2016 ranking ranking fdc das multinacionais brasileiras ... · 2016 capa-ranking.indd 1 15/11/16...

CAMPUS ALOYSIO FARIAAv. Princesa Diana, 760 - Alphaville Lagoa dos Ingleses34000-000 – Nova Lima (MG)

CAMPUS BELO HORIZONTERua Bernardo Guimarães, 3.071 - Santo Agostinho30140-083 – Belo Horizonte (MG)

CAMPUS SÃO PAULOAv. Dr. Cardoso de Melo, 1.184 – 15º andar - Vila Olímpia04548-004 – São Paulo (SP)

CAMPUS RIO DE JANEIRO Av. Afranio de Melo Franco, 290 - 2º andar – Leblon22430-060 – Rio de Janeiro (RJ)

Gru

po D

oism

iledo

ze

RankingFDC dasMultinacionaisBrasileiras

Ran

kin

g FD

C d

as M

ult

inac

ion

ais

Bra

sile

iras

201

6

capa-ranking.indd 1 15/11/16 21:07

Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 201611ª Edição – 2016

Co-Fundador & Presidente da Diretoria EstatutáriaProfessor Emerson de Almeida

Presidente ExecutivoAntonio Batista da Silva Junior

Diretor Executivo de Desenvolvimento de Executivos, Professores, Educação e Inovação Professor Aldemir Drummond Junior

AutoresProfessora Lívia Lopes BarakatProfessor Sherban Leonardo CretoiuFlávia Pedrosa CostaTereza Gonçalves da SilvaProfessora Flávia de Magalhães AlvimVanessa Sousa Freitas

DiagramaçãoDoismiledoze . Comunicação e Marketing Digital

Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionaiswww.fdc.org.br / [email protected] (Capitais) / 0800 941 9200 (demais localidades)

Campus Aloysio FariaAv. Princesa Diana, 760 - Alphaville (Lagoa dos Ingleses) 34000-000 - Nova Lima (MG) - Brasil Tel.: +55 (31) 3589-7200

As informações utilizadas para a composição dos dados apresentados são de total responsabilidade das empresas participantes.

Direito de imagem:É permitida a reprodução dos dados publicados, desde que citada a devida fonte.

EQUIPE RESPONSÁVEL ......................................................................................................................... 9

CARTA DO COORDENADOR .............................................................................................................11

APRESENTAÇÃO ....................................................................................................................................15

FUNDAÇÃO DOM CABRAL ................................................................................................................19

O Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais ..............................................20

AparceriacomoINDEG-ISCTEExecutiveEducation .........................................22

EquipeINDEG-ISCTEExecutiveEducation ...........................................................23

SaibamaissobreoINDEG-ISCTEExecutiveEducation ......................................24

A PESQUISA ..........................................................................................................................................27

ORankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras ......................................................27

Metodologia da pesquisa ............................................................................................30

Amostra ..........................................................................................................................32

GRAU DE AUTONOMIA E DESCENTRALIZAÇÃO ....................................................................37

Oprocessodecisórionoâmbitodasmultinacionaisbrasileiras ........................38

O processo decisório no âmbito das franquias......................................................44

Sumário

Ranking FDC dasMultinacionais Brasileiras 2016

4

RESULTADOS ..........................................................................................................................................53

ORankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras2016 ...........................................53

As 10+: empresas com faturamento de até 1 bilhão de reais ............................55

Ranking por número de países onde as empresas

possuem subsidiárias ...................................................................................................56

Ranking por índice de receitas...................................................................................56

Rankingporíndicedeativos ......................................................................................57

Ranking por índice de funcionários ..........................................................................58

Destaques ......................................................................................................................58

RankingFDCdeInternacionalizaçãodeFranquias2016 ...................................62

Ranking por número de países onde as empresas

possuem franquias .......................................................................................................62

Ranking por índice de unidades franqueadas ........................................................63

Ranking por índice de receitas por taxas de royalties ...........................................64

Rankingporíndicedereceitasdevendadeprodutosnoexterior ....................65

Destaques ......................................................................................................................66

DO BRASIL PARA O MUNDO ............................................................................................................69

Distribuiçãodassedesdasmultinacionaisbrasileirasnopaís ...........................69

A presença das empresas brasileiras no exterior ..................................................70

Entrada e saída de países ............................................................................................75

Primeira subsidiária ou franquia internacional ......................................................78

Linha do tempo da internacionalização das empresas brasileiras .....................81

O IMPACTO DO CONTEXTO POLÍTICO-ECONÔMICO NA INTERNACIONALIZAÇÃO

DAS EMPRESAS BRASILEIRAS ........................................................................................................85

Contextopolítico-econômicodoBrasil ...................................................................85

SATISFAÇÃO E EXPECTATIVAS DE DESEMPENHO ................................................................89

Satisfaçãocomodesempenho ..................................................................................89

Expectativasdedesempenhopara2016 ................................................................90


5

EVOLUÇÃO E TENDÊNCIAS ..............................................................................................................93

Evoluçãodosíndicesdeinternacionalizaçãonosúltimostrêsanos .................93

Planosdeexpansãointernacionalem2016 ...........................................................94

SobreaparticipaçãonoRanking .............................................................................99

CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................................................... 103

AGRADECIMENTOS........................................................................................................................... 104

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 01 Áreadeatuaçãodasmultinacionaisparticipantes ................................................33

GRÁFICO 02 Áreadeatuaçãodasfranquiasparticipantes .........................................................34

GRÁFICO 03 Autonomianatomadadedecisãodasmultinacionaisbrasileiras .....................38

GRÁFICO 04 Níveldeautonomiadasmultinacionaisbrasileiras:decisõesestratégicas ......39

GRÁFICO 05 Níveldeautonomiadasmultinacionaisbrasileiras:decisõestáticas ................40

GRÁFICO 06 Níveldeautonomiadasmultinacionaisbrasileiras:decisõesoperacionais ....41

GRÁFICO 07 Variação do grau de autonomia das subsidiárias internacionais

nosúltimostrêsanos ...................................................................................................43

GRÁFICO 08 Impacto gerado pelo aumento da autonomia das subsidiárias internacionais


GRÁFICO 09 Autonomianatomadadedecisõesdasfranquiasbrasileiras .............................45

GRÁFICO 10 Níveldeautonomiadasfranquiasbrasileiras:decisõesestratégicas ...............46

GRÁFICO 11 Níveldeautonomiadasfranquiasbrasileiras:decisõestáticas .........................46

GRÁFICO 12 Níveldeautonomiadasfranquiasbrasileiras:decisõesoperacionais ..............47

GRÁFICO 13 Modelos de tomada de decisão no mercado internacional ................................48

GRÁFICO 14 Variação do grau de autonomia das franqueadas internacionais


GRÁFICO 15 Impacto gerado pelo aumento da autonomia das franqueadas

internacionaisnosúltimostrêsanos ........................................................................50


6

GRÁFICO 16 Estadosondeassedesdasmultinacionaisestãolocalizadas .............................70

GRÁFICO 17 Dispersãogeográficadasmultinacionaisbrasileirasnomundo ........................74

GRÁFICO 18 Dispersãogeográficadasfranquiasbrasileirasnomundo ..................................75

GRÁFICO 19 Regiõesdaprimeirasubsidiárianoexterior ...........................................................78

GRÁFICO 20 Regiõesdaprimeirafranquianoexterior ................................................................79

GRÁFICO 21 Países das primeiras subsidiárias e franquias no mercado internacional .........80

GRÁFICO 22 Oimpactodocontextopolítico-econômicobrasileirona

estratégia de internacionalização .............................................................................85

GRÁFICO 23 Mudançanasestratégiasdasmultinacionaisefranquiasbrasileiras

frenteaoatualcontextopolítico-econômicobrasileiro .......................................86

GRÁFICO 24 Satisfaçãocomodesempenhodasmultinacionaisbrasileiras ...........................89

GRÁFICO 25 Expectativasdedesempenhodasmultinacionaisbrasileiras .............................91

GRÁFICO 26 Evoluçãodosíndicesmédiosdeinternacionalizaçãodas

multinacionaisbrasileiras ............................................................................................93

GRÁFICO 27 Planejamentodasmultinacionaisparaentradaemnovos

paísesem2016 .............................................................................................................94

GRÁFICO 28 Planejamentodasmultinacionaispara2016nosmercados

em que já atuam ...........................................................................................................95

GRÁFICO 29 Destinosalvoparaentradaemnovospaísespelasmultinacionais ..................96

GRÁFICO 30 Planejamentodasfranquiasparaentradaemnovospaísesem2016 .............97

GRÁFICO 31 Destinosalvoparaentradaemnovospaísespelasfranquias ............................98

GRÁFICO 32 Planejamentodasfranquiaspara2016nosmercadosemquejáatuam ........99

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 RankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras2016 ...............................................53

TABELA 02 RankingFDCdasMultinacionaisBrasileirascomfaturamento

total de até R$ 1 bilhão ...............................................................................................55

TABELA 03 Multinacionaisclassificadaspelonúmerodepaíses ............................................56

TABELA 04 Multinacionaisclassificadaspeloíndicedereceitas .............................................57


7

TABELA 05 Multinacionaisclassificadaspeloíndicedeativos ................................................57

TABELA 06 Multinacionaisclassificadaspeloíndicedefuncionários ....................................58

TABELA 07 RankingFDCdeInternacionalizaçãodeFranquias2016 ...................................62

TABELA 08 Franquiasclassificadaspelonúmerodepaíses ......................................................63

TABELA 09 Franquiasclassificadaspeloíndicedeunidadesfranqueadas ............................64

TABELA 10 Franquiasclassificadaspeloíndicedereceitasdetaxaseroyalties ..................65

TABELA 11 Franquiasclassificadaspeloíndicedereceitasdevendadeprodutos .............65

TABELA 12 Países com maior presença de empresas brasileiras ............................................71

TABELA 13 Localização das empresas brasileiras no exterior, por região e

forma de atuação ..........................................................................................................73

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 01 Dispersãogeográficadassedesdasmultinacionaisbrasileiras .........................69

FIGURA 02 Apresençadasmultinacionaisbrasileirasnoexterior .........................................71

FIGURA 03 Entrada das empresas no mercado internacional em 2015/por países ...........76

FIGURA 04 Saída das empresas do mercado internacional em 2015/por países ................77

FIGURA 05 Linha do tempo da internacionalização das empresas brasileiras .....................81

FIGURA 05 BenefícioscomaparticipaçãonoRankingFDCdas

MultinacionaisBrasileiras ........................................................................................ 100

FIGURA 06 BenefícioscomaparticipaçãonoRankingFDCdeInternacionalização

de Franquias ............................................................................................................... 101


8

LÍVIA LOPES BARAKATProfessora e Gerente de Projetos da Fundação Dom Cabral

[email protected]

SHERBAN LEONARDO CRETOIUProfessor Associado da Fundação Dom Cabral

[email protected]

TEREZA GONÇALVES DA SILVAPesquisadora do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC

[email protected]

VANESSA SOUSA FREITASPesquisadora do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC

[email protected]

FLÁVIA DE MAGALHÃES ALVIMProfessora Associada da Fundação Dom Cabral

[email protected]

FLÁVIA PEDROSA COSTAPesquisadora do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC

[email protected]

Equipe responsável


10

Ao longo das últimas décadas, a Fundação Dom Cabral tem acompanhadoomovimentocrescentedeinternacionalizaçãodeempresasbrasileirasapartirde investimentodiretonoexteriore,maisrecentemente,aexpansãointernacionalviafranquias.OBrasil, tradicionalmente exportador de commodities, começa a figurarnocenáriomundialcomoprovedordeserviçoseprodutosdemaiorvalor agregado, comopor exemploprodutosalimen-tícios industrializados, tecidos e não-tecidos, maquinário para indústria, software, consultoria, entre outros. Por outro lado, nosso país vem sistematicamente perdendo competitividade,como evidenciado no estudo feito pela FundaçãoDomCabralpara oWorld Economic Forum, no qual o Brasil figura no 75ªlugar,tendochegadoemsuapiorposiçãocompetitivanosúlti-mos 20 anos.

É, portanto, de interesse do Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC entender como a internacionalização tem contribuído para a competitividade das empresas brasileiras ecomoelastêmlidadocomosdesafiosdomercadointernacionalpara sustentar suavantagemcompetitiva noexterior. Por essemotivo, o Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras aborda

Carta do Coordenador


12

todosos anosquestões concernentes à estratégia, operaçãoeresultados das empresas brasileiras em outros países.

Esteano,apartirdeconversascomdiversasempresas, iden-tificamosqueumtemacríticoéoequilíbrioentreaeficiênciaglobal e a adaptação local. Isso tem implicações no grau deautonomia a ser concedido para subsidiárias ou franquias no exteriorparaatomadadeumasériededecisõesimportantes,tais como: em quais mercados penetrar, com quais produtos e/ou serviços, a formadeentrada, como financiar a interna-cionalização, a contratação e preparação de executivos cha-ve, dentre outras. Cada decisão, por sua vez, demanda suaimplementação e tem um impacto nos resultados globais da empresa. Certamente, o aprendizado ao longo desse proces-so é fator fundamental para a adaptação a outros mercados e para o sucesso da empreitada.

Estamos apresentando os resultados da 11ª. edição anual doRankingFDCdasMultinacionaisBrasileirascujotemaespecífi-co é justamente o grau de autonomia na interação entre matriz esubsidiáriasparaatomadadedecisõesestratégicas,táticaseoperacionais. Ao longo dos anos, a pesquisa se tornou importan-te fonte de consulta sobre o processo de internacionalização das empresas brasileiras e esperamos que o conhecimento gerado nessa edição seja útil não apenas para as próprias multinacionais, mastambémparaaacademiaeparainstituiçõesgovernamentaisemultilateraisqueapoiamesteimportantemovimentoestraté-gico das empresas brasileiras.

Agradeço a todos que, direta ou indiretamente, contribuíram paraodesenvolvimentodessetrabalho,emespecialaosgesto-


13

resdasempresasqueparticiparamdestaediçãoeàequipedoNúcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDC.

Desejo uma excelente leitura a todos!

Prof. Aldemir Drummond JuniorCoordenador do Núcleo de Estratégia e Negócios InternacionaisDiretor Executivo de Desenvolvimento de Executivos, Professores, Educação e Inovação


14

É com grande satisfação que o Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral apresenta o Ranking FDC dasMultinacionaisBrasileiras2016.Desde2006,temostraçadoum panorama da internacionalização das empresas brasileiras bus-candoentenderseusdesafios,benefícioseperspectivas.Aolongodosanos,percebemosqueaatuaçãonoexteriorvemcontribuindode formarelevanteparaacompetividadeesustentabilidadedasnossas empresas.

Emsua11ªedição,oRankingFDCdasMultinacionaisBrasileirastraz como tema específico de pesquisa o processo de tomada de decisõesestratégicas, táticaseoperacionaisna internacionaliza-ção das empresas brasileiras. Consultamos as empresas respon-dentes sobre o locus de tomada de decisão dentro de sua estrutura organizacional.Paratal,identificamosquaistiposdedecisõessãotomadas na matriz da empresa, quais são tomadas nas subsidiárias ou nas franqueadas no exterior e quais são tomadas após consulta préviadamatrizoudasubsidiária.Édefundamentalimportânciarefletir sobre o grau de autonomia de que usufruem as subsidiárias das empresas no exterior, considerando que esse é um fator crítico paraavelocidadeeadaptaçãoaosdiversosmercados.

Apresentação


16

AlémdoRankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras,emqueclas-sificamosasempresasqueseexpandempormeiodeinvestimen-tos diretos no exterior utilizando o índice de transnacionalidade criado pela UNCTAD, o estudo apresenta uma classificação de empresas que se expandem por meio de redes de franqueadas no exterior. Assim, o Ranking FDC de Internacionalização de Fran-quiasBrasileirasseutilizadeumíndicedesenvolvidopeloNúcleode Estratégia e Negócios Internacionais da FDC e tem como foco os aspectos específicos da expansão internacional por meio do sis-tema de franchising.

A pesquisa também apresenta uma análise atualizada sobre as geografiasdeatuaçãodasempresasbrasileiras,osprincipaismovi-mentos de entrada e saída de países, dados sobre desempenho e tendênciasdeexpansão,alémdeumaanálisedoquantoocontex-topolítico-econômicoatualtemafetadoasestratégiasdeinterna-cionalização das empresas.

Esperamos que os conteúdos disponibilizados nesse relatório pos-sam contribuir para uma melhor compreensão, nos meios empre-sarial,governamentaleacadêmico,doprocessodeinternacionali-zação de empresas brasileiras.

Desejamos uma ótima leitura!

Equipe do Núcleo de Estratégia e NegóciosInternacionais da FDC


17

FundaçãoDom Cabral

AFundaçãoDomCabral (FDC) é umcentrodedesenvolvimen-todeexecutivos,empresáriosegestorespúblicosehá40anospraticaodiálogoeaescutacomprometidacomasorganizações,construindocomelassoluçõeseducacionaisintegradas,resultadoda conexão entre teoria e prática.

A FDC acredita que as soluções para o desenvolvimento dasempresas podem ser encontradas dentro das próprias organiza-ções.Sendouma instituiçãoautônoma,semfins lucrativos,con-siderada de utilidade pública, a FDC é orientada para a geração edisseminaçãodeconhecimentoaplicadoeaplicávelemproldodesenvolvimentosustentávelemnívelmundial.

Em seuportfólio é possível encontrar uma ampla gamadepro-gramasqueabrangemasmaisdiversasáreasdagestão.Ostemaspodemserestudadosemdiferentesformatos,quevãodesdepro-gramascurtose intensivos,noBrasilenoexterior,atésoluçõescustomizadas ou parcerias, que estabelecem um relacionamento de longaduraçãoparaodesenvolvimentomais estruturadodasempresas.


20

Desde suacriação, em1976, aFundaçãoDomCabralvempar-ticipando da melhoria do nível gerencial e do desenvolvimentoempresarial brasileiro. Atualmente, a FDC é referência nacionale internacional em seu setor, tendo sido classificada, em 2016,pelo11ºanoconsecutivo,amelhorescoladenegóciosdaAméri-caLatinasegundooRankingdeEducaçãoExecutivadoFinancialTimes2016.

Avocaçãoparaotrabalhoemconjuntoorientousuaarticulaçãointernacional, firmando as alianças estratégicas com importantes escolas de negócios, como a Kellogg School of Management (EUA) e o INSEAD (Europa). Além disso, a FDC coordena a Rede Lati-no-americana de Escolas de Negócios para o DesenvolvimentoSustentável (Enlaces),compostapelaUniversidaddeSanAndrés(Argentina),UniversidaddeChile(Chile),UniversidaddeLosAndes(Colômbia), IESA (Venezuela)eESAN(Peru)epossuiacordosdecooperação com diversas instituições internacionais de educa-çãoexecutiva,comoaUniversityofCambridge (ReinoUnido);oIMD(Suíça);aESADEBusinessSchool(Espanha);oSmithCollegeExecutiveEducation(EUA),aOlinSchoolofBusinessdaWashin-gtonUniversity(EUA);oHEC(França),aSKEMABusinessSchool(França), aGriffithUniversity (Austrália), o InstitutoTecnológicoAutónomo de México – ITAM (México), o INDEG-ISCTE (Portugal), Catolica-Lisbon (Portugal), a Escola de Gestão do Porto (Portugal), aCornellUniversity(EUA)eaRedeBRICS,compostapelasesco-lasSkolkovo(Rússia),CheungKong(China)eaUniversityofCapeTown (África do Sul).

O NÚCLEO DE ESTRATÉGIA E NEGÓCIOS INTERNACIONAIS

ONúcleodeEstratégiaeNegóciosInternacionaiséumdosdiver-


21

sos núcleos de geração de conhecimento da FDC nos quais são desenvolvidosestudos,pesquisasesoluçõeseducacionaissobretemasrelevantesrelacionadosaosdesafiosdagestãoempresarial,dandosustentaçãoaosprogramasdesenvolvidospelaFDCetra-duzindoseusavançoscomoinstituiçãogeradoradeconhecimen-to.ONúcleotemcomomissãocontribuirparaodesenvolvimentodasorganizaçõespormeiodageraçãoedocompartilhamentodeconhecimento sobre seu processo estratégico, incluindo a formu-lação, o desdobramento, a execução, o controle e a aprendizagem dasestratégiascorporativasedenegócios.

OsobjetivosdoNúcleosão:

• Gerar e disseminar conhecimento sobre estratégia, internacionalização e gestão empresarial.

• Desenvolver conteúdos e metodologias educacionais nas áreas de estratégia, internacionalização e gestão empresarial.

• Ampliar seu escopo de competências e de atuação por meio de redes de parcerias com profissionais e centros de estudos nacionais e internacionais.

Buscamosampliaroconhecimentosobreaestratégianacionaleinternacional de empresas por meio de pesquisas empíricas e estu-dos de casos, assim como a geração e disponibilização de conheci-mentos por meio de parcerias com empresas, escolas de negócios, centrosdeestudos,órgãosgovernamentaiseinstituiçõesmultila-terais,noBrasilenoexterior.

Desenvolvemosconteúdo,metodologiasesoluçõescustomizadas


22

que atendem a empresas em processos de reflexão e implementa-çãoestratégica.Dentreessasiniciativas,destacamosoCentrodeReferênciaemCriaçãodeValorInternacional(CRCVI),quereúneempresas multinacionais para debater temas específicos sobre a internacionalização.

A PARCERIA COM O INDEG-ISCTE EXECUTIVE EDUCATION

Visando ampliar o escopo de atuação do Núcleo e a compreensão do processo de internacionalização de empresas ao redor do mun-do,desenvolvemospesquisasemconjuntocominstituiçõesdeensi-nodeoutrospaísesquenospermitamtraçarumcomparativodaatuação das multinacionais brasileiras em relação a multinacionais deoutrospaíses.Emediçõesanteriores,jáinvestigamosainterna-cionalização de empresas indianas e russas e, desde 2014, o Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da Fundação Dom Cabral estabeleceuumaparceriacomoINDEG-ISCTEExecutiveEducationpara a realização do Ranking de Internacionalização das empresas portuguesas.Aparceriapossibilita,alémdeumintercâmbiovaliosode conhecimento sobre a internacionalização de empresas e melho-respráticasempesquisaexecutiva,umareflexãosobreaspeculiari-dades da atuação internacional de multinacionais brasileiras e por-tuguesas, possibilitando uma maior compreensão das similaridades ediferençasdesseprocessoentreospaísesquetêmtraçoshistó-ricos tão marcantes. Na edição de 2014, comparamos a percepção dasempresasbrasileiraseportuguesasemrelaçãoàsoportunida-des de negócio nos países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) e, na edição de 2015, o grau de adaptabilidade das multinacionais brasileiras e portuguesas a contextos culturais diferentes.Em2016,esperamos lograr sucessonas investigaçõesconcernentes ao processo decisório nas empresas.


23

EQUIPE INDEG-ISCTE EXECUTIVE EDUCATION

PAULOBENTO| [email protected] Presidente do INDEG-ISCTE- Administrador da TRANSCOM (Moçambique)- Diretor do Executive MBA do INDEG-ISCTE- Editor-in-chief da Global Economics and Management Review- Doutorado pela University of Manchester (Reino Unido) MARCIO AMARAL | [email protected] Diretor de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios do INDEG-ISCTE- Professor do ISCTE-IUL e do INDEG-ISCTE- Investigador da Business Research Unit do ISCTE-IUL- Doutorado em Gestão pela PUC-Rio de Janeiro (Brasil) ÁLVAROAUGUSTODAROSA| [email protected] Professor do ISCTE-IUL- Investigador da Business Research Unit do ISCTE-IUL- Doutorado em Gestão Estratégica pelo ISCTE-IUL VERACARVALHEIRA| [email protected] Gerente de Comunicação do INDEG-ISCTE- Mestre em International Management pelo ISCTE-IUL- Pós-Graduada em Marketing pela Católica Porto Business School- Licenciada em Relações Internacionais pela Universidade de Coimbra SÍLVIAANCIÃES| [email protected] Consultora do INDEG-ISCTE- Doutoranda em Política Comparada (Universidade de Lisboa)- Mestre em Relações Internacionais pela PUC-Rio de Janeiro (Brasil)


24

Parateracessoaoartigocomparativo“Atuaçãodasmultinacionaisbrasileiras e portuguesas nos mercados da CPLP” e ao Ranking de Internacionalização das Empresas Portuguesas, contate-nos: [email protected]

SAIBA MAIS SOBRE O INDEG-ISCTE EXECUTIVE EDUCATION

INDEG-ISCTE Executive Education OINDEG-ISCTEéumaassociaçãosemfinslucrativos,deutilidadepública,fundadaemnovembrode1988,naquiloqueàépocafoiumpassorelevantenarelaçãoentreauniversidadeeasempresas.Aquela que foi a primeira Escola de Negócios em Portugal tem como fundadores, para além do ISCTE-IUL, as seguintes entida-des: CGD, CTT, EDP, Grupo Auchan, IAPMEI, Metro de Lisboa, MillenniumBCP,PortucelSoporcel,PT,TAPeUnisys.

A reputação conquistada pelo INDEG-ISCTE ao longo dos anos permitiu-lhe alcançar um papel marcante na qualificação de milha-resdeexecutivos,maisdoquequalqueroutraentidadeemPor-tugal. Por isso, tem razões de sobra para sentir orgulho do seupassado;contudo,sãoosdesígniosfuturosquerelevamequefize-ram com que em 2013 tenha iniciado um projeto de restruturação e reposicionamento ambicioso, em linha com a matriz inicial, de inovaçãoedeliderança.

Efetuada a reconfiguração dos meios técnicos, materiais e huma-nos, sem esquecer a necessidade de repensar o papel dos progra-masexistentesedodesenvolvimentodenovos,intensificou-searealizaçãodeeventos impactanteseabuscadenovasparcerias


25

com entidades altamente reputadas. É neste contexto que surge oRIEP,uma iniciativado INDEG-ISCTEedaFDC, comoapoioinstitucional da AICEP.

Uma vez concluída a reestruturação interna, o INDEG-ISCTEintensificou o seu processo de expansão, com destaque para a aquisição de uma participação numa importante instituição do ensinosuperiormoçambicana,cujodesenvolvimentorecenteserámarcado pela conclusão da construção de um campo em Mapu-to(2018).EmPortugal,aoníveldosprogramasdeportfólio,des-taca-se o lançamento de novos programas comparceiros locais(Leiria,AçoreseMadeira);contudo,odesenvolvimentotemocor-ridosobretudoaoníveldosprogramascorporate,queemquatroanosaumentaramasuaimportânciarelativademenosde5%paraquase50%.Neste âmbito, nosúltimos três anos inicioueman-tém atividade com algumas das mais importantes organizaçõesem Portugal, tais como Infraestruturas de Portugal, Caixa Geral de Depósitos,MillenniumBCP,BancodePortugal,ANAAeroportos,Galp, Fidelidade e Robbialac.

Umavezconsumadaarefundaçãoetendocomomoteabuscadaexcelência,oINDEG-ISCTEtemtodasascondiçõesparacontribuirdeformaaindamaisrelevanteparaodesenvolvimentosustentáveldasociedade,atravésdaformaçãodeexecutivos,dodesenvolvi-mentodeempresáriosedainvestigaçãoaplicada.

Paulo Bento Presidente do INDEG-ISCTE

A pesquisa

O RANKING FDC DAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS

Realizadoanualmente,desde2006,oRankingFDCdasMultina-cionais Brasileiras tem explorado diversos temas relacionados àinternacionalização de empresas e disponibilizado dados e refle-xõessobreatrajetóriadasmultinacionaisbrasileiras,osdesafiosenfrentadosporelas,assimcomoastendênciasdagestão inter-nacional.

Seusprincipaisobjetivossão:

• monitorar o processo de internacionalização das empresas brasi-leiraseordená-lasdeacordocomseugraudeinternacionalização;

• compreender os desafios enfrentados pelas multinacionais bra-sileiras,suasvantagenscompetitivasetendênciasdeexpansãonomercado global.

A pesquisa permite entender as estratégias internacionais adota-daseosresultadosalcançados,gerandoconhecimentorelevanteparaasempresas,empresários,executivos, instituiçõesgoverna-mentaiseacomunidadeacadêmica.


28

Tema do ano 2016

A edição 2016 do Ranking FDC das Multinacionais Brasileirasbusca compreender o locus de tomada de decisão por parte das empresasbrasileiras, considerandodecisões estratégicas, táticaseoperacionais.Buscamos,comotemaespecífico,entenderqualo grau de autonomia concedido pelas empresas brasileiras a suas subsidiáriasnoexterioremrelaçãoadiversostiposdedecisão.

Edição 2006

Edição 2007

Edição 2008

Edição 2009

Edição 2010

Edição 2011


29

Edições anteriores

A primeira edição do Ranking das Transnacionais Brasileiras foiem2006.Oprojeto é uma iniciativa doNúcleodeEstratégia eNegócios Internacionaiscomoobjetivodeconheceratrajetóriainternacional das empresas brasileiras.

Vide,nalinhadotempoabaixo,todasasediçõesdapesquisa.

Edição 2013

Edição 2012

Edição 2015

Edição 2014 Edição 2016

Para ter acesso às edições anteriores, favor entrar em contato com a equipe da pesquisa. Envie um

e-mail para [email protected]


30

METODOLOGIA DA PESQUISA

Critérios de participação na pesquisa

Empresas de capital e controle majoritariamente brasileiro que desenvolvam atividades internacionais de manufatura, monta-gemeprestaçãodeserviçosouquepossuamcentrosdepesqui-sa e desenvolvimento, agências bancárias, franquias, escritórioscomerciais, depósitos e centrais de distribuição no exterior.

Empresas em estágios iniciais de internacionalização que apenas exportam ou atuam no exterior somente por meio de representan-tes comerciais não são foco específico desta pesquisa.

Unidades próprias x franquias

Asempresasbrasileirastêmusadodiferentesmodalidadesdeatu-ação no exterior. Algumas delas possuem um escritório comercial paradarsuporteàsvendasquepartemdoBrasil,enquantooutrasenviamprodutos desmontados (CKD e SKD) e os finalizamnosmercados de atuação. Já outras realizam todas as etapas da cadeia devalornopaísdedestino.Empresasdosetordeserviços,comobancos, construtoras e consultorias, geralmente, possuem subsidi-árias para atender seus clientes ou deslocam parte de seu pessoal para realizarem os trabalhos diretamente no local contratado.

Uma modalidade de internacionalização que vem atraindo aatenção de empresas brasileiras é a de franquias, principalmen-te as que jáatuamcomessemodelonoBrasil.Tendoemvistaque o franchisingnãorequernecessariamenteoinvestimentodecapitalpróprioparaaaberturadafranquiaesimatransferência


31

deativosintangíveis,comoamarca,oknow-how e o sistema de negóciosparaumterceiro,novasmétricassãonecessáriasparacalcular o grau de internacionalização de empresas franqueado-ras.

Dessa forma, o Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais da FDCdesenvolveueaplica,desde2011,umametodologiaespe-cífica para calcular o grau de internacionalização de franquias e comporoRankingFDCdeInternacionalizaçãodeFranquiasBrasi-leiras, agora em sua quinta edição.

Índices utilizados na pesquisa

• Empresas que atuam no exterior por meio de unidades próprias (baseado na metodologia da UNCTAD – United Nations Conference on Trade and Development):

Índice de internacionalização de multinacionais =

Ativosnoexterior

Ativostotais

Receitas no exterior

Receitas totais

Funcionários no exterior

Funcionários totais

3

A multidimensionalidade do índice é adequada para realizar com-paraçõesentreempresasdesetoresdistintos,umavezquecadasetor demanda diferentes formas de inserção no exterior.

A utilização da metodologia da UNCTAD também facilita a compa-ração do grau de internacionalização de empresas brasileiras com empresasdeorigensdiversas,apartirdeestudossemelhantesrea-lizados em outros países.

+ +


32

• Empresas que atuam no exterior por meio de franquias (meto-dologiadesenvolvidapeloNúcleodeEstratégiaeNegóciosInter-nacionais da FDC):

Índice de internacionalização de franquias =

Unidades franqueadas no exterior

Unidades franqueadas totais

Receitas de royalties e taxas no exterior

Receitas de royalties e taxas totais

Receitasdevendade produtos para

franqueados no exterior

Receitas totais de vendadeprodutospara

franqueados

3

x 100

Para a classificação no Ranking, os índices descritos acima são levados em consideração até a casa decimal que for necessáriaparadiferenciarvalorespróximos.

AMOSTRA

Naediçãode2016,aamostrafoicompostapor64empresas,sendo:

• 50 multinacionais brasileiras que atuam no exterior, principalmente, por meio de unidades próprias;

• 14 empresas brasileiras que atuam no exterior, principalmente, por meio de franquias.

ORankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras2016eoRankingFDCdeInternacionalizaçãodeFranquiasBrasileiras2016consi-deram dados da atuação no exterior do ano de 2015.

+ +


33

Multinacionais

Em relação às multinacionais, percebe-se que as empresas queatuamnaáreadetecnologiadainformaçãoecomunicação(14%)são predominantes na participação da pesquisa.

GRÁFICO 01 - Área de atuação das multinacionais participantes

0% 10% 20%

Transporte Aéreo CivilRoupas e Moda

Papel e CeluloseLogística

Indústria de não tecidosEletricidade e Gás

CosméticosConsultoria

Fabricação de Veículos e AeronavesConstrução

Calçados e TêxteisAutopeças

Bancos e SeguradorasFabricação de Máquinas e Equipamentos

Siderurgia e MetalurgiaMateriais de Construção

Indústria QuímicaAlimentos e Bebidas

Tecnologia da Informação e Comunicação

2%2%2%2%2%

4%

4%

2%2%

2%

10%

4%4%

10%

6%8%

10%10%

14%

Franquias

A maior parte das empresas participantes do Ranking FDC de InternacionalizaçãodeFranquiasBrasileiras2016atuanaáreadealimentação:35,7%.Alémdisso,28,6%atuamnaáreadevestuá-rio,seguidaspor14,4%emestéticaesaúde,comomostraográ-fico a seguir.


34

GRÁFICO 02 - Área de atuação das franquias participantes

35,7%

28,6%

14,4%

7,1%

7,1%7,1%

Alimentação

Vestuário

EstéticaeSaúde

Têxteis

Lazer

AluguéisdeVeículos

Osdadosedestaquesdivulgadosnestedocumentoforamforne-cidos e são de total responsabilidade das empresas participantes da pesquisa.


35

Grau de autonomia e descentralização

Odinamismodomundoglobalizado,avelocidadenarealizaçãodenegócioseacrescenteinterdependênciaentreospaísesimpõemàsempresasograndedesafiodetomardecisõesquecontemplemvários cenários e culturas, considerando diversas variáveis quepossam afetar o desempenho de seus negócios.

Frente à crescente internacionalização de suas operações, asempresas precisam equilibrar a necessidade de serem eficientes globalmentee relevantes localmente,oque requer integraçãoeadaptação aos diferentes contextos e demandas de gestão local.

Dessaforma,oRankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras2016buscou entender o processo de tomada de decisão das empresas brasileirasemrelaçãoàssuassubsidiáriasoufranquiasinternacio-naisdeformaaavaliarmosograudeautonomiaedescentralizaçãonasoperaçõesinternacionais.

A partir da literatura nacional e internacional, elaboramos ques-tõesparaentenderasinteraçõesentrematrizesesubsidiárias(nocaso das multinacionais) e entre franqueadores e franqueados (no

O processo decisório na internacionalização das multinacionais brasileiras


38

casodasfranquias)noqueconcerneàtomadadedecisõesestra-tégicas, táticas e operacionais.

Como a dinâmica relativa a essas empresas se difere no quetange ao tipo de decisão a ser tomada, o Núcleo de Estratégia e Negócios Internacionais abordou de forma distinta o processo na tomada de decisão no âmbito das multinacionais e no âmbito das franquias.

O PROCESSO DECISÓRIO NO ÂMBITO DAS MULTINACIONAIS

BRASILEIRAS

Apresentamos39tiposdedecisões(10estratégicas,20táticase9operacionais) para que as empresas multinacionais identificassem o locus de tomadadedecisãoeparaquepudéssemos avaliar ograudeautonomiadassubsidiáriasemrelaçãoàssuasmatrizes.Ográficoaseguirmostraosresultadosconsolidadosparadecisõesestratégicas, táticas e operacionais.

GRÁFICO 03 - Autonomia na tomada de decisão das multinacionais brasileiras

0%

20%

40%

60%

Decisõesestratégicas

Decisõestáticas

Decisõesoperacionais

8,0%

21,0% 22,0%19,0% 19,0%

31,0%

40,0% 40,0%

49,0%

37,0%

5,0%

9,0%

Decisãotomadasomentepelasubsidiária

Decisãotomadapelassubsidiáriasapósconsultar a matriz

Decisãotomadapelamatrizapósconsultarassubsidiárias

Decisãotomadaexclusivamentepelamatriz


39

É interessante notar que o locus de tomada de decisão pelas multi-nacionaisbrasileirasvariadependendodotipodedecisão.Grandepartedasmultinacionaisconcentradecisõesestratégicasexclusi-vamentenamatriz (40,0%dasdecisões)ounamatrizapóscon-sultar subsidiárias (31,0% das decisões).Jáparadecisões táticas,atendênciaéquesejafeitapelasubsidiáriaapósconsultaramatriz(40,0%dasdecisões).Nocasodedecisõesdecunhooperacional,amaior parte das empresas concede autonomia total ou parcial para asubsidiária:em49,0%essasdecisõessãotomadasexclusivamentepelasubsidiáriaeem37%pelasubsidiáriaapósconsultaramatriz.Asfiguras abaixo ilustram o resultado para cada tipo de decisão:

GRÁFICO 04 - Nível de autonomia das multinacionais brasileiras: decisões estratégicas

AUTONOMIA DA DECISÃO GRAU DE AUTONOMIA 100%

Políticadedividendos 8,9 31,1 60,0

Definiçãodeinvestimentodecapital 19,6 41,3 37,0

Vendadeativosfixos(imobilizados) 6,5 26,1 26,1 41,3

Pagamento de royaltiesàmatriz 10,3 28,2 59,0

Acordosdeparceriasestratégicasnacadeiadevalor 4,3 37,0 28,3 30,4

Fusõeseaquisiçõesdeoutrasempresas 6,5 37,0 56,5

Investimentoempesquisaedesenvolvimento 13,0 26,1 32,6 28,3

DefiniçãodograudeenvolvimentocomONG’snomercadolocal 33,3 26,7 15,6 24,4

Entradaemnovosmercados 6,5 17,4 39,1 37,0

Negociaçãodeacordoscomosváriosníveisdegoverno 8,9 33,3 28,9 28,9

Decisãotomadasomentepelasubsidiária.

Decisãotomadapelassubsidiáriasapósconsultaramatriz.

Decisãotomadapelamatrizapósconsultarassubsidiárias.


2,1 —

2,5 —


40

GRÁFICO 05 - Nível de autonomia das multinacionais brasileiras: decisões táticas


Definiçãodeorçamentosanuais 58,3 27,1 14,6

Definiçãodemetascomerciais 10,4 50,0 27,1 12,5

Obtenção de fundos para capital de giro 10,4 35,4 25,0 29,2

Adaptaçõesemprodutoseserviçosdeacordocomnecessidadeslocais 31,3 39,6 18,7 10,4

Relacionamento com sindicatos 55,4 23,4 10,6 10,6

Quantidadedefuncionários 33,3 43,8 10,4 12,5

Definiçãoealteraçõesnaestruturaorganizacionallocal 27,1 39,6 20,8 12,5

Políticadecompras 29,2 41,7 8,3 20,8

Políticadepreços 22,9 41,7 12,5 22,9

Políticasalarial 17,0 49,0 17,0 17,0

Políticaderelacionamentocomaimprensa 14,8 42,6 12,8 29,8

Adoçãodenovastecnologiasdeprodução 10,9 45,7 21,7 21,7

Estabelecimentodemetasfinanceirasanuais 31,2 37,5 29,2

Contratação de gerentes 36,2 38,2 12,8 12,8

Contratação de diretores 6,5 34,8 19,6 39,1

Definiçãodomixdeprodutos/serviços 27,1 31,3 20,8 20,8

Lançamentodenovosprodutos/serviços 16,7 37,5 25,0 20,8

Extinçãodeprodutos/serviços 19,1 36,2 23,4 21,3

Negociaçãocoletiva 40,4 38,3 4,3 17,0

Definiçãodecanaisdevenda 34,0 34,0 17,1 14,9





2,1 —


41

GRÁFICO 06 - Nível de autonomia das multinacionais brasileiras: decisões operacionais


Volume de produção 37,0 37,0 10,8 15,2

Escolha de fornecedores 47,9 39,6 4,2 8,3

Escolhaderevendedores 52,2 28,3 10,8 8,7

Decisõesdeterceirização 50,0 31,3 8,3 10,4

Publicidadeepromoçãodevendas 36,2 46,8 6,4 10,6

Demissões 56,3 35,4 8,3

Contratação de funcionários de base 64,6 27,1 8,3

Desenvolvimentoetreinamentodetalentos/pessoas 50,0 39,6 4,2 6,2

Decisão de alocação de pessoal 47,9 43,8 6,2





Na esfera estratégica, a maioria absoluta das multinacionais centralizanamatrizasdecisõesreferentesàpolíticadedividen-dos(60,0%)eaosmovimentosdefusõeseaquisiçõesdeoutrasempresas(56,5%).Adecisãoestratégicacommaiorníveldeauto-nomiatotaldassubsidiáriaséadefiniçãodograudeenvolvimentocomorganizaçõesnãogovernamentais(ONGs)nomercadolocal(33,3%),oquepodeserexplicadopelanecessidadedeconheci-mento da realidade específica dos países nesses casos.

2,1 —


42

Seguindo a mesma lógica das ONGs, a decisão tática com maior autonomiadadaàssubsidiáriaséorelacionamentocomsindicatos(55,4%).Deummodogeral,sãopoucasasdecisõestáticascomdecisãoexclusivadamatriz.Acontrataçãodediretoreséconcen-tradanamatriz em39,1%dasmultinacionais,mas a tomadadedecisão da subsidiária após consulta àmatriz é igualmente altanessequesito(34,8%).

Também é interessante notar que as subsidiárias contam com maiorparticipaçãodamatriz emdecisões táticas financeiras: osorçamentos anuais são definidos pela subsidiária após consultar amatrizem58,3%dasempresas,asdecisõestomadaspelasub-sidiáriaapósconsultaàmatrizepelamatrizapósconsultaàssub-sidiáriassomam68,7%noestabelecimentodasmetasfinanceirasanuaise60,4%naobtençãodefundosparacapitaldegiro.

Já as decisões operacionais estão predominantemente concen-tradas nas subsidiárias. A maior autonomia local parece estar nas decisõesreferentesàgestãodepessoas:64,6%dedecisãoexclu-siva das subsidiárias na contratação de funcionários de base e56,3%nasdemissões.Easdecisõesoperacionaiscommaiorgraudeconsultaàmatrizsãoaquelasrelacionadasàpublicidadeepro-moçãodevendas(46,8%),provavelmentecomoformadegarantiralgumníveldeidentidadecorporativaeintegraçãoglobal,alémdealinhamentocomaestratégiacorporativa.

Analisandooconjuntodasdecisões,observamosquehá,portan-to, uma tendênciadasmultinacionaisbrasileiras emdescentrali-zar suas decisõesmais operacionais, passando a participarmaisdoprocessodecisórioàmedidaqueasdecisõessetornammaisestratégicas.


43

Perguntamostambémàsempresasoquantoograudeautonomiadassubsidiáriassealterounosúltimostrêsanos.Ográficoabaixomostra os resultados.

GRÁFICO 07 - Variação do grau de autonomia das subsidiárias

internacionais nos últimos três anos

Diminuiumuito

Diminuiu

Nãosealterou

Aumentou

Aumentoumuito

66,7%

20,8%

8,3%

4,2%

Nota-sequeograudeautonomiasemanteveestávelparaamaiorpartedasmultinacionais(66,7%),enquantoaumentou(20,8%)ouaumentoumuito(8,3%)paragrandeparcela,tendodiminuídoape-naspara4,2%daamostra.

Os resultados indicam, portanto, que as multinacionais brasileiras têm, aospoucos,descentralizado suasdecisões,passandopartedas mesmas para as subsidiárias.

Dentre as multinacionais que concederam maior autonomia para suas subsidiárias nos últimos três anos, 71,4%alegamque essaalteraçãoteveimpactopositivoe28,6%muitopositivonodesem-penho internacional da empresa.


44

GRÁFICO 08 - Impacto gerado pelo aumento da autonomia das subsidiárias


28,6%

71,4%

Muitonegativo

Negativo

Nãoteveimpacto

Positivo

Muitopositivo

Concluímosque,apesardasdecisõesestratégicasestarembastan-te concentradas na matriz, as multinacionais brasileiras conferem certaautonomiaparasuassubsidiáriasnatomadadedecisõestáti-casegrandeautonomiaparadecisõesoperacionaisvisandomaioreficiênciaeresponsividadelocal.Essatendênciaàdescentraliza-çãotendeaaumentargradualmenteàmedidaemqueaempresaadquiremaisexperiênciainternacionaleadaptaseusprocessoserotinasàslocalidadesemqueatua.Comisso,nota-sequeopro-cessodedescentralizaçãodasdecisõestendeamelhorarodesem-penho internacional das empresas.

O PROCESSO DECISÓRIO NO ÂMBITO DAS FRANQUIAS

O mesmo tema foi abordado também com as empresas participan-tes do Ranking FDC de Internacionalização de Franquias, porém, com tipos de decisão adequados a essa modalidade. O gráfico a seguir resume os resultados:


45

GRÁFICO 09 - Autonomia na tomada de decisão das franquias brasileiras

0%

20%

40%

60%

Decisõesestratégicas

Decisõestáticas

Decisõesoperacionais

52,9%

14,3%

38,4%

24,0%

7,7%

15,3%

24,3%

1,4%

7,1%

14,9%

42,8%

11,6%

17,9%16,2%

11,6%

Decisãotomadaintegralmentepelaempresafranqueadora

Decisãotomadapelaempresafranqueadoraapósconsultaàfranqueada

Decisãotomadaemcomumacordoentreempresafranqueadoraefranqueada

Decisãotomadapelaempresafranqueadaseguindoparâmetrosdaempresafranqueadora

Decisãotomadaintegralmentepelaempresafranqueada

Amaioriadasfranquiasparticipantesapontaqueasdecisõessãointegralmente tomadas pela empresa franqueadora, tanto para decisões estratégicas, quanto para táticas e operacionais. Esseresultado reflete bem a modalidade de atuação por franquia, que visa reproduziremgrandeparteomodelodenegóciosdo fran-queador. A seguir o detalhamento por cada tipo de decisão:


46

GRÁFICO 10 - Nível de autonomia das franquias brasileiras: decisões estratégicas


Forma de pagamento de royalties 50,1 14,3 21,4 7,1 7,1

Modelo contratual do negócio 71,4 14,4 7,1 7,1

Metodologia de gestão do negócio 57,2 21,4 7,1 14,3

Planejamento de expansão da rede 42,9 14,2 42,9

Aberturadenovasunidades 42,9 7,1 42,9 7,1

GRÁFICO 11 - Nível de autonomia das franquias brasileiras: decisões táticas


Divulgaçãoecomercializaçãodafranquia 50,0 28,6 14,3 7,1

Decoração/Identidadevisualeusodamarcanasunidadesfranqueadas 71,4 21,5 7,1

Definiçãodeobjetivos,metas,estratégiasepolíticasdemédioelongoprazos(2a5anos) 21,4 57,2 21,4

Planodemarketingglobal 64,3 14,3 14,3 7,1

Planodemarketinglocal 14,2 42,9 42,9

Publicidade, propaganda e campanhas promocionais 14,3 14,3 35,7 28,6 7,1

Localizaçãodospontosdevenda 14,4 35,7 35,7 7,1 7,1

Linhas/Mix de produtos 50,0 14,3 21,4 14,3

Homologaçãodefornecedores 57,2 14,3 7,1 14,3 7,1

Tecnologiadeprodutos/serviços 64,4 7,1 7,1 21,4

Definiçãodapolíticadepreçosintercompany 57,2 7,1 14,3 14,3 7,1

Definiçãodapolíticadepreçosaoconsumidorfinal 14,3 21,4 28,6 28,6 7,1

Contrataçãodefinanciamento 15,4 15,4 7,7 61,5

Divulgaçãoeinauguraçãodenovasunidades 35,7 21,4 35,7 7,2

Seleçãodenovosfranqueados 64,3 14,3 14,3 7,1

Decisão tomada integralmente pela empresa franqueadora. Decisãotomadapelaempresafranqueadoraapósconsultaàfranqueada. Decisão tomada em comum acordo entre empresa franqueadora e franqueada. Decisão tomada pela empresa franqueada seguindo parâmetros da empresa franqueadora. Decisão tomada integralmente pela empresa franqueada.


47

GRÁFICO 12 - Nível de autonomia das franquias brasileiras: decisões operacionais

TIPO DE DECISÃO GRAU DE AUTONOMIA 100%

Definiçãodeprocedimentoscontábeisdecontroladoriaeauditoria 28,6 14,3 35,7 21,4

Escolha do ERP 33,3 16,7 8,3 16,7 25,0

Operaçõesderotinaoperacionaldonegócio(horáriode funcionamento, uso de anúncios e letreiro, manutenção e limpeza da unidadefranqueada,aparênciaouuniformedosfuncionários)

35,7 21,4 21,4 7,2 14,3

Padronizaçãodasoperações 57,2 14,3 14,3 7,1 7,1

Processosprodutivose/oudeprestaçãodosserviços 64,3 7,1 7,1 14,4 7,1

Formadecomercializaçãodoproduto/serviçoProcessos de atendimento/comercialização

64,3 7,1 7,1 14,4 7,1

Planejamento da demanda/compras e estoque 30,8 15,3 23,1 23,1 7,7

Controledequalidadedeinsumos/produtos/serviços 46,2 7,7 15,3 23,1 7,7

Contratação de pessoal 7,7 7,7 7,7 46,2 30,7

Treinamento/reciclagem de pessoal 30,8 7,7 30,8 23,0 7,7

Estruturação do suporte de campo 61,5 7,7 30,8

Contratação do consultor de campo 53,8 23,1 23,1

Planejamentodevisitaseauditoriasnasunidadesfranqueadas 38,5 15,4 30,7 15,4

Decisão tomada integralmente pela empresa franqueadora. Decisãotomadapelaempresafranqueadoraapósconsultaàfranqueada. Decisão tomada em comum acordo entre empresa franqueadora e franqueada. Decisão tomada pela empresa franqueada seguindo parâmetros da empresa franqueadora. Decisão tomada integralmente pela empresa franqueada.

Asdecisõesestratégicascontamcomquasenenhumaparticipa-çãodasempresas franqueadas.Dentreasdecisões táticas,cabedestacaralgumasexceções:61,5%dasfranqueadaspossuemtotalautonomiaparaacontrataçãodefinanciamentoe42,9%definemo plano de marketing local seguindo parâmetros da franqueadora. Outrasdecisõestáticasquetêmpercentualexpressivodetomadade decisão sob parâmetros da franqueadora ou integralmente pela


48

franqueada são1: publicidade, propaganda e campanhas promocio-nais(35,7%);definiçãodapolíticadepreçosaoconsumidorfinal(35,7%).Jáasdecisõesoperacionaisestãobastanteconcentradasnasempresasfranqueadoras,tendênciabemdiferentedasmulti-nacionais. A contratação de pessoal é o item no qual as franquea-dasmaistomamdecisõesintegralmente(30,7%)oudeacordocomparâmetrosdafranqueadora(46,2%).

Interessante notar, portanto, que no caso das franquias o maior graudeparticipaçãodasempresaslocaisénatomadadedecisõestáticas, tendoemvistaque,muitasvezes,asdecisõesoperacio-nais são padronizadas pela franqueadora como forma de garantir a reprodução de seu modelo de negócios.

Perguntamos,também,àsfranquiasoquantoomodelodetomadade decisão é padronizado ou adaptado para os diferentes países em que atuam. O gráfico abaixo mostra os resultados:

GRÁFICO 13 - Modelos de tomada de decisão no mercado internacional

28,6%

71,4%

Adaptado

Padronizado

1Somade“Decisãodaempresafranqueadaseguindoparâmetrosdaempresafranqueadora”e“Decisãotomadaintegralmen-te pela franqueada”.


49

Nota-seque71,4%dasfranquiasrespondentesconsideraqueosmodelosdedecisãovariamemfunçãodopaísemqueafranquea-da está localizada. Segundo as empresas respondentes, essa adap-tação ocorre principalmente quando a cultura do país do franque-ado é muito diferente da cultura brasileira, ou quando há grande instabilidadeeconômica/políticaouquandoalegislaçãodopaíséfavorávelaomodelodenegóciosdafranquianoexterior.

Asfranquiastambémnosinformaramsehouvealteraçõesnograude autonomia das franqueadas internacionais nos últimos trêsanos. O gráfico a seguir ilustra os resultados:

GRÁFICO 14 - Variação do grau de autonomia das franqueadas internacionais

nos últimos três anos

71,4%

21,5%

7,1%

Diminuiumuito

Diminuiu

Nãosealterou

Aumentou

Aumentoumuito

Amaiorpartedasfranquiasrespondentesnãopromoveualtera-çõessignificativasnaautonomiadasfranqueadasnoexteriornosúltimostrêsanos(71,4%),enquantoalgumas(28,6%)afirmamquea autonomia de suas franqueadas aumentou ou aumentou muito.

Dentre as franquias que alegam mais autonomia para suas fran-


50

queadasnosúltimostrêsanos,75,0%enxergamcomopositivooimpacto dessa alteração, como mostra o gráfico a seguir.

GRÁFICO 15 - Impacto gerado pelo aumento da autonomia das franqueadas


75,0%

25,0% Muitonegativo

Negativo

Nãoteveimpacto

Positivo

Muitopositivo

Podemos concluir, portanto, que apesar de concederem menos autonomiaàssuasfranqueadas internacionaissecomparadasàsmultinacionais, as franqueadoras brasileiras aos poucos também têm aumentado o grau de descentralização das decisões. Essadelegação gradual pode ser entendida como resultado do amadu-recimento da relação entre os franqueadores e suas franqueadas, equando issoocorreo impacto évisivelmentepositivopara asfranquias.

Destaques

A iGUi Piscinas cita a importância da adaptação em função da cultura e da legislação: “O direito de decisão no exterior, em alguns aspectos, é determinado pela franqueadora e em outros em comum acordo com o franqueado (preços, por exemplo). A padronização é controlada diretamente pela franqueadora, se adaptando às diferen-tes culturas, leis e normas dos diferentes lugares.”


51

A Carmen Steffens também ressaltou: “De maneira geral, a forma de negócio (mix de produtos, treinamento, varejo, marketing) é pensado pela franqueadora e estendida a cada país, porém respeitando obvia-mente a singularidade e particularidades de cada região, a fim de se adaptar à realidade de cada loja/país.”

ResultadosO RANKING FDC DAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS 2016

A Tabela 01 apresenta os resultados gerais do Ranking FDC das MultinacionaisBrasileiras2016:

TABELA 01 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras 2016

Posição Empresa Índice de internacionalização Variação do Índice 16/15

1 Fitesa 0,739

2 Iochpe-Maxion 0,665

3 CZM 0,637

4 Intercement 0,624

5 Stefanini 0,619

6 Artecola 0,607

7 Gerdau 0,578

8 JBS 0,576

9 Metalfrio 0,555

10 Grupo Alumini 0,480

11 Tupy 0,457

12 Magnesita 0,413

13 Marfrig 0,377

14 Votorantim 0,369

15 Tigre 0,357


54

16 Camil Alimentos 0,346

17 Indusparquet 0,322

18 Vale 0,310

19 Marcopolo 0,298

20 WEG 0,297

21 VicunhaTêxtil 0,265

22 ConstrutoraCamargoCorrêa 0,251

23 Alpargatas 0,246

24 Embraer 0,238

25 Gol Linhas Aéreas 0,234

26 MinervaFoods 0,216

27 Neogrid 0,206

28 Expor Manequins 0,185

29 Indústrias Romi 0,177

30 Natura 0,174

31 Braskem 0,161

32 Itaú-Unibanco 0,153

33 CI&TSoftware 0,131

34 Blanver 0,125

35 Grupo Serpa 0,119

36 Randon 0,078

37 MV 0,071

38 Duratex 0,071

39 BancoBradesco 0,053

40 BRQ 0,042

41 TOTVS 0,041

42 Klabin 0,040

43 M.Cassab 0,037

44 Ultrapar / Grupo Ultra 0,033

45 InstitutoAquila 0,027


55

46 BRF* 0,017

47 Algar Tech 0,016

48 Eliane 0,010

49 Cemig 0,004

50 BancodoBrasil** 0,002

Emcomparaçãoa2015: Índiceaumentou Índicesemanteve Índice diminuiu

*Informaçõesdeativosereceitasnoexteriornãofornecidaspelaempresa.

**Informaçõesdeativosereceitasnãofornecidaspelaempresa.

AS 10+: EMPRESAS COM FATURAMENTO DE ATÉ 1 BILHÃO DE REAIS

As 10 empresas com faturamento anual de até R$ 1 bilhão que pos-suem maiores índices de internacionalização são a CZM, Arteco la eIndusparquet.Essasempresastêmíndicedeinternacionalizaçãosignificativamentesuperioràmédiadasdemaisdeportesimilar,jáquecercadametadedesuasoperaçõesencontra-senoexterior.

TABELA 02 - Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras com faturamento total de até R$ 1 bilhão

Posição Empresa Índice de internacionalização

1 CZM 0,637

2 Artecola 0,607


4 Neogrid 0,206

5 Indústrias Romi 0,177

6 CI&T 0,131

7 Blanver 0,125

8 Grupo Serpa 0,119

9 MV 0,071

10 BRQ 0,042


56

RANKING POR NÚMERO DE PAÍSES ONDE AS EMPRESAS POSSUEM

SUBSIDIÁRIAS

A Tabela 03 mostra a classificação das 10 empresas com maior número de países nos quais possuem subsidiárias:

TABELA 03 – Multinacionais classificadas pelo número de países

Posição Empresa Nº de países em que possuem subsidiárias

1 Stefanini 38

2 Weg 29

3 Magnesita 25

3 Marcopolo 25

3 Vale 25

4 BRF 23

4 BancodoBrasil 23

5 Votorantim 21

6 Itaú-Unibanco 18

7 Iochpe-Maxion 15

8 Gerdau 14

9 Gol Linhas Aéreas 12

10 Metalfrio 11

RANKING POR ÍNDICE DE RECEITAS

A Tabela 04 mostra a classificação das 10 empresas com maior índice de receitas. Por esse índice, obtém-se o percentual de recei-tas auferidas pela empresa, a partir de suas subsidiárias comerciais e/ouprodutivasnoexterior:


57

TABELA 04 - Multinacionais classificadas pelo índice de receitas

Posição Empresa Índice de receitas

1 JBS 0,842


3 Fitesa 0,758

4 CZM 0,731

5 Intercement 0,673


7 Stefanini 0,593

8 Marfrig 0,590

9 Gerdau 0,585

10 Artecola 0,579

RANKING POR ÍNDICE DE ATIVOS

A Tabela 05 mostra a classificação das 10 empresas com maior índicedeativos,queevidenciaoquantodosativosdasempresasestãolocalizadosnoexterioremrelaçãoaoativototal.

TABELA 05 - Multinacionais classificadas pelo índice de ativos

Posição Empresa Índice de ativos

1 Stefanini 0,759

2 Fitesa 0,741

3 Tupy 0,688

4 Gerdau 0,675

5 Artecola 0,662

6 CZM 0,631


58

*Informaçõesdisponibilizadasederesponsabilidadedasempresasparticipantes.

7 Metalfrio 0,623

8 Gol Linhas Aéreas 0,567


10 Intercement 0,533

RANKING POR ÍNDICE DE FUNCIONÁRIOS

ATabela 06mostra a classificação das 10 empresas commaioríndice de funcionários no exterior:

TABELA 06 - Multinacionais classificadas pelo índice de funcionários

Posição Empresa Índice de funcionários

1 Grupo Alumini 0,851

2 Fitesa 0,718

3 Intercement 0,665


5 Artecola 0,581

6 Metalfrio 0,571

7 CZM 0,548

8 Marfrig 0,540

9 Stefanini 0,504

10 Gerdau 0,475

DESTAQUES*

A Iochpe-Maxion definiu 2015 como um ano muito desafiador paraaindústriadeautopeçasnoBrasil.Aempresaoptouporajus-


59

tesparaseadequaraoníveldedemandaque,atéoiníciode2016,ainda não demonstrava sinais de recuperação.As operações noNAFTA e Europa mostraram um bom resultado para a empresa, em linhacomarecuperaçãodeproduçãonessasregiões.

AestratégiadaStefaninisemantevefocadanaconsolidaçãodasaquisiçõesinternacionais,nareduçãodosencargossociaisdamãodeobraexportadora,enoaumentodosinvestimentosestrangei-ros no país. Adicionalmente, a empresa está ampliando os esforços de internacionalização e reforçando sua marca.

Para a Metalfrio, o mercado mexicano continuou sendo mui-topromissorem2015,comumaumentode49,4%nareceitaduranteoanoeumaumentode25,5%noquartotrimestre.Asoperaçõesda empresanaEuropa tiveramum fortedesempe-nho,comumaumentode30,8%nasreceitasdoano.Areceitamédiaporunidadeaumentou23%noano,devidoaummelhormix de produtos.

Em 2015, a Weg adquiriu as empresas: Zest WEG Manufacturing (Pty)Ltd.,localizadanaÁfricadoSul,aAntriebstechnikKATTHes-senGmbH,localizadanaAlemanha,aFTCEnergyGroupS.A.,loca-lizadanaColômbiaeaTransformadoresSuntecS.A.S., localizadanaColômbia.

A Embraer iniciou o fornecimento do Super Tucano para a For-çaAéreaAmericana,commontagemnosEUAatravésde joint venture.OPhenom300foiojatoexecutivomaisentreguenomundoem2015, pelo3º ano consecutivo.Aindaem2015, aempresamigrouafábricadeAviaçãoExecutivaparaosEstadosUnidos.


60

A Natura, estimulada pelo aprendizado e pelo sucesso em suas operaçõesnaAmérica Latina (Argentina,Chile,Colômbia,Méxi-coePeru),planejaumainternacionalizaçãocadavezmaisintensa.ResponsáveisporquaseumterçodareceitalíquidadaNatura,asOperações Internacionais (OIs) experimentaramumcrescimentoexpressivonosúltimoscincoanos,commédiade47%deavançoaoano.AArgentinaéamaioroperaçãodaempresaforadoBrasile sededasOIs.A rededevendasnopaís temmais de140milConsultorasNatura(CNs)argentinas,umcrescimentode130%emcinco anos. No México, onde a Natura tem produção própria, um quartodosprodutosvendidostemorigemlocal.AempresaélíderemvendadiretanoChile,commaisde73milCNseConsultorasNatura Orientadoras (CNOs), e a quarta maior empresa do merca-do de cosméticos, fragrâncias e produtos de higiene.

OItaú-Unibancobuscaserreconhecidocomoo“BancodaAméricaLatina”.Em2015,afusãoentreBancoItaúChilecomoCorpBancafoiaprovadanoChile,efinalizadanodia1ºdeabrilde2016.Essaoperação é parte importante da estratégia da empresa de expandir sua presença na América Latina, consolidando a posição de destaque no Chile e na Colômbia, bem como diversificando a atuação naregião. Com a concretização da operação, o Itaú-Unibanco passa da 7ªparaa4ªposiçãonorankingdemaioresbancosprivadosdoChileem termos de empréstimos. A entrada no mercado colombiano de varejofinanceiropormeiodoBancoCorpBancaColombiaS.A.,5ºmaior banco local em termos de empréstimos e que também passa a operarsobamarca“Itaú”,foioutrodestaquedoanode2015.

Em2015,aCI&Taumentousuasreceitasinternacionaisem93%(51%emdólaresamericanos),eadicionouclientesimportantesàcarteira, como Motorola, GE, e Google.


61

ParaafarmacêuticaBlanver,omercadoexternocontinuasendoomaiordestinodasvendasdaempresa,respondendoporaproxi-madamente70%dofaturamentodaunidadedenegócios,sendo,portanto, um dos importantes focos na promoção de seus produ-tos.

A MV, líder no mercado de software de gestão da área de saúde, expandiu sua atuação no Peru, com o fechamento de contrato comtrêshospitaisdaredeadventista.Conquistouseuprimei-roclientenomercadouruguaio,oHospitalCírculoCatólico,einiciouasprospecçõesnoParaguaienaArgentina.Aempresaconquistou, ainda, mais um cliente na República Dominicana, o HospitalGeneralLasColinasecomeçouaoperarnoPanamá.Após ser apontada como a fornecedora de prontuário eletrô-nico com maior market share na América Latina e Caribe, a MV recebeuoprêmio2015/2016KLASCategoryLeaderforGlobalAcute EMR – Latin America.

Nosúltimostrêsanos,aBRFintensificouoprocessodeglobali-zaçãocomaformaçãodejointventures,aberturadeescritórioscomerciais e aquisições de fábricas, marcas e distribuidores.No total, foram mais de 15 grandes movimentos, em quatro regiõesdistintas:OrienteMédio,Ásia,EuropaeAméricaLatina.A empresa investe nessas regiões porque acredita no grandepotencial demercados que elas oferecem.ABRF afirma, ain-da,queessesmovimentosestão integralmentealinhadoscomaestratégiadecrescimentointernacional,afimdeavançarnacadeiadevalor,expandirasmarcas,conquistarnovosmercadosediversificarabaseprodutiva,deformaareduzircadavezmaisaexposiçãoàvolatilidadedosciclosetrazermaisestabilidadenos resultados.


62

1Informaçõesde2014nãofornecidaspelaempresa.

RANKING FDC DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE FRANQUIAS 2016

Os resultados da sexta edição do Ranking FDC de Internacionali-zaçãodeFranquiasBrasileirassãoapresentadosaseguir:

TABELA 07 - Ranking FDC de Internacionalização de Franquias 2016

Posição Franquia Índice de internacionalização Variação do Índice 16/15

1 Localiza 19,2%

2 iGUi Piscinas 17,9%

3 Dudalina 13,6%

4 Fábrica di Chocolate 7,7%

5 Giraffas 4,7%

6 CarmenSteffens 3,5%

7 Magrass 2,3%

8 Puket 2,2%

9 Hering 2,1%

10 VivendadoCamarão 1,5%

11 DepylAction 1,0%

12 Spoleto1 0,8%

13 Bob’s 0,6%

14 FirstClass 0,3%

Emcomparaçãoa2015: Índiceaumentou Índicesemanteve Índice diminuiu

RANKING POR NÚMERO DE PAÍSES ONDE AS EMPRESAS POSSUEM

FRANQUIAS

As empresas brasileiras participantes do Ranking FDC de Interna-cionalização de Franquias estão presentes em 54 países ao todo.


63

A tabela a seguir mostra a classificação das franquias brasileiras pelo número de países em que atuam por meio de franquias:

TABELA 08 – Franquias classificadas pelo número de países

Posição Franquia N° de países onde as empresas possuem franquias

1 iGUi Piscinas 38

2 CarmenSteffens 12

3 Localiza 7

4 Fábrica di Chocolate 6

4 Puket 6

6 Dudalina 5

7 Hering 3

8 Bob’s 2

9 Spoleto 2

9 VivendadoCamarão 2

11 DepylAction 1

11 FirstClass 1

11 Giraffas 1

11 Magrass 1

A iGUi Piscinas é a franquia com atuação em maior número de países, tendo aumentado sua presença de 23 para 38 países de 2015 para 2016.AempresaabriunovasunidadesprincipalmentenaAméricaCentral e no Caribe, e tem a Argentina como seu principal mercado.

RANKING POR ÍNDICE DE UNIDADES FRANQUEADAS

A tabela a seguir mostra a classificação das empresas pelo índice de unidades franqueadas, que representa a proporção de unidades franqueadas no exterior em relação ao total de unidades franque-


64

adas. Nota-se que as franquias brasileiras possuem forte atuação no mercadodoméstico,comumíndicemédiode9,2%,sendoomaioríndicedaDudalina,com40,0%deunidadesfranqueadasnoexterior.

TABELA 09 – Franquias classificadas pelo índice de unidades franqueadas

Posição Franquias Índice de unidades franqueadas

1 Dudalina 40,0%

2 Localiza 28,6%



5 CarmenSteffens 7,0%

6 Puket 4,6%

7 Spoleto 2,5%

8 Magrass 2,5%


10 DepylAction 2,1%

11 Hering 2,0%

12 Giraffas 1,6%

13 FirstClass 0,6%

13 Bob’s 0,6%

RANKING POR ÍNDICE DE RECEITAS POR TAXAS DE ROYALTIES

A tabela a seguir mostra a classificação das franquias pelo índice de receitas de taxas e royalties,quepermitevisualizaroquantodessetipodereceitaéprovenientedasoperaçõesdasfranquiasnoexteriorem relação ao total de receitas da empresa. Foram incluídas somen-te as empresas que utilizam essa modalidade como fonte de receita. AsoperaçõesinternacionaisdaiGUiPiscinassãoresponsáveispor16,0%dasreceitasprovenientesderoyalties e taxas da empresa,


65

seguidapelaLocaliza,cujasoperações internacionaisrespondempor9,8%dessamodalidadedereceitadaempresa.Oíndicemédiode receitas de taxas e royaltiesdasfranquiasbrasileirasé5,6%.

TABELA 10 – Franquias classificadas pelo índice de receitas de taxas e royalties

Posição Franquias Índice de receitas de taxas e royalties


2 Localiza 9,8%

3 Giraffas 7,8%


5 Magrass 2,1%

6 Bob’s 0,5%

7 FirstClass 0,2%

RANKING POR ÍNDICE DE RECEITAS DE VENDA DE PRODUTOS NO EXTERIOR

A tabela a seguir mostra a classificação das franquias pelo índi-cedereceitasdevendadeprodutosnoexterior.Foramincluídassomente as empresas que utilizam essa modalidade de receita no exterior e o índice médio das franquias participantes do Ranking FDCdasMultinacionaisBrasileiras2016éde5,5%.

TABELA 11 – Franquias classificadas pelo índice de receitas de venda de produtos

Posição Franquias Índice de receitas de venda de produtos no exterior R$


2 Dudalina 7,8%

3 Hering 2,2%

4 Puket 2,1%



66

DESTAQUES*

ParaaiGUiPiscinas,2015foiumanopositivoemtermosdainter-nacionalização, já que foi verificado um aumento considerávelno número de países onde a franquia está presente, de 23 para 38 países. A empresa está hoje presente na maioria dos países da América do Sul e Central e grande parte das ilhas menores do Caribe. A fabricante de piscinas também iniciou a exportação para aTailândiaapartirdesuaunidadeprodutivaemPortugal.Jánoiní-ciode2016,aempresaestabeleceunovosfranqueadosnaÍndia,JordâniaeTurquia.Oobjetivodaempresaéoferecersualinhadeprodutos para o mundo por meio de uma logística eficiente, e para talingressamemnovosmercadospormeiodefábricasnoexterior(Master Franquias) em parceria com franqueados locais de diferen-tesregiões,buscandoacordosdelongoprazoereduzindocustospara os franqueados unitários. A iGUi Piscinas pretende também crescer e se consolidar no mercado da América do Norte, onde estápresenteatualmentecomtrêsfranquias.

ADudalinateveumaumentode50,0%emseuíndicedeinterna-cionalizaçãoem2016emrelaçãoaoanoanterior.Paraaempre-sa, a internacionalização faz parte da estratégia de crescimento com foco no posicionamento e fortalecimento da sua marca. A Dudalinaafirmaqueadiversificaçãodemercadoséuma impor-tanteestratégiaparareduzirriscoseaproveitarvariáveiscambiais,garantindoassimcompetitividadenomercadointernacionalesus-tentabilidade do negócio.

APuket teve um aumento de 67,3% em seu índice de interna-

*Informaçõesdisponibilizadasederesponsabilidadedasempresasparticipantes.


67

cionalizaçãoem2016emrelaçãoa2015.Afranquia,dosetordevestuário,entrouemquatronovosmercadosnaAméricadoSulem2016eapontaoOrienteMédiocomoseuprincipalmercado.A Puket busca a expansão no mercado internacional de forma que suasustentabilidadeeviabilidadenãodependamexclusivamentedo mercado interno.

Do Brasil para o mundo

DISTRIBUIÇÃO DAS SEDES DAS MULTINACIONAIS BRASILEIRAS NO PAÍS

As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras2016estãosediadasemoitoestadosdoBrasilmaisoDistritoFederal,emtrêsregiões:Nordeste,SudesteeSul.Omapaa seguir mostra a dispersão geográfica das sedes das multinacio-nais brasileiras:

FIGURA 01 - Dispersão geográfica das sedes das multinacionais brasileiras

6 empresas

1 empresa

1 empresa

1 empresa

1 empresa

1 empresa

6 empresas

5 empresas

28 empresas

SC

RS

SP RJ

MG

BA

PE

CE

DF


70

O gráfico abaixo mostra a localização das sedes das multinacionais brasileiras em porcentagem, por estado.

GRÁFICO 16 - Estados onde as sedes das multinacionais estão localizadas

SãoPaulo

MinasGerais

SantaCatarina

RioGrandedoSul

RiodeJaneiro

Pernambuco

Bahia

DistritoFederal

Ceará

2%2%

2%2%

2%

56%

10%

12%

12%

O Estado com maior concentração de sedes de multinacionais bra-sileiraséSãoPaulo,com56%,emseguidaMinasGeraiseSantaCatarina,amboscom12%,eemterceirooRioGrandedoSul,com10%.

A PRESENÇA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NO EXTERIOR

As empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras2016estãopresentesem99países,distribuídosentretodos os continentes. O mapa a seguir mostra todos os países onde as multinacionais brasileiras atuam, seja por meio de unida-des próprias ou de franquias.


71

FIGURA 02 – A presença das multinacionais brasileiras no exterior

Nº de empresas no paísMais de 30 21-30 11-20 2-10 Apenas 1 Nenhuma

Nº de países 2 4 11 49 33 Demais países

A tabela a seguir mostra a classificação de países onde há o maior número de empresas respondentes presentes:

TABELA 12 – Países com maior presença de empresas brasileiras

Posição País Número de empresas

1 Estados Unidos 40

2 Argentina 31

3 Chile 25

4 Colômbia 23

5 China 22

6 México 21

7 Peru 20


72

8 Uruguai 19

9 Reino Unido 16

10 Paraguai 15

11 Alemanha 12

11 Espanha 12

11 França 12

11 Japão 12

OsEstadosUnidos,assimcomonasediçõesanterioresdapesqui-sa, seguem sendo o país com a maior concentração de empresas brasileiras, com a presença de 40 empresas.

Énítida tambémapreferênciapelaAméricadoSul,emespeciala Argentina, com a presença de 31 empresas. Nota-se que, dos dezprincipaispaísesalvodasempresasbrasileiras,seisestãonaAmérica do Sul.

AÁsiatambémaparececomoumdestinoatrativoparaasempre-sasbrasileiras.AChinaéoprincipalmercadoalvoforadasAmé-ricas, com a presença de 22 empresas. Já o Japão aparece como importante destino para 12 empresas brasileiras.

A tabela a seguir lista os países em que as multinacionais brasilei-ras atuam, separados por região geográfica, e por forma de atua-ção.Comopodeservistonatabela,em45paísesháempresasqueatuam somente por meio de unidades próprias. Já em 40 países há presença de empresas que atuam por unidades próprias ou por franquias e em 14 países estão presentes empresas que atuam somente por meio de franquias.


73

TABELA 13 – Localização das empresas brasileiras no exterior, por região e forma de atuação

América do Norte

América Central e

Caribe

América do Sul África Europa Ásia Oriente

Médio Oceania

Canadá (7)

IlhasCayman(4)

ElSalvador(2)

Caribe (2)

IlhasBahamas(1)

Barbados(1)

Cuba (1)

Moçambique (3)

Zâmbia (2)

Malaui (1)

Gana (1)

Nigéria (1)

Tanzânia (1)

Cabo Verde (1)

Argélia (1)

ReinoUnido(16)

Alemanha (12)

Áustria (7)

PaísesBaixos(7)

Suíça(6)

Hungria(3)

Luxemburgo (3)

Dinamarca (2)

Irlanda (2)

Polônia(2)

Moldávia(1)

Romênia(1)

Tchéquia (1)

Ucrânia (1)

China (22)

Cingapura (5)

Coréia do Sul (5)

Taiwan (5)

Malásia (4)

Rússia (4)

HongKong(3)

Indonésia (2)

Filipinas (2)

Siri Lanka (1)

Vietnã (1)

Omã (2)

Irã (1)

Líbano (1)

NovaCaledônia(1)

NovaZelândia(1)

Estados Unidos (40)

México (21)

Panamá (7)

R. Dominicana (5)

Guatemala (4)

Costa Rica (3)

Honduras(2)

Nicarágua (2)

Porto Rico (2)

Argentina(31)

Chile (25)

Colômbia(23)

Peru (20)

Uruguai (19)

Paraguai (15)

Bolívia(11)

Venezuela (10)

Equador (7)

Suriname (2)

África do Sul (9)

Angola(6)

Marrocos (3)

Egito (3)

Tunísia (2)

Espanha (12)

França (12)

Itália (11)

Portugal (8)

Bélgica(7)

Suécia (5)

Turquia (5)

Grécia (2)

Japão (12)

Índia (10)

Tailândia (7)

Emirados Árabes Unidos

(10)

Qatar (2)

Arábia Saudita (2)

Kuwait (2)

Austrália (11)

Antig&Barbuda(1)

Aruba (1)Bahamas(1)Barbados(1)Bonaire(1)

Dominica (1)Granada (1)

Ilhas Virgens (1)Jamaica (1)Martinica(1)S.Crist.&Neves

(1)Trin.&Tobago

(1)

G. Francesa (1) Jordânia (1)

Presença de empresas brasileiras no exterior Número de países

Somentepormeiodeunidadespróprias 45países

Pormeiodeunidadesprópriasefranquias 40países

Somentefranquias 14países


74

O gráfico a seguir mostra a distribuição das multinacionais brasi-leiras por região.

GRÁFICO 17 – Dispersão geográfica das multinacionais brasileiras no mundo

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Américado Norte

86,0%80,0%

68,0%

52,0%

28,0%24,0% 22,0% 20,0%

Américado Sul

Europa Ásia AméricaCentral e

Caribe

África OrienteMédio

Oceania

Verificamosqueasprincipaisregiõesemqueasempresasbrasilei-ras estão presentes são América do Norte, América do Sul e Euro-pa.Apesarderecebermenornúmerodeempresas,cadavezmaisnossasmultinacionaistêmbuscadodiversificarsuasgeografiasdeatuação para Ásia, América Central e Caribe e África.

O gráfico a seguir mostra a dispersão geográfica das franquias:


75

GRÁFICO 18 – Dispersão geográfica das franquias brasileiras no mundo

100%

80%

60%

40%

20%

0%

Américado Sul

AméricaCentral e

Caribe

Europa África Américado Norte

OrienteMédio

Ásia Oceania

78,6%

42,9%

35,7%

28,6%

21,4% 21,4%14,3%

7,1%

Nota-se que a presença das franquias brasileiras no exterior é mui-to forte na América do Sul e na América Central e Caribe, seguidas pelaEuropa.Nasdemaisregiões,asfranquiasatuamcomporcen-tagens muito semelhantes, com exceção da Oceania, onde está presente apenas uma das franquias participantes da pesquisa.

ENTRADA E SAÍDA DE PAÍSES

Apesquisatambémanalisouomovimentodeentradaesaídadepaíses das empresas participantes da pesquisa. A figura a seguir mostra os países em que as empresas iniciaram operações em2015, por meio de franquias e subsidiárias próprias.


76

FIGURA 03 – Entrada das empresas no mercado internacional em 2015/por países

América do Norte

América Central e Caribe América do Sul Europa África Ásia

Total

1 8 8 9 1 2 29

Dasempresasrespondentes,28,1%entraramemnovosmercadosem2015,oqueevidencia a tendênciadeexpansãoda interna-cionalizaçãodasempresasbrasileiras,conformevemsendoveri-ficadonasediçõesanterioresdapesquisa.Asempresasbrasilei-ras entraramem29novospaíses, sejapormeiode subsidiáriasou franquias. Assim como na edição passada, a Europa continua sendoumdestinobastanteatrativoparaasempresasbrasileirasàprocuradenovosmercados,possivelmentepelofatodegrandeparte já atuarem na América do Sul e do Norte.

Além disso, a América Central e o Caribe também foram um impor-tantealvodenovosinvestimentosefranquias.Essemercadovemganhando espaço no que diz respeito ao interesse das empresas


77

brasileiras, em especial das franquias, que possuem operaçõeshoje em 22 países dessa região.

Os29 países de entradamencionados são:Antígua&Barbuda,Áustria, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Dominica,Equador,EstadosUnidos,Etiópia,França,Granada,Grécia,Holan-da,Hungria,Inglaterra,Irlanda,IrlandadoNorte,Moldova,Nicarágua,Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, São Cristóvão,Suriname,TailândiaeUruguai.Assimcomonasediçõesanteriores,épossívelvisualizarumatendênciadediversificaçãodemercados.

Poroutrolado,14,1%dasmultinacionaisefranquiasinterrompe-ramsuasatividadesemalgumpaísem2015,conformemostraafigura abaixo:

FIGURA 04 – Saída das empresas do mercado internacional em 2015/por países

América do Norte América do Sul Europa África Oriente Médio Ásia

Total

1 1 2 2 1 1 8


78

Aotodo,asempresasbrasileirasencerraramatividadesem8paí-ses em 2015, sendo eles: China, Dubai, Egito, Espanha, Estados Unidos, Nigéria, Portugal e Venezuela.

PRIMEIRA SUBSIDIÁRIA OU FRANQUIA INTERNACIONAL

Da mesma forma que nos anos anteriores da pesquisa, pergunta-mos para as empresas participantes em quais países suas primeiras subsidiárias ou franquias foram estabelecidas.

Primeira subsidiária das multinacionais no exterior

Ográficoaseguirmostraasregiõesemqueasmultinacionaisbra-sileirasestabeleceramsuasprimeirasatividadesnoexterior:

GRÁFICO 19 – Regiões da primeira subsidiária no exterior

38,6%

46,9%

8,2%

2,0%4,1%

AméricadoSul

AméricadoNorte

Europa

Ásia

África

ApreferênciapelaAméricadoSulepelaAméricadoNortecomoponto de partida de internacionalização fica clara no gráfico ante-rior.Muitodessaescolhadeve-seàsimilaridadeculturaleàproxi-midade geográfica.

Asregiõesmenospreferidascomoprimeirodestinodasmultina-


79

cionaissãoaÁsiaeaÁfrica,com4,1%e2,0%,respectivamente.AEuropaficaumpoucoàfrente,aindaquecomumabaixaporcenta-gemsecomparadaàsAméricasdoSuledoNorte:8,2%.

Primeira unidade franqueada no exterior

Dentre as franquias participantes do Ranking FDC de Internacionali-zaçãodeFranquias2016,aprimeiraunidadefranqueadanoexteriorfoi aberta pela Localiza, em 1992, na Argentina. Nota-se que o pro-cesso de internacionalização das franquias brasileiras passa a ocorrer de maneira mais intensa a partir dos anos 2000, conforme consta na linha do tempo apresentada nesse relatório, nas páginas 79 a 81.

Ográficoaseguirmostraasregiõesemqueasfranquiasbrasileirasestabeleceramsuasprimeirasatividadesnoexterior:

GRÁFICO 20 – Regiões da primeira franquia no exterior

14,3%

14,3%

7,1%7,1%

57,2%

AméricadoSul

AméricadoNorte

Europa

Ásia

África

As franquias brasileiras participantes da pesquisa iniciaram o pro-cesso de internacionalização principalmente em países da Amé-ricadoSul(57,2%).AméricadoNorteeEuropaforamoprimeirodestinointernacionalde14,3%dasfranquias,seguidasporÁsiaeÁfrica(7,1%cada).


80

Países pelos quais as empresas brasileiras iniciaram sua internacionalização

O próximo gráfico mostra os países pelos quais as empresas brasi-leiras iniciaram seu processo de internacionalização, seja por meio de subsidiárias próprias ou franquias, e o número de empresas que iniciaram a internacionalização por cada um desses países.1

GRÁFICO 21 – Países das primeiras subsidiárias e franquias no mercado internacional

0 3 6 9 12 15

JapãoItália

TurquiaSuíça

HolandaFrança

EspanhaPortugal

ColômbiaUruguai

ChinaCanadáAngola

VenezuelaChile

MéxicoParaguai

ArgentinaEstados Unidos

111111111

222

33

45

71515

Grande parte das empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais2016 iniciou suasatividadesnosEstadosUnidos(22,4%),naArgentina(22,4%)ounoParaguai(10,4%),evidencian-doatendênciadecomeçaroprocessodeinternacionalizaçãopormercados geograficamente próximos.

Número de empresas por país

1 Algumas empresas iniciaram seu processo de internacionalização em mais de um país simultaneamente.


81

LINHA DO TEMPO DA INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS

BRASILEIRAS

A linha do tempo a seguir mostra em que ano e país todas as empresas brasileiras que participaram do Ranking FDC das Multi-nacionaisBrasileirasatéa11ªediçãoedoRankingFDCdeInter-nacionalizaçãodeFranquiasatéa6ªediçãoabriramsuaprimeirasubsidiária ou franquia.

FIGURA 05 - Linha do tempo da internacionalização das empresas brasileiras

BANCO DO BRASILParaguai

1941

1960

1972

1976

1977

1978

1979

1980

1981

1982

1983

1985

MAGNESITAArgentina

PETROBRÁS*Colômbia

TUPYEstados Unidos

TIGREParaguai

CAMARGO CORRÊAVenezuela

EMBRAEREstados Unidos

ITAÚArgentina

ODEBRECHT*Peru

GERDAUUruguai

BRADESCOEstados Unidos

NATURAChile

ANDRADE GUTIERREZ*

Congo

ROMIEstados Unidos


82

AprimeiraempresabrasileiraaseinternacionalizarfoioBancodoBrasil,paraoParaguai,em1941.Entretanto,nesseperíodoaatua-ção das empresas brasileiras no exterior ainda era tímida, em geral limitada aos mercados latino e norte-americanos. A partir da déca-da de 1990, com a liberalização da economia e maior entrada de investimentoexterno, asempresasbrasileiras intensificaramsuapresença em outros países, principalmente por meio de greenfield oufusõeseaquisições.

IBOPE*Argentina

1990

1991

1992

1993

1994

1995

1996

1997

1998

1999

2000

2001

MARCOPOLOPortugal

WEGEstados Unidos

LOCALIZAArgentina

SABÓ*Argentina

VICUNHA TÊXTILArgentina

DURATEXPortugal

PORTO SEGURO*Uruguai

RANDONArgentina

ELIANEEstados Unidos

TAVEX/SANTISTA*Argentina

KLABINArgentina

STEFANINIArgentina

ARTECOLAArgentina

TOTVSArgentina

HERINGParaguai

BLANVEREspanha

DATELLI*Uruguai

AREZZO*Paraguai

CARMEM STEFFENS

Paraguai

BEMATECH*Estados Unidos

GOL LINHAS AÉREASArgentina

VOTORTIMCanadá

Internacionalização por meio de subsidiárias próprias

Internacionalização por meio de franquias

* EmpresasparticipantesdeediçõesanterioresdoRankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras


83

GRUPO ALUMINI

Chile

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2009

2008

2010

2011

2012

2013

ULTRAPARMéxico

SPOLETOMéxico

M. CASSABChina

M. DIAS BRANCO*

Estados Unidos

SECULUS*Suíça

ALUSA*Chile

BRASKEMArgentina

CEMIGChile

INDUSPARQUETFrança

INTERCEMENTArgentina

JBSArgentina

MARFRIGChile

OAS*Chile

BOB’SAngola

IGUI PISCINASArgentina

DEPYL ACTIONVenezuela

CI&TEstados Unidos

METALFRIOTurquia

VALECanadá

ALPARGATASArgentina

BRQEstados Unidos

CAMILUruguai

DMS*Estados Unidos

IOCHPE-MAXION

China

CHILLI BEANS*Portugal

FÁBRICA DI CHOCOLATE

Japão

AGRALE*Argentina

BRFHolanda

EXPO MANEQUINS

México

MINERVA FOODSParaguai

NEOGRIDEstados Unidos

MUNDO VERDE*Portugal

FITESAEstados Unidos

PUKETVenezuela

VIVENDA DO CAMARÃO

Paraguai

CIA PROVIDÊNCIA*Estados Unidos

INSTITUTO AQUILA

Suíça

GIRAFFASEstados Unidos

HOPE*Argentina

YOGOBERRY*Irã

DUDALINAItália

FIRST CLASSAngola

MAGRASSParaguai

CZMEstados Unidos

MVChile, México e

Angola

ALGAR TECHColômbia

GRUPO SERPAEstados Unidos

CONTEXTO POLÍTICO-ECONÔMICO DO BRASIL

Perguntamosàsmultinacionaiseàsfranquiasbrasileirasoquantosua estratégia de internacionalização foi afetada pelo atual con-textopolíticoeeconômicobrasileiro.Ográficoaseguirmostraosresultados.

GRÁFICO 22 - O impacto do contexto político-econômico brasileiro na estratégia de

internacionalização

25,5%

23,8%22,2%

19,0%

9,5% Nãofoiafetadaemnada

Foimuitopoucoafetada

Foipoucoafetada

Foiafetada

Foimuitoafetada

O impacto do contexto político- econômicona internacionalização das empresas brasileiras


86

É interessante notar que 25,5% das empresas consideram quesua estratégia internacional não foi afetada pelo atual contexto político-econômicodoBrasil.Entretanto,74,5%alegamqueseusplanos internacionais foram afetados de alguma forma, sendo que 28,5% afirmam que sua estratégia internacional foi afetada oumuito afetada pelo atual contexto. O gráfico a seguir mostra o que mudounaestratégiainternacionaldas74,5%quealegaramalgu-ma alteração frente ao atual contexto.

GRÁFICO 23 – Mudança nas estratégias das multinacionais e franquias brasileiras frente ao atual

contexto político-econômico brasileiro

Aempresaampliouosinvestimentosnomercadointernacionalemantevesuaestratégianomercadodoméstico

Aempresaampliouosinvestimentosnomercadointernacionalenomercadodoméstico

Aempresaampliouosinvestimentosnomercadointernacionalereduziuosinvestimentosnomercadodoméstico

Aempresareduziuosinvestimentosnomercadointernacionalenomercadodoméstico

Aempresareduziuosinvestimentosnomercadointernacionalemantevesuaestratégianomercadodoméstico

Aempresareduziuosinvestimentosnomercadointernacionaleampliouosinvestimentosnomercadodoméstico

32,0%

28,0%

18,0%

12,0%

6,0%4,0%

Nota-se que, independente da estratégia adotada no mercado doméstico, 78,0%, ampliaram seus investimentos no mercadointernacionalfrenteaoatualcontextopolítico-econômicobrasilei-ro.Deacordocomasempresasentrevistadas,essatendênciatempor função,principalmente,diminuiradependênciadomercadobrasileiro e reduzir os riscos operacionais.


87

SATISFAÇÃO COM O DESEMPENHO

Os respondentes da pesquisa classificaram sua satisfação com o desempenho de suas empresas nos âmbitos doméstico e interna-cional em uma escala de 1 a 5, sendo 1 = muito satisfeito e 5 = muitoinsatisfeito.Asatisfaçãofoiavaliadaemrelaçãoàsativida-desapresentadasnográficoquesesegue,agrupadasemtrêstiposde desempenho: financeiro, operacional e geral.

GRÁFICO 24 – Satisfação com o desempenho das multinacionais brasileiras

Satisfação e expectativas de desempenho

Vendas Crescimento dasvendas Lucratividade ROA/ROI Market Share Qualidade Imagem Competidores Objetivos

Satisfaçãocomdesempenhofinanceiro Satisfaçãocomdesempenhooperacional Satisfaçãocomdesempenhogeral

Mercadodoméstico Mercadointernacional

5

4

3

2

1

0

3,0

3,7

2,6

4,3

2,9

4,2

3,0

4,0

3,4 3,5 3,7 3,53,8 3,6

4,2 4,0 3,83,8


90

Em geral, a satisfação com o desempenho das multinacionais é média para alta. É interessante notar que, tratando-se de desem-penho financeiro, as multinacionais brasileiras estão mais satisfei-tas com o desempenho no mercado internacional do que no mer-cado doméstico. As diferenças percebidas são ainda maiores do queasverificadasemediçõesrecentesdoRanking,oquepermiteinferirqueocontextoeconômicointernacionalestámaisfavorávelpara as empresas brasileiras do que o doméstico.

Nodesempenhofinanceiro,ocrescimentodasvendaselucrativi-dademerecemdestaquedevidoàdiferençaentreograudesatis-fação apontado no mercado internacional e no mercado domés-tico.

Por outro lado, tratando-se de indicadores de desempenho ope-racional e geral, o índice de satisfação das multinacionais é muito similar comparando o mercado doméstico e internacional. A maior diferençaverificadafoina‘satisfaçãocomodesempenhoemrela-çãoacompetidores’queapresentatendênciainversadodesempe-nho financeiro. Nesse quesito, a média de satisfação no mercado doméstico é maior do que no mercado internacional, muito pos-sivelmenteemfunçãodagrandecompetiçãoe ‘desvantagemdeserestrangeira’ queasmultinacionaisenfrentamaoatuaremnomercado internacional.

EXPECTATIVAS DE DESEMPENHO PARA 2016

ORankingFDCdasMultinacionaisBrasileirasavalioutambémaexpectativadedesempenhoem relaçãoa aspectos chavecomovendas,market shareecompetidores,paraoanode2016.


91

Emumaescalade1a5,sendo1=baixaexpectativadedesem-penhoe5=elevadaexpectativadedesempenho,asempresasdemonstraramexpectativamedianaemrelaçãoaodesempenhoesse ano, oscilando entre médias de 2,9 e 3,7. Os resultados apontam,portanto,paraexpectativasdedesempenhootimistasem ambos os mercados de acordo com multinacionais partici-pantes.

A maior diferença observada foi em relação à expectativa dedesempenho dasvendas. É interessante notar que as empresasesperammelhordesempenhodasvendasnomercadointernacio-nal do que no doméstico.

GRÁFICO 25 - Expectativas de desempenho das multinacionais brasileiras

Vendas Market Share Competidores

Mercadodoméstico Mercadointernacional

5

4

3

2

1

0

2,9

3,7 3,5 3,6 3,5 3,7

EVOLUÇÃO DOS ÍNDICES DE INTERNACIONALIZAÇÃO NOS ÚLTIMOS

TRÊS ANOS

Seguindo o padrão das edições anteriores doRanking FDCdasMultinacionaisBrasileiras,asmultinacionaistêmapresentadosig-nificante crescimento de sua internacionalização.

O gráfico a seguir evidencia a evolução dos índices médios deinternacionalização nos últimos 3 anos.

GRÁFICO 26 – Evolução dos índices médios de internacionalização

das multinacionais brasileiras

Evolução e tendências

2013 2014 2015

35%

28%

21%

14%

7%

0%

24,5%21,4%

24,9%

19,8%

30,1%

22,7%

28,0%

21,1%

29,4%

21,8%

29,4%26,1%

Índice de receitas Índicedeativos Índice de funcionários Índice de internacionalização


94

PLANOS DE EXPANSÃO INTERNACIONAL EM 2016

PerguntamosàsempresasparticipantesdoRankingdasMultina-cionaisBrasileiras edoRankingde InternacionalizaçãodeFran-quias sobre seus planos de expansão internacional nos mercados emquejáatuameparanovosmercados.

Planos de expansão internacional das multinacionais

O gráfico a seguir mostra os planos de expansão das empresas participantesdoRankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras2016parapaísesnovospaíses.

GRÁFICO 27 – Planejamento das multinacionais para entrada em novos países em 2016

48,9% 51,1%

Nãoplanejamentraremnovospaísesem2016

Planejamentraroujáentraramemnovospaísesem2016

Das empresas participantes do Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras2016,praticamentemetade(51,1%)pretendeentraroujáentrouemnovosmercadosem2016.

Emcomparaçãoàúltimaediçãodapesquisa,houveumaumen-tononúmerodemultinacionaisquepretendementraremnovosmercados.Em2015,43,5%dasempresas tinhama intençãode


95

expandir suas atividades para outros países. É possível que oaumentoestejarelacionadoàdiversificaçãoderiscoseaosefeitosdocontextopolítico-econômicobrasileiro.

O gráfico a seguir mostra os planos das multinacionais para os paí-sesemjápossuemoperações.

GRÁFICO 28 – Planejamento das multinacionais para 2016 nos mercados em que já atuam

65,3%26,1%

4,3%4,3%

Granderetração

Retração

Estabilidade

Expansão

Grandeexpansão

Paraesseano,amaiorparte (65,3%)dasmultinacionais respon-dentesplanejaexpandirsuasoperaçõesnospaísesemquejáatu-am.Já26,1%dasempresaspretendemadotarumaestratégiadeestabilidade nos mercados onde já estão presentes.

Éinteressantenotarqueasopçõesde“retração”e“grandeexpan-são”foramcitadasporapenas4,3%dasempresasrespondentes,e nenhuma empresa tem planos de grande retração, o que indica umpossívelaumentonainternacionalizaçãodasempresasparaospróximos anos.


96

O gráfico a seguir mostra os principais destinos apontados pelas multinacionais brasileiras que pretendem expandir sua atuação internacionalem2016.

GRÁFICO 29 – Destinos alvo para entrada em novos países

pelas multinacionais

100%

80%

60%

40%

20%

0%

50,0%

33,3%

22,2% 22,2% 16,7%

11,1%0,0%

América do Norte

América Central e Caribe

América do Sul Europa Ásia África Oceania

Os países para os quais as multinacionais pretendem expandir suas operaçõessão:ÁfricadoSul,Angola,Argentina,Áustria,Canadá,Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Japão, Luxemburgo, México, Nicarágua, Panamá e Peru.

Metade das multinacionais brasileiras que pretendem expandir suasatividadesinternacionaisem2016temaintençãodefazê-loparapaíseslocalizadosnaAméricadoNorte.Já33,3%pretendemexpandirsuasatividadesparaaAméricaCentraleCaribe,seguidasporEuropaeAméricadoSul,ambascitadaspor22,2%.


97

Planos de expansão internacional das franquias

Ográfico a seguirmostra os planos de entrada emnovosmer-cados por parte das empresas participantes do Ranking FDC de InternacionalizaçãodeFranquias2016.

GRÁFICO 30 – Planejamento das franquias para entrada em novos países em 2016

78,6%

21,4%

Nãoplanejamentraremnovospaísesem2016

Planejamentrarou já entraram em novospaísesem2016

Amaiorpartedasfranquiasparticipantesdapesquisa(78,6%)nãoplanejamentraremnovosmercadosem2016.Apenas21,4%dasfranquiasparticipantesdoRankingFDCdasMultinacionais2016planejavamentrarou jáhaviamentradoemnovosmercadosem2016.

Dentreasfranquiasparticipantesquetêmintençãodeentraremnovospaíses, todas indicamplanosdeexpansãoparaaAméricaCentral e grande parte para a América do Sul e a América do Nor-te. O gráfico a seguir mostra os principais destinos apontados por elas:


98

GRÁFICO 31 – Destinos alvo para entrada em novos países pelas franquias

100%

80%

60%

40%

20%

0%

100%

81,8%

45,5%

18,2% 18,2%9,1% 9,1% 9,1%

América do Norte

América do Sul EuropaÁsia ÁfricaOriente Médio OceaniaAmérica Central e Caribe

Ospaísescitadospelasfranquiascomodestinosalvosão:ÁfricadoSul,ArábiaSaudita,Argentina,Austrália,Barbados,Belize,Bolí-via,Canadá,Chile,Colômbia,CoréiadoSul,ElSalvador,EmiradosÁrabes, Estados Unidos, Guadalupe, Guatemala, Guiana Francesa, GuianaInglesa,Havaí,México,Peru,PortoRico,Portugal,Qatar,República Dominicana e Uruguai.

ApreferênciapelaAméricaCentraleCaribeepelaAméricadoSulévisível,noentantonota-setambémumatendênciadediversifi-cação de mercados, principalmente em direção ao Oriente Médio eàÁsia.

O próximo gráfico mostra os planos de expansão das empresas participantes do Ranking FDC de Internacionalização de Franquias 2016nosmercadosemquejáatuam.


99

GRÁFICO 32 – Planejamento das franquias para 2016

nos mercados em que já atuam

50,0%42,9%

7,1%

Granderetração

Retração

Estabilidade

Expansão

Grandeexpansão

Nota-seque,paragrandepartedasfranquiasbrasileiras(50,0%),os planos são de estabilidade. Já 42,9%pretendemexpandir asoperaçõesnosmercadosemque jáatuamnoexterioreapenas7,1% retrair. As opções de “retração” e “grande expansão” nãoforam citadas por nenhuma das franquias respondentes.

SOBRE A PARTICIPAÇÃO NO RANKING

Aolongodosanos,oRankingFDCdasMultinacionaisBrasileirasse tornou importante fonte de consulta sobre o processo de inter-nacionalização das empresas brasileiras. Desta forma, é com gran-desatisfaçãoque identificamos juntoàsempresasosbenefíciospercebidos com a participação na pesquisa A figura a seguir ilustra os principais benefícios percebidos pelas multinacionais brasileiras:


100

FIGURA 05 – Benefícios com a participação no Ranking FDC das Multinacionais Brasileiras

Geraçãodeconhecimentorelevantecomrelaçãoàinternacionalizaçãodeempresasbrasileiras

Avaliaçãododesempenhodaempresanoprocessodeinternacionalização(benchmarking)

Ganhosdeimagemevalordamarcapelaexposiçãonamídia

Maiorexposiçãoinstitucionalnomeioacadêmico

AumentodointeressedeinvestidoresepotenciaisparceirosnoBrasileexterior

Outros

As empresas percebem cadavezmais benefícios resultantes daparticipaçãonoRankingFDCdasMultinacionaisBrasileiras.Tantonoquedizrespeitoàgeraçãodeconhecimentoacercadoprocessode internacionalização das empresas brasileiras, quanto ao papel do Rankingcomoferramentaparaapontartendências.

Sãopercebidostambémganhosdeimagemedevalordamarca,resultantes da exposição gerada pela publicação. Assim como maiorexposiçãonomeioacadêmicoeaumentodointeresseporpartedeinvestidores.

A interaçãodasempresascomomeioacadêmico,portanto,nãosó gera benefícios para ambos, mas também contribui para uma


101

melhor compreensão dos cenários e possibilita um planejamento estratégico mais embasado.

A figura a seguir mostra a percepção das franquias quanto aos benefícios da participação no Ranking:

FIGURA 06 – Benefícios com a participação no Ranking FDC

de Internacionalização de Franquias

Ganhosdeimagemevalordamarcapelaexposiçãonamídia

Geraçãodeconhecimentorelevantecomrelaçãoàinternacionalizaçãode empresas brasileiras

AumentodointeressedeinvestidoresepotenciaisparceirosnoBrasileexterior

Avaliaçãododesempenhodaempresanoprocessodeinternacionalização (benchmarking)

Maior exposição institucional no meio acadêmico

Outros

Amaiorpartedasempresasqueparticiparamdeediçõespassadasdapesquisaperceberamganhosdeimagemevaloreconsideramimportanteageraçãodeconhecimentorelevantenoquedizres-peito ao franqueamento internacional.


102

Também é interessante notar que as franquias participantes de edições passadas notaram aumento do interesse de investido-resepotenciaisparceirosnoBrasilenoexterioreconsideramoRankingumaferramenta importanteparaaavaliaçãododesem-penho da empresa no processo de franqueamento internacional (benchmarking).

A seguir o depoimento de uma das empresas participantes do Ranking FDC de Internacionalização de Franquias:

“O Ranking FDC de Internacionalização de Franquias 2015 foi um fato marcante para nossa empresa, pois estamos realizando um trabalho contínuo de internacionalização há mais de 10 anos e este foi o maior reconhecimento do nosso esforço neste aspecto. Este prêmio, por ter sido entregue por uma instituição reconhecida, veio auxiliar no processo de captação de novos franqueados no exterior, pois nos outorgou mais argumentos na hora de expor o modelo de negócios, a estrutura da empresa e a nossa atuação em nível mundial”. – iGUi Piscinas

A 11ª. edição do Ranking FDC das Multinacionais Brasileirasdemonstraqueainternacionalizaçãovemsetornandoumadeci-sãodemacro estratégia empresarial cadavezmais adotadaporempresasdevariadosportesesetoresdaeconomiabrasileira.Acada ano, novas empresas aceitam nosso convite para compar-tilhar seus resultados e experiências e cresce também o índicegeral de internacionalização das empresas participantes. A deci-sãoempresarialdeexpandirasatividadesaoutrospaíseseconti-nentestemsereveladoparticularmenteimportanteemperíodosadversosdaeconomiabrasileira,oferecendoàsempresasapossi-bilidadedegarantirresultados, lucratividadeecompetitividadeapartirdasoperaçõesnoexterior.

A escolha do tema específico desta edição, o processo decisório na internacionalização de multinacionais e franquias brasileiras, teve como objetivo lançar luz sobre uma questão ainda poucoexplorada, mas que aborda um aspecto fundamental de estraté-gias bem sucedidas de expansão internacional. Decidir não apenas rapidamente, mas também “glocalmente” (global e localmente),temsidoachavedoêxitodediversasempresasqueconquistamposiçõesde liderançanomercadoglobal.Ou seja,muitasvezesnão é suficiente ter uma estratégia global, é preciso garantir que as

Considerações finais


104

estruturas da empresa no exterior contribuam para a elaboração e execução dessa estratégia, considerando as particularidades locais de cada mercado no exterior.

Concluir que as empresas brasileiras desempenham uma gestão descentralizadaemváriosaspectosequetemampliadoaautono-mia dos gestores das unidades fora do país indica que elas podem seguir construindo e usufruindo devantagens competitivas nospróximosanos.Estudosdiversosdemonstramvínculos inequívo-cosentremaiorautonomiaeinovação,melhorgestãodasdiferen-ças culturais e rapidez na elaboração de estratégias.

A equipe de Professores e Pesquisadores do Núcleo de Estraté-gia e Negócios Internacionais da FDC continuará analisando e aprofundando esses resultados com as empresas participantes e outrasinteressadascomoobjetivodeampliarnossacontribuiçãoaodesenvolvimentoe competividadedasmultinacionais e fran-quias brasileiras no exterior.

AGRADECIMENTOS

A Fundação Dom Cabral agradece às empresas queparticiparam da pesquisa em2016 e que, generosa-mente,disponibilizaramseusdadosecompartilharamsuas experiências internacionais, contribuindo, dessamaneira, para a geração de conhecimento relevanteeaplicadoàsuarealidade.Esperamosqueoconheci-mentogeradopelapesquisabeneficietambémoutrasempresas,aacademiaeasautoridadesgovernamen-taisenvolvidasnoprocessodeinternacionalizaçãodasempresas brasileiras.

CAMPUS ALOYSIO FARIAAv. Princesa Diana, 760 - Alphaville Lagoa dos Ingleses34000-000 – Nova Lima (MG)

CAMPUS BELO HORIZONTERua Bernardo Guimarães, 3.071 - Santo Agostinho30140-083 – Belo Horizonte (MG)

CAMPUS SÃO PAULOAv. Dr. Cardoso de Melo, 1.184 – 15º andar - Vila Olímpia04548-004 – São Paulo (SP)

CAMPUS RIO DE JANEIRO Av. Afranio de Melo Franco, 290 - 2º andar – Leblon22430-060 – Rio de Janeiro (RJ)

Gru

po D

oism

iledo

ze


Ran

kin

g FD

C d

as M

ult

inac

ion

ais

Bra

sile

iras

201

6

capa-ranking.indd 1 15/11/16 21:07

2016 ranking ranking fdc das multinacionais brasileiras ... · 2016 capa-ranking.indd 1 15/11/16...

Documents