2012 10 qualidade das Águas lagoa de araruama 10 qualidade das... · às doze estações...
TRANSCRIPT
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
1
2012 10 Qualidade das Águas Lagoa de Araruama
O presente relatório é um compendio de estudos e dados - referentes ao
mês de outubro de 2012 - que integra o processo de monitoramento ambiental
da Lagoa de Araruama.
As amostras de água de superfície que foram coletadas correspondem
às doze estações localizadas na Lagoa de Araruama (Fig. I), em 28 e 29 de
outubro de 2012. Estas amostras foram analisadas quanto aos diferentes
parâmetros físico-químicos e, posteriormente, foram adicionados dados e
algumas informações relativas complementares.
Fig I. Lagoa de Araruama e as 12 estações de coletas – geo-referenciamento.
Ara = Lagoa de Araruama
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
2
RESULTADOS DOS PARÂMETROS HIDROQUÍMICOS ANALISADOS
Os resultados obtidos das análises de campo realizadas “in situ”, por
Analistas do Consórcio Intermunicipal para Gestão Ambiental das Bacias da
Região dos Lagos, Rio São João e Zona Costeira (28 e 29 de outubro de 2012)
e das análises hidroquímicas, realizadas pela PROLAGOS, são apresentados
na tabela I:
Tabela I: Parâmetros Hidroquímicos nas estações de coleta na Lagoa de Araruama
Tu
rbid
ez (
NT
U)
Co
r (P
t C
O)
pH
(S
ore
nsen
)
Fó
sfo
ro T
ota
l (
mg
/L)
N-N
KT
(m
g/L
)
N-N
itra
to (
mg
/L)
N-N
itri
to (
mg
/L)
Nit
rog
ên
io T
ota
l
(mg
/L)
Só
lid
o S
usp
en
so
To
tal
(mg
/L)
Clo
rofi
la (
ug
/L)
DB
O (
mg
/L)
Sali
nid
ad
e (
‰)
O.D
. (m
g/L
)
Tem
pera
tura
(°C
)
Padrão CONOMA 357/05 classe I Águas Salinas
- - 6,5 a
8,5
Máx. 0,062
- Máx. 0,40
Máx. 0,07
Máx. 0,40
- - - ≥30 > 6 -
EXCURSIONISTA 20,1 361 8,14 0,25 0,19 1,46 0,098 1,75 20 6 23,2 45 8,42 29,7
ARARUAMA CENTRO 7,77 207 8,2 0,19 0,12 1,81 0,067 2 14 24 27,6 49 10,05 28,2
BARBUDO 5,28 163 8,21 0,19 0,16 1,23 0,014 1,4 9 14 27,6 50 8,88 27,8
PONTA DA ALCAÍRA 4,16 163 8,19 0,08 0,15 1,09 0,017 1,26 7 11 4,2 50 8,75 27,8
IGUABA GRANDE 4,32 158 8,14 0,03 0,10 1,04 0,011 1,15 9 14 2 50 9,22 28
SÃO PEDRO DA ALDEIA 5,04 147 8,17 0,17 0,14 1,09 0,014 1,24 10 8 4,5 50 8,66 27,2
MONTE ALTO 4,46 136 8,16 0,08 0,12 0,94 0,009 1,07 6 10 3,2 50 9,55 27,8
BOQUEIRÃO 4,84 110 8,04 0,09 0,25 0,92 0,010 1,18 8 26 13,2 45 6,89 26,8
ÁREA 2 2,75 8 8,01 0,12 0,22 0,98 0,018 1,22 3 7 4,2 38 6,91 25,1
PRAIA DO SIQUEIRA 2,76 25 8,08 0,18 0,16 1,46 0,017 1,64 2 6 7,4 39 6,47 26,3
PALMEIRAS 1,83 12 7,99 0,16 0,23 1,08 0,015 1,33 1 6 2,2 35 8,97 22,7
BOCA DA BARRA 1,28 0 7,98 0,14 0,05 0,84 0,008 0,9 1 3 2 38 8,99 21,4
Mínima 1,28 0 7,98 0,03 0,05 0,84 0,008 0,9 1 3 2 35 6,47 21,4
Máxima 20,1 361 8,21 0,25 0,25 1,81 0,098 2 20 26 27,6 50 10,5 29,7
Média 5,38 124,17 8,11 0,16 0,16 1,16 0,0248 1,34 7,5 11,25 10,11 44,92 8,48 26,57
Desvio Padrão 4,95 104,14 0,09 0,06 0,06 0,28 0,09 0,31 5,62 7,24 10,19 5,84 1,13 2,4
ANALISE DESCRITIVA
Ponto 1 – Excursionistas enseada
Ponto 2 – Araruama centro
Ponto 3 – Barbudo
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
3
Ponto 4 – Acaira
Ponto 5 – Iguaba Grande
Ponto 6 – São Pedro d’Aldeia
Ponto 7 – Monte Alto
Ponto 8 – Boqueirão
Ponto 9 – Área 2
Ponto 10 – Siqueira
Ponto 11 – Palmeiras
Ponto 12 – Boca da Barra
Sólido Suspenso Total - A
concentração média foi de 7,5 mg/L,
alcançando uma variação de 19 mg/L
entre os pontos amostrais. Foi
registrados um valor máximo de
20mg/L no ponto 1 e mínimo de 1 mg/L
nos pontos 11 e 12.
Turbidez – Apresentou-se com
uma média de 5,38 NTU, alcançando
uma variação de 18,82 NTU em
relação aos pontos amostrais. Foi
registrados um valor máximo de 20,1
NTU no ponto 1 e um valor mínimo de
1,28 NTU no ponto 12.
Clorofila - Apresentou
registros de concentração mínima de 3
μg/L no ponto 12. Máxima de 26 μg/L
no ponto 8.
Cor – Apresentou-se com uma
média de 124,17, alcançando uma
variação de 361 Pt-Co em relação aos
pontos amostrais. Foi registrados um
valor máximo de 361 Pt-Co no ponto 1
e um mínimo de 0 Pt-Co no ponto 12.
0
2
4
6
8
10
12
14
16
18
20
20
14
9
7
9 10
6
8
3 2
1 1
Sólido Suspenso Total (mg/L)
Sólido Suspenso Total (mg/L)
20,10
7,77
5,28 4,16
4,32 5,04
4,46 4,84
2,75 2,76
1,83 1,28
6
24
14
11
14
8
10
26
7 6 6
3
361
207
163 163 158 147
136
110
8 25
12 0
0
50
100
150
200
250
300
350
400
0,00
5,00
10,00
15,00
20,00
25,00
30,00
Excurs
.
A
raru
am
a
Barb
udo
Acaira
Iguaba
S.P
edro
M. A
lto
Boqueirão
Are
a 2
Siq
ueira
Palm
eiras
B.d
a B
arr
a
Cor
Turb
idez / C
loro
fila
Turbidez, Clorofila e Cor
Turbidez (NTU) Clorofila (ug/L) Cor (Pt Co)
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
4
v
pH - A análise de bancada
demonstrou uma média de 8,11,
alcançando uma variação de 0,23 em
relação aos pontos amostrais. Foram
registrados um valor máximo de 8,21
no ponto 3 e um mínimo de 7,98 no
ponto 12. Os valores de pH registrados
nos pontos amostrados estão dentro
da faixa de valores ambientais
permitido (faixa de normalidade de 6,6
a 8,5) pela Resolução CONAMA -
357/2005.
D.B.O. - A demanda
bioquímica de oxigênio apresentou-se
com uma média de 10,11 mg/L,
alcançando uma variação de
aproximadamente 25,6 mg/L em
relação aos pontos amostrais. Foi
registrados um valor máximo de 27,6
mg/L nos pontos 2 e 3. Valor mínimo 2
mg/L nos pontos 5 e 12.
O.D. - O oxigênio dissolvido
apresentou-se com uma média de 8,48
mg/L, alcançando uma variação de
3,58 mg/L em relação aos pontos
amostrais. O valor máximo de 10,05
mg/L no ponto 2 e mínimo de 6,47
mg/L no ponto 10. Todas as amostras
de O.D. estão dentro dos valores
ideais aceitos (acima de 6 mg/mL) pela
Resolução CONAMA - 357/2005.
8,14
8,20 8,21 8,19 8,14
8,17 8,16
8,04 8,01
8,08
7,99 7,98
8,5
7,70
7,80
7,90
8,00
8,10
8,20
8,30
8,40
8,50
8,60 pH (Esc. Sorensen)
pH (Esc. Sorensen) CONAMA 357/05
0
5
10
15
20
25
30 23
28 28
4 2
5 3
13
4 7
2 2
DBO (mg/L)
DBO (mg/L)
0
2
4
6
8
10
12
8,42
10,05
8,88 8,75 9,22
8,66 9,55
6,89 6,91 6,47
8,97 8,99
Oxigênio Dissolvido (mg/L)
Oxigênio Dissolvido (mg/L)
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
5
Nitrogênio total – Apresentou-
se com uma concentração média de
1,34 mg/L, alcançando uma variação
de 1,1 mg/L em relação aos pontos
amostrais. Foi registrados um valor
máximo de 2 mg/L no ponto 2 e um
mínimo de 0,9 mg/L no ponto 12.
Todos os pontos registraram
concentração acima do limite máximo
estabelecido pelo CONAMA –
357/2005.
Fósforo total – Apresentou-se
com uma concentração média de 0,14
mg/L, alcançando uma variação de
0,22 mg/L em relação aos pontos
amostrais. Foi registrados um valor
máximo de 0,25 mg/L no ponto 1 e um
mínimo de 0,03 mg/L no ponto 5.
Todos os pontos, com exceção do
ponto 5, registraram uma concentração
de fósforo acima do limite máximo
(0,062 mg/L) estabelecido pelo
CONAMA - 357/2005.
Relação N/P
A relação Nitrogênio/Fósforo (N/P)
manteve-se com uma média de
12,2 (N/P). O valor mínimo foi
obtido no ponto 1 de 6,4 e um valor
máximo no ponto 5 de 38,3.
(N/P=1/16).
1,75
2,00
1,40 1,26
1,15
1,24 1,07
1,18 1,22
1,64
1,33 0,90
0,4
0,00
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
Nitrogênio Total (mg/L) CONAMA 357/05
0,25
0,19 0,19
0,08
0,03
0,17
0,08 0,09 0,12
0,18 0,16
0,14
0,062
0,00
0,20
0,40
Fósforo Total (mg/L) CONAMA 357/05
0
5
10
15
20
25
30
35
40
7 10
7,4
15,7
38,3
7,3
13,4 13,2 10 9,1 8,3 6,4
N/P
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
6
Temperatura –
apresentou-se com uma média
de 26,57 °C, alcançando uma
variação de 8,3 graus entre os
pontos amostrais. Foi registrado
valor máximo de 29,7 ºC no
ponto 1 e mínimo de 21,4 ºC no
ponto 12.
Salinidade – apresentou-
se com uma média de 44,92 ‰,
alcançando uma variação de 15
‰ entre os pontos amostrais.
Foi registrado um valor máximo
de 50 ‰ nos pontos 3, 4, 5, 6 e
7. Mínimo de 35 ‰ no ponto 11.
Os valores das amostras estão
de acordo com a Resolução
CONAMA - 357/05.
20,0
22,0
24,0
26,0
28,0
30,0 29,7
28,2 27,8 27,8 28,0
27,2 27,8
26,8
25,1
26,3
22,7
21,4
Temperatura (ºC)
Temperatura (ºC)
30
35
40
45
50
45
49 50 50 50 50 50
45
38 39
35
38
Salinidade (g/L)
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
7
Precipitação
Ao logo do mês de outubro a média da temperatura mínima foi de 18,1
ºC e a média máxima de 25,54 ºC, com a temperatura máxima de 32,8 ºC no
dia 20. A precipitação acumulada ao longo do mês foi de 42,1 mm.
Fonte: Jornal do Tempo
0
5
10
15
20
25
0
5
10
15
20
25
30
35
01
/10
/20
12
02
/10
/20
12
03
/10
/20
12
04
/10
/20
12
05
/10
/20
12
06
/10
/20
12
07
/10
/20
12
08
/10
/20
12
09
/10
/20
12
10
/10
/20
12
11
/10
/20
12
12
/10
/20
12
13
/10
/20
12
14
/10
/20
12
15
/10
/20
12
16
/10
/20
12
17
/10
/20
12
18
/10
/20
12
19
/10
/20
12
20
/10
/20
12
21
/10
/20
12
22
/10
/20
12
23
/10
/20
12
24
/10
/20
12
25
/10
/20
12
26
/10
/20
12
27
/10
/20
12
28
/10
/20
12
29
/10
/20
12
30
/10
/20
12
31
/10
/20
12
Precip
ita
çã
o m
m
Tem
pera
tura
ºC
Mínima, Máxima e Precipitação em Araruama
Temp. Mín. (ºC) Temp. Máx. (ºC) Precipitação (mm)
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
8
2012 10 BALNEABILIDADE.
O INEA para o mês de outubro seguindo a Conama 274 classifica:
1. PRAIAS DE LAGOA Próprias para banho em:
Araruama – Seca, Nobres, Hospício, Areal, Centro, Pontinha, Coqueiral, Barbudo, Iguabinha, Gavião, Bananeiras, Iguaba Grande – Iguaba Grande São Pedro da Aldeia – Linda, Centro, Pitória, Sol, Sudoeste, Balneário, Ponta
d'Aldeia, Balneário, Cabo Frio e Arraial do Cabo – Siqueira, Monte Alto, Figueira.
2. PRAIAS DE LAGOA Impróprias para banho em:
Araruama – Amores, Cabo Frio – Passagem. Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia – Aldeia,
3. PRAIAS OCEÂNICAS Próprias para banho em:
Arraial do Cabo– Pontal, Grande, Anjos, Cabo Frio – Forte, Conchas, Peró, Palmeiras, Foguete. Búzios – Rasa, Tucuns, Manguinhos, Geribá, Canto, Armação, Ossos, Azeda,
Fernandes, Brava, Forno, Ferradura, Tartarugas. Casimiro de Abreu – Praião, Prainha.
4. PRAIAS OCEÂNICAS Impróprias para banho em:
Cabo Frio – Pontal
A pesquisa da presença de enterococos para testes de balneabilidade
realizados pelo INEA em 17 e 24/10/2012 apresentaram resultados conforme
Tabela II.
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
9
Tabela II: Pesquisa de Enterococos na Lagoa de Araruama, outubro 2012.
ARARUAMA Enterococos NMP/100 mL
ARARUAMA Enterococos NMP/100 mL
AM01 Praia Seca 10 AM39 Iguabinha R Tupi 135
AM02 Praia do Nobre 10 AM40 Iguabinha R Wash. Luiz
1233
AM03 Praia do Areal 10 IG01 Popeye <10
AM04 Praia do Hospicio 10 IG02 Tele-Iguaba <10
AM05 Praia do Centro 10 IG03 1001 <10
AM06 Pontinha 10 IG04 Tigrão 10
AM07 Praia dos Amores 145 IG05 Palm Beach <10
AM08 Coqueiral 41 SP01 Praia Linda 10
AM09 Praia do Barbudo 10 SP02 Pst.Ipiranga <10
AM10 Praia do Gavião 41 SP03 Cal.Mossoró 10
AM11 Iguabinha 10 SP04 Praia Pitória 10
AM30 Pontinha 231 SP05 Praia do Sol <10
AM31 Bananeiras 10 SP06 Praia Sudoeste <10
AM32 Figueira 32 SP20 Praia Balneário <10
AM33 Areal R Copacabana 10 SP21 Praia Ponta da Areia 75
AM34 Areal R Flamboyans 10 SP22 Praia Camerun 31
AM35 Praia Centro R México 41 CF01 Praia Siqueira 31
AM36 Praia Centro R Honduras
156 CF05 Passagem
245
AM37 Praia Barbudo Canal 10 CF08 Praia Palmeiras 20
AM38 Praia Barbudo Quadras
10 AC01 Mt. Alto 10
FONTE: INEA - Data: 17 e 24/10/12
Resolução CONAMA 274/2000 - Satisfatório até 100 NMP/100 mL e Insatisfatório acima de 100 NMP/100 mL
Das análises de balneabilidade referente às amostras coletadas – em
quarenta pontos amostrais da Lagoa de Araruama - apenas as praias: dos
Amores, Pontinha, Centro R Honduras, Iguabinha R Tupi, Iguabinha R Wash
Luiz e Passagem apresentaram resultados insatisfatórios, por excederem o
limite de concentração de Enterococos.
Os demais pontos apresentaram concentrações menores que 100
NMP/100 mL, portanto, com resultado satisfatório segundo a Resolução
CONAMA 274/2000.
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
10
OBSERVAÇÃO SOBRE O FITOPLÂNCTON
As amostras de água de superfície foram coletadas em doze estações
de coleta ao longo da Lagoa de Araruama, localizadas nos municípios de Cabo
Frio, São Pedro d´Aldeia, Iguaba e Araruama (RJ), no dia 28 de outubro de
2012.
Caracterização da Comunidade Fitoplanctônica
A análise microscópica das espécies registrou 68 táxons, distribuídos em
diatomáceas (45), dinoflagelados (15), cianobactérias (6), clorofíceas (1) e
criptofíceas (1).
A densidade celular do fitoplâncton total relativa ao período de coleta (28
de outubro) variou entre 1,91 X 105 cel. L-1 observada na Área 2 a 1,30 X 106
cel. L-1, em monte Alto.
Densidade celular (cels/L) do Fitoplâncton Total nas estações de coleta
0
200000
400000
600000
800000
1000000
1200000
1400000
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
11
As análises do fitoplancton na Lagoa de Araruama, neste período
demonstraram:
- as espécies de cianobactérias foram as mais dominantes (77%);
- a Estação Monte Alto apresentou maior densidade celular devido a uma
contribuição de 21% das espécies de Cianobactérias;
- a menor densidade celular foi observada na Área 2;
- as espécies de diatomáceas apresentaram uma maior densidade celular na
estação Palmeiras, devido à presença da espécie Nitszchia longuissima,
seguida pela estação Boca da Barra onde ocorreu uma maior diversidade e
uma maior riqueza;
- as clorofíceas ocorreram somente em Excursionista, Araruama, Barbudo,
Acaira e Iguaba;
- as criptofíceas apareceram somente na estação Barbudo;
- os dinoflagelados foram representativos na estação Siqueira contribuindo com
34% devido à ocorrência de Peridinium quinquecorne, essa espécie foi também
encontrada em Iguaba. Caracteriza-se por estar presente em ambientes
eutróficos e poluído.
- as cianobactérias foram importantes em Monte Alto pela presença de cf.
Synechocystis sp;
- as espécies Oxytoxum scolopax (Dinoflagelado), Oscillatoria sp, cf.
Synechocystis sp (Cianobactéria) Pleurosigma sp, Coscinodiscus sp,
Entomoneis alata e Manguinea rígida (Diatomácea) caracterizaram-se, nesse
período, por serem muito frequentes nas estações de coleta da Lagoa de
Araruama.
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
12
Situação da Pesca
A situação da pesca na Lagoa de Araruama durante as semanas 40 a 44
correspondentes ao período entre os dias 28 de Setembro a 02 de Novembro
de 2012 foi caracterizada pela captura das seguintes espécies, de acordo com
relatos de pescadores apresentados em relatórios de monitoramentos
semanais (Fig.):
Figura. – Espécies capturadas por pescadores durante as semanas 40 a
44 de setembro, outubro e novembro de 2012 na Lagoa de Araruama, RJ.
Durante as primeiras semanas (40 e 41) o vento estava muito forte e os
pescadores tiveram dificuldades de saírem para pescar, mas na semana 41
conseguiram capturar o camarão. Com a diminuição da velocidade do vento
em alguns dias nas semanas 42, 43 e 44 os pescadores voltaram a pescar.
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
13
Caracterização fotográfica da visibilidade da água (turbidez). O processo usual
para determinação da cor da água consiste em descer o disco de Secchi até
cerca de 30 cm de profundidade. Na Ara # 11 não foi possível usar o disco de
Secchi devido a fortes correntezas.
Figura: Espelho d’água nas estações de coleta da Lagoa de Araruama do mês de
outubro de 2012.
CONSIDERAÇÕES DO MÊS
A lagoa de Araruama ao longo deste mês apresentou uma média de
salinidade no período diurno de 48,71 ‰ e uma média noturna de 48,18 ‰. Os
valores máximos alcançados nos períodos diurnos e noturno de 53, com uma
mínima diurna de 41 ‰ (Praia dos Excursionistas, no dia 17/10/12) e noturna
de 23‰ (Praia do Centro, no dia 25/10/12).
O parâmetro oxigênio dissolvido (O.D) apresentou uma média diurna de
5,55 mg/L e noturna de 5,43 mg/L, com os valores máximos diurno de 7,78
mg/L (Praia do Balneário, no dia 09/10/12) e noturno de 7,67 mg/L (Praia do
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
14
Excursionista, no dia 09/10/12). Valores mínimos de O.D. foram alcançados no
período diurno de 3,49 m g/L (Praia do Centro, no dia 31/10/12) e noturno de
2,96 mg/L (Praia do Barbudo, no dia 30/10/12).
A temperatura da água alcançou uma média diurna e noturna
respectivamente de 26,99 ºC e 23,09 ºC ao longo deste mês. Um valor máximo
diurno foi registrado de 33,3 ºC e noturno de 27,6 ºC. Valores mínimos foram
alcançados no período diurno, com 22,5 ºC e noturno com 18 ºC.
O pH apresentou ao longo do mês uma média diurna de 8,42 e noturna
de 8,35. O valor máximo registrado diurno foi de 9,03 (Praia do Barbudo, no dia
30/10/12) e noturno de 8,88 (Praia dos Excursionistas no dia 04/10/12). Valores
mínimos foram alcançados no período diurno de 7,46 (Praia do Popeye, no dia
27/10/12) e noturno de 7,58 (Praia do Balneário, no dia 14/10/12).
A turbidez apresentou média diurna de 18,52 NTU e noturna de 16,95
NTU. O valor máximo diurno registrado foi de 112 NTU (Praia do Excursionista
no dia 05/10/12) e noturno 163 NTU (Praia do Excursionista no dia 02/10/12),
com registro mínimo diurno de 3,82 NTU (Praia do Popeye, no dia 01/10/12) e
noturno de 2,43 NTU (Praia do Balneário, no dia 26/10/12).
A direção do vento com maior frequência e intensidade no mês de
outubro foi o ENE com 36,42%, com ventos de 8,8 a 11,1 m/s de velocidade. A
intensidade do vento variou de 0,5 a 11,1 m/s, com maior frequência de
intensidade (32%) na classe de 5,7 a 8,8 m/s, 15,7% na classe 8,8 – 11,1 e
2,8% >11,1 m/s.
CÂMARA TÉCNICA PERMANENTE DE MONITORAMENTO DAS ÁGUAS DA BACIA
15
Fonte: INMET – Instituto Nacional de Meteorologia
Variações de maré foram registradas com valores de preamar máximos
de 1,3 nos dias 14, 15, 16, 17/10 e baixamar mínima de 0,0 do dia 14/10.
Créditos de pesquisa - Equipe MH AMBIENTAL:
Dr.ª Maria Helena Campos Baeta Neves
Biólogos: Judson da Cruz Lopes da Rosa e Julio Cesar Quintanilha