2014-04-22 -p01- 2014-1 - cinética química - material da aula - peq-ufs
TRANSCRIPT
-
CINTICA ENZIMTICA
Prof. Dr. Roberto Rodrigues de SouzaDEQ & PEQ/CCET/UFS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE - UFSPRO-REITORIA DE PS-GRADUAO E PESQUISA
NCLEO DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA QUMICA
PROGRAMA DE PS-GRADUAO EM ENGENHARIA QUMICAMESTRADO EM ENGENHARIA QUMICA
DISCIPLINA: CINTICA QUMICA
id36279062 pdfMachine by Broadgun Software - a great PDF writer! - a great PDF creator! - http://www.pdfmachine.com http://www.broadgun.com
-
HISTRICO
- 1940 II Guerra Mundial crescimento superficial de fungos
- Engenharia de processos
- Penicilina (1928 Alexander Fleming Penicillium chrysogenum)- 1857 Louis Pasteur processos fermentativos
- 1947 1s fermentadores - EUA
- Julho de 1947 Engenharia Bioqumica
- 2007 60 anos o principal foco tem sido os processos que fazemuso de agentes biolgicos como clulas e enzimas
-
DESAFIOS & POTENCIAIS APLICAES
- Obteno de produtos de alto valor agregado
- Tratamento biolgico de efluentes
- Obteno de produtos com custo menor
- Slida base de conhecimentos de engenharia e a capacidade deinterpretar tanto os prprios fenmenos de engenharia como osfenmenos celulares ou biolgicos, estes ltimos atravs de umaestreita interao com profissionais das reas bsicas de biologia.
-
O QUE ENGENHARIA BIOQUMICA?
- um ramo da Engenharia Qumica voltado aos processosbiotecnolgicos industriais, que so aqueles processos nos quaisocorre a transformao de matrias-primas em produtos atravs daao de material de origem ou carter biolgico, ou seja, clulas(microbianas, animais ou vegetais) ou enzimas.
-
PRODUTOS QUE PODEM SER OBTIDOS:
- enzimas
- cidos orgnicos
- etanol
- antibiticos, vacinas e hormnios
- anticorpos
- fermento
* Processos bioqumicos relacionados rea de meio-ambiente, como o caso do tratamento biolgico de efluentes domsticos eindustriais e da produo de gs metano
-
AS FUNES DO ENGENHEIRO PODEM SER RELACIONADAS A:
- projeto de biorreatores- estudos de cintica de processos bioqumicos
- modelagem e simulao
- purificao de produtos biolgicos
- transferncia de oxignio e ampliao de escala
- anlise econmica
- instrumentao e controle
-
BIOTECNOLOGIA
Reviso de Bioqumica Industrial clulas (procariticas e eucariticas), biomolculas que compem a clula (protenas, lipdeos,
carboidratos e cidos nuclicos: estrutura molecular e funesnas clulas)
Grupos de Microrganismos de Interesse Industrial bactrias, fungos (bolores e leveduras) e actinomicetos (caractersticas e melhores condies de cultivo), tcnicas de manuteno de culturas puras
-
BIOTECNOLOGIA (continuao)
Processo Fermentativo Genrico definies e etapas (preparo do inculo, preparo e composio
do meio de cultura, esterilizao)
Biorreatores (Reatores Bioqumicos) classificao, operao (reatores em fase aquosa com clulas livres, clulas
imobilizadas e clulas confinadas entre membranas)
-
Classificao dos Processos Fermentativos Industriais descontnuo, contnuo, descontnuo alimentado, semicontnuo. Descrio das formas de conduo e comparao entre as
mesmas (diferenas, vantagens e desvantagens, curvasobtidas)
Estudo do Processo Descontnuo curvas de crescimento celular, de consumo de substrato
limitante e de sntese de produto, fases de crescimento celular,clculos de velocidades (velocidade especfica de crescimentocelular), fatores de converso e produtividades.
BIOTECNOLOGIA (continuao)
-
BIOTECNOLOGIA (continuao)
grande a diversidade de produtos que podem ser obtidosatravs destes processos, exemplos:
enzimas (indstrias txtil e de alimentos);
etanol (combustvel na indstria de bebidas);
antibiticos, vacinas e hormnios (rea de sade humana eanimal);
anticorpos (em kits de diagnstico);
fermento (uso caseiro e na indstria alimentcia).
-
Biotecnologia Moderna:- busca manipular a vida pelos genes- desenvolver novas caractersticas em animais, plantas ou
microorganismos, por meio de processos que a natureza levariamilhares de anos;
- criar novos medicamentos;- produzir rgos semi-sintticos para transplantes;- supermicroorganismos capazes de degradar resduos txicos que
poluem o meio ambiente;- desenvolver novos alimentos;- produzir insumos biolgicos e bioinseticidas naturais.
BIOTECNOLOGIA (continuao)
-
EXEMPLO DE PROJETO DE BIORREATOR
Hidrognio uma fonte de energia limpa e atrativa.
Portanto, processos sustentveis de produo de hidrognio temque ser desenvolvidos para atingirem demandas futuras. Dentro doprojeto europeu Biohydrogen, a completa converso de biomassaem hidrognio e gs carbnico estudada.
Acetato convertido de acordo com a seguinte reao:
2CH3COO- + 8H2O + luz solar 4HCO-3 + 2H+ + 8H2
Uma bactria purprea no sulfrica usada para esta converso.
A mistura de gs produzida consiste em H2/CO2 misturada com90% v/v H2.
-
EXEMPLO DE PROJETO DE BIORREATOR (continuao)
-
EXEMPLO DE OPERACIONALIZAO DE BIORREATORES
Para que um cultivo que seja eficiente, ocorrendo com elevadasvelocidades de crescimento celular, significa altas velocidades deconsumo da fonte de carbono, a fim de que haja abundncia deeltrons transportados na cadeia respiratria (gerao de ATP),mas significa tambm, obrigatoriamente, a necessidade daexistncia de oxignio dissolvido, a fim de que eltrons sejamdrenados ao final da cadeia.
Transferncia de Oxignio
-
CINTICA MICROBIANA
Importncia de estudar a cintica do crescimento microbiano:
Quando os microrganismos so desejveis:Produo de compostos de interesseTratamento de efluentesMelhoria de processos de produo
Quando microrganismos so indesejveis:PatgenosDeteriorantesFavorecer a inibio e eliminao
-
CINTICA DE CRECIMENTO MICROBIANO
O crescimento bacteriano ocorre em dois nveis: individual epopulacional.
Mtodos de medida para crescimento bacteriano:
Mtodo Direto
Mtodo Indireto
-
CINTICA DE CRECIMENTO MICROBIANO (continuao)
MTODO DIRETO
Centrifugao e peso seco
Contadores de partculas
Cmaras de contagem (Neubauer)
Esfregao corado
-
MTODO INDIRETO
Turbidemetria Diluio seriada (NMP) Plaqueamento em meio slido (UFC)
CINTICA DE CRECIMENTO MICROBIANO (continuao)
-
Fermentador
Microrganismo
Preparo do inculo
Nutrientes
Preparo do meio
Esterilizao do meio
Controles
Esterilizao do ar
Recuperao do produtoAr
USO
Produto
Resduo
CINTICA DE CRECIMENTO MICROBIANO (continuao)
Processo Fermentativo
-
CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO
Fase LagNesta fase no h um aumento no nmero de clulas,
todavia, geralmente demonstram que h um aumento devidoao aumento no tamanho dos indivduos.
Fase ExponencialOs microrganismos se encontram na plenitude de suas
capacidades, num meio cujo suprimentos de nutrientes superior s necessidades.
Fase EstacionriaA velocidade de crescimento vai diminuindo at atingir a
fase em que o nmero de novos microrganismos igual aonmero de microrganismos que morre. As causas dessa paradade crescimento podem ser devido ao acmulo de metablitostxicos, o esgotamento de nutrientes e o esgotamento de O2.
-
CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO (continuao)
Fase de Declnio ou MorteNesta fase, a quantidade de microrganismos que morre
torna-se progressivamente superior quela dos que surgem.
-
Con
cen
tra
o (g
/L)
Tempo de Cultivo (h)
Biomassa
Produto
Substrato
CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO (continuao)
-
CURVA DE CRESCIMENTO MICROBIANO (continuao)
Tempo de gerao (g ou G) o intervalo de tempo necessrio para que uma clula se
divida ou para que a populao duplique:varivel para os diferentes organismos;dependente de fatores genticos e nutricionais e ambientais.
-
Populao Total (N)(1) N= No x 2n onde:N= nmero final de clulas; No= nmero inicial de clulas; n= nmero de geraes
Aplicando logaritmo (log):(2) log N= log No + n log 2n = log N - logNo / log 2n = log N - log No / 0,301
(3) n = 3,3 (log N-log No)A partir da equao 3 possvel calcular o nmero de geraes (n) que ocorreram em uma cultura se o n inicial de clulas for conhecido.
Tendo-se o valor de n pode-se calcular o tempo de gerao (g)(4) g = t/nExemplo: Calcular o tempo de gerao de uma cultura cuja populao celular passa de 103 para 108 aps 5 horas de cultivon = 3,3 (log 108 - log 103) ----> n = 3,3 (8 - 3) = 16,5 geraesg = 5 / 16,5 = 0,3 horasTempo para duplicar a populao celular foi de 0,3 horas.
-
Taxa de crescimento especfica ou velocidade especfica decrescimento (k ou m): nmero de geraes por unidade detempo.
m = 1/g (h-1) ou m = n/t
Se g = 0,3 horas ento m = 1/0,3 = 3,3 geraes/h
-
A taxa especfica de crescimento (m), e o tempo de geraoou duplicao (g), de uma populao microbiana soparmetros muito importantes em Microbiologia, poispermitem prever a evoluo da concentrao de ummicrorganismo ao longo do tempo de crescimentoexponencial. So parmetros que do indicao sobre aresposta do microrganismo s diversas condies ambientaisincluindo a modificao do meio de cultura.
O clculo dos valores de g e m de um dado microrganismo,em condies de cultura diferentes, til, por exemplo, para:
selecionar as condies de cultura timas para ocrescimento desse microrganismo;
estudar o efeito que uma determinada alterao dascondies ambientais exerce sobre o crescimento domicrorganismo.
-
Relaciona a taxa especfica de crescimento () e aconcentrao de substrato limitante (S).
onde: max = mxima taxa especfica de crescimentoKs = constante de saturao
A equao de Monod baseada no modelo de cinticaenzimtica de Michaelis-Menten. O modelo de Monod muito utilizado para descrever o crescimento de vriosmicrorganismos.
MODELO DE MONOD
-
CINTICA DE MICHAELIS-MENTEN
As reaes catalisadas por enzimas so saturveis, e a suavelocidade de catlise no indica uma resposta linear face aoaumento de substrato. Se a velocidade inicial da reao medidasobre uma escala de concentraes de substrato (denotada como[S]), a velocidade de reao (v) aumenta com o acrscimo de [S].Todavia, medida que [S] aumenta, a enzima satura-se e avelocidade atinge o valor mximo Vmax.
-
REAES CATALISADAS POR MICRORGANISMOS
FVias Metablicas de Produo de Energia:Metabolismo dos carboidratos
GlicliseCiclo de Krebs (respirao aerbica)Cadeia transportadora de eltronsFermentao
Vias Metablicas de Uso de Energia: Biossntese de PolissacardeosBiossntese de LipdeosBiossntese de Aminocidos e ProtenasBiossntese de Purinas e Pirimidinas
-
METABOLISMOS DOS CARBOIDRATOS
A maioria dos microrganismos oxida carboidratos como suafonte primria de energia celular. O catabolismo de carboidratos de grande importncia no metabolismo celular. A glicose afonte mais comum de carboidrato utilizada pelas clulas.A respirao da glicose ocorre em trs etapas principais:
GlicliseCiclo de KrebsCadeia de Transporte de Eltrons
-
GLICLISE
a oxidao da glicose a cido pirvico sendo a primeira etapano catabolismo dos carboidratos. As enzimas da gliclisecatalisam a quebra da glicose (um acar de seis carbonos) emdois acares de trs carbonos. Estes acares so oxidadosliberando energia e seus tomos so rearranjados para formarduas molculas de cido pirvico.
A gliclise no requer oxignio podendo ocorrer sob condiesaerbias ou anaerbias.
-
CICLO DE KREBS
uma srie de reaes bioqumicas nas quais a grandequantidade de energia qumica potencial armazenada emacetil-CoA liberada passo a passo.O cido pirvico, produto da gliclise no pode entrardiretamente no ciclo de Krebs. Em uma passo preliminar eledeve perder uma molcula de CO e tornar-se um compostode dois carbonos. Esse processo chamado dedescarboxilao.
-
CADEIA DE TRANSPORTE DE ELTRONS
Consiste em uma sequncia de molculas transportadorasque so capazes de oxidao e reduo. Como os eltronsso passados atravs da cadeia h uma gradual liberao deenergia que utilizada para conduzir a geraoquimiosmtica de ATP;Nas clulas procariticas a cadeia de transporte de eltrons encontrada na membrana plasmtica.
-
FERMENTAO
A fermentao pode ser definida de vrias formas:Qualquer deteriorao de alimento por microrganismo
(uso geral);Qualquer processo microbiolgico em grande escala
ocorrendo com ou sem ar (usada na indstria);Qualquer processo metablico que libere energia e
que ocorra somente sob condies anaerbias (tornando-semais cientfica)
-
figuraFigura 9: Viso geral da Respirao e Fermentao
-
VIAS METABLICAS DE USO DE ENERGIA
Biossntese de PolissacardeosOs microrganismos sintetizam acares e polissacardeos. Aps aglicose ser sintetizada as bactrias podem coloc-la dentro demuitos polissacardeos complexos, tal como o glicognio.
-
Biossntese de Lipdeos
As clulas sintetizamgorduras unindoglicerol e cidosgraxosO mais importantepapel dos lipidios como componenteestrutural dasmembranasbiolgicas.
Biossntese de Purinas e Pirimidinas
Certos aminocidos(cido aspartico,glicina e glutamina)feitos deintermediriosproduzidos durante agliclise e no ciclo deKrebs participam nabiossntese depurinas e pirimidinas.
Biossntese de Aminocidos e Protenas
Os aminocidos sorequeridos parabiossntese de protenas.Uma importante fonte deprecursoresintermedirios utilizadana sntese deaminocidos o ciclo deKrebs.