corredores PÁG. 02 Ônibus trafega sobre o viaduto Santo Amaro no primeiro dia de liberação ao tráfego de coletivos; sob a estrutura, rede protege apenas uma das pistas da avenida Bandeirantes | ANDRÉ PORTO / METRO Desemprego chega a 7,6% em janeiro Taxa extra na conta de luz acaba em abril Zelotes investiga empresário Gerdau É o pior resultado para o mês desde 2009, de acordo com o IBGE; renda do trabalhador caiu 7,4% em um ano PÁG. 10 Com a recuperação dos reservatórios, térmicas serão desligadas e tarifas devem ter uma redução de 10% PÁG. 10 Segundo a PF, empresa é suspeita de pagar propinas para anular R$ 1,5 bi em multas fiscais; grupo nega PÁG. 06 ARANHA POR UM FIO Após lesão e doping, Anderson Silva tenta retomar a carreira no UFC em luta contra Michael Bisping em Londres PÁG. 32 Na manhã de ontem, um pedaço da estrutura se soltou em uma área onde não há rede de proteção e caiu sobre a pista; por sorte, ninguém foi atingido MÍN: 19°C MÁX: 30°C SÃO PAULO Sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016 Edição nº 2.232, ano 9 DEVAGAR, DEVAGARINHO Ainda desconfiados, motoristas reclamam de lentidão no viaduto reaberto ontem só para os ônibus PÁG. 03

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www.metrojornal.com.br | [email protected] | www.facebook.com/metrojornal | @MetroJornal_SP

NÃÃÃÃOOOO!!!

DiCaprio encara seu maior pesadelo: perder,

pela quinta vez, a disputa pelo OscarSERÁ QUELEO GANHA? ATOR PODE ENFIM DESENCANTAR E LEVAR O OSCAR NO DOMINGO POR ‘O REGRESSO’ PÁG. 20

RECI

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LEI

TOR

Nova lei aprova prédios mais altos em avenidasZoneamento. Plano que estabelece as regras para o uso e a ocupação do solo na capital também cria novas zonas para instalação de comércio em bairros residenciais e permite apartamentos maiores com mais de uma vaga na garagem em corredores PÁG. 02

Ônibus trafega sobre o viaduto Santo Amaro no primeiro dia de liberação ao tráfego de coletivos; sob a estrutura, rede protege apenas uma das pistas da avenida Bandeirantes | ANDRÉ PORTO / METRO

Desemprego chega a 7,6% em janeiro

Taxa extra na conta de luz acaba em abril

Zelotes investiga empresário Gerdau

É o pior resultado para o mês desde 2009, de acordo com o IBGE; renda do trabalhador caiu 7,4% em um ano PÁG. 10

Com a recuperação dos reservatórios, térmicas serão desligadas e tarifas devem ter uma redução de 10% PÁG. 10

Segundo a PF, empresa é suspeita de pagar propinas para anular R$ 1,5 biem multas fiscais; grupo nega PÁG. 06

ARANHA POR UM FIOApós lesão e doping,

Anderson Silva tenta retomar a carreira no UFC em luta contra Michael Bisping em Londres PÁG. 32

Na manhã de ontem, um pedaço da estrutura se

soltou em uma área onde não há rede de proteção e

caiu sobre a pista; por sorte, ninguém foi atingido

MÍN: 19°CMÁX: 30°C

SÃO PAULO Sexta-feira,

26 de fevereiro de 2016

Edição nº 2.232, ano 9

DEVAGAR, DEVAGARINHO Ainda desconfiados, motoristas reclamam de lentidão no viaduto reaberto ontem só para os ônibus PÁG. 03

SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016www.metrojornal.com.br {FOCO} 03|

O primeiro dia de reabertura parcial do viaduto Santo Ama-ro, na zona sul, foi marcado por trânsito e medo de atra-vessar por baixo da ponte.

Desde as 5h, ônibus pu-deram circular por duas fai-xas do viaduto, facilitando a vida dos passageiros, que antes preferiam descer dos coletivos e cruzar a pé ao es-perar no congestionamento.

Nas pistas laterais da ave-nida Santo Amaro, porém, os motoristas ainda sofriam para desviar da interdição. No meio da tarde, fora do horário de pico, a espera pa-ra atravessar a avenida dos Bandeirantes era de cerca de 20 minutos.

Mesmo com a proibição, alguns motoristas invadiram a faixa do ônibus. Um técni-co da CET no local – que não quis se identificar – afirmou que, por ser uma novidade, a companhia começará orien-tando os condutores a não utilizarem o espaço dos cole-tivos no viaduto. A expectati-

va, segundo ele, é de que em no máximo duas semanas os fiscais de trânsito comecem a multar os que circularem no trecho bloqueado.

Embaixo do viaduto, a sensação é de insegurança. Com medo de ficar parado

sob a ponte, alguns motoris-tas aceleram, trocam de fai-xa ou, dependendo do trân-sito, aguardam antes da passagem elevada.

A prefeitura havia prome-tido colocar tela de segurança sob o viaduto para evitar que

pedaços da estrutura se soltas-sem e atingissem os veículos. Ontem, apenas a pista sentido Imigrantes estava protegida.

Pela manhã, um grande pedaço chegou a ceder na ou-tra pista e, por sorte, não atin-giu os veículos. A via passou

por limpeza e foi liberada.O assistente técnico Valdi-

nei Ribeiro, 33 anos, disse que já temia a ponte antes, mas, com a liberação parcial, ficou mais preocupado. “Tenho me-do em pensar que, depois de dar quase certeza de que iria

demolir, (a prefeitura) libera para ônibus. Não faz sentido.”

Nas ruas dos bairros que se tornaram opção para fu-gir do bloqueio, a liberação para o ônibus ajudou, mas não resolveu o problema do trânsito. Para o engenheiro civil Rui Araújo, 62 anos, o congestionamento aliviou, mas está longe do ideal. “Ti-raram os ônibus, mas segue um inferno. Tenho que es-tacionar longe do trabalho. Do contrário, demoro meia hora para chegar.”

Outro lado

Sobre a falta da tela de pro-teção no viaduto em um dos sentidos da avenida dos Ban-deirantes, a Siurb (Secreta-ria de Infraestrutura Urbana) afirmou que a lona não havia sido colocada para a retirada de uma argamassa, mas que trabalha no local para resol-ver o problema. A pasta in-formou não ter sido comuni-cada sobre a queda de parte da estrutura na via. METRO

Santo Amaro. Enquanto para os ônibus a circulação se normaliza, motoristas reclamam de demora para atravessar a avenida dos Bandeirantes

Condutores ainda precisam ter paciência. No detalhe, falha após queda de parte da estrutura | FOTOS ANDRÉ PORTO/METRO

Viaduto volta, trânsito persistePAULO MALUF, AO COMENTAR, NO FACEBOOK, A DECISÃO DA PREFEITURA DE NÃO DEMOLIR

O VIADUTO SANTO AMARO

‘Obra minha não cai nem

com explosão!’

PEDRO LADEIRA/FOLHAPRESS

SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016www.metrojornal.com.br 04| {FOCO}

A corrida pela Prefeitura de São Paulo está aberta no ni-nho dos tucanos na capital. O PSDB decide em plenária nes-te domingo quem será o can-didato da legenda que dispu-tará as eleições de outubro.

Três nomes estão no pá-reo: os do vereador Andrea Matarazzo, do deputado fe-deral Ricardo Tripoli e do empresário João Doria Jr.

A campanha interna está acirrada e tem dividido as li-

deranças do partido, mas o cli-ma entre os postulantes, pelo menos publicamente, é amis-toso. Na reunião que marcou o início das prévias, há pouco mais de um mês, o trio trocou cumprimentos e até elogios.

Matarazzo tem a candi-datura apoiada por três ca-ciques: o ex-presidente Fer-nando Henrique Cardoso e os senadores José Serra e Aloysio Nunes. O governa-dor Geraldo Alckmin é o pa-

drinho da candidatura de Doria e Tripoli, último a se inscrever na disputa, tem o aval do suplente a senador José Aníbal e do deputado federal Bruno Covas.

A disputa interna será de-

cidida pelos votos dos 27 mil filiados. Recolhidas dos locais de votação, as urnas deverão serão levadas para a Câmara a partir das 17h. A expectativa é de que o resultado seja anun-ciado após as 18h. METRO

Eleições 2016. Tucanos vão às urnas para escolher entre Matarazzo, Doria e Tripoli quem será o nome do partido na sucessão municipal

PSDB decide domingo seu candidato à Prefeitura de SP

O empresário João Doria Jr. aposta em parcerias com o governo do Estado pa-ra melhorias no transpor-te público e para atracar o problema de deficit em vagas de creches. Apoia-do pelo governador Geral-do Alckmin, Doria é nova-to em disputas eleitorais.

Em entrevista à Rádio Bandeirantes, ele disse que um aumento no IPTU (Im-posto Predial e Territorial Urbano) no próximo ano, ainda que respaldado pe-la lei que prevê reajuste na Planta Genérica de Valores do município – que define os valores venais dos imó-veis e, consequentemente, o valor do IPTU –, precisa ser avaliada “com muito cuida-do”. “Vejo com enorme difi-culdade um aumento de im-posto nesse momento em que o país vive uma reces-são”, afirmou.

Ao discorrer sobre seus planos para o transpor-te público, Doria elogiou a adoção de PPPs (Parceria Pú-blico-Privadas) pelo governo estadual para ampliação das linhas de metrô e disse que,

se eleito, pretende “fortale-cer a relação” da prefeitu-ra com o governo sobre a questão, especialmente no tocante a expansão da rede.

No tema creches, Doria falou de novo em parceria com o Estado. “Vamos usar espaços públicos [estaduais] para creches”, disse.

O pré-candidato defen-deu ainda convênios com varejistas – supermercados e shoppings – para uso de parte do estacionamento para fazer creches, proposta que já é buscada pela atual gestão. RÁDIO BANDEIRANTES

Doria Jr. aposta em parceria com Estado

João Doria Jr. é empresário

| GISELE PIMENTA/FRAMEPHOTO/FOLHAPRESS

O pré-candidato Andrea Ma-tarazzo, que é líder do PSDB na Câmara Municipal, dis-cutiu alternativas para me-lhorar o dia a dia de quem mora longe do trabalho. Ele reforçou a questão da regu-larização fundiária como forma de garantir que a ati-vidade econômica migre pa-ra áreas como as zonas sul, norte e leste da cidade.

Em entrevista à Radio Bandeirantes, Matarazzo ava-liou que os empregos estão concentrados dentro do cen-tro expandido, enquanto os trabalhadores moram nos bairros da periferia.

Para melhorar esse qua-dro e a questão da mobili-dade em São Paulo, ele afir-mou que é preciso revisar as linhas de ônibus, melhorar o acesso entre os bairros e investir nos corredores ex-clusivos para coletivos.

Sobre o problema de de-ficit de vagas em creches, o vereador avaliou que “as áreas mais carentes são as que mais necessitam”.

Ele reforçou que, além de construir novas unida-des, “melhorar a qualidade

do ensino e realizar a mo-dernização das salas de au-la é uma alternativa para atrair o aluno”.

Segundo Matarazzo, “a cidade não é amigável pa-ra quem tem negócios hoje” e, próximo ao reajuste na Planta Genérica de Valores do município, ele falou em alternativas para não au-mentar os impostos. O pré--candidato prevê aumentar a receita da prefeitura redu-zindo de despesas e taxas, levando quem não está pa-gando seus impostos a qui-tá-los. RÁDIO BANDEIRANTES

Matarazzo visa aproximar empregado do trabalho

Andrea Matarazzo é administrador de

empresas | BRUNO POLETTI/FOLHAPRESS

O deficit na oferta de vagas em creches públicas muni-cipais em São Paulo foi um dos assuntos abordados por Ricardo Tripoli. O pré-can-didato aposta na ampliação do horário das creches e al-ternativas para financiar a construção de novas.

O deputado disse na en-trevista à Rádio Bandeiran-tes que a creche funciona até as 17h, mas que não é suficiente para permitir que os pais trabalhem: “Os pais não podem sair do emprego às 15h para buscar o filho às 17h”. Ele também citou o convênio com escolas parti-culares como uma outra op-ção para criar creches.

“Você não pode se iludir e apresentar um enorme pro-jeto sem saber de onde virá os recursos”, afirmou sobre a obtenção de verbas para suas propostas. O pré-candi-dato prometeu não aumen-tar os impostos e, como al-ternativa de captar verbas, prevê a revisão dos contra-tos já realizados pela prefei-tura e do pacto federativo.

O político avaliou que o retorno dos impostos ao

município é muito baixo e que, portanto, é necessá-rio renegociar essa questão. “São Paulo precisa voltar a ter o que é de direito para poder resolver as suas ques-tões internas”, concluiu.

No tema da mobilidade urbana, Tripoli acredita que é necessário ouvir os usuá-rios do transporte públi-co, motoristas, pedestres e ciclistas. Ele defendeu um maior planejamento de ci-clovias e faixas de ônibus para atender as necessida-des de todos que ocupam as ruas. RÁDIO BANDEIRANTES

Tripoli quer crianças mais tempo nas creches

Ricardo Tripoli é advogado

| EDUARDO ANIZELLI/FOLHAPRESS

Homicídios caem ao menor índice da história em SP São Paulo registrou em ja-neiro a menor taxa no ín-dice de homicídios dolosos desde o início da série histó-rica, que começou em 2001.

Segundo dados da Secre-taria da SSP (Segurança Pú-blica), divulgados ontem, o número de ocorrências caiu 21% na comparação com ja-neiro de 2015 (de 373 para 294) e atingiu taxa de 8,4 ca-sos por 100 mil habitantes.

De acordo com o levanta-mento, todos os índices de criminalidade diminuíram. O latrocínio – roubo segui-do de morte – registrou que-da de 18,1% e alcançou o menor patamar desde 2012. O total de crimes passou de 33, em janeiro de 2015, para 27, no mês passado.

Com queda de 0,72% e 185 ocorrências a menos, São Paulo registrou a menor

quantidade de roubos desde 2013 – foram 25,6 mil.

Já o roubo de veículos passou de 7.490, em 2015, para 6.479, neste ano, o que representa recuo de 13,5%.

As ocorrências de extor-são mediante sequestro ti-veram diminuição de 60%: de 5 para 2 casos. A quanti-dade também é a menor de toda a série histórica das es-tatísticas criminais. METRO

Associações de moradores do Morumbi, na zona sul, vão arrecadar fundos de condomínios para a insta-lação de câmeras sugeridas pela polícia no bairro.

A corporação não quer apenas as imagens de equi-pamentos instalados em condomínios para firmar acordo com moradores e incluir as informações no programa Detecta. O secre-tário da Segurança Pública,

Alexandre de Moraes, diz que além de compartilhar o videomonitoramento, se-rá preciso investir em no-vos equipamentos.

Nem tudo precisará ser disponibilizado de uma vez, mas a polícia terá a palavra final sobre os locais em que as câmeras deverão ficar.

A ideia era assinar a Parce-ria Público Privada com o pes-soal do Morumbi até o mês que vem. RÁDIO BANDEIRANTES

Detecta. Moradores vão comprar câmeras

No ‘ladeirão’

Taxista é morto no Morumbi

Um taxista foi assassina-do ontem, por volta das 14h50, com um tiro no rosto na região conheci-da como “ladeirão do Mo-rumbi” (zona sul), onde assaltos e outros crimes são comuns. Segundo uma testemunha, duas pessoas se aproximaram da vítima em uma moto e uma deles atirou no ta-xista. Em seguida, a du-pla fugiu. METRO

SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016www.metrojornal.com.br 06| {BRASIL}

Sonegação. Uma das maiores empresas do país, Grupo Gerdau teria negociado com conselheiros do Carf cancelamento de cobranças

Gerdau é suspeita de tentar anular R$ 1,5 bi em multasA PF (Polícia Federal) defla-grou ontem pela manhã a sexta fase da Operação Ze-lotes, que apura o funciona-mento de um esquema bi-lionário de cancelamento da cobrança de tributos de-vidos por grandes empre-sas no país. O alvo foi uma das maiores companhias do país, o Grupo Gerdau, líder no ramo de siderurgia, em especial a indústria de aços longos. A suspeita é que a empresa tenha tentado ob-ter a anulação de R$ 1,5 bi-lhão em multas fiscais apli-cadas por não pagamento de tributos. Para ter uma ideia, com esse valor, poderiam ser construídos mais de dez hos-pitais bem equipados.

Os agentes da PF come-çaram a operação cedo, no

início da manhã. Foram cumpridos 22 mandados de condução coercitiva (quan-do a pessoa é buscada em um endereço, encaminhada a uma delegacia da PF e de-pois liberada) e 18 de busca e apreensão nas cidades em Brasília, Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Re-cife – duas pessoas também foram ouvidas no complexo da Papuda, em Brasília.

Em São Paulo, o diretor--presidente da companhia, André Gerdau Johanpetter, apresentou-se à PF acompa-nhado de seu advogado Ar-naldo Malheiros Filho. Ao final das oitivas, Malheiros disse que André “esclareceu que a empresa não sonegou nada”. “Foi feita uma série de perguntas sobre a orga-

nização do Carf, mas ele não tem o menor conhecimento disso. Ele não escondeu na-da”, salientou o advogado.

A delegada Fernanda Costa de Oliveira explicou que a companhia “celebra-va contrato com escritórios de advocacia e de consul-toria, que tinham contato com conselheiros do Carf [Conselho de Recursos Fis-cais] e realizavam acordos para que as sentenças fos-sem favoráveis à Gerdau”.

Mandados

De acordo com a PF em Por-to Alegre, onde fica a sede do Grupo Gerdau, os agen-tes tinham quatro manda-dos, mas um não foi cum-prido porque a pessoa estava fora do Estado, no ca-

so o diretor-presidente. Das três pessoas encami-

nhadas à base da corporação na capital gaúcha, ouvidas a partir das 8h e liberadas entre 12h e 13h, nem to-das eram ligadas à empre-sa. Como se sabe a respeito do esquema, escritórios de advocacia e de consultoria também são investigados por suspeita de participa-ção no esquema de propi-nas para anular as condena-ções tributárias no Carf. É no Carf que são julgadas as ações das empresas contra cobranças tributárias.

Além da Gerdau, outras grandes empresas são sus-peitas de participar do es-quema, como RBS, San-tander, Bradesco, Ford e Mitsubishi. METRO POA

PF ouviu três pessoas em Porto Alegre | NAIAN MENEGHETTI /BRAZIL PHOTO PRESS/FOLHAPRESS

SÃO PAULO, SEXTA-FEIRA, 26 DE FEVEREIRO DE 2016www.metrojornal.com.br 12| {MUNDO}

O comissário europeu pa-ra as migrações, Dimitris Avramopoulos, disse on-tem em Bruxelas que es-pera “resultados tangíveis” nos próximos dez dias pa-ra evitar que as soluções para a crise dos refugiados chegue ao colapso. “Nos próximos dez dias preci-samos de resultados tangí-veis e claros no terreno. Ca-so contrário, há o risco de que todo o sistema colapse totalmente”, afirmou ele, após reunião dos 28 minis-tros europeus da Justiça e do Interior.

Avramopoulos disse ain-da que é de responsabili-dade de todos os Estados--membros intensificar os esforços para implemen-

tar as soluções acordadas. “Não há tempo para ações descoordenadas”, argu-mentou o comissário, so-bre a possibilidade de uma crise humanitária muito perto da Rota dos Balcãs, onde a “situação é crítica”.

Os países membros da UE estão tomando medi-das isoladas sobre o assun-to. A Áustria anunciou que neste ano concederá asilo

a somente 80 pessoas por dia. A Hungria fará um re-ferendo, em data ainda não marcada, para definir os termos de uma política mi-gratória própria. No início da semana, a Macedônia bloqueou a fronteira com a Grécia para impedir a en-trada de novos refugiados, e a Bélgica anunciou a vol-ta do controle na fronteira com a França.

“Não podemos conti-nuar a agir através de ações unilaterais, bilaterais e tri-laterais”, disse Avramopou-los. “Os primeiros efeitos negativos e impactos já são visíveis. No próximo dia 7, a UE terá uma reunião es-pecial com a Turquia sobre a crise migratória. METRO

Prazo curtíssimo. Comissário europeu para migrações dá dez dias para que UE apresente ‘resultados tangíveis’ contra a crise dos refugiados

Imigrantes e refugiados rumam de barco para a Europa Ocidental; no detalhe, Dimitris Avramopoulos | REUTERS

‘Europa está perto de um colapso migratório’

O diretor do FBI (a polícia federal dos EUA), James Co-mey, e o vice-presidente sê-nior e advogado geral da Apple, Bruce Sewell, teste-munharão em uma audiên-cia no Congresso norte--americano em 1º de março sobre questões que envol-vem criptografia.

A audiência acontece em meio a uma disputa en-tre a gigante de tecnolo-gia e a Casa Branca sobre o desbloqueio de um iPhone utilizado por um dos atira-dores de San Bernardino, na Califórnia.

O FBI quer ajuda da Apple para acessar o iPho-ne do atirador Rizwan Fa-

rook, que está travado por algumas proteções de se-nha. A Apple afirma que co-laborar com as autoridades

neste caso criaria um prece-dente perigoso e ameaçaria a segurança de todos os seus clientes. METRO

Diretor do FBI e vice da Apple terão audiência no Congresso

Lamarque, do FBI: pelo fim da criptografia no iPhone | KEVIN LAMARQUE/REUTERS

Cinquenta e uma empresas de 20 países estão ou esti-veram envolvidas na cadeia de fornecimento de compo-nentes que acabaram em explosivos do grupo jiha-dista EI (Estado Islâmico). A brasileira Aldoro, de Rio Claro (SP), está entre elas.

O estudo, encomendado pela UE (União Europeia) e divulgado ontem, mostra que essas empresas produ-ziram ou venderam mais de 700 componentes aprovei-tados pelo EI para produzir IEDs (dispositivos explosivos improvisados, em inglês).

A Aldoro fabrica pigmen-tos metálicos de alumínio e pasta de alumínio. “Brasí-lia nos ligou para dizer que um balde de nosso produto, que pode ser usado em ex-plosivos, havia sido encon-trado na Síria”, disse Stas-san Martendal, diretor da Aldoro, à RFI (Rádio França Internacional).

“É impossível rastrear o que acontece com o produ-to ao chegar a esses países que fazem fronteira com a Síria.” A Aldoro informou que exportava as substân-cias para Turquia e Jordâ-nia, mas suspendeu as ven-das há seis meses. METRO

Terror. EI fez explosivos com componente ‘made in Brazil’

Canadá libera cannabisUm tribunal canadense de-clarou inválida lei do gover-no anterior que proibia os doentes autorizados a usar cannabis para fins medici-nais de cultivarem a planta.

O Tribunal Federal consi-derou que “os regulamentos sobre a marijuana com fins terapêuticos”, que exigia aos doentes que a compras-

sem de produtores autori-zados, violavam os direitos constitucionais.

A restrição, contida no regulamento adotado em 2014, é “arbitrária e de al-cance excessivo”, escreveu o juiz Michael Phelan, ao dar ganho de causa aos quatro indivíduos que têm necessi-dade de consumir cannabis

por razões médicas.“A imposição do regi-

me, que pretende contro-lar o consumo de marijuana com fins médicos, teve con-sequências desfavoráveis so-bre a sua vida”, acrescentou o juiz. O Canadá quer ser o primeiro país do G-7 a lega-lizar o uso terapêutico da substância. METRO

Venezuela

Deputado pede posição mais firme do Brasil

O presidente da Comis-são Permanente de Polí-tica Exterior da Assem-bleia da Venezuela, Luis Florido, cobrou ontem do governo brasileiro uma posição mais firme em relação ao governo do presidente Nicolás Maduro. METRO

Zimbábue

Reserva estuda sacrificar excesso de leões

A reserva privada Bubye Valley estuda sacrificar cerca de 200 leões porque está a ponto de alcançar o limite de população, mas não pode utilizar a caça, já que o governo de-cidiu proibi-la em julho após a morte do leão Ce-cil (foto). METRO

Reino Unido

BBC falhou no caso Jimmy Savile, diz juíza

Em um relatório divul-gado ontem, a juíza Ja-net Smith acusa a BBC de “falhas graves” no ca-so de Jimmy Savile, apre-sentador da emissora culpado de abusar se-xualmente de 72 pes-soas, a maioria delas me-nores de idade. METRO

Argentina

Para procurador, Nizman não cometeu suicídio

O promotor Alberto Nis-man, morto em 2015 após acusar a então pre-sidente Cristina Kirch-ner de acobertar a supos-ta participação do Irã no atentado a um centro ju-daico, foi assassinado, disse o procurador geral Ricardo Saenz. METRO

Cecil foi morto

por caçador

Jimmy

Savile

REPRODUÇÃO

REPRODUÇÃO/YOUTUBE

110 milé o número de refugiados que desembarcaram na Europa neste ano. Em 2015, esse número só havia sido alcançado em junho