2011 metodologia da pesquisa 14 fev(1)

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  • 8/6/2019 2011 Metodologia Da Pesquisa 14 Fev(1)

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    Metodologia da Pesquisa CientficaProfa Thereza Lucia Aires Imbiriba

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    Pesquisar

    H uma idade em que se ensina o que se sabe; masvem em seguida outra, em que se ensina o queno se sabe; isso se chama pesquisar. Vem talveza idade de uma outra experincia, a de desaprender,

    de deixar de trabalhar o remanejamento imprevisvelque o esquecimento impe sedimentao dossaberes, das culturas, das crenas que atravessamos.Essa experincia tem, creio eu, um nome ilustre e forade moda, que ousarei tomar aqui sem complexo, na

    prpria encruzilhada de sua etimologia: sapientia:

    nenhum poder, um pouco de saber, um pouco desabedoria, e o mximo de sabor possvel.

    BARTHES, Roland. Aula. So Paulo: Cultrix, 1977.

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    EXERCCIO. Apresentarsignificadosdasexpressessublinhadasenotasinformativassobreascitaesnotexto.

    O milagredapalavra Frei Betto

    (O GLOBO, Opinio, 1o.nov.1998)

    As palavras pesam. Talvez porque sejam a mais genuna inveno humana. Os papagaios no falam, apenas repetem. Noescapam de seus limites atvicos. Curioso o organismo humano no possuir um rgo especfico da fala . O olho a fonteda viso, como o ouvido da audio. A lngua facilita a deglutio, como a traquia, a respirao. No entanto, a nsia deexpressar-se levou o ser humano a conjugar mente e boca, rgo da respirao e da deglutio, para proferir palavras.

    No princpio era o Verbo, reza o prlogo do evangelho de Joo. Deus Palavra e, em Jesus, ela se fez carne. O mundo foicriado porque foi proferido: E Deus disse: Haja a luz e houve luz, conta o autor do Gnesis.

    Vivemos sob o signo da palavra. Unir palavra e corpo o mais profundo desafio a quem busca coer ncia na vida. Hpolticos e religiosos que primam pela abissal distncia entre o que dizem e o que fazem. E h os que falam pelo que fazem.

    A palavra fere, machuca, di. Proferida no calor, aquecido por mgoas ou ira penetra como flecha envenenada. Obscurece avista e instaura solido. Perdura no sentimento dilacerado e reboa, por um tempo que parece infinito, na mente atordoadapelo jugo que se impe. S o corao compassivo, o movimento anaggico e a meditao livram a mente de rancores e nosimunizam da palavra maldita. Machado de Assis ensina que as palavras tm sexo, amam-se umas s outras, casam-se. O

    casamento delas o que se chama estilo.A palavra salva. Uma expresso de carinho, alegria, acolhimento ou amor como brisa suave que ativa nossas melhoresenergias. Somos convocados reciprocidade. Essa fora ressurrecional da palavra to miraculosa que , por vezes, atememos. Orgulhosos, sonegamos afeto; avarentos, engolimos a expresso de ternura que traria luz; mesquinhos, calamoso jbilo, como se deflagrar vida merecesse um alto preo que o outro, a nosso parco juzo, no capaz de pagar. Assim,fazemos da palavra que gratuita, mercadoria pesada na balana dos sentimentos.

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    Apresentarsignificadosdasexpressessublinhadasenotasinformativassobreascitaes .

    Vivemos cercados de palavras vs, condenados a uma civilizao que teme o silncio. Fala-se muito para dizer bem pouco.Nas msicas juvenis abundam palavras e carecem melodias. Jornais, revistas, TV, outdoor, telefone, correio eletrnico hdemasiado palavrrio. E sabemos todos que no se d valor ao que se abusa.

    Carecemos de poesia. O poeta um entusiasmado, no sentido grego de en+thes = com um deus dentro. Como sublinhaPlato no on, nele fala a divindade, o Outro. Em linguagem psicanaltica, fala o inconsciente. Como Orfeu, o poeta desce noite dos infernos para recuperar Eurdice, o fantasma do desejo.

    Nossa lgica cartesiana faz do palavrrio uma defesa contra o paradoxo. No entanto, sem paradoxo no h arte. O belo irredutvel palavra, mas s a palavra expressa a esttica.

    O silncio no o contrrio da palavra. a matriz. Talhada pelo silncio, mais significado ela possui. O tagarela cansa osouvidos alheios, porque seu matraquear de frases ecoa sem consistncia. J o sbio pronuncia a palavra como fonte de guaviva. Ele no fala pela boca, e sim do mais profundo de si mesmo.

    H demasiado rudo em ns, em torno de ns. Tudo de tal modo se fragmenta que at a hermenutica se cala. Hermes, odeus mensageiro, j no nos revela o sentido das coisas, mormente das palavras que se multiplicam como vrus que esgarao tecido e introduz a morte.

    Guimares Rosa inicia Grandes sertes: veredas com uma palavra inslita: Nonada. No nada. No nada. Convite aosilncio, contemplao, mente centrada no vazio, alma despida de fantasias.

    Sabem os msticos que, sem dizer no e almejar o Nada, impossvel ouvir, no segredo do corao, a palavra de Deus que,neles se faz Sim e Tudo, expresso amorosa e ressonncia criativa.

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    EXERCCIO

    Significado das expressessublinhadas:

    Notas informativas sobre as citaesno texto:

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    CONHECIMENTO E CINCIA

    At mesmo pela origem, a palavracincia (do lat. scire saber) est

    inevitavelmente ligada s ideias desaber e conhecimento. Na dvida e nacuriosidade de penetrar a causadeterminante dos fenmenos naturais

    residem os seus elementos geradores,posto Frazer os tenha encontrado namagia, e Durkheim, na religio.

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    CONHECIMENTO E CINCIA

    Segundo as leis dos trs estados de Augusto Comte,o criador do positivismo e da sociologia, em suaevoluo o conhecimento atravessou trs estadossucessivos: teolgico (que se subdivide em

    fetichismo, politesmo e monotesmo), quando ohomem procura atribuir uma origem sobrenatural socorrncias fenomnicas; metafsico, quando ascausas sobrenaturais so substitudas por entidadesou foras abstratas, alheias experincia; positivoou cientfico, em que o esprito humano desiste deconhecer a razo e a causa ltima das coisas ecomea a pesquisar as relaes invariveis desucesso e semelhana entre os fenmenos.

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    Aconstruodoconhecimento diferentestiposdeconhecimento

    Ohomem o nico animal que pode sentir-

    se aborrecido, que pode sentir-se expulso do

    Paraso. O homem o nico animal que

    considera a sua existncia um problema quetem de ser resolvido e do qual no pode

    escapar. Tem de prosseguir no

    aprimoramento da sua razo at tornar-se o

    senhor da Natureza e de si mesmo.

    FROMM, Erich. TER ou SER? So Paulo: Editorial Presena, 1999.

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    TEMTICA: PESQUISA CONTEDO E METODOLOGIA ociclodapesquisaparaaproduodoconhecimento

    Se num primeiro momento uma ideiano absurda, ento h esperanapara ela. (Einstein)

    Ningum pode descobrir novoscaminhos at que tenha coragem de

    perder de vista a terra firme. (AndrGide)

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    PROBLEMA

    A formulao do problema prende-se ao tema proposto: ela esclarecea dificuldade especfica com a qual se defronta e que se pretenderesolver por intermdio da pesquisa. Para ser cientificamente vlido,um problema deve passar pelo crivo das seguintes questes:

    pode o problema ser enunciado em forma de pergunta? corresponde a interesses pessoais, sociais e cientficos, isto , de

    contedo e metodolgicos? Esses interesses esto harmonizados? constitui-se o problema em questo cientfica, ou seja, relacionam-se

    entre si pelo menos duas variveis? pode ser objeto de investigao sistemtica, controlada e crtica?

    pode ser empiricamente verificado em suas consequncias?

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    objeto material

    O objeto material a prpria matria com que uma cincia seocupa. O mundo animado e inanimado so objetos de estudo dapluralidade das cincias. Assim, sob o ponto de vista material,

    vrias cincias podem tero mesmo objeto material. O homem, por exemplo, objeto material da Sociologia, da

    Psicologia, da Medicina, etc., alm da prpria Filosofia. Cada cincia que estuda o homem (objeto material) o f az sob

    aspecto diferente e determinado (objeto formal). O mesmo se devedizer das cincias cujo objeto material a natureza inanimada do

    mundo.

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    objeto formal

    O que distingue uma cincia da outra no o objeto material, mas oobjeto formal, isto , aquilo com que determinada cincia se ocupa

    especificamente como rea de estudo. Sem o objeto formal nenhuma cincia poderia existir. A Matemtica, por exemplo, tem como objeto formal o nmero; a

    Biologia, os seres vivos; a Astronomia, os corpos celestes, aHistria, o fato histrico. Desta forma, cada cincia possui seuobjeto prprio de estudo com o que se distingue das demais

    cincias.

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    TEORIADE BASE marco terico conceitual

    A finalidade da pesquisa cientfica no apenasum relatrio ou descrio de fatos levantadosempiricamente, mas o desenvolvimento de umcarter interpretativo dos dados obtidos. Para tal,

    imprescindvel correlacionar a pesquisa com ouniverso terico, optando-se por um modelo quesirva de embasamento interpretao dosignificado dos elementos apurados.

    Todo projeto de pesquisa deve conter as

    premissas ou pressupostos tericos sobre osquais o pesquisador fundamentar a suainterpretao.

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    Teoriadebase- marco terico conceitual

    Pode-se tomar como exemplo um estudo quecorrelaciona atitudes individuais e grupais deautoridade e subordinao na organizao de umaempresa, tendo como finalidade discernir

    comportamentos rotulados como de chefia eliderana, relacionando-os com a maior ou menoreficincia no cumprimento dos objetivos daorganizao.

    Uma das possveis teorias que se aplicam s

    atitudes dos componentes da empresa a do tipoideal de autoridade legtima, descrita porMax Weber.

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    REVISO DA BIBLIOGRAFIA

    Pesquisa alguma parte hoje da estaca zero. Mesmo queexploratria, isto , de avaliao de uma situao concretadesconhecida, em um dado local, algum ou um grupo, emalgum lugar, j deve ter feito pesquisas iguais ousemelhantes, ou mesmo complementares de certos

    aspectos da pesquisa pretendida. Uma procura de tais fontes, documentais ou bibliogrficas,

    torna-se imprescindvel para a no-duplicao de esforos,a no-descoberta de ideias j expressas, a no-incluso delugares-comuns no trabalho.

    A citao das principais concluses a que outros autoreschegaram permite salientar a contribuio da pesquisarealizada, demonstrar contradies ou reafirmarcomportamentos e atitudes.

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    Definiodostermos

    Conciso e preciso semntica Por exemplo, termos como temperatura,

    QI, classe social precisam ser especificados para a compreenso detodos: o que significa temperatura

    elevada? Acima de 30O.C ou 100o.C? A representao do QI compreende os

    conceitos de capacidade mental,criatividade, discernimento etc., portanto,devem ser esclarecidos.

    E a classe social? Entende-se por ela ainsero do indivduo no sistema deproduo ou sua distribuio emcamadas segundo a renda? At termoscomo pessoa idosa requeremdefinio: a partir de que idade oindivduo considerado idoso parafins de pesquisa? 60, 65, 70 ou mais?

    Adequao de sentido Outro fato que deve ser levado em

    considerao que os conceitos podemter significados diferentes de acordo como quadro de referncia ou a cincia que

    os emprega; por exemplo, cultura podeser entendida como conhecimentoliterrio (popular), conjunto dos aspectosmateriais, espirituais e psicolgicos quecaracteriza um grupo (Sociologia eAntropologia) e cultivo de bactrias(Biologia).

    Alm disso, uma mesma palavra, porexemplo, funo , pode ter vriossignificados dentro da prpria cinciaque a utiliza. Dessa forma, a definiodos termos esclarece e indica o empregodos conceitos na pesquisa.

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    MTODOS DE PESQUISA Tiposdepesquisasporobjetivoseporprocedimentos

    "Mtodosso tcnicassuficientementegeraisparase tornarem comunsa todasascincias ouaumasignificativapartedelas."

    Kaplan

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    Metodologia

    Modalidades de ao para a soluo deproblemas em um determinado campode pesquisa.

    No tem um fim em si prpria, mas oudeve ser apenas um instrumento deao adaptado a cada objeto de

    investigao ou estudo, sem qualquerinteno de receita ou rotina.

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    MtododeAbordagem

    Caracteriza-se por uma abordagem mais ampla, em grau de abstraomais elevado, dos fenmenos da natureza e da sociedade. Estemtodo engloba:

    mtodo indutivo cuja aproximao dos fenmenos caminhageralmente para planos cada vez mais abrangentes, indo dasconstataes mais particulares s leis e teorias (conexoascendente);

    mtodo dedutivo que, partindo das teorias e leis, na maioria dasvezes prediz a ocorrncia dos fenmenos particulares (conexodescendente);

    mtodo hipottico-dedutivo que se inicia pela percepo de umalacuna nos conhecimentos acerca da qual formula hipteses e, pelo

    processo de inferncia dedutiva, testa a predio da ocorrncia defenmenos abrangidos pela hiptese; mtodo dialtico que penetra o mundo dos fenmenos atravs de

    sua ao recproca, da contradio inerente ao fenmeno e damudana dialtica que ocorre na natureza e na sociedade.

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    RaciocnioLgico

    Indutivo A induo percorre o caminho inverso

    ao dadeduo, isto , acadeiaderaciocniosestabeleceaconexoascendente, ouseja, do particularpara

    o geral. Nestecaso, asconstataesparticularesque levam s leis gerais.Exemplo deraciocnio indutivo:

    Ocalordilata o ferro. (particular)Ocalordilata o cobre. (particular)Ocalordilata o bronze. (particular)O ferro, o cobree o bronzeso

    metais.Logo, o calordilata os metais.(universal, geral)

    Dedutivo A deduo o caminho das

    consequncias, poisumacadeiaderaciocniosem conexodescendente, ouseja, do geral para oparticular, leva concluso. Segundoesse mtodo, partindo-sede teoriaseleis gerais, pode-sechegardeterminao oupreviso defenmeno ou fatosparticulares.Exemplo clssico deraciocniodedutivo:

    Todo homem mortal. (universal,geral)Scrateshomem. (particular)Logo, Scrates mortal. (concluso).

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    RaciocnioLgico

    Hipottico-dedutivo O mtodo hipottico-dedutivo considerado

    lgico, por excelncia. Acha-sehistoricamente relacionado com aexperimentao, motivo pelo qual

    bastante usado no campo das pesquisasdas cincias naturais. No fcil estabelecer a distino entre o

    mtodo hipottico-dedutivo e o indutivo,uma vez que ambos se fundamentam naobservao.

    A diferena que o mtodo hipottico-dedutivo no se limita generalizaoemprica das observaes realizadas,podendo-se, atravs dele, chegar construo de teorias e leis.

    Dialtico O mtodo dialtico no envolve apenas questes

    ideolgicas, geradoras depolmicas. Trata-se de um mtodo de investigao darealidade pelo estudo de sua ao recproca, dacontradio inerente ao fenmeno e da mudana dialticaque ocorre na natureza e na sociedade. H certosprincpios comuns a toda abordagem dialtica:

    a- Princpio da unidade e luta dos contrrios. Todos osobjetos e fenmenos apresentam aspectos contraditrios,que so organicamente unidos e constituem a indissolvelunidade dos opostos. Os opostos no se apresentam ladoa lado, mas num estado constante de luta entre si. A lutados opostos constitui a fonte do desenvolvimento darealidade.

    b- Princpio da transformao das mudanas quantitativasem qualitativas. Quantidade e qualidade socaractersticas imanentes a todos os objetos e fenmenos,e esto interrelacionadas. No processo de

    desenvolvimento, as mudanas quantitativas graduaisgeram mudanas qualitativas, e esta transformao seopera por saltos.

    c- Princpio da negao da negao. O desenvolvimentose processa em espiral, isto , suas fases se repetem, masem nvel superior.

    Do exposto, conclui-se que o mtodo dialtico ope-se atodo conhecimento rgido: tudo visto em mudanaconstante, pois sempre h algo que surge e se desenvolvee algo que se desagrega e se transforma.

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    MTODOSDE PROCEDIMENTO

    Constituem etapas mais concretas de investigao, comfinalidade mais restrita em termos de explicao geral dosfenmenos menos abstratos. Pressupem uma atitudeconcreta em relao ao fenmeno e esto limitadas a umdomnio particular. Os principais mtodos de procedimento

    so: Histrico Comparativo Monogrfico ou Estudo de Caso Estatstico Funcionalista Estruturalista

    Levantamento Bibliogrfico Documental Pesquisa-ao Participante

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    MtodosdeProcedimento

    Histrico Consiste na investigao dos

    acontecimentos, processos einstituies do passado, paraverificar a sua influncia nasociedade de hoje.

    Partindo do princpio de que asatuais formas de vida social, asinstituies e os costumes tmorigem no passado, importantepesquisar as suas razes, paramelhor compreender sua natureza

    e funo. Por exemplo: para que se

    descubram as causas dedecadncia da aristocraciacafeeira, pesquisam-se os fatoressocioeconmicos do passado.

    Comparativo Realiza comparaes com a

    finalidade de verificarsemelhanas e explicardivergncias.

    um mtodo usado tanto paracomparaes de grupos nopresente, no passado, ou entre osexistentes e os do passado,quanto entre sociedades de iguaisou de diferentes estgios dedesenvolvimento.

    Exemplos: pesquisa sobre asclasses sociais no Brasil, napoca colonial e atualmente;pesquisa sobre os aspectossociais da colonizao portuguesae espanhola na Amrica Latina.

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    MtodosdeProcedimento

    Monogrfico ou Estudo de Caso Consistena observao dedeterminados

    indivduos, profisses, condies,instituies, grupos oucomunidades, com afinalidadede obtergeneralizaes.

    Foicriado porLePlay (1806-1882), que oempregouparaestudarfamlias operriasna Europa.Oestudo monogrfico podetambm abrangero conjunto dasatividadesdeum grupo social particular, como, porexemplo: ascooperativas, um grupo deindgenas, osdelinquentes juvenis, osidososnasociedadeatual.

    A vantagem do mtodo consisteemrespeitara"totalidadesolidria"dos grupos,

    ao estudar, em primeiro lugar, avidadogrupo em suaunidadeconcreta, evitando adissociao prematuradosseuselementos.

    So exemplosdesse tipo deestudo:monografiasregionais, rurais, asdealdeiaseatasurbanas.

    Estatstico

    Fundamenta-senautilizao dateoriaestatsticadasprobabilidades.

    Suasconclusesapresentamgrandeprobabilidadedeserem

    verdadeiras, emboraadmitamcerta margem deerro.

    A manipulao estatsticapermitecomprovarasrelaesdosfenmenosentresie obtergeneralizaessobresua

    natureza, ocorrncia ousignificado. Um exemplo: pesquisasobrea

    correlao entrenvel deescolaridadeenmero de filhos.

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    MtodosdeProcedimento

    Funcionalista Utilizado por Bronislaw Malinowski

    (1884-1942), , a rigor, mais um mtodode interpretao que de investigao.

    O mtodo funcionalista enfatiza as

    relaes e o ajustamento entre osdiversos componentes de uma cultura ousociedade.

    Assim sendo, este mtodo visa aoestudo da sociedade do ponto de vistada funo das suas unidades, uma vezque considera toda atividade social ecultural como f uncional ou comodesempenho de funes.

    Exemplo: averiguao da funo dosusos e costumes, no sentido deassegurar a identidade cultural do grupo.

    Estruturalista Desenvolvido por Lvis-Strauss (1908-

    2009), parte da investigao de umfenmeno concreto, atinge o nvel doabstrato, atravs d a constituio de ummodelo que represente o objeto de estudo,

    retornando ao concreto, dessa vez comouma realidade estruturada e relacionadacom a experincia do sujeito social.

    O mtodo estruturalista, portanto, caminhado concreto para o abstrato e vice-versa,dispondo, na segunda etapa, de um modelopara analisar a realidade concreta dosdiversos fenmenos.

    Exemplo: estudo das relaes sociais e a

    posio que estas determinam para osindivduos e os grupos, com a finalidade deconstruir um modelo que passa a retratar aestrutura social onde ocorrem tais relaes.

    Estruturalismo um termo queseempregaparadesignarcorrentesdepensamento querecorrem noo deestruturaparaexplicararealidadeem todos osnveis.

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    O textoacadmicoeaprticadadocumentao

    - Comotcnicasdeestudo, funcionamcomofixaodeleituradasobrasquecompemabasetericadapesquisa:

    Fichamento

    Resumo

    Resenha

    Relatrio

    Seminrio

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    Aformataodotextoacadmico

    Almdoquea BibliotecaVirtualdaInstituiooferece, conheaas

    regrasgeraisdeapresentaoeformataodetrabalhos

    acadmicos.

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    Aelaboraodotrabalhocientfico

    O que caracteriza o texto acadmico , antes de tudo, o seuobjeto: ele veicula fruto de alguma investigao cientfica,filosfica ou artstica.

    Deve, pois, refletir o rigor, a perspectiva crtica, a preocupaoconstante com a objetividade e a clareza, qualidadesinerentes pesquisa acadmica.

    Num texto, distinguem-se:

    contedo ideias, estrutura argumentativa,

    forma linguagem, disposio dos elementos.

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    Textodissertativodecartercientfico

    O gnero de redao apropriado para a exposio cientfica a DISSERTAO Dissertar expor ideias a respeito de um determinado assunto. discuti-

    las, analis-las e apresentar provas que as justifiquem e convenam oleitor da validade do ponto de vista de quem as defende.

    Dissertar no uma prtica destinada apenas a suprir as exigncias

    formais da vida acadmica, Dissertar pode ser um exerccio cotidiano, quando ser quer discutir um

    tema e fazer valer uma posio sobre qualquer assunto. Isso porque opensar uma prtica permanente da nossa condio de seres sociais,cujas ideias so debatidas e veiculadas atravs da comunicao lingustica.

    Portanto, dissertar analisar de maneira crtica situaes diversas,questionando a realidade e afirmando valores diante dela.

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    A dissertao, comumente, apresenta trs partes:introduo, desenvolvimento e concluso. a) IntroduoIntroduo a apresentao do assunto. O pargrafo introdutriocaracteriza-se por uma ideia central (tese) expressa de modo genrico. b) Desenvolvimento

    a anlise crtica da ideia central. Pode ocupar vrios pargrafos, emque se expem juzos, ou seja, raciocnios, provas, exemplos,testemunhos histricos, argumentos prprios ou alheios e justificativasque procurem comprovar a ideia central apresentada no primeiropargrafo. c) Concluso

    a parte final do texto, em que se condensa a essncia dasinformaes contidas no desenvolvimento e se reafirma oposicionamento exposto no primeiro pargrafo.

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    Contedo

    Para se redigir um texto dissertativo, soindispensveis:

    enriquecimento do contedo (acervo de

    conhecimentos transformado emargumentos); aprimoramento da linguagem (vocabulrio

    diversificado);

    estruturao ideal (tese, argumentao econcluso concatenadas e pertinentes aotema).

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    Contedo

    Observetambmqueadissertaodeve

    basear-seemfatoscomprovados, retiradosdaHistriaoudocotidiano, equesejamdoconhecimentodetodos. Noseesqueadequenaargumentaodevemaparecer

    exemplosqueprovemopontodevistadefendidonatese.

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    Tiposdetextoacadmico

    Livros a forma clssica de registro da produoacadmica. Com o desenvolvimento gradual dasatividades acadmicas, o livro cada vez menos

    usado para veicular pesquisas originais, havendouma tendncia de reserv-lo para coletneas,snteses ou apresentao sistemtica doconhecimento de uma determinada rea num

    determinado estgio histrico, bem como para ostextos de natureza didtica (livros-textos) e dedivulgao para o pblico leigo.

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    Tiposdetextoacadmico

    Artigos com a especializao e aumentoquantitativo da produo, as disciplinasacadmicas adotam os peridicosespecializados (revistas), um veculo mais gilde divulgao de pesquisas. Neles, publicam-se artigos e resenhas. Seu objetivo expor

    questes mais especficas para o debate depesquisadores da rea.

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    Tiposdetextoacadmico

    Outros livros e artigos so chamados depublicaes por visar a um pblico amplo eno especificado de antemo.

    Encontram-se tambm aqueles cujo objetivo mais restrito: teses, dissertaes,monografias, ensaios, relatrios de pesquisa,trabalhos de cursos de formao(monografias), que no se destinam,inicialmente, publicao.

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    FatoresdaTextualidade

    Texto, do latim textus, tecido qualquer manifestaodiscursiva que parte de um plano de expresso.

    Contexto condies que explicam de forma um texto se

    produz. Pressupe contextualidade interna (recursoscoesivos); contextualidade externa (consideram-seaspectos histricos, sociais, econmicos, ideolgicos,polticos, entre outros).

    Intertextualidade aluses, citaes, referncias,parfrases, pardias, pastiches. Dilogos entre autores eobras. Quando implcita, operao de leitura quedepende do repertrio do leitor.

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    Principaisestratgiasdotextoacadmico

    A AUTORIA pressupe:Para Jlia KRISTEVA, o processo de leitura realiza-secomo ato de colher, de tomar, de reconhecer traos.

    Ler passa a ser uma participao agressiva, ativa, deapropriao. A ESCRITURA, ento, torna-se aproduo, a indstria dessa leitura que se cumprir.Um livro remete a outros livros, aos quais, numprocedimento de somatria, permite uma nova formade ser, ao elaborar sua prpria significao.

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    Principaisestratgiasdotextoacadmico

    O endosso garante:

    Kristeva apresenta o campo da linguagem comoespao que se orienta em trs direes: o sujeito daescritura, o destinatrio e os textos externos (os

    outros textos em relao ao texto objeto daescritura). Embora estabelea essas trsdimenses, Kristeva aproxima no mesmo sentidohorizontal da elaborao textual o sujeito daescritura e seu destinatrio; o eixo vertical o

    espao onde a palavra, o texto, realiza seu encontrocom outros textos, onde o texto se orienta emdireo ao corpus da escritura, onde se d ocruzamento das palavras.

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    Principaisestratgiasdotextoacadmico

    A REFERENCIAO se organiza:

    Em geral, citam-se muitos textos alheios numa

    tese: o texto objeto do trabalho, ou a fonteprimria, e literatura crtica sobre o assunto, ouas fontes secundrias. Portanto, as citaes sode dois tipos: cita-se um texto a ser depois

    interpretado; cita-se um texto em apoio a nossainterpretao.

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    Leituraeidentificaodascaractersticasdotextoacadmico

    Desenvolvimento sustentvel:

    o desafio da presente gerao

    PorDaniel Bertoli Gonalves

    Introduo

    O conceitodedesenvolvimentosustentvelsurgiuapartirdosestudosda Organizaodas Naes Unidassobreasmudanasclimticas, noinciodadcadade 1970, comoumarespostapreocupaodahumanidade, diantedacriseambientalesocialqueseabateusobreomundodesdeasegundametadedosculopassado. Esseconceito, queprocuraconciliaranecessidadede

    desenvolvimentoeconmicodasociedadecomapromoododesenvolvimentosocialecomorespeitoaomeioambiente, hojeumtemaindispensvelnapautadediscussodasmaisdiversasorganizaes, enosmaisdiferentesnveisdeorganizaodasociedade,comonasdiscussessobreodesenvolvimentodosmunicpiosedasregies, correntesnodia-a-diadenossasociedade. Estetextobuscaapresentaraevoluodoconceitodesdesuacriaoatopresente.

    O princpio

    O anode 1968, segundoCamargo(2003), foioprimeirosinaldegravedescontentamentopopularcomomodelodecapitalismoindustrialnofinaldoseuciclo, comaeclosodoprotestoestudantilemcadeia, iniciadoemParis, emmaiode 1968, passandoporBerkeley, BerlimeRiodeJaneiro.

    Aqueleprimeirosurtodeglobalizaodosmovimentossociais, segundoaautora, apontavaparamudanasradicaisqueiriamse

    estenderavastosdomnios, influenciandonoapenasaeconomiaeasociedadecomotambmoprpriomodelocivilizatrio, com seususosecostumes. Afalsaideiadeumaevoluosemlimiteseaingnuacrenanacontinuidadedoprogressoseconstituamno inimigocomumdetodasasfrentes, eagrandequestoqueselevantavaera:paraondevamos?

    Emmeioaosmovimentosestudantisehippiesdosanos 60, emergeonovoambientalismo, comobjetivosedemandasbemdefinidoseconscientedasuadimensopoltica, chamandoaatenoparaasconsequnciasdevastadorasqueumdesenvolvimentosemlimitesestavaprovocando.

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    Leitura

    Rompendoasmuralhasdacidadelaeconmica, oecologismopassaaquestionararacionalidadeeconmicaemtermosdeseusprprioscritrios. Maisconcretamente, onovodebateevidenciaque,frenteaosdiversosimpasseseproblemasqueodesenvolvimento industrialapresenta, asuasoluoousuperaopodeexigirnoumanovaarrancada, masaadoodemedidasrestritivasaoaumentodaproduoeconmica, oqueimpeaideiaderacionalidadeecolgicacomooprincpiobalizadorelimitantedaracionalidadeeconmicaedoprpriodesenvolvimento.

    O ClubedeRoma, entidadeformadaporintelectuaiseempresriosquenoerammilitantesecologistas,foiumainiciativaquesurgiudasdiscussesarespeitodapreservaodosrecursosnaturaisdoplanetaTerra. Eleproduziuosprimeirosestudoscientficosarespeitodapreservaoambiental, apresentadosentre 1972e 1974, querelacionavamquatrograndesquestesquedeveriamsersolucionadasparaquesealcanasseasustentabilidade:controledocrescimentopopulacional, controledocrescimentoindustrial,insuficinciadaproduodealimentoseoesgotamentodosrecursosnaturais. (CAMARGO, 2002)

    Apsapublicaodaobra OsLimitesdoCrescimento, peloClubedeRomaem 1972, esteconceitotomaumgrandeimpulsonodebatemundial, atingindoopontoculminantenaConfernciadas Naes Unidas

    de Estocolmo, naquelemesmoano.Apartirda, desenvolvimentoemeioambientepassamafundir-senoconceitodeecodesenvolvimento ,quenoinciodosanos 80 foisuplantadopeloconceitodedesenvolvimentosustentvel, passandoaseradotadocomoexpressooficialnosdocumentosda ONU, UICN e WWF.

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    Leitura

    A evoluo do pensamento

    Aideiadeumnovomodelodedesenvolvimentoparaosculo XXI, compatibilizandoasdimenseseconmica, socialeambiental, surgiupararesolver, comopontodepartidanoplanoconceitual, ovelhodilemaentrecrescimentoeconmicoereduodamisria, deumlado, epreservaoambientaldeoutro. O conflitovinha, defato, arrastando-sepormaisdevinteanos, emhostilidadeabertacontraomovimentoambientalista, enquantoeste, porsuavez, encaravaodesenvolvimentoeconmicocomonaturalmentelesivoeosempresrioscomoseusagentesmaisrepresentativos. (CAMARGO, et. al, 2004)

    Em 1987, aComissoMundialparaoMeioAmbienteeo Desenvolvimentoda Organizaodas Naes Unidas, na Noruega,elaborouumdocumentodenominado Nosso FuturoComumtambmconhecidocomoRelatrio Brundtland, ondeosgovernossignatriossecomprometiamapromoverodesenvolvimentoeconmicoesocialemconformidadecomapreservaoambiental. (CMMAD, 1987)

    Nesserelatriofoielaboradaumadasdefiniesmaisdifundidasdoconceito: odesenvolvimentosustentvelaquelequeatendeasnecessidadesdopresentesemcomprometeraspossibilidades deasgeraesfuturasatenderemsuasprpriasnecessidades.

    Estedocumentochamouaatenodomundosobreaurgnciadese encontraremformasdedesenvolvimentoeconmicoquesesustentassem, semareduodramticadosrecursosnaturaisnemcomdanosaomeioambiente. Definiutambmtrsprincpiosessenciaisaseremcumpridos:desenvolvimentoeconmico, proteoambientaleequidadesocial, sendo

    queparacumprirestascondies, seriamindispensveismudanastecnolgicasesociais. EsterelatriofoidefinitivonadecisodaAssemblia Geraldas Naes Unidas, paraconvocaraConfernciasobreoMeioAmbientee Desenvolvimento,dadanecessidadederedefiniroconceitodedesenvolvimento, paraqueodesenvolvimentosocioeconmicofosseincludoeassimadeterioraodomeioambientefossedetida. Estanovadefiniopoderiasurgirsomentecomumaalianaentreospasesdesenvolvidoseemdesenvolvimento.

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    TantooRelatrio BrundtlandquantoosdemaisdocumentosproduzidospeloClubedeRoma, sobreo DesenvolvimentoSustentvel, foramfortementecriticadosporquecreditaramasituaodeinsustentabilidadedoplaneta, principalmente, condiodedescontroledapopulaoemisriadospasesdoTerceiroMundo, efetuandoumacrticamuitobrandapoluioocasionadaduranteosltimossculospelospasesdoPrimeiroMundo.

    SegundoCastro(1996), oreptoimpostopelonovoambientalismoaodesenvolvimentofoio

    preldiodeumquestionamentoaindamaisradical:odanovaquestosocial, amadurecidanofinaldosanos 80.

    Adimensodesustentabilidadesocialinerenteaoconceitonodizrespeitoapenasaoestabelecimentodelimitesourestriespersistnciadodesenvolvimento, masimplicaaultrapassagemdoeconmico:nopelarejeiodaeficinciaeconmicaenempelaabdicaodocrescimentoeconmico, maspelasuaposioaserviodeumnovoprojetosocietrio, ondeafinalidadesocialesteja justificadapelopostuladoticodesolidariedadeintrageracionalede

    equidade, materializadaemumcontratosocial. (SACHS, 1995:26). estaaabordagemdedesenvolvimentosocialqueadotamosnestetrabalho.

    DeacordocomCastro(1996), essenovoparadigmaconhecidocomodesenvolvimentosustentvelsurgeatravsdeumesforodereconceptualizaodoconceitodedesenvolvimento, abaladopelacriseambientalesocial.

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    Ateoriadodesenvolvimentosustentvel, ouecodesenvolvimento, partedopontoemqueamaiorpartedasteoriasqueprocuraramdesvendarosmistriossociaiseeconmicosdasltimasdcadasnoobtevesucesso. Omodelodeindustrializaotardiaoumodernizao, queocupouocernedediversasteoriasnosanos 60 e 70, capazdemodernizaralgunssetoresdaeconomia, masincapazdeoferecerumdesenvolvimentoequilibradoparaumasociedadeinteira. Deacordocom Brseke(2003), amodernizao, noacompanhadadaintervenodoEstadoracionaledascorreespartindodasociedadecivil, desestruturaacomposiosocial, aeconomiaterritorial, eseucontextoecolgico. Emergedaanecessidadedeumaperspectivamultidimensional , queenvolva

    economia, ecologiaepolticaaomesmotempo, comobuscafazerateoriadodesenvolvimentosustentvel.Paraoautor, oconceitodesenvolvimentosustentvelsinalizaumaalternativasteoriaseaosmodelostradicionaisdodesenvolvimento, desgastadasnumasrieinfinitadefrustraes.

    SegundoCavalcanti(2003), sustentabilidadesignificaapossibilidadedeseobteremcontinuamentecondiesiguaisousuperioresdevidaparaumgrupodepessoaseseussucessoresemdadoecossistema. Talconceitoequivaleideiademanutenodenossosistemadesuportedavida. Basicamente, trata-sedoreconhecimentodoquebiofisicamentepossvelemumaperspectivadelongoprazo.

    Paraoautor, otipodedesenvolvimentoqueomundoexperimentounosltimosduzentosanos, especialmente

    depoisda Segunda GuerraMundial, insustentvel. O desenvolvimentoeconmiconorepresentamaisumaopoaberta, compossibilidadesamplasparaomundo. Aaceitaodo conceitodedesenvolvimentosustentvelindicaquesefixouvoluntariamenteumlimiteparaoprogressomaterial, eadefesadaideiadecrescimentoconstantenopassadeumafilosofiadoimpossvel. Entretanto, adotaranoodedesenvolvimentosustentvelcorrespondeaseguirumaprescriodepoltica. O deverdacinciaexplicarcomo, dequeforma, elapodeseralcanada, quaissooscaminhosparaasustentabilidade.

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    Deacordocom Bezerrae Bursztyn(2000), asustentabilidadeemergedacrisedeesgotamentodasconcepesdedesenvolvimento, enquadradasnaslgicasdaracionalidadeeconmicaliberal. Umaracionalidadeeufricaassociadaaomovimentoincessanteparafrentedarazo, dacincia, datcnica, daindstriaedoconsumo, naqualodesenvolvimento umaaspiraoimanentedahumanidade expurgoudesitudooqueocontraria, excluindodesiaexistnciadasregressesquenegamasconsequnciaspositivasdodesenvolvimento.

    Em 1992, 172governosreuniram-senacidadebrasileiradoRiodeJaneiro, paraaConfernciadas Naes UnidasparaoMeioAmbientee Desenvolvimento(CNUMAD), queficouconhecidacomoConfernciadaTerra, umeventosingularquesetornouummarcohistricoparaahumanidade. OsobjetivosfundamentaisdaConfernciaeramconseguirumequilbriojustoentreasnecessidadeseconmicas, sociaiseambientaisdasgeraespresentesefuturasefirmarasbasesparaumaassociaomundialentreospasesdesenvolvidoseemdesenvolvimento, assimcomoentreosgovernoseossetoresdasociedadecivil, enfocadasnacompreensodasnecessidadeseosinteressescomuns.

    NestaConferncia, osrepresentantesdosgovernos, incluindo 108 chefesde EstadoedeGoverno, aprovaramtrsacordosquedeveriamerigiraAgenda21, a DeclaraodoRiosobreoMeioAmbienteeo Desenvolvimento, quedefineosdireitoseasobrigaesdosestadossobreosprincpiosbsicosdomeioambienteedesenvolvimento.

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    importantelembrarquenofoisomentedechefesde EstadoederepresentantesoficiaisqueseconstituiuaRio-92, poisfoiaparticipaodasociedadecivil, deorganizaesno-governamentaisdecentenasdepases, quefezdoRioaverdadeira Babilnia, efoigraasaelesqueumimportantedocumentodeixadodeladonaconfernciaoficialcontinuouvivo,passouporreavaliaes, comissesinternacionaisnuncaantespensadas, foiratificadapelaUnescoe, finalmente, aprovadopela ONU em2002:ACartadaTerra, umdocumentode

    importnciasingular, equivalente Declarao Universaldos DireitosHumanosparaareadeMeioAmbiente, cujoprembulotrazosseguintesdizeres:

    Estamos diante de um momento crtico na histria da Terra, numa poca em que ahumanidade deve escolher o seu futuro. medida que o mundo torna-se cada vez maisinterdependente e frgil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandespromessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnficadiversidade de culturas e formas de vida, somos uma famlia humana e uma comunidadeterrestre com um destino comum. Devemos somar foras para gerar uma sociedadesustentvel global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, najustia econmica e numa cultura da paz. Para chegar a este propsito, imperativo que ns,os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os outros, com a grandecomunidade da vida, e com as futuras geraes. (A Carta da Terra, 2004)

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    AComissosobreo Desenvolvimento Sustentveldas Naes Unidas(CDS) organizouparadezanosdepoisdaConfernciadoRioaConfernciaMundialsobre DesenvolvimentoSustentvelemJohannesburgo, fricado Sul. Essaconfernciareuniuchefesde EstadoedeGoverno, organizaesno-governamentaiseempresrios, querevisarameavaliaramoprogressodoestabelecimentodaAgenda21, umplanodeaomundialparapromoverodesenvolvimentosustentvelaumaescalalocal, nacional, regionaleinternacional. Ameta

    geraldaConfernciafoirevigorarocompromissomundialafimdeumdesenvolvimentosustentveleacooperao Norte-Sul, almdeelevarasolidariedadeinternacionalparaaexecuoaceleradadaAgenda21. Umdos xitosdestareuniofoioestabelecimentodanecessidadedesecriaremmetasregionaisenacionaisparaousodaenergiarenovvel.

    DeacordocomCamargoet. al(2004), emumaanlisesobreosdezanosquesepassaramdesdeaRio-92, muitasforamasfrustraesquantoasperspectivaspositivasqueforamlanadas, masmuitotambmseavanou, eomaiorganhodaltimadcadafoioreconhecimentodequeasoluoparaosproblemasambientaisresidenanoodedesenvolvimentosustentvel, talcomoahaviapropostoorelatrio Brundtlandem 1987,sacramentadopelas Naes Unidasem 1992. Depoisdeumafaseexperimentaledelicada,hojepodemosconsider-lovitoriosoeatribuirao Brasilumpapelimportanteemsuaconsolidaocomoconceitooperacionalepragmticoparaospasesemdesenvolvimento.

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    Os desafios que devemos enfrentar

    Segundo Bezerrae Bursztyn(2000), emumtrabalhopreparatrioparaaAgenda21 brasileira, odesenvolvimentosustentvelumprocessodeaprendizagemsocialdelongoprazo, balizadoporpolticaspblicasorientadasporumplanonacionaldedesenvolvimento inter-regionalizadoeintrarregionalmenteendgeno. Aspolticasdedesenvolvimentosoprocessosdepolticaspblicasde Estadosnacionais. Osestilosdedesenvolvimentoestosustentadosporpolticasde Estadoque, porsuavez, respaldampadresdearticulaomuitodeterminadosdosdiversossegmentossociaiseeconmicoscomosrecursosdisponveisnanatureza.

    O Estadobrasileirotemlugarnuclearnapromooenaregulamentao depolticasnacionaisdedesenvolvimentosustentvel. Notadamente, nacoordenaodosconflitossociaisimplicadosnasdivergnciasdeinteresseselgicasdedesenvolvimento, entreapluralidadedeatoressociaispresentesnasociedadenacionaletransnacional. O gerenciamentodasescolhastecnolgicasatreladasaosprocessosprodutivosessencialmenteumproblemadepolticapblicadecinciaetecnologiaparaodesenvolvimentosustentvel.

    Paraosautores, podemosconceberodesenvolvimentosustentvelcomoumapropostaquetememseuhorizonteumamodernidadetica, enoapenasumamodernidadetcnica(BUARQUE, 1994), poisapropostadodesenvolvimento sustentvelimplicaincorporarocompromissocomaperenizaodavidaaohorizontedaintervenotransformadoradomundodanecessidade.

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    Seamodernidadetcnicafazdosmeiosfinsemsi, amodernidadeticadoprincpiosustentabilidaderecolocaosfinscomorefernciaprimordial, numquadrocomplexodemltiplasdimenses(econmica,ambiental, social, poltica, cultural, institucional, etc.).

    Para Furtado(1992), odesafioquesecolocanoumbraldosculo XXInadamenosdoquemudarocursodacivilizao, deslocaroseueixodalgicadosmeiosaserviodaacumulao, numcurtohorizontedetempo, paraumalgicadosfinsemfunodobem-estarsocial, doexercciodaliberdadeedacooperaoentreospovos. Devemosnosempenharparaqueessasejaatarefamaiordentreasquepreocuparooshomensnocorrerdoprximosculo:estabelecernovasprioridadesparaaaopolticaemfunodeumanovaconcepododesenvolvimento, postoaoalcancedetodosospovosecapazdepreservaroequilbrioecolgico.

    Essamudanaderumo, segundoomesmoautor, exigequeabandonemosmuitasiluses, queexorcizemososfantasmasdeumamodernidadequenoscondenaaummimetismoculturalesterilizante. Devemosassumirnossasituaohistricaeabrircaminhoparaofuturoapartirdoconhecimentodenossarealidade, assumiraprpriaidentidade.

    Aindasegundoomesmoautor, nessenovoquadroqueseconfigura, odestinodospovosdependermenosdasarticulaesdoscentrosdepoderpolticoemaisdadinmicadassociedadescivis. NoqueoEstadotendaadeliquescer, conformeautopiasocialistadosculo XIX, masapossibilidadedequeelesejaempolgadoporminoriasdeespritototalitriosereduzir, seavigilnciadaemergentesociedadecivilinternacionalsefizereficaz.

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    ParaCavalcanti(2002), anooatualdedesenvolvimentosustentvelrepresentaumavindicaodopensamentode Furtado:noqualquertaxadecrescimentodaeconomiaquepodeserperseguida;hquesepensarantesnaquiloque(ecologicamente) sustentvel, ouseja, possvel,durvel, realizvel.

    Quantoaissovalemencionaroquestionamentofeitopor Furtadoem 1974:

    Por que ignorar na medio do PIB o custo para a coletividade da destruio dos recursos naturais

    no-renovveis, e o dos solos e florestas (dificilmente renovveis)? Por que ignorar a poluio dasguas e a destruio total dos peixes nos rios em que as usinas despejam seus resduos?(FURTADO, 1974).

    Ramos(2003) alertaqueoproblemadeinsustentabilidadenoestapenasnodesenvolvimento, precisoreconhecerqueonossomododevidasetornouinsustentvel, eestemuitomaisdifcildemudar, poisimplica, comodiscutimos, aperfeioamentoindividualecoletivo, simultaneamente.Segundooautor, parecenohaversada:ouacreditamosqueoserhumano, talcomo, pode

    construirummundomelhorparasi, paraseussemelhantes, nopresenteenofuturo, oucabereconhecerofracassodenossaexistncia, eadmitirqueabuscadeumdesenvolvimentosustentvelsejailusria, apenasumaformadeadiaroinevitvelfim. precisoiniciarumaprendizadoindividualecoletivoquenosleveaoutrasformasdemanifestaoconcretadenossanaturezaequepossibiliteumaperspectivademudanaemnossomododeviver.

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    Concluso

    possvelafirmarquechegamosaoinciodosculo XXIcomumconceitodedesenvolvimentosustentvelbemmaisamadurecido, quenoestmaisrestritosdiscussesacadmicasepolticas, dedefensoresecontestadores, masquesepopularizouportodososcontinentes, passandoafazerpartedavidacotidianadas

    pessoas. Umconceitoqueestpresentedesdeaspequenasatitudesdiferenciadasdecomportamento, comoaseparaoeareciclagemdolixodomstico, tomadaspelocidadocomum, atasgrandesestratgiaseinvestidascomerciaisdealgumasempresasasquaisseespecializaramematenderummercadoconsumidoremfrancocrescimento, quehojecobraessaqualidadediferenciadatantodosprodutosqueconsome, quantodosprocessosprodutivosqueoenvolvem;uma

    verdadequeabregrandesperspectivasparaofuturo. Umaformadedesenvolvimentoquenoestmaisnoplanoabstrato, equesemostracadadiamaisrealepossvel, principalmentenoplanolocal.

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    ROTEIRO

    Tema: assunto que se deseja provar ou desenvolver.

    Delimitao do tema: o tema passa por um processo de especificao.

    Pressuposto: problematizao do tema.

    Hiptese: proposio assertiva que se pretende defender.

    Objetivo geral: ligado a uma viso global e abrangente do tema,determina aonde se quer chegar.

    Objetivos especficos: apresentam carter mais concreto e tm funointermediria e instrumental, permitindo, de um lado, atingir o objetivo

    geral, de outro, aplicar este a situaes particulares. Justificativa: o elemento que contribui mais diretamente na

    aceitao da pesquisa. Consiste na exposio sucinta das razes (porqu?) de ordem terica e dos motivos de ordem prtica que tornamimportante a realizao da pesquisa.

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    ROTEIRO - EXEMPLO

    Tema:Indumentriaerepresentao:asemiologia dovesturio

    Pressuposto: O vesturiocomoexpressodesignificadoetraodecultura quecaracterizaospovos.

    Hiptese: Dentreasformassimblicas queconferemsentido

    existnciahumana, aindumentria umaformaderepresentaoinvestidadediscursos indicadoresdepapissociais, definiodestatus, condiodegneroeexpressesrituais.

    Objetivo: Demonstrarcomooestudodaindumentriapermitedecodificartraosculturais especficosdedeterminadospovos.

    Justificativa: O conhecimentodosfenmenosculturais, emparticularaquelesligadosindumentria, permitecompreenderestruturassociaiseamentalidadequeassustentam.

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    ROTEIRO: tema (assunto), pressuposto (problematizao do tema), hiptese(afirmao/proposio uma teoriaqueseapresentacomo verdadeira, aindaquenodemonstrada, masprovvel), objetivo (alvo, fim, propsito), justificativa (razesplausveis, fundamentao). EXERCCIO

    QUINTANEIRO, Tnia.Retratos de Mulher. Ocotidiano feminino no Brasil sob o olhar de viageiros do sculoXIX.Petrpolis: Vozes, 1996.

    O temaealgumasquestesde mtodo

    Aspenosas tentativasdecompreenso do feminino tm sido produto dadificuldadedesepararo lastrobiolgico dos fenmenosdesuandolepropriamentesocial impregnada, svezes, deconvices to milenaresqueparecem ancoradasnosdomniosdanatureza.

    Oestudo que oraempreendemos, sem desconheceraimportnciaquevem assumindo aprimeiradimenso nosdebatesrecentes, circunscreve-se esferasocial, procurando evitar, em todo caso, osdeterminismos grosseiros.

    Daexuberante gamadedescriesecomentriosqueseencontram nos livrosdeviagem, interessa-nosdestacaraquelesquedizem respeito mulherbrasileiraeseuspapissociais. Sem dvida, o maiornmero deinformaesrefere-seapessoasdasclassessuperiores squais o visitante tinhaacesso relativamente maisfcil. Eventuaisreferncias sescravasecriadasdomsticas tratam sobresuacondio servil, seu lugarefunesna famliapatriarcal ou meramentedescrevem suaaparncia fsica.

    Em todo caso, o universo feminino foivisto atravsdosvaloresedaideologiadascamadas mdiasinglesasenorte-americanas, em franco processo deascenso.

    As observaesvertidaspelosviajantesrevelam no apenasatitudesepreconceitosdepocasobrepapiseidentidadessexuais, masa oposio radical, o limiteinfranquevel entre os gnerosqueperduraatravsdotempo eque, deuma forma ou outra, prolonga-seno pulso eltrico da modernidade.

    com basenessesrelatos, elaboradosdeacordo com certasexpectativasdenossosartistasdeocasio, queiremoscompondo um quadro dacondio da mulherbrasileirado sculo XIX.

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    ROTEIRO

    Tema:

    Pressuposto:

    Hiptese:

    Objetivo:

    Justificativa:

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    Roteiro- Gabarito

    QUINTANEIRO, Tnia.Retratos de Mulher. Ocotidiano feminino no Brasil sob o olhar de viageiros do sculo XIX.Petrpolis: Vozes, 1996.

    O temaealgumasquestesde mtodo

    As penosas tentativas de compreenso do feminino tm sido produto da dificuldade de separar o lastro biolgicodos fenmenos de sua ndole propriamente social impregnada, s vezes, de convico to milenares queparecem ancoradas nos domnios da natureza. (PRESSUPOSTO)

    O estudo que ora empreendemos, sem desconhecer a importncia que vem assumindo a primeira dimenso nosdebates recentes, circunscreve-se esfera social, procurando evitar, em todo caso, os determinismos grosseiros.(JUSTIFICATIVA)

    Da exuberante gama de descries e comentrios que se encontram nos livros de viagem, interessa-nos destacaraqueles que dizem respeito mulher brasileira e seus papis sociais. (OBJETIVO) Sem dvida, o maior nmero deinformaes refere-se a pessoas das classes superiores s quais o visitante tinha acesso relativamente mais fcil.Eventuais referncias s escravas e criadas domsticas tratam sobre sua condio servil, seu lugar e funes na famliapatriarcal ou meramente descrevem sua aparncia fsica.

    Em todo caso, o universo feminino foi visto atravs dos valores e da ideologia das camadas mdias inglesas e

    norte-americanas, em franco processo de ascenso. (TEMA)As observaes vertidas pelos viajantes revelam no apenas atitudes e preconceitos de poca sobre papis eidentidades sexuais, mas a oposio radical, o limite infranquevel entre os gneros que perdura atravs do tempoe que, de uma forma ou outra, prolonga-se no pulso eltrico da modernidade. (HIPTESE)

    com base nesses relatos, elaborados de acordo com certas expectativas de nossos artistas de ocasio, queiremos (TEMA) compondo um quadro da condio da mulher brasileira do sculo XIX. (OBJETIVO)

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    Roteiro- Gabarito

    Tema: O universo feminino no Brasil atravs dos valores dos viageiros ingleses e norte-americanos do sculo XIX.

    Pressuposto (problematizao do tema): As penosas tentativas de compreenso do feminino tmsido produto da dificuldade de separar o lastro biolgico dos fenmenos de sua ndole propriamentesocial impregnada, s vezes, de convices to milenares que parecem ancoradas nos domnios da

    natureza.

    Hiptese: As observaes vertidas pelos viajantes revelam no apenas atitudes e preconceitos depoca sobre papis sociais e identidades sexuais, mas a oposio radical, o limite infranquevel entre osgneros que perdura atravs do tempo e que, de uma forma ou outra, prolonga-se no pulso eltrico damodernidade.

    Objetivo: Compor um quadro da condio da mulher brasileira no sculo XIX, com destaque paraseus papis sociais, segundo o olhar de viageiros ingleses e norte-americanos.

    Justificativa: Sem desconhecer a importncia que o lastro biolgico impe compreenso dofeminino, o estudo ser centrado nos papis sociais desempenhados pela mulher brasileira no sculoXIX, demonstrando como o limite infranquevel entre os gneros perdura at hoje.

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    Para fixao - A justificativadeveenfatizar

    1) O estgio em que se encontra a teoria respeitante ao tema; 2) As contribuies tericas que a pesquisa pode trazer: confirmao geral;

    confirmao na sociedade particular em que se insere a pesquisa;especificao para casos particulares; clarificao da teoria; resoluo depontos obscuros.

    3) A importncia do tema do ponto de vista geral; 4) A importncia do tema para os casos particulares em questo; 5) A possibilidade de sugerir modificaes no mbito da realidade abarcada

    pelo tema proposto; 6) A descoberta de solues para casos gerais e/ou particulares etc. Quando se trata de analisar as razes de ordem terica ou se referir ao estgio

    de desenvolvimento da teoria, busca-se ressaltar a importncia da pesquisa no

    campo da teoria. Deduz-se que ao conhecimento do pesquisador soma-se boa parte de

    criatividade e capacidade de convencer, para a redao da justificativa.

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    Estruturas de Roteiro

    EXEMPLO 1 EXEMPLO 2 EXEMPLO 3 EXEMPLO 4 EXEMPLO 4

    1 Delimitao do

    tema

    1- Tema 1 - Ttulo 1 Ttulo 1 Resumo da

    proposta

    2 Problema 2 Problema 2 Introduo e

    justificativa

    2 Smula 2 Problematizao

    3 Hipteses

    3.1 Bsica

    3.2 - Secundrias

    3 Objetivos 3 Objetivos 3 Objeto e

    justificativa

    3 Objetivos

    4 Objetivo4.1 Geral

    4.2 Especficos

    4 Justificativa 4 Definio doobjeto de estudo

    4 Objetivos eresultados

    esperados

    4 Base terica

    5 Justificativa 5 Contexto 5 Metodologia 5 Mtodos,

    materiais e

    cronograma

    5 Metodologia

    6 Reviso

    bibliogrfica

    6 Metodologia 6 Plano de

    atividades

    6 Condies

    cientficas do

    proponenete

    6 Referncias

    bibliogrficas

    7 Metodologia 7 Esboo 7 Bibliografia de

    referncia

    7 Referncias

    bibliogrficas

    8 Cronograma 8 Cronograma

    9 Levantamento

    bibliogrfico inicial

    9 Referncias

    bibliogrficas

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    Atividades Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov

    Elaborao doprojeto

    Entrega doprojeto

    Pesquisa

    bibliogrfica

    Coleta deDados

    Apresentao ediscusso dosdados

    Concluso

    Entrega do TCC

    Defesa dabanca

    MODELO DE CRONOGRAMA

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    Parafixao emqueconsisteahiptese

    No mtodo cientfico, a hiptese o caminho que deve levar formulao de uma teoria. Em resumo, quando elaborada demaneira consistente, a hiptese se torna uma tese eproporciona um grupo coerente de proposies (teoria) que

    explicam uma classe de fenmeno. O cientista, na suahiptese, tem dois objetivos: explicar um fato e prever outrosacontecimentos dele decorrentes. A hiptese dever sertestada em experincias laboratoriais controladas e, se os

    resultados obtidos pelos pesquisadores comprovaremperfeitamente a hiptese, ento ela ser aceita como umateoria.

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    HIPTESE

    Enunciado da soluo estabelecida provisoriamente como explicativa de um problemaqualquer.

    Deve ser enunciada em proposio verificvel, para que seja cientfica e no puramentemetafsica.

    A hiptese cientfica representa a opinio do pesquisador procura de evidncias

    posteriores e observveis que a sustentem e comprovem.

    No basta observar. O pesquisador deve ponderar fatos e relacion-los; deve refletir procura de uma explicao provvel, isto , deve formular uma hiptese de soluoplausvel e verificvel.

    Funo: a hiptese que fixa uma diretriz capaz de impor ordem e finalidade a todo oprocesso de experimentao. O cientista possui metas, elementos, ideias, pontosdefinidos aos quais pretende chegar.

    Caractersticas: deve ser plausvel, isto , razovel; no pode contradizer evidncias; deveser verificvel; apenas as hipteses testveis podem ser cientficas.

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    HIPTESES - EXEMPLO

    Ahiptesebsicaadiretrizdotrabalho, oquevoc afirmacomoverdadeedevedemonstrar. Assecundriasdecorremdesta.

    HB -> O povobrasileiroseengajanavidapoltica, dispostoaconstruirumpaslivredecorrupoeimpunidade.

    HS1 - > O projeto FichaLimpademonstracomoocidadobrasileirocapazde mobilizarforasparatransformaroquadrorepresentativonaCmaraeno Senado.

    HS2-> Quasedoismilhesdeassinaturasimpemaotrspoderesaadesoaosanseiosdonossopovo:impedirquecriminososingressemnapolticanacional.

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    HIPTESE BSICA

    O ponto bsico de um tema, individualizado e especificado naformulao do problema, sendo uma dificuldade sentida,compreendida e definida, necessita de uma resposta,provvel, suposta e provisria, isto , uma hiptese.

    A principal resposta denominada hiptese bsica, podendo

    ser complementada por outras, que recebem a denominao desecundrias. H diferentes formas de hipteses, entre elas: as que afirmam, em dada situao, a presena ou ausncia de

    certos fenmenos; as que se referem natureza ou caractersticas de dados,

    fenmenos em uma situao especfica; as que apontam aexistncia ou no de determinadas relaes entre fenmenos;as que preveem variao concomitante, direta ou inversa, entrecertos fenmenos.

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    HIPTESESSECUNDRIAS

    So afirmaes (toda hiptese uma afirmao)complementares da bsica, podendo:

    abarcar em detalhes o que a hiptese bsica afirma

    em geral; englobar aspectos no especificados na bsica; indicar relaes deduzidas da primeira; decompor em pormenores a afirmao geral;

    apontar outras relaes possveis de seremencontradas etc.

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    Hiptesesevariveis

    Toda hiptese o enunciado geral derelaes entre, pelo menos, duas variveis.

    Por sua vez, varivel um conceito quecontm ou apresenta valores, tais como: quantidades, qualidades, caractersticas,

    magnitudes, traos etc, sendo o conceito um

    objeto, processo, agente, fenmeno,problema etc.

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    RELAES ENTRE VARIVEIS

    O principais tipos de relaes entre variveis so:

    simtrica, em que nenhuma das variveis exerceinfluncia sobre a outra, quando ento poucointeresse tem para a cincia;

    recproca onde cada uma das variveis ,alternadamente, causa e efeito, exercendocontnuo efeito uma sobre a outra, condio at

    certo ponto frequente em cincias sociais;

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    RELAES ENTRE VARIVEIS

    O principais tipos de relaes entre variveis so:

    assimtrica, em que uma varivel (independente)exerce efeito sobre a outra (dependente). A relaoassimtrica o cerne da anlise nas cinciassociais: deve-se sempre procurar pelo menos umarelao assimtrica, mesmo que a maioria das

    hipteses prediga relaes de reciprocidade.

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    RELAES ENTRE VARIVEIS

    Em outras palavras, deve-se buscar uma relao causal entre variveisindependentes e dependentes, que pode ser:

    Determinista: se X(independente) ocorre, sempre ocorrer Y (dependente); Suficiente: a ocorrncia de X suficiente, independentemente de qualquer

    outra coisa, para a subseqente ocorrncia de Y; Coextensiva: se X ocorre, ento ocorrer Y; Reversvel: se X ocorre, ento Y ocorrer; e se Y ocorre, ento X ocorrer; Necessria: se X ocorre, e somente X, ento ocorrer Y; Substituvel: se X ocorre, ento Y ocorre, mas se H ocorre, ento Y tambm

    ocorrer; Irreversvel: se X ocorre, ento Y ocorrer, mas se Y ocorre, ento nenhuma

    ocorrncia se produzir; Sequencial: se X ocorre, ento ocorrer mais tarde Y;

    Contingente: se X ocorre, ento ocorrer Y somente se M estiver presente; Probabilista ou estocstica: dada a ocorrncia de X, ento provavelmente

    ocorrer Y (a mais comum das relaes em cincias sociais).

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    TCNICAS

    OBSERVAO DIRETA EXTENSIVA, apresentando as tcnicas: questionrio: constitudo por uma srie de perguntas que devem ser

    respondidas por escrito e sem a presena do pesquisador; formulrio: roteiro de perguntas enunciadas pelo entrevistador e

    preenchidas por ele com as respostas do pesquisado;

    medidas de opinio e de atitudes: instrumento de padronizao, pormeio do qual se pode assegurar a equivalncia de diferentes opiniese atitudes, com a finalidade de compar-las;

    testes: instrumentos utilizados com a finalidade de obter dados quepermitam medir o rendimento, a freqncia, a capacidade ou aconduta de indivduos, de forma quantitativa;

    sociometria: tcnica quantitativa que procura explicar as relaespessoais entre os indivduos de um grupo;

    anlise de contedo: permite a descrio sistemtica, objetiva equantitativa do contedo da comunicao;

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    TCNICAS

    histria de vida: tenta obter dados relativos experincia ntima de algum que tenhasignificado importante para o conhecimento doobjeto em estudo;

    pesquisa de mercado: a obteno deinformaes sobre o mercado, de maneiraorganizada e sistemtica, tendo em vista ajudar oprocesso decisivo nas empresas, minimizando amargem de erros.

    Independentemente da(s) tcnica(s) escolhida(s),deve-se descrever tanto a caracterstica quanto aforma de sua aplicao, indicando, inclusive,como se pensa codificar e tabular os dadosobtidos.

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    Refernciasdeapoio- BibliotecaVirtualdo Escola 1 - ProcedimentosparaTrabalhodeConclusodeCurso

    ElaboraodeReferncias Bibliogrficas

    Mecanisnoonlineparaelaboraoderefernciasbibliogrficas, comoobjetivodeauxiliarnodesenvolvimentodostrabalhosacadmicosecientifcos.http://www.rexlab.ufsc.br:8080/more/#

    1.DVD The Corporation - Fatospolmicos, revelaes, previsesparaasgrandescorporaes eosefeitossobreapopulaomundial. Estrelando 7 CEOs, 3 vice-presidentes,2informantes, 1 corretor e 1 espio. ComMichaelMoore, NaomiKleineMilton Friedman.

    Ano de lanamento: 2006 (CANAD)

    Direo: MARKACHBAR & JENNIFERABBOTT

    2.Uma Verdade Inconveniente - O ex-vice-presidente dos Estados UnidosAl Goreapresentaumaanlisedaquestodoaquecimento global, mostrandoosmitoseequvocosexistentesemtornodotemaetambmpossveissadasparaqueoplanetanopasseporumacatstrofeclimticanas prximasdcadas.

    Cidade UmaVerdadeInconveniente - ttulo original: (AnInconvenientTruth)

    Ano de lanamento: 2006 (EUA)

    Direo:Davis Guggenheim

    3. Ahistriadascoisas legendado - Ashistriadascoisas- The StoryofStuff- umfilmedisponvelnainternetecontacomumagrandepopularidade naweb. O pequenovdeodepoucomaisde21 minutosfazumacrticasobreosistemacapitalistaeosefeitosdoconsumismo desmedidonassociedadesenoplaneta.Eleapresentadeumamaneiramuitoclaraecomumalinguagembemacessvelograndeerrodasociedademoderna- acharquenossoplanetacapazdeforneceraonossosistemaprodutivoeaonossomododevidatodososrecursos dequeprecisamos. E lemostracomons, consumidores, contribumosparacriarumsistemaeconmicototalmente insustentvel, easconsequncias desastrosasparaohomemeoplaneta.Daextrao, produo distribuio, acadeiaprodutivaafetanossasvidasdeumamaneiraquepoucosdenspercebemos. Ahistriasdacoisasumalerta, tentanosdarumvisogeral, tentanosconscientizararespeitodoproblemaedecomonovosconceitoscomosustentabilidadeeenergia renovvelpodemajudaramudaressequadro .Segundoositeoficial, ovdeojfoivistopormais 6 milhesdepessoas.

    blog: http://mebibyte.blogspot.com/2009/06/historia-das-coisas.htmlWrittenby- Annie Leonard Producedby- Free Range Studios ExecutiveProducers - ChristopherHerrera, Tides Foundation, Funders Workgroup for SustainableProduction and Consumption Director- Louis Fox http://www.youtube.com/watch?v=3c88_Z0FF4k

    4. AtlasdoMeioAmbiente LeMonde Diplomatique Brasil InstitutoPlis

    Normas da ABNT - Referncias.mht